O Grande Livro de S. Cypriano Ou o Thesouro Do Feiticeiro
O Grande Livro de S. Cypriano Ou o Thesouro Do Feiticeiro
O Grande Livro de S. Cypriano Ou o Thesouro Do Feiticeiro
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Livro õe S. Cypriano ou
THESOURO DO FEITleEIRO
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J. A.NORA.DE d: LINO DE SOOSA
Aollga ca,a de F. Napoleio da VJctoria
IMP. LUCAS
O GRANDE LIVRO
DE
S. OYPI-ilAN0
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THESOURO DO FEITICEIRO
A EDIÇÃO MAIS COMPLETA
QUE SE TEM PUBLICADO ATÉ HOJE
•&40'9 ..
PRIMEIRA PARTE
Vida de S. Cypriano - Orações para o meio dia, Trindadts e
meia noite - .itaneira de desencantar tlzesouros - E:i:plica,
ções dos phantasmas e sombras - Artt de deitar as cartas -
Maneira de lér as sinas, etc.
5328U
LIVRARIA ECONOMICA
DE
J. ANDRADE d: LINO DE SOUSA
,bt(p c<Utl ele Pr1 lcrl~ Napoltllo da Vidorio
9 a 13 - TRAVESSA DE S. DOIIMGOS - 9 a 13
LISBOA
Pelos augmentos introduzidos, tanto no pre-
sente volume co:no no 2.• d'esta mesma ohra,
pontos em duvida esclarecidos e remodelaçiío
completa do texto, consideramol-os, para todos
os etfeitos, propriedade nossa, como ,·á o era o
3. 0 volume, para o que estão, cm coo ormidade
com a lei, devidamente registados.
TERC~IRO VOLUME
ln,ruerlmanço11 de s. Cyprlano, ou prodlslo•
do Diabo, llle&orla l'erdadelra acontet'ida
no reino da Galllsa,
0• tbe11ouro1t da Galllza.
E•ptrllo• dlaboll c o• qne lnfe•tam •• caeo•
com e•&rondo•, e remedlo• para o• evitar.
Bue11a·dlc ba, arte de l ê r o rucuro na palma
da• mãoa .
Alcblmla ou arte de rozer ouro.
Pod e r e • oct'o1&011 do odlo e do amor.
& reltlcelra de E,,ora, ou ble&orla da eempre
noiva, t-lc .
•
-!)-
t
LIVRO DE S. CYPRIANO
CAPITULO I
Instruooões aos religio os e religiosas que
vão tratar d·uma moleetia. Regra que todo
o religioso deve estudar para saber se as
molestias de que vae tratar são ou não obra
de feitiQarta ou do diabo
CAPITOLO li
Novas orações das horas abertas
P .\RA O METO DIA
CAPJTULO JlI
Arrependimento e virtudes de S. Cypriano
Cypríano (o Feiticeiro, como Já dissémos, porque
desde tenra idade até aos 30 aonos teve pacto com
- 21 - -
CAPITULO lV
Signaes de haver male:floios nas oreaturaa.
Oração que se lê ao enfermo para se saber
se a molestta é natural ou sobrenatural, e
a qual os religiosos devem estudar bem
no Cap. I e nas instrucgões; sem isso não
podem prestar bons serviços ao doente.
Esta oração deve dizer-se em latim para que o
enfermo não po8~a usar de impostura; isto, porque,
não sabendo o doente quando se ha de mover uo
estar quielo, não poderá enganar o religioso.
Damos em seguida uma oração em porlu~uez,
para o mesmo fim.
Signaes de haver maleficios nas creaturas:
Se o religioso entender que é demooio ou alma
perdida, diga a ladainha; depois de a dizer ponba-
lbe o preceito que adiante vae em portuguez.
«Prrecipitur io Nomine Jesu, ut desinat nocere aigroto, eta·
tim cesse delirium, ct illu oordinat discurrat. Si cadat1 ut mor-
tuoe, et sine mora 11urgct ad prmceptu Exorci tm factu in No·
mint! Jesu. Si ío aliqua parle corporie si dolor, vcl tumor, et
i,d signo Crucie, vel imposito prmcepto in Nomioc Jeeu ccesat.
Si si e c11usa vclit 11ib1 111orte iuserre, se prmcipite dure. l,tttan. •
do imagin11tioni 1 se prrosentate res inbonestre conrrs Imagines
Cbrieti, et Sao torum, er si eodem tempore eenti11ot iu capite,
ut plumbum, at n,11rn111 frigidam, vel ferrum igoitem, et hoc
fugit ad mil!'utta Crucia vel iuvocato Nomioe Jeeu. Quando Sn-
cramcnte, Reliqui11e, ct res eacroa odit; quando nulla prroce-
dente rribulatione, deepernt, ae dilacerai. Quando eubito paren-
ti lumen aufertur, et eubito reetitutur; quando diurno tempo-
re nihil Yirlit, et nocturno b•nc viciit et sioe luce lugit episto-
lam: ti aubito 11iat surdu~. til poatea bt'ne audiat, nom aolum
materialie, Ped spiritualis. Si per eeptem, vel novem dies nihil,
vel parum come~ens fortie eat 1 et pinguie, sicut antes. Si lo-
quitur de Myeterie ultra suam capacitatem, quando non cuetat
de illius saoctitate. Qu,mdo ventos vehemene discurrit per to-
tum corpus ad mudum formicarum; quando elevatur corpua
contrs voluntatem patientea, et non apparet a quolevetur. Cla-
-2S-
moroe, ecieeio veetium, arrotatione1 dcntium, quando potiene,
non eet etultue; vel quando homo natura debilie non potcst
tencri a multie. Quando haoet lioguam tumidam, et nigram,
quando guttur iostatur, quando P.udiuutur rugitua lcooum, ba·
latue ovium, latratue canum, porcorum grum1tuP1 et eimilium
Si varia pr:eter naturam vident et audiunt, ei hominia maxi-.
mo odio peraequntnr; si prreeipites se expo1111nt, si oc11lo1 bor·
ribilee habent, remanent seneibue destituti. Quando corpua ta-
li pondere aesi citur, ut a multie hommibue elevaret oou bene-
dictit; quando ab Eccleeia fugit, et a quam benedictarn non con-
aetit, quando iratus se ostendunt contra l\liniatroe 1upcrdonen-
tes Reliquiae capiti (etia oeculte). Quando hunginiB Christi, et
Virgínia Marie noluot inepicere eed eonspunnt, qul\ndo verba
sacra noluot proferre, vel si proferant, ilia eorrumpt, ~t balba,
eienter ltudent proferre. Com euperpoeita oapiti manu sacra ad
lectionem Evangeliorum eonturbatur rogrotua, cum plusquam
aolitum palpitaverit, sensue occupantur, guttre eudorie dcetuunt,
ansietates sentit; stoidoree usque ad Crelum mittit, ser poster·
uit, vel aimilia fa.-:ít.•
t
PRECEITO
t
Oraci'íu
+
l'RIMWIA 1,SCONJURAÇ,\O
t
TERC8 RA ESCONJURAÇÃO
1
AVISO AO RELIGIOSO
CAPITULO Y
+
Orações para pedir a Deus pelos bons espi-
ritos que vem a este mundo buscar ora-
Qões para serem purl:floados do mal que
fizeram n'este mundo, e restituir alguma
divida on roubo. *
«S~e alma christã, d'este mondo em nome de
Deus Padre Todo Poderoso que te creoo; em nome
de Jesus Espirilo, Filho do Deus vivo, que por ti
padeceu; em nome do Espirito Santo, que copiosa-
mente se te communicou. Aparta-te d'este corpo ou
logar em que estás, porque o Senhor te recebe no
seu reino; Jesus, ouve a miuha oração e sê meu
• Deve rezar-se eeta orBçllo em qualquer logatr que 1,•jR pre.
ciso, ou em que ande algum eepirito ou ph•mtB•ma. No fim des-
ta oraçilo rczB-se o Credo o o Acto de Contricçio.
-.µ-
amparo como es amparo dos Santos Anjos e Ar-
cbaojos; dos thronos e dominações; dos Cherubins
e Serapbins; dos Prophetas, dos Santos Apostolos
e dos Evangelistas; dos Santos Martyres, Confes-
sores, Monges, Religiosos e Eremitas; das Santas
Virgens e esposa de Jesus Cbristo, e de todos os
Santos e Saotas de Deus, o qual se digne dar-te
logar de descanço, e goso da paz eterna na cida-
de santa da celestial Sião, onde o louves por to-
dos os seculos. Ameu.•
OREMOS
CAPITULO Vl
Exorcismo para expulear o diabo do corpo
Este exorr.ismo foi encontrado em um livro mui-
to antigo, escripto por frei Bento do Rosario, re-
ligioso descalço da ordem de Sanlo Agostinho.
« Em nome do Padre, do Filho e do Espirito
Santo; em nome de S. Barlholomeu, de Santo Agos-
linhe, rle S. Caelano, de Santo André Avelino, eu
te arrenego, anjo mau, que pretendes iutroduzir-te
em mim e perverter-me, Pelo poder da Cruz de
Chrislo, pelo poder das suas divinas chagas, eu te
esconjuro, maldito, para que não possas tentar a
minha alma socegada. Amen.•
Deve ser dita tres vezes, e outras tantas fazer-se
o signal da cruz sobre o peito.
- 51-
CAPITULO VII
Desencanto doa Thesouros
t
TRIANGULO
4 >!<
Kyrie eleison.
Cbriete eleieon.
Sancta. Maria. Ora pro nobis.
Sancta Dei Genitrii:. Ora pro nobis.
Sancta Virgu Virginum. Ora pro nobis.
Sancte Michael. Ora pro nobie.
Sancte Gabriel. Ora pro nobie.
Sancte Rapbael. Ora pro nobie.
Omnee Saocte Angeli, et Archangeli. Ora pro nobis.
Omnes Sancti Beatorum Spiritum Ordinee. Ora pro nobis.
Sancte Joannee Baptiet11. Ora pro nobis.
Omnee Sancti Patriarch et Prophetai. Ora pro nobis.
Sancte Petr11. Ora. pro nobie.
Sancte Paule. Ora. pro nobis.
Sancte Andrea. Ora pro nobie.
Sancte Jacob. Ora pro nobis.
Sanote Joannee. Or8 pro nobie.
Sanete Tbomaz. Ora pro nobis.
Sencte Phillippe. Ora pro nobie.
Sancte B~rtbolomm. Ora pro nobis.
Sancte Simon. Ora pro nobis.
Sancte Thadeu. Ora pro nobis.
Sancte Mathie. Ora pro nobis.
Saocte Barnabé. Ora pro nobis.
tíancte Luca. Ora pro nobis.
Sanote Marce. Ora pro nobie.
Omnee Sancti Apoetoli, 11t Evangelietm. Ora. pro nobie.
Omnes Sancti Drscipuli Domini. Ora pro nobie.
Omne11 Sancti lonocentes. Ora pro nohie.
Sancte Stephane. Ora pro nobie.
Sancte Laurente. Ora pro nobis.
Sancte Vicenti. Ora pro nobie.
Sancte Fabiane et Sebaetiane. Ora pro nobie.
Saneti J oannes dr P1rnle. Ora pro nobie.
S11Dcti Cosme et Damione. Ora pro nobie.
S11ncti Gervaei et Protaei. Ora pro nobie.
-53-
Omnes Sancti Martyres. Ora pro nobie.
Sancte Sylveeter. Ora. pro nobia.
Sanctd Gregori. Ora pro nobis.
Snncte Ambrosi. Ora pro nobis.
Sancte Auguetine.. Ora pro nobis.
Sancte Hieronymo. Ora. por nobie.
Sancte Martine. Ora pro nobie.
Sancte Nicolm. Ora pro nobis.
Omnes Sancti Pontifict1s et Confessores. Ora pro nobis.
Omnes Sancti Doctorea. Ora pro nobie.
Sancte Antoni. Ora pro nobis.
Sancte Benedicte. Ora por nobis.
Sanete Bernarde. Ora pro nobis.
Sancte Pact-er Dominioe. Ora pro nobis.
Sancte Pater Franciecm. Ora pro nobie.
Omnea Sancti Ptlonacbi et Eremitm Ora pro nobie.
Omnes Ssncti Sacerdotes et Levit1e. Ora pro no bis.
Sancta Maria Magdalena. Ora pro no bis.
Sancta Agatba. Ora pro nobis.
8ancta Lucia. Ora pro nobis.
Sancta Agnes. Ora pro no bis.
Sancta Cecilim. Ora pro nobia.
Sancta Catbarina. Ora pro nobis.
Sancta Anastacia. Ora pro nobis.
Omnes Sanctm Virgines et Vidam. Ora pro nobia.
Omnee Sancti et Sanctm Dei, Intérdicedite. Ora pro nobia.
Propitiue eeto Parce e o Domine.
Ab omni peccato. Libera nos.
Ab ira tua. Libera nos.
A eubitanea et improvise mor:e. Libera nos
Ab ineidiia diaboli. Libera nos.
Ah ira, odio, et omni mala voluntate. Libera nos.
A 11pirita fornicationes. Libera nos.
A morte perpetua. Libera nos.
Per Myeterium Sanctm Incaroationes ture. Libera nos.
Per adventum tuum. Libera nos.
Per Nativitatem tuam. Libera nos.
Per Baptismum et Sanctom jejuniu tuum. Libera nos.
Per Cracem et Paesionem tuam Libera. noa.
Per mortem et aPpulturam toam Libera nos.
Per sane tum Reearreotionem tuam Libera nos.
Per admirabilem Aecentionein tuam. Libe•d nos.
Per Adveutum Spiritue Sancli Paraolite. Libera nos.
ln die joditii. Libera nos.
Peccatores. Te rogamos audi noe.
Ut ei indulgeae. Te rogamus au1i nos.
Ut bane creaturam toam a cruciatibus dmmonum liberare
digneria. Te rvgamua.
Ut bane crc:atura tuam pretioeo tuo Sanguioe redemptam
• ab iofe11tatiooe daimonum liberara digoerie. Te rogamos.
Ut bane crPaturam tuam a potestate doomonum liberare be
nedicl're, et eonee1 vue digneris. Te rogamos.
Fili Dei. Te rog11mu3 áudi nos.
Cbriste audi nos.
Christe exaudi nos.
,fotiphona. Ne remeniscarie, Domine, delicta nostra, vel pa-
rentum nostrorum, neque vindictam sumas de pecoatie ooetris
proptes nomen tuum Pater noster, etc. V. Et. nc nos inducas in
teotacionem. R. Sed libera nos amalo. Amen.
t
~EGONDA ESCONJURAÇÁO
•
-55-
PREV ENÇÃ O
--
•
-58-
•
- 59 -
sol, deba110 da parede, digo peoeda, 6 i passos do
castello onde está uma mão pintada, a tres estados
d'um homem, acharão em um caixão mettido em
uma tina muita moeda d'ouro.
i 2. Na fonte Ferradoza, defronte ao Nasc., por
cima da fonte, ao lougo do castanheiro, acharão um
pouco de barro e 2 barras, mettido em um tacho.
!3. Na fonte do Valle, limite do Castro do Mau
Visinbo, que nasce defronte, ao meio dia, appro-
ximadamente i 2 p1ssos, está um vestido com en-
' feites d' ouro.
f 4. Na fonte do Cavalleiro, limite do Castro,
defronte do nascer do sol, ao pé d'um erçideiro,
tem uma peneda que desci, ao Castro, e pJr baixo
no meio da peoeda, dois estados, acharão 4 capi-
lhos d'ouro; e o que está vivo não o matem.
f 5. Na fonte do Cavalleiro, defronte do Norte,
por cima junto a R S X V l, dentro do prato, es-
tá uma ped"a com um letreiro; acharão abi um cai-
xão r.om moedas d'ouro.
i 6. i~a mesma fonte do Castro de Cumun, que
ba ao longo da dita, acharão idolos dos densas.
i 7. Na Fonte d'El-Rei acharão uma baixela de
prata encantada.
i 8. Na peneda do Gato, descendo ao rio Fra-
goso, defronte ao núrte, acharão em cima da pene-
da, meio estado d'um homem, um caixão esmaga-
çal cheio d'ouro.
i 9. Na fonte do Castro de Ameias, defronte, ao
m~io dia, por onde sae agua pela bocca d'um leão,
acharão um grande haver.
20. Na fonte da mesma Terronha, defronte, ao
-õo-
• •
Somma ·doe haveres do Porto de D. Gazua
rios e aguas vertentes
-68-
CAPITULO VIII
Syatema. de deitar as cartas
PAUS
O as, por noi te.
O doi,, a caminhos v11garoao1.
O tru, a c111niuboe breves.
O quatro, u'eata casa
O oinco, coro cinco sentidos.
O ,ei,, zelos.
O ,ete, com muito ftOBto.
- 75 -
1
Ili
li
Supponhamos nós que é uma euamorada que
está consuhando a feiticeira, e que as cartas sahi-
ram como representa a gravura que apresentamos
-7t,-
CAPITULO JX
Maneira. de ler as sinas
FEVEREIRO
AGOSTO
- 82-
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
PODERES OCCULTOS
CARTOMANCIA, ORAÇÕES E ESCONJUROS
1
Oomo Deus permitte que o demonio
atormente as oreaturas
II
IV
Para adivinhar com seis paus de alecrh?1
Pegae em seis pausinhos de alecrim, e à noite,
ao deitar, fazei tiras de papel; embrnlhae·os nas
ditas liras de maneira que se jantem as pontas do
Pªl et, depois dobrae os para traz de maneira 'lUe
fique o pausinho bem embrulhado; em seguida pedi
a S. Cypriano d'esta íórma:
-87-
OUROS
O a:i, uma prenda.
O doi,, brevemente.
O trea, com alegria.
O quatro, egreja.
U cinco, novidade.
O ,eia, dinheiros pequeno,.
O sete, diubeiros grandes.
ESPADAS
O as, affirma.
O doi,, cortando.
O te,, más pl\lRvrae.
O quatro, na cama,
O cinco, doença.
COPAS
O a,, fandango.
O doi,, uma carta.
O trea, boas palavra,.
O quatro, por a porta da rua.
O cinco, lagrimae.
O ,eia, por caminboa.
O ,ete, a horas de comidae o bebidaa.
PAUS
O ar, por noite.
O doi,, a caminho, vagaroso,,
O tre,, a c"rniohoa brovee.
O quatro, n'eata cae11.
O cinoo, com cinco 1entido1.
O ,ti.,
zeloa.
O ,ete, com muito go ato.
IX •
TERCEIRA MAGICA
-99-
torno da sepultura de Nosso Senhor Jesus Chrislo,
e me illuminam a mim para me livrar das astucias
de Luciíer, o deus dos infernos;
7.ª São os sete Sacramentos da Eucharistia, por-
que sem elles ninguem tem salvação;
8.ª São as oito bemaventuranças;
9.a São os nove mezes em que a Virgem Maria
trouxe no ventre seu amado Filho Jesus Christo, e
por esta virtude somos livres do teu poder, Satanazl
l O.ª São os dez mandamentos da Lei de Deus,
porque, quem n'elles crêr, não entra nas profunde-
zas infernaes;
H.a São as onze mil virgens que pedem inces-
santemenle ao Senhor por todos nós;
l2.a São os doze apostolos que acompanharam
sempre Nosso Senhor Jesus Chrislo até á hora da
sua morte e depois na sua eterna redempção;
l3.ª São os treze raios do sol que eternamente
le esconjuram a ti, Satanazt
N'esta occasião Satanaz submergiu-se, acompa-
nhado d'um trovão e relampago enviado por Deos
No~so Senhor.
Prevenimos que esta oração é dita toda, e sendo
necessario, repete-ss tres vezes.
Xll
Ora9ão para assistir aos enfermos na hora.
da :norte
Esta oração é tão efficaz, que diz S. Cypriano,
nenhuma alma se perde, quando esta oração edita
com devoção e fé em Jesus Christo.
- 100 -
ORAÇÃO
XIV
Grande requerimento que fez
S. Oypriano para castigar Lucifer, que sempre
o te.o.tava. nas suas ora9ões
t
-105-
XIV
Oomo s. Cyprlano comegou a requerer
o demonio
t
-112-
PAUS
ESPADAS
COPAS
Àz e Valete. . • Incerteza.
Dois Azes. . . . Amizade sólida.
'ft'es Az.es. . . . Felicidade progressiva.
Quatro Azes . . Felicidade absoluta. Nada a de-
se1ar.
"
INOICE DA PRIMEIRA PARTE
PAG
ADVBBTBSCIA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ••••••••••••••
Vida de S. Cypriano, extrahida «lo Floi Sanrtorum ou
Vida de todos os saotos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i
CAPITULO 1- Iostrucções a('s religiosos e religiosas que
vão tratar d'uma molestia - Regra que todo o religioso
deve e~tudar para saber se as molestias de que vão tra-
tar são ou não obras de feitiçaria ou do diaho.. . . . . . . . 17
CAPITULO 11 - Novas orações das horas abertas para o
meio dia, trindades e meia noite.................. 19
CAPITULO 111 - Arrependimento e virtudes de S. Cypri-
aoo......................................... 20
CAPITULO IV - Signaes de haver maleílcios nas crea-
turas - Oração que se lê ao enfermo para saber se a
molestia é natural ou ~obreoatural, e a <JUal os religio-
sos devem ter estudado bem oo Cap. t.• e nas instruc-
ções; gero isso não podem prestar bons serviços ao doente 24.
Preceito ao demooio ou demonios para que não morufi-
quem o enfermo durante o tempo em 'lue se esconjura. ~ü
Oração ao Senhor ou louvores por ter livrado o enfermo
do poder de Satanaz ou de seus alliados, a qual se dev11
rezar de joelhos e com devoção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Palavras santissimas que o religioso deve diz11r quando es-
tiver a fechar a morada. A chave deve estar sobro o pei-
to da morada, como se estivessem a fechar uma portn. 38
CAPITULO V - Sobre os pbantasmas que apparecem nas
encruzilhadas ou almas do mundo espiritual que por
mis~ão de Deus veem a este mundo corporal buscar ora·
ções para serem purificadas dos erros que commelleram
n'e~te mundo contra Deus Nosso Senhor. . . . . . . . . . . . tiO
Orações para pedir a Deus por os bons espiritos que veem
a este mundo buscar orações para serem purificados do
mal que commetteram n'este mundo ou restituir alguma
divida ou roubo ... ·............. . . . . . . . . . . . . . . 4~
Oração util para curar todas as molestias, ainda que sejam
naturaes, a qual deve ser lida com muito respeito em Je-
sus Christo, com quem estamos fallando. . . . . . . . . . • . ~6
PAO.
CAPITULO VI-Exorcismo para expulsar o diabo do corpo õO
CAPITULO VII - O d,·seucauto dos 1hesouros. . . . . . . . . :H
Oração e esconjuração para se de~encanlarom os thtlsouros tH
Logares onde se encontram os encantos. . . . . . . . . . . . . . . !S8
Sommas dos haveres do Porto de O. Gazua, rios e aguas
vertentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . 64
CAPITULO VIIJ - Novo systema de deitar as cmas. . . . 72
CAPITULO IX - Nova maneira de lar as signas....... 78
PODERES OCCULTOS, rARTOMAN 'IA, ORAÇÕKS B BSCONJOROS
S. CYPRIANO
\
THESOURO DO FEITICEIRO
A EDIÇÃO MAIS COMPLETA
QUE SE TEM PUBLICADO ATÉ HOJE
SEGUNDA PARTE
.A cru1 de S. Bartholomeu e de S. Cypriano
- 'Verdadeiro thesouro da magia preta e branca - Segredos
da feitiçaria para o be,H e o mal -
Receitas para apressar casamentos, explicação dos sonhos, etc.
LIVRARIA ECONOMICA
DE
J. A.NDRAD.E 4 LINO DE SOUSA
Anll1a caoa de P. Napoleão da Vlct ria
9 a 13 - TRAVESSA DE S. DOMINGOS - 9 a 13
LISBOA
•
VERDAD EIRO THESOU RO
OA
Segredos da leitiçarta
li
Magloa do 0880 da oabe9a do gato preto
t
-9-
Ill
IV
VI
VII
Felti9aria que se faz com dois bonecos,
tal qual a fazia S. Cypriano emqua.nto
feiticeiro e magico
VIII
Encantos e magica da semente do feto
e suas propriedades
IX
A magica do trevo de quatro folhas, cortado
na noite de s. João ao dar da meia noite
t
ORAÇÃO
DBCI..ARAÇÃ.O
XII
s. CYPBIASO- 3 VOL, II
Mf~TERIO~ DA F[ITI~ARIA
EXTI\AIDDOS DB UAl IIANUSCRIPTO DE MAGICA P1\BTA QUB SR JULGA.
DO TBMPO DOS MOUROS
•
Procedendo-se a umas excavações na aldeia de
Penacova, no anno de iilO, eocoolrou-se ali um
mannscripto em perfeito estado de conservação.
N'este pergaminho precioso encontraram-se coi-
sas muito curiosas, algumas das quaes vamos apre·
sentar aos leitores, convictos de que lhes presta-
mos um bom serviço.
Foi este pergaminho, boje existeole na biblio~ ·
theca de Evora, que deu assumplo a um livro de
enguerimanços niuito acceite hoje no Brazil, intitu-
lado o Livro do Feiticeiro.
Ahi vae parte d'esses mysterios.
XIII
Receita para obrigar o marido a ser fiel
XJV
Receita para obrigar as senhoras
solteiras,e até mee:no as casadas, a dizerem
tudo que fizeram ou tencionam fazer
XV
Receita para ser feliz nas coisas que
se emprebe.ndem
XVII
XVIII
Verdadeira ora9ão para enxotar o demonio
do corpo
XIX
Ora9ão que preserva do raio
XX
Magica das uvas e suas proprieda des
..
Explicação das virtudes epropriedades
d'este azeite e do cacho que floa dentro da garrafa
Lª-Accendendo uma luz com o dito azeite,
apparecem todos os arvoredos que estão em lor·
no da latada d'onde sabiu o dito cacho e appare-
cem as uvas maduras e v~em-se algumas pessoas
que, por acaso, se encontravam no mesmo sitio
d'onde se cortou o cach'>; finalmente, apparecem
todos os objectos d'aquelles togares: casas, íruclei-
ras, passaros, arvores, e tudo mais que proximo
dos cachos se encontrava.
Aviso para esta condição: Quando apparecer a
fructa e os cachos uão os cortem para comer, do
contrario arriscam-se a levar uma bofetada do de-
monio. Logo que se apague a luz, desapparece
todo aquelle arvoredo e mais objectos.
2!-0 azeite tem virtude para curar qualquer
ferida nova ou antiga, deitando lhe em cima uma
pinga de azeite e pondo-lhe fios de linho.
3.ª-- Este azeite tem a virtude e poder de fazer
sahir as almas do purgatorio e virem fallar á pes-
soa que as chama á porta da igreja, ao dar da meia
noite. Accendeodo a luz e dizendo : o: Eu, pelo poder
d'esta luz, mando que já me fallem as almas que
estão no purgatorio, aquellas que os seus corpos
tem sido sepultados o'esta casa.• Immediatameote
apparecem as almas,mas é preciso ter moilo aoi-
-.p-
mo, do contrario póde d'isso resultar a morte á pes-
soa que as chama.
,i., ª-O azeite tem a virtude e o poder de fazer
ama feitiçaria a uma outra pessoa, fazendo da ma-
neira seguinte, tal qual como a foz S. Cypriano, na
cidade de Carlbagena a uma menina de nome Ade-
laide.
Cypriano, feiticeiro, desejou possuir o amor de
uma menioa chamada Adelaide e foi pedil-a a seus
paes; porém, debalde, porque elles negaram-
lh'a.
Desesperado, com a rés posta dos paes de Ade-
laide, se irou de tal maneira contra t>lles que man-
dou ao seu diabrete, que sempre trazia na algibeira,
que deslruisse, sem perda de tempo, as casas e
todos os bens dos oaes de AdelaidP,.
Foram, immediatamente, executadas as suas or-
dens. ·
Logo qne Adelaide viu os iieus haveres destruí-
dos dirigiu-se a Cypriano e disse,lhe :
-Homem, que mal te fez meu pae para que tu
obrasses para com elle com tanta ingratidão?
Cypriano respondeu-lhe :
-Tu não vês, Adelaide, que ta amo tanto que
nada vejo senã'l o logar onde tu bab,tas 1
Respondeu Adelaide a Cypriano :
- Se é verdade o que me dizes, faze de conta
que de hoje em diante sou tua escrava, mas não
tua muJlJer; porque não sou digna de ser desposa-
da por ti. •
-Porque razão,-disse Cypriano-porque ra-
zão dhes tu que não és digna de ser minha esposa?
-·6-
-Pois sendQ to um sanlo,-respondeu Adelai-
de,-canon1sado por Deus, como posso ea ser tua
molher, se eu sou a maior peccadora do mundo,
como outra igual não julgo existir?
Cypr1ano, voltou-se para Adelaide e disse-lhe:
-Menina, pois se tu tanto adoras a Deus e ain-
da assim dizes que és a maior peccadora do mun-
do, qut Dtius de vingança tu adoras 1
Adelaide, ouvindo estas palavras, ficou como que
pasmada e duvidando do que tinha ouvido, disse
comsigo:«Que Deus será o que adora este homem?
Por veolura bavná outro Deus, sem ser o meu?!
Não é poss1vell »Revestiu-sede curiosidade e disse
a Cypriano:
-Homf:'m, obrigo-te, da parle de Deus, a quem
adoro, que me digas que Deus estranho é esse
que tu adoras e que te obriga a renegar o meu 1
Re~pondeu Cypriano :
-O Deus que adoro é a Lucifer, dos infernos!
Adelaide, ouvindo isto, benzeu-se por tres ve-
zes e disse-lhe :
- Eu le obrigo e esconjuro da parte de Deus,
a quem adoro, que me reslltuas os meus haveres,
tal e qual e!les estavam.
Cypriano, obrigado pela força do Deus Omni-
potente, tornou a restituir os bens aos paes de
Adelaide, e no fim de tudo isto retirou-se sem se
gosar d'ella.
Lucifer apparecendo-lhe, disse a Cypriano es-
tas palavras.
-Meu amigo Cypriano, não me andes sempre a
incommodar; já le ensinei a fazer todos es feitiços
-47-
CHEGADA DE CYPRIANO
XXII
Feitiçaria que se faz oom um sapo para obri-
gar a amar contra vontade
XXIII
Feiti90 do sapo oom os olhos cosidos
XXIV
Palavra s que dizem ao sapo depois de ter
os olhos oosidos
XXV
•
-60-
XXVI
Feitiçaria do sapo para amar
contra vontade a quem não quer, ou para
fazer casamentos
•
-6J-
XXVII
Receita para ganhar ao jogo
I
Manda-se fazer uma figa de azevicbe, recommen-
dando, essencialmente, que a façam com uma faca
nova e de aço fino .
Leva·se Jogo em seguida. a figa ao mar, suspen-
sa de uma fita de Santa Luzia, passa-se com ella
tres vezes, sete vezes ou vinte e ama vez pela es-
puma das ondas.
Emquanlo assim se está procedendo, reza-se
tres vezes o credo, muito baixinho, quasi imper-
-6:a-
XXVIIl
Talisman que faz voltar oedo para a terra
natal, rioo e feliz
XXIX
Receita para converter o bom no mau feiti90
XXX
Receita para fazer oom que o homem
sô gose oom a mulher com quem faz v1da,
ou vice-versa
XXXI
Receita para apressar casamentos
XXXII
XXXV
3. -Alecrim.
0
4. 0 -Funcbo.
5. -Pedra marmore.
0
6. -Semente de feto.
0
7.º-Semente de malvas.
8. -Semente de mostarda.
0
querdo.
H.°-Uma raiz de cabello da cabeça.
{!.º-Raspa das unhas dos pés e das unhas
diis mãos.
13.º-Raspa de um osso de deíunlo, se for da
caveira melhor será.
No fim de estar preparado tudo que ahi fica
dito, deitae-o dentro do vidro, de maneira que fi-
que meio e não cheio. Declaramos que de todos
os ingredientes de que jã fallámos deve ser a me-
nor porção possível, porque produz melhor effoi-
to.
-jO-
XXXVI
A magica da ag •lha passada tres vezes
por um defunto
XXXVII
Herva. magica e suas propriedades
XXXIX
Os dias mais aziagos do anno,
em que se não podem fazer feiti9arlas que
seja para bem senão para mal
Janeiro - l, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, tO, H,
t3, t5, 16, 23, 2t 26, 30.
Fevireiro -2, 4, iO, 13, ii, t5, i6, l 7, 18,
i9, 23, 28, 29.
Março-tO, i3, H-, t5, t6, i7, t9, 28, ~9.
XL
Magica do ovo, feita na noite de S. João
Baptista (24 de junho)
XLII
t
-80-
XLIII
XLIV
XLV
Cypriano e S. Gregoriô tiveram um encontro
no qual disputaram ácerca da Santa Fé
Catholica, onde S. Oregorio ficou vencedor
tor ?..•
Um dos ouvintes disse para Cypriano :
- E' Gregorio.
- Ai, ai!-disse Cypriano- que Deus adora
este judeu 1 Em lo~ar de estares a escutar esse
impostor, melhor fôra que estivesseis em vossas
casas occupando-vos nos vossos serviços.
S. Gregorio que observou a conversação de Cy-
. priaoo, sorriu-se e continuou com a sua pratica,
s. CYP&lAllO - 6 VOL, u
- 8:i-
XLVII
Outra magica. do morcego
XLVIII
t
-8g-
t
ARTE DE ADIVINHAR
AS
•
-94-
2!.ª Faculdade de conservar a lembrança das
pessoas.
22.ª Sentido das côres e dos seus effeitos; gos-
to I elos quadros e pela pintura.
2:t ª Iostincto de accumular, da usura, da ava-
reza e até de nos apoderarmos do alheio.
2~.ª Instincto da defeza pessoal e da propriedade
25.ª Facilidade de elocução; vivacidade de es-
pirito; eloquencia popular.
- 26.ª Sentimento da existencia de Deus; tenden-
cia para a religião.
CJ.7 .ª Facilidade em conservar os nomes e os
sigoaes das palavras; localidade.
28.• lnstincto fino para escolher as habitações.
29.ª Sentido da lmguagem arliculada, mani-
festa di~posição para cultivar línguas.
30.ª Sentido da mechaoica e das coostrucções:
orgão das artes e da industria.
Estas bossas são duplas: i~to é, as do lado es-
querdo reproduzem-se exactamente do lado direi-
to e teem a mesma significação.
Estas protoberancia · não se acham todas reu-
nidas na mesma cabeça; mas ha pessoas nas
quaes grande parte d'essas bossas são de tal forma
saliente::. que despertam a attenção aos menos
perspicazes. Em alguns criminosos a bossa t6.ª é
tão visivel que torna a cabeça d'elles mais disfor-
me. Os que não amam as creanças teem posterior-
mente a cabeça chata e quasi em linha recla com
o pescoço, íalta a esses indivíduos a bossa 7. ª
O estudo da pbrenologia completa o da phy-
s1onom1a.
..
-9S-
t
CARTOMANCIA CRUZADA
Maneira de deitar cartas até hoje ignorada
e uzada por S. Cypriano
...
Primeiramente põe-se de parte as fi.guras qae
não servem.
Depois separam-se os azes e os setes, e baralha-
das estas 8 cartas (que são as tentações) eollocam-se
juntas, aD meio da meza, com a frente para baixo.
Ficam, portanto, 24 cartas na mão.
Seguidamente baralham-se estas 24, e deitam-se
sobre a meza com a frente para cima, formando
uma cruz, cujo meio fica preenchido pelas tentações.
Começa-se por esta ordem:
EI
B
EIBlilBB
81
11.....
1rl1::i11
1 · Jllj
1
Ili!-~
Deve haver o maior cuidado em observar o que
indicamos, pará não ficar inotil a consulta.
•
- 105-
E1
~-·11
11D2. r11
111-· ;'li
~~
Poocas vezes será preciso levantar todas as car-
tas. Lugo ao levantar as pámeiras nove deve estar
salisfeit~ a curiosidade. Mas se desejar saber maÍ$
alguma coisa, continua fazendo sempre paragem
n'uma tentação.
Quando fôr preciso levaolar todas as cartas e que
estas deem um sentido confuso, faz-se o seguinte:
Baralham-se de novo as tentações colocam.se no
- 1o8-
Qu1NQUILIIERIAS - Mediocridade.
R.aTo - Ioiruigo occulto.
RIQUEZA - P1·esagio de ruína.
SA~<rnE - Dôrcs de cabe9a, fortuna abundante.
SAPATl!:mos, SAPATOS - Vidn. laboriosa, vingem
por causa de uma herança.
SAi>o - Nojo, má digestão, calumnia.
S&Rl:'EN·rn - Perigos, dol!nça.
SoL - Brilhante, gloria; sombrio, perigos; côr de
fogo, morte de pessoa de sangue real.
TABACO - l!'umal·o, loucura, desordens; chciral-o,
velhice JJrematura; mascnl·o, preguiça.
TABERNA - Alteração na paz domestica.
TABOLE'rA-Prosperídade no commercio.
TAMANCOS -Orgulho excessivo.
TAMBOR-Coragem fictícia, muita bulha por coisa
nenhuma.
TANQUE-Vêr cavallos a beber n'elle. noticia ines-
perada e sati:>fatoria; secco, mysterio.
TEMPESTADE- Ultrages a receber, fortuna amea-
çada, perigo imminente.
TKEMOk DE TERRA ou TKUREMOTo-Ruina, mise-
ria, morte.
U1vos-Ouvil·os, morte de parente, pessoa de ca-
sa ou muito conhecid:1
URNA-Cheia, c,1samento; vasi.t, celibato; funera·
ria, nascimento.
UvAs-Lagrimas; sorte mofioa.
VACCa-Brava, inimisade de mulher, imperícia de
homem; mansa, traição proxima do ente nwado; gor-
da, abundaocia; magra, esterilidade.
VENTO- Suave, destino favoravel; forte, affiic;ões
e re\"ezes; frio, coração indolente; quente, coração
ardente.
V1NH0-Riqueza, saude.
Vrnvo ou vrnvA-Grande satisfação, liberdada re·
cnptirada.
Voz-Que nos chama: de menino, mudança da
-118-
S. CYPRIANO
COMPOSTO i,: IMPRESSO NA ll'o'PI\ENSA l UCAS
!tua do lJlarlo du Notl<l,u, 9S
TERCEIRO E ULTIMO
LIVRO DE S. CYPRIANO
ou
THESOUROS DA GALLIZA
A EDIÇÃO MAIS COMPLETA
QUE SE TEM PUBLICADO ÂTÉ HOJE
TERCEIRA PAUTE
l11g11erima11ços de S. Cypriano ou Prodígios do Diabo {historia
verdadeira acontecida "ª Gal/ira) - Os th~souros da Galli;a
- Espíritos diabolicos q.le infestam as casas com estrondos, e
remedios para os evitar Alchimia ou arte de f a 1er ouro -
Poderes occultos do odio e do amor - Historia da Sempre
No,va - B11ena-dicha, etc.
LIVRARIA ECONOMICA
DE
J. A.NDRAD.E d: LINO DE SOUSA
Aotlra c..a de F. Napcleio da Victoria
9 a i3 - TRAVESSA DE s. DOMINGOS - 9 a i3
LISBOA
ADVERTENCIA
OS PROIJIGIOS DO DIABO
HISTORIA VERDADEIRA
CAPITULO l
D'um livro mu ito P.Stimado ern França, intiLu-
lado As Sciencins Occult<lS, por mr. Zalotle, extra·
bimos a bisJoria que vae lêr-se:
Victor Siderol era lavrador na aldeia de Court,
desviada cinco leguas de Paris. Esle homem tinha
uma grande intelligeocia, e entendendo, que as
terras da sua aldeia não eram dignas d'um arro-
teador tão instruido, começou por deixar parle
d'ellas sem cultivo., resultando d'abi ter sampre
uma diminuta colbeiLa.
Os agricultores, sells visinhos, que recolhiam
S. Miguel avultado, faziam-lhe negaças e chama-
vam-lhe calaceiro, epitheto que, dia a dia, o des-
gostava mais.
Un;a tarde sentindo Sidero! um grande mal-
estar, ao conrluir a sementeira, soltou .os bois,
-8-
CAPITULO III
O francez tão depressa pendia para uma cousa
como para outra; e não se decidia. E o grande se-
nhor espera\'a, com ar submisso e reverente, que
elle se resolvesse, finalmente, e lhe dissesse o que
pretendia.
O aldeão recordou-se, afinal, de qat, o «faturo•
para elle tão rico, bello e seductor, tinha abusado
da sua boa fé, e que dependia da sua vontade lêr
n'Alle tão facilmente como na cartilha de doutrina
que em creança decorára na escola.
Pensou que o dom de adivinhar tinha umas van-
tagens qne se estendiam a ludo, e por este systema
regularia, seguramente, a sua condocta e os seus
-12-
CAPITULO IV
•
Defendendo-se d'aquella insistencia, recuou, in-
sensivelmente, sobre a cauda do veslido e tropeçou.
Sidero) aproveitou o ensejo e empurrou ·a suave-
mente. Ella com este impulso foi cab1r sobre o so-
pbá, e depois •.. elles é que podiam confessar ·º
que snccedeu.
O leitor deve snppôl-o, certamente. Eo, por
minha parte, faço idéa ...
A pobre pequena chorou. Elle correu a en1u-
g1r-lhe as lagrimas e, promeuendo casar com
ella, pediu-lhe que nada d1ssé!lse á mãe.
Rosa encolheu os bombros em sigoal de assen-
timento.
A ,elha voltou pouco depois e de nada descon·
fiou.
Se ella era de tão boa fé •••
Entabo!aram nova conversa e Siderol convi-
dou-as para irem jantar no dia seguinte em sua
companhia, uo salão que tinha alugado n'um ho-
tel.
Foram.
Elle linha aj•1stado coco o tabellião para que es-
tives,e lá á noite, e de tarde foi cotllprar um cofre
de johs para offerecer á. sua noiva, no que foi tão
prodigo, que ao voltar para casa só lhe restavam
uns quinhentos cunhos d'ouro.
Entregou o cofre a Rosa e foi procurar o tabel-
lião, que se demorava, para lavrar a escriptura
que o devia ligar águella que tanto lhe eufouqut!-
cera os sentidos.
A mãe e filha despediram-se d'elle cllm toda a
cordealidade e pediram-llle que não se demorasse,
- 23 -
CAPlfULO Vl
conta d' esses thesouros qne são teus. Mas, para que
elles te sejam uteis, não jogues nunca. Anda, mar-
chai Para lá da velha Toletum 1 acharás ouro so-
bre ouro e dirá~, então, que bem te valeu tomares
pacto commigo.
E o diabo abriu-lhe a porta da cadeia.
Victor partiu. Atravessou os Pyreneas e levou
ciocoenta e dois dias para atravessar a Barjacova.
Na passagem da proviocia de Valladolrd para o
reino da Galliza, sentiu-se muito cançado e reparou
que os sapatos já não tinham soltas.
Chamou o seu espirito e disse-lhe:
-Estou descalço e tenho fomt,; dá-me calçado
e de comer ...
O diabo appareceu-lhe em frgara, e apontando
ao longe com o seu dedo indicador, perguntou-lhe:
-Vês acolá ao longe aquella povoação entre
uos arvoredos 1
-Vejo.
-Chama-se Saotiguoso; entra no c1mioho e
verás comida sobre um lascão de pedra. Enche o
estomago e caminha sobre o norte, onde está a
fortuna á tua espera.
-Mas P que não posso andar, meu Lucifer, dá-
me aos sapatos.
-Não.
-Porqu~, espirito ioferoall Não tens poder para
arranjar cousa de tão pouca valia 1
-Tenho.
I Toledo.
-27-
-Então?
-Ouve-me com auenção, disse o diabo: O Deus
que tu adoravas antes de te entregares a mim não
disse ao genero humano «que havia de ganhar o
pão com o suor do rosto» ?
- Disse, mas assim não quero eu ganhar o meu.
Antes qnero ir desencantar os thesouros que me
apontaste.
-Muill) bem. O teu Deus antigo é o reidos ceus
e eu sou o rd d,,s inf ~raos. ffille dá a lei aos seus
vassallos e eu do 1-a aos m~as. Para qua goses a
minha protecção ê necessario que faças algum sa-
crificio, Vae ao teu desti;.o, que para conseguires a
ventura vale bem o martyrio de trilhar descalço o
caminho.
-Pois bem, deita-me a tua benção.
O diabo abençoou-o e o aldeão partiu descalço.
CAPITULO Vlll
CAPITULO X
CAPITULO XI
•
-35-
·-Dei.
-Não a amas muito?
-Amo.
-Então, pagas-lhe bem.
Passaram-se tlez annos n'oma harmonia nun-
ca interrompida e Manuela havia dado á luz o seu
OÍló\O filho.
Victor embalado pelas commodidades da rique-
za e pelos rocan tos seductores das suas trez me-
ninas e cinco meninos, andava encantado com a
sua sorte e chegou quasi a esquecer-se das doa-
çõe::, que fiu ra ao diabo.
.. Mas, um dia, sentindo estalar por sobre a ca-
beça uma enorme trovoada, por entre o fuzilar de
relampagos, passaram.lhe pela ideia umas lem-
branças negras, que lhe encheram a imaginação e
lhe envenenaram todos os seus prazeres.
Pensou que havia comprado tão ~ôces gosos
pela sua condemnação.Era pagar a ventura na ter-
ra pelo mais alto preço!
O'ali em diante começou a andar triste e pen-
sativo. Manuela sentia muito mais as penas do
marido, pelo facto de não saber a causa d'ellas.
As m:,is ternas caricias, os mais fervorosos ro·
gos d'ella não conseguiram arrancar-lhe o se gre-
do d'aquella tristE:za.
Sidero! tinha vontade de saber se a eterna fo.
gueira se accenderia para elle só no extremo da
vdLice ou se a morte estaria perto.
la perguntar ao diabo quando lhe e8tava des-
tinado morrer, porque perdida a alma, embora
não fosse ambicioso, queria, ao meno~, gosar a
-36-
CAPITULO XII
CAPITULO XIII
CAPITULO XLV
EXPLICAÇÃO IMPORTANTE
Todos os thesonros e encantamentos do antigo reino
da Galliza acham se depositados pelos mouros e ro-
manos em esconderijos subterrancos. A maior parte
d'elles, segundo declara o f ergaminho, fica a pequena
distancia das nascentes de agua que conservam a sua
afluencia, mesmo durante os calores mais rigorosos .
-42 -
O Co1 L&CTOR •
•
t
PARA
t
.As oraçõe~, esconjurações. la lainhas e mais re-
gras para se desencanlarem os tbesouros, estão na •
primeira parte d'estr obra.
E' por esse motivo que as não repetimos n'este
logar.
Relaçao dos Thesonros e Encantos
(EXTRACTO DO PERGAMINHO)
-57-
"
ESFinITOS DIAEOLICOS
Que infestam as casas com estrondos
e remedioe para os evitar
CAPITULO J
tunidades.
Nem oa historia faltam exemplos, reteridos por
moi graves auctores, a quem se não pode oPgar o
devido cré,iito. Santo Agostinho, no livro 22, da
Cidade de Deus, e no cap. VII, refere que estes espi-
ri tos davam moles tia aos animaes e pessoas que
habitavam em casa de um certo homem chamado
Hespe rio que exercitava o officio df>, tribuno.
Jo\o 01acono, na vida de S. Gre~orio, capitulo
LXXXIX, diz que a este santo pootifice molestava
muitas vezes um espirito maligno. Para este fim,
quando o via em oração, lhe tirava da estrebaria os
ca,allos, dos quaes a dois precipitou; apparecia em
fórma de gato a dois religiosos que estavam em
casa do Santo, em modo de os querer arranhar,
e outras vezes na figura de mouro, em acto de os
ferir com uma Jaoça.
Plutarcho, na vida de Diooyzio Cyracusano, con-
ta 4ue estando este uma tarde pensativo, lhe ap-
parecera uma mulher de extraordioaria grandeza,
com semblante terrivel e espantoso, como se íõra
alguma furia infernal, a qual se poz mui quieta-
mente a varrer o pavimento da sala. Assuslou-se
muito com es!a visita Dionyzio, chamou os amigos,
contou-lhes a visão e pediu-lhes que o não deixas-
sem só n'aquella noite, temendo não repetisse o
monstro outra vez a vioda, o que não rt'peliu; po-
rém um pequeno filho de Dionyzio, por occasião
pueril de pouco momento, se predpitou da parte
mais alta da casa e morreu.
O padre Possevioo, da Companhia de lesas lam-
bem refere oa vida de Antooio Barreto, senador de
Tolosa, que á soa esposa, malrooa mui espiritual,
apparecera uma mulher de altissima estatura, com
cuja vista recebeu medo tão grande que por espa-
ço dt1'24- horas esteve continuadamente tremendo,
sem poder suster aquelle movimento que a agitava.
Cardano, no livro t6, cap. LXXlll déRermn Va-
riet, c;iz que a nobre e principal família dos Turrnl-
11:s, em Perma, possue uma fortalt:'Za onde se costu-
ma vêr, em determinadas occasiões, na chaminé da
casa,uma velha,Que representa cem annos d'1dade.
Mais notavel é a historia que refere João Tríte-
mio, na descripção do mosteiro Hirsangiense. Diz
que pelo aooo de t i32, em um logar da Saxonia,
-64-
•
-66-
CAPITULO II
Remedioa contra os eapiritos
ODIO E DO AMOR
DESCOBERTOS PELO MAGICO JANNES
E PRATJCADOS POR
S. OYFRIAN"O
·J-
Il
III
t
V
Magica da fl.ór de larangeira
Quando uma menina tenha grande inlerf:sse em
casar com o seu namorado e elle esliver babiLua-
do a dizer-lhe que espere mais um anno, procura
furtar lhe um lenço, com todo o cuidado, para
que o individuo não dê por isso. Depois, logo que
vá á igreja, deve ensopar o lenço na pia do ba-
ptismo, e passando-o logo a ferro, dirá estas pa·
lavras, sorvendo o forno produzido pelo ferro so-
bre a humidade.
«Agua lustral, la que possue~ a virlude para
nos fazer cbrislãos, e que nos abres o caminho do
ceu, faz com que (fulano) me receba por esposa
no espaço de cem soes e me dê tão grande con-
fiança como José depositou na Vil gem Maria. Eu
me entrego nas mãos d'elle, ornada da Oôr com
que perfumei este lenço e com o qual elle limpa
os labios por onde entra a hoslia cons:igrada, que
encerra o Corpo, Sangue, Alma e Divmdade de
Nosso Senhor Jesus Cbrislo. Amen. »
Feito isto, deve períumar-se o lenço com tispi-
rito de flor de larangeira e metter-lb'o no bolso,
occullameote.
VI
Magica dos oarooos do esoalheiro
Ha um arhosl·> bravo, cheio de picos, que per-
tence á família da pereira e dá uns fructus peque-
-79-
VII
Magica dos coucilhos
Na provincia de Mallo Grosso, no Brazil, mor-
reu em f 884 um feiticeiro celebre, negro indíge-
na que durante muito tempo operou milagres espan-
-81-
IX
Receitas para os homens se verem obriga.dos
a casar oom as amantes
XI
Magica do trovisco arrancado por um
cão preto
XII
XV
XVI
xvm
Encontro de S . Cypriano com uma feiticeira
que estava fazendo erradamente
o feitiço da pelle de cobra gravida,
e como a ensinou
Voltando S. Cyprian!> d'uma fes,a do Natal, e
não podendo atravessar os campos, em consegueo-
cia de haver uma grande cheia no rio, por onde
tinha de passar, teve de se abrigar n'urn tuonel,
formado pela natureza, para ah passar a noile.
Embrulhou-se no seu grosseiro manto e foi en-
costar-se no recesso mais escuro d'aquella foma.
Proximo da meia aoite ouviu passadas e divi-
sou uma luz. Temendo que fossem malfeitores,
occultou-se com a ponta de uma. grossa pedra.
Pouco depois, soou n'aqoelle covão uma voz ca-
vernosa, que dizia :
«O' magico Cypriano, meu rei elos feiticeiros,
por li aqui venho com quatro fogacbos e peço-te
que me ajudes a ganhar o premio á minha apai-
xonada cliente. •
O Santo ia a levantar-se para interrogar quem
assim fallava, mas teve de recuar a estas palavras:
«O' Lucifer, 6 poderoso governador do paiz do
fogo, ergue-te das labaredas, vem até mim, e en-
tra n'estecovão, onde venho todas as noites, e soc-
correo meu officio de consolar as esposas infelizes.•
Depois d'isto, correu pelo subtarroneo um fumo
aborrecido.
- 91 -
PREVENÇÃO Itfi>ílRTANTE
•
• •
Uma tarde em que Cypriano, recolhia a casa,
viu uma pobre mulher redeada por cinco creanças,
trazendo mais uma ás costas, dentro de uma es-
pecie de alforge, e outra nos braços.
-97-
• Esponjas.
S. Cuau.so - 7 vot. 111
-98-
XXII
Outra receita para não haver filhos
Procure-se alcançar uma porção de milho mas-
tigado ou mordido por uma mula e di>pois deita-
se n'um vaso de \'Ídro com um pouco de pello do
mesmo animal, cortado na cauda, juuto ao corpo.
Em seguida lança-se-lhe em cima o seguinte:
Alcool, f 50 grammas-Pó de maçãs de cypres-
le, 26 gr.-Fl ores de azevim \'ermelhas, 50 gr.
Rolha-se bem o frasco, e quando a mulheres-
tiver resolvida a entrar no aclo do coito, desLapa
o vidro e cheira-o tres vezes, dizendo:
«0' mula amaldiçoada, que por teres querido
matar o divino Redemplor, na arribana de Bethe-
lem, quando elle nasceu, foste condemnada a nun-
ca dar fructo do teu veulre, que a lua saliva que
está a'este frasco me defenda de ser mãe.»
Para conseguir os grãos de milho abocanhado~
pela mula, untam-se-lhe os dentes com cebo para
que lhe escorreguem para a manjadoura,
Esle preparado é facil e dá sempre um oplimo
resultado.
XXIII
Manei ra de operar desma noboa
Logo que no primeiro mez, falte o tributo san-
guíneo e a mulher desconfie que está gravida, de-
ve meller os pés em agua muito quente, o mais
que possa supportar, que o desmancho se opera-
rá, vindo-lhe em seguida o tributo mensal.
-101-
XXVI
O poder da cabeQa de víbora para fazer
o bem e o mal
xxvn .
Magica da coelha gravida pendurada
no teoto
XXVIII
O annel :nagioo e portentoso
XXIX
XXX
Modo engenhoso de saber quem são as
pessoas que nos querem ma.l
ou
NOTA COMPROVATIVA
Explicação importante.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .U
Trianj(alo para o desencanto dos thesouros. . . . . . . . . . . 43
Relação dos the:;ouros e encantos. . . . . . . . . . . . . . . . . 44
I SPIRITOS DIABOLICOS QUG l)fFI STAM AS CASAS COM h TRONDOS
IIBMIDIOS PARA OS ENCANTOS