Unidade 03 - Poluição Ambiental
Unidade 03 - Poluição Ambiental
Unidade 03 - Poluição Ambiental
AMBIENTAL
POLUIÇÃO AMBIENTAL
Fernando Pasini
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Olá!
Você está na unidade Poluição Ambiental. Conheça aqui os conceitos básicos que envolvem a poluição
ambiental e as técnicas e instrumentos legais que buscam fazer o controle da poluição e dos impactos
ambientais. Descubra a importância dos estudos de impacto ambiental e como eles devem ser feitos de forma
Bons estudos!
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1. Introdução à poluição ambiental
Você já percebeu a inter-relação que os sistemas ambientais possuem?
O meio ambiente pode ser dividido de diversas formas e uma das mais comuns é o solo, a água, o ar e os
organismos vivos. No entanto, quando se trata de poluição ambiental, o meio é dinâmico e a poluição que incide
sobre um ponto que, em pouco tempo, pode afetar também outros locais.
Como o solo é a interface entre todos os componentes, se ele sofrer com poluição e um composto volátil, por
exemplo, logo a qualidade do ar também será afetada. O mesmo acontece com o curso hídrico: sempre que um
poluente persistente o alcançar, outro sistema ambiental com características totalmente diferentes também
acabará afetado.
Assim, toda a ação para que um evento de poluição não ocorra ou já tenha acontecido deve estar baseada em leis
e normas legais que tratam especificamente da prevenção e da remediação da poluição. As principais são:
Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) n° 237/1997, que trata do licenciamento
ambiental;
Resolução do Conama nº 420/2009, que trata da poluição do solo e gerenciamento de áreas contaminadas;
Resolução do Conama nº 357/2005 e Resolução do Conama nº 430/2011, que tratam da qualidade da água e
lançamento de efluentes;
Resolução do Conama nº 149/2018, que dispõem sobre os padrões de qualidade do ar, dentre outras com
Um meio ambiente saudável e equilibrado é direito do cidadão brasileiro. Essa temática está escrita de forma
expressa no art. 225 da Constituição Federal de 1988, fazendo referência ao direito que os cidadãos brasileiros
possuem de estar e viver em um ambiente sadio e que lhes promova a qualidade de vida. Para isso, todos os
Mas para que essa previsão se torne possível, o país lança mão de alguns meios governamentais de regulação da
poluição e dos impactos causados pelas atividades humanas, que são estudados mais adiante.
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2. Controle da poluição
Segundo o art. 3º, inciso III da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), poluição é definida como a
degradação ambiental resultante de atividades que de forma direta ou indireta prejudique a saúde, a
sanitárias do meio ambiente ou que lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
É, portanto, uma transgressão aos limites estabelecidos por lei. Assim, como forma de realizar um controle mais
efetivo que eventos que possam causar poluição, a PNMA propõe alguns instrumentos de gestão, que estão
II - o zoneamento ambiental;
Ela também institui o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão consuntivo e deliberativo do
Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Neste sentido, pertencem ao Sisnama todos os órgãos que tratam
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2.1 Princípios do direito ambiental
Os princípios de direito ambiental que norteiam as ações que dizem respeito à temática ambiental servem para
expressar o compromisso que todos devem ter com os cuidados ao meio ambiente. Segundo Silva (2016), são
eles:
Princípio ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental da pessoa humana;
Princípio do poluidor-pagador;
Princípio da prevenção;
Princípio da precaução;
Princípio do usuário-pagador;
Princípio do limite;
É por meio de tais princípios que todos podem ter consciência da sua responsabilidade compartilhada, dos seus
direitos e deveres, das sanções que serão aplicadas quando houver transgressão da lei e da importância que a
ação governamental possui na hora de garantir a segurança ambiental, a sanidade do meio e a saúde pública.
Porém, nem sempre os devidos cuidados são tomados, o que acaba resultando em um crime ambiental. A ação
humana é responsável, hoje, por interferir nos principais meios de manutenção da vida – o ar, a água e o solo -,
Então, para dar diretrizes a casos assim foi instituída a Lei nº 9.605/1998, a chamada Lei de Crimes Ambientais,
que trata das transgressões à lei, das multas e das formas de se recuperar o dano causado.
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2.2 Controle da qualidade do ar
A qualidade do ar depende de diversos fatores, como, por exemplo, o volume e a carga poluidora das emissões
locais e regionais, a localização geográfica do ponto de interesse e a dinâmica atmosférica a que está submetido
tal local.
Caso a dinâmica atmosférica e a geografia local não sejam favoráveis à dispersão de poluentes, o ponto torna-se
um local de fragilidade necessitando que a gestão pública crie diretrizes mais restritivas às emissões, pois um
volume menor de poluentes pode causar um grande problema local. No entanto, quando se trata de um ponto
onde há boa dispersão de poluentes há possibilidade da gestão pública manter a vazão indicada na instância
É importante lembrar que um poluente atmosférico não precisa necessariamente ser um gás, o material
particulado, a fuligem, fumaça e diversas partículas em suspensão também são caracterizados como poluentes. A
lei que trata nacionalmente da poluição atmosférica é a CONAMA 491 de 2018, ela indica parâmetros para os
seguintes poluentes:
material particulado;
dióxido de enxofre;
dióxido de nitrogênio;
ozônio;
monóxido de carbono;
chumbo.
Há algumas formas de classificar os poluentes atmosféricos, que podem ser divididos em naturais e antrópicos, e
primários e secundários.
atmosféricos. É o caso, por exemplo, de vulcões em erupção, queimadas naturais, tempestades de areia, pólen e a
Os poluentes antrópicos, por sua vez, são aqueles provocados em decorrência das atividades do ser humano,
como a queima incompleta de combustíveis e a produção industrial com combustão ou que possui gases
Já os poluentes primários são emitidos direto da fonte, seja ela móvel (veículos) ou fixa (chaminé), como é o
caso do dióxido de enxofre, o dióxido de nitrogénio e o monóxido de carbono. Por fim, os poluentes secundários
são aqueles formados na atmosfera em decorrência de reações químicas entre poluentes. Um exemplo é o ozônio
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que surge a partir da reação entre compostos que estão na atmosfera e o auxílio de um catalizador natural, a
A poluição do ar é um problema tão sério que o Brasil possui uma resolução que trata de forma específica sobre
o seu controle: a Resolução nº 5/1989 do Conama. Essa normativa cria o Programa Nacional de Controle de
Qualidade do Ar (Pronar) e separa as áreas urbanas em classes para que, em cada uma, haja um padrão de
concentração de gases específico. Uma área verde de preservação, por exemplo, é classificada como de Classe I e
fica sujeita a padrões primários mais restritivos. Já um centro urbano pode ser enquadrado como de Classe II ou
#PraCegoVer: A imagem mostra as chaminés de algumas fábricas lançando fumaça e provocando a poluição do
ar.
Como forma de realizar um controle efetivo da poluição atmosférica, Dersídio (2012) cita alguns tópicos que
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Nestes casos, é preciso utilizar a tecnologia adequada para cada processo industrial, de forma a manter a
produção e provocar um lançamento mínimo de efluentes gasosos. Em geral, quando veem uma chaminé
lançando gases ao longo, as pessoas costumam pensar que se trata de poluição, mas, na verdade, o processo pode
envolver a geração e o tratamento prévio desses gases. Afinal, atualmente há processos e equipamentos no
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2.3 Controle da qualidade da água
ciclos naturais que a água realiza a expõe a uma quantidade muito grande poluentes, mas também favorecem a
inorgânicas ali presentes. Assim, Pozza e Santos (2015) afirmam que as características da água podem ser
divididas em:
•
Características químicas
alcalinidade, Demanda Bioquímica de Oxigênio, Demanda Química de Oxigênio (DQO), dureza, metais,
radioatividade e salinidade;
•
Características biológicas
algas e coliformes;
•
Características físicas
Definidos os parâmetros básicos para diferenciar as águas é possível enquadrá-las de acordo com suas
características, definir padrões de potabilidade e apontar a concentração e as características ideias para que um
efluente deva ter para que possa ser lançado no corpo hídrico que se deseja.
Quanto à qualidade das águas superficiais utilizadas para o abastecimento público, a Portaria nº 2.914/2011, do
Ministério da Saúde, é quem, nacionalmente, estabelece parâmetros para o consumo humano. E as resoluções do
Conama nº 357/2005 e 430;2011 é que tratam da classificação dos cursos d’água e indica diretrizes para o
enquadramento, ainda ela estabelece parâmetros e condições para o lançamento de efluentes. Sempre
Para que seja possível reduzir a carga poluidora dos efluentes líquidos é importante que eles passem por um
sistema de tratamento. A imagem a seguir mostra uma planta de tratamento de efluentes domésticos em
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Figura 2 - Vista aérea de uma estação de tratamento de efluentes domésticos
Fonte: Kekyalyaynen, Shutterstock (2020).
#PraCegoVer: A imagem mostra uma fotografia aérea dos detalhes de uma planta de tratamento de efluentes
Nacionalmente, a Agência Nacional de Águas (ANA) é o órgão regulador dos recursos hídricos. Criado pela lei nº
9.984/2000, o orgão atua diretamente em assuntos que tratam de regulação, monitoramento, aplicação da lei e
planejamento dos recursos hídricos e trabalha para exigir o cumprimento dos objetivos e diretrizes da Política
Como forma de realizar o controle, planejamento e a gestão dos recursos hídricos, a ANA, todos os anos, lança a
Conjuntura Anual dos Recursos Hídricos, um material de divulgação sobre a situação das águas no país, no ano
em que a conjuntura se refere. Além desse, o órgão também produz uma série de publicações diversas baseadas
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Integração e coordenação das atividades entre os órgãos públicos;
Embora o país conte com legislações, normas técnicas e/ou pesquisas que buscam melhorar os cuidados com a
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2.4 Controle da qualidade do solo
Ao contrário do que se pensa, o solo não é um meio inerte. Pelo contrário: ele é extremamente dinâmico e abriga
A preservação da qualidade do solo, assim como a dos outros compartimentos do sistema terrestre (hidrosfera e
atmosfera), é de extrema importância para a manutenção da vida no planeta. As principais funções do solo são
I - servir como meio básico para a sustentação da vida e de habitat para pessoas, animais, plantas e
III - servir como meio para a produção de alimentos e outros bens primários de consumo;
IV - agir como filtro natural, tampão e meio de adsorção, degradação e transformação de substâncias
químicas e organismos;
VIII - servir como meio básico para a ocupação territorial, práticas recreacionais e propiciar outros
O solo, por ser interface entre hidrosfera e atmosfera, pode atuar como um meio de transferência ou de retenção
de poluentes para os corpos hídricos superficiais ou subterrâneos, e esse potencial vai depender de algumas
características do solo, como a permeabilidade e a afinidade eletroquímica que ele terá com alguns poluentes
Portanto, é fundamental se sejam realizar estudos que tratem da capacidade de retenção de poluentes do solo,
de forma que quando ocorra um evento localizado de contaminação, como por exemplo um acidente com uma
carga de combustíveis, os técnicos que realização a recuperação da área, sejam rápidos e efetivos na aplicação de
Para Dersídio (2012), quando há a finalidade de controlar a poluição do solo, é imprescindível que se tenha uma
postura preventiva baseada na escolha de técnicas adequadas, na aplicação correta e na escolha de locais
adequados para as atividades desejadas. Para isso, o autor, considera necessário atentar-se a:
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O uso do solo de forma a verificar quais atividades são bem aceitas no solo e quais as plantas são
um local íngreme, uma encosta ou um vale requerem cuidados muito mais restritivos no
A topografia
uso e ocupação do que áreas de campo.
cada solo possui características que são resultantes do processo de formação que o
deve ser atentado à vegetação endêmica que vive ali, as leis que regem a proteção da
flora como o Código florestal, Amazônia Legal e lei da mata atlântica. Os quais
A vegetação
estabelecem usos prioritários em algumas áreas e proíbem outros não condizentes com
as características locais.
A Áreas que costumeiramente sobre com alagamento e inundações naturais não devem ser
possibilidade utilizadas para moradia, devem receber um uso social, como áreas de contenção de
de ocorrência cheias. No meio rural devem ser drenados em épocas de cheias e dependendo do caso a
A contaminação dos aquíferos é uma problemática que precisa ser enfatizada, por ele
estar “escondido” por vezes esquecemos de dar a devida atenção. As águas subterrâneas
A s
são fundamentais para a país e precisar que sejam aplicados meios de prevenção da
características
poluição. Requerer um laudo geológico da área que se deseja utilizar por parte do órgão
do subsolo
ambiental é um meio de conhecer a geologia e o subsolo local e assim definir
possibilidades de uso.
proximidade interliga de forma rápida locais distantes portanto é fundam tal cuidados parar que não
de cursos d’ haja contaminações em cursos d’água. Além disso os cursos d’água possuem interligação
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Como forma de regar o uso e ocupação do solo, o Estatuto das Cidades, Lei nº 10.257/2001 obriga os gestores
municipais a separarem as áreas industriais, comerciais e residenciais dentro do ambiente urbano, de forma que
2.5 Monitoramento
A forma mais eficiente de determinar a sanidade de um sistema ambiental e potencial de degradação de uma
informações necessárias para planejar e executar um programa efetivo focado no gerenciamento ambiental
No entanto, para que consiga expressar a realidade vivenciada, o monitoramento deve oferecer um programa de
amostragem, que seja capaz de apontar a frequência com que acontece, um cronograma, a metodologia de coleta,
a forma de preservação de uma amostra e o número de repetições. Além disso, deve envolver ainda um processo
de aprofundamento no conhecimento do meio a ser avaliado, dos parâmetros medidos e também do entorno e
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3. Impactos ambientais
Toda intervenção no meio natural causa um impacto ambiental, que deve ser mensurado quanto ao potencial
lesivo dos diversos componentes e elementos locais e/ou regionais afetados. Isso permite identificar tudo aquilo
Um impacto não precisa ser necessariamente antrópico. Na prática, tsunamis, furações, vulcões e até fortes
chuvas também possuem força para causar impactos. A diferença é que eles não podem ser controlados,
enquanto os antrópicos sim, uma vez que são frutos de ações que podem ser planejadas e executadas de forma
minimamente lesiva.
Portanto, é necessário que as atividades de maior potencial poluidor estejam de acordo com as normativas
nacionais que regulam o uso e ocupação do meio ambiente e também, sejam periodicamente avaliadas e ao fim
Os impactos ambientais podem assumir várias faces e podem ser bons ou ruins à população, à economia e ao
Assista aí
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/aed2d21545b98c02bac463937f9fc081
• Impacto direto
É o impacto causado diretamente, possui uma causa definida, é um efeito a uma perturbação. Esse tipo
•
Impacto indireto
Não se relacionam prontamente a uma ação, mas sim, mas sim ocorrem em virtude dela, como uma
cadeia de impactos.
•
Impacto local
•
Impacto regional
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É um efeito de maiores proporções, afetando uma área definida que por vezes acaba criando diversos
impactos secundários.
•
Impacto estratégico
Ocorre quando é realizada alguma intervenção em que propositalmente o impacto ocorra, geralmente
ele possui importância coletiva e costuma ser realizada para o benefício da população.
•
Impacto imediato
•
Impacto a médio e longo prazo
•
Impacto temporário
Ocorre quando o efeito permanece por um tempo determinado, depois o sistema ambiental volta a fluir
normalmente.
•
Impacto permanente
Não param de manifestar efeitos em um horizonte temporal conhecido, após a execução da ação.
Além disso, ainda podem ser listados como impactos antrópicos no solo, água e ar:
a chuva ácida;
A imagem a seguir retrata um exemplo dos impactos produzidos pelo descarte incorreto dos resíduos sólidos,
que acabam chegando aos rios e desregulando todo o sistema ambiental aquático.
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Figura 3 - Poluição urbana
Fonte: Strahil Dimitrov, Shutterstock (2020).
#PraCegoVer: A imagem mostra um rio tomado por resíduos sólidos que foram descartados de forma incorreta,
Para evitar que ocorram tais impactos, a PNMA institui como um de seus instrumentos o licenciamento
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4. Estudo de impacto ambiental
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) ocorrerá por meio de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e de um
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). A Resolução do Conama 237/1997 explicita, no art. 3º, que, em alguns
A AIA é regulamentada pela Resolução do Conama 1/1986, cujo art. 6º define o conteúdo mínimo que deve ter
um EIA:
Assista aí
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/c332a40d33b58e41b755878305fdfc1e
Diagnóstico ambiental
deverá abordar a área de influência do projeto, analise dos recursos ambiental e interações, além de apresentar a
identifica a previsão de magnitude dos prováveis impactos, distinguindo os positivos, negativos, diretos,
indiretos, de curto, médio e longo, o grau de reversibilidade, as propriedades cumulativas, o ônus e os benefícios
sociais envolvidos.
define estratégias, cronogramas e medidas mitigatórias para amenizar os impactos negativos que serão
inevitáveis de acontecer.
cria um programa permanente de monitoramento dos impactos positivos e negativos que ocorrerão, nesse
Nesse contexto das exigências legais, é fundamental que o estudo cumpra com sua função, de forma a
representar o mais fiel possível o que ocorre diante da implantação do projeto. Isso deve ocorrer para prevenir a
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população de impactos inesperados e para culpabilizar o empreendedor de danos causados sem o devido
conhecimento do órgão ambiental e sem que sejam tomadas as devidas medidas de controle, minimização e
mitigação.
Além do EIA/RIMA, o órgão ambiental pode solicitar também outros documentos para complementar as
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5. Licenciamento ambiental
O licenciamento ambiental é abordado no art. 9, inciso 4, da PNMA, que o trata como um de seus instrumentos.
Assim, para aplica-lo, a Resolução do Conama nº 237/1997 parametriza e cria diretrizes para esse procedimento
administrativo.
Assista aí
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/c64c9270a8047e2983bdcff0a3e29559
acordo com a obra ou atividade que se deseja o órgão ambiental irá direcionar as obrigatoriedades que devem
haver no material a ser apresentado pra análise dos técnicos responsáveis pelo licenciamento. Se emitida essa
ao órgão ambiental todos os estudos solicitados referentes ao planejamento, execução e projeto civil que a obra
ou atividade requeira. Emitida a LI, então o empreendedor poderá iniciar as obras de instalação.
Licença de operação
É a última licença a ser emitida antes de iniciar o funcionamento da atividade. Para que seja protocolado seu
pedido o empreendimento já deve ter passado pela LP e LI, e ainda ter concluído as obras de instalação
validade da licença. Somente depois de aprovadas as três licenças é que o empreendedor pode iniciar as
atividades produtivas. Em algumas situações, no entanto, as licenças emitidas podem ser revogadas caso sejam
empreendedor novamente deverá dar entrada no órgão ambiental com um pedido de renovação de licença.
Renovação de licença de operação (RLO)
É o momento em que o órgão ambiental irá reavaliar as condicionantes do processo, verificar os monitoramento e
relatório emitidos no período da vigência da LO, e se estiverem de acordo ira expedir uma RLO, permitindo mais
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Fique de olho
Além das licenças tradicionais ainda existem outros tipos, que variam de acordo com o porte,
potencial poluir, caráter temporário ou que visam regularizar obras já em funcionamento (que,
por desconhecimento do proprietário, não passaram pelo processo tradicional de
licenciamento ambiental. As principais são:
- Licença de regularização de operação: visa regularizar empreendimentos que estavam
operando sem licença ambiental.
- Autorização ambiental: é emitida para empreendimentos de caráter temporário e curto
espaço de tempo, sem necessidade de instalação permanente.
- Licença ambiental simplificada: é emitida para obras de pequeno porte e com baixo
potencial poluidor.
sustentável e a soberania ambiental nacional, de forma a compatibilizar as atividades com as áreas e os anseios
da população. Isso promove um desenvolvimento capaz de controlar as agressões ao meio ambiente e promover
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer a dinâmica ambiental, e compreender que ela deve ser considerada ao avaliar um evento de
poluição;
• refletir sobre os impactos que ocorrem no solo, na água e no ar em decorrência das atividades humanas
e conhecer os seus meios de controle;
• entender melhor a importância do monitoramento ambiental como forma de identificar os eventos de
poluição que ocorrem em um sistema ambiental;
• conhecer o estudo da avaliação de impacto ambiental;
• conhecer de forma detalhada o procedimento administrativo de licenciamento ambiental.
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Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2019: informe anual.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.
_____. Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990. Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei nº
6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de
Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da
_____. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
_____. Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e
altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de
_____. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.
_____. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no
_____. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n. 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de
controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Disponível
de 2020.
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_____MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Resolução n. 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e
2020.
_____. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade
do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de
áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Disponível em: <
_____. Resolução nº 491, de 19 de novembro de 2018. Dispõe sobre padrões de qualidade do ar. Disponível em: <
_____. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes,
básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Brasília, DF: MMA, CONAMA, 01 jan. 1986. Disponível em: <
DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.
GOTTI, I. A. E.; SOUZA, A. C. O. Gestão ambiental. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
POZZA, S. A.; SANTOS, C. G. P. Monitoramento e caracterização ambiental. São Carlos: EdUFSCar, 2015.
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