6 3 Sociologia 1s 2b Emregular - Versão Paula
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Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação
Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica
Assistentes
Carla Lopes
Fabiano Farias de Souza
Roberto Farias
Verônica Nunes
Texto e conteúdo
Prof. Osvaldo Maffei Junior
CAIC Euclides da Cunha
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Capa
Luciano Cunha
Revisão de texto
Prof ª Alexandra de Sant Anna Amancio
Pereira
Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti
Prof ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco.
Prof ª Cristiane Póvoa Lessa
Prof ª Deolinda da Paz Gadelha
Prof ª Elizabete Costa Malheiros
Prof ª Ester Nunes da Silva Dutra
Prof ª Isabel Cristina Alves de Castro Guidão
Prof José Luiz Barbosa
Prof ª Karla Menezes Lopes Niels
Prof ª Kassia Fernandes da Cunha
Prof ª Leila Regina Medeiros Bartolini Silva
Prof ª Lidice Magna Itapeassú Borges
Prof ª Luize de Menezes Fernandes
Prof Mário Matias de Andrade Júnior
Paulo Roberto Ferrari Freitas
Prof ª Rosani Santos Rosa
Prof ª Saionara Teles De Menezes Alves
Prof Sammy Cardoso Dias
Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha
Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de
uma orientação de estudos.
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SOCIOLOGIA – Orientação de Estudos
SUMÁRIO
1. Introdução 6
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DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
METAS:
OBJETIVOS:
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1. Introdução
No bimestre passado conversamos acerca do surgimento da sociologia, sobre as
principais diferenças entre senso comum e ciência e também sobre a relação
indivíduo e sociedade como componentes integrados ao processo de socialização.
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Acesse:
https://youtu.be/oVULoesXlu4 https://youtu.be/B_r5aNiCgIc
1a parte 4a parte
https://youtu.be/gnhadEWqEik https://youtu.be/EkqHca4ch0s
2a parte 5a parte
https://youtu.be/kFywtbPslTE
3a parte
"A cultura é todo aquele complexo que incluio conhecimento, as crenças, a arte,
a moral,a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos
pelo homem comomembro da sociedade".
De acordo com Roque de Barros Laraia, a cultura é um processo acumulativo,
resultante de toda a experiência histórica dasgerações anteriores. Este processo
limita ou estimula a ação criativa do indivíduo. Para ele, a comunicação é um
processo cultural.
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Mais explicitamente, a linguagem humana é um
produto da cultura, mas não existiria cultura se o
homem não tivesse a possibilidade de
desenvolver um sistema articulado de
comunicação oral.
Por fim, o autor afirma que a cultura é dinâmica. Ela sofre interferências externas e
também internas, provocando mudanças e promovendo alterações conceituais e de
valores. Como seres humanos, dotados de racionalidade, somos capazes de
entender as diferenças promovidas por outros povos e culturas e entender que estas
também ocorrem internamente.
3.2. Etnocentrismo
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Podemos destacar que tal postura pode ser considerada uma maneira distorcida de
“enxergar” a nossa própria cultura e, consequentemente, a outra. O que nos
conduziria a uma sucessão de equívocos, pois tudo o que se parecer diferente de
nós e das nossas referências será estímulo ao preconceito, discriminação,
segregação promovidos por esse olhar de estranhamento...
O etnocentrismo é a visão preconceituosa e unilateralmente
formada sobre outros povos, culturas, religiões e etnias. Esse
conceito refere-se, portanto, ao hábito de julgar inferior uma
cultura diferente da sua própria cultura; considerando absurdo
tudo que daquela deriva e considerando também a sua como
a única correta.
O extremo oposto do etnocentrismo é o relativismo cultural que tende a olhar com
extrema noção de alteridade para as diferenças e peculiaridades das outras culturas
e reconhecê-las como sendo tãolegítimas quanto a sua própria.
O etnocentrismo é uma espécie de lente pela qual todas as culturas são vistas e
interpretadas a partir de uma única concepção, assumindo um caráter excludente.
Termos como "bárbaros", "primitivos" ou "selvagens" – utilizados paraa descrição de
outras culturas e povos – são marcas do etnocentrismo. Toma-se um modo de vida
como referência e excluem-se os diferentes modos de vida. O etnocentrismo
também está relacionado a outras formas de preconceito que, infelizmente, ainda
estão enraizadas em nossa cultura. Podemos achar relações estreitas do
etnocentrismo com o racismo, a xenofobia e a intolerância religiosa. Historicamente,
percebemos a evidência de comportamentos etnocêntricos desde a colonização.
Estudos antropológicos demonstram a inferioridade de povos indígenas, africanos
e asiáticos diante da comparação com europeus.
3.3. Relativismo
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É um termo também cunhado pela antropologia como oposição ao etnocentrismo.
Nele, discute-se a posição relativa entre o "nós” e os “outros" – que varia de acordo
com o ponto de vista. Assim, deve-se tomar como base todo o percurso histórico,
social e cultural decada sociedade, respeitando suas diferenças e particularidades.
A partir da perspectiva do relativismo cultural, exige-se o respeito aos diversos
modos de vida e às diferentes formas de organização social. Precisamos considerar
que nem tudo pode ser relativizado nas análisesculturais. Relativizar demais ou
relativizar tudo pode nos colocar em posições muito frágeis e vulneráveis porque
pode legitimar algumas ações até violentas– respaldadas por aspectos culturais e
não morais
Um exemplo claro é a realização de casamentos infantis na Índia. Ou ainda, a
realização de ritos de passagem que colocam em risco a vida de
adolescentes/jovens. Encontrar um meio termo para não cair no etnocentrismo e
nem no relativismo cultural talvez seja uma boa alternativa.
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Sempre que se fala em diversidade, algumas pessoas lembram de como alguns
países são muito diferentes do nosso – mas o Brasil é um dos países mais
ricos em termos de diversidade. Inclusive se considerarmos todas as regiões
e suas especificidades: desde suas festas tradicionais, passando pelos
ingredientes na alimentação de sua população, até suas crenças – ou seja, sua
cultura
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identidade como sendo o conjunto de características que definem e distinguem
um indivíduo de outro. Identidade é o conjunto de características próprias e
exclusivas com as quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e
objetos inanimados – quer diante do conjunto das diversidades, quer ante os seus
semelhantes.
O trecho da música acima repete algumas vezes a frase: “é impossível ser feliz
sozinho”. É claro que se trata de uma canção de amor, mas fala da nossa
natureza humana.
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Segundo acredita, sua vida só adquire sentido na relação com outros seres
humanos. As relações sociais constituem a base da sociedade. A forma pela qual
essas relações ocorrem são fatos sociais e são elas que determinam o
comportamento e a vida em sociedade. É na vida em grupo que os indivíduos da
espécie humana se tornam realmente humanos.
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disso o embate entre o "nós" e os "outros", o sentido de unidade grupal.
Segundo Weber, a comunidade se auto define e estabelece as suas fronteiras,
bem como estabelece meios de diferenciação tanto interna como externa. Os
costumes que essa comunidade é capaz de gerar podem garantir a sua
sobrevivência e reprodução. Weber denomina-a de “comunidade política”. Ou
seja: está voltada para a ação, partilhando valores, costumes, uma memória
comum, criando uma “comunidade de sentido” – independentemente de laços
sanguíneos, na qual há um “sentimento de pertencimento”.
A sensação de “pertencimento” significa que precisamos nos sentir como
“pertencentes” a tal lugar. E, ao mesmo tempo, sentir que esse tal lugar nos
pertence. Assim... acreditamos que podemos interferir e, mais do que tudo, que
vale a pena interferir na rotina e nos rumos desse tal lugar.
Os grupos Sociais
Para a Sociologia, grupo social é toda reunião mais ou menos estável de duas
ou mais pessoas associadas pela interação. Devido à interação social, os grupos
têm de manter alguma forma de organização, no sentido de realizar ações
conjuntas de interesse comum a todos os seus membros. Seja qual for a
definição encontrada, “grupo social” sempre significa a reunião de pessoas que
estão mutuamente em interação.
Os grupos sociais apresentam normas, hábitos e costumes próprios, divisão de
funções e posições sociais definidas. Ao longo da vida, as pessoas participam
geralmente de vários grupos sociais, por exemplo: grupo familiar, grupo vicinal,
grupo educativo, grupo religioso, grupo de lazer, grupo profissional.
As características dos grupos sociais são: pluralidade de indivíduos;
interação social; organização; objetividade e exterioridade; conteúdo intencional
ou objetivo comum; consciência grupal ou sentimento de nós; continuidade.
E eles podem ser classificados da seguinte maneira: primários – contatos
pessoais diretos como família, vizinhos e grupos de lazer; secundários – grupos
sociais mais complexos como igrejas, partidos políticos; intermediários –
aqueles em que se alternam e se complementam as duas formas de contatos
sociais (primários e secundários). Um exemplo disso é a escola.
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As instituições Sociais
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o sociólogo Max Weber, o Estado é a instituição social que tem o monopólio
exclusivo da violência legítima; isso acontece porque a lei lheconfere o direito
de recorrer a várias formas de pressão, inclusive a violência, para que suas
decisões sejam acatadas. Esse direito geralmente é executado por oficiais de
justiça, policiais e militares, em cumprimento de ordens judiciais determinadas
pelos detentores do poderjudiciário, um dos poderes do Estado. Desse modo,
o poder e a autoridade centralizam-se na figura do Estado – o mais importante
agente de controle social de uma sociedade.
- As instituições educacionais: a função social da escola é odesenvolvimento
das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas do indivíduo, capacitando-o
a tornar-se um cidadão, participativo na sociedade em que vive. A função
básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimento, habilidades e
valores necessários à socialização do indivíduo, sendo necessário que a
escola propicie o domínio dos conteúdos culturais básicos da leitura, da
escrita, da ciênciadas artes e das letras. Sem estas aprendizagens dificilmente
o aluno poderá exercer seus direitos de cidadania.
Cabe à escola formar alunos com senso crítico, reflexivo, autônomo e
conscientes de seus direitos e deveres – tendo compreensão da realidade
econômica, social e política do país, sendo aptos a construir uma sociedade
mais justa, tolerante às diferenças culturais como: orientação sexual, pessoas
com necessidades especiais, etnias culturais e religiosas etc. Passando a esse
aluno a importância da inclusão, não somente no âmbito escolar, mas em toda
a sociedade.
- A Igreja: Todas as sociedades conheceram e conhecem alguma forma de
religião. Na verdade, as crenças religiosas são um fato social universalporque
ocorrem em toda parte, desde os tempos mais remotos. A crença em algum
tipo de divindade e o sentimento religioso são fenômenos comuns a todas as
épocas e lugares do planeta. Cada povo tem, nas crenças religiosas, um fator
de estabilidade social e de obediência às normas sociais da sociedade. Por
isso, a religião sempre desempenhou uma função social indispensável. Para a
antropóloga Ruth Benedict, “a religião é uma instituição sem paralelo:
enquanto a origem de todas as outras instituições pode ser encontrada nas
necessidades físicas do homem, a religião não corresponde a nenhuma
necessidade material específica”.
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- As instituições econômicas: As instituições econômicas têm por função
produzir e distribuir bens, incentivar o trabalho, o consumo de bens e serviços.
Um exemplo: Os membros de uma empresa constituem um grupo social
formado por acionistas, administradores, prestadores de serviços e
empregados. As relações entre essas pessoas são reguladas por leis, regras
e padrões que objetivam fazer a empresa funcionar e dar lucro aos
proprietários. Essas normas caracterizam a instituição econômica, pois seus
preceitos são igualmente aplicados em todas as empresas.
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Considerando-se as ideias pressupostas, o texto...
A) afirma que a globalização aumentou, de modo sem precedente, os contatos
e a união entre os povos e seus valores, reforçando o respeito às diferenças
socioculturais.
B) critica a intolerância com relação a outras culturas, gerando assim os conflitos
comuns neste novo século.
C) indica o reconhecimento à diversidade cultural, além das necessidades de
afirmação e de identidade, seja étnica, seja cultural, seja religiosa.
D) nega a existência da exclusão cultural e ressalta a homogeneização mundial
e a superação/eliminação de fronteiras culturais.
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6.3. ENEM 2013
Em 2011, após uma forte mobilização popular via redes sociais, houve a queda
do governo de Hosni Mubarak, no Egito. Esse evento ratifica o argumento de que
a internet atribui verdadeiros valores culturais aos seus usuários.
A) a consciência das sociedades foi estabelecida com o advento da internet.
B) a revolução tecnológica tem como principal objetivo a deposição de
governantes antidemocráticos.
C) os recursos tecnológicos estão a serviço dos opressores e do
fortalecimento de suas práticas políticas.
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6.5. ENEM 2013
(CAULOS. Disponível em: www.caulos.com. Acesso em 24 set.
2011. (Foto: Reprodução)
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caminhamos por mais um bimestre: estudamos algumas especificidades de
nossa sociedade, falamos bastante sobre cultura e temas relacionados a ela -
como diversidade cultural, etnocentrismo e relativismo.
Também falamos da construção da identidade em um contexto cultural e as
formas de pertencimento a grupos e/ou instituições.
Continuaremos nossa discussão no próximo bimestre, quando acrescentaremos
questões relativas ao processo de construção da identidade e da cultura
nacionais – e suas implicações nas relações étnico-raciais e nas identidades
regionais no Brasil. Faremos uma longa reflexão a respeito de preconceitos,
discriminações, segregações promovidas pela enorme intolerância desenvolvida
pelo nosso povo.
Em pleno século XXI, precisamos resgatar alguns debates a respeito de
problemas sociais ocasionados por comportamentos e posturas reprováveis,
pelo simples fato de as pessoas não terem aprendido, ainda, a conviver com as
diferenças – fruto de um país miscigenado desde o início de sua colonização. Nós
nos vemos por lá!
8. RESUMO
Um tema polêmico, mas extremamente pertinente para a sociologia como uma
nova ciência. Falar sobre cultura e todas as implicações que a diversidade traz,
permite-nos repensar a atualidade e a sociedade que queremos preparar para
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as próximas gerações. Entender o conceito, perceber a diversidade presente em
nosso cotidiano, relativizar alguns hábitos e costumes – e não só repudiar, como
tentar eliminar posturas etnocêntricas – são formas para alcançarmos o objetivo
de uma sociedade una, harmônica e saudável. A contribuição da antropologia
nesse sentido é ímpar. Todos precisam entender que somos apenas diferentes,
nem superiores e nem inferiores... Nossa cultura possibilita a construção de
identidades que nos ajudam a pertencer a grupos e instituições sociais. Embora
nossa identidade seja interpretada de maneiras estereotipadas por outros povos,
ela nos fez um povo alegre, cordial, dócil e muito receptivo.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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