2.PDF Pratica de Filosofia
2.PDF Pratica de Filosofia
2.PDF Pratica de Filosofia
APRESENTAÇÃO
COLABORADORES
Alessandra Crescenzi
Alexandre H. Kihara
Eliane Comoli
Francisco Lacaz Vieira
Gerhard Malnic
Kellen Brunaldi
Lisete C. Michelini
Luiz Eduardo Ribeiro do Valle
Luiz Renato Rodrigues Carreiro
Marcus Vinícius C. Baldo
Maria Teresa Carthery
Maria Tereza Nunes
Raif Musa Aziz
Renata Hydee Hasue
Rosângela A. Santos
Silvia Cristina Figueira
Sônia M. L. Sanioto
4
SUMÁRIO
BIOFÍSICA _____________________________________________________________ 5
Modelo Hidráulico do Potencial de Membrana _________________________________ 6
Hemólise em Glóbulos Vermelhos __________________________________________ 11
NEUROFISIOLOGIA ____________________________________________________ 15
Percepção Visual _______________________________________________________ 16
Sensibilidade Proprioceptiva______________________________________________ 23
Sensibilidade Somestésica ________________________________________________ 26
Percepção Auditiva _____________________________________________________ 29
Movimentos Oculares ___________________________________________________ 33
Eletromiografia da Atividade Mastigatória ___________________________________ 40
FISIOLOGIA DIGESTÓRIA ______________________________________________ 46
Regulação Neural da Atividade Motora do Trato Gastrointestinal e da Salivação _____ 47
FISIOLOGIA RENAL ___________________________________________________ 51
Estudo da Função Renal Humana __________________________________________ 52
Estudo da Função Renal em Ratos _________________________________________ 57
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR ________________________________________ 63
Registro Não Invasivo da Pressão Arterial Humana ____________________________ 64
Esfigmomanometria em Humanos __________________________________________ 66
Eletrocardiografia (ECG) em Humanos _____________________________________ 69
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA____________________________________________ 71
Controle da Respiração __________________________________________________ 72
FISIOLOGIA ENDÓCRINA ______________________________________________ 74
Hipo e Hipertireoidismo Induzidos em Ratos _________________________________ 75
Hormônios Sexuais e Castração em Ratos ____________________________________ 77
ÍNDICE REMISSIVO ____________________________________________________ 79
ANEXOS ______________________________________________________________ 84
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido _________________________________ 86
Parecer da Comissão de Ética em Pesquisa com Seres Humanos – ICB-USP _________ 88
5
BIOFÍSICA
Cronômetro eletromagnético
Cronômetro eletromagnético
6
Figura 1 – Modelo biológico, elétrico e hidráulico que descreve a gênese do potencial de repouso.
Figura 2 – Modelo biológico, elétrico e hidráulico para uma célula com 2 canais na membrana.
9
a
π i(2)
1/π
Figura 1 – Regressão linear para valores hipotéticos do volume celular (V) obtidos em
função do inverso da pressão osmótica extracelular (πi(2)). A extrapolação da reta permite
obter o intercepto com o eixo das ordenadas, o qual fornece o valor do volume celular não
ocupado por água (a).
NEUROFISIOLOGIA
Miógrafo de Helmholtz
16
PERCEPÇÃO V ISUAL
I OBJETIVOS contém vasos sangüíneos e é
responsável pela nutrição das
1- Demonstrar a ocorrência estruturas oculares. Sobre os dois
de reflexos pupilares; terços posteriores da coróide repousa
2- Demonstrar a existência do a retina, camada complexa que
ponto cego e da trama vascular, contém os receptores sensoriais
evidenciando o mecanismo de sensíveis à luz (fotoceptores) e
preenchimento; circuitos neurais envolvidos no
3- Evidenciar as diferenças processamento inicial da informação
entre o processamento realizado pela visual.
visão central e periférica.
II FUNDAMENTOS
SENSIBILIDADE P ROPRIOCEPTIVA
I OBJETIVOS estirado, ocorre um aumento no
comprimento das fibras musculares
1- Demonstrar os mecanismos extrafusais, e paralelamente ocorre o
envolvidos na transmissão nervosa do tracionamento da região equatorial do
estímulo proprioceptivo; fuso neuromuscular, onde estão
localizados os receptores de
2- Demonstrar os diferentes níveis de estiramento. Os receptores de
integração do estímulo proprioceptivo estiramento podem ser de dois tipos:
no SNC; em cadeia nuclear e em saco nuclear.
A deformação mecânica desses
3- Demonstrar a influência do sistema receptores é captada por terminações
proprioceptivo no controle da nervosas aferentes. As terminações
motricidade. nervosas aferentes podem também
ser de dois tipos: as primárias (ou
ânulo-espirais) e as secundárias (ou
II FUNDAMENTOS em inflorescência). A informação
proprioceptiva captada pelas
A propriocepção, ou percepção terminações nervosas aferentes
da posição e do movimento do primárias e secundárias serão
próprio corpo, é uma modalidade conduzidas até o sistema nervoso
sensorial importante para que o central pelas fibras aferentes Ia e II,
indivíduo possa se locomover respectivamente.
espacialmente e interagir com o meio Na substância cinzenta da
ambiente de forma eficaz. Por medula espinhal, as fibras aferentes
exemplo, os receptores sensoriais Ia fazem sinapse com os
articulares e musculares levam motoreurônios alfa, que inervam as
informações até o sistema nervoso fibras extrafusais do músculo
central sobre a posição dos membros, estirado, responsáveis pela contração
os receptores dos tendões informam muscular. As fibras aferentes
sobre a tensão da contração muscular proprioceptivas também emitem
e os receptores dos fusos ramos colaterais que ascendem pelo
neuromusculares informam sobre funículo posterior da medula espinhal
comprimento muscular a todo em direção ao córtex cerebral
instante. somestésico, onde poderá se tornar
O reflexo de estiramento é consciente. Indivíduos com sífilis em
assim chamado pois tem início com o estágio adiantado podem apresentar
estiramento das fibras musculares e uma síndrome chamada tabes
resulta na contração do músculo dorsalis, caractericzada por lesão no
estirado. Quando o músculo é funículo posterior e conseqüente
24
1- Na situação 1, como é
possível que o voluntário saiba, sem o
auxílio da visão, os movimentos VI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
executados pelo braço tracionado? E
como é possível que ele acompanhe Baldo, M. V. C. Propriocepção. In:
com precisão os movimentos com o Fisiologia. Ed. M. M. Aires.
braço direito? Guanabara Koogan, 1999. p. 231-
238.
2- O que foi observado na
situação 2 do experimento? Como isto Pearson, K. & Gordon, J. Spinal
se explica, levando em consideração reflexes. In: Principles of Neural
o relato das sensações do voluntário? Science. Ed. E. R. Kandel, J. H
Schwartz, T. M. Jessel. McGraw-
3- Como se explicam as Hill, 2000. pp 713-736.
sensações relatadas pelo auxiliar
durante a execução da situação 2?
26
SENSIBILIDADE SOMESTÉSICA
I OBJETIVOS (estímulo mecânico), a via sensorial
da visão é ativada e o estímulo é
1- Caracterizar a distribuição percebido no córtex visual como um
dos receptores sensoriais cutâneos. borrão de luz.
2- Demonstrar as diferentes Porém, um estímulo de
densidades de inervação sensorial intensidade constante sobre um
cutânea. receptor faz com que haja diminuição
3- Demonstrar as diferentes do potencial gerador. Por isso, a
densidades de inervação sensorial freqüência de disparo do neurônio
cutânea. sensorial pode também diminuir com
4- Demonstrar o fenômeno de o tempo, conseqüentemente
adaptação sensorial. diminuindo a percepção deste
estímulo. Este mecanismo é
denominado adaptação sensorial.
II FUNDAMENTOS Outra propriedade importante
do sistema sensorial é permitir a
A percepção sensorial começa localização do estímulo. Cada
quando um determinado estímulo neurônio é responsável pela
ativa uma estrutura especializada: o inervação sensorial de uma
receptor sensorial. De forma geral, o determinada área somática periférica,
estímulo é codificado pelo receptor e a esta área chamamos campo
sensorial e transmitido pela via receptivo. Essa determinada área
sensorial para o sistema nervoso somática possui um conjunto de
central, onde é interpretado, podendo neurônios que a representam no
participar da emissão de uma córtex cerebral. Assim, podemos
resposta do organismo. Estímulos de localizar, com maior ou menor grau
diferentes naturezas (químico, de precisão, e sem o auxílio da visão,
mecânico, térmico, luminoso, sonoro, uma pontada de agulha em qualquer
entre outros) são captados pelos parte do nosso corpo. As fibras
receptores sensoriais específicos, sensoriais mantém uma correlação
evocando sensações distintas na topográfica entre a região periférica
maior parte das vezes. inervada e a área de representação
Tal especificidade é uma desta região no córtex cerebral.
propriedade de toda a via sensorial, Assim, a estimulação de um
desde o receptor até a área da determinado ponto na pele ativa a
interpretação do estímulo, no córtex região correspondente no córtex
cerebral. Os cones e bastonetes da cerebral, permitindo sua localização.
retina, por exemplo, são
especializados em responder a um
estímulo luminoso. Quando o globo
ocular é pressionado com um dedo
27
IV PROCEDIMENTO
Adaptação sensorial
Mapeamento dos receptores
sensoriais cutâneos Você deverá encher um
recipiente com água à temperatura
Com a caneta esferográfica e a ambiente, outro com água quente
régua deverá ser demarcada, na face (40o aproximadamente) e o terceiro
ventral do antebraço de um colega, com água fria (10o
uma área quadrangular de 3,0 cm X aproximadamente). Um voluntário irá
3,0 cm dividida em quadrados de 0,5 mergulhar a mão esquerda no
cm X 0,5 cm. Em um papel em recipiente com água quente e a mão
branco você irá fazer o mesmo direita no recipiente com água fria ao
desenho. Peça para que o colega mesmo tempo, permanecendo por
permaneça de olhos fechados. Com a um minuto. Em seguida deverá
ponta do lápis, você irá tocar os mergulhar ambas as mãos no
vários pontos do antebraço do colega, recipiente com água à temperatura
sempre com a mesma pressão, e este ambiente e descrever a sensação.
deve relatar o que sente: frio, calor,
pressão ou dor. Anote as sensações
do colega no mapa reproduzido na V QUESTÕES PARA
folha de papel. APROFUNDAMENTO
1- Com relação ao
Distância entre dois pontos mapeamento dos receptores
discrimináveis sensoriais cutâneos, o que se pode
concluir acerca da distribuição dos
O voluntário para este diferentes receptores sensoriais na
experimento deve permanecer de pele humana? Explique. Considerando
olhos fechados e deve relatar, a cada que a temperatura da ponta do lápis
estímulo, se sente o toque em um ou é constante, como se explica o fato
28
PERCEPÇÃO AUDITIVA
I OBJETIVOS ouvido humano percebe sons cuja a
freqüência varia de 16 à 20000 Hz. A
1- Evidenciar os mecanismos intensidade de um som é a energia
envolvidos na localização de um resultante do movimento vibratório e
estímulo acústico. é medida em decibel (dB). Indivíduos
2- Demonstrar a ocorrência de com audição normal precisam de uma
reflexos auditivos. intensidade de 0 a 25 dB para ouvir
3- Demonstrar as vias de um tom puro apresentado em um
condução de estímulos auditivos (via ambiente com isolamento acústico.
óssea e via aérea). O ouvido humano apresenta
4- Demonstrar o limiar três compartimentos:
absoluto auditivo em diferentes Ouvido Externo: constituído
faixas de freqüências e intensidades. pelo pavilhão auricular da orelha, pelo
conduto auditivo externo e pela
membrana timpânica.
II FUNDAMENTOS Ouvido Médio: compartimento
que contém a cavidade timpânica, a
O som é uma modificação de cadeia ossicular, composta por três
pressão que ocorre em meios ossículos (martelo, bigorna e estribo)
elásticos, propagando-se em forma que estão mantidos em posição por
de ondas mecânicas longitudinais e uma série de ligamentos muito
tridimensionais. Resulta de um delgados e por dois músculos: o
movimento ordenado e vibratório de tensor do tímpano e o estapédio.
partículas materiais, gerando Quando um estímulo sonoro
compressões e rarefações sucessivas apresenta intensidade superior a 70-
nos meios sólido, líquido e gasoso. 90 dB acima do limiar de audição de
Esse movimento pode ser percebido um indivíduo, um circuito nervoso
como som desde que apresente denominado arco reflexo estapédio-
determinadas características físicas, coclear entra em ação. Nesse circuito,
às quais o ouvido humano é sensível. o nervo facial provoca a contração
Freqüência e intensidade são reflexa dos músculos do ouvido
dois parâmetros que caracterizam o médio, impedindo a propagação de
som. A mudança da intensidade de um estímulo que poderia lesar as
um som nos faz considerá-lo como estruturas do ouvido interno. Como o
mais "forte" ou "fraco". A freqüência nervo facial também inerva os
das ondas sonoras nos faz reconhecer músculos da face, pode também ser
alguns sons como graves e outros deflagrada a oclusão ocular,
como agudos. A freqüência de um caracterizando o que se denomina de
som é expressa em hertz (Hz) reflexo cócleo-palpebral.
(número de oscilações completas da Ouvido Interno: é constituído
onda sonora em um segundo). O pelo labirinto ósseo (vestíbulo, cóclea,
30
V QUESTÕES PARA
APROFUNDAMENTO
VI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- No experimento A, qual a
diferença entre os estímulos que Baldo, M. V. C. Audição. In:
tornou possível a discriminação entre Fisiologia. Ed. M. M. Aires.
as fontes de estímulos sonoros? Guanabara Koogan, 1999. p. 239-
246.
2- Que informações podem ser
obtidas com base nos resultados dos Kelly, J.P. Auditory System. In:
testes de diapasão dos experimentos Principles of Neural Science.
do item B? Ed. E. R. Kandel, J. H Schwartz, T.
M. Jessel. McGraw-Hill, 2000.
3- No experimento B3
verificou-se alguma diferença entre a
realização do experimento com um
dos ouvidos tapados ou não? Como
esta diferença poderia ser explicada?
MOVIMENTOS O CULARES
I OBJETIVOS demais músculos oculares extrínsecos
são inervados pelo oculomotor, III
Estudar a origem, organização par de nervos cranianos, responsável
e função dos diversos movimentos também pela inervação do músculo
realizados pelos olhos. levantador da pálpebra superior. Há
cinco classes básicas de movimentos
oculares, servindo a diferentes
II FUNDAMENTOS propósitos, e organizados por
diferentes sistemas neurais que
Os movimentos do globo ocular compartilham os mesmos
são executados por um conjunto de 6 motoneurônios que inervam os
músculos. O músculo oblíquo superior músculos extrínsecos do olho. A
é inervado pelo nervo troclear, IV par Tabela 1 resume as principais funções
craniano, enquanto o reto lateral é dessas classes de movimentos
inervado pelo abducente, VI par. Os oculares.
IV PROCEDIMENTO
Movimentos sacádicos
Nistagmo vestíbulo-ocular
Posicione um voluntário
sentado em uma cadeira giratória,
preferencialmente sem rodas ou com
os pés bem fixados, e com seu eixo
de rotação lubrificado. Garanta que as
pernas do voluntário não toquem o
chão (peça ao voluntário que se sente
sobre as pernas cruzadas). Comece a
girar a cadeira, gentilmente, com uma
velocidade angular de,
aproximadamente, 1 rotação por
segundo (1 segundo é
aproximadamente o tempo que
demoramos para falar, em voz alta, a
palavra “Pindamonhangaba”). O
voluntário deverá permanecer de
olhos abertos, olhando para frente, e
sem mover a cabeça, mantida na
posição vertical. Enquanto o
experimentador (ou seu auxiliar) gira
a cadeira (Figura 3), os observadores
devem se posicionar ao seu redor,
atentos aos movimentos oculares Figura 3 – Procedimento utilizado na
apresentados pelo voluntário. Devem geração do nistagmo vestíbulo-ocular.
ser observados o sentido e a
37
Movimentos mandibulares
isolados:
A atividade dos dois músculos
deve ser observada nas seguintes
manobras mandibulares solicitadas ao
voluntário:
- abaixamento máximo da
mandíbula (abertura máxima da
boca);
- elevação máxima da
mandíbula (apertar os dentes com
uma força moderada);
- realizar movimentos
Masséter alternados de protrusão e retrusão da
mandíbula;
- realizar movimentos
alternados de lateralização da
mandíbula.
Durante a realização dessas
séries de movimentos mandibulares,
o perfil temporal e a amplitude dos
dois traçados eletromiográficos
deverão ser registrados, sendo que as
diversas fases desses traçados
deverão ser relacionadas aos
respectivos movimentos mandibulares
Digástrico executados (Fig. 2A e 2B).
Figura 1 – Músculos mastigatórios a serem
registrados.
42
Masséter
Depressão Elevação
Digástrico
(A)
Masséter
Protrusão Protrusão
Digástrico
(B)
0.05000
mV
0.00000
-0.05000
-0.10000
-0.15000
-0.20000
0.20000
0.15000
0.10000
EMG CH2
0.05000
mV
0.00000
-0.05000
-0.10000
-0.15000
-0.20000
0.10000
0.08000
Int. CH1
0.06000
mV
0.04000
0.02000
0.00000
0.10000
0.08000
Int. CH2
0.06000
mV
(A) 0.04000
0.02000
0.00000
9.0000 10.000 11.000 12.000 13.000 14.000 15.000 16.000 17.000 18.000
seconds
0.40000
0.20000
EMG CH1
mV
0.00000
-0.20000
-0.40000
0.60000
0.40000
0.20000
EMG CH2
mV
0.00000
-0.20000
-0.40000
0.15000
0.10000
Int. CH1
mV
0.05000
0.00000
-0.05000
0.15000
0.10000
Int. CH2
mV
0.05000
(B) 0.00000
-0.05000
15.000 20.000 25.000 30.000
seconds
FISIOLOGIA DIGESTÓRIA
Quimógrafo de Ludwig-Baltzar
47
B - Observação e manipulação
IV PROCEDIMENTO das vísceras
FISIOLOGIA RENAL
Colorímetro de Duboscq
52
- Furosemide 40 mg (Lasix);
II FUNDAMENTOS - Acetazolamida 250 mg (Diamox);
- Água destilada;
Utilizando a técnica de - Coletores de urina (1000 ml);
avaliação do Clearance de uma - Frascos de vidro (1, 5, 10 e 50 ml)
substância, podemos obter para colocar as amostras de urina;
informações sobre a função renal, - Papel para forrar a mesa;
através de um procedimento - Sacos de lixo.
extremamente simples e não invasivo.
Para a obtenção dessas informações
são necessárias apenas a medida do IV PROCEDIMENTO
volume urinário e da concentrção
plasmática e urinária da substância Cada grupo de 10 a 15 alunos
em questão. Por meio desse método deverá escolher duas condições
temos informação não apenas sobre o experimentais para realizarem o
evento inicial do processo excretório, estudo da função renal.
o ritmo de filtração glomerular, mas
também sobre a extensão da
reabsorção e excreção de substâncias
53
Determinação do Fator: U C ×V
Rotular 3 tubos e adicionar em RFG =
cada um deles 2 ml de água PC
destilada.
Pipetar em cada tubo, 20 µl da
Onde:
solução padrão de creatinina, com 50
UC = concentração de
mg/100ml.
creatinina na urina
Acrescentar 0,5 ml de ácido
V = fluxo urinário
pícrico e 2 gotas de solução alcalina
PC = concentração de
(2 gotas).
creatinina no plasma
Homogeneizar e aguardar 7
minutos para a leitura no Conhecendo-se o RFG e as
espectrofotômetro.
concentrações de Na+, K+ no plasma
Ler os tubos em 520 nm,
(PNa+ e PK+) e na urina (UNa+ e UK+)
acertando o zero com o branco.
pode-se calcular a Excreção Fracional
O resultado será a média das 3
desses íons, ou seja:
leituras obtidas.
Qe
50 EF =
Fator = Qf
Absorbância *
Onde:
Qe = carga excretada = U x V
*: Absorbância do padrão (média das Qf = carga filtrada = RFG x P
3 leituras)
Sendo que:
Análise do material coletado U = concentração urinária da
Fluxo urinário (V): para isso substância em questão
você precisará saber o volume P = concentração plasmática
formado (ml) num determinado da substância em questão
espaço detempo (min). Portanto
basta calcular o período de coleta Osmolaridade plasmática e
urinária e medir o volume. O volume urinária (Uosm e Posm): com isso é
colhido dividido pelo espaço de tempo possível calcular o “Clearance”
dará o fluxo (V) em ml/min. Osmolar (Cosm) e o “Clearance” de
Concentrações de Na+, K+, água livre (C H2O) ou Transporte de
HCO-3 e Creatinina na urina e no água pelo coletor (T CH2O).
plasma: através das concentrações
dessas substâncias, pode-se calcular U osmC ×V
o seu “clearance”. O “clearance” de Cosm =
creatinina reflete o ritmo de filtração Posm
glomerular.
56
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Cardiógrafo
64
V QUESTÕES PARA
APROFUNDAMENTO
1- Discuta as vantagens e
desvantagens de cada método
utilizado na medida da PA: FINAPRES
e esfigmomanometria.
66
ESFIGMOMANOMETRIA EM HUMANOS
I OBJETIVOS - definir as etapas e os cuidados a
serem observados para se medir
1- Discutir o mecanismo fisiológico no corretamente a PA;
qual se baseia a medida indireta da - discutir a importância da largura do
pressão arterial (PA); manguito na determinação dos
valores corretos da PA.
2- Fornecer ao estudante subsídios
para uma análise crítica do método
(cuidados a serem observados III MATERIAL
durante a medida, vantagens e
limitações); - Esfigmomanômetro
- Cicloergômetro (opcional)
3- Fornecer elementos sobre
mecanismos envolvidos na regulação
da PA durante exercício físico e IV PROCEDIMENTO
comparar indivíduos com certo grau
de condicionamento físico com outros 1) Em grupos de 4 a 6 pessoas, medir
completamente sedentários. e anotar os valores de pressão
arterial (PA) e a freqüência cardíaca
(FC) dos colegas nas diferentes
II FUNDAMENTOS situações: deitado (D), sentado (S),
em pé (P) (Tabela I).
Rever as bases fisiológicas do
método auscultatório para medida de 2) Escolha um indivíduo do grupo.
pressão arterial, visando: Utilizando o manguito padrão (13 x
- fundamentar o conceito do método; 24 cm) medir novamente a PA com o
- analisar criticamente o método; manguito perfeitamente adaptado ao
- discutir os valores obtidos (máximo antebraço e repetir a medida após se
e mínimo) no indivíduo normal; aumentar artificialmente sua
- compreender a gênese dos sons de circunferência (enrolar tecido ao
Korotkov; antebraço para torná-lo mais
- compreender o mecanismo espesso).
fisiológico em que se baseia a medida
indireta de PA (dinâmica da alteração 3) Repetir a medida da PA e FC com
do regime de fluxo); os indivíduos sentados,
- descrever a seqüência correta para imediatamente após exercício físico
obtenção da medida indireta da PA dinâmico em cicloergômetro: carga =
pelo método auscultatório; comparar 1 kg, 60 rotações por minuto, durante
os métodos auscultatório e 3-5 minutos e compará-los aos
palpatório; valores de repouso (sentado). (Na
falta do cicloergômetro, o exercício
poderá ser substituído por 60
67
PA FC
(mmHg) (bpm)
NOME D S P D S P
média
erro padrão
Tabela I
média
epm
TREINADOS
média
epm
Tabela II
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
Pneumógrafo de Marey
72
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
I OBJETIVOS preparação cirúrgica e coleta de
dados experimentais.
- Demonstrar ao aluno conceitos
básicos de mecânica respiratória e de Preparação cirúrgica:
controle da ventilação. Inicialmente, um rato Wistar
- Definir espaço morto anatômico e adulto será anestesiado (ketamina 40
funcional. mg/Kg associado à xilasina 20mg/Kg,
- Discutir os fatores determinantes da ip). Após anestesiado, o rato será
ventilação alveolar. posicionado em decúbito dorsal em
- Demonstrar as ações dos uma mesa cirúrgica e serão
quimiorreceptores periféricos no cuidadosamente separados e
controle da ventilação. identificados por meio de fios
- Demonstrar o reflexo de Hering- cirúrgicos as seguintes estruturas: 1)
Breuer. artérias carótidas comuns (direita e
esquerda); 2) nervos vagos (direito e
esquerdo); 3) traquéia. Será então
II FUNDAMENTOS realizada traqueostomia e um tubo de
polietileno (PE 200 com
O aluno deverá ter aproximadamente 4,5 cm de
conhecimento prévio, fazendo um extensão) será cuidadosamente
revisão geral, da fisiologia respiratória introduzido na traquéia. Sempre que
incluindo as bases da mecânica necessário deverá ser administrado
respiratória e da regulação da doses adicionais de anestésico.
respiração.
Procedimento Experimental:
- Determinar a freqüência
III MATERIAL respiratória basal por minuto (FR) do
animal utilizando um cronômetro.
-Ratos Wistar - Aumentar o espaço morto
-Drogas: ketamina e xilasina anatômico adicionando-se ao tubo
-Mesa cirúrgica para pequenos traqueal uma extensão de
animais aproximadamente 4,5 cm. Após 30
-Material cirúrgico básico segundos na condição de espaço
-Tubo de polietileno (PE 200) aumentado, determinar novamente a
FR.
- Após recuperação do evento
IV PROCEDIMENTO anterior, determinar novamente a FR
basal, procedendo-se então à oclusão
Os alunos poderão ser bilateral das artérias carótidas
divididos em grupos de quatro, e comuns. Após 30 segundos de
cada grupo será responsável pela oclusão, determinar novamente a FR.
73
VI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
V QUESTÕES PARA
APROFUNDAMENTO
Zin, W. A. & Rocco, P. R. M. Controle
da respiração. In: Fisiologia. Ed.
1- O que acontece com a FR, e por M. M. Aires. 2a ed., Rio de Janeiro,
que, quando se aumenta o espaço Guanabara Koogan, 1999.
morto anatômico?
74
FISIOLOGIA ENDÓCRINA
ÍNDICE REMISSIVO
80
CÓRNEA , 16, 17
A CORÓIDE, 16
CÓRTEX CEREBRAL SOMESTÉSICO , 23
ABDUCENTE, 33 CÓRTEX ESTRIADO , 18
ABSORBÂNCIA , 54 CÓRTEX VISUAL PRIMÁRIO, 18
+ - +
ACETAZOLAMIDA , 52, 53, 57, 59 COTRANSPORTE 1NA :2CL :1K , 57
ÁCIDO PÍCRICO, 54, 55 CREATININA , 54, 55, 56
ACOMODAÇÃO , 17 CRISTALINO , 17
ACUIDADE VISUAL, 17, 18
ADAPTAÇÃO SENSORIAL, 26 D
ALÇA DE HENLE, 53, 57
ANDRÓGENOS, 77 DECIBEL, 29
ANIDRASE CARBÔNICA , 53, 56, 57, 61 DENSIDADE DA URINA , 60
APARELHO GASTROINTESTINAL, 47 DERIVAÇÕES CLÁSSICAS, 69
ATIVIDADE ELÉTRICA MUSCULAR , 40 DERIVAÇÕES I, II E III, 69, 70
ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA , 40 DIAMOX, 52, 56, 57, 58, 59, 61
ATIVIDADE MOTORA DO TRATO GASTROINTESTINAL, DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO, 6
47 DIFERENÇA DE POTENCIAL ESTACIONÁRIA ATRAVÉS DA
AUDIOMETRIA , 31 MEMBRANA , 8
AUDIÔMETRO, 30 DISCO ÓPTICO , 16, 20
DISTÂNCIA FOCAL, 17
B DIURESE, 57
DIURÉTICOS, 52, 57
BULHAS CARDÍACAS, 69, 70 DOSAGEM DA CREATININA , 54
DROGAS DIURÉTICAS, 52
DUCTO COCLEAR , 30
C DUCTOS SEMICIRCULARES, 30
CAMPO RECEPTIVO , 26
CAMPO VISUAL, 20, 21, 22 E
CANAIS SEMICIRCULARES, 30, 34
CARGA EXCRETADA , 55 ECG, 69, 70
CARGA FILTRADA , 55 EIXO ELÉTRICO INSTANTÂNEO DO CORAÇÃO , 69
CASTRAÇÃO , 77, 78 EIXO HIPOTÁLAMO -HIPOFISÁRIO , 76, 78
+
CÉLULA DE NA , 6, 7 ELETROCARDIÓGRADO , 69
CÉLULAS CILIADAS INTERNAS E EXTERNAS, 30 ELETROCARDIOGRAMA , 69, 70
CÉLULAS FOLICULARES DA TIREÓIDE, 75 ELÉTRODOS DE SUPERFÍCIE, 40, 43
CÉLULAS GANGLIONARES, 18 EMG, 40, 42, 43
CICLO REPRODUTIVO , 77 EPIDÍDIMOS, 78
CICLOERGÔMETRO , 66 EQUAÇÃO DE NERNST, 6
CICLOS MASTIGATÓRIOS, 43, 44 EQUILÍBRIO OSMÓTICO, 11, 12
CIRCULAÇÃO MESENTÉRICA, 48, 49 ERROS DE REFRAÇÃO , 17, 35
CLEARANCE, 52, 55 ESCLERA, 16
CLEARANCE DE ÁGUA LIVRE (CH2O), 52 ESFIGMOMANOMETRIA , 65
CLEARANCE DE NA + , K+ E HCO-3, 52 ESFIGMOMANÔMETRO, 64, 66
CLEARANCE OSMOLAR, 52 ESPAÇO MORTO ANATÔMICO E FUNCIONAL, 72
CÓLON, 47, 49 ESPECTROFOTÔMETRO , 54, 55
COMPLEXO QRS, 69, 70 ESPECTROFOTÔMETRO, 54
CONDUTO AUDITIVO EXTERNO , 29 ESTAPÉDIO, 29
CONES, 16, 18, 26 ESTETOSCÓPIO, 64, 69
CONSTANTE DE FARADAY, 6 ESTRÓGENOS, 77
CONSTANTE UNIVERSAL DOS GASES, 6 EXCREÇÃO FRACIONAL, 52, 55
CONTRAÇÃO MUSCULAR, 23, 40 EXCREÇÃO FRACIONAL DE ÁGUA , 52
CONTROLE DA VENTILAÇÃO, 72 EXERCÍCIO FÍSICO, 66, 68
81
F IODETO , 75
IODO, 75
FIBRAS AFERENTES IA E II, 23 ÍRIS, 17
FIBRAS EXTRAFUSAIS, 23
FIBRAS MUSCULARES EXTRAFUSAIS, 23 K
FIBRAS NORADRENÉRGICAS PÓS-GANGLIONARES, 47
FINAPRES, 64, 65, 69 KETAMINA , 72
FINGER ARTERIAL PRESSURE, 64
FLUXO URINÁRIO, 52 L
FORÇA DIFUSIONAL, 6, 7, 8
FORÇA ELÉTRICA, 6, 7, 8 LABIRINTO MEMBRANOSO, 30, 33
FORÇA ELETROMOTRIZ, 7 LABIRINTO ÓSSEO, 29, 33, 34
FORÇAS ATRAVÉS DA MEMBRANA , 7 LASIX, 52, 56, 57, 58, 59, 61, 62
FOTOCEPTORES, 16 LIMIAR ABSOLUTO , 29, 30
FOTÔMETRO DE CHAMA , 54, 61 LIMIAR ABSOLUTO AUDITIVO , 29
FÓVEA , 16, 18, 20, 33 LIMIAR DE AUDIÇÃO , 29
FÓVEA CENTRAL, 16
FREQÜÊNCIA CARDÍACA, 64, 66, 70
FREQÜÊNCIA DE UM SOM, 29
M
FUROSEMIDE, 52, 53, 56, 57, 59, 61
MÁCULA LÚTEA , 16
FUSO NEUROMUSCULAR, 23
MANOBRA DE VALSALVA , 65
MANOBRAS RESPIRATÓRIAS, 65
G MECÂNICA RESPIRATÓRIA , 72
MECANISMO DE PREENCHIMENTO , 16
GLÂNDULA TIREÓIDE, 75, 76 MEDULA ESPINHAL, 23
GLOBO OCULAR , 16, 17, 26, 33 MEMBRANA LUMINAL, 53, 57
GLÓBULOS VERMELHOS, 11 MEMBRANA TIMPÂNICA , 29
GRADIENTE ELÉTRICO, 6 MESENCÉFALO , 17
GRADIENTE QUÍMICO, 6 METIMAZOL, 75, 76
MÉTODO AUSCULTATÓRIO, 66
H MÉTODOS NÃO INVASIVOS, 64
MODELO HIDRÁULICO EQUIVALENTE, 8
HCO -3, 52, 53, 55, 59 MOTOREURÔNIOS ALFA , 23
HEMÁCIAS, 11, 13 MOTRICIDADE, 23
HEMÓLISE, 11 MOVIMENTO DE PERSEGUIÇÃO CONTÍNUA , 34
HEPARINA , 12, 13, 58 MOVIMENTOS COMPENSATÓRIOS DOS OLHOS, 34
HEPARINA , 48, 58 MOVIMENTOS MANDIBULARES, 40, 41
HIDRATO DE CLORAL, 75, 77 MOVIMENTOS OCULARES, 17, 33, 34, 36, 37, 38
HIPERTIREOIDISMO , 75 MOVIMENTOS SACÁDICOS , 34
HIPERTONICIDADE MEDULAR, 56, 61 MUSCULAR DA MUCOSA , 47
HIPOTIREOIDISMO , 75 MUSCULATURA MASTIGATÓRIA , 40
HORMÔNIOS SEXUAIS, 77 MÚSCULO DIGÁSTRICO , 40
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS, 75 MÚSCULO LEVANTADOR DA PÁLPEBRA SUPERIOR, 33
HYPNOL, 48 MÚSCULO MASSÉTER, 40, 43
MÚSCULOS OCULARES EXTRÍNSECOS, 33
I
N
INACTIN, 57, 58
INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA, 47 NA CL, 11, 12, 13, 53, 57
INERVAÇÃO SIMPÁTICA, 17, 47 NATRIURESE, 57
INTERVALO P-R, 69 NÉFRON, 52, 57
INTERVALO S-T, 69 NEMBUTAL, 57, 58
82
T V
TABES DORSALIS, 23, 25 VAGOTOMIA BILATERAL, 73
TÁLAMO , 18 VAGOTOMIA UNILATERAL, 73
TENSOR DO TÍMPANO , 29 VEIA JUGULAR, 48, 49, 58, 59
T ESTE DE RINNE, 31 VEIA PENIANA , 48
T ESTE DE S CHWABACH, 31 VENTILAÇÃO ALVEOLAR, 72
T ESTE DE WEBER, 31 VESÍCULAS SEMINAIS, 78
TESTES DE DIAPASÃO, 30, 32 VISÃO CENTRAL E PERIFÉRICA, 16, 22
TESTÍCULOS, 77, 78 VOLUME CELULAR, 11, 12
TETRAIODOTIRONINA (T4), 75
TIOURÉIAS, 75
TIREOGLOBULINA , 75
X
TIROSINA , 75
XILASINA , 72
TONICIDADE, 11
TONS PUROS, 30, 31
84
ANEXOS
85
Nome do Participante:_________________________________________
Assinatura:__________________________________________________
________________________________________________
Nome do Docente Responsável
________________________________________________
Assinatura do Docente Responsável
88