1S2020 Amanda Lopes Pelozo OD0869

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__________________________________________________________________________________________________

Faculdade de Tecnologia de Americana “Ministro Ralph Biasi”


Curso Superior de Tecnologia em Segurança da Informação

Amanda Lopes Pelozo


Cainan Silva Olivero

ESTUDO SOBRE A INTEGRAÇÃO DE IoT E CLOUD COMPUTING


PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS

Americana, SP
2020
__________________________________________________________________________________________________
Faculdade de Tecnologia de Americana “Ministro Ralph Biasi”
Curso Superior de Tecnologia em Segurança da Informação

Amanda Lopes Pelozo


Cainan Silva Olivero

ESTUDO SOBRE A INTEGRAÇÃO DE IoT E CLOUD COMPUTING


PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS

Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido em


cumprimento à exigência curricular do Curso Superior de
Tecnologia em Segurança da Informação sob a
orientação do (a) Prof.(a) Me. Rogério Nunes de Freitas.
Área de concentração: Segurança da Informação

Americana, SP
2020
FICHA CATALOGRÁFICA – Biblioteca Fatec Americana - CEETEPS
Dados Internacionais de Catalogação-na-fonte

P448e PELOZO, Amanda Lopes


Estudo sobre a integração de IoT e cloud computing para
ambientes residenciais. / Amanda Lopes Pelozo, Cainan Silva Olivero. –
Americana, 2020.
56f.
Monografia (Curso Superior de Tecnologia em Segurança da
Informação) - - Faculdade de Tecnologia de Americana – Centro
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
Orientador: Prof. Ms. Rogério Nunes de Freitas
1 Computação em nuvem 2. Internet das coisas 3. Segurança em
sistemas de informação 4. Domótica I. OLIVERO, Cainan Silva
II.FREITAS, Rogério Nunes de III. Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza – Faculdade de Tecnologia de Americana

CDU: 681.518.5
ESTUDO SOBRE A INTEGRAÇÃO DE IoT E CLOUD COMPUTING
PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS

Trabalho de graduação apresentado como


exigência parcial para obtenção do título de
Tecnólogo em Segurança da Informação pelo
CEETEPS/Faculdade de Tecnologia –
FATEC/ Americana.
Área de concentração: Segurança da
Informação

Americana, 30 de junho de 2020.

Banca Examinadora:

__________________________________
Rogério Nunes de Freitas (Presidente)
Mestre
Faculdade de Tecnologia de Americana “Ministro Ralph Biasi”

__________________________________
Jonas Bodê
Especialista
Faculdade de Tecnologia de Americana “Ministro Ralph Biasi”

__________________________________
José Carlos Meca Vital
Mestrre
Faculdade de Tecnologia de Americana “Ministro Ralph Biasi”
RESUMO

O presente trabalho conceitua a apresentação e abordagem dos novos conceitos


das tecnologias de Computação em Nuvem e Internet das Coisas. Serão abordados
os serviços e as estruturas utilizadas em ambas as tecnologias e como elas se
propõem a solucionar e otimizar tarefas do nosso dia a dia. Além disso, será
mostrado a importância no uso da Computação em Nuvem e o motivo desta
tecnologia ter sido tema constante em discussões e pesquisas na área de tecnologia
da informação. Quanto a tecnologia Internet das Coisas, serão apresentadas
soluções aos problemas e desafios de sua integração com outras tecnologias, como
por exemplo a alta de demanda para atender modelos de indústrias 4.0, e o principal
tópico deste trabalho, sua integração com a Computação em Nuvem. Em um
conceito geral, através desta pesquisa, será mostrado como a Computação em
Nuvem e a Internet das Coisas estão próximas do cotidiano das pessoas e dentro
de suas residências. Por fim, o trabalho aborda, como ambas as tecnologias
fornecem soluções domésticas com o objetivo de aumentar o conforto e a
praticidade na vida do ser humano.

Palavras Chave: Computação em Nuvem; Internet das Coisas; Segurança;


Integração.
ABSTRACT

The present work conceptualizes the presentation and approach of the new
technology concepts about Cloud Computing and Internet of Things. It will be
approached the services and the structures used for both technologies and how they
propose to find a solution and optimize tasks on the daily life. Also, it will be shown
the value in the use of the Cloud Computing and the reasons why this technology
has been the topic constantly discussed in research of information technology. On
the meanwhile, it will be shown solutions and challenges that the Internet of Things
has been facing and the integration with other technologies to resolve our daily
problems, for example, attend to the new concept models and the high demand to
attend the industry 4.0 bringing integration with the Cloud Computing. In a general
concept, this research will be showing how the Cloud Computing and the Internet of
Things are closer of the people daily lives and within their homes. Finally, the work
address, how both technologies provides home solutions with the objective of
increase the comfort and the practicality in human life.

Keywords: Cloud Computing; Internet of Things; Security; Integrity;


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: 70 zonas e mais de 200 países e territórios..........................................10

Figura 2: A Internet das coisas "nasceu" entre 2008 e 2009................................13

Figura 3: Dispositivos IoT em residências............................................................29

Figura 4: Tipos de dispositivos IoT em residências..............................................29

Figura 5: Segurança dos dados salvos em nuvem...............................................30

Figura 6: Utilização de outros serviços, recursos ou sistemas em nuvem...........30


LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Recurso Cloud x IoT………………………..............................................22


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 1

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4

2.1 COMPUTAÇÃO EM NUVEM (CLOUD COMPUTING) 4

2.1.1 DADOS PESSOAIS ARMAZENADOS EM NUVEM 5

2.1.2 CLOUD COMPUTING EM DISPOSITIVOS RESIDENCIAIS 7

2.1.3 ARMAZENAMENTO, SEGURANÇA E ACESSO A DADOS 8

2.1.4 INVESTIMENTOS EM CLOUD COMPUTING 10

2.2 INTERNET DAS COISAS (INTERNET OF THINGS - IoT) 11

2.2.1 SMART HOME 14

2.2.2 SEGURANÇA EM IOT 15

2.3 CLOUD COMPUTING PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS 18

3 CORRELAÇÃO ENTRE IoT E CLOUD COMPUTING 19

3.1 PLATAFORMA DE NUVEM IoT 21

4 PROPOSTA DE SOLUÇÕES, EXPERIÊNCIAS E APERFEIÇOAMENTO DE


SERVIÇOS 24

5 PESQUISA REALIZADA 27

6 CONCLUSÃO 31

REFERÊNCIAS 32

ANEXOS 37

ANEXO A – USO DO CLOUD COMPUTING E IOT NO COTIDIANO 37


1

1 INTRODUÇÃO
Segundo a Oracle, a Internet das Coisas descreve a rede de objetos físicos
“coisas”, que são incorporados a sensores, software e outras tecnologias com o
objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos. e sistemas pela
internet. Esses dispositivos variam de objetos domésticos comuns a ferramentas
industriais sofisticadas.
Com o constante crescimento de Cloud Computing e de IoT (Internet of
Things), se imagina um futuro onde será possível criar mais serviços trafegando em
nuvem, algo maior do que armazenar dados ou utilizar tudo isso para mais do que
serviços de atender demanda de processamento de demanda de mercado.
A maneira como a tecnologia e os estudos em IoT junto de Cloud Computing
caminham, com alguns dispositivos já utilizando estas funções e outras tecnologias
vem crescendo a cada dia. Existem até mesmo brinquedos desenvolvidos com
tecnologias baseada em Machine Learning onde estes, compartilham de
informações armazenadas em nuvem hospedadas pela IBM que conseguem
escolher melhores respostas de maneira rápida e efetiva para conversar com uma
criança e traçar a melhor maneira de abordar determinados assuntos no
desenvolvimento dela. O brinquedo citado, possui o nome de Dino e foi produzido
por volta de 2017 nos Estados Unidos utilizando uma tecnologia desenvolvida pela
própria IBM de Cloud Computing e Machine Learning focado em IoT para crianças
(ALBA, 2015).
No ramo da medicina o IoT progride ainda mais com pesquisas realizadas
com compartilhamento de dados e Machine Learning tudo armazenado e
compartilhado em Cloud Computer, como por exemplo o Cloud Healthcare API. É
uma interface de programação de aplicativos que fornece uma solução de
infraestrutura escalável e robusta, para coletar e gerenciar os principais dados e
permitir que os clientes os usem para análise e Machine Learning em Cloud
Computer. Segundo Gregory Moore, VP de Saúde do Google Cloud, além do
trabalho com APIs, eles pretendem disponibilizar ferramentas úteis aos clientes do
setor de saúde para acelerar projetos em áreas como saúde da população, medicina
personalizada e pesquisa clínica. Segundo o Google, algumas instituições já
utilizam o Cloud Healthcare API, como a Escola de Medicina de Stanford. "Estamos
usando a Genomics API há um tempo e a possibilidade de combiná-la com a análise
escalável do Google Cloud terá um impacto transformador em nossa comunidade
2

de pesquisa", explica Somalee Datta, diretor de pesquisa de TI da Escola de


Medicina de Stanford (COMPUTER WORLD, 2018).
Com estas questões, diagnósticos mais precisos estão sendo cada vez mais
realizados e passados aos seus pacientes graças à grande quantidade de
comparações de sintomas de uma mesma doença, a cura se torna cada vez mais
efetiva. Além disso, existem pesquisas de curas de novas e antigas doenças, que
estão cada vez mais sendo compartilhadas com novas soluções e sendo
desenvolvidas novos métodos de combater doenças que ameaçam a humanidade,
em conjunto de pesquisas de mutações genéticas tanto de bactérias como de
possíveis vertentes de soluções medicinais.
Com a chegada dos novos modelos de comunicação de Internet,
principalmente a que está em grande evidência, até o momento denominada como
5G que está por vir , capaz de entregar muita velocidade de diversos pontos de sua
área de cobertura transmitindo uma sensação de conexão ininterrupta e constante
de alta velocidade (CLARO BRASIL, 2020). Ela vem com a proposta de tornar ainda
mais poderosa qualquer solução de IoT.
Pensando de forma aplicada e levando em consideração tudo aquilo que já
existe na ficção, mas ainda dentro da realidade, é provável que em breve toda essa
tecnologia de nuvem já bem absorvida e difundida, será possível usufruir de todo
esse conforto proporcionado pela tecnologia criando um ambiente confortável em
casa, sem a preocupação de ter um hardware potente ou as complicações de
configurar tudo de maneira a se comunicar em conjunto conforme o IoT propõe.
No entanto, uma preocupação seria a da aquisição realmente de toda a
estrutura ou apenas o serviço que será responsável pelo processamento bruto de
informações que é uma máquina em nuvem do qual é desconhecida sua
localização. Ela trará as informações que serão utilizadas de forma que não se é
notado se o dispositivo está fisicamente ali ou em outro lugar, que com o avanço
das tecnologias de fibra ótica, 4G e 5G estão facilitando e aperfeiçoando a
transmissão de dados e a comunicação entre diferentes dispositivos (CLARO
BRASIL, 2020).
Atualmente, já é de uso comum e doméstico alguns destes dispositivos
eletrônicos com integração a alguma dessas aplicações e soluções de IoT, como
por exemplo robôs aspiradores de pó, geladeiras inteligentes e até mesmo o próprio
controle dos equipamentos domésticos com a integração do IoT (INTELBRAS,
3

2018). É possível até mesmo planejar uma receita para o almoço e/ou jantar, a
geladeira consegue verificar todos os ingredientes armazenados e os que
necessitam até mesmo de um pré-preparo já podem até ser processados no caso
de descongelamento de algum alimento.
Com o sistema de um computador em nuvem, pode-se acessar exatamente
o computador, com os documentos e ferramentas de trabalhos que estarão
armazenados lá de qualquer lugar e qualquer tecnologia em qualquer dispositivo. O
problema de processamento ou capacidade de executar os programas nunca será
um problema já que ele será executado na nuvem e as pessoas farão apenas o uso
ou acesso desse serviço.
Ideias como as citadas, até o momento pareciam fora da realidade, porém,
esta tecnologia já está caminhando aos poucos. Isto se já é realidade e cada vez
mais caminha para que outras tecnologias, surjam para suprir as necessidades das
pessoas e resolver desafios propostos pela humanidade.
Tais demonstrações, mostram o quanto o Cloud Computing tem progredido,
o quanto o IoT tem crescido e feito parte do dia a dia do ser humano, e como ambos
vão trabalhar juntos para trazer novas funcionalidades, serviços e comodidade.
Desta forma, ambas as tecnologias trabalharão juntas e se relacionando com outras
que já estão e que estão por vir no mercado, como por exemplo o 5G, o IA
(Inteligência Artificial), Machine Learn, entre outros.

É possível obter uma visão geral da correlação entre as tecnologias de Cloud


Computing e IoT, apresentando a viabilidade de sua utilização, tanto atualmente,
como no futuro (FWC, 2019).
● Conhecer separadamente as plataformas de Cloud Computing e IoT;
● Apresentar uma compreensão de como ambas as tecnologias se relacionam;
● Conhecer tecnologias que já fazem uso de ambas as ideias, Cloud e IoT e
entender sua importância diante dos dias de hoje;
● Apresentar problemas e soluções que já usam desta plataforma e futuras
propostas que essas plataformas se propõem a solucionar;
● Demonstrar a viabilidade da computação em nuvem, junto com resultados de
avaliações de desempenho indicando situações nas quais a solução já foi
sendo estudada e já foi aplicada.
4

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este trabalho é apresentado e realizado a partir de pesquisas feitas sobre o
seu tema abordado, foram feitas pesquisas através de materiais de estudos prévios
sobre IoT e Cloud Computing, e soluções existentes no mercado junto dos seus
impactos na sociedade atual.
É importante lembrar que o assunto ainda é um assunto novo e muita
informação está em constante atualização e evolução, o que pode levar a parte do
conteúdo deste material a se tornar desatualizado após a sua data de publicação.

2.1 COMPUTAÇÃO EM NUVEM (CLOUD COMPUTING)


Segundo a AWS (Amazon Web Services), a computação em nuvem é a
entrega de recursos de TI (Tecnologia da Informação) sob demanda por meio da
Internet com definição de preço de pagamento conforme o uso. Em vez de comprar,
ter e manter datacenters e servidores físicos, você pode acessar serviços de
tecnologia, como capacidade computacional, armazenamento e bancos de dados,
conforme a necessidade, usando um provedor de nuvem.

O termo Cloud Computing vem a um tempo atraindo a atenção da indústria e


do meio acadêmico em todo o mundo, devido ao seu potencial para alcançar sonhos
de longa data e da sua capacidade de transformar serviços. Isso porque com sua
utilização é possível alcançar desempenho esperado, ter alto disponibilidade, alta
capacidade e tolerância a falhas, escalabilidade infinita, entre outras funções.
(ZHOU, 2010).

O que mais atrai os grandes empresários nesta tecnologia é a facilidade de


instalação de recursos baseados em demandas voltadas ao baixo custo (ZHOU,
2010). Não existe a necessidade de compra de equipamentos e manutenção de
infraestrutura já que estes ficam à disposição do provedor do serviço junto de toda
sua manutenção e garantia de disponibilidade. (BALDISSERA, 2017, P 3).

A nuvem se compõe principalmente de um aglomerado de recursos


computacionais que vão desde processadores, memórias e discos rígidos, para
processamento e armazenamento de dados, até serviços de escalabilidade e
mediação de serviços de forma ampla.

Ela consegue prover um serviço capaz de suprir demanda de infraestrutura


de serviços chamada de PaaS (Platform as a Service), trazendo facilidade em
5

montar um ambiente no qual o consegue criar serviços ou sistemas baseados em


suas necessidades (GIRALDO, 2018). Junto deste, o Cloud Computing apresenta
o IaaS (Infrastructure as a Service), com toda a infraestrutura de uma empresa em
nuvem, a necessidade de um espaço físico para seu próprio datacenter chega a ser
diminuída drasticamente sem a perda de recurso e desempenho, onde o usuário
consegue ter o mesmo hardware necessário para as suas aplicações e atividades
de uma maneira rápida de instalação e implementação de serviços, demandando
de menos manutenção de infraestrutura (EVEO, 2017).

Para aplicações a nuvem apresenta o SaaS (Software as a Service) que


apresenta capacidades de criar ferramentas de desenvolvimento de programação,
com rápida resposta e fácil instalação e disponibilização baseada na necessidade
do usuário. (JULIA BALDISSERA, 2017, PG 5-6).

2.1.1 DADOS PESSOAIS ARMAZENADOS EM NUVEM


Com o grande aumento de informações gerados em computadores pessoais,
notou-se um aumento na preocupação em relação ao armazenamento de dados e
a sua segurança o que se tornaram cada vez mais necessário. Era comum o uso
de Disquetes, CD-ROM, DVD, Pen Drives e HD Externos para o armazenamento
de dados, partes deles ainda são usados até hoje, mas notou-se também que
acabou se tornando inviáveis por também tomar espaço físico, para uma pequena
empresa que constantemente armazena dados, manter registros dos seus dados
em mídias físicas e podem até chegar a ocupar um cômodo de sua organização
com o passar do tempo, ainda mais levando em conta que é importante garantir
constantemente que todos esses dados estão funcionando mesmo depois de um
longo tempo.
Mas o crescimento dos serviços online propôs uma solução, um espaço
online onde os usuários conectados à Internet podem armazenar seus arquivos e
com apenas segundos restaurá-los ou modificá-los.
Assim surge a ideia de armazenamento em nuvem, uma ferramenta que faz
a conexão entre o dispositivo do usuário a um servidor na internet para que possa
ser feito o armazenamento de dados, este servidor está sempre disponível para
acesso.
6

Os serviços também prometem disponibilidade, integridade e segurança dos


dados armazenados. Existem serviços gratuitos que oferecem um espaço pequeno
para armazenamento, através de serviços pagos é oferecido mais espaço e em
alguns casos outros serviços adicionais (STRICKLAND, 2019).

Muitas pessoas ainda acreditam que seus dados estão mais seguros
armazenados em seus dispositivos físicos, computadores, HDs, pen drives e
servidores. Porém nenhum desses equipamentos duram para sempre, eles
possuem prazo de validade, podem sofrer danos, perdas e até furtos. O que faz
necessário um controle periódico de backup, para que as informações estejam
salvas em unidades diferentes e caso ocorra algum problema elas estão ali como
solução.

Uma das vantagens do armazenamento na nuvem é a capacidade de manter


seus arquivos intactos e sincronizados, sem a necessidade de backups manuais.
Mesmo se um dos dispositivos eletrônicos vier a “falecer”, os dados continuam
salvos em uma plataforma de nuvem (ROVEDA, 2018).

De acordo com a Computer World, existem sete princípios de segurança em


uma rede em nuvem (ROVEDA, 2018):

1. Acesso controlado de usuários: Se existem arquivos que possuem grau de


confidencialidade, na nuvem é possível gerenciar seu controle de acesso de
usuários, assim como estabelecer privilégios específicos. Compartilhe seus
arquivos confidenciais com quem você quiser, da forma como quiser, sem medo de
vazar alguma informação.

2. Compliance com regulamentação: Como as fornecedoras de serviço na nuvem


garantem total segurança dos dados armazenados nela, como ela junto do
contratante trabalham com suas obrigações como responsáveis pelo uso do
serviço, integridade e a confidencialidade de seus dados.

3. Localização dos dados armazenados: Quem usa cloud, provavelmente, não sabe
exatamente onde os dados estão armazenados, talvez nem o país onde as
informações estão guardadas. Mas isso não é um problema, pois o fornecedor está
disposto a se comprometer a armazenar e a processar dados em jurisdições
específicas, assumindo um compromisso em contrato de obedecer aos
requerimentos de privacidade que o país de origem da empresa pede.
7

4. Armazenamento seguro: A tecnologia usada hoje possibilita que um mesmo


arquivo seja dividido em várias partes e seja armazenado em diversos servidores
diferentes. Desta forma, mesmo com chances remotas, se um servidor for invadido
por hackers, a informação contida naquele servidor é apenas uma fração do arquivo
e que fica sem significado por não ter a outra parte. É como um quebra cabeça de
100 peças e o hacker consegue acessar apenas uma peça, ou seja, não serve para
nada.

5. Criptografia dos dados: Os arquivos e dados jamais serão vistos por outro usuário
de nuvem, a menos que o dono do arquivo permita. Desta forma todos os dados
trafegados dentro da Nuvem estão sempre protegidos e seu conteúdo não pode ser
listado para outro usuário e em nenhum tipo de captura de arquivo terá seu
conteúdo exposto pois este possui uma criptografia que permite apenas ao seu
dono ter acessa ao seu conteúdo original.

6. Recuperação dos dados: É praticamente impossível um documento um


documento em nuvem ser perdido. Mas mesmo que isso venha acontecer devido a
alguma catástrofe digital, é possível recuperar os dados perdidos. Isso graças ao
backup automático que o fornecedor do serviço possui. Com o conceito de
disponibilidade do dado, é possível que esse mesmo dado esteja disponível em
outro local enquanto está perdido em outro.

7. Viabilidade a longo prazo: Com o armazenamento em nuvem, é garantido a


segurança dos arquivos por tempo indeterminado. Mesmo se a empresa prestadora
do serviço vier a falir, ou ser comprada por outra, lhe é garantido a total
disponibilidade de revogar os seus arquivos e migrá-los para outro fornecedor, a
chamada portabilidade.

2.1.2 CLOUD COMPUTING EM DISPOSITIVOS RESIDENCIAIS


Desde 2011 a computação em nuvem vem ganhando forças e grandes
empresas vem investindo pesado no desenvolvimento de produtos e serviços
utilizando a tecnologia de cloud computing (ZEUCH, 2011). O Google já nos
proporciona a possibilidade de armazenarmos nossos dados em nuvem, acessar
versões de office como um serviço online, sem a necessidade de transferência física
entre equipamentos (Pen drive). Já é possível abrir arquivos em word, excel e
8

powerpoint de forma online e editá-los ao mesmo tempo que outra pessoa enquanto
tudo é salvo e atualizado em nuvem e ao mesmo tempo (GOOGLE, 2020).
Além do Google, existe outros exemplos mais simples como o iCloud da
Apple, que possibilita que o usuário salve e utilize suas informações em nuvem, e,
o sistema SAP de ERP baseado em Saas que fornece soluções customizadas para
integrar diferentes departamentos industriais (ZEUCH, 2011).
O conceito de Cloud Computing em dispositivos domésticos é um pouco mais
difícil de ser apresentado de forma isolada, pois é muito comum encontrarmos
soluções que explorem esse serviço junto da IoT. Isso porque com a tecnologia que
possuímos hoje, é perfeitamente possível centralizar todo um sistema de
automação residencial em nuvem.
Com o sistema centralizado, a empresa que o disponibiliza conseguiria
facilmente atualizá-lo de forma simples e prática. Bastaria uma atualização no
sistema online para que todas as instalações que o utilizam fizessem o upgrade em
tempo real.
Se muitos dos objetos, lâmpadas, sensores, trancas, e temperatura, são
controlados por uma central, inúmeras configurações podem ser programadas
remotamente. Pode ser configurado que as luzes se acendam quando o dono
estiver chegando ou que a janela se abra em um horário específico para acordá-lo
pela manhã.
Executar todas essas tarefas com a tecnologia de automação residencial
(IoT), é uma tarefa cara e complexa. Mas com um sistema de automação residencial
baseado em Cloud Computing, não. Uma vez que a central se tornaria muito mais
simples em questão de hardware e o mesmo sistema seria utilizado por diversas
instalações. Isso faria com que o custo caísse. Até porque poderia ser
disponibilizado como serviço e não como um produto.

2.1.3 ARMAZENAMENTO, SEGURANÇA E ACESSO A DADOS

Com a evolução da tecnologia, a nuvem deixou de fornecer apenas o


armazenamento e passou a oferecer serviços, hospedagens, softwares, streaming
de vídeos e jogos que podem ser utilizados sem a necessidade de baixá-los.

Assim como qualquer outro serviço disponibilizado na web, os conteúdos em


nuvem são armazenados em servidores por todo o mundo, que possuem um
9

conjunto de recursos computacionais virtualizados e ligados em rede como um


único cluster. Os Data Centers armazenam esses servidores de forma global e são
verdadeiras fortalezas, com vários níveis de segurança, tanto física, quanto lógica
(CRUZ, 2018). O Google é um exemplo de empresa a nível mundial que atende
mais de 200 países e oferece conexões rápidas e confiáveis para usuários do
mundo todo. A Figura 1 mostra 70 zonas e mais de 200 países e territórios que
possuem a rede Google. E os números só continuam a crescer.

Figura 1 - 70 zonas e mais de 200 países e territórios.

Fonte: Google Cloud, Janeiro de 2020.


Esses servidores se comunicam com os clientes utilizando portas e
protocolos específicos para cada serviço solicitado, cada serviço com sua porta
específica. Como os conteúdos da nuvem são geralmente mediados para o usuário,
por meio da internet, o protocolo mais utilizado para acessar os dados é o
HTTP/HTTPS (HyperText Transfer Protocol / HyperText Transfer Protocol Security)
(CRUZ, 2018). Com eles o usuário consegue chegar exatamente aos dados ou
serviços necessários.

Para garantir a segurança, os servidores criptografam as comunicações


entre os clientes, além das utilizações de login e senha como “barreira protetora”.
Além disso, toda informação enviada é particionada em vários pedaços para
confundir um possível ataque hacker. Essa divisão não precisa ser
necessariamente dentro do mesmo data center, até porque as informações são
10

duplicadas por questões de segurança, caso ocorra algum problema, os dados


estarão salvos em outro lugar (CRUZ, 2018).

Algumas empresas já voltadas em segurança estão desenvolvendo o


conceito de segurança em nuvem. Este conceito, vem sendo denominado como
SecaaS (Security as a Service), que consiste em um sistema de segurança para
proteger sistemas em nuvem tanto quanto na parte de serviços gerenciados em
nuvem até o sistema local de seus usuários (FURFARO, 2014). Ele atua como um
concentrador de segurança localizado em nuvem no qual as máquinas e serviços
em nuvem respondem diretamente a ele em anomalias. Nesta tecnologia, são
tomadas medidas baseadas em ações pré configuradas, e estas são definidas por
políticas de segurança e acabam por ser definidas baseadas nas necessidades do
usuário (FURFARO, PG 6, 2014).

De acordo com a Dell, por meio da Global Technology Adoption Index (Índice
Global de Adoção de Tecnologia), cerca de 90% das médias empresas brasileiras
já aderiram a tecnologia do Cloud Computing para suprir algum tipo de necessidade
dentro de seus departamentos.

2.1.4 INVESTIMENTOS EM CLOUD COMPUTING


O Cloud Computing é uma tecnologia cuja adoção cresce diariamente em
todo mundo e tem tomado grandes proporções, fazendo com que ela avance como
uma das principais inovações tecnológicas para os próximos anos.
Segundo as estimativas da Gartner, feitas em 2017, indica que o mercado de
Cloud Computing deve alcançar o valor de US$ 411 bilhões em 2020. As estimativas
vêm de diferentes fontes, mas mostram que o investimento em Cloud cresce
rapidamente em todo o mundo, o que por sua vez impacta diretamente no Brasil
(ORTIZ, 2019).

De acordo com o estudo “Desempenho global sobre Computação em nuvem”


realizado pela BSA com 24 países que lideram o mercado de TI (Tecnologia da
Informação) mundial, o Brasil avançou da 22º posição para a 18º posição em 2018.
Com isso é mostrado como o país vem acompanhando a tendência mundial de
crescimento do Cloud Computing e como tem aumentado seu investimento nessa
área. Atualmente o Brasil se encontrar como o segundo maior país da América
Latina, perdendo apenas para a Argentina que está na 17º posição (ORTIZ, 2019).
11

A Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da


Informação e Comunicação) divulgou dados referentes a 2017 que mostraram que
o segmento de nuvem cresceu 51,7% no ano e atingiu uma receita de R$ 4,4
bilhões. Ainda estimam que entre 2018 e 2021 deve-se ter um crescimento de 27%
ao ano, o que fará com que se atinja um nível altíssimo de receita nas áreas de
Infraestrutura como serviço; Software como serviço e Plataforma como serviço da
computação em nuvem (ORTIZ, 2019).

2.2 INTERNET DAS COISAS (INTERNET OF THINGS - IoT)

A IoT, muitas vezes referida como a Internet dos objetos mudará a forma
como os dispositivos são vistos e utilizados. Ela fechará lacunas e trará melhorias
a distribuição de recursos no mundo para as pessoas que mais precisam dela. É
necessário pensar no impacto que a Internet já teve na comunicação, na ciência, na
educação, nos negócios, nos governos e na própria humanidade. Ela é uma das
criações mais importantes e poderosas de toda a história (EVANS, 2011).

Com um trilhão de sensores integrados no ambiente, todos conectados por


sistemas de computação, software e serviços, será possível ouvir a batida
do coração da Terra, impactando a interação humana com o globo de
forma profunda da mesma forma que a Internet revolucionou a
comunicação.
Peter Hartwell - Pesquisador sênior, HP Labs.
Considerando que a IoT representa a próxima evolução da Internet, dando
um grande salto na capacidade de coletar, analisar e distribuir dados que serão
transformados em informação. Agora junte isso com a funcionalidade do cloud e
veja o poder que isso traz às organizações, a própria sociedade.

Antes da abordagem do conceito de IoT, é importante dar uma definição a


esta tecnologia. De acordo com o IBSG (Cisco Internet Business Solutions Group),
a IoT é o momento exato em que foram conectados à Internet mais "coisas ou
objetos" do que pessoas.

Em 2003, havia aproximadamente 6,3 bilhões de pessoas vivendo no planeta


e 500 milhões de dispositivos conectados à Internet (U.S. Census Bureau, 2010).
Ao dividir o número de dispositivos conectados pela população mundial, descobriu-
se que existia menos de um (0,08) dispositivo por pessoa. Com base na definição
do Cisco IBSG, a IoT não existia em 2003, pois o número de itens conectados era
relativamente pequeno considerando que dispositivos ubíquos, como smartphones,
12

estavam sendo apresentados. Por exemplo, Steve Jobs, CEO da Apple, não revelou
o iPhone até 9 de janeiro de 2007 na conferência Macworld (EVANS, 2011).

De acordo com o contador populacional do US Census Bureau, o crescimento


explosivo de smartphones e tablets levou o número de dispositivos conectados à
Internet até 12,5 bilhões em 2010, à medida que a população humana chegou a 6,8
bilhões, tornando o número de dispositivos conectados por pessoa superior a 1
(exatamente 1,84) pela primeira vez na história.

Refinando ainda mais esses números, o Cisco IBSG estima que a IoT
"nasceu" entre 2008 e 2009. Hoje, a IoT está bem encaminhada, à medida que a
grade de aparelhos e os veículos inteligentes continuam a progredir, nos mostrando
que esses números só têm a aumentar (EVANS, 2011, P 2-3). Podemos verificar
essas informações na Figura 2 visa apresentar que a Internet das coisas
supostamente “nasceu” entre 2008 e 2009.

Figura 2 - A Internet das coisas "nasceu" entre 2008 e 2009.

Fonte: Cisco IBSG, abril de 2011


O número de dispositivos por pessoa pode parecer baixo, até porque a
estimativa é feita com base na população mundial, mesmo que uma parte dela ainda
não possua acesso ou não esteja conectada à Internet. Se for reduzida a amostra
da população apenas por pessoas que estejam conectadas a internet, o número de
dispositivos conectados por pessoa aumenta consideravelmente.
13

O conceito abrange a comunicação e o processamento de diversos tipos de


equipamentos, e se constitui de um paradigma tecnológico, no qual objetos físicos
estão conectados na rede e são acessados através da internet, sem restrição de
tempo ou lugar.

Uma “coisa” pode ser um carro com sensores que mostram as informações
de um veículo, uma pessoa hospitalizada utilizando um monitor cardíaco, entre
outros. A IoT possui várias semelhanças de tecnologia e de comunicação com a
Machine-To-Machine 7, usual em produtos industriais, de medição de energia,
água, gás e óleo.

Entretanto, o conceito de IoT vai além da comunicação M2M (Machine-to-


Machine), pois propõe um futuro no qual todos os objetos sejam conectados e
comunicando-se de forma inteligente a todo o momento. Em outras palavras, o
mundo físico com a IoT dá origem a um enorme sistema de informações. No ano de
2003 a Internet das Coisas foi apontada entre as dez tecnologias que poderiam
mudar o mundo (TECHNOLOGY REVIEW, 2003).

Segundo Atzori (2010), a ideia de central de IoT é a presença pervasiva de


várias coisas ou objetos, com endereços únicos (RFID, sensores, celulares), que
podem interagir entre si e cooperar com próximos para atingir objetivos comuns.

Segundo Feki et al (2013), estabeleceram que após da World Wide Web e a


conexão entre celulares, IoT será a próxima tecnologia disruptiva, espera-se que
até 2020 cerca de 100 bilhões de dispositivos estejam conectados na Internet, para
uma população global estimada de 8 bilhões de pessoas segundo a ONU, ou seja
quase 13 vezes a população estimada.

A IoT vem do conceito de combinar o potencial de troca da informação que a


internet disponibiliza, junto da inserção de dispositivos do cotidiano numa maior
parte os eletrodomésticos, acrescentando novas funcionalidades e novas
facilitações do dia-a-dia. Não somente isso, mas, existem também outros casos em
que o IoT consegue trazer soluções para problemas ou tarefas que sempre foram
repetitivas do cotidiano devido à falta de um controle de alguma ferramenta (JULIA
BALDISSERA, 2017, PG 2).
14

2.2.1 SMART HOME

A automação residencial, ou hoje mais conhecidas como Smart Home, pode


ser definida como o uso da tecnologia para automatizar tarefas cotidianas dentro do
ambiente doméstico (INTEGRAHAUS, 2016).

As Smart Home são casas inteligentes conectadas e automatizadas a um


sistema totalmente personalizado de acordo com as necessidades do usuário, onde
ele consegue controlar os eletrodomésticos, temperatura, segurança, iluminação,
som e até mesmo portas e janelas por um dispositivo remoto. (IMPORTSBR, 2019).

Em uma pesquisa realizada pela consultoria GfK, estima que mais de 90%
dos brasileiros já sabem o que é uma casa inteligente e mais da metade (57%)
consideram que a automação residencial terá impacto em suas vidas nos próximos
cinco anos, até mais do que os carros conectados e a computação em nuvem.

Apesar disso, as Smart Home são minoria no Brasil. Segundo o Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 63,3 milhões de residências no País.
Do total, somente 300 mil são equipadas com essas tecnologias, segundo a
Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside). “Ainda é um mercado
incipiente, mas percebemos um claro aumento de interesse”, diz o presidente da
Aureside, José Roberto Muratori, que enxerga um mercado de pelo menos 1,8 mil
casas que poderiam usar automação no Brasil.

Empresas de vários segmentos veem uma oportunidade de negócio e tanto


nas casas conectadas. Já existem construtoras brasileiras especializadas em
construir condomínios de apartamentos inteligentes em São Paulo e no Rio de
Janeiro. “Todos os nossos empreendimentos são automatizados, sem exceção”,
afirma o engenheiro de novas tecnologias da construtora Porte, Josenei Spinelli. A
empresa, que está no mercado há 29 anos, já lançou cinco empreendimentos
conectados desde 2014.

Nos Estados Unidos, diante da grande quantidade de proprietários de


imóveis que não sabiam se sua casa tinham ou não automação, e corretores de
imóveis que não sabiam ao certo o que era isto, a rede de franquias imobiliárias
Coldwell Banker, criou parâmetros para criar uma definição oficial do que afinal seria
uma "Smart Home". Eles definiram que para ser uma casa inteligente, o imóvel
precisa ter um dispositivo que controla remotamente itens da casa mais a conexão
15

de internet. Além disso, a casa precisa ter dois itens das categorias abaixo
(MARKETING IMOB, 2016):

● Eletrodomésticos - exemplo: Geladeiras, refrigeradores e secadoras


inteligentes.
● Entretenimento - exemplo: TVs inteligentes.
● Temperatura - exemplo: sistema de climatização inteligentes.
● Iluminação - exemplo: sistemas de iluminação inteligentes.
● Ar livre - exemplo: sistemas de controle de plantas e irrigação inteligentes.
● Segurança - exemplo: sistemas de controle de fogo, monóxido de carbono,
fechaduras e sistemas de alarmes inteligentes.

De acordo com informações do site Techaeris, quase 70% dos americanos


imaginam que, em cerca de uma década, as smart home serão tão populares
quanto smartphones. Além disso, mais de 80% dos compradores de imóveis dizem
que casas inteligentes estão entre suas preferências para uma possível aquisição.

Hoje já nos deparamos com algumas soluções para transformar casa comuns
em casas inteligentes. Grandes empresas como Google, Apple, Xiaomi e Amazon
já possuem dispositivos capazes de se comunicar com o usuário e atender seus
comandos de voz. Além disso, alguns desses dispositivos conseguem responder
perguntas e acionar outros dispositivos conectados. Como por exemplo, a Alexa da
Amazon. Um dispositivo capaz de fornecer informações sobre o tempo, tocar
músicas, fazer chamadas de vídeos, conversar com o usuário sobre temas diversos
e até controlar outros dispositivos inteligentes como lâmpadas, cafeteiras,
fechaduras e câmeras de segurança apenas por comando de voz (AMAZONBR,
2020).

No entanto, a automação residencial pode ser muito mais simples que isso. É
comum encontrarmos residências que possuem sensores de movimento,
interruptores inteligentes, televisores Smart, câmeras e dispositivos de segurança.
Com esses equipamentos já começamos a ter uma Smart Home.

2.2.2 SEGURANÇA EM IOT

A evolução das tecnologias de redes de sensores sem fio resultou na


inclusão da IoT no cotidiano dos seres humanos. Estudos realizados pela Cisco
16

estimam que em 2021 haverá cerca de 8,3 bilhões de dispositivos pessoais portáteis
conectados à rede mundial de computadores, gerando um tráfego de até 49
exabytes por mês (CISCO, 2016). Este novo modelo de rede conecta os mais
variados dispositivos computacionais à Internet, exigindo redes com flexibilidade
para acomodar um alto nível de escalabilidade e heterogeneidade. Além disso,
esses dispositivos são distribuídos oferecendo diferentes tipos de aplicações em
tempo real (BERA, 2017).

Os principais desafios de segurança para o advento da IoT abrangem


questões de privacidade, autorização, verificação, controle de acesso, configuração
de sistemas, armazenamento de informações e aspectos de gerenciamento
(ALABA, 2017).

Estes problemas muitas vezes comprometem a segurança dos dados


trafegando na rede. Os três principais pilares da segurança da informação
consistem na confidencialidade, integridade e disponibilidade. Uma estrutura de
rede considerada segura deve manter estes pilares consonância com seus
objetivos. Os usuários mal-intencionados (atacantes) realizam análises para
encontrar vulnerabilidades do sistema podendo resultar em vazamento de dados,
acesso não autorizado nos serviços e operações da rede, modificação de dados
(SCOTT, 2016).

• Integridade: Certeza de que uma informação não foi alterada, exceto por
quem tem o direito de realizar estas alterações. A integridade dos dados é a garantia
de que os dados não foram manipulados, estão corretos. No contexto da Blockchain
é a garantia de que os dados que constam nas transações não podem ser
modificados intencionalmente ou por eventos fortuitos, como surtos de energia ou
erros na propagação dos dados. Mecanismos criptográficos de verificação de
integridade são comumente utilizados para sua confirmação.

• Disponibilidade: Garante que os usuários de um determinado sistema


conseguirão utilizá-lo sempre que for necessário. Em outras palavras, os serviços
estarão sempre ativos quando solicitado por um usuário legítimo. Isso requer que
tanto a infraestrutura de comunicação quanto às bases de dados possa ser utilizada.
A Blockchain alcançar estes objetivos ao permitir que os usuários estabeleçam
conexão com vários usuários e ao manter os blocos de maneira descentralizada
com várias cópias dos blocos na rede.
17

• Confidencialidade: É a garantia de que a informação não será obtida por


pessoas não autorizadas. Isto é, apenas aqueles com os direitos e privilégios
necessários serão capazes de acessar a informação, esteja ela armazenada, em
processamento ou em trânsito. Na rede Bitcoin, para garantir este princípio são
utilizados mecanismos de pseudo anonimização do usuário, como uso dos
endereços Bitcoin. Os endereços Bitcoin são resumos criptográficos das chaves
públicas.

A privacidade pode ser definida como o direito que um indivíduo tem em


compartilhar suas informações.

Segundo Steve Grobman, Diretor de Tecnologia de Intel Security “As Smart


homes e os dados associados têm a capacidade de aprimorar o cotidiano dos
consumidores, mas a pesquisa mostra que por mais que as pessoas estejam
dispostas a compartilhar dados por um preço, ainda estão compreensivelmente
preocupadas com as ameaças cibernéticas. A segurança precisa ser essencial para
a Internet das Coisas e quando utilizada corretamente poderá ser uma facilitadora
da IoT” (IMASTERS, 2016).

Os participantes da pesquisa preocupam-se principalmente com possíveis


ameaças de segurança nas smart homes, com 92% expressando preocupação com
a possibilidade de seus dados pessoais serem acessados por cibercriminosos.
Ainda assim, como prova da segurança inovadora, quase o mesmo número de
participantes (89%) disse que optaria por proteger todos os dispositivos inteligentes
por meio de um único pacote de segurança integrado (BRITO, 2016).

Os consumidores mostraram-se menos entusiasmados sobre os métodos de


segurança existentes, como senhas, com 4 em cada 10 participantes prevendo que
as senhas serão insatisfatórias nas smart homes e 3/4 (75%) receosos sobre o
número de senhas necessárias para gerenciar as smart homes. No entanto, a
biometria obteve um bom desempenho como alternativa para acessar as smart
homes. Quando questionados para escolher diversas formas preferenciais de
segurança biométrica, 54% optou por impressão digital, 46% reconhecimento de
voz e 42 % escaneamento de olhos (BRITO, 2016).

As principais soluções para os desafios da IoT estão fundadas em


tecnologias como a computação em nuvem. O principal desafio de uma rede IoT
18

consiste na limitação da capacidade dos recursos computacionais nos dispositivos


de borda (dispositivos finais). A computação em nuvem trata os desafios
relacionados ao Big Data, fornecendo recursos computacionais pela Internet e
seguindo o modelo cliente/servidor. No entanto, o desafio de gerenciar a
escalabilidade permanece. Para tratá-lo, uma tentativa consiste na proposição do
conceito de computação em névoa. Esta abordagem simplifica a disseminação dos
dados e serviços da nuvem, aproximando-os da borda (PRATES, 2018).

2.3 CLOUD COMPUTING PARA AMBIENTES RESIDENCIAIS

Muitas pessoas não sabem, mas usufruem do Cloud diariamente em suas


residências e em seus equipamentos pessoais quando acessam seus e-mails,
redes sociais, streaming e lojas virtuais.

Todos esses serviços ficam disponíveis em nuvem e um indivíduo consegue


acessá-los a qualquer momento e de qualquer lugar. Isso porque todo esse
conteúdo fica armazenado de forma virtual e são acessados remotamente. Um
simples exemplo é quando efetuamos uma compra em uma loja virtual. Os dados
desse sistema comercial estão estabelecidos em nuvem e são solicitados pelos
consumidores que desejam comprá-los. Outro exemplo comum, é quando
utilizamos o Netflix ou outras plataformas similares para assistir filmes, séries ou
documentários online. Esses sistemas permitem que qualquer dispositivo,
independente da sua capacidade, possa ser utilizado para assistir os títulos
disponíveis em seu catálogo.

Em resumo, o Cloud Computing possibilita o uso de diferentes tipos de


serviços pela internet. Além dos já citados acima, um outro exemplo comum é um
sistema que lança uma nova versão, reparando erros, com melhorias e novos
recursos. Ao finalizar, essa nova versão sobe em nuvem e qualquer dispositivo que
a possua consegue baixar e atualizar. Isso serve tanto para aplicativos, softwares e
sistemas operacionais.

Pode-se dizer que dessa forma possui recurso mais flexíveis e que
apresentam uma maior economia aos usuários. Não se pagando por algo físico,
mas por um serviço, algo contratado.
19

3 CORRELAÇÃO ENTRE IoT E CLOUD COMPUTING

Por muito tempo a largura de banda se manteve estável, enquanto o


processamento de dados teve uma evolução rápida e constante (OLIVEIRA, 2018).
Entretanto nos últimos anos, houve aumentos significativos na largura de banda e
o fluxo de dados transmitido pela internet onde houve um aumento no
processamento de dados sem um aumento de gargalo causado na rede. Com base
nesse aumento de largura de banda, de processamento e fluxo de dados, se torna
cada vez mais visível a falta de recursos que possam tirar proveito destes
dispositivos de redes que estão limitados a esses recursos ou que não estão
habilitados a realizar grandes processamentos de big data (ADATO, 2016). É nesse
quesito que a aplicação em nuvem entra para otimizar e melhorar esse processo.
Um exemplo disso é o próprio sistema de IoT que vem sendo utilizado com
aplicação em nuvem enviando boa parte dos dados para processamento,
armazenamento e análise (SPOHN, 2019).

Com o crescimento de dispositivos capazes de se conectar com a Internet, é


notória a necessidade de tornar esse compartilhamento de informações mais rápido
e prático, de maneira segura e eficiente. O conjunto de Cloud Computing e IoT traz
vários equipamentos conectados e sincronizados entre si nessa ideia de tudo em
qualquer lugar e a qualquer momento e o principalmente todos se conversando e
trabalhando juntos (CMM TECNOLOGIA, 2019).

O IoT faz a comunicação entre dispositivos e data centers que se utilizam da


infraestrutura em nuvem para armazenar e gerenciar suas informações e/ou
serviços, deixando a estrutura mais flexível para suportar, processar e analisar as
demandas e requisições feitas pelos usuários.

Pode-se dizer que IoT está para Cloud Computing da mesma forma que o
combustível está para o automóvel. Nessa metáfora simplificadora, a energia
produzida pelo combustível (Cloud Computing) move o carro (IoT). (CCM
TECNOLOGIA, 2019).

Levando em consideração os pontos comuns entre a tecnologia de Cloud


Computing e de IoT, nota-se como os principais pontos a coleta e armazenamento
de dados, a mobilidade de transmitir e trabalhar com esses dados devido aos
20

dispositivos que podem gerir os mesmos, e a segurança que pode ser utilizada no
momento de enviar e receber dados.

Para impulsionar um pouco a forma como a tomada de decisão e a resposta


para qualquer informação trabalhada em nuvem, acaba se usando um pouco do
conceito de Fog Computing, que trata de realizar coleta de dados e processamento
de informação para buscar resultados com eficiência no qual o mesmo é válido para
o tipo de serviço é suportado e como aplicá-la. (COUTINHO, PG 282-284, 2016)

Todos esses elementos inseridos na nova indústria 4.0 torna muitos serviços
mais inteligentes e dinâmicos. Um exemplo do que se pode fazer é o uso de
ferramentas instaladas em grandes maquinarias que estão constantemente
medindo o uso de energia do mesmo e se estão trabalhando de forma efetiva, sem
que haja desperdício de recurso durante qualquer tarefa. Em caso de desperdício
ele consegue registrar todos esses dados em um servidor externo que com uso de
tecnologias como de uma estrutura em SaaS de uma plataforma em nuvem, ele
consegue fazer uma projeção de custo baseado no uso desse recurso e então voltar
com uma solução para maximizar o uso dos seus recursos sem diminuir o seu
rendimento aumentando a diminuir qualquer desperdício. (EQUIPE IPSENSE,
2018)

Com a IoT cada vez mais difundida, está tornando-se importante integrá-la
com a computação em nuvem devido a quantidade de dados que serão gerados, a
exigência para utilização de recursos virtuais, a capacidade de armazenamento, e
também, para tornar possível criar mais utilidades a partir dos dados gerados pela
utilização da IoT e desenvolver aplicações inteligentes para os usuários
(BALDISSERA, 2017).

É nítida a complementaridade das duas tecnologias, e esta é a principal razão


pela qual muitos pesquisadores têm apostado nessa integração. Podemos verificar
essas informações na Tabela 1 onde é analisado e comparado os recursos de Cloud
com IoT.
21

Tabela 1: Recurso Cloud x IoT.

Fonte: Julia Baldissera, Julho de 2017.


Segundo Baldissera, a Nuvem oferece uma solução eficaz e barata para se
conectar, controlar e gerenciar qualquer coisa de qualquer lugar a qualquer
momento usando portais personalizados e aplicativos embutidos.

Uma vez dentro da nuvem, os dados podem ser tratados de forma


homogênea por meio de APIs bem definidas, podem ser protegidos através da
aplicação de segurança de nível superior, e pode ser acessado diretamente e
visualizado a partir de qualquer lugar (MORAES, 2016).

Os dispositivos IoT não permitem um complexo processamento de dados por


si só, o que o torna limitado. Com a integração a nuvem, é fornecido capacidades
de processamento virtual ilimitadas e um modelo de uso on-demand. Além da
capacidade de processamento temos facilidade de uso, custo reduzido,
escalabilidade, interoperabilidade, flexibilidade, confiabilidade, eficiência,
disponibilidade e segurança. De acordo com todos as literaturas pesquisadas, o
Cloud Computing está sendo vista como complementar ao cenário da internet das
coisas, ou seja, acredita-se que a nuvem preencha algumas deficiências dela
(BALDISSERA, 2017).

3.1 PLATAFORMA DE NUVEM IoT

No mercado global de hoje existem diversas plataformas de nuvem IoT para


atender aos requisitos de diferentes grupos de usuários, empresas e aplicativos
(RAY, 2016). A falta de conhecimento dessas plataformas limita os mesmos na
escolha da nuvem específica a ser utilizada quando estão em fase de
22

desenvolvimento de qualquer produto ou solução que utilize e/ou utilizará


tecnologias ativas para IoT.

As plataformas de nuvem IoT reúnem recursos de dispositivos de IoT com


Cloud Computing e são entregues como um serviço peer to peer (Ponta a ponta).
Eles também são conhecidos como Cloud Service IoT Plataform (PADMANABHAN,
2019). Nesta era em que bilhões de dispositivos estão conectados à Internet, vemos
um potencial cada vez maior de explorar grandes volumes de dados adquiridos por
esses dispositivos e processá-los com eficiência por meio de vários aplicativos.

Os dispositivos de IoT são dispositivos com vários sensores conectados a


nuvem, geralmente via gateways (PADMANABHAN, 2019). Atualmente, existem
várias plataformas de nuvem IoT no mercado, fornecidas por diferentes provedores
de serviços que hospedam aplicativos variados. Segundo Arvind Padmanabhan,
eles também podem ser estendidos a serviços que usam algoritmos avançados de
aprendizado de máquina para análise preditiva, especialmente na prevenção de
desastres e na recuperação de planejamento usando dados dispositivos de borda.

As plataformas em nuvem permitem que os dispositivos trabalhem de forma


inteligente entre si e de forma segura, com outros aplicativos e dispositivos
conectados à nuvem. A Microsoft tem o Office 365 totalmente em nuvem
atualmente, parte da aplicação é instalada na máquina local para em um eventual
problema de conexão algum trabalho puder ser continuado, na maior parte do tempo
todos os dados trabalhados podem ser armazenados em nuvem, atualizados
constantemente por um ou mais usuários ao mesmo tempo em diversos dispositivos
e plataformas diferentes que o suportam. A Microsoft ainda possui o canal de
comunicação entre o Office 365 e os seus usuários criptografados, desta forma se
tornam-se os dados seguros durante o seu uso.

Uma plataforma de nuvem IoT pode ser construída sobre nuvens genéricas,
como as da Microsoft, Amazon, Google ou IBM. Operadoras de rede como AT&T,
Vodafone e Verizon podem oferecer suas próprias plataformas de IoT, com maior
foco na conectividade de rede. As plataformas podem ser verticalmente integradas
para setores específicos, como petróleo e gás, logística e transporte etc.
Fabricantes de dispositivos como Samsung (ARTIK Cloud) também estão
oferecendo suas próprias plataformas de nuvem IoT.
23

Na maioria dos casos, os recursos típicos incluem conectividade e


gerenciamento de rede, gerenciamento de dispositivos, aquisição de dados, análise
e visualização de processamento, ativação de aplicativos, integração e
armazenamento.

Analisando as plataformas que já suportam totalmente e oferecem


ferramentas para esses conceitos, observa-se que a nuvem para a IoT pode ser
empregada de três maneiras: IaaS, PaaS ou SaaS. Exemplos de PaaS incluem o
Predix da GE, o Sentience da Honeywell, o MindSphere da Siemens, Cumulocity,
IoT da Bosch e Carriots. Os desenvolvedores podem implantar, configurar e
controlar seus aplicativos no PaaS. O prefixo é construído sobre o Microsoft Azure
em PaaS. Da mesma forma, o MindSphere é construído sobre o SAP Cloud em
PaaS. O Catalisador de máquinas industriais da Siemens na nuvem é um exemplo
de SaaS, um aplicativo pronto para uso com manutenção mínima
(PADMANABHAN, 2019).
24

4 PROPOSTA DE SOLUÇÕES, EXPERIÊNCIAS E APERFEIÇOAMENTO


DE SERVIÇOS

Essa é uma abordagem trabalhada na indústria 4.0, onde é analisado os


problemas dentro de uma empresa e levantado quais as novas tendências
tecnológicas no mercado que possam de alguma forma suprir essas falhas e/ou
necessidades. Isso ocorre com o intuito de usá-las para aperfeiçoar ou até mesmo
modificar tarefas e processos dentro da empresa. Trazendo soluções de baixo
custo, porém eficazes a longo prazo (TELES, 2017). Usar destas soluções
empresariais e expandir para o mercado doméstico como soluções de serviços
atendido em comum entre ambos mercados.

Para o comércio é de extrema importância o desenvolvimento de ferramentas


e soluções que facilitem ou automatizam algum serviço, para uma empresa um
sistema automatizado provê soluções mais rápidas, menos erros causados por
fatores humanos e facilitação no controle de gerencia de recursos (CHALIMOV ,
2020).

Um exemplo de sistema de vendas integradas de produtos de um mercado


com uso de Cloud e IoT é o que está sendo projetado e desenvolvido pela Amazon
chamado de Amazon Go Grocery que utiliza um sistema de cloud desenvolvida por
ela mesma chamada de Amazon Go. A ideia do Amazon Go Grocery é criar um
sistema de vendas automatizado onde o cliente assim que entra em uma loja, junto
de um aplicativo da Amazon, registra sua entrada com o aplicativo e então pode
comprar de forma rápida os produtos do mercado apenas aproximando o seu
dispositivo ao produto desejado para que o mesmo seja registrado no seu carrinho
virtual dentro do aplicativo. Se o mesmo deseja remover ele pode acessar o
aplicativo e remover ou encostar novamente por um tempo até que o mesmo seja
removido. Para finalizar a compra basta o usuário ir até o caixa, validar com o
vendedor as informações do seu carrinho registrada em seu aplicativo e escolher a
forma de pagamento, ou até mesmo realizar o pagamento de forma virtual pelo
celular (AMAZON, 2016).

Outro desafio de Cloud junto de IoT é olhar para essa tecnologia, entender a
necessidade de uma empresa, e depois de aplicado, expandir e trazer essa
tecnologia para o mercado doméstico. Vender essa solução para uma pessoa e não
25

para uma empresa, cobrindo as suas necessidades como indivíduo (CHALIMOV,


2020).

Olhando para o consumidor como indivíduo, muitas empresas têm procurado


trazer de alguma maneira essas soluções para dentro de suas casas, e aos poucos
tem se criado um novo conceito chamado de Smart Home, no qual busca criar
soluções de automatização, também criando facilidade ao acesso ou uso de
equipamentos domésticos ou melhorar o conforto durante o uso dos mesmos.
Temos como uma grande pioneira uma empresa chamada Nest, que desenvolve
soluções de IoT domésticas como, sensores de temperatura que se ajustam
automaticamente conforme o gosto do usuário usando um processo de machine
learning, câmeras e sensores ligados em sistemas em nuvem. Todo esse aparato
usando uma tecnologia similar à desenvolvida pelo Google no qual dá suporte ao
seu aplicativo Google Home (NEST, 2019).

A empresa Nike preocupada com a saúde de seus clientes, sendo a maior


parte deles grandes atletas que possam vir a sofrer algum acidente enquanto pratica
esportes, não só atletas, mas pessoas que praticam atividades saudáveis e
esportivas de todos os tipos de natureza. A fim de evitar problemas de saúde com
seus usuários ela tem trabalhado junto de empresas como a Philips, Verizon e
Qualcomm, para desenvolver um dispositivo chamado Nike Fuelband, o mesmo e
como um relógio de pulso que se conecta ao seu smartphone e a partir desse
momento, ele passa a monitorar a suas batidas cardíacas enquanto estiver em uso
do usuário, junto do fluxo de oxigênio e respiração, tudo através de sensores que
juntos ao pulso do usuário conseguem fazer esse monitoramento (COUTINHO,
2013).

Esse equipamento usado junto de um aplicativo de celular permite que o


usuário consulte diretamente essas informações enquanto ele monta um relatório
que fica armazenado em nuvem, e desse relatório e mais algumas informações
inseridas pelo usuário como peso e altura, ele consegue trazer algumas
informações como estado de saúde do usuário e até mesmo sugerir exercícios e
alimentação saudável (COUTINHO, 2013).

Além disso com o constante monitoramento da vitalidade do usuário, ele se


se mantém conectado a todo instante a internet junto do smartphone do usuário.
Isso possibilita que em casos de emergência em que e percebido uma falta de
26

pulsação ou até mesmo qualquer outro problema cardíaco, o aparelho junto de seu
aplicativo dispare um chamado de SOS para a emergência com a sua localização
e informações adicionais para que o hospital responsável pelo tratamento do
usuário já tenha informações sobre a saúde do mesmo. O que facilita e agiliza em
busca de uma solução medical para o paciente (JAIN, 2015).

Embora este não seja mais produzido, pela Nike pois o produto acabou sendo
desenvolvido por concorrentes com funções exatamente iguais ou melhores. Esse
foi um dos inícios de um projeto voltado para a saúde de usuários que praticam
atividades esportivas.
27

5 PESQUISA REALIZADA

O método de pesquisa utilizado é exploratório, o que permite mostrar diversos


pontos do tema abordado que tem sido desenvolvido levando em conta o pouco
conhecimento comum, e análise de documentos.

A pesquisa foi feita na forma de um formulário e realizada no período de


06/06/2020 à 15/06/2020. Foi disponibilizada nas mídias sociais como Facebook e
WhatsApp para os usuários realizarem o preenchimento. Para pesquisa foram
elaboradas 16 questões, sendo compostas de sua maioria por múltipla escolha e
duas dissertativas. Será abordado e comentado perguntas específicas desta
pesquisa, porém ela se encontrará na íntegra no anexo deste trabalho.

Os dados foram abordados de forma qualitativa a fim buscar uma maneira


de se abordar a junção de dois temas que formam um único tópico, como abordado
por Eduardo Magrani em A Internet das Coisas escrito em 2018, que acabam por
fazer com que ambos temas sejam um a junção do outro é um requisito para que
ambos andem, e sejam desenvolvidos juntos.

A partir de uma amostra com 125 pessoas de faixas etárias distintas (Entre
16 a 55 anos), foi constatado que a maioria das pessoas possuem conhecimento
do que são as tecnologias apresentadas neste trabalho, tanto do conceito de Cloud
Computing, quanto do conceito de IoT.

Dessa amostra 80% das pessoas fazem o uso do armazenamento em nuvem,


porém quando se trata dos dispositivos IoT existe uma certa dúvida do que são e
se realmente são utilizados. Na Figura 3 se encontra um gráfico extraído dessa
pesquisa mostrando que sim, a maioria das pessoas sabem o que são e fazem uso,
porém existem pessoas ainda que ficam em dúvida sobre o que são, se realmente
possuem, ou até mesmo que possuem e não utilizam.
28

Figura 3 - Dispositivos IoT em residências.

Fonte: Autonomia própria.


Quando questionadas se possuem determinados dispositivos, como
computador, notebook, celular, smart TV ou videogame, praticamente todas
apontaram que sim. Isso mostra que as pessoas têm acesso a internet das coisas,
porém não sabem que simples dispositivos fazem o papel de um IoT e que você
não precisa ter um aspirador de pó automatizado para dizer que possui e faz uso
dessa tecnologia. Na Figura 4 é possível identificar esses dados, na pergunta em
questão os indivíduos foram questionados se possuem um dos dispositivos abaixo.

Figura 4 - Tipos de dispositivos IoT em residências.

Fonte: Autonomia própria.


Pensando nos quesitos de problematização, foi questionado aos
participantes se eles achavam que seus dados estavam seguros ou não
armazenados em nuvem. A seguir, é apresentado um gráfico que mostra que
grande parte das pessoas acreditam sim que seus dados estão seguros em nuvem,
29

porém existe também uma grande parcela dessas pessoas que não acreditam que
seus dados estejam seguros, mas que fazem a utilização mesmo assim. Dessa
forma, é possível ver que a segurança ainda é vista como um possível “Calcanhar
de Aquiles” do Cloud Computing, mas que não impede que alguns usuários se
arrisquem. É possível verificar esta afirmação no gráfico na Figura 5 onde os
usuários foram questionados se acreditavam que os dados salvos em nuvem estão
seguros.

Figura 5 - Segurança dos dados salvos em nuvem.

Fonte: Autonomia própria.


Além disso foi verificado que por mais que as pessoas não acreditem que a
nuvem seja segura, 56% dos indivíduos que responderam à pesquisa fazem a
utilização de outros serviços que utilizam tal tecnologia. A Figura 6 apresenta um
gráfico que mostra esses resultados.

Figura 6 - Utilização de outros serviços, recursos ou sistemas em nuvem.

Fonte: Autonomia própria.


30

Ainda pensando no quesito de problematização, foi questionado aos


participantes se o uso constante dessas tecnologias pode trazer algum prejuízo aos
seres humanos no futuro e 42,4% dessa amostra disse que sim, e posteriormente,
em outra pergunta, foram questionadas do porquê, de quais seriam esses prejuízos.
A maioria dos indivíduos responderam que a automatização traria dependência e
que a falta de necessidade de execução de algumas tarefas pelo ser humano, as
deixariam sedentárias. Esse sedentarismo consequentemente traria problemas à
saúde como obesidade, tirando os movimentos e exercícios que seriam feitos em
situações manuais e físicas. Além da saúde física, foi destacado a saúde mental,
das pessoas criarem uma falta de interesse em aprender e se desenvolver criando
a falta de busca do conhecimento por não precisarem pensar em determinadas
situações em que um computador poderia pensar por ela.

Outro ponto que muitos comentaram foi o da substituição das pessoas pelas
máquinas, que por mais que elas facilitam a vida cotidiana, entende-se que nas
empresas o trabalho feito por humanos pode conter falhas, existem outros
problemas também relacionados como leis trabalhistas e até mesmo preocupação
com a saúde de seus empregados, a substituição da mão de obra humana pela a
de máquinas automatizadas também traria um lucro para as empresas pois não há
a necessidade de pagar por salários e impostos de seus funcionários.

Todos esses pontos de problematização mostram que a automação e


integração de ambas as tecnologias devem e podem ser implementadas de forma
saudável pela população. Que sim, alguns trabalhos podem ser extintos, mas
surgirão novos que irão demandar conhecimento e mão de obra qualificada, e que
terá uma melhor renda salarial.
31

6 CONCLUSÃO

Com a realização deste trabalho, foi possível compreender a importância do


conhecimento sobre Cloud Computing e o IoT, pois tais tecnologias se mostram
cada vez mais presente já no dia a dia das pessoas.

A forma como este trabalho apresenta tais assuntos busca trazer uma nova
visão do que a humanidade irá viver no futuro, além de também abrir as portas para
a possibilidades de novas ideias. É possível olhar para a lâmpada da sala e ela ter
um sensor de luz externo e então enviar a energia suficiente para manter a
iluminação da sua sala sempre da mesma forma, adequando para o dia ou noite.
Ideias como essa que não existem e podem parecer impossíveis, mas com o poder
do Cloud Computing e outras tecnologias, tais ideias podem ser inventadas.

Outro objetivo do trabalho foi apresentar os conceitos que mostram como


ambas as tecnologias funcionam juntas, e reforçar que estão cada vez mais se
tornando um só, à medida em que as necessidades de desenvolver soluções
inteligentes para o dia-a-dia as tornam cada vez mais um único conceito.

E por fim, como sugestões para trabalhos futuros referentes a temas


relacionados, propõe-se apresentar ideias e soluções que já existem no dia a dia
para começar a tornar ainda mais familiar este conceito e perceber que ele já está
presente no cotidiano das pessoas. E assim, apresentar uma ideia de onde essas
tecnologias estão situadas e a melhor maneira possível de usufruí-las.
32

REFERÊNCIAS

ADATO, Leon. Capacidade de rede e largura de banda na era da IoT. [S. l.], 11
fev. 2016. Disponível em: https://computerworld.com.br/2016/02/11/capacidade-
de-rede-e-largura-de-banda-na-era-da-iot/. Acesso em: 13 set. 2019.

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37

ANEXOS
ANEXO A – USO DO CLOUD COMPUTING E IOT NO COTIDIANO
38
39

Fonte: Autonomia própria.


40

RESPOSTAS OBTIDAS
41
42
43
44
45
46
47

Fonte: Autonomia própria.

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