Analise Histórica e Literária Do Novo Testamento

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EVANGELHOS

SINÓTICOS
PROF. GUILHERME NUNES
EVANGELHOS
SINO/ TICOS
(INTRODUÇA5 O)
AULA 1
A PALAVRA "SINÓPTICO" VEM DA PALAVRA
GREGA SYNOPTIKOS, QUE SIGNIFICA "CAPAZ
DE SER VISTO JUNTO".

MATEUS, MARCOS E LUCAS


1. INTRODUÇÃO:

-DISCUSSÕES DO CONTEXTO HISTÓRICO E RELIGIOSO.


-DISCUSSÕES DO CONTEXTO TEOLÓGICO E LITERÁRIO DE CADA LIVRO.

2. METODOLOGIAS:

- CRÍTICA DA FONTE
- CRÍTICA DA FORMA
- CRÍTICA DA REDAÇÃO
- CRÍTICAS LITERÁRIAS
3. PROBLEMA SINÓPTICO

4. HISTÓRIA

- A BUSCA DO JESUS HISTÓRICO


- CONFIABILIDADE HISTÓRICA DOS
EVANGELHOS

5. CRONOLOGIA E AS
APARENTES
CONTRADIÇÕES NOS
SINÓPTICOS
PENSADORES ATUAIS

• BART HERMAN
• LARRY HURTADO
• RICHARD BAUCKHAM
• ESTUDOS DA NPP
O QUE ESTAVA
ACONTECENDO?
CONTEXTO HISTÓRICO
O QUE ESTAVA ACONTECENDO?

CATIVEIRO CATIVEIRO CATIVEIRO CATIVEIRO


BABILÔNICO PERSA GREGO ROMANO

597–539 A.C 538–323 A.C 300–142A.C


O QUE ESTAVA ACONTECENDO?

Antíoco IV Epifânio
(25/Dez /167 A.C)

Macabeus
(25/Dez/164 A.C)

Asmoneus
O QUE ELES
CRIAM?
CONTEXTO RELIGIOSO
ESTÁGIOS DE FORMAÇÃO

1. MONOTEÍSMO
2. ALIANÇA MOSAICA
3. PRÁTICA DA TORAH PARA PERMANECER NA ALIANÇA
4. EM OUTROS SEGUIMENTOS VEMOS LEGALISMO
ESTÁGIOS DE FORMAÇÃO

1. TEMPLO
2. SINAGOGAS
ESTÁGIOS DE FORMAÇÃO

1. FARISEUS
2. SADUCEUS
3. ESSÊNIOS
4. MOVIMENTO APOCALIPCISTA
Jesus dos
Evangelhos
O FOCO DA QUESTÃO
ALTA E BAIXA
CRISTOLOGIA

MESSIAS E A DIVINDADE

PECULIARIDADES
JESUS EM MARCOS
1

HUMILHAÇÃO E GLÓRIA
2

FILHO DO HOMEM
3

O objetivo de Marcos é
mostrar que Jesus é o
Messias não apesar da cruz,
mas precisamente por causa
dela.

Michael F. Bird. “Jesus the Eternal Son: Answering


Adoptionist Christology”.
4

O uso explícito da “linguagem de Deus” aplicada a Jesus pelos autores posteriores ao


NT e pelos credos clássicos está em continuidade com a cristologia já presente em
Marcos. Para falar do assunto de uma maneira provocativa: João, Nicea e Calcedonia
entenderam e desenvolveram a cristologia de Marcos em um sentido mais profundo
do que foi feito em Mateus ou Lucas. Talvez Calcedonia pode ser entendido como mais
‘Marcano' do que ‘Joanino', já que João tem tendências subordinacionistas mais
explícitas do que Marcos. Os cristãos preocupados com o canon e com o credo não
precisam, portanto, tentar fazer com que Marcos seja niceano ou joanino, mas devem
tentar entender Marcos em seus próprios termos.

M. Eugene Boring, “Markan Christology: God-Language For Jesus?” NTS 45 (1999): 471.
JESUS EM MATEUS
1

PROMESSA/CUMPRIMENTO
2

ESTRUTURA
3

DISCÍPULADO
3

HERANÇA JUDÁICA
(CRISTO COMO ANTÍTIPO DE ISRAEL)
4

ÉTICA DO REINO
JESUS EM LUCAS
1

GÊNERO
2

SENHOR SOBRE TODOS


3

LUCAS 1.31-33
4

MESSIAS SERVO
(BATISMO)
SALMO 2, ISAIAS 42/61
5

PROFETA QUE GUIA


LUCAS 4:14
6

SOMBRA DA CRUZ
9:22
METODOLOGIAS
MATERIAL SEPARADO

AULA 2
O PROBLEMA SINO/ TICO
AULA 3
POR QUE TRÊS
EVANGELHOS
TÃO SIMILARES?
MT 19:13-14 MC 10:13-14 LC 18:15-16
13 Depois trouxeram crianças a 13 Alguns traziam crianças a 15 O povo também estava
Jesus, para que lhes impusesse as Jesus para que ele tocasse nelas, trazendo criancinhas para que
mãos e orasse por elas. Mas os mas os discípulos os Jesus tocasse nelas. Ao verem
discípulos os repreendiam. repreendiam. 14 Quando Jesus isso, os discípulos repreendiam
14 Então disse Jesus: “Deixem vir viu isso, ficou indignado e lhes aqueles que as tinham trazido.
a mim as crianças e não as disse: “Deixem vir a mim as 16 Mas Jesus chamou a si as
impeçam; pois o Reino dos céus crianças, não as impeçam; pois o crianças e disse: “Deixem vir a
pertence aos que são semelhantes Reino de Deus pertence aos que mim as crianças e não as
a elas”. 15 Depois de lhes impor são semelhantes a elas. impeçam; pois o Reino de Deus
as mãos, partiu dali. pertence aos que são semelhantes
a elas.

Nova Versão Internacional. (2001). (Mt 19.13– Nova Versão Internacional. (2001). (Mc 10.13– Nova Versão Internacional. (2001). (Lc 18.15–
15). São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional. 14). São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional. 16). São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional.
O PROBLEMA SINÓTICO

(1) Os Evangelhos sã o


dependentes uns dos outros?

(2) Em caso aBirmativo, o que


foi escrito primeiro e quais
dependeram uns dos outros?
CONCORDÂNCIA DOS EVANGELHOS SINÓTICOS:

1. MATERIAL
2. VERBAL
3. NA ORDEM
4. COMENTÁRIOS PARENTÉTICOS
5. ALTERAÇÕES NAS CITAÇÕES DO A.T
CONCORDÂNCIA DOS EVANGELHOS SINÓTICOS:
MATERIAL

1. 90% DO MATERIAL DE MARCOS APARECE EM MATEUS E LUCAS


2. 90% DO MATERIAL DE JOÃO É UNICO
CONCORDÂNCIA DOS EVANGELHOS SINÓTICOS:
VERBAL

Embora haja muitas diferenças nas palavras dos Sinópticos, também há


um número extraordinário de paralelos exatos, incluindo não apenas
palavras e frases, mas até frases completas.
CONCORDÂNCIA DOS EVANGELHOS SINÓTICOS:
ORDEM

#Todos os três Sinópticos apresentam uma série de histórias polêmicas na mesma ordem
perto do início do ministério de Jesus

1. Mat. 9: 1-17; 12: 1-14;


2. Marcos 2: 1 - 3: 6;
3. Lucas 5:17 - 6:11.
4. Cf. Mat. 22:15 - 23:36; Marcos 12:13 - 40; Lucas 20:20-47).
CONCORDÂNCIA DOS EVANGELHOS SINÓTICOS:
MATERIAL PARENTÉTICO

MATEUS 9:6 MARCOS 2:10 - 11 LUCAS 5:24

Mt 9.6: Mas, para que vocês Mc 2:10 Mas, para que vocês Lc 5:24 Mas, para que vocês
saibam que o Filho do homem saibam que o Filho do saibam que o Filho do
tem na terra autoridade para homem tem na terra homem tem na terra
perdoar pecados” — disse ao autoridade para perdoar autoridade para perdoar
paralítico: “Levante-se, pegue pecados” — disse ao pecados” — disse ao
a sua maca e vá para casa” paralítico. paralítico.
CONCORDÂNCIA DOS EVANGELHOS SINÓTICOS:
ALTERAÇÕES NAS CITAÇÕES DO A.T

MATEUS 3:3 MARCOS 1:2 - 3 LUCAS 3: 4

3 Esteé aquele que foi anunciado 2 Conforme está escrito no profeta 4 Como está escrito no livro das
pelo profeta Isaías: Isaías: palavras de Isaías, o profeta:
“Voz do que clama no deserto: “Enviarei à tua frente “Voz do que clama no deserto:
‘Preparem o caminho o meu mensageiro; ‘Preparem o caminho
para o Senhor, ele preparará para o Senhor,
façam veredas retas o teu caminho”— façam veredas retas
para ele’ ”. 3 “voz do que clama no deserto:
para ele...
‘Preparem o caminho
para o Senhor,
façam veredas retas
para ele’ ”.
**A LXX diz "faça caminhos retos para nosso Deus" em
vez de "faça caminhos retos para ele"
PROPOSTAS

2 FONTES

4 FONTES
PRIORIDADE MARCANA
HIPÓTESE
PRIORIDADE MATEANA DE GRIESBACH

REVISÃO DE
WILLIAM R. FARMER
PRIORIDADE MARCANA

1
Embora Mateus e Lucas difiram consideravelmente um do outro, a maior parte de
Marcos (aproximadamente 93 por cento) é encontrada em um ou outro.

2
Também é difícil explicar por que Marcos, se ele está pegando emprestado de
Mateus e Lucas, deixaria de fora tanto material aparentemente importante.

3
Na “tripla tradição” (histórias incluídas em todos os três Sinópticos), as leituras em Mateus e
Lucas geralmente não concordam entre si quando uma ou outra difere de Marcos.
PRIORIDADE MARCANA

4
A ordem dos eventos em Marcos parece ser original, uma vez que onde quer que
Mateus se afaste de Marcos, Lucas apoia a ordem de Marcos, e onde quer que Lucas
se afaste de Marcos, Mateus concorda com a ordem de Marcos.

5
Marcos tende a ter um estilo grego mais áspero e menos polido, que Mateus e Lucas
frequentemente suavizam.

6
Mateus e Lucas tendem a alterar as leituras de Marcos que podem ser consideradas
ofensivas ou teologicamente questionáveis.
PRIORIDADE MARCANA

7
Marcos ocasionalmente preserva as palavras aramaicas originais que Jesus usou,
como talitha koum (5:41), corban (7:11), ephphatha (7:34) e Abba (14:36). Mateus
e Lucas consistentemente os substituem por uma tradução grega.
PRIORIDADE MARCANA

VARIAÇÕES:

1. A Teoria das Duas Fontes: Marcos + Q

2. Teoria das Quatro Fontes: Marcos + Q + M e L


PRIORIDADE MARCANA

A FONTE Q

1. ILUSÃO DOS ESTUDIOSOS

2. VARIEDADE DE FONTES: ESCRITA E ORAL

3. UMA ÚNICA FONTE ESCRITA

4. EVIDÊNCIA DE UMA COMUNIDADE HETERODOXA DO CRISTIANISMO


PRIORIDADE MATEANA

MATEUS

LUCAS

MARCOS

J. J. Griesbach (1776–1976)
PRIORIDADE MATEANA

1. TRADIÇÃO DA IGREJA

2. MATEUS E LUCAS CONCORDAM CONTRA MARCOS

3. FALTA DE EVIDÊNCIAS MATERIAIS/FÍSICAS PARA Q


REFLEXÕES

1. A TEORIA DAS FONTES PERMANECE UMA TEORIA.

2. A PRIORIDADE MARCANA É A MAIS DEFENDIDA NA ATUALIDADE.

3. O TESTEMUNHO OCULAR E AS TRADIÇÕES ORAIS DEVEM SER LEVADAS EM


CONTA.
PRINCIPAIS LITERATURAS

1. A TEORIA DAS FONTES PERMANECE UMA TEORIA.

2. A PRIORIDADE MARCANA É A MAIS DEFENDIDA NA ATUALIDADE.

3. O TESTEMUNHO OCULAR E AS TRADIÇÕES ORAIS DEVEM SER LEVADAS EM


CONTA.
A BUSCA DO JESUS
HISTÓRICO
AULA 4
FASES HISTÓRICAS

1. ANTIGA BUSCA (PRIMEIRA)


2. NENHUMA BUSCA
3. NOVA BUSCA (SEGUNDA)
4. TERCEIRA BUSCA
ANTIGA BUSCA (1778–1906)

• RACIONALISMO ILUMINISTA

PRECURSOR “O PAI”

Thomas Chubb (1679–1746) Herman Samuel Reimarus (1694 – 1768)

(DEÍSTA BRITÂNICO) (ALEMÃO)


ANTIGA BUSCA (1778–1906)

Herman Samuel Reimarus (1694 – 1768)

1. “ON THE INTENTION OF JESUS AND HIS DISCIPLES.”


2. CENTRO DO PENSAMENTO DE JESUS: APOCALIPSISMO JUDAICO
3. JESUS DA HISTÓRIA X JESUS COMO FIGURA CRIADA PELOS EVANGELHOS
4. O IMPACTO NA FÉ: DOUTRINA X HISTÓRIA
ANTIGA BUSCA (1778–1906)

EXEMPLOS DE TRABALHOS TÍPICOS DESSA ÉPOCA:

1. K. H. Venturini: Non-supernatural History of the Great Prophet of Nazareth.


2. H. E. G. Paulus : The Life of Jesus as the Basis of a Purely Historical Account of Early Christianity
3. David Friedrich Strauss: The Life of Jesus Critically Examined.
4. História das Religiões (die religionsgeschichtliche Schule).
5. William Wrede: The Messianic Secret.
6. Albert Schweitzer: The Quest for the Historical Jesus.
PRIMEIRA BUSCA (VELHA) BUSCA (1778–1906)

RESUMO DA PRIMEIRA BUSCA

A Primeira Busca pelo Jesus histó rico foi um movimento do sé culo XIX que
buscou explicar os eventos da vida de Jesus de uma perspectiva racionalista.
NENHUMA BUSCA (1906–1953)

CETICISMO EXISTÊNCIALISMO

1. CRÍTICA SEVERA A PRIMEIRA BUSCA


2. FOCO NA ATIVIDADE CRIATIVA DA COMUNIDADE
3. A VISÃO DE MUNDO MÍTICA OBSECURECEU A MENSAGEM EXISTENCIAL
4. A MENSAGEM ESSENCIAL DE JESUS FOI UMA "CHAMADA À DECISÃO" EXISTENCIAL,
PARA VIVER UMA VIDA DE "EXISTÊNCIA AUTÊNTICA".
NENHUMA BUSCA (1906–1953)

OBRAS TÍPICAS

1. Martin Kähler, The So-called Historical Jesus and the Historic Biblical Christ (1892)
NENHUMA BUSCA (1906–1953)
OBRAS TIpPICAS
2. Ernst Troeltsch: Foundations of the Historical-Critical Method.

• O princípio da dúvida metodológica afirma que todos os julgamentos históricos são


declarações de probabilidade e verdade relativa, abertas a correção ou revisão
posterior. Este princípio nega a existência de declarações universais ou absolutas de
dogmas religiosos.
• O princípio da analogia afirma que todos os eventos históricos são semelhantes em
qualidade e devem ser entendidos com referência à nossa experiência comum. Se pães e
peixes não se multiplicam hoje, então não o faziam nos tempos antigos.
• O princípio da correlação afirma que todos os fenômenos históricos existem em uma
cadeia de causa e efeito. Não há efeito sem uma causa adequada e suficiente.
A NOVA (SEGUNDA) BUSCA (1906–1953)

FOMOS LONGE DEMAIS?

1. Ernst Käsemann , “The Problem of the Historical Jesus,” em 20, Outubro 20 de 1953.
2. OS MESMOS PRESSUPOSTOS DE BULTMANN.
3. O PERIGO DO DOCETISMO.
4. ÊNFASE NOS CRITÉRIOS DE AUTENTICIDADE.
A NOVA (SEGUNDA) BUSCA (1906–1953)

OBRAS TÍPICAS

1. Gü nther Bornkamm, Jesus of Nazareth.


A TERCEIRA BUSCA (1980s–PRESENTE)

DIVERSIFICADO

1. Seminário de Jesus: Critérios de autenticidade?


2. Outras Perspectivas: Contra a arianização de Jesus, judaísmo melhor entendido e a
relação do Jesus histórico com seu pano de fundo judaico.
A TERCEIRA BUSCA (1980s–PRESENTE)

DIVERSIFICADO

• Seminário de Jesus • Outras Perspectivas

1. GRECO-ROMANA 1. JUDAÍSMO
2. NA} O ESCATOLOp GICO 2. ESCATOLÓGICO
3. POUCO VALOR HISTOp RICO (15%) 3. MUITO VALOR HISTÓRICO
4. PRIORIDADES DE FONTES NA} O CANO• NICAS. 4. PRIORIDADES DE FONTES CANÔNICAS.
A TERCEIRA BUSCA (1980s–PRESENTE)

CRITÉRIOS

1. Dissimilaridade.
2. Coerência.
3. Múltipla atestação.
4. “Constrangimento”.
5. Tradições divergentes.
CONCLUSÃO

1. DADOS
2. METODOLOGIA
3. COSMOVISÕES ENVOLVIDAS
CREDIBILIDADE HISTÓRICA

1. PRESSUPOSTOS
2. ERAM OS ESCRITORES DOS EVANGELHOS TENDENCIOSOS?
3. Op NUS DA PROVA
4. HISTORIOGRAFIA DE LUCAS-ATOS
UMA TRADIÇÃO CONFIÁVEL

1. O TESTEMUNHO DAS TESTEMUNHAS OCULARES


2. A TRANSMISSÃO FIEL
3. PRESERVAÇÃO DE DITOS DIFÍCEIS
4. A DISTINÇÃO ENTRE AS PALAVRAS DE JESUS E DOS PROFETAS CRISTÃOS
5. AUSÊNCIA DE DISCUSSÃO SOBRE QUESTÕES-CHAVE NA IGREJA PÓS-APOSTÓLICA
6. O ARGUMENTO ÉTICO: FORAM OS DISCÍPULOS ENGANADORES?
UMA TRADIÇÃO CONFIÁVEL

1. O TESTEMUNHO DAS TESTEMUNHAS OCULARES:

A. OS APÓSTOLOS FORAM OS PRINCIPAIS GUARDIÕES E TRANSMISSORES DA HISTÓRIA DE


JESUS (LUCAS 1: 2; ATOS 1:21 - 22; 2:42; 6: 2, 4; 1 COR. 9: 1; GÁL. 2: 2 - 10 ).

B. TESTEMUNHAS OCULARES SÃO ALTAMENTE ESTIMADAS NO NT (JOÃO 19:35; 21:24; ATOS


1:21 - 22; 10:39, 41; 1 COR. 15: 6; 1 PEDRO 5: 1; 2 PEDRO 1:16; 1 JOÃO 1: 1-3).

C. EXISTE UMA VISÃO ELEVADA DA TRADIÇÃO É VISTA EM ROMANOS 6:17 E 1 CORÍNTIOS


7:10, 12.
UMA TRADIÇÃO CONFIÁVEL

2. TRANSMISSÃO FIEL

A. Uso de Paulo de termos como “Recebido" (paralambano) e


B. ”Transmitido" (paradidoı̀mi), termos té cnicos no judaı́smo para a transmissã o cuidadosa da
tradiçã o (1 Corı́ntios 11:23; 15: 1 - 2) .
UMA TRADIÇÃO CONFIÁVEL

3. PRESERVAÇÃO DE DITOS DIFÍCEIS

A. MARCOS 13:32
B. MATEUS 10:5
C. MARCOS 9.1
UMA TRADIÇÃO CONFIÁVEL

4. A DISTINÇÃO ENTRE AS PALAVRAS DE JESUS E DOS PROFETAS CRISTÃOS

A. É DIFERENCIADO NO NT
B. 1 Co 7:8, 10, 12, 25, 40
UMA TRADIÇÃO CONFIÁVEL

5. AUSE• NCIA DE DISCUSSA} O SOBRE QUESTO} ES-CHAVE NA IGREJA POp S-APOSTOp LICA

A. Circuncisão
B. Dons carismáticos
C. Batismo
D. Missão gentílica
E. As leis dietéticas
F. Relação entre a igreja e o estado
UMA TRADIÇÃO CONFIÁVEL

6. O ARGUMENTO ÉTICO: FORAM OS DISCÍPULOS ENGANADORES?r


CONCLUSÃO

HISTÓRIA E TEOLOGIA
AULA 5
CONTORNOS, CRONOLOGIA DO MINISTÉRIO DE JESUS
E APARENTES CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS.
CONTORNOS E CRONOLOGIA DO MINISTÉRIO DE JESUS

1. Nascimento e infâ ncia de Jesus


2. O inı́cio do ministé rio de Jesus
3. A mensagem de jesus
4. Os milagres de jesus
5. As palavras e açõ es messiâ nicas de Jesus
6. A morte de jesus
7. A ressurreiçã o de jesus
1. Nascimento e infância de Jesus

HISTÓRIA OU FICÇÃO?

1. LUCAS UTILIZA UM RIGOROSO MÉTODO INVESTIGATIVO


2. OS RELATOS COMPARTILHAM DE CARACTERÍSTICAS COMUNS
3. FONTES IMEDIATAS
1. Nascimento e infância de Jesus

ACESTRAIS DE JESUS

1. Genealogia:
#Mateus: Abraão
#Lucas: Adão (MAIOR)
#De Davi a Abraão são essencialmente a mesma.
#De Davi a Jesus possuem consideráveis diferenças.
# Mateus: Linhagem de Davi por Salomão.
#Lucas: Linhagem de Davi por Natã.
1. Nascimento e infância de Jesus

ACESTRAIS DE JESUS: Genealogias:

1. Alguns consideram uma ou ambas as genealogias não históricas,


criadas por cristãos para fornecer a Jesus uma linhagem davídica e
credenciais messiânicas legítimas.

2. A solução tradicional para as duas genealogias é que Lucas fornece a de


Maria enquanto Mateus fornece a de José. Prova disso é a ênfase de
Lucas em Maria ao longo da narrativa do nascimento.

3. Outra solução comum é que ambas as genealogias estão relacionadas a


José, mas enquanto Mateus apresenta uma genealogia real ou legal (a
linha oficial dos reis davídicos), Lucas lista os descendentes físicos reais
de José.

4. Lei do Levirato (Dt 25.5)


1. Nascimento e infância de Jesus

NASCIMENTO VIRGINAL

Tanto Mateus quanto Lucas afirmam que Maria ficou grávida durante o
período de seu noivado com José e que isso foi realizado por meio do
Espírito Santo (Mateus 1:18 - 25; Lucas 1:26 - 38).
1. Nascimento e infância de Jesus

LUGAR DE NASCIMENTO

1. Embora Jesus tenha sido criado em Nazaré, Mateus e Lucas identificam o local de
nascimento de Jesus como Belém (Mateus 2: 1; Lucas 2: 4-7).

2. O significado teológico de Belém é como o local de nascimento e cidade natal de Davi, o


maior rei de Israel e o protótipo do Messias (1 Samuel 16; 2 Samuel 7).

3. Miquéias 5:2-5 prediz que um grande governante virá de Belém, um novo Davi que
pastoreará o povo de Deus e trará paz e segurança para a nação.

4. Mateus vincula o nascimento de Jesus em Belém ao cumprimento da profecia de Miquéias


5:2, enquanto Lucas o conecta de forma mais geral com a linhagem davídica de Jesus e
seu papel como o Messias davídico, o rei que trará a salvação a Israel.
1. Nascimento e infâ ncia de Jesus

NASCIMENTO DE JESUS

1. O texto não diz que Jesus nasceu na noite em que Maria e José chegaram a Belém; antes,
indica que ele nasceu em algum momento durante sua estada lá (Lucas 2: 6).
2. A “pousada” (katalyma) provavelmente não era um hotel antigo com um hospedeiro, uma
vez que uma pequena vila como Belém não teria tais acomodações.
3. Ao contrário da cena tradicional da manjedoura, Mateus não diz que havia três magos (o
número três vem dos três presentes) ou que eles chegaram com os pastores na noite do
nascimento de Jesus.
4. Os magos eram provavelmente astrólogos persas ou árabes (não reis, como às vezes se
supõe) que mapearam as estrelas e atribuíram significado religioso a seus movimentos.
1. Nascimento e infância de Jesus

NASCIMENTO DE JESUS

5. No mundo antigo, acreditava-se amplamente que as estrelas anunciaram o nascimento de


grandes pessoas, e os historiadores romanos Suetônio e Tácito falam mesmo da
expectativa de que um governante mundial viesse da Judéia.
6. Não é de surpreender que os astrólogos orientais vissem em um fenômeno astral
particular o sinal do nascimento de um rei judeu.
7. Embora o historiador Joséfo não mencione o massacre de Herodes das crianças de Belém,
isso não é surpreendente, já que Belém era uma pequena aldeia e o número de crianças
não poderia ter sido grande.
8. Lucas também confirma que a família de Jesus voltou a Nazaré após seu nascimento,
embora ele não mencione uma estada prolongada em Belém ou a permanência no Egito
(Lucas 2:39)
1. Nascimento e infância de Jesus

FAMÍLIA

1. De acordo com os Evangelhos, Jesus tinha quatro irmãos - Tiago, José, Judas e Simão -
e pelo menos duas irmãs (Marcos 6: 3; Mat. 13:55 – 56).
2. O mundo dos estudos do Novo Testamento foi abalado em 21 de outubro de 2002, com o
anú ncio pela Revisã o Arqueoló gica Bı́blica da descoberta de um ossuá rio com a notá vel
inscriçã o em aramaico, “Tiago, zilho de José , irmã o de Jesus”.
3. No nascimento de Jesus, eles cumprem os requisitos da lei sobre circuncisã o, purizicaçã o e
dedicaçã o de seu primogê nito ao Senhor (Lucas 2:21 - 24). O pai de Jesus era carpinteiro
(Mateus 13:55) e, como a maioria das crianças de sua é poca, Jesus seguiu a carreira de seu
pai (Marcos 6: 3).
4. Nazaré, embora fosse apenas uma pequena aldeia, estava localizada a apenas alguns
quilô metros da principal cidade judaico-helenı́stica de Sé foris (Diocesareia). E| possı́vel
que Joseph e seus zilhos tenham encontrado trabalho neste centro comercial.
1. Nascimento e infância de Jesus

FAMÍLIA

6. Isso significa que Jesus provavelmente era trilíngue, falava aramaico em casa e com
amigos, usava o hebraico em contextos religiosos e conversava em grego nos negócios e no
governo.
7. O único relato bíblico da infância de Jesus vem de Lucas, que descreve seu crescimento
em direção à maturidade física e espiritual e ilustra isso com uma visita da Páscoa a
Jerusalém quando Jesus tinha 12 anos (Lucas 2:40 – 52).
8. Embora as conclusões sobre a autoconsciência da infância de Jesus sejam especulativas,
Lucas afirma que, na puberdade, ele teve uma consciência crescente do papel especial que
desempenharia no plano de Deus.
2. INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS

JOÃO BATISTA

1. Como vimos, todos os quatro Evangelhos ligam o início do ministério de Jesus com o
aparecimento de João Batista (Mateus 3: 1-12; Marcos 1: 1-8; Lucas 3: 1-20; João 1: 6 - 8,
15, 19 - 36).
2. Embora Josefo fale de uma variedade de profetas e pessimistas que surgiram durante o
primeiro século, a mensagem de João sobre aquele que viria em breve não tinha
precedentes.
3. Como um ato de limpeza cerimonial, os indivíduos mergulhavam em um mikveh, ou
piscina de imersão. Em Qumran, essas lavagens, como as de João, representavam uma
mudança do pecado para participar da comunidade escatológica de Deus (1QS 5:13 -
14).
4. No entanto, o batismo de João é diferente porque parece ser um evento único, em vez de
um ritual repetido.
5. O desafio de John ao status quo acabou levando à sua morte.
2. INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS

JOA} O BATISTA

6. Joséfo também se refere à prisão e execução de João, mas atribui isso de forma mais
geral ao medo de Herodes de que João provocaria uma revolta (Ant. 18.5.2 §§116-19; ver
fig. 15.1).

7. “Agora, alguns dos judeus pensaram que a destruição do exército de Herodes veio de Deus,
e com muita justiça, como uma punição do que ele fez contra João, que foi chamado de
Batista; pois Herodes o matou, que era um homem bom, e ordenou aos judeus que
exercessem a virtude, tanto quanto à retidão uns para com os outros, e piedade para com
Deus, e assim irem ao batismo” (Josefo, Antiguidades Judaicas 18.5.2 §§116 – 19).
2. INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS

BATISMO DE JESUS

1. O batismo de Jesus marca o início de seu ministério público. Além da crucificação, é talvez
o evento histórico menos contestado da vida de Jesus.
2. Por que Jesus se submeteu ao batismo de arrependimento de João? Somente Mateus
sugere um motivo. Quando João resiste ao pedido de Jesus para o batismo, Jesus responde
que deve ser feito "para cumprir toda a justiça" (Mt 3:15).
3. A voz do céu significa a afirmação do Pai da pessoa e missão de Jesus. Discutimos seu
significado em nosso estudo dos Sinópticos individuais (ver pp. 225, 268). "Você é meu
filho" vem do Salmo 2:7, onde Deus anuncia a filiação divina do Messias e o governo
legítimo do Monte Sião.
4. Lucas, em particular, identifica a descida do Espírito como a "unção" de Jesus como o
Messias (Lucas 3:21 - 22; 4: 1, 14, 18).
2. INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS

TENTAÇÃO

1. A tentação de Jesus conclui sua preparação e comissionamento para o ministério.


2. A historicidade da tentação foi posta em dúvida por alguns, mas há boas razões para
aceitar que a história se originou com o próprio Jesus.
3. Não há paralelos claros com tal encontro com Satanás no Antigo Testamento ou no
Judaísmo, e nenhuma boa razão para a igreja primitiva criar tal relato.
4. O relato é análogo ao teste de Israel no deserto e o teste de Adão no jardim. Onde Adão e
Israel falharam, Jesus teve sucesso, confirmando que ele é o verdadeiro Filho de Deus,
capaz de realizar a salvação final de Deus.
A MENSAGEM DE JESUS

TENTAÇÃO

1. A tentação de Jesus conclui sua preparação e comissionamento para o ministério.


2. A historicidade da tentação foi posta em dúvida por alguns, mas há boas razões para
aceitar que a história se originou com o próprio Jesus.
3. Não há paralelos claros com tal encontro com Satanás no Antigo Testamento ou no
Judaísmo, e nenhuma boa razão para a igreja primitiva criar tal relato.
4. O relato é análogo ao teste de Israel no deserto e o teste de Adão no jardim. Onde Adão e
Israel falharam, Jesus teve sucesso, confirmando que ele é o verdadeiro Filho de Deus,
capaz de realizar a salvação final de Deus.
OS MILAGRES DE JESUS

1. O método científico que se desenvolveu nos séculos XVII e XVIII buscou relações de causa e efeito para
tudo o que ocorreu no mundo natural. Paralelamente a esse método, surgiram as filosofias do deísmo e
do materialismo.

2. Como filosofia, o materialismo afirma que toda a realidade pode ser explicada por meio das leis
naturais da matéria e da energia. O método científico, ao contrário, examina as relações de causa e
efeito por meio da experimentação, tirando conclusões por meio da observação e da
repetitividade. A ciência opera partindo do pressuposto de que o mundo da matéria e da energia se
comporta de maneira consistente, mas não aborda a questão filosófica de se alguma realidade está fora
deste mundo material ou se os padrões normais da natureza são sempre interrompidos por um novo
agente causal , uma força ou ser sobrenatural.

3. Milagres estão, portanto, fora do domínio da investigação científica estrita (que envolve
experimentação, observação e repetibilidade). A questão dos milagres deve ser abordada primeiro
filosoficamente, quanto à sua possibilidade, e depois historicamente, quanto à sua ocorrência real.
OS MILAGRES DE JESUS

OBJEÇÕES DE HUME: LEIS DA NATUREZA SÃO INVIOLÁVEIS?

(1) Nenhum milagre jamais foi atestado por um número suficiente de testemunhas
educadas e racionais para ser provado verdadeiro;
(2) Há uma tendência humana de acreditar no espetacular, em coisas que causam
admiração e surpresa;
(3) A maioria dos relatos de milagres ocorre entre pessoas ignorantes e bárbaras;
(4) Afirmações de milagres ocorrem em todas as tradições religiosas, anulando-se
mutuamente.

Embora o estudo de milagres esteja fora do domínio da investigação cientíhica estrita,


não está fora do domínio da pesquisa histórica, que depende dos relatos escritos e orais
daqueles que testemunharam tais eventos.
OS MILAGRES DE JESUS

HISTORICIDADE

Raymond Brown escreve: “Historicidade. . . deve ser determinado não pelo que
pensamos ser possível ou provável, mas pela antiguidade e confiabilidade das
evidências. . . . Tanto quanto podemos rastrear, Jesus era conhecido e lembrado
como alguém que tinha poderes extraordinários.
OS MILAGRES DE JESUS

HISTORICIDADE

Há um acordo quase universal hoje - entre liberais e conservadores - de que Jesus era visto por seus
contemporâneos como um curandeiro e exorcista.

Fontes judaicas fora do Novo Testamento também se referem aos milagres de Jesus. Josefo afirma que Jesus
era “um realizador de feitos surpreendentes” (Ant. 18.3.3 §63), uma provável referência aos seus milagres.

O Talmud Babilônico afirma que Jesus foi executado porque ele praticou magia e desviou Israel (b. Sanh.
43a). Embora essa passagem seja uma forte polêmica contra Jesus e o cristianismo, ela admite como
confiável a tradição de que Jesus realizou atos sobrenaturais.

O líder da igreja primitiva Orígenes cita seu oponente pagão do segundo século, Celsus, afirmando que Jesus
exerceu certos poderes mágicos que havia aprendido no Egito.

Embora esses dados não provem que Jesus realmente realizou milagres, confirma que ele foi amplamente
aclamado como um fazedor de milagres - mesmo entre seus inimigos.
OS MILAGRES DE JESUS

PARALELOS

1. Magia do primeiro sé culo. Vá rios estudiosos argumentaram que a operaçã o milagrosa de
Jesus deveria ser identiŒicada como uma espé cie de magia do primeiro sé culo.

2. Helenı́sticos “Homens Divinos”. Paralelos aos milagres de Jesus també m foram


observados em relatos de vá rios milagres helenı́sticos e homens sá bios que se
acreditavam divinos ou semidivinos - à s vezes conhecidos como homens divinos (theoi
andres) .

3. Rabinos Carismá ticos Judeus. Finalmente, paralelos com os milagres de Jesus foram
traçados para homens santos judeus carismá ticos (dotados espiritualmente), rabinos
conhecidos por suas oraçõ es poderosas por cura e chuva.
OS MILAGRES DE JESUS

NATUREZA

1. Os milagres de Jesus revelam o poder e a presença do reino em suas ações. As curas e


exorcismos simbolizam a reversão da maldição e a derrota do pecado e de Satanás. As
ressuscitações revelam o poder da ressurreição final com a vinda do reino..

2. Os chamados milagres da natureza funcionam como parábolas encenadas, revelando o


poder de ruptura do reino e o alvorecer da nova era de salvação.
A MORTE DE JESUS

1. Grande parte da discussão acadêmica sobre as circunstâncias da morte de Jesus se


relaciona à questão de quem foi o responsável por sua prisão e crucificação.
2. Jesus foi crucificado - um meio de execução romano em vez de judeu. (O apedrejamento
era o método judaico mais comum.)
3. Há boas evidências de que, nessa época, o Sinédrio judeu não tinha autoridade para
aplicar a pena de morte (João 18:31; y. Sanh. 1: 1; 7: 2) .
4. O governador romano Pôncio Pilatos sem dúvida deu as ordens para a crucificação de
Jesus, e os soldados romanos a cumpriram.
5. Ao mesmo tempo, tudo o que sabemos sobre os ensinamentos e ações de Jesus sugere
que ele era mais capaz de ofender e provocar os líderes religiosos judeus do que as
autoridades romanas..
A MORTE DE JESUS

1. Entã o, foi Jesus crucizicado por motivos polı́ticos ou religiosos? Levantar a questã o dessa maneira,
na verdade, representa mal o judaı́smo do primeiro sé culo, no qual religiã o e polı́tica eram
insepará veis. A morte de Jesus foi, sem dú vida, motivada pela percepçã o de ameaça sentida pelos
poderes polı́tico-religiosos de sua é poca.
2. As evidê ncias apontam para a conclusã o de que Jesus foi executado pelos romanos por sediçã o -
rebeliã o contra o governo.
3. Embora essa evidê ncia conzirme a acusaçã o contra Jesus, ela levanta a questã o mistizicadora de por
que Jesus foi crucizicado, uma vez que ele nã o tinha quase nada em comum com outros rebeldes e
rebeldes de sua é poca.
4. Pilatos ordenou a execuçã o de Jesus porque (1) isso aplacou os lı́deres judeus e, assim, afastou as
acusaçõ es contra ele para Roma; (2) eliminou preventivamente qualquer ameaça que Jesus pudesse
representar se o povo realmente tentasse torná -lo rei; e (3) como em casos semelhantes, advertiu
impiedosamente outros aspirantes a profetas e messias que Roma nã o aceitaria dissidê ncia.
A MORTE DE JESUS

1. Então, foi Jesus crucificado por motivos políticos ou religiosos? Levantar a questão dessa maneira,
na verdade, representa mal o judaísmo do primeiro século, no qual religião e política eram
inseparáveis. A morte de Jesus foi, sem dúvida, motivada pela percepção de ameaça sentida pelos
poderes político-religiosos de sua época.
2. As evidências apontam para a conclusão de que Jesus foi executado pelos romanos por sedição -
rebelião contra o governo.
3. Embora essa evidência confirme a acusação contra Jesus, ela levanta a questão mistificadora de por
que Jesus foi crucificado, uma vez que ele não tinha quase nada em comum com outros rebeldes e
rebeldes de sua época.
4. Pilatos ordenou a execução de Jesus porque (1) isso aplacou os líderes judeus e, assim, afastou as
acusações contra ele para Roma; (2) eliminou preventivamente qualquer ameaça que Jesus pudesse
representar se o povo realmente tentasse torná-lo rei; e (3) como em casos semelhantes, advertiu
impiedosamente outros aspirantes a profetas e messias que Roma não aceitaria dissidência.
A MORTE DE JESUS

1. A crucificação era usada tanto como meio de execução quanto para expor um corpo executado à
vergonha e humilhação. Também pretendia enviar uma mensagem de medo a outros aspirantes a
rebeldes. Os romanos praticavam uma variedade de formas.
2. Os ossos de um homem crucificado chamado Jehohanan foram descobertos em 1968 em Giv, em ha
Mivtar no Vale do Cedrom a nordeste da Cidade Velha de Jerusalém e foram datados entre 7 e 70 DC.
Ele provavelmente foi crucificado por participar de um dos vários movimentos insurrecionistas do
primeiro século.
3. Jesus aparentemente desafiou a autoridade e a validade contínua de ambos, representando uma
ameaça significativa à liderança de Israel.
4. No relato de Marcos sobre o julgamento judaico de Jesus, "falsas testemunhas" são apresentadas, as
quais testificam: "Nós o ouvimos dizer:‘ Destruirei este templo feito pelo homem e em três dias
construirei outro, não feito pelo homem.
A MORTE DE JESUS

1. O relato de julgamento de Marcos faz muito sentido quando visto no contexto do ministério de
Jesus.
2. A ação de Jesus no templo teria naturalmente levado o sumo sacerdote a perguntar se ele estava
fazendo uma reivindicação messiânica.
3. A resposta de Jesus combina duas passagens importantes do Antigo Testamento, Salmo 110: 1 e
Daniel 7:13.
4. O primeiro indica que Jesus será vindicado por Deus e exaltado a uma posição à sua direita.
5. O último sugere que Jesus receberá autoridade soberana para julgar os inimigos de Deus.
A MORTE DE JESUS

O signizicado que Jesus deu à sua morte vindoura pode ser discernido por meio de suas palavras
eucarı́sticas na U| ltima Ceia e do resgate em Marcos 10:45, ambos os quais tê m fortes reivindicaçõ es de
autenticidade. Juntos, eles indicam que Jesus viu sua morte como uma morte sacrizicial pelos pecados
de seu povo, trazendo liberdade espiritual por meio de um novo ê xodo e estabelecendo uma nova
relaçã o de aliança com Deus.
RESSUREIÇÃO

A teoria do desmaio é a visão de que Jesus nunca realmente morreu na cruz. Essa explicação vai além dos limites da
imaginação e foi corretamente rejeitada por quase todos os estudiosos da crítica. Os romanos eram especialistas em
crucificação e é inconcebível que tivessem feito o trabalho malfeito.

A teoria da tumba errada é a teoria de que na manhã de Páscoa as mulheres ficaram confusas sobre onde Jesus foi
enterrado e se depararam com uma tumba vazia. Empolgados com a descoberta, eles começaram a proclamar a
ressurreição. MAS mesmo que as mulheres, os discípulos e os líderes religiosos fossem todos ao túmulo errado,
certamente José de Arimatéia teria sido capaz de encontrar seu próprio túmulo.

A teoria do roubo, a mais antiga explicação racionalista da ressurreição (datando do primeiro século), afirma que os
discípulos roubaram o corpo. Mateus relata que essa história foi amplamente divulgada em seus dias (Mt 28:11 - 15).

Poucos estudiosos da crítica moderna sustentam qualquer uma das três visões anteriores. Quase todos os que negam a
ressurreição hoje defendem a lendária teoria do desenvolvimento, que afirma que as narrativas do Evangelho
surgiram como desenvolvimentos lendários das primeiras experiências visionárias.
RESSUREIÇÃO

1. Nenhum erudito confiável hoje nega que Jesus existiu ou que foi crucificado na Judéia sob as ordens
de Pôncio Pilatos por volta de 30 DC. É inconcebível, além disso, que Jesus não morreu na cruz. Os
romanos eram muito bons no que faziam.
2. Todos os quatro Evangelhos afirmam que José de Arimatéia, um membro do Sinédrio, pegou o
corpo de Jesus e o enterrou em seu próprio túmulo.
3. Assim como a evidência de que Jesus foi sepultado após sua morte é esmagadora, também o é a
evidência de que o túmulo foi descoberto vazio pouco depois.
4. Não apenas o túmulo estava vazio, mas muitas testemunhas confiáveis afirmaram ter visto Jesus
vivo. Duas evidências são particularmente importantes aqui.
5. Algo aconteceu naquela manhã de domingo que mudou suas vidas, convencendo-os de que Jesus
era o Senhor ressuscitado e glorificado.
RESSUREIÇÃO

Em seu contexto judaico do primeiro século, a ressurreição teria sido entendida não como um evento
temporal, mas como o dia do julgamento do fim dos tempos, quando Deus ressuscitaria os mortos,
puniria os ímpios e recompensaria os justos. A ressurreição de Jesus deve ser entendida dentro deste
contexto. Não é simplesmente a restauração da vida física, mas também o início da restauração da
criação no fim dos tempos e a derrota do pecado, Satanás e da morte.
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?

1. Parafraseando e Interpretação
2. Abreviação e Omissão
3. Reordenação de eventos e de provérbios
4. Relatando eventos e provérbios semelhantes
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?

1. Parafraseando e Interpretação

• Ipsissima verba (palavra exata) x Ipsissima vox (voz autêntica)

• Então, olhando ele para os seus • Bem-aventurados os humildes


discípulos, disse-lhes: Bem- de espírito, porque deles é o
aventurados vós, os pobres, reino dos céus.
porque vosso é o reino de
Deus. Mateus 5:3

Lucas 6:20
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?

1. Parafraseando e Interpretação

• Ora, se vó s, que sois maus, • Ora, se vós, que sois maus,
sabeis dar boas dá divas aos sabeis dar boas dádivas aos
vossos 1ilhos, quanto mais vosso vossos filhos, quanto mais o Pai
Pai, que está nos cé us, dará boas celestial dará o Espírito Santo
coisas aos que lhe pedirem? àqueles que lho pedirem?

Mateus 7:11 Lucas 11:13


CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?

1. Parafraseando e Interpretação

• O centurião que • O centurião e os que • Vendo o centurião • Ele verá o fruto do


estava em frente com ele guardavam a o que tinha penoso trabalho
dele, vendo que Jesus, vendo o acontecido, deu de sua alma e Licará
assim expirara, terremoto e tudo o glória a Deus, satisfeito; o meu
disse: que se passava, dizendo: Servo, o Justo, com
Verdadeiramente, ficaram possuídos de Verdadeiramente, o seu conhecimento,
este homem era o grande temor e este homem era justiLicará a muitos,
Filho de Deus. disseram: justo. porque as
Verdadeiramente iniquidades deles
Marcos 15:39 este era Filho de Lucas 23:47 levará sobre si.
Deus.
Isaı́as 53:11
Mateus 27:54
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?
2. Abreviação e Omissão

• No dia seguinte, • E, passando eles pela manhã, viram • Cedo de manhã, ao voltar para a cidade,
quando saíram de que a figueira secara desde a raiz. teve fome;
Betânia, teve fome. Então, Pedro, lembrando-se, falou: e, vendo uma figueira à beira do caminho,
E, vendo de longe uma Mestre, eis que a figueira que aproximou-se dela; e, não tendo achado
figueira com folhas, foi amaldiçoaste secou. senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça
ver se nela, porventura, Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em fruto de ti! E a figueira secou
acharia alguma coisa. Deus; imediatamente.
Aproximando-se dela, porque em verdade vos afirmo que, Vendo isto os discípulos, admiraram-se e
nada achou, senão se alguém disser a este monte: Ergue- exclamaram: Como secou depressa a
folhas; porque não era te e lança-te no mar, e não duvidar no figueira!
tempo de figos. seu coração, mas crer que se fará o Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade
Então, lhe disse Jesus: que diz, assim será com ele. vos digo que, se tiverdes fé e não
Nunca jamais coma Por isso, vos digo que tudo quanto em duvidardes, não somente fareis o que foi
alguém fruto de ti! E oração pedirdes, crede que feito à figueira, mas até mesmo, se a este
seus discípulos recebestes, e será assim convosco. monte disserdes: Ergue-te e lança-te no
ouviram isto. E, quando estiverdes orando, se mar, tal sucederá;
tendes alguma coisa contra alguém, e tudo quanto pedirdes em oração, crendo,
Marcos 11:12-14 perdoai, para que vosso Pai celestial recebereis.
vos perdoe as vossas ofensas.
Mateus 21:18-22
Marcos 11:20-25
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?
2. Abreviação e Omissão

20 Então, se chegou a ele 35 Entã o, se aproximaram dele Tiago e Joã o,


a mulher de Zebedeu, Wilhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre,
com seus filhos, e, queremos que nos concedas o que te vamos
adorando-o, pediu-lhe pedir.
um favor.
36 E ele lhes perguntou: Que quereis que vos
21 Perguntou-lhe ele: faça?
Que queres? Ela
37 Responderam-lhe: Permite-nos que, na tua
respondeu: Manda que,
gló ria, nos assentemos um à tua direita e o
no teu reino, estes meus
dois filhos se assentem, outro à tua esquerda.
um à tua direita, e o outro
à tua esquerda. Mc 10.35–37
Mt 20.20–21
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?
3. Reordenação de eventos e de provérbios
a) Mat. 4: 1-11; Lucas 4: 1-13

• A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado • Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo
pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado
teve fome. pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome.
Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, Disse-lhe, então, o diabo: Se és o Filho de Deus, manda que esta
manda que estas pedras se transformem em pães. pedra se transforme em pão. Mas Jesus lhe respondeu: Está
Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o escrito: Não só de pão viverá o homem. E, elevando-o, mostrou-lhe,
homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, num momento, todos os reinos do mundo. Disse-lhe o diabo: Dar-
o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque
templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.
está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua.
guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus,
nalguma pedra. adorarás e só a ele darás culto. Então, o levou a Jerusalém, e o
Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, colocou sobre o pináculo do templo, e disse: Se és o Filho de Deus,
teu Deus. atira-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos
Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos ordenará a teu respeito que te guardem; e Eles te susterão nas suas
os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus:
darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Passadas que foram as
Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento
adorarás, e só a ele darás culto. oportuno.
Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.
Lucas 4:1-13
Mateus 4:1-11
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?
3. Reordenaçã o de eventos e de prové rbios

• Tendo Jesus entrado • E foram para Jerusalém. Entrando ele • Depois, entrando no
no templo, no templo, passou a expulsar os que ali templo, expulsou
expulsou todos os vendiam e compravam; derribou as os que ali vendiam,
mesas dos cambistas e as cadeiras dos
que ali vendiam e que vendiam pombas.
dizendo-lhes: Está
compravam; Não permitia que alguém conduzisse escrito: A minha
também derribou qualquer utensílio pelo templo; casa será casa de
as mesas dos também os ensinava e dizia: Não está oração. Mas vós a
cambistas e as escrito: A minha casa será chamada transformastes em
cadeiras dos que casa de oração para todas as nações? covil de
vendiam pombas. Vós, porém, a tendes transformado salteadores.
em covil de salteadores.
Mateus 21:12 Marcos 11:15-17 Lucas 19:45,46
CONTRADIÇÕES ENTRE OS EVANGELHOS?
4. Reportando eventos e ditos similares
Existe o fenômeno do duplicações de histórias?

• Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o • Estando ele em Betâ nia, reclinado à mesa, em casa de
leproso, aproximou-se dele uma mulher, trazendo um Simã o, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso
vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe de alabastro com preciosı́ssimo perfume de nardo
derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa. puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bá lsamo
Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: sobre a cabeça de Jesus.
Para que este desperdício? Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este
Pois este perfume podia ser vendido por muito desperdı́cio de bá lsamo?
dinheiro e dar-se aos pobres. Porque este perfume poderia ser vendido por mais de
Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: Por que molestais trezentos dená rios e dar-se aos pobres. E
esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo. murmuravam contra ela. Mas Jesus disse: Deixai-a; por
Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a que a molestais? Ela praticou boa açã o para comigo.
mim nem sempre me tendes; pois, derramando este Porque os pobres, sempre os tendes convosco e,
perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim
sepultamento. Em verdade vos digo: Onde for nem sempre me tendes. Ela fez o que pôde:
pregado em todo o mundo este evangelho, será antecipou-se a ungir-me para a sepultura. Em
também contado o que ela fez, para memória sua. verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o
evangelho, será també m contado o que ela fez, para
Mateus 26:6-13 memó ria sua.

Marcos 14:3-9

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