Apostila Agronegócio Módulo I
Apostila Agronegócio Módulo I
Apostila Agronegócio Módulo I
O conceito do agronegócio
cio .....................................................
............................................................
.........................03
Brazil x produção de alime
alimentos..........................................................................04
..........................................................................04
Tendências do agronegócio no Brasil..............................................................06
..............................................................06
Empresa rural....................................................................................................07
....................................................................................................07
Agricultura familiar no Br
Brasil.............................................................................08
.........................................08
Agronegócio por região....................................................................................10
....................................................................................10
Principais atividades do agronegócio brasile
brasileiro................................................14
................................................14
Diversificação
iversificação na propriedade rrural...................................................................29
...................................................................29
Agroindústria......................................................................................................31
......................................................................................................31
Agregar valor no agronegóc
agronegócio..........................................................................38
.......................................................................38
Turismo rural......................................................................................................40
......................................................................................................40
Sucessão familiar no agronegóc
agronegócio...................................................................52
......................................52
Comercialização de produtos agrícolas............................................................5
las............................................................55
Oferta e demanda no agronegóc
agronegócio....................................................................59
....................................................................59
Insumos agrícolas para o agronegóc
agronegócio.............................................................61
.......................................61
Compra conjunta de insu
umos......................................................................
............................................................................63
Cooperativas agropecuár
agropecuárias..............................................................................6
.............................................64
Inovação no agronegócio
o..................................................................................69
..................................................................................69
5 dicas para inovar a empresa rrural...............................................................
..................................................................70
Agricultura 4.0....................................................................................................7
....................................................................................................7
....................................................................................................73
O cenário tecnológico no agronegóc
agronegócio..............................................................7
..............................................................77
Aplicativos úteis para o agr
agronegócio.................................................................
.................................................................79
Plataformas e Serviços Web.............................................................................93
2
O CONCEITO DO AGRONEGÓCIO
Entende-sese por agronegócio, a totalid
totalida-
de das operações de produção e distrdistri-
buição de suprimentos agrícolas, das
operações de produção nas unidades
agrícolas,
grícolas, do armazenamento, do pr pro-
cessamento e da distribuição. Ainda d de-
vemos
mos adicionar a este conjunto, os
serviços financeiros, de transporte,
marketing,
ting, seguros, bolsas de mercad
mercado-
rias, etc…Todas estas operações são
elos de cadeias, que se tornaram cada
vez mais complexos.
Como podemos ver na medida que a agricultura está se modernizando, o pr pro-
duto agrícola tem passado a agregar mais e mais serv
serviços,
iços, que estão fora da
fazenda.
O conceito de agronegócio engloba:
• Fornecedores de bens e serviços para agricultura;
• Produtos rurais;
• Processadores;
• Transformadores e distribuidores;
• Todos envolvidos na geração e no fluxo dos produtos de origem agrícola até
chegarem ao produto final.
Além de:
• Agentes que afetam e coordenam o fluxo de produtos (como o governo, os
mercados, as entidades comerciais,
financeiras e de serviço).
Agronegócio – Importância
O agronegócio é o maior negócio da
economia brasileira
rasileira e também da e-
conomia mundial.
PIB do ano passado: 3,1 trilhões de
reais,
s, sendo 26,3% aproximadamente
450 bilhões no agronegócio (70,5%
na agricultura e 29,5% na pecuária). O agronegócio é o maior exportador do
3
Brasilil e também o maior gerador de empregos aproximadamente 37% de todos
empregos do País. Responde por mais de 40% das exportações totais brasilei-
ras, sendo superavitário sistematicamente.
O Brasil é o País com maior potencial em todo o mundo, para aumentar as ex-
portações de produtos do agagronegócio,
ronegócio, em especial, os ligados aos alimentos
(in natura e processados) e energéticos, como o álcool e biodisel.
5
Ameaças
6
A inovação é muito importante para a conquista de novos me
mercados.
rcados. Ao inovar,
tornamos o processo produtivo mais eficiente, pensamos em novas formas de
atender o cliente, oferecendo produtos e serviços melhores.
Tendências em agronegócios
EMPRESA RURAL
Segundo o Estatuto da Terra, é o e em-
preendimento de pessoa física ou jurídjurídi-
ca, pública ou privada, que explore ec eco-
nômica e racionalmente imóvel rural,
dentro de condição de rendimento ec eco-
nômico da região em que se situe e que
explore área mínima agricultável do i-
móvel segundo padrões fixados, pública
e previamente, pelo Poder Executivo.
Para esse fim, equiparam
equiparam-se
se às áreas cultivadas, as pastagens, as matas natu-
nat
rais
is e artificiais e as áreas ocupadas com benfeitorias. NotaNota-se
se que empreen-
empree
dimento é atividade dirigida à explor
exploração
ção econômica e racional do prédio rústi-
rú
co, isto é, a exploração extrativa, agragrí-
cola,
la, pecuária ou agroindustrial. Ad Ade-
mais, a exploração organiza
organizada por pes-
soa física
sica ou jurídica com fins agrícolas,
pecuários
cuários ou agroindustriais constitui o
conteúdo da atividade da empresa rrural.
No que se refere à forma da empr empresa,
ela pode ser propriedade de um pa particu-
lar ou de uma sociedade, ou seja, o
empresário será uma pessoa física ou
jurídica que organiza e põe em atividade os fatores da produção agrícola, pe-
cuária etc. Distinguem-se se entre si a empr
empresasa individual e a coletiva. Na primei-
prime
7
ra, o empresário assume toda a responsab
responsabilidade
lidade e risco do empreendimento
rural,
ural, comprometendo todo o seu patrimônio. Por sua vez, na coletiva, a re res-
ponsabilidade e os riscos do empreendimento d dividem-se
se entre os associados.
O imóvel rural, objeto do empreendimento, pode ser ou não propriedade da
pessoa física ou jurídica. Por fi
fim,
m, a empresa agrária pode organizar-se
organizar para a
exploração econômica e racional de imóvel rural de outrem, mediante qualquer
das formas de contrato agrário existentes no Est
Estatuto da Terra.
AGRICULTURA FAMILIAR NO BR
BRASIL
Segundo a Constituição brasileira, m mate-
rializada na Lei nº 11.326 de julho de
2006, considera-se agricultor famili-
ar aquele que desenvolve atividades
econômicas no meio rural e que atende
alguns requisitos básicos, tais como:
não possuir propriedade rural maior que
4 módulos fiscais*; utiliza
utilizar predominan-
temente mão de obra da própria família
nas atividades econômicas de propri proprie-
dade; e possuir a maior parte da renda familiar proveniente das atividades a-
gropecuárias desenvolvidas no estabel
estabelecimento rural.
No ano de 2006, o IBGE realizou o Censo Agropecuário Brasileiro. Nele, verifi-
verif
cou-sese a força e a importância da agricultura familiar para a produção de ali-
al
mentos no país.
Aproximadamente 84,4% dos estab estabe-
lecimentos agropecuários do país são
da agricultura familiar. Em termos a ab-
solutos, são 4,36 milhões
ilhões de estabel
estabele-
cimentos agropecuários. Entretanto, a
área ocupada pela agricultura familiar
era de apenas 80,25 milhões de hect hecta-
res, o que corresponde a 24,3% da á-
rea total ocupada por estabelecime
estabelecimen-
tos rurais.
Isso revela uma concentração fundiária e umumaa distribuição desigual de terras
no Brasil. Se realizarmos uma média do tamanho das propriedades familiares e
não familiares, teríamos, respectivamente, 18,37 e 309,18 de hectares. Ou sse-
ja, é um abismo muito grande entre minifúndio e latifúndio.
Outro dadoo interessante é que dos 80,25 milhões de hectares de área da agr
agri-
cultura familiar, 45,0% destinavam
destinavam-se
se às pastagens; 28,0% eram compostos de
matas, florestas ou sistemas agro
agroflorestais;
florestais; e 22% de lavouras. Segundo o IB-
I
8
GE, a agricultura familiar era responsável por grande parte da produção de al
ali-
mentos no país, conforme a tabela abaixo.
9
AGRONEGÓCIO POR REGIÃO
10
No Rio Grande do Sul, sobretudo, é impo impor-
tante a participação do chamado agronegó-
cio familiar,
ar, derivado sobretudo do modelo
de colonização
ção ali verific
verificado, com expressi-
va representatividade
vidade no PIB agr agrícola da-
quele estado. Outro fator importante é que
este modelo proporciona um elevado grau
de fixação
xação do homem no campo, bem como
a interação entre os pequenos prodprodutores.
O estado do Rio Grande do Sul, Segundo IBGE está em quarto lugar, na parti-
cipação do valor da produção, com participação de 7,4%, totalizando R$ 2,5 bi-
lhões.
Região Sudeste
Agricultura no Sudeste do Brasil
Em 1995 o Sudeste (composto pelos est esta-
dos de Minas Gerais, São Paulo, Rio de
Janeiro
neiro e Espírito Santo), er
era responsável
pela
la maior participação no montante do a-
gronegócio
negócio do país, mas em tendência de
quedada face a expansão das fronteiras a-
grícolas
colas e à instalação de indústrias no
nou-
12
Região Norte
Agricultura no Norte do Brasil
A região Norte (composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins) tem
como principal característica a prese
presen-
ça do bioma amazônico, em que a fl flo-
resta tropical é marcante (e, por sua
presença
ça em parte do estado do Mar
Mara-
nhão, este é incluído nas ações de g go-
verno nesta
ta região). O grande desafio
da região é aliar a rentabilidade e pr
pro-
dutividade
de com a preservação da fl flo-
resta.
A região já foi responsável, p
por
or um breve período, pela produção do mais im-
i
portante produto de exportação brasileiro, no final do século XIX e começo do
XX, durante o chamado Ciclo da bo bor-
racha, em que o extrativismo da sse-
ringueira
ra gerou o avanço das fronte
frontei-
ras nacionais (conquista do A
Acre), até
o contrabando
bando da árvore pela Ingl
Ingla-
terra e sua aclimatação em países a-
siáticos.
É a segunda maior produtora naci
nacio-
nal de banana, respondendo por 26%
do total.
tal. Também é a segunda na produção de mandioca (com 25,9% do total),
ficando atrás somente d
doo Nordeste. Na produção de frutas ocupa a penúltima
posição, responde por 6,1% da produção nacional, à frente apenas da região
Centro-Oeste.
Região Centro-Oeste
Agricultura no Centro-Oeste
Oeste do Brasil
A Região Centro-Oeste
Oeste é composta
pelos estados de Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e o Distrito FedFede-
ral, onde está situada a capital do país,
Brasília. Há cerca de trinta anos a reg
regi-
ão era quase desconhecida em seu p po-
tencial econômico. O principal bioma é
o cerrado, cuja exploração foi possível
13
graças às pesquisas para adaptação de novos cultivares de vegetais como o
algodão, girassol, cevada, trigo, etc. - permitindo que, viesse a se tornar a res-
re
ponsável pela produção de 46% da ssoja, ja, milho, arroz e feijão produzidos no pa-
p
ís.
Essa é a região onde a front
fronteira
eira agrícola brasileira teve maior expansão. Em as
três últimas décadas do século XX sua agricultura teve um crescimento de ce cer-
ca de 1,5 milhão de toneladas de grãos por safra, saltando de uma produção
de 4,2 milhões para 49,3 milhões de toneladas, um crescimento
scimento superior a mil
e cem por cento.
A área cultivada na região, que compr
compre-
ende os estados de Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal
Segundo a Companhia Nacional de Aba Abas-
tecimento (Conab), a região produzirá
90,6 milhões de toneladasdas de grãos, de
um total de 213 milhões de toneladas prpro-
jetadas para a safra 2016/2017. A soja e o
milho são as principais culturas do Centro
Centro-
Oeste. Entre os estados, Mato Grosso aparece como maior produtor, com a cco-
lheita estimada
da em 52,7 milhões de ttoneladas. Dentre os principais fatores que
levaram a esse crescimento conta
conta-se
se a abertura de estradas, que facilitou o
escoamento da produção.
14
Algodão
Dos anos 1960, quando teve início a
mecanização agrícola do país, até o
começo
meço do século XXI, a área pla
plan-
tada com algodão decresceu, os pr
pre-
ços caíram,
ram, mas a produção aume
aumen-
tou substancialmente.
A partir da década de 1990 o pólo
produtor deslocou-se
se das regiões Sul
e Sudeste para a Centro
Centro-Oeste e
Oeste da Bahia. A produção deixou
de atender apenas à demanda inte
interna, e passou-se
se a exportar o produto, des-
de
de 2001
Com o ingresso do Brasil no mercado exportador de algodão, logo surgiu o
embate com os Estados Unidos, que com os subsídios e taxações às import
importa-
ções do produto, mantinham o preço do produto artificialmente baixo no me
mer-
cado internacional.
Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores
mundiais, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão. Ocupa o
primeiro lugar em produtividade em sequeiro.
O Brasil tem figurado também entre os maiores exportadores mundiais. O cce-
nário interno é promissor, pois estamos entre os maiores consumidores mundi-
mund
ais de algodão em pluma.
A Associação Brasileira do Produtores de Algodão (Abrapa) projetou aumento
de 20,3% com a fibra no Brasil em 2017/2018, para 1,125 milhão de hectares.
A produtividade média foi estimada em 1.615 quilos por hectare. A Abrapa pre-
pr
vê produção de 1,817
,817 milhão de toneladas de algodão no país em 2017/2018.
O aumento da área plantada é resultado de um retorno á normalidade do clima
em estados que vinham de vários anos de seca e também o aquecimento do
mercado,
cado, cujos preços, estão em torno de R$ 2,41/libra
2,41/libra-peso
peso (R$ 5,35 Kg) no
mercado interno U$S 0,69 /libra
/libra-peso
peso (U$S 1,50/Kg) para exportação.
Arroz
De exportador do grão o Brasil passou, na década de 1980, a importar o prod
produ-
to em pequenas quantidades para a atender
tender à demanda interna. Na década se-
s
guinte tornou-se
se um dos principais importadores, atingindo no período de 1997
1997-
1998 a dois milhões de toneladas, equivalentes a 10% da demanda. Uruguai e
Argentina são os principais fornecedores do cereal para o país.
15
A produção de arroz compete intensamente
com a da soja, principalmente no Centro Centro-
Oeste brasileiro. Nas últimas safras, a co con-
sistente demanda internaci
internacional e os preços
atrativos da soja atuaram como var variáveis i-
nibidoras na expansão são da orizicultura. Dif
Dife-
rentemente
temente do mercado de soja, o arroz
possui mais de 90% de sua demanda co con-
centrada dentro do próprio país, sendo o mercado iinternacional
ternacional de menor rele-
rel
vância na formação dos preços internos, se compar comparado
do com a soja e o milho,
importantes
tantes commodities comercia
comercializadas
lizadas pelo Brasil. Porém, apesar de ter
menor importância, o fluxo comercial internacional tem sido, nos últimos anos
fundamental
mental no equilíbrio da oferta e demanda brasileira de arroz. Como e-
xemplo, pode-se se citar a safra 2015/16, que registrou uma forte redução produti-
produt
va no estado
tado do Rio Grande do Sul em razão de problemas cl climáticos.
máticos. A safra
em questão tão contabilizou um montante de 1,4 milhões de ton toneeladas de arroz
(base casca) abaixo da média do setor. Em face a este cenário e ao Real val valo-
rizado ao longo de 2016, as importações apresentaram um cre cresscimento anual
de 135,91%, contabilizando 1,2 milhões de toneladas de arroz (base casca),
produto
duto principalmente advindo dos parceiros do Mercosul. Na contramão, as
exportações
portações retraíram 34,39% e registraram um vo volume
lume de 893,7 mil toneladas.
Café
O cultivo iniciou-se
se no Brasil em 1727 e já em 1731 o país exportava o produto.
Sua evolução como item do comércio exterior brasileiro atingiu o ápice em
1929, quando representava 70% de tudo que o país exportava. Maior produtor
e exportador de café e segundo maior consumidor do produto no mundo, o
produto, no Brasil, figura entre os dez principais setores exportadores, estando
na 5ª posição. Segundo o Balanço
Comercial do Agronegócio, em deze dezem-
bro de 2016, o produto repre representou
9,8% das exportações brasileiras, m mo-
vimentando
tando o montante de US$ 600,74
milhões.
Segundo dados do 4º Levantamento
da Safra de Café de 2016, da Comp
Compa-
nhia Nacional de Abastecimento (C (Co-
nab), a safra brasileira alcançou 51,37 milhões de sacas de 60 kg d
de café be-
neficiado, sendo os principais estados produtores: Minas Gerais, Espírito Sa
San-
to, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná, Rio de JJaneiro,
neiro, Goiás e Mato Grosso,
que correspondem por cerca de 98,6% da prodprodução nacional.
16
De janeiro a dezembro de 2016, o cacafé
fé representou em divisas o montante de
US$ 5,47 bilhões de dólares, ocupando a 5ª posição entre os produtos mais
exportados pelo agronegócio brasileiro.
O melhor café do país é produzido na cidade baiana de Piatã, onde o grão a ad-
quire um sabor especial e ú
único. As condições de altitude e clima permitiram à
cidade da Chapada Diamantina ter outros três produtores entre os dez melh
melho-
res do Brasil.
Cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar
açúcar ocupa a terceira ppo-
sição entre as culturas cultivadas no
Brasil, quanto à área (ficando
ficando atrás da
soja e do milho).
A produção de cana no Brasil deve
chegar a 694 milhões de toneladas em
2017, um aumento de 4% em relação a
safra anterior. A cana é plantada nas
diferentes regiões do Brasil e por isso a colheita acontece em períodos di
diferen-
tes ao longo do ano. A colheita no no nor-
deste vai de setembro a março. Já no
centro-sul,
sul, vai de maio a dezembro.
A produção de cana gera um dos mai
maio-
res faturamentos do campo: R$ 52 b bi-
lhões em 2016. Além disso, nas lavo
lavou-
ras e usinas mais de um milhão de pes-
soas estão empregadas por causa da
produção de cana.
Da cana é feito o açúçar, um dos princ
principais
pais produtos nacionais. O Brasil é o
maior produtor e exportador de açúcar no mundo e em 2017 deve chegar a 39
milhões de toneladas produzidas, um crescimento dde 18%.
O álcool usado como combustível também é produzido a partir da cana. Em
2017, a produção de álcool deve diminuir cerca de 8%, ficando em 27 bilhões
de litros. Parte do motivo da queda é o preço do açúcar no mercado internaci
internacio-
nal que está bom e motiv
motiva as usinas a produzirem mais.
Feijão
O Brasil é o maior produtor mundial do feijão, responden
respondendo
do por 16,3% do total
produzido. Historicamente o grão é produzido por pequenos agricultores, sendo
que nas últimas duas décadas cresceu o interesse por parte de integrantes do
17
agronegócio, o que gerou o aumento expressivo da produtividade (em alguns
casos superando os três mil quilos por hectare).
O feijão primeira safra deve chegar a uma produção de 1,38 milhão de tonel
tonela-
das, resultado 33,4% superior ao estudo de 2015/2016. O feijão segunda safra
deve produzir 1,22 milhão de tonel
tonela-
das, sendo 607,1 mil do grão em cco-
res, 216,1 mil do preto e 393,6 mil do
feijão caupi. A produção de feijão total
pode chegar a 3,29 milhões de ton tone-
ladas, com área total de 3,1 milhões
de hectares.
Apesar de sua posição de liderança
entre os produtores, com safras equ
equi-
valendo a três milhões de toneladas ao ano, a produção do feijão não é sufic
sufici-
ente para atender à demanda interna. Com isso, o Brasil importa cem mil ton
tone-
ladas ao ano do produto
Floricultura e paisagismo
Importante mercado representa a produção
de flores e paisagismo no país, oonde por
volta de três mil e seiscentos prod
produtores
dedicam-se
se ao cultivo, numa área de 4.800
ha.
O setor possui grande capacidade de eex-
pansão no mercado
ado interno, onde o co
con-
sumo per capta é pequeno. Emprega cerca
de cento e vinte mil pessoas, dos quais
80% de mulheres, e cerca de 18% da agr
agricultura familiar.
Os produtores de quinze estados estão representados pelo
Instituto Brasileiro de Floricultura (IBRAFLOR), que tem apoio
governamental como entidade iinformativa e fomentadora.
A floricultura teve início ainda na década de 1870, com o filho
de Jean Baptiste Binot, que viera ao país a fim de ornamentar
o Paço Imperial, cujo orquidário é reconhecido iinternacional-
mente. Em 1893 foi fundada uma empresa para a produção
de flores de outras espécies pelos germanos Dierberger, de onde saíram os
Boettcher, pioneiros na produção de rosas.
18
O amadorismo dirigiu a produção de flores no Brasil, até quando os imig
imigrantes
holandeses fundaram, em 1948 uma cooperativa em Holambra, cidade que até
hoje capitaneia o setor.
Desde 2000 a produção integra as políticas públicas, com implantação do Pr
Pro-
grama de Desenvolvimento de Flores e Plantas Ornamentais do Ministério da
Agricultura.
gricultura. O maior produtor é o estado de São Paulo, seguido por Santa C
Ca-
tarina, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Paraná, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Amazonas e Pará.
Banana
A banana é produzida em todo o território
do país. Na fruticultura ocupa o ssegundo
lugar entre as frutas produzidas e cons
consu-
midas no Brasil.
A banana é a fruta mais consumida no
Brasil e em 2016 os produtores faturaram
R$ 14 bilhões, um aumento de 40% em
relação ao ano anterior.
Em balaço divulgado no início de 2017, o Ministério apontou que o faturamento
das fazendas produtoras de bana
banana deve atingir
tingir a marca de R$ 16, 8 bilhões,
um aumento expressivo em relação ao ano passado.
Atualmente, São Paulo e Bahia são os estados que mais produzem banana no
Brasil sendo responsáveis cada um por 14% da produção nacional. Além do
consumo interno, o Brasil também exporta a fruta, principalmente para países
do Mercosul. Argentina e Uruguai são os maiores consumidores da fruta bras
brasi-
leira.
Em dados da FAO, ocupa o país o terceiro lugar em volume de produção da
fruta, ficando atrás da Índia (produz 16 m
milhões
ilhões de toneladas) e do Equador
(com seis e meio milhões de toneladas). A produtividade brasileira é consid
conside-
rada baixa - doze e meia toneladas por hectare, enquanto na Costa Rica, por
exemplo, esta alcança quarenta e seis toneladas e seiscentos quilos po
por hecta-
re.
20
Cacau
O cacau já foi um dos principais produtos
agrícolas exportados pelo Brasil, e teve
uma relevante importância econômica para
a Bahia. Sua produção, entretanto, foi d
de-
caindo paulatinamente.
A produção nacional de cacau deve totaltotali-
zar 224,2,2 mil toneladas este ano, segundo
o Levantamento Sistemático da Produção
Agrícola de agosto (2017), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e E
Es-
tatística (IBGE). O resultado é 4,8% menor do que o previsto em julho. A área
plantada e a área a ser colhida diminuíram em 6,5% e 7,4%, respectivamente,
enquanto
quanto o rendimento médio, de 362 kg/ha, ficou 2,8% maior.
Segundo o IBGE, o rendimento médio cresceu não em virtude de condições
climáticas mais favoráveis, mas pela
redução da área a ser colhida. Alg
Algumas
áreas não serão colhidas devido ao ba
bai-
xo rendimento. A Bahia informou uma
redução de 10,0% na área a ser colhida
e na estimativa da produção, reflexo do
clima, que nos últimos anos não tem
beneficiado as lavouras.
Cerca de 60 mil agricultores se dedic
dedicam
à cultura do cacau no Brasil. Bahia é o estado que mais produz o fruto no país,
sendo responsável por 54% da safra. Em segundo lugar, fica o Pará, com 40%
da safra.
O faturamento das fazendas produtoras de cacau ficou em R$ 1, 2 bilhões em
2016.
De exportador,
rtador, o Brasil passou a importar o cacau no ano de 1992, matéria
matéria-
prima para a fabricação do chocolate. Atualmente, o Brasil é 5° produtor de ca-
c
cau do mundo, ao lado da Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões.
O cacau baiano é o maior exemplo de como um umaa praga e a ausência de cuida-
cuid
dos fitossanitários pode afetar a produção de uma cultura. No caso a incidência
da doença chamada vassoura
vassoura-de-bruxa
bruxa foi a responsável direta pela queda da
produção, iniciada no ano de 1989. Essa decadência brutal da produção pe perdu-
rou até 1999, quando variedades resistentes foram introduzidas
introduzidas.
21
Laranja (citros)
Produção de laranja no Brasil
Os citros equivalem ao gênero citrus e
outros afins, e dizem respeito a uma
gama variada de espécies de laranjas,
limas, tangerinas, limões, etc., dos
quais a de maior importância agrícola é
a laranja.
Ass exportações brasileiras de suco de
laranja concentrado equivalente a 66º
brix (FCOJ Equivalente) somaram 894.669 toneladas no acumulado da ssafra
2016/2017, volume 17% inferior às 1.080.938 toneladas
oneladas embarcadas na safra
s
2015/2016. Em relação aos valores, a receita recuou 7%, com um total de US$
1,621 bilhão.
Os estoques finais de suco de laranja
do Brasil da safra 2017/18 foram est
esti-
mados
dos em 207,6 mil toneladas, quase o
dobro do verificado no fechamento da
safra
fra anterior, em 30 de junho de 2017,
mas ainda historicamente baixos.
A safra de laranja do cinturão citrícola
do Brasil, em São Paulo e sudoeste de
Minas Gerais, está estimada em 364,47
milhões de caixas de 40,8 kg, aumento
de quase 50 porr cento ante a fraca
temporada anterior.
O estado de São Paulo responde, sozsozi-
nho, com um total de 79% de toda a
produção de laranja no país, que por
sua vez é o maior produtor e exportador
de suco de laranja, responsável por m
me-
tade da produção mundial, do dos quais
97% são destinados à exportação.
O Brasil e Estados Unidos da América são os maiores produtores mundiais de
citros, com 45% do total, em que ainda se destacam África do Sul, Espanha e
Israel, para a laranja dita in natura e tangerinas.
O suco de laranja brasileiro equivale a 80% das exportações mundiais, a maior
fatia de um produto agrícola brasileiro.
22
Silvicultura e madeira
Eucalipto no Brasil
Com uma área de 7,84 milhões de hect hecta-
res de reflorestamento, o setor brasileiro
de árvores plantadas é responsável por
91% de toda a madeira produzida para
fins industriais e 6,2% do PIB Industrial no
País e, também, é um dos que segmentos
com maior potencial de contribuição para
a construção de uma economia verde.
A produção brasileira de madeira em tora destinada à indústria de papel e celu-
cel
lose cresceu 10,8% em 2016, na comp
comparação
ração com o ano anterior. O estado
produtor que mais se destacou no período (2017) foi o Paraná, que registrou
15,9 milhões de metros cúbicos, um aume
aumentoto de 43,9% no período analisado.
analisa
Do volume total do País, 80,2% vieram de áreas de plantio de eucalipto e
18,8% de florestas de pinus.
Os plantios de eucalipto ocupam 5,7 milhões de hectares da área de árvores
plantadas do País e estão localizados, principalmente, em Minas Gerais (24%
(24%),
em São Paulo (17%) e no Mato Grosso do Sul (15%). Nos últimos cinco anos,
o crescimento da área de eucalipto foi de 2,4% a.a.. O Mato Grosso do Sul tem
liderado esta expansão, registrando aumento de 400 mil hectares neste perí
perío-
do, com uma taxa média de crescimento de 13%
Nos últimos anos, o uso de espécies
nativas tem sido promovido como al-
ternativa ao eucalipto e ao pinus, ees-
pécies estrangeiras. Em 2007, foi la
lan-
çado o Plano Nacional de Silvicultura
com Espécies Nativas e Sistemas A-
groflorestais (PENSAF), ), numa ação
integrada entre os Ministérios do Meio
Ambiente (MMA) e da Agricultura, P Pe-
cuária e Abastecimento
bastecimento (MAPA), entre
outros.
Da área total de 7,84 milhões de hectares de árvores plantadas no Brasil em
2016, 34% pertence às empresas do segmento de ccelulose elulose e papel. Em se-
s
gundo lugar, com 29%, encontram
encontram-se
se proprietários independentes e pequenos
e médios produtores do programa de fomento florestal, que investem em pla plan-
tios florestais para comercialização da madeira in natura. Na terceira posição,
23
está o segmento de siderurgia a carvão vegetal, que representa 14% da área
plantada.
Em 2016, o Brasil liderou o ranking global de produtividade florestal, com uma
média de 35,7 m³/ha ao ano para os plantios de eucalipto e 30,5 m³/ha ao ano
nos plantios de pinus,
s, de acordo com as informações reportadas pelas princ
princi-
pais empresas do setor .
No ano de 2006 foi aprovada a Lei de Gestão de Florestas Públicas, que est esti-
mula a produção de madeira legalizada, objetivando diminuir o desmatamento
ilegal, e estimulando o se
setor
tor madeireiro a explorar a atividade de forma susten-
suste
tável.
Horticultura
Com área cultivada de aproximadame
aproximadamen-
te 837 mil hectares e volume de prod
produ-
ção em torno de 63 milhões de tonel
tonela-
das, a produção de hortaliças contem-
pla mais de uma centena de espécies
cultivadas em todas as regiões do país.
Pela ordem, São Paulo, Minas Gerais e
Rio de Janeiro, no Sudeste, são os pri
prin-
cipais produtores da horticultura naci
nacio-
nal. O outro Estado da região, o Espírito Santo, da mes
mesma
ma forma, apresenta
produção representativa,
tiva, com 4,5%do total, mas é superado
perado pelos sulistas Pa-
P
raná e Rio Grande do Sul, enquanto o outro do Sul, Santa Catarina, fica no
mesmo patamar. Nesta faixa, em índices próximos de 4%e 5%, já estão inser
inseri-
dos os nordestinos Bahia, Ceará e Pernambuco, além de Go Goiás,
iás, do Centro--
Centro
Oeste, onde ainda o Distrito Federal d
de-
tém 2% da produção.
24
A exportação brasileira vem mostrando evolução persistente e cada vez mais
forte nos últimos anos. Foi o que aconteceu em 2016, quando tanto o volume
quanto a receita relacionados à venda externa do setor tiveram aumento, em
respectivos 12,6% e 5,9%, e enquanto
nquanto no ano anterior estes índices positivos
haviam sido de 27,7 e 3,3%
3,3%.
A evolução mais significativa, em tetermos
mos percentuais nas exportações de horta-
hort
liças em 2016, ocorreu com a ccenoura,
noura, no patamar de 1.325%, e na batata-
b
doce, com 1.006% a mais, em com comparação
paração com o ano antecedente, quando
haviam diminuído, porém em níveis menores: respectivos 75% e 31%. Outro
produto, a cebola, que se destaca na importação, já registra por dois anos sse-
guidos crescimento signif
significativo
cativo nas destinações para o exterior, sempre
sem na fai-
xa dos 350%.
Tomate
O plantio brasileiro de tomates destinados à
mesa e à indústria manteve
manteve-se estável em
2016. A área pesquisada nas principais regiões
produtoras totalizou 37.398 hectares, sendo
18.674 de mesa e 18.724 de industrial, confo
confor-
mee dados do Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea), da Escola SuperSuperi-
or de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), vinc
vincu-
lada à Universidade de São Paulo (USP). A lavoura do fruto para mesa dimin
diminu-
iu 2,93% e o para processamento a au-
mentou 1,55%, em relação ao verific
verifica-
do pelo Cepea em 2015. As áreas a-
companhadas
panhadas estão situadas nas pri prin-
cipais regiões produtores de Sudeste,
Sul, Nordeste (Bahia, Ceará, Perna
Pernam-
buco e Piauí) e do Estado de Goiás.
Dados da Secretaria de Comércio Ext Exte-
rior (Secex) mostram que as import
importa-
ções de atomatados pelo Brasil aume
aumen-
taram 15,7% em volume de janeiro a
novembro deste ano se comparadas
com a parcial de 2015. Já em receita,
recuaram 3,5% no mesmo período. IIsso
se deve ao fato de que o excesso de
oferta de polpa internacion
internacional levou a um
recuo de 16,6% no preço dos at atomata-
25
dos em dólar e de 11% em Reais, sobretudo por conta do elevado est estoque
mundial de polpa.
Os principais produtos estrangeiros comprados pelo Brasil – representando
56% do total – são basicamente matéria
matéria-primaa para as indústrias nacionais
(tomates inteiros ou pedaços, preparados ou conservados e o tomate prepar
prepara-
do ou conservado, exceto em vinagre). Em 2016, a produção mundial de tom toma-
tes para processamento deve fechar 8,2% abaixo da de 2015, segundo o rel rela-
tório divulgado no fim de outubro pelo Conselho Mundial dos Processadores de
Tomate Industrial (WPTC). Já a produção brasileira deve crescer 11,5% neste
ano, ainda conforme o WPTC.
O avanço da cultura na região do cerrado goiano e mineiro fez a região saltar
de 31% para 84% da produção nacional brasileira, entre os anos de 1996 a
2001, com o desenvolvimento de variedades híbr híbridas
das desenvolvidas para esse
ambiente, aumentando
mentando a produtividade
produtividade.
Cebola
A cebola é um dos principais produtos da
horticultura brasileira,, não pela lucratividade
mas por servir de sustento e motivo de fix fixa-
ção das famílias na terra, pois os pequenos
agricultores, nos próprios imóveis ou em
forma de parceria com grandes proprietproprietá-
rios, são responsáveis por mais da metade
da produção do país.
A região com maior produtividade da cebola
compreende as cidades de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco -
cidades vizinhas, separadas pelo Rio São Francisco: ali a olerícola é irrigada,
resultando numa produtividade de vinte e quatro toneladas p
por
or hectare, contra
a média brasileira de dezessete toneladas.
A produção atingiu 1,563 milhão de toneladas, superando o volume de 1,461
milhão de toneladas verificado em 2015, de acordo o Levantamento Sistemát
Sistemáti-
co da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
Estatí
26
tica (IBGE). A área colhida chegou a 56,1 mil hectares e a produtividade média
ficou em 27,8 toneladas por hectare. Para 2017, o volume e a área colhida ees-
tão estimados em 1,605 milhão de toneladas e 57 mil hectares, respe
respectivamen-
te. O valor de produção da cebola somou R$ 1,814 bilhão em 2016, com a-
créscimo de 35,4%, segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM),
do IBGE.
Mais de um terço de toda a produção brasileira é colhida em Santa Catarina. A
produção estadual apontada pelo IBGE foi de 536,6 mil toneladas em 2016. No
entanto, esse volume pode ter superado a 580 mil toneladas, conforme a Em-
presa de Pesquisa
uisa Agropecuária e Extensão RuRural
ral de Santa Catarina (Epagri)
– Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa).
Mandioca
O Brasil é o segundo produtor no ra
ranking
king mundial, com 12,7%, embora exporte
apenas meio por cento do que produz -
mercado este formado pela Venezuela
(maior importadora, com 31,4% das
vendas externas), seguida por Arg
Argenti-
na, Colômbia, Uruguai
ruguai e EUA.
Uma das culturas mais tradicionais do
Brasil, a mandioca, na qual já foi líder
mundial, passa por um período de es-
tabilidade e até de redução produtiva,
pelas perspectivas iniciais existentes para 2017. Embora ainda supere todo o
volume dos demais
emais produtos da oler
olericultura, com números anuais
anuai ao redor de
23 milhões de toneladas, a raiz alimentar
mentar poderá registrar diminuição em dis-
di
ponibilidade em 2017, na ordem de 12%, de acordo com estimativas oficiais fe
fei-
tas no mês de fevereiro.
O cultivo dá-se
e em todas as regiões do país, visando tanto o consumo humano
quanto animal; no primeiro caso a prpro-
dução divide-se
se em mandioca in natnatu-
ra, das espécies comestíveis, e para a
produção de farinha e fécula. Essa cca-
deia produtiva gera cerca de um milhão
de empregos
egos diretos, em um total est
esti-
mado de dez milhões de empregos p pa-
ra a cadeia produtiva.
No principal Estado produtor, o Pará,
conforme o IBGE, ainda ocorreu acré
acréscimo
cimo produtivo de 28% em 2016, mas
era projetado decréscimo de 17% para 2017. Outro Estado nortista,
tista, o Amazo-
Amaz
27
nas, apresentava forte crescimento (108%) naquele ano, mas já para o novo
era prevista redução de 50%. E no terceiro Estado produtor, a Bahia, no No
Nor-
deste,são estimadas diminuições para os dois anos (11%e7%), e assim no Rio
Grande do Sul (4%e 3%), enquanto em São Paulo deve ser confirmada se-
quência de alta (4%) e baixa(14%).
Milho
A produção brasileira dá dá-se, basica-
mente, em duas épocas ao ano: a ssa-
fra, propriamente dita, durante os per
perí-
odos de chuva, e a chamada "safrinha"
- ou "de sequeiro" - durante a estiagem.
O primeiro caso ocorre, na Região Sul,
do final de agosto; no Sudeste e Ce Cen-
tro-Oeste,
Oeste, em outubro e novembro; no
Nordeste,
deste, no início do ano. A segunda
safra é feita nos estados de Paraná,
São Paulo e no Centro-Oeste
Oeste com o m milho cultivado
vado fora do tempo, nos meses
de fevereiro e março.
A Safra de grãos 2016/2017 em especial o milho deve alcançar 91,5 milhões
de toneladas (37,5% de crescimento), com 29,9 milhões de toneladas para a
primeira safra e 61,6 milhões para a segunda. A área to
total
tal do milho deve al-
a
cançar 17,1 milhões de hectares (ampliação de 7,3%). No total, milho e soja
representam quase 90% dos grãos produzidos no País.
Mesmo concentrando as exportações em alguns meses (agosto, setembro e
outubro), as remessas de milho não che
chegam
gam a comprometer, operacionalmente
e administrativamente, as plataformas exportadoras nacionais. Considerando
os diversos corredores multimodais explorados pela soja, esses possibilitaram,
junto com a qualidade do produto, uma maior competitividade do mil
milho no exte-
rior.
Soja
Sua introdução deu-sese no ano de 1882, e
a partir do começo do século XX a prod
produ-
ção destinava-sese à forragem animal. A
partir de 1941 a produção de grãos sup
supe-
rou a forrageira, até tornar
tornar-se o principal
objetivo
vo da cultura, adaptada ao país so-
bretudo após estudos do Instituto AgrAgro-
28
nômico de Campinas.
A safra 2016/2017 tem a expectativa é de um crescimento de 15,4% na prod
produ-
ção, devendo atingir 110,2 milhões de toneladas, com aumento de 14,7 m mi-
lhões de t em relação à safra anterior e ampli
ampliação
ação de 1,4% na área, que deve
chegar a 33,7 milhões de hectares.
Grande parte da capacidade oper opera-
cional e administrativa, instalada nas
principais
pais plataformas exportadoras
de Santos, de Paranaguá, de Vitória
e de São Luís, é utilizada pelos est
esta-
dos produtores
tores do Centro
Centro-Oeste –
Mato Grosso, Mato to Grosso do Sul e
Goiás.
Estima-se,
se, para 2017, que a prod
produ-
ção dessa Região de soja e de milho
alcance um total de 87,7 milhões de toneladas. Para se ter uma noção da rel rele-
vância do Centro-Oeste
Oeste na agricultura, do tot
total
al de 188,3 milhões de toneladas
tonel
estimadas de soja e milho para serem colhidas no país, 47% deverão co corres-
ponder à safra dessa Região.
A produção de soja é a maior do país, e esta Região lidera as remessas inte
inter-
nacionais da commoditie. Em 2017, espera
espera-se que as exportações alcancem à
marca de 30,6 milhões de toneladas, ou seja, maior em 7% quando comparada
a realizada em 2016.
Tabaco
O Brasil é segundo maior produtor
mundial de tabaco, e o maior export
exporta-
dor de fumo desde 1993, com o fatur
fatura-
mento de cerca de um bilhão e setece
setecen-
tos milhões de dólares. O maior prod
produ-
tor voltado para o mercado externo é o
Rio Grande do Sul, e a Região Sul re
res-
ponde por 95% da produção nacional,
que exporta entre 60-70%
70% do que pr
produz.
29
DIVERSIFICAÇÃO NA PROPRIEDADE
RURAL
Manter um m fluxo de caixa sadio e suste
susten-
tável em pequenas e médias propried
proprieda-
des rurais é um dos grandes desafios p pa-
ra agro empreendedor no Brasil. Fora as
dificuldades inerentes à competição com
grandes produtores rurais e ao gerenc
gerenci-
amento da propriedade rural, peq
pequenos e
médios produtores rurais precisam, cada vez mais, saber lidar com as vari
varia-
ções climáticas (como estiagens) e com as constantes oscilações de preço no
mercado.
Diante disso, a diversificação da renda nas propriedades rurais por meio do iin-
vestimento em culturas paralelas e, em alguns casos, complementares, tem se
mostrado uma alternativa ssegura para esses produtores rurais.
Diversificação produtiva: o caminho
para diversificar a renda em pequ
peque-
nas e médias propriedades rurais
rurais.
A diversificação produtiva
iva pode ser
classificada como horizontal, quando
se investe em diferentes culturas
dentro de uma mesma propriedade
rural, ou como vertical, quando o p pe-
queno e médio produtor rural detém
todas (ou diversas) fases da cadeia
produtiva de uma cultura, elimina
eliminando
intermediários até a entrega do prproduto
duto ao consumidor final. Ambos os casos,
que podem inclusive ocorrer simultaneamente, trazem uma série de vantagens
em termos de diversificação de renda para o pequeno e médio pr produtor rural.
Além da redução do risco econômico graças à produção de diferentes culturas
(como hortaliças, frutas, suinocultura e avicultura, por exemplo), a diversific
diversifica-
ção produtiva permite um melhor aproveitamento do solo e de recursos em p pe-
quenas e médias propriedades rurais, ampliando o p potencial
otencial produtivo das
mesmas.
O aproveitamento da entressafra de algumas culturas para o plantio de outras,
por exemplo, permite uma entrada contínua de receitas dentro da propriedade
rural e, dependendo do tipo de cultivo, auxilia na redução dos custos d
de produ-
ção e na autossuficiência da propriedade. O produtor rural que investe no pla
plan-
tio de milho e cana de açúcar pode, por exemplo, apostar também na criação
30
de gado de corte e utilizar parte de
sua colheita (inclusive sobras) para
a produção do silo necessário
essário para
o manejo desses animais.
Da mesma forma, investindo na d di-
versificação verticalizada, ele pode
assumir a etapa de comercialização
de seus produtos, apostando por
exemplo na construção
trução de eng
enge-
nhos de cana e até mesmo na ve ven-
da de derivados, como o caldo de
cana, em feiras e mercados locais.
A adoção de maquinário simples, neste caso, ensiladeirasetrituradores para
produção de silo e ração animal e moendas para extração do caldo de cana
são premissas para a diversificação verticalizada.
AGROINDÚSTRIA
Agroindústria – Para entendermos
melhor
lhor o que vem a ser a agroindústria,
precisamos conhecer melhor de onde
ela se origina, estamos falando do A-
gronegócio,
negócio, também chamado
de Agribusiness.
31
A agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à tran
transformação de
matérias-primas
primas provenientes de vários outros segmentos como a agricultura,
pecuária, aquicultura ou silvicultura.
O grau de transformação dessas matérias primas tem muita variação em
função
ção da atividade fim das e
em-
presas agroindustriais.
Paraa cada uma dessas matérias
matérias-
primas, a agroindústria é um
segmento da cadeia que vai de
des-
de o fornecimento de insumos a-
grícolas até o consumidor.
A agroindústria é a parte do agr
agro-
negócio onde se realiza a tran
trans-
formação dos produtos primários da agropecuária e
emm subprodutos que podem
inserir na produção de alimentos.
Tais como os frigoríficos, a indústria de enlatados, de laticínios, a indústria de
couro, os biocombustíveis, da produção têxtil entre muitos outros.
Então podemos dizer que a Agroindústria, trata
trata-se
e da agregação de valor aos
produtos provenientes desses segmentos citados anteriormente.
Nessa transformação se agrega um fator importante que é a durabilidade e fácil
disponibilidade do produto de uma época para outra, especialmente aqueles
que são mais perecíveis.
Divisão da Agroindústria
32
Já a chamada categoria não alimentar é responsável por parte da transform
transforma-
ção desses produtos, ou seja, se transformam em subprodutos que servem de
matérias-primas,
primas, utilizando seus recursos naturais para vários produtos indu
indus-
triais como couros, lãs, fibras, peles. Também entra nessa categoria não al ali-
mentar a produção de álcool etanol.
Também é correto afirmar que a agragro-
indústria desenvolve duas atividades
em um mesmo empreendimento ec eco-
nômico,
co, com departamentos, divisões
ou setores rural e industrial distintos,
por exemplo:
xemplo: Usina de cana
cana-de-açúcar
com lavoura
voura canavieira e um frigorífico
com a pecuária, etc.
O que temos numa Agroindústria?
Como toda indústria de um modo geral, uma agroindústria também necessita
de um ambiente ou local de instalação. Para uma montagem de agroindústria
recomenda-se
se observação de alguns conceitos e cuidados básicos:
Definição da tecnologia;
Definição dos tipos e compra de máquinas, equipamentos e acessórios;
Construções civis e instalações;
Localização e montagem de máquinas e equipamentos;
Procedimento e métodos técnicos de produção;
Estabelecimento de normas internas;
Contratação de pessoal;
Garantia de matéria-prima;
prima;
Abastecimento de insumos secundários, entre outros.
Como vemos nos itens acima, agoagora
ra entramos na necessidade da área de Ma-
M
nutenção para o atendimento da indústria do agronegócio. Pois não temos cco-
mo dispensar esse tipo de serviço com máquinas, equipamentos, implementos
agrícolas, instalações em geral e edificações.
Um setor de negócios que tem vital importância para o país e que vem cre
cres-
cendo constantemente no passar dos últimos anos e com perspectivas sempre
otimistas.
33
Alguns tipos de agroindústrias
agroindústrias:
Indústria frigorífica
34
Indústria sucroenergético
Indústria de beneficiamento
35
Indústria têxtil
A agroindústria nada
ada mais é que uma fusão entre a produção agropecuária em
geral e a indústria. Por essa razão possui uma interdependência com relação a
outros diversos ramos da indústria em geral, pois necessitam de embalagens,
insumos agrícolas, irrigação, máquinas, equi
equipamentos
pamentos e implementos entre ou-
o
tros.
Case de Sucesso
Valor agregado na produção do queijo
Das oito vacas leiteiras que a família Rocha mantém na propriedade em So Som-
brio, no Sul do Estado de Santa Catarina
Catarina,, são ordenhados, em média, 200 li- l
tros por dia. Antes de receber o apoio do e investir em uma agroindústria, a
matéria-prima
prima era vendida por pouco menos de R$ 1 o litro. Odair da Rocha, 43
anos, quis realizar o sonho e produzir queijo dentro das normas de inspeção e
foi atrás de uma maneira de executar o pro
projeto.
jeto. Hoje, ele vende o quilo do quei-
que
36
jo a R$ 18, e os 8,2 litros usados para fabricar cada peça hoje rendem R$ 2,20
para o produtor rural.
Junto com a esposa Sirlene Correa dos Santos Pereira, 33 anos, Odair produz
uma média de 50 quilos de produto por se
semana,
mana, todo ele vendido na feira ou
nos mercados locais. O queijo tem selo de inspeção municipal e por isso só
pode ser vendido na cidade. O investimento inicial foi de R$ 80 mil. A ideia é
ampliar a produção com foco no público local, que não deixa sobrar uma peça
nos pontos de venda.
– Começamos aqui há dois meses e já está dando certo. O investimento foi a
al-
to, mas a queijaria para mim era um sonho. Aumentou a renda, dobrou, agrega
valor pois antes eu vendia o leit
leite e agora é
o queijo – diz o produtor.
A ideia para os próximos anos é aumentar
a área de pastagem e comprar mais an ani-
mais, ampliando ainda mais o negócio. Ao
lado da agroindústria ele ainda tem 80 mil
pés de fumo, mas assim que encerrar a cco-
lheita, não quer mais trabalhar com a lla-
voura.
Fonte: Clic RBS
Lavoura de fumo da lugará indústria de carne
A antiga estufa de fumo, que passou por reforma e readequação, hoje dá lugar
a uma unidade de beneficiamento de carne. Em Içara, a família Estevam ch che-
gou a produzir 120 mil pés de fumo por safra, mas com o foco no novo negócio,
a lavoura já diminuiu 50%. De oito a nove suínos são beneficiados por semana
e, no ano passado, 20 mil quilos de carne foram processadas.
A agroindústria aumentou a renda da família e movimenta a cadeia na região,
já que os Estevam precisam comprar a matéria
matéria-prima
prima de um produtor associa-
associ
do à cooperativa. O programa de estímulo ao agronegócio tem também o obj obje-
tivo de colocar os produtores em cadeia, diminuindo os custos e aumentando a
produtividade. Ao comprar do vizinho, o gasto é me
menor
nor com transporte e outros
encargos. Além disso, o material é mais fresco e o dinheiro circula dentro do
município. Com o crescimento da renda familiar em 40%, Édio Adelino Est Este-
vam, 55 anos, precisou de um reforço. A filha e o genro passaram a trabalhar
com
om ele, e hoje são seis pessoas envolvidas na produção de salame, torresmo,
banha e defumados.
37
– O pessoal até se admira, a gente investiu a está dando certo. O fumo tem
uma boa renda, mas é uma vez ao ano. Com esse negócio, é todo mês. A lla-
voura é instável,
el, um ano dá bem, outro não, e assim estamos trabalhando com
algo que a gente gosta – comenta Estevam.
Bruna Estevam, 27 anos, formada em Educação Física e com pós pós-graduação
na área, deixou a sala de aula para ficar mais perto de casa. Ela ainda tem
uma área
rea de produção de fumo com o namorado na redondeza, mas a agroi agroin-
dústria familiar é um projeto que pode ficar para ela e os irmãos no futuro.
Fonte: Clic RBS
AGREGAR VALOR NO AGRONEGÓCIO
39
TURISMO RURAL
40
Há inúmeras
úmeras características relaci
relacio-
nadas a quem busca o turismo rural.
Dentre elas estão a busca do si sim-
ples e autêntico,
têntico, como uma reação
ao estresse promovido
movido pelos meio
urbanos decorrente, sobretudo, da
expansão industrial al nas cidades.
Sendo assim, o turista de forma g ge-
ral busca tranquilidade,
quilidade, paz e rel
rela-
xamento que o meio rural proporci
proporcio-
na. Além dessas características, e-
xistem
tem outras como o retorno da pessoa a seu habitat de origem, após anos,
decorrente, principalmente,
cipalmente, do “êxodo rural”. A busca por maior con
conhecimento,
pelo
lo diferente: monumentos, construções, aspectos sociais distintos, aliment
alimenta-
ção, contato com a cultura distante, entre outros exemplo.
A estratégia política sobre a reestr
reestruturação
turação territorial, para alocar essa nova a-
tividade pode ser de grand
grande valia pa-
ra a população, de forma g geral, co-
mo melhorias
lhorias em infraestrut
infraestrutura, nos
meios de transportes e nas comun comuni-
cações, podendo
dendo assim pr proporcionar
o maior fluxo e interação com outros
lugares e regiões
ões em di distintas esca-
las.
Entre outros exemplos que podem
estar diretamente relacionados a e es-
se turismo estão: a melhoria e gara
garantia
tia da qualidade de produtos e serviços o-
ferecidos; a preservação dos espaços verdes e das características regionais; a
organização do turismo segundo os elementos estruturais da regiã região (um lago,
um monumento, uma construção ttípica,pica, uma festa popular, uma tradição local);
a capacidade de hospedagem ssuficiente;
ficiente; o cuidado para não descaracterizar a
região, isto é, não perder sua e
especificidade
pecificidade e originalidade; a oferta de comér-
comé
cio e serviços
ços e a sinalização ef
eficaz das estradas e cruzamento.
O êxodo rural, caracterizado de forma direta pela saída da população do ca
cam-
po para a cidade em busca de melhores condições de vida ganhou destaque
sobretudo nas décadas de 50 a 60, ocasionado pela inten
intensa
sa urbanização e in-
i
dustrialização das grande metrópoles, como Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo
(SP). E, ao mesmo tempo, de políticas públicas agrícolas ineficientes que não
conseguem manter o homem no campo.
41
Dessa forma, o turismo rural poderá gerar emprego
empregos s para a mão de obra local,
fazendo reverter ou atenuar, em certos casos, o processo de êxodo rural, sso-
bretudo dos jovens, já que não precisam migrar para os grandes centros em
busca de empregos, além de estimular a produção local, que está diretamente
ligada
ada a uma série de atividades produtivas, tais como produtos agrícolas, ve
ves-
tuários específicos, construções e serviços públicos, transporte e seguros.
Consequentemente, gerando fonte de renda, maior circulação de capital e ma mai-
or arrecadação com impostos (r (relacionados
elacionados ao crescimento da atividade co-c
mercial).
Também é importante lembrar que o
turismo rural explora e “capitaliza” o
meio presente no espaço, gerando
mais uma fonte de renda no campo,
além da produção
dução agrícola e pecuária.
Haverá, portanto, uma ou
outra opção de
geração de renda e diversificação do
mercado, no que tange ao comércio e
serviços que, por ventura, possam vva-
lorizar a produção artesanal, básica
nesses meios, como mo por exemplo:
lamparinas, ferramentas, ou objetos de
decoração. Enfim, com a popossibilidade de acréscimo
cimo no fluxo de pessoas de
outros espaços econômicos,
nômicos, o turismo rural est
estimula
mula o consumo nas áreas on- o
de ocorre, desencadeando
deando o tradicional efeito multiplicador da atividade turíst
turísti-
ca.
Inicialmente, é preciso deixar claro que o impacto do turismo rural acontece em
várias escalas e distintos aspectos culturais, econômico, ambiental, social e p
po-
lítico. Sendo assim, o turismo é um
paradigma que precisa ser estudado e
muitoto bem planejado, o que será ilu
ilus-
trado no decorrer do texto, relacion
relaciona-
do ao desenvolvimento
senvolvimento sustentável.
Dentre os aspectos socioculturais d di-
retamente
tamente relacionados às comunid
comunida-
des receptoras, podendo sofrer alter
altera-
ções de comportamento dos diversos
agentes envolvidos nas atividades, e es-
tão: produtores rurais (agricultores e pe
pecuaristas),
cuaristas), comerciantes e prestadores
prest
de serviços locais, moradores de residências ssecundárias
cundárias e turistas.
42
Os produtores rurais (agricultores e pecuaristas) podem sofrer com grupos d do-
minantes na exploração e na criação do ambiente físico e social, modela
modelando o
desenho da paisagem agrária pelas
plantações, entre outros impactos.
Os comerciantes
merciantes e prestadores de
serviços locais podem sofrer com a
adequação ao meio, das propri
proprie-
dades e das comunidades rurais a
essa alternativa de rend
rendimento, a-
través do atendimento
mento aos visita
visitan-
tes originários das grandes cid cida-
des, comercializando sua autentic
autentici-
dade e originalidade. Isso constitui um desafio p para
ra eles. Os moradores de re-
r
sidências secundárias e turistas, in
inicialmente,
cialmente, são conceitos diferentes, os mo-
m
radores apresentamm de certa forma uma ligação com o território, pagando iim-
postos e alterando o espaço de forma potencial, como comprando terrenos e
proporcionado a especulação imobili
imobiliária, por exemplo.
Sobre o meio ambiente, há poss
possi-
bilidade de aumento acentuado de
resíduos
uos de forma geral, sejam
sólidos,
lidos, líquidos ou gasosos; de
des-
truição da vegetação; desrespeito
às normas e às leis ambientais.
Dependendo de como é feito o
produto, ele pode gerar um impa
impac-
to de grandes proporções, caso
aumente te o consumo de forma
contínua. Ainda
nda poderiam ser ilustrados inúm
inúmeros
ros impactos ao espaço, como o
crescimento da prostituição, aumento da violência, acult
aculturamento,
ramento, destruição
do patrimônio, entre inúmeros impactos que proporcionam. Dessa forma, caso
não haja um planejamento e uma estrutura pré-estabelecida
estabelecida pelos agentes de
um determinado espaço, esse turismo não terá um desenvo
desenvolvimento
vimento sustentá-
sustent
vel.
Só será sustentável se for voltado para a valorização do homem do campo, não
obstante a estabilidade ecológica do meio natural. O conceito do tu
turismo sus-
tentável foi desenvolvido para evitar os riscos que a condução inadequada da
atividade pode provocar no meio ambiente (o que pode ser de vários níveis e
variedades).
43
Bonito, município localizado no M
Ma-
to Grosso do Sul, recebeu invest
investi-
mentos do Programa
rama de Desenvo
Desenvol-
vimento do Turismo, no valor de R$
130 milhões, destinados
nados a obras e
programas
gramas de saneamento, pav pavi-
mentação
tação e incentivo ao tturismo
sustentável.
tável. Além disso, a cidade,
já consagrada como polo turístico,
será
rá sede da Conferência Intern
Interna-
cional de Ecoturismo deste ano.
O turismo sustentável é visto como a perfeita triangulação entre a destinação
(hábitats e habitantes), os turistas e os prestadores de facilidades para os vis
visi-
tantes. Sendo assim, deve
deve-se
se procurar adequar os interesses de cada um do
triângulo, minimizando as tensões e buscando um desenvolvimento a longo
prazo, pelo equilíbrio entre crescimento econômico e as necessidades de co con-
servação do meio ambiente.
Para finalizar, segue uma lista de comportamentos ambientais corretos, veja:
Controle de ruídos e lançamento de lixos;
Respeito aos valores culturais das comunidades receptivas;
Manutenção das paisagens intactas;
Estímulo a uma estrutura social sadia nas comunidades;
Promoção de uma excelente qualidade de vida e de repouso p
para
ara os visitantes;
Proteção à cultura e as características das comunidades receptoras;
Valorização da paisagens e hábitos;
Reconhecimento da economia rural;
O crescimento a longo prazo da atividade turística, que estimulará a qualidade
da experiência vivencial
ivencial buscada pelos visitantes;
A compreensão, a liderança e a visão a longo prazo entre os empreendedores.
Serviços oferecidos e atividades praticadas pelo visitante
O meio rural oferece uma série de serviços e atividades aos seus visitantes.
Neste item,
tem, apresentam
apresentam-se
se alguns serviços e equipamentos turísticos, bem
como atividades turísticas que podem ser desenvolvidas nas propriedades ru-
rais ou na região:
44
a) Serviços e equipamentos turísticos:
Serviços,
erviços, edificações e instalações indispensáveis ao desenvolvimento
nvolvimento da ati-
at
vidade turística e que existem em função dela:
• Hospedagem – estabelecimentos que oferecem alojamento e serviços ne-
cessários ao conforto do hóspede. No Turismo Rural, as maiores frequências
são fazenda-hotel/
hotel/ hotel
hotel-fazenda, hospedagem domiciliar (quarto nas proprie-
propri
dades rurais, cama e café, alojamento) e pousada;
• Atividades agropecuárias
◦ Agricultura – cultivo de espécies vegetais úteis para a aliment
alimentação
ação humana e
animal ou como matéria
matéria-prima
prima para indústria têxtil,farmacêutica etc. Plantação
de cereais, frutas, hortaliças,leguminosas etc.;
46
◦ Criação de animais – inclui todos os tipos de manejo de animais: bovinocul-
tura, caprinocultura,
ltura, ovinocultura, suinocultura,piscicultura etc.
47
Aventura – atividades recreativas e não competitivas que envolve
envolvem riscos con-
trolados e assumidos: arvorismo, bóia bóia-cross, rapel, tirolesa, montanhismo,
mountain-bike,
bike, trekking, turismo fora de estra
estrada;
48
• Pesca – compreende a prática da pesca amadora: pesque
pesque-pague,
pague, pesca em
rios, lagos, represas;
49
• Atividades pedagógicas – atividades de cunho educativo que auxiliam no
processo ensino-aprendizagem,
aprendizagem, comumente promovidas por escolas e realiza-
realiz
das pelos respectivos grupos de estudantes. É o chamado Turismo Rural Pe- P
dagógico, um recurso motivador de aprendizagem, capaz de auxiliar na forma-
form
ção dos alunos – reforçando conceitos como o de cidadania, consciência ambi-
amb
ental e patrimonial – e de fornecer experiências de vida em grupo: aulas prát
práti-
cas interpretativas do ambiente, palestras informativas, vivências e experiê
experiên-
cias variadas nos ambientes visitados, incluindo participação em colheitas, o
or-
denhas,trato de animais;
• Atividades culturais
◦ Manifestações populares – acontecimentos ou formas de expressão rela- rel
cionados à música, dança, teatro, artes plásticas, literatura, folclore, saberes e
fazeres locais, práticas religiosas ou manifestações de fé: rodas de viola, folia
de reis, crenças, catira,rezas, novenas, “contação de casos”;
50
◦ Produção de artesanato – objetos produzidos manualmente ou com equi-
pamentos rudimentares, em pequena escala, característicos da produção de
artistas populares da região, utilizando matéria prima regional;
51
Gastronomia – práticas e conhecimentos relacionados com a arte e técnica de
cozinhar. Relaciona-se
se com o aprendizado e a degustação de pratos de con-
co
sumo tradicionais da região,utilizando ingredientes locais.
52
Sucessão familiarr é, de fato, uma prática muito comum no setor do agroneg
agronegó-
cio. Transferir o poder e o patrimônio para as próximas gerações é algo que e-
xige planejamento e preparação: um negnegócio
cio pode ser prejudicado se os novos
responsáveis por ele não souberem como conduz
conduzi-lo
lo adequadamente.
Caso não seja feita da maneira correta, a sucessão, além de frear o crescime
crescimen-
to da empresa ou, até, colocar o empreendimento em risco, também pode af afe-
tar de maneira negativa a economia da região na qual o negócio está inserido.
A família
a sempre deve manter em mente que é a única responsável por repre-
sentar a rentabilidade e crescimento da própria organização.
A transmissão do patrimônio, portanto, só conseguirá ser bem
bem-sucedida
sucedida se feita
com responsabilidade, preparo e dedicação. Por isso
isso,, os atuais responsáveis
pela organização devem aprender a lidar com os principais desafios que p po-
dem aparecer durante o processo de sucessão.
Definição de cargos e funções
53
assumam
sumam uma posição estratégica na empresa, trazendo prejuízos para as ffi-
nanças
ças e para a imagem da empresa. Evita, também, que assumam funções
com as quais não têm interesse e perfil e
em trabalhar.
Problemas Pessoais X Problemas Profissionais
Em empresas familiares, é comum que em momentos em que deveriam estar
sendo discutidos assuntos profissionais, os membros tentem resolver questões
pessoais da família. Esse hábito deve ser excluído da rotina da organização:
problemas empresariais e familiares nunca devem estar em uma mesma co con-
versa.
Além de atrapalhar o desenvolvimento de uma questão interna, discutir assu
assun-
tos pessoais no ambiente de trabalho não traz uma boa impressão aos demais
funcionários.
Ausência de Diretrizes
A sucessão, para ser bem
bem-sucedida, de-
pende de uma estratégia que est
estabeleça
diretrizes para curto, médio e longo pr
pra-
zos. Testar diferentes cargos ou p posi-
ções para os familiares pode atrapalhar
– e muito – o andamento do n negócio.
Todo processo deve ser bem definido,
com prazos e metas a se cumprir.
Para reduzir as ameaças e os problemas
futuros, a recomendação é que a empr
empresa
sa crie um planejamento estratégico,
que acompanhe a dimensão, as pessoas e cada atividade desenvolvid
desenvolvida.
Choque Cultural
Os familiares a ocuparem novos cargos na empresa devem passar por trein
treina-
mentos e uma imersão na cultura organizacional do negócio para evitar poss
possí-
veis choques culturais com a nova realidade e parceiros. Em uma organização,
todos os colaboradores
boradores precisam falar a mesma língua, abandonando as que
ques-
tões relacionadas à hierarquia ou à influência familiar.
54
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRICOLAS
A prática de comercializar bens e/ou produtos, para muitos, é uma habilidade
inata, um dom para negócios, uma questão de bom senso. Para outros, trata
trata-
se de uma ciência e, portanto, apr
apre-
senta várias técnicas que, combinadas
a uma "filosofia" de como administrar
adequadamente as questões, podem
ampliar,
pliar, substancialmente, o sucesso
da comercialização agrícola.
A tarefa da comercialização agrícola
ou marketing de produtos agrícolas
deve ser dividida em seis diferentes
grupos de funções, que contribuem p pa-
ra o propósito geral, que é o sucesso da negociação.
Resumidamente, cada função ou gr
gru-
po de funções atende, em geral, às
seguintes proposições:
Função Contatual: Engloba as fu fun-
ções de compra e venda. Envolve o
processo de achar o mercado e de
descobrir compradores e vendedores
potenciais de um produto e fazer cocon-
tatos com eles. As perguntas feitas são
as seguintes:
- Quem são os compradores ou vendedores potenciais?
- Onde eles estão localizados?
- Como podem ser alcançados?
- Qual o melhor canal de comercial
comercialização
zação e os meios de comunicação?
Função Mercadológica: Refere-se
ao ajustamento feito aos
os bens para
atender às exigências do mercado.
Inclui o planejamento e o preparo do
produto para o mercado. Envolve sse-
leção do produto a ser produzido ou
estocado e decisões sobre detalhes
como tamanho,
manho, aparência, aprese
apresen-
tação, forma, embalagem, quantid
quantida-
55
des a serem
rem compradas ou produzida
produzidas,s, época de produção ou compra e linhas
de preços, entre outros. Constitui
Constitui-se
se das funções de beneficiamento, classifica-
classific
ção, padronização e embalagem. Envolve a coordenação do setor de venda
com a produção e do setor de compr
compra a com a revenda. Inclui determinação
determin de
qualidade, bem como a pesagem, embalagem e determinação de ma marca e dis-
tribuição em pontos estratégicos para estimular o interesse do cons
consumidor.
Função de Propaganda (Informação de Mercado): É responsável pela cria- cri
ção
ão de demanda ou condicionamento de compradores e vendedores a uma at ati-
tude favorável em relação ao produto ou ao
seu responsável. Inclui métodos usados ppe-
los vendedores e pelos compra dores para
influenciar compradores e ve
vendedores, res-
pectivamente. Normalmente,
mente, não tem sent
senti-
do numa economia de baixo consumo e de
produtos agrícolas básicos, mais cresce em
importância
cia na comercial
comercialização de vários
produtos que permitem maior agregação de
valor. Entretanto, na maioria das vezes a
função da propaganda, no caso mais específico de produtos agrícolas,
agríc exerce
maior papel de informação de merc
mercado
do do que de publicidade ou influência
i pa-
ra consumo.
Função de Estabelecimento de Preço: Refere-se se à busca do melhor preço e
a sua fixação. Um preço deve ser alto o ssu-
ficiente para compensar a sua pr produção e
baixo o suficiente para induzir os comprad
comprado-
res a aceitá-lo.
lo. Os preços não são só sisim-
ples função da oferta e procura, d dependem
também de outros fatores como demanda
esperada; custo de produção e venda; pr pre-
ços dos competidores. s. É um prprocesso de
tentativa e erro e inclui estudo de demanda,
oferta, elasticidade, competição, monopólio, segmentação de mercado e dif
dife-
renciação de produto.
Função de Distribuição Física: Refere-se se à colocação de bens no mercado
no tempo certo e no lug
lugar
ar certo. É o suporte físico à movimentação ou fluxo
das mercadorias. Inclui as funções de transporte e armazenamento.
Função de Terminação: Uma vez estabelecido o contato entre vendedores e
compradores, torna-se
se necessário "negociar", chegar a um acordo ssobre pelo
menos três pontos essenciais:
56
a) qualidade;
b) quantidade; e
c) preços.
Assim, a função de terminação refrefe-
re-se
se à conservação do processo de
comercialização ou efetivação da
transação comercial. Todavia, essa
função envolve um aspecto mais a am-
plo do que a pura negociação sobre
o estabelecimento de datas de entr
entre-
ga, condições de crédito, garantias e assistência; envolve, também, os aspe
aspec-
tos morais (às vezes) e legais do vevendedor,
dedor, com relação aos compromissos
assumidos sobre o produto e sobre a transferência de sua posse. Inclui, ainda,
as funções de financiamento e de aassunção de risco.
Comercialização x Utilidade x Valor Agregado
Os desejos dos consumidores reais e p po-
tenciais podem ser traduzidos em termos
das utilidades que a comercialização in-
corpora aos bens e serviços. A utilidade é
a qualidade que faz com que um bem seja
desejado ou procurado; é a capacidade
que possui um bem ou serviço de satisf
satisfa-
zer a uma necessidade ou a um desejo.
Nesse aspecto, a definição de comercialização como "o p processo
rocesso que cria e
transfere utilidades" é particularmente significativa, principalmente do ponto de
vista didático e funcional. O processo que cria e transfere utilidades é a própria
“função” da comercialização, já o conceito de utilidade envolvido nessa defini-
ção torna mais concreto o significado da função de comercialização à medida
que cada uma das funções possui uma utilidade específica ou grupo de utilidutilida-
des.
O conceito de utilidade também pode ser entendido, na prática, como o conce
concei-
to de valor adicionado
onado ou agregado. Ou seja, quando se incorpora uma utilid
utilida-
de ao produto, através de uma função de comercialização, o produto tem o seu
valor aumentado, que pode ser igual ou maior que o custo de fazer tal função
de comercialização.
Há vários tipos de utilidades
idades de ccomercialização, tais como:
57
Utilidade de Forma: é a satisfação
que o consumidor tem da forma como
o produto se apresenta para consconsu-
mo. Exemplo: leite pasteurizado, leite
em pó, leite aromatizado, leite co con-
densado,
do, entre outros. Dar utilidade
de forma
ma ao produto é uma função
particular
lar da comercialização que ppo-
de desempenhá-la la através de dive
diver-
sas funções,
ções, por exemplo, através do
beneficiamento, do processamento
cessamento industr
industrial.
Utilidade de Tempo: é a satisfação
que o consumidor tem de poder contar
com
om o produto na hora desejada ou
procurada. Dar utilidade de tempo ao
produto é, por exemplo, ter um prod
produ-
to armazenado para ser consumido
sempre que se desejar. O armazen
armazena-
mento desempenha essa função.
Utilidade de Lugar: é a satisfação que o consumidor ttem
em de encontrar o pro-
pr
duto ou serviço no lugar onde ele o
deseja ou procura. Dar utilidade de llu-
gar ao produto é transportá
transportá-lo ade-
quadamente para o lugar desejado
pelo consumidor.
dor. A função de tran
trans-
portes desempenha essa função.
Utilidade de Posse: é a satis
satisfação
que o consumidor tem em possuir um
bem ou serviço. Dar utilidade de po
posse
se ao produto é fazer tudo que facilite a
sua aquisição pelo consumidor, e esta é uma função da comercialização que é
desempenhada por meio de várias o outras
tras funções como, a função de financia-
mento ou um sistema de crédito ao cocon-
sumidor na aquisição de um bem ccaro,
por exemplo; através da função de e em-
balagem que facilita o transporte da
mercadoria; através da função de pr pro-
paganda, que divulga adequadamente o
produto influenciando a sua aquisição,
entre outros.
Utilidade Social: é a satisfação que o
58
consumidor tem de consumir um prod
produto
to ou serviço que proporciona bem-estar
bem
para a comunidade. Dar utilidade ssocial
cial a um produto é colocar alguma quali-
qual
dade no produto que resulte em bem
bem-estartar para a sociedade como um todo, e
isto pode ser feito, por exemplo, no caso de se usar uma embalagem não não-
poluente ou biodegradável.
Utilidade de Segurança na Expectativa
Expectativa:
é a satisfação que o consumidor tem na
segurança de expectativa com relação a
uma promessa qualquer na comecomercializa-
ção de um produto ou serviço, como qu qua-
lidade, assistência técnica, pr
prazo de pa-
gamento, juros, atendimento. Dar util
utilida-
de de segurança de expectat
expectativa a um
produto, por exemplo, é garantir que a sua qualidade irá durar o per
período de
tempo
po prometido ou anunciado.
OFERTA E DEMANDA NO AGRONEGÓCIO
59
Arroz e feijão não são produtos representativos em termos de exportação e iim-
portação, já que o País produz quase a totalidade do que consome
consome, sobretudo
no caso do feijão, cujo consumo é tipicamente brasileiro
A produção de alimentos na economia brasileira vem sofrendo alterações de des-
de a década de 1990, principalmente, haja vista grande parte dos recursos a-
grícolas do País vir sendo deslocada p para
ara a produção de bens exportáveis.
Dessa forma, a demanda por alimentos brasileiros pode ser dividida em: inte
inter-
na – representada pelo arroz e o feijão; e externa – representada pela carne
bovina, carne suína e carne de frango. Pode
Pode-se se dizer que ambas as demandas,
d
interna e externa, são concorrentes entre si, já que o aumento dos recursos p
pa-
ra o atendimento de uma reduz os recursos disponíveis para o da outra
outra.
Tanto a demanda externa quanto a interna dependeriam, basicamente, dos
preços domésticos (uma ele elevação
vação desses tornaria as culturas voltadas para o
mercado interno mais atraentes); da tta-
xa de câmbio; do preço externo; do tta-
manho da população; da renda per ca cap-
ta; e da distribuição de renda.
Não se pode falar da demanda sem se
fazer comentários sobre os fatores que
afetam as ofertas externa e interna de
alimentos, pois, tanto a oferta externa
quanto a interna dependem, basicame
basicamen-
te, dos preços de exportação, dos prpreços
ços internos, da taxa de câmbio, da mu-
m
dança tecnológica dos produtos de exportação em relaçã
relação
o aos bens domésti-
domést
cos, assim como do risco econômico dos bens exportáveis em relação aos não
comercializados externamente. Além de depender dessas variáveis, a oferta iin-
terna depende também do custo de oportunidade do fator trabalho na pequena
produção agrícola.
ícola. Uma elevação da taxa de câmbio aumentaria a demanda
externa por produtos brasileiros, na medida em que nossos produtos se torntorna-
riam mais baratos. Isso acabaria motivando a oferta de exportação, e os recu
recur-
sos destinados à produção de bens voltados pa para
ra o abastecimento da deman-
dema
da interna seriam deslocados para atender a um crescimento da demanda e ex-
terna. As elevações do preço dos produtos exportáveis aumentaram o intere
interes-
se do produtor por essas culturas e, consequentemente,, incentivaram o cres-
cre
cimento das
as pesquisas voltadas para tais atividades. Um exemplo disso oco ocor-
reu em relação à soja: a melhora no preço externo tornou o grão extremamente
atraente para os produtores, estimulando pesquisas que possibilitaram o cultivo
dela em regiões nas quais isso era antes inviável.
60
INSUMOS AGRICOLAS PARA O AGRONEGÓCIO
61
Dessa maneira, os produtores podem enfrentar uma quantidade bem menor de
problemas relacionados com pragas e doenças que geralmente atingem as
plantações convencionais no modelo de monocultura com insumos agrícolas
legalizados por meio do decreto nº 6913, de 23 de julho de 2009.
A substituição dos agroquímicos pelo controle biológico
A agricultura orgânica brasileira tem nesse tópico um dos principais desafios.
Uma vez que a aplicação dos defensivos agrícolas é muito utili
utilizada
zada nas planta-
plant
ções convencionais, aumentando consideravelmente a produção e também os
riscos à saúde.
No entanto, o uso das novas tecnologias e dos insumos agrícolas mais susten-
suste
táveis se apresenta como uma alternat
alternati-
va para ampliar a participação dos o orgâ-
nicos nos diferentes tipos de merc
mercado.
Inclusive, os insumos sustentáveis são a
aposta para aumentar a competitividade,
ampliando a produção e a comercializ
comercializa-
ção dos orgânicos.
Nesse cenário, o controle biológico é
uma boa resposta para garantir
a qualidade
idade dos produtos, destinando
uma maior confiabilidade aos consum
consumidores
dores assim como os órgãos fiscalizado-
fiscalizad
res.
O fortalecimento do solo
Sabendo que o solo brasileiro não é tão rico em nutrientes, o desenvolvimento
de insumos que resolvam essa limit
limita-
ção
o pode ser uma boa resposta para
melhorar
lhorar a participação da produção
agrícola brasileira.
Uma alternativa incentivada por pe
pes-
quisadores é a adubação verde
e compostagem — métodos que estão
conquistando cada vez mais agricult
agriculto-
res orgânicos.
A tendência é que
ue novos fertilizantes
orgânicos entrem no mercado para atender a demanda que surge em rrazão da
necessidade de fortalecimento do solo.
62
A adubação biológica e orgânica também vem sendo muito defendida por pro-
pr
dutores em torno do combate às pragas sem que ac
aconteça
onteça uma agressão ao
meio ambiente.
63
O Projeto Educampo
ucampo Fruticultura surgiu
a partir do programa Gestão Avançada,
uma iniciativa do Sebrae, criada em
1997 em Minas Gerais e idealizada
como modelo de assistência gerencial
e tecnológica para grupos de produt
produto-
res de uma mesma atividade econôm
econômi-
ca.
De acordo com o consultor técnico do
Educampo, Saulo David Rezende, a
prática de compra em conjunto é fu fundamental
damental para a aquisição de produtos
mais em conta. Para isso, os produt
produtores
res informam antecipadamente suas de-
d
mandas de compras para fazer as cot cotações. “Fizemos a primeira compra em
janeiro deste ano e conseguimos uma economia de 31%. Na segunda compra,
feita em abril, economizamos 25%. A terceira compra ainda está sendo fech fecha-
da, mas a expectativa é que seja ma mantida
tida essa média de redução de custos”,
afirma. Para ele,
le, o sucesso da iniciativa pode chegar a outras cadeias produt
produti-
vas e a intenção, em breve, é ampliar p para outros grupos.
“Esta prática veio ao encontro de uma das principais necessidades dos prod
produ-
tores, que é a diminuição do custo na compra de insumos. Co
Comm essa economia
eles tendem a ser mais competitivos no mercado de venda de frutas”, enfatiza
Wanderson Rodrigues, analista técnico do Sebrae e gestor regional do projeto.
União faz a força
Rubens Shigueru produz uva, banana e tangerina. Ele destaca a impor
importância
do Projeto Educampo por facilitar as compras coletivas. “Acredito que a união
faz a força. Além da economia, o grupo gera também uma troca de experiência
que acrescenta muito para nós produtores”, pontua.
Já o produtor de banana Edson Yukio Sassak é defensor da compra coletiva e
acredita que as ações realizadas em grupo devem ultrapassar a gestão finafinan-
ceira. “Além da economia na compra de insumos, tratamos de outras questões
como qualificação rural, manejo de irrigação, consultoria e apoio para viage
viagens
técnicas”, explica.
COOPERATIVAS AGROPECUARIAS
65
dos ainda tem dificuldades de co
compreender
preender o papel de uma cooperativa e de
seus benefícios.
Objetivo das Ações:
Consolidar e fortalecer a atuação do
sistema cooperativista
sta em todos os
seus ramos e do associativismo rural,
participando dos processos de criação
de trabalho e emprego, de produção de
alimentos, de geração e distribuição de
renda e da melhoria da qualidade de
vida das comunidades rurais e urb urba-
nas.
Quem beneficia:
• Produtores rurais organizados em cooperativas ou associações rurais; e
• Cooperativas em geral, tanto as ligadas
às atividades rurais quanto as const
constituí-
das no meio urbano, e suas entidades
representativas.
Qualquer atividade agropecuária nada
maiss é do que uma atividade econômica
onde o produtor planta, cria, produz e
muitas vezes até industrializa, tendo cco-
mo finalidade escoar seu produto e obter
lucros com isso. Esse é o objetivo final do produtor rural obter lucro com a sua
produção. Tendo isso em mente, todo o processo produtivo, administrativo e
comercial precisa ser bem feito e bem pl planejado.
nejado. Muitas vezes, um produtor
não consegue atingir suas metas, simple
simplesmente
mente por não ter feito um planeja-
planej
mento eficiente e o maior erro ou "furo" no planejam
planejamento
ento é não ter meios efici-
efic
entes para escoar a produção. É aí que pode entrar a atuação das cooperat
cooperati-
vas agrícolas.
Quais são as funções das cooperativas agrícolas? No que elas podem auxiliar
os produtores rurais? Originalmente, e por vocação principal, as cooperativas
agrícolas servem para conseguir escoar, da melhor maneira possível, a prod
produ-
ção agropecuária. Um produtor de leite, por exemplo, pode vender toda a sua
produção para uma cooperativa de produtores de leite, sem ter que se preoc
preocu-
par em correr atrás
rás de compradores e de bons preços para seus produtos. Os
preços de compra praticados pelas cooperativas costumam ser razoáveis e jujus-
66
tos, pois se isso não ocorre, os
próprios cooperados vão querer
saber as razões
zões e corrigir poss
possí-
veis injustiças.
Com o produto
oduto da produção de
muitos produtores rurais, as co
coo-
perativas conseguem
seguem fazer gra
gran-
des negócios, inclusive na área
de exportação. São neg negócios
que, individualmente, os coop
coope-
rados nunca teriam condições de
efetuar.
Além da parte comercial, a maioria das co cooperativas
operativas mantém uma equipe de
técnicos, veterinários e agrônomos para dar suporte aos produtores, garantindo
maiores e melhores produções, o que é interesse tanto do cooperado quanto
da cooperativa. Essa assessoria técnica é muito valiosa, principalmente
principalmente, para
quem está iniciando a sua produção. Se um proprietário rural pretende iniciar
uma plantação ou criação, deve sempre procurar a cooperativa mais próxima,
filiar-se
se e começar a usufruir das facilidades que esta lhe oferecer. As cooper
coopera-
tivas também prestam
stam serviços para o produtor, como o beneficiamento de cca-
fé, pasteurização de leite, embalagem de produtos, etc.
Muitas vezes, os benefícios são indiretos, como acabar se relacionando com
outros produtores e conseguir informações vitais para o empreendi
empreendimento. É um
lugar de referência, utilizado para contratação de mão de obra, fonte de info
infor-
mações e auxílio técnico, comercialização da produção e, ainda, onde se cocom-
pra materiais e produtos agropecuários, pois a maioria das cooperativas dispõe
de uma ou mais is lojas para atender não só os cooperados mas como toda a
comunidade local.
Existem cerca de 1000 cooperativas espalhadas por todo o país. Muitas delas,
são cooperativas especializadas em um determinado tipo de produto. Por e-
xemplo, cooperativa de produt
produtores
ores de cana ou de criadores de gado ou de pro-
pr
dutores de café, etc. Se na mesma região, o produtor rural puder optar entre
duas ou mais cooperativas, este deve verificar quais são as vantagens que cca-
da uma oferece e se decidir pela melhor. Muitas vezes, é interessante fazer
parte de mais de uma cooperativa, pois as vantagens podem ser complement
complementa-
res e, em certos casos, uma cooperativa pode estar praticando preços mas
vantajosos. É apenas uma questão de analisar o que cada uma oferece.
67
Veja as cooperativass habilidades e desabilitadas hoje no Brasil
( http://www.mda.gov.br/sitemda/pagina/cooperativas
http://www.mda.gov.br/sitemda/pagina/cooperativas-habilitadas )
68
INOVAÇÃO NO AGRONEGÓCIO
69
custos de produção (insumos, mão
mão-de-obra, etc.) que são incertos e podem ser
cruciais no processo produtivo.
Contudo, não se deve pensar que o agronegócio é coisa apenas de grande
produtor rural. Dele participam desde os agricultores altamente competitivos
até os agricultores familiares. A principal diferença está na escala de produção,
e em um mercado futuro, altamente competitivo, os pequenos só sobreviverão
caso participem de processos de cooperação entre diversos atores da cadeia
produtiva, principalmente entre os próprios agricultores familiares. Não resi
resisti-
rão os agricultores, pecuaristas e agroindústrias que não se adequarem às n no-
vas exigências do mercado, o que significa iin-
corporarem inovações tecnológ
tecnológicas e conheci-
mentos que os tornem competit
competitivos. Por isso, a
relevância dos investimentos em Ciência &
Tecnologia.
Portanto, para o futuro temos alguns desafios:
desenvolvimento de biotecnologias com bioss
biosse-
gurança, respeitando tanto as vantagens conf
confe-
ridas aos produtores (alta produtividade, baixos
custos, etc.) bem como as exigências dos co consumidores (qualidade,
idade, seguran-
segura
ça, etc.). Enfim, o mercado está cada vez mais competitivo e exigente, e se a-
dequar a ele, é algo primordial para continuidade de um avanço de produtivid
produtivida-
de e tecnologia no campo.
70
As cooperativas e associações de produt
produto-
res rurais são armas muito úteis ao agr agro-
negócio familiar,
r, pois abrem portas de papar-
ceiras entre produtores e poss
possibilitam tam-
bém a utilização de linhas de crédito espespe-
ciais para o ramo. Além disso, ainda são
ampliadas as oportunidades de cursos de
profissionalização voltadas para os agragricul-
tores rurais, o que estimula o aprendiz
aprendizado do de novas práticas para aumentar a
lucratividade
cratividade da propriedade rural. As associações e cooperativas rurais de
modo geral auxiliam o produtor a crescer o seu negócio e se fazer mais prese
presen-
te no mercado de sua região.
Existem exemplos de cooperativas e associações que provêm ao produtor rural
tecnologia quando um sozinho não tem possibilidade de adquirir máquinas de
colheita e cultivo de terra como perfuradores de solo e roçadeiras. São nesses
casos que podemos entender como esse tipo d dee parceria pode trazer mais be-
b
nefícios ao produtor rural, permitindo um crescimento muito mais rápido em seu
negócio.
72
Com um software de gestão rural o prpro-
dutor pode economizar tempo nas que
ques-
tões relativas à gestão do negócio, algo
que em geral acaba por exigir muita a-
tenção. Com a economia de tempo na
gestão de negócio o agricultor pod
pode se
preocupar mais com o produto, o que
sempre foi o seu foco, e assim manter sua qualidade.
AGRICULTURA 4.0
73
Bom demais para ser verdade? Nada disso! Confira abaixo 7 tecnologias de
agricultura sustentável já disponíveis no mercado e que você não pode mais
ignorar! Confira!
1. Conheça a agricultura de precisão
Todo gestor agrícola sabe que as cca-
racterísticas
ísticas das áreas de plantio não
são uniformes. Cada pedaço da ffa-
zenda necessita de quantidades e tti-
pos de insumos
mos diferentes. Entretanto,
a solução
ção de entender grandes áreas
como homogêneas,
gêneas, utilizada em larga
escala pelos produtores, prevê a aplapli-
cação de quantidades
tidades de adubos, fert
ferti-
lizantes e insumos iguais em toda a
propriedade, considerando
derando uma média. O result
resultado?
do? Discrepâncias e não uni-
un
formidade de produção.
É exatamente nesse ponto que entra a agricultura de precisão. Com a utiliz
utiliza-
ção de tecnologias de
e referenciamento e posicionamento dadas por sistemas
de GPS avançados, é possível gerir o campo metro a metro.
Dessa maneira, aplica-se
se a quantidade de insumos, fertilizantes e defensivos
exata para cada área, no momento mais adequado. A utilização da ag agricultura
de precisão gera economia financeira, poupa o meio ambiente e aumenta co con-
sideravelmente a produtividade das á-
reas. Impossível ser melhor, certo?
2. Prepare-se
se para a autonomia das
máquinas agrícolas
O cenário futurístico no qual robôs fazem
grandee parte do trabalho braçal já chche-
gou à produção agrícola. Protótipos de
tratores, colheitadeiras e arados que ppo-
dem ser comandados à distância já ffo-
ram lançados no mercado.
Nessas máquinas, o operador é substituído por sistemas inteligentes, sens
senso-
res, rádio,
o, dados e GPS que respondem a comandos previamente configurados
e são controlados por tablets e smartphones. A tecnologia está sendo consid
conside-
rada como uma evolução da agricultura de precisão.
74
3. Mapeie sua colheita
O primeiro passo para utilizar a agr
agri-
cultura
ltura 4.0 a seu favor é verificar
como andamdam as suas terras, certo?
Sabendo com precisão o quanto cca-
da área está gerando,
rando, é possível iin-
vestigar os motivos de baixa prod
produ-
tividade de determinado local, ffa-
zendo seu manejo pontual.
E é exatamente essa informaç
informação
que o mapeamento da colheita é
capaz de fornecer. Por meio de ccolheitadeiras
lheitadeiras equipadas com GPS (que marca
a posição da máquina) e com sensores (que medem a quantidade de grãos cco-
lhidos em cada posição), você saberá determinar exatamente a variabilidade
espacial de produção dentro de suas propriedades.
4. Adote sistemas e tenha indic
indicadores
A agricultura do futuro não visa sso-
mente ao aumento de produtividade
sem limites. Para manter uma área
produtiva ao longo do tempo, é n ne-
cessário também aumentar a eficefici-
ência do uso da terra e dos recu
recur-
sos financeiros, além de diminuir o
impacto ambiental ao máximo.
Mas como gerir todas essas vari
variá-
veis, sabendo exatamente onde e de que forma intervir? A resposta está na
análise de bons indicadores. Utilizando si
sistemas integrados
tegrados e agricultura de
precisão, dados serão gerados, permitindo manejar cada questão relacionada à
produção da maneira mais eficiente e dir
direta
ta possível. Isso gera economia de
tempo, mão de obra e recursos naturais e financeiros.
5. Deixe que os sensor
sensores façam seu
trabalho
Sensores óticos ligados a computadores
com inteligência artificial e acesso à inte
inter-
net são capazes de trabalhar praticamente
sozinhos, deixando você livre para lidar
com outras questões da gestão agrícola.
Controle de irrigação e apli
aplicação de insu-
75
mos e nutrientes em períodos previ
previamente
mente configurados são apenas alguns
exemplos do grande auxílio que o uso de sensores é capaz de proporcionar.
6. Acostume-se
se com drones sobrevoando a colheita
Os drones, veículos aéreos não trip
tripu-
lados, são também uma ferramenta iin-
crível
vel trazida com o desenvolvimento
da agricultura de precisão. Eles podem
ser coordenados à distância, seja por
pessoas, seja por controladores aut
auto-
máticos previamente programados.
A grande versatilidade desse equipequipa-
mento, sem dúvida,
ida, vale o investime
investimen-
to. Com o uso de drones sobrevoando
as áreas da propriedade, é possível analisar a plantação, detectar pragas e ffa-
lhas, demarcar áreas de plantio, acompanhar
companhar o desenvolvimento da safra, mo-
m
nitorar níveis de desmatamento, encontrar nasc
nascentes
entes de água, achar focos de
incêndio, entre muitas outras fu
funções.
7. Não tenha medo do Big Data
O conceito de Big Data (que resum
resumi-
damente significa o armazenamento,
a organização e a análise de gragran-
des volumes de dados) ainda é visto
com desconfiança por or muitos prod
produ-
tores agrícolas. Entretanto, saiba
que a adoção do Big Data pode tr tra-
zer benefícios reais ao seu negócio!
Afinal, é humanamente impossível reunir e analisar dados de colheita e prod
produ-
ção de maneira manual, relacionando
relacionando-os a características geomorfológicas
morfológicas de
solo e dados meteorológicos a fim de traçar estratégias de manejo adequadas.
O Big Data faz tudo isso por você. Por meio dele, é possível antecipar a oco
ocor-
rência de doenças e pragas (levando em conta os níveis de umidade do ar,
presença do patógeno
atógeno e temperatura em determinados intervalos de tempo),
simular a probabilidade de a praga infestar a plantação e determinar o volume
de defensivo adequado a ser aplicado. Incrível, não é mesmo?
Com o Big Data, também é possível gerir adequadamente os recursos hídricos.
Dependendo da textura do solo, determinadas áreas conseguem armazenar
mais água do que outras, necessitando de menos irrigação.
76
Economizar água e insumos: bom para você, excelente para o meio ambiente.
É a agricultura sustentável chegand
chegandoo para ficar, beneficiando o planeta e os
produtores!
O CENÁRIO TECNOLÓ
ÓGICO NO AGRONEGÓCIO
O cenário da tecnologia e da inovação na agropecuária brasileira
brasileira. Fala-se mui-
to que o Brasil tem progredido pouco na área de ciência, tecnologia e inovação.
Realmente,
nte, o progresso é pequeno na maioria dos setores da economia e não
existe uma cultura de investimento em pesquisa nas indústrias. Empresas in ino-
vam pouco, fazendo com que percamos competitividade perante nossos co con-
correntes. Mas será que isso o-
corre também com a locomotiva
da economia brasileira? Será que
a agropecuária
opecuária inova pouco no
país?
O Brasil do “Jeca Tatu” vai aos
poucos ficando no imaginário dos
nostálgicos, enquanto os númnúme-
ros positivos da agropecuária iinvadem
vadem o noticiário constantemente: recordes
de produções; e um setor pujante desfila orgulhosamente na Marquês de S Sa-
pucaí. Cidades inteiras brotam nos sertões do Brasil Central com IDHs (Índice
de Desenvolvimento Humano) e europeus.
ropeus. A agropecuária mantém positiva a ba-
b
lança comercial, os alimentos bbaratos
tos e a segurança energética do país, e é a
principal responsável pela estab
estabilidade da economia e a financiadora
ciadora das políti-
polít
cas sociais.
Evidentemente, há condições extremamente favoráveis para a produção, como
a abundância de água e luz. Mas de nada valer
valeriam
iam esses recursos se não hou-
ho
vesse um forte caráter inovador na agricultura brasileira. Foi o empreended
empreendedo-
rismo do produtor, apoiado pela rede
de geração de tecnologias tropicais
capitaneada
taneada pela Embrapa, que colcolo-
cou a agricultura do nosso país nos
patamaress que hoje experimentamos.
Solos ácidos corrigidos, materiais g
ge-
néticos adaptados
dos e grande aparato
tecnológico
gico em máquinas, equipequipa-
mentos e produtos torrnaram áreas
consideradas
das de baixo potencial em
verdadeiros
ros oásis de prod
produção. Avan-
77
çou-se na biotecnologia e incorporaram-sese tecnologias de gestão e de informa-
inform
ção, enquanto o plantio direto eliminou a erosão
rosão e abriu caminho para
p sistemas
produtivos integrados.
Inovadores modelos de agricultura de precisão racionalizam o uso dos recu recur-
sos. O entendimento sobre o os s processos biológicos incorpora aos sistemas de
produção estratégias de controle biológico de pragas, fixação biológica de n ni-
trogênio, bioativadores, fertilizantes organominerais. Enfim, crescimento em
produtividade, com sustentabilidade e qualidade nos a alimentos
limentos produzidos.
78
APLICATIVOS UTEIS PARA O AGRONEGÓCIO
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ionicframework.jetbovapp
459755&hl=pt_BR
79
APP de uso consolidado e áreas de uso restrito do imóv
imóvel,
el, tendo vegetação
nativa ou não em cada uma das situações. Gratuito.
http://www.imaflora.org/codigoflorestal/aplicativo/simulador.html
http://apps4business.com.br/portfolio/canal
http://apps4business.com.br/portfolio/canal-rural-projeto-soja-brasil/
brasil/
80
FieldsAreaMeasure. Im
Imagens de satélite.
Disponível em português, ele permite ao produtor medir o perímetro e o cálc
cálcu-
lo de áreas por meio de imagens de satélites. Para isso, deve
deve-se
se usar o GPS
para localizar a propriedade e fazer a marcação dos pontos. Desenvolvido para
Android
id e Apple. É gratuito.
https://gps-fields-area-measure.br.uptodown.com/android
measure.br.uptodown.com/android
81
INMET Tempo e Clima. Previsão Climática.
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.inmet&hl=pt
82
TankMix . Auxílio na pulverização de lavouras.
http://www.yarabrasil.com.br/nutricao
http://www.yarabrasil.com.br/nutricao-plantas/ferramentas-servicos/tankmix/
servicos/tankmix/
83
https://www.agrosmart.com.br/
Disponível para Android,, este app auxilia o agricultor em cálculos para uma sé-
s
rie de atividades, como semeadura, adubação e fertilização, entre outras. Ele
permite, por exemplo, determinar a quantidade adequada de plantas em uma
área específica. Disponível para Android. Preço: R$ 6,34.
https://play.google.com/store/apps/
https://play.google.com/store/apps/details?id=samf.lwc&hl=pt_BR
details?id=samf.lwc&hl=pt_BR
84
IZAgro. Auxilia no controle de pragas.
Recém-associada
associada à incubadora EsalqTec, a IZAgro criou um aplicativo gratuito
que fornece informações sobre ameaças às plantações e produtos capazes de
combate-las.
las. A ideia é que produtores, técnicos e estudantes tenham acesso a
dados sobre produtos registrados para controle de pr pragas,
agas, doenças, plantas
daninhas em mais de 10 culturas diferentes. Disponível para Android e iOS.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.angular.izagro&hl=pt_
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.angular.izagro&hl=pt_BR
85
Strider. Auxilia no controle de pragas
pragas.
https://strider.ag/na-midia/aplicativo
midia/aplicativo-para-controle-de-pragas/
https://play.google.com/store/apps/details?id=mdr.commodities&hl=pt
https://play.google.com/store/apps/details?id=mdr.commodities&hl=pt-br
86
Aplicativo da Lindsay Corporation 6 – FieldNET
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.digitec.fieldnet.android&hl=B
R
87
Consórcio
sórcio Antiferrugem - Aplicativo da PBA
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.pbasoftware.caf&hl=pt_BR
store/apps/details?id=com.pbasoftware.caf&hl=pt_BR
LynxDashboard - GAtec
https://play.google.com/store/
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.gatec.lynx&hl=pt_BR
apps/details?id=com.gatec.lynx&hl=pt_BR
88
TeeJet - TeeJet Technologies
http://www.teejet.com/tools/spray
http://www.teejet.com/tools/spray-nozzle_selection.aspx
89
Suplemento Certo
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.embrapa.cnpgc.bcss&hl=pt
90
Adama Alvo
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.adama.fieldsolve&hl=pt
s://play.google.com/store/apps/details?id=com.adama.fieldsolve&hl=pt
https://play.google.com/store/apps/detai
https://play.google.com/store/apps/details?id=air.com.taplogic.tankmixcalculator
ls?id=air.com.taplogic.tankmixcalculator
&hl=pt_BR
91
Gisleite App
O GisleiteApp é um aplicativo para dispositivos móveis (smartph (smartpho-
nes ou tablets) da plataforma Gisleite (Gestão Informatizada de Sistemas de
Produção de Leite), desenvolvida p pela
ela Embrapa Gado de Leite.
O seu objetivo é facilitar a coleta de dados nos sistemas de produção, inclusive
em locais sem disponibilidade de acesso à Internet.
As principais funcionalidades incluem o registro de coberturas, registro de d di-
agnósticos de prenhez,
hez, registro de partos/nascimentos, registro de controle le
lei-
teiro, registro de encerramento de lactação, registro de pesagens, registro de
movimentações e consulta a relatórios.
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.embrapa.gisleite&hl=pt_B
R
92
PLATAFORMAS E SERVIÇOS WEB
Agropensa Embrapa
Ferramenta utilizada para analise de diversos produtos do agronegócio aonde
o gestor rural poderá analisar rrelações
elações de importação e exportação daquele de-
d
terminado produto em diferentes épocas bem como preços e outras inform informa-
ções, esta ferramenta pode ser acessada de qualquer computador e se faz n ne-
cessário possuir a versão do ADOBE FLASH PLAYER Instalada no naveg navegador.
Acesse pelo link abaixo:
https://www.embrapa.br/agropensa/comercio
https://www.embrapa.br/agropensa/comercio-exterior-agro
Central Brasileira de
e Comercialização
Uma nova plataforma online de compra e venda de commoditi
commodities
es e insumos a-
grícolas promete facilitar as neg
nego-
ciações de mais de 200 produtos.
É a Central Brasileira de Comerci
Comercia-
lização (CBC), que está no ar de
des-
te dezembro de 2015. Segundo
Eduardo Fogaça, diretor comercial
da empresa, até o momento já ffo-
ram comercializados
zados R$ 2,5 m mi-
lhões, por mais de 800 usuários a-
tivos.
93
O site funciona assim: em um ambiente digital seguro (o site usa as mesmas
tecnologias de bancos como o Itaú), que pode ser acessado em computadores,
smartphones e tablets, reúnem
reúnem-se players do mercado que anunciam seus
produtos ou seus interesses de compra. A partir disso, começam a estabelecer
todas as condições envolvidas nesse tipo de transação comercial.
A negociação ocorre com uma ou mais pessoas ao mesmo tempo, ditando os
preços de acordo com a o oferta
ferta e demanda, sem intermediários. No fim, é pos-
po
sível gerar relatórios, gerenciar acordos e saber exatamente o momento em
que o negócio foi fechado.
No modelo convencional, o negociador precisa contatar cada pessoa individ
individu-
almente, o que pode levar mais de um dia. “Hoje tudo é muito rápido, não há
tempo para nada. O comprador ou vendedor perde tempo ligando para negoc negoci-
ar e um dia a menos pode resultar na perda de milhões de reais. Na platafo
platafor-
ma, eles podem falar com várias pessoas simultaneamente e resolv
resolver tudo ali
em 30 minutos", conta Sérgio Barroso, ex
ex-presidente
presidente da Cargill no Brasil e atual
conselheiro da CBC.
O cadastro é grátis e pode ser feito por qualquer pessoa jurídica. Isso inclui a
agricultura familiar, que responde a mais de 80% da produção a agrícola do Bra-
sil e tem no site a oportunidade de comercializar diretamente com seus clie
clien-
tes. “Qualquer produtor pode negociar, desde os pequenos até os grandes. E
podem vender também qualquer quantidade, em todo o território nacional”, e ex-
plica Barroso. Nas
as bolsas de mercadorias, são negociados contratos relativos a
grandes volumes de commodities agrícolas.
A CBC não influencia na negociação dos contratos, apenas oferece um amb ambi-
ente seguro para documentar a compra e venda. “Só sabemos do valor final”,
diz Sérgio Barroso. A empresa atua também no pós
pós-venda,
venda, conferindo se hou-
ho
ve o pagamento e entrega da mercadoria. “Toda a documentação fica dispon
disponí-
vel para acessar e pode ser usada para ações jurídicas, por exemplo”, exempl
exempli-
fica o executivo.
Isso reduz os custoss com emolumento (tarifas de registros e custódia da op
ope-
ração) e, segundo a empresa, a economia pode chegar a até metade dos val valo-
res praticados na Bolsa. O percentual cobrado segue a variação tradicional,
que considera os riscos de cada região e produto.
Negócios
A ideia surgiu em 2011, mas só começou a ganhar corpo dois anos atrás. F Fo-
ram investidos R$ 10 milhões no desenvolvimento. Esse montante também
contempla futuras alterações e novas funcionalidades como leilões. “Não faltam
94
recursos para expandir”, ccontabiliza
ontabiliza Fogaça, com experiência de mais de 17
anos no mercado financeiro.
Como meta, a diretoria da CBC mira apenas no volume de negociação, entre
100 e 150 mil toneladas de produtos diversos e seus derivados. Além disso,
quer a participação das grandes do agronegócio, mas sem competir com o
mercado tradicional. “É uma nova cultura de comercialização o que estamos
propondo. Há pessoas que estão nesse mercado há anos, e não queremos
competir com elas, mas trazê
trazê-las
las para a nossa plataforma”, diz Sérgio Barroso.
“Se nós do agronegócio somos eficiente em produzir, teremos de ser também
na negociação", finaliza.
Acesse A Ferramenta
https://www.cbcnegocios.com.br/
95
http://www.kpifarm.com.br/insumos/
Agrolink – Cotações
https://www.agrolink.com.br/cotacoes/
96
Agritempo (EMBRAPA)
https://www.agritempo.gov.br/agritempo/index.jsp
http://www.perfarm.com/planos
97
Agridados - Gestão Rural
https://www.agridados.com.br/index.php
98