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RESUMO
1 Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Especialista
em Direito Privado pela UFPA. Graduado em Direito pela UFPA. Professor titular da UFPA, da
Universidade da Amazônia (UNAMA), da Fundação Escola Superior do Ministério Público do
Estado do Pará e da Escola Superior da Magistratura do TJE-Pará. Procurador da Fazenda Nacional
aposentado. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-6830-7485 / e-mail: antoniojosedemattosneto@
gmail.com
2 Doutoranda e Mestre em Direito pela UFPA. Graduada em Direito pela UNAMA. Professora da
Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA) e da Escola Superior Madre Celeste (ESMAC).
Analista Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ-PA). ORCID: http://orcid.org/0000-
0002-8606-6945 / e-mail: [email protected]
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ABSTRACT
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INTRODUÇÃO
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1 AGROTÓXICOS: CONTEXTUALIZAÇÃO
1.1 Um olhar para o passado
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acordo com Antunes (2002), a poluição é um fato causado pela ação huma-
na, que altera negativamente determinada realidade.
O dano é, portanto, concreto; a danosidade representa um conceito
mais abstrato. Ambos conceitos (dano e danosidade), entretanto, estão
abarcados no conceito de poluição. Se a poluição traz consequências gra-
ves, tem-se dano, e por trazer risco, contém danosidade. Assim, o risco de
dano representa danosidade ambiental a que toda a sociedade está igual-
mente exposta, devendo-se pensar e aplicar a respectiva responsabilidade.
Milaré (2015) diferencia as noções de impacto em sentido estrito, e
de dano ambiental, propriamente dito: o primeiro decorre dos efeitos que
qualquer atividade humana causa ao meio ambiente, o segundo decorre
do grau maior, isto é, de agravos mais sensíveis que essa mesma atividade
acarreta. Vale citar que a impactação ambiental será objeto de Seção pró-
pria. Assim, pode-se entender a danosidade com aproximação conceitual
de impacto.
Outro aspecto fundamental em sede de responsabilidade é o nexo cau-
sal. Sanchez (1996) discorre detalhadamente sobre as muitas dificuldades
em explicar a relação de causalidade em danos agroambientais. As razões
são as seguintes: o tecnicismo é insuficiente, dada sua característica difusa;
alguns danos não se manifestam imediatamente, mas após certo tempo; a
autoria é difusa e anônima; e a dificuldade espacial, já que o dano ambien-
tal pode percorrer longas distâncias, não respeitando fronteiras.
Sobre o dano, a danosidade, desse reconhecimento advém a necessi-
dade de uma nova perspectiva de responsabilidade. Vianna (2005) destaca
que, diante da multiplicidade de danos ambientais (alterações climáticas,
desertificações, erosão, salinização e empobrecimento dos solos, contami-
nação e secamento de rios e lençóis freáticos, disseminação de pragas agrí-
colas, proliferação de doenças e perda significativa da qualidade de vida),
os padrões ortodoxos da responsabilidade civil passam a ser precários.
Assim, Leite (2003) descreve a passagem de uma responsabilidade
baseada em uma noção curativa-retroativa para uma visão mais proativa,
hábil a lidar com danos marcados pela difusidade, transtemporalidade e
efeitos transfronteiriços. Responsabilidade esta contida no novo direito
agroambiental.
Explicada a definição de Direito agroambiental e justificado o uso do
termo para qualificar a categoria trabalhada nesta oportunidade, elucidar-
-se-ão a função social da Terra e sua relação com a presente pesquisa.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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