SEMANA7 LEITURA 9ano
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Semana 7: 01 a 05/06
FATO: tudo aquilo que independe de quem escreve. “O fato em si não tem nenhum significado: ele pode ser
decisivo na vida de uma pessoa, importante na vida de outra, curioso para um terceiro participante ou
observador, insignificante para outro e nem notado por algum passante distraído. O fato tem o significado
que a ele atribuímos, e isso é particularmente verdadeiro para os fatos trazidos para comprovar ou
demonstrar argumentos em textos.”
OPINIÃO: “é a visão pessoal que se tem sobre determinado assunto. Nós a formamos com base em nossa
experiência e nos conhecimentos adquiridos ao longo do tempo. Antes de expressar nossa opinião sobre o
que quer que seja, cabe a reflexão e também a capacidade de nos imaginarmos no lugar de outras pessoas,
para tentar entender experiências pelas quais não passamos necessariamente.”
Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem
constrangimento. [...] Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar
o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse
comportamento está o respeito à coisa pública. [...] Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para
que tivéssemos o direito de votar.
DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de papel. São Paulo: Ed. Ática, 1998.
A outra noite
Rubem Braga
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em
cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade
eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas. Uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra − pura, perfeita e linda.
— Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva.
Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra
coisa.
— Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão
sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.
7. Considerando a maneira como é narrada, a reação do taxista (no final), pode-se inferir que ele
ficou:
(A) sensibilizado com a (C) agradecido com o
conversa presente.
(B) curioso por mais informações. (D) desconfiado com o pagamento
https://www.instagram.com/p/CAWHenSCapV/?
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