Gás Butano

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

COORDENADORIA DE PÓS GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA MECANICA

Experiencia de Joule

Relatório de Pós Graduação de


Engenharia Mecanica apresentado como
requisito parcial para obtenção de
aprovação na disciplina Escoamento
Compressíveis

Prof.ª Dr. Rogério Ramos

Autor : Felipe Raniere Reis Ferreira

Aracaju, SE
9 de setembro de 2021
Sumário:

1- Experimento de Joule

2- Limitações do Experimento de Joule

3- Avaliação das características das propriedades do Gás


Butano, analisando como um gás ideal e o gás real:

4- Conclusão

5- Bibliografia
1. Experimento de Joules:

No experimento de Joule é feito através da troca de gases em um sistema


adiabático, onde não ocorre a troca de calor com o meio externo. Nesse
sistema a dois bulbos , sendo o A que contem um gás e o B é onde obtém o
vácuo, além disto contém o termômetro para aferir a temperatura do sistema. O
procedimento de abertura de válvula só ocorre quando inicialmente obtém um
equilíbrio térmico, onde o gás vai do ponta A para o ponto B, o qual expande e
a pressão diminui.

Figura 1 - Esquemático do Experimento de Joule

Na conclusão do experimento, Joule verificou que não ocorreu a troca de


calor com o ar, com isto não realizou trabalho e não ocorreu variação de
energia interna do gás. Isso ocorre devido que não obtém uma resistência
para que gere uma força e assim consequentemente um trabalho.
2. As Limitações do Experimento de Joule :

Durante os seu experimento a principal limitação que joule sofreu para gás
perfeito foi os instrumentos utilizados durante o processo. Pois na época, o
desenvolvimento de tecnologias para obtenção de dados mais precisos
ainda estava em processo de evolução, no caso Joule usava termômetros
longos, com várias escalas e espessuras pequenas para que a sua dilatação
volumétrica seja mais fácil de analisar, porém para esta época são os mais
precisos, porém para aos dias atuais não obtém a mesma precisão e com
isto Joule teve que realiza aproximações e correções no termômetro para
diminuir o erro no processo de medição.
3. Avaliação das características das propriedades do Gás
Butano, analisando como um gás ideal e o gás real:

Neste presente relatório segue a análise do gás butano com o gráfico de


volume específico por temperatura, analisando os dados do gás butano real
e comparando com o gás butano ideal. Sendo que durante a análise
variamos a temperatura crítica e a pressão critica com intuito de averiguar
ao erro ao longo da comparação dos gases. Objetivo final deste estudo é
realizar é verificar quando assumimos um gás ideal pode se comportar
como um gás real.

3.1 - Dados do gás butano:

• Temperatura crítica: 425,2 K


• Pressão Crítica: 3,8 MPA
• Constante R: 133,9 J/(kg.K)
• Massa Molar: 58,12 kg/kmol
• Fator de Compressibilidade: 0,274
3.2 – Software utilizado:

O software utilizado para o processo de encontrar o fator de compressibilidade do gás


butano foi o FlowSolv 5.3. Cujo neste software determinei o gás butano puro, por meio
disto determinei as pressões e temperaturas, sendo a pressão foi analisada em KPA
(kilopascal) e a temperatura em Kelvin. Esses dados são vistos nas tabelas de
comparação do volume específico do gás ideal com o gás real.

Figura 1 – Flow Solve V5.3


3.3 – Resultados do Gás Butano:

Analisamos o gás butano de acordo com a variação de pressão e temperatura, obtemos o


volume específico e com isto estudamos o seu comportamento devido a estas alterações.
Neste gás investigamos como ocorre o procedimento de gás ideal e também como gás
ideal, por meio de tabelas que mostram as suas comparações. Sendo que no
comportamento de um gás ideal o fator de compressibilidade Z não é utilizado e no gás
ideal ele é utilizado.

Para estudar o gás butano na forma ideal utilizamos a :

Nesta formula , aplicamos as variações de uma pressão crítica e uma temperatura crítica
do gás butano para retirar dados teóricos e realizarmos comparações e confirmações dos
dados. Nas tabelas foi analisado as pressões 5Pc,3Pc,Pc, 0,5pc e 0,25pc e suas faixas de
temperaturas foram de entre 242,97 K a 744,1 K.

Gás Ideal

5Pc 3Pc Pc 0,5Pc 0,25Pc


T (K) v (kg/m³) v (kg/m³) v (kg/m³) v (kg/m³) v (kg/m³)
242,97 0,000596 0,00298 0,0089 0,0179 0,0358

336,13 0,000825 0,00412 0,0124 0,0247 0,0495

340,16 0,000835 0,00417 0,0125 0,0250 0,0501

354,33 0,000870 0,00435 0,0130 0,0261 0,0522

386,55 0,000949 0,00474 0,0142 0,0285 0,0569

425,2 0,001044 0,00522 0,0157 0,0313 0,0626

467,72 0,001148 0,00574 0,0172 0,0344 0,0689

510,24 0,001252 0,00626 0,0188 0,0376 0,0751

531,50 0,001305 0,00652 0,0196 0,0391 0,0783

537,88 0,001320 0,00660 0,0198 0,0396 0,0792

744,10 0,001826 0,00913 0,0274 0,0548 0,1096

Tabela 1 – Análise do Cálculo do Volume específico do Gás Ideal


Gás Real

5Pc 3Pc Pc 0,5Pc 0,25Pc


T (K) v (kg/m³) v (kg/m³) v (kg/m³) v (kg/m³) v (kg/m³)
242,97 0,000596 0,00100 0,00895 0,0179 0,0358

336,13 0,000343 0,00195 0,00002 0,0133 0,0377

340,16 0,000379 0,00209 0,00137 0,0120 0,0388

354,33 0,000477 0,00209 0,00437 0,0114 0,0425

386,55 0,000392 0,00210 0,00618 0,0198 0,0496

425,2 0,001706 0,00246 0,00786 0,0254 0,0571

467,72 0,001854 0,00283 0,01255 0,0302 0,0647

510,24 0,001981 0,00382 0,01928 0,0343 0,0719

531,50 0,002042 0,00438 0,01955 0,0362 0,0754

537,88 0,002061 0,00455 0,02034 0,0368 0,0764

744,10 0,00272 0,00885 0,02811 0,0542 0,1089

Tabela 2 – Análise do Cálculo do Volume específico do Gás Real


P=Pc V real V ideal
T(K) kg/m³ kg/m³ Z erro
242,97 0,00895 0,0089 1 99,99 %

336,13 0,00002 0,0124 0,0017 99,89 %

340,16 0,00137 0,0125 0,1096 87,88%

354,33 0,00437 0,0130 0,3351 66,49%

386,55 0,00618 0,0142 0,4341 56,59%

425,2 0,00786 0,0157 0,5021 49,79%

467,72 0,01255 0,0172 0,7291 27,09%

510,24 0,01928 0,0188 1,0262 2,62%

531,50 0,01955 0,0196 0,9989 0,11%

537,88 0,02034 0,0198 1,0272 2,72%

744,10 0,02811 0,0274 1,0262 2,62%

Tabela 3 – Comparação do gás butano ideal x real (P=Pc)


P=3Pc V real V ideal
T(K) kg/m³ kg/m³ Z erro
242,97 0,00100 0,00298 1 66,56%

336,13 0,00195 0,00412 0,0017 52,73%

340,16 0,00209 0,00417 0,1096 49,86%

354,33 0,00209 0,00435 0,3351 52,01%

386,55 0,00210 0,00474 0,4341 55,70%

425,2 0,00246 0,00522 0,5021 52,83%

467,72 0,00283 0,00574 0,7291 50,65%

510,24 0,00382 0,00626 1,0262 39,01%

531,50 0,00438 0,00652 0,9989 32,86%

537,88 0,00455 0,00660 1,0272 31,13%

744,10 0,00885 0,00913 1,0262 3,10%

Tabela 4 – Comparação do gás butano ideal x real (P=3Pc)


P=5Pc V real V ideal
T(K) kg/m³ kg/m³ Z erro
242,97 0,00060 0,00060 1 _

336,13 0,00034 0,00082 0,416 140 %

340,16 0,00038 0,00083 120,2%


0,454

354,33 0,00048 0,00087 0,548 82,24%

386,55 0,00039 0,00095 0,4133 141,9%

425,2 0,00171 0,00104 1,6343 38,8%

467,72 0,00185 0,00115 1,6147 38,1%

510,24 0,00198 0,00125 1,5816 36,7%

531,50 0,00204 0,00130 1,5657 36,1%

537,88 0,00206 0,00132 36,4%


1,5611

744,10 0,00272 0,00183 1,4895 33,1 %

Tabela 5 – Comparação do gás butano ideal x real (P=5Pc)


P=0,5Pc V real V ideal
T(K) kg/m³ kg/m³ Z erro
242,97 0,0179 0,0179 1 _

336,13 0,0247 0,0133 0,5378 46%

340,16 0,0250 0,0120 0,4786 52%

354,33 0,0261 0,0114 0,4369 56%

386,55 0,0285 0,0198 0,6965 30%

425,2 0,0313 0,0254 0,8102 19%

467,72 0,0344 0,0302 0,8783 12%

510,24 0,0376 0,0343 0,9121 8,8%

531,50 0,0391 0,0362 0,9259 7,4%

537,88 0,0396 0,0368 0,9296 7%

744,10 0,0548 0,0542 0,9896 1%

Tabela 6 – Comparação do gás butano ideal x real (P=0,5Pc)


P=0,25Pc V real V ideal
T(K) kg/m³ kg/m³ Z erro
242,97 0,0358 0,0358 1 _

336,13 0,0377 0,0495 0,0017 23,88%

340,16 0,0388 0,0501 0,1096 22,50%

354,33 0,0425 0,0522 0,3351 18,57%

386,55 0,0496 0,0569 0,4341 12,85%

425,2 0,0571 0,0626 0,5021 8,83%

467,72 0,0647 0,0689 0,7291 6,09%

510,24 0,0719 0,0751 1,0262 4,34%

531,50 0,0754 0,0783 0,9989 3,68%

537,88 0,0764 0,0792 1,0272 3,50%

744,10 0,1089 0,1096 1,0262 0,64%

Tabela 7 – Comparação do gás butano ideal x real (P=0,25Pc)


4. Conclusão:

Compreendendo o fenômeno do gás butano neste experimento é perceptível que quanto


menor for a pressão a margem de erro entre o gás real e ideal é basicamente nula, além
disto a energia interna de um gás com uma temperatura e em função dela é
independente do volume da pressão. Visto que quando analisamos pressões no caso a
5Pc é visível que a margem de erro é maior devido a maiores pressões e menor
temperaturas, quando vemos pressões a 0,25 Pc o que ocorre é menos erros em baixas
pressões com menor temperatura. Quando comparamos de acordo com o experimento
de Joule, percebe-se que quanto maior for a redução das pressões, menores ocorrem as
mudanças de temperatura e com isso podemos realizar a aplicação das equações de
gases ideais com gases reais.
5. Bibliografia:

Yunus A. Çengel; Michael A. Boles. Termodinâmica, Mcgraw-Hill, 5ª Edição, 2006


Borgnakke; SonnTag. Fundamentos da Termodinâmica, BLUCHER, 7 ª Edição,2009
Referência Bibliográfica :

[1]http://pt.scribd.com/doc/61233290/14/RESISTOR-DE-FILME-DE-CARBONO-DE-
CARVAO < > 6 de abril de 2013
[2]http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/1268 < > 6 de abril de 2013

[3] http://www.gta.ufrj.br/grad/01_1/contador555/ldr.htm < > 6 de abril de 2013

[4] http://ohmic.com.br/produtos_reostato_saiba-mais.htm < > 6 de abril de 2013

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