Modulo04 - Formação Preço de Venda
Modulo04 - Formação Preço de Venda
Modulo04 - Formação Preço de Venda
Unidade 1:
Preço de venda pelo método do custeio direto
Unidade 2:
Custo da matéria-prima ou produto vendido
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Unidade 1: Preço de venda pelo método do custeio direto
• Competências do módulo
• Competências da unidade
Olá!
Ao longo do curso, vocês aprenderam sobre quais os aspectos que devem ser
considerados para sistematização de um sistema de custos. Estão conscientes
da necessidade de conhecer os custos, as despesas variáveis para a tomada de
decisões, a redução de riscos e já sabem como aplicar as formas de apropriação
dos custos da mão de obra direta (MOD) aos produtos e serviços. Neste encontro,
vamos aprender como ficar sempre a par da percepção dos clientes em relação ao
preço do produto ou ao serviço.
Vocês verão, agora, como formar o preço de venda pelo método do custeio direto, mas saibam
que existem outras formas de fazer o cálculo do preço de venda.
Mário: Lúcia, existe alguma diferença básica inicial que caracterize o método do custeio direto
e que você já pode nos adiantar?
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Lúcia: Existe sim, Mário. Veja, no custeio direto, cada produto absorve apenas os custos que
incidem sobre ele e agrega apenas os custos variáveis. Não existe nenhum rateio. As despesas
fixas são tratadas, em sua totalidade, como despesas do período.
Nesse método de custeio, cada produto absorve somente os custos que incidem diretamente
(Custo das Mercadorias Vendidas + Despesas Variáveis). Ao resultado obtido com a venda dos
produtos, menos os custos variáveis, dá-se o nome de margem de contribuição (MC), que
deverá contribuir para que sejam cobertas ou pagas as despesas fixas e obtido o lucro desejado.
Ana: Lúcia, eu não entendi muito bem como a margem de contribuição se encaixa no processo.
Você poderia falar um pouco mais a respeito?
Lúcia: Claro, Ana, falarei melhor sobre isso. Inicialmente calcula-se a margem de contribuição
de cada produto na empresa. Lembrando que a margem de contribuição é a receita sobre as
vendas, subtraída do custo da mercadoria vendida e das outras despesas variáveis. Veja:
Exemplo:
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É importante lembrar que, para obter a margem de contribuição média
dos produtos, as empresas necessitam realizar uma pesquisa financeira.
Essa pesquisa objetiva, principalmente, levantar quais preços de venda são
praticados pela concorrência e considerar as projeções das participações
nas vendas de cada produto pesquisado.
As despesas com vendas também devem ser consideradas e podem ser identificadas facilmente.
Na verdade, esses percentuais são definidos conforme política interna da empresa. No caso
das comissões, são os percentuais pagos a vendedores e/ou a representantes. O percentual de
propaganda não tem limite específico. Quanto ao frete, é calculado em função do volume de
despesas pagas mês a mês.
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Lúcia: Então pessoal, vocês já são capazes de projetar o faturamento de
que a empresa necessita para ter um lucro desejado! Para isso, calculem o
faturamento desejado, ou faturamento ideal, a partir da seguinte fórmula:
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Vejam a distribuição desses R$ 88.235,29, conforme os percentuais (porcentuais) de participação
nas vendas de cada produto:
Lembrem-se! Para o cálculo do preço de venda, deve-se sempre determinar os objetivos que se
deseja alcançar como, por exemplo:
Como já foi visto, o custeio direto considera os custos fixos como despesas. Você verá uma
aplicação do cálculo do preço de venda pelo método do custeio direto:
A empresa Brasiléa possui dois produtos, X e Y, com os seguintes preços de venda, obtidos no
mercado:
Produto x Produto y
Descrição
Valor (R$) % Valor (R$) %
PV 150,00 100 70,00 100
CVD 88,00 58,67 47,00 67,14
DVI 40,40 26,93 18,85 26,93
MC 21,60 10,40 4,15 5,93
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Onde:
PV = preço de venda
CVD = Custo variável direto
DVI = Despesas variáveis indiretas (impostos e despesas comerciais)
MC (u) = Margem de contribuição unitária
Cálculo da margem de contribuição média
Para se chegar ao preço de venda de cada produto, basta usar a seguinte fórmula:
Para se chegar ao preço de venda de cada produto, basta usar a seguinte fórmula:
• Competência da unidade:
Olá!
No encontro passado, trabalhamos com o preço de venda e o cálculo do faturamento. Já
sabemos que, para a formação do preço de venda, não bastam apenas informações a respeito
da própria empresa, também precisamos estar atentos ao preço da concorrência. Portanto,
nesta unidade, focaremos a pesquisa do preço dos concorrentes.
Lúcia: Antes de começar, preciso lembrar-lhes uma pessoa muito importante dentro da empresa
de vocês: o gestor financeiro.
Ana: Lúcia, o gestor financeiro é o responsável por aumentar o valor do patrimônio líquido
da empresa, por meio da geração de lucro líquido, decorrente das atividades operacionais da
empresa, certo?
Lúcia: Exatamente, Ana. E, para realizar essa tarefa, o gestor financeiro precisa ter um sistema de
informações gerenciais que lhe permita conhecer a situação financeira da empresa e tomar as
decisões mais adequadas, maximizando seus resultados.
Mário: Lúcia, o que o gestor financeiro precisa saber sobre os preços praticados pelo mercado?
Lúcia: O gestor financeiro precisa ter noção dos preços praticados pela concorrência, de forma a
enquadrá-los dentro da realidade e das possibilidades da empresa.
Luís: O gestor financeiro responderia, por exemplo, perguntas do tipo: como saber se o cliente
quer preço ou qualidade? Como estabelecer e quais são as melhores políticas comerciais? Que
preços praticar?
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Lúcia: A pesquisa de preços é importantíssima para o posicionamento dos produtos e conquista
do mercado. Vamos refletir sobre isso? Gostaria que vocês elaborassem algumas questões para
que juntos possamos refletir sobre a definição de preços.
Ana: Lúcia, poderíamos pensar, por exemplo, sobre qual é a relação entre os
preços básicos alternativos e a estrutura de custos?
Lúcia: Sim, Ana! É exatamente essa a minha proposta. Vamos lá, eu tenho uma questão: qual a
sensibilidade do mercado às diversas alternativas de preços da empresa?
Luís: Meus caros, a publicidade também merece uma atenção: qual o efeito
dos preços a ser praticados pela empresa em relação à imagem do produto e
da empresa em comparação aos concorrentes?
Lúcia: Muito bem! Vocês se saíram muito bem na tarefa reflexiva. Vejo que estão cientes dos
pontos a ser observados na definição do preço de venda. Agora, vamos pensar nos momentos
nos quais é fundamental a decisão do preço de venda, para colocar em prática nossa reflexão
anterior. Por exemplo, quando a empresa estabelece o preço pela primeira vez.
Luís: Lúcia, neste caso, a decisão de preço é muito importante, pois é a primeira vez em que se
estabelece esse processo. A atenção deve ser maior, porque isso influenciará na continuidade do
seu negócio. Outro momento a observar é quando a concorrência inicia a alteração de preços.
Ana: Luís, sua resposta me fez pensar em outro momento oportuno e parecido: quando o
momento leva a empresa a considerar a possibilidade de alterar os preços, aí poderíamos ter
diferentes circunstâncias.
Mário: Interessante essa observação levantada pela Ana. Achei muito bem colocada. Também
podemos nos atentar para quando a empresa produz itens com demandas.
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Muito bem!
Vimos que os nossos colegas foram muito bem nas reflexões propostas anteriormente, mas você
também pode participar! Com o apoio das questões básicas e das reflexões vistas até aqui, você
pode montar um pequeno questionário de pesquisa de preços com, pelo menos, 6 questões
diretamente ao concorrente e/ou com base na percepção do cliente; e, em seguida, ir até o
fórum e fazer o mesmo: compartilhar e discutir com seus colegas de curso sobre momentos de
decisão de preço de venda.
Mário: Lúcia, a pesquisa de preços pode ser útil para uma empresa em dificuldade financeira?
Lúcia: Pode sim, Mário. A pesquisa de preços ajuda na pronta recuperação de caixa: geralmente
empresas em dificuldades financeiras estabelecem um preço que permite o rápido retorno de
caixa. Essa deve ser uma prática periódica e constante, seja mensal, bimensal ou a critério da
empresa.
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