Revista Téchne - Pini

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a revista do engenheiro civil

revistatechne.com.br

Edição 275 ano 29


Agosto 2021

Fachada
híbrida
Poliestireno
expandido
revestido de
argamassa
cimentícia é
peça chave em
fachada de
espigão
paulistano
recém-entregue
Vista da fachada do edifício
You,Perdizes, projetado pelo escritório
Perkins&Will, com construção da
Rocontec. A malha ortogonal que
envolve o edifício é o ponto forte do
projeto de apartamentos compactos.
CAPA H á tempos o conceito de brasili-
dade na arquitetura tem sido
questionado. A reinvenção da estéti- FICHA TÉCNICA
ca dos edifícios no Brasil, com o
apogeu moderno que antecede o pe- Nome do Projeto: You,Perdizes
ríodo atual, tem acontecido rapida- Escritório: Perkins&Will
mente e exemplos desse novo mo- Ano de conclusão do projeto: 2021
mento da produção nacional des- Área bruta construída: 11.500m²
pontam como mudanças de para- Localização do projeto: Rua Bartira,
digmas. O bairro de Perdizes, zona 238 – Perdizes, São Paulo / SP
oeste da capital paulista, tem sentido Arquiteto Líder: Douglas Tolaine
a rápida transformação de seu skyli- Créditos fotográficos: Fran Parente

Fachada
ne com a retomada do ritmo acele-
Equipe de Projeto: (Douglas Tolaine,
rado do setor da construção.
Fernando Vidal, Adriana Barbosa,
A equipe de Téchne fica atenta
aos projetos que, de alguma forma, Mariana Galano Coltro, Leticia
Ferolla, Julio Martins, Paul Bringold,

híbrida
saltam aos olhos graças à inovação,
seja na forma, seja nos métodos e Fátima Oliveira e Guilherme
processos construtivos. Esse é o caso Ramalho)
de um recém-entregue edifício assi- Engenharia: Rocontec
nado pelo escritório Perkins&Will e
construído pela Rocontec Constru-
Poliestireno expandido revestido de argamassa ção e Tecnologia.
cimentícia é peça chave em fachada de espigão Vista da fachada do edifício
You,Perdizes, projetado pelo escritório
paulistano recém-entregue pelo escritórios

DIVULGAÇÃO REDRAM
Perkins&Will, com construção da
Rocontec. A malha ortogonal que
Perkins&Will e Rocontec. envolve o edifício é o ponto forte do
Texto: Gustavo Curcio Fotos: Fran Parente projeto de apartamentos compactos.

14 TÉCHNE 275 | AGOSTO DE 2021 15


CAPA

O Projeto
O estilo de vida dinâmico e as
novas leis de zoneamento em São
Paulo favoreceram a multiplicação
dos apartamentos compactos pela
cidade. A cidade vive um processo
intenso de recuperação da conexão
das pessoas com o espaço urbano,
e o pós-pandemia deve intensificar
essa necessidade. A solução do edi-
fício residencial em questão, cha-
mado de You,Perdizes está nas uni-

DIVULGAÇÃO
dades supercompactas de 23 a 33
m² com pé-direito de 3,70 m. Bati-
zada de Studio+, a configuração dá
a sensação de um ambiente mais
amplo, flexibilizando a ocupação.
O morador pode optar por um me-
zanino ou instalar cama e sofás
embutidos em um deck, por exem-
plo. Os grandes vãos permitem
melhor ventilação e iluminação
natural, favorecidas pela caixilha-
ria do piso ao teto, colaborando
com a sensação de amplitude. Há
também as unidades tradicionais,
com 64 m² e dois dormitórios.
Segundo Douglas Tolaine, Líder
de Design do estúdio de arquitetura
Perkins&Will, “trata-se de uma so-
lução inteligente de arquitetura, ba-
seada na engenharia naval, onde
cada centímetro é valorizado”. Os
arquitetos ainda aproveitaram a lo-
Acima, vistas da estrutura exposta da
calização do terreno, no topo de um
malha ortogonal da fachada a partir do
vale em Perdizes, para explorar a
verticalização. As áreas comuns de
“Privilegiamos o coletivo ao invés rooftop do edifício. Na página ao lado,
vista do corpo do edifício, em Perdizes,
lazer e trabalho foram alocadas no do individual. Antes da pandemia, na capital paulista.
topo do prédio para dar aos mora-
dores uma vista 360 graus das Ave- as pessoas estavam cada vez mais
nidas Sumaré e Pacaembu, os eixos
viários mais importantes da região.
conectadas com a rua e o espaço público,
“Privilegiamos o coletivo ao invés resgatando os contatos sociais. Acredito
do individual. Antes da pandemia,
as pessoas estavam cada vez mais que, com o fim seguro do isolamento,
conectadas com a rua e o espaço pú- isso seja fortemente retomado.”
blico, resgatando os contatos so-

DIVULGAÇÃO
ciais. Acredito que, com o fim segu- Douglas Tolaine, Líder de Design do
ro do isolamento, isso seja forte- estúdio de arquitetura Perkins&Will
mente retomado”, explica Tolaine.

16 TÉCHNE 275 | AGOSTO DE 2021 17


CAPA COBERTURA
883.77 PLACA SOLAR LEGENDA ACABAMENTO
883.77 COBERTURA 883.77 COBERTURA
883.77 COBERTURA
883.77 COBERTURA
Ru
FA1 M
I
880.87 26º RESERV. SUP

RESERVATÓRIO

2.9
880.87 26º RESERV. SUP 880.87 26º RESERV. SUP 880.87 26º RESERV. SUP M
876.91 25º PAV REU
FA2 I

880.87 PLACA SOLAR


M
872.95 24º PAV LAZ FA3 I

876.91 25º PAV REU 876.91 25º PAV REU 876.91 25º PAV REU

868.99 23º PAV RES


VIDRO IN

3.96
866.11 22º PAV RES

25º COWORK 872.95 24º PAV LAZ 872.95 24º PAV LAZ
863.23 21º PAV RES
COR REF
872.95 24º PAV LAZ
GRADIL F

876.91 COWORK
860.35 20º PAV RES

RIPADO M
857.47 19º PAV RES ACABAME

868.99 23º PAV RES 868.99 23º PAV RES 854.59 18º PAV RES 868.99 23º PAV RES
CAIXILHO
851.71 17º PAV RES

3.96
24º LAZER 866.11 22º PAV RES 866.11 22º PAV RES 848.83 16º PAV RES 866.11 22º PAV RES
V.P. GAR

872.95
No térreo não há grades ou por- A pesquisa revelou a inspiração
845.95 15º PAV RES

ACADEMIA DECK PISCINA


863.23 21º PAV RES 863.23 21º PAV RES 843.07 14º PAV RES 863.23 21º PAV RES

871.87 LEGENDA DIAGRAMA EL

1.08
LAJE TÉCNICA
tão, o embasamento é incorporado da equipe de criação para o resul-
840.19 13º PAV RES
ELEMENT
860.35 20º PAV RES 860.35 20º PAV RES
(MASSA T
860.35 20º PAV RES
837.31 12º PAV RES

23º PAVIMENTO
à calçada para criar um local de tado estético do volume. Os arqui-
834.43 11º PAV RES

2.88
ELEMENT
(ENCHIME

868.99 857.47 19º PAV RES 857.47 19º PAV RES 831.55 10º PAV RES 857.47 19º PAV RES

encontros, conexão e relaciona- tetos foram atrás da origem do


ELEMENT
828.67 9º PAV RES
(ESTRUT

854.59 18º PAV RES 854.59 18º PAV RES 825.79 8º PAV RES 854.59 18º PAV RES

22º PAVIMENTO
ELEMENT

mento entre vizinhos. Uma loja de nome da Rua Bartira e descobri-

2.88
822.91 7º PAV RES (ELEMEN

866.11 851.71 17º PAV RES 851.71 17º PAV RES 820.03 6º PAV RES 851.71 17º PAV RES

500 m² também potencializa a in- ram a história da índia Tupi Gua-


817.15 5º PAV RES

RODAPÉ
848.83 16º PAV RES 848.83 16º PAV RES 814.27 4º PAV RES 848.83 16º PAV RES

21º PAVIMENTO
teração. “A proposta é generosa e rani. “Ela foi uma personagem de

2.88
810.76 3º PAV ST

863.23
810.08 3º PAV NR

845.95 15º PAV RES 845.95 15º PAV RES 845.95 15º PAV RES

inclusiva, incorpora ao espaço pú- destaque, uma agente da história


806.80 2º PAV ST
806.12 2º PAV NR

20º PAVIMENTO
843.07 14º PAV RES 843.07 14º PAV RES 802.84 1º PAV ST 843.07 14º PAV RES
802.16 1º PAV NR

blico a área de recuo do edifício, que, de certa forma, trouxe à tona

2.88
860.35 840.19 13º PAV RES 840.19 13º PAV RES
798.20 TÉRREO
840.19 13º PAV RES D
sem barreiras, e sem limites para as possibilidades e questões da di-
3 EL. ARQUITETÔNICO - ELEVAÇÃO POSTERIOR
1 1003 1 : 250

19º PAVIMENTO NOT


COBERTURA
837.31 12º PAV RES 837.31 12º PAV RES 883.7712º PAV RES
837.31

iniciar um processo de pertenci- versidade, tema tão em voga atual-

2.88
883.62
RESERV.
880.87

2.9
N
880.78

857.47
25º REUNIÃO

3.96
876.91
876.82
883.77 COBERTURA
24º LAZER

3.96
872.95
834.43 11º PAV RES 834.43 11º PAV RES 872.86 11º PAV RES
834.43

mento do espaço com o entorno”, mente” explica Douglas. A facha-


23º PAVIMENTO

3.96
880.87 26º RESERV. SUP 868.99
868.90
22º PAVIMENTO

2.88
866.11
866.02
21º PAVIMENTO

18º PAVIMENTO

2.88
863.23
863.14
876.91 25º PAV REU

2.88
afirma Adriana Barbosa, Project da, que se destaca na região, pro-
20º PAVIMENTO
831.55 10º PAV RES 831.55 10º PAV RES 831.55 10º860.35
PAV RES

2.88
860.26
19º PAVIMENTO

2.88
857.47

854.59
857.38
18º PAVIMENTO

2.88
854.59
854.50
872.95 24º PAV LAZ 17º PAVIMENTO

2.88
851.71
851.62

Manager da Perkins&Will, res- põe uma releitura das pinturas


16º PAVIMENTO
828.67 9º PAV RES 828.67 9º PAV RES 828.67 9º 848.83
PAV RES

2.88
848.74
15º PAVIMENTO

2.88
845.95
868.99 23º PAV RES 845.86
14º PAVIMENTO

2.88
843.07

NÍVEIS ACABADOS REFERENTES AO HALL DA ESCADA DE EMERGÊNCIA


842.98

17º PAVIMENTO
13º PAVIMENTO

2.88
840.19
866.11 22º PAV RES

2.88
840.10

ponsável pelo projeto. corporais da tribo Tupi Guarani


825.79 8º PAV RES 825.79 8º PAV RES
12º PAVIMENTO
825.79 8º 837.31
PAV RES

2.88
837.22
11º PAVIMENTO

851.71

2.88
834.43
863.23 21º PAV RES 834.34
10º PAVIMENTO

2.88
831.55
831.46
9º PAVIMENTO

2.88
828.67
860.35 20º PAV RES

O edifício conta com áreas co- como homenagem à Índia Bartira.


828.58
8º PAVIMENTO
822.91 7º PAV RES 822.91 7º PAV RES 822.91 7º 825.79
PAV RES

2.88
825.70
7º PAVIMENTO

2.88
822.91
857.47 19º PAV RES 822.82
6º PAVIMENTO

16º PAVIMENTO

2.88
820.03
819.94
5º PAVIMENTO

2.88

2.88
Mas qual a função dessa grade em
817.15

muns como academia, piscina e


854.59 18º PAV RES 817.06
4º PAVIMENTO
820.03 6º PAV RES 820.03 6º PAV RES 820.03 6º 814.27
PAV RES

2.88
814.18

848.83 851.71 17º PAV RES


3º PAVIMENTO
ACESSO ESTUDIOS

3.51
4.19
810.76
810.08 810.67
809.99

0.68
ACESSO ESTUDIOS
2º PAVIMENTO

3.96
806.80

3.96
forma de “gaiola” que abraça o
806.12

coworking no rooftop e localiza-


806.71
848.83 16º PAV RES 806.03

0.68
ACESSO ESTUDIOS
817.15 5º PAV RES 817.15 5º PAV RES
1º PAVIMENTO
5º PAV RES

3.96
817.15
802.84

3.96
802.16 802.75
802.07

0.68
FA3 FA1 FA2 FA3 FA3 FA1 FA2 FA1 FA2 FA1 FA3 FA1 FA3 FA1 FA2 FA3
FA1 FA1 845.95 15º PAV RES TÉRREO

4.64
3.96
15º PAVIMENTO
LO
798.20
RUA BARTIRA 798.11

2.88
1º SUBSOLO

ção privilegiada, a minutos de dis- prisma retangular? Seria estrutu-

3.55
794.65

4.99
843.07 14º PAV RES MEIO NÍVEL 1ºSS
793.21 794.60
793.21 2º SUBSOLO
814.27 4º PAV RES 814.27 4º PAV RES 814.27 4º PAV RES

2.88
791.77

845.95
MEIO NÍVEL 2ºSS 791.72

2.88
790.33
790.33 RESERV. INFERIOR

3.27
788.50
840.19 13º PAV RES 788.50

CORTE ESQUEMÁTICO INSER


tância do Teatro da Universidade ral? Seria meramente estética? A
FA3 837.31 12º PAV RES
OBS.RVAÇÕES:
1) FAZER AMOSTRA NO LOCAL DOS ACABAM
810.76 3º PAV ST 810.76 3º PAV ST 810.76
2) FORNECEDORES 3º PAV
DE EPS ST DISPON
DEVEM

14º PAVIMENTO
834.43 11º PAV RES CONFORME NBR 1575
810.08 3º PAV NR 810.08 3º PAV NR 810.08 3º PAV NR

2.88
Católica de São Paulo (PUC-SP), resposta veio por meio de uma
831.55 10º PAV RES

843.07

C:\Users\Ferollal\Documents\YBA-PDT-ARQ-CENTRAL_R05_leticia.ferolla.ct.rvt

C:\Users\Ferollal\Documents\YBA-PDT-ARQ-CENTRAL_R05_leticia.ferolla.ct.rvt
828.67 9º PAV RES
0 09/08/2019 EMISSÃO INICIAL

conversa com Paul Bringold, Pro-


806.80 2º PAV ST 806.80 2º PAV ST 806.80 2º PAV ST

da ciclofaixa da Av. Sumaré, super-


806.12 2º PAV NR 806.12 2º PAV NR 825.79 8º PAV RES Nº DATA
806.12 2º PAV NR

13º PAVIMENTO
INCORPORAÇÃO
822.91 7º PAV RES

2.88
mercados e unidades de saúde, ject Architect para a Perkins&Will 840.19
820.03 6º PAV RES
802.84 1º PAV ST 802.84 1º PAV ST 802.84 1º PAV ST
802.16 1º PAV NR 802.16 1º PAV NR 802.16 1º PAV NR
817.15 5º PAV RES

além da futura estação de metrô de São Paulo. “A grande inovação


RODAPÉ
814.27 4º PAV RES
PROJET

YOU
12º PAVIMENTO

2.88
810.76 3º PAV ST ENDERE

PUC – Cardoso de Almeida. “O deste projeto é o destaque obtido


798.20 TÉRREO 798.20 TÉRREO 810.08 3º PAV NR 798.20 TÉRREO
RUA B
837.31 806.80 2º PAV ST
DISCIPL

806.12 2º PAV NR ARQ

You,Perdizes responde às necessi- pela grelha externa. Foram neces-


TÍTULO

794.60 1º SUBSOLO 794.60 1º SUBSOLO 802.84 1º PAV ST


802.16 1º PAV NR
794.60 1º SUBSOLO
ELE
11º PAVIMENTO ESQ

2.88
dades da vida contemporânea na sárias diversas reuniões com a
Desenhado

FACHADA LATERAL FACHADA PRINCIPAL


FASE

834.43
798.20 TÉRREO
JULIO MARTINS
1 ELEVAÇÃO POSTERIOR 2 ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA 1 ELEVAÇÃO POSTERIOR 4 EL. ARQUITETÔNICO - ELEVAÇÃO LAT. ESQUERDA
LO

8/8/2019 4:08:40 PM

8/8/2019 4:08:40 PM
Conferido
1 1003 1 : 125 1 1003 1 : 125 1 1003 1 : 125 1 1003 1 : 250
PAUL BRINGOLD

cidade de forma completa e atem- construtora e fornecedores para


Aprovado ARQUIV
ADRIANA BARBOSA Carimb

10º PAVIMENTO

2.88
poral. O empreendimento une atendermos a todos os requisitos 831.55

identidade, ambientes acolhedo- técnicos de obra e garantias, assim 9º PAVIMENTO

2.88
res, excelente localização e versati- como agilidade de execução, mini- 828.67

lidade de usos com vistas exclusi- mizando a sobrecarga na estrutu- 8º PAVIMENTO

2.88
vas, resultando em uma experiên- ra”, explica o arquiteto. 825.79

cia única de morar bem” completa Os caixilhos do edifício são de 7º PAVIMENTO

2.88
Mariana Coltro, Project Architect alumínio, da linha Gold IV Alcoa. 822.91
5.00
2/3002
4/3002 REMANESCENTE = 38.03
PL = 38.20

da Perkins&Will em São Paulo. Esta linha oferece diferentes tipo-


1.85
INFORMAÇÃO PL >>1,80m
798,16

6º PAVIMENTO PONTO DE

2.88
LOCAÇÃO DA OBRA
(VER PROJETO DE ESTRUTURA)

A conexão com o entorno tam- logias, proporcionando leveza ao 820.03


794,60

bém guiou o design externo do sistema projetado e se destaca pelo


798.19

5º PAVIMENTO

2.88
798.20

You,Perdizes. E foi exatamente o desempenho estrutural e estan-


817.15
798.11

design arrojado da fachada que queidade ao ar e água. Os perfis 4º PAVIMENTO

2.88
chamou a atenção da equipe de re- dessa linha de caixilharia são ide-
814.27 APTO. 2 DORM. APTO. 2 DORM. 798.20
798.11

798.195
797.96

portagem, que foi a fundo em sua ais para grandes vãos e comportam
798.195 798.20
798.11 798.11

3.51
ACESSO STUDIOS

apuração para compreender os as- vidros de até 20 mm de espessura 4.19


1 2 3 4 5

3º PAVIMENTO
s

810.76
798.195
798.11
22

21 6

810.08
pectos construtivos da grade orto- ou vidros duplos, que oferecem
20 7

NR STUDIO

0.68
19 8

18 9

17 10

798.20
798.11 11

gonal que parece envolver todo o melhor desempenho térmico e

ÁREA A SER DOADA CONFORME LEI 16.402/16 - Art. 67 A= 61,64m²


16 15 14 13 12
3.96

COTA MÁX. 10m 798.19


797.90

ACESSO STUDIOS PARA TERRAÇOS


3.96

2º PAVIMENTO
corpo do edifício. acústico. 806.80 DESCOBERTOS
FRONTAIS
798.195

806.12
798.20
798.11 798.11

NR STUDIO
0.68

1/3002
3/3002
806.23

3/3001
1/3001

33.23
798.20
798.11

O You,Perdizes não tem ACESSOgradis


06 REVI
798.20
3.96

798.115

STUDIOS 04 REVI
3.96

1º PAVIMENTO 802.84 00 EMIS


para acesso. O volume generoso à

LIMITE TERRENO
DOAÇÃO DE CALÇADA
802.16 Nº
NR STUDIO
0.68

base recebe o mesmo tratamento Número P


“A grande inovação deste projeto é o destaque obtido pela
798.20
798.11
20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

Desenhad
estético do corpo do edifício, alusivo
798.20
798.11
4.64
3.96

4 5 6 7 8 9 10
798.20
798.11
s

TÉRREO Conferido
à pintura corporal indígena.
798.20

grelha externa. Foram necessárias diversas reuniões com a


798.11

798.20 VAGA UTILITÁRIO BICICLETÁRIO


Aprovado
798.195 798.195
798.195 798.195 798.11 798.11
798.11 798.11

construtora e fornecedores para atendermos a todos os requisitos 1º SUBSOLO


3.6
5.04

794.60 795,20
1º SUBSOLO

técnicos de obra e garantias, assim como agilidade de execução,


MEIO NÍVEL 1ºSS
793.16 1º SUBSOLO
2º SUBSOLO
798.20
798.11
2.88

791.72

minimizando a sobrecarga na estrutura”.


2º SUBSOLO
MEIO NÍVEL 2ºSS 795,35
2.88

790.28 2º SUBSOLO 798.20


798.11

Paul Bringold, Project Architect para a Perkins&Will de São Paulo.


797,94

RESERV. R RESERV. R 2/3001


4/3001
787.90
1.86
INFORMAÇÃO PL >> 1,88m REMANESCENTE = 38.03
5.00 PL = 38.12

C. BOMBAS + REUSO

N
CORTE LONGITUDINAL
A
CORTE LONGITUDINAL DA TORRE
ESCALA 1: 1:200
PLANTA DO TÉRREO

18 TÉCHNE 275 | AGOSTO DE 2021 19


YBA
Posicionamento e
CAPA fixação de estrutura de
steeframe revestida com
placas cimentícias.

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“Optamos pelo
poliestireno
Um sistema híbrido de fachada
A estrutura do You,Perdizes é con- expandido como
vencional, de concreto armado. A componente
malha que se vê na fachada, inspira-
da na pintura indígena, é parte es- essencial para a
trutural, parte estética. “Em parte, a
malha é composta por pilares em
grelha da Acima, estrutura metálica de apoio para a grelha da fachada, fixada na estrutura principal de concreto. Abaixo, fachada vista de cima, finalizada com o sistema implementado.
destaque, lajes em balanço e comple- fachada. Trata-se
mentada por moldura decorativa de
poliestireno expandido”, explica de uma estrutura
Bringold. A solução, segundo o ar-
quiteto, integra um esforço da equi-
e EPS revestida
pe de projeto para diminuir a carga com massa
do edifício. “Optamos pelo poliesti-
reno expandido (EPS) como compo- cimentícia de alta
nente essencial para a grelha da fa-
chada. Trata-se de uma estrutura e
resistência. A
EPS revestida com massa cimentícia escolha deste
de alta resistência. A escolha deste
material reduziu em muito as sobre- material reduziu
cargas da edificação, assim como em muito as
agilizou o processo de instalação, se
comparado ao uso de técnicas mais sobrecargas da
tradicionais como o concreto ou a
alvenaria”, explica. edificação, assim
A solução, no entanto, não foi in- como agilizou o
tegralmente desenvolvida com o uso
do EPS. Um sistema híbrido que in- processo de
tegra inclusive estrutura metálica foi
a solução encontrada pela equipe de instalação, se
projeto ao executar a grelha que en- comparado ao
volve a fachada do prédio. “As mol-
duras em si foram um desafio. Exis- uso de técnicas
tem três materiais que auxiliam a
compor essa estrutura, por conta da mais tradicionais
localização e do vão a ser vencido. O como o concreto
EPS foi adotado em quase toda a gre-
lha da fachada, mas existem pontos ou a alvenaria.”
onde não existe apoio. Nesse caso, Paul Bringold,
foi erguida uma estrutura de steel Project Architect para
frame combinada a placas cimentí- a Perkins&Will de
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cias, além de pilares metálicos que São Paulo.
compõem parte do coroamento”, ex-
plica Bringold.

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À esquerda, detalhes da vista frontal e
CAPA em perspectiva da fachada do You,
Perdizes. Sistema híbrido metálico de
steel frame e EPS com argamassa
cimentícia totalmente implementado.

Acabamentos dados do catálogo da empresa, um plementa. Peroni alerta que durante


e finalizações concreto em que substitui-se o agre- a instalação das peças podem ser ne-
O Grupo Isorecort trabalha com gado graúdo (brita) por pérolas de cessários pequenos ajustes, como
três possibilidades de acabamento EPS Isopor®. “O concreto leve apre- cortes ou correções nas juntas. “Esses
em molduras de EPS. “Após serem senta, como características princi- ajustes são realizados sem dificulda-
cortadas por modernos equipamen- pais, baixa densidade aparente e ex- de devido à leveza e facilidade de
tos de alta precisão, as molduras celente isolação térmica e acústica, manuseio do EPS, sendo necessários Exemplo de aplicação de molduras de
podem ser revestidas com resinas sendo utilizado em funções não es- apenas um estilete ou serra para as EPS pelo Grupo Isorecort. O fabricante
elastoméricas, cimentícias ou jatea- truturais como regularização de adequações que se façam necessá- garante a sustentabilidade dos materiais,
das”, explica Peroni. A resina elasto- pisos e elementos decorativos”. A rias”, finaliza. recicláveis, além da limpeza na obra.
mérica, segundo a engenheira, for- empresa também atua no segmento
nece um acabamento mais sofistica- das molduras de EPS, produzidas
do além de ser, ao mesmo tempo, com material 100% reciclável.
resistente e flexível, o que leva a uma No caso do You,Perdizes, como
maior durabilidade, evitando o apa- explica o arquiteto Bringold, as solu-
recimento de trincas ocasionadas ções de molduras EPS foram funda-
Poliestireno Expandido pelo ressecamento devido à exposi- mentais. Segundo as especificações
em fachadas ção prolongada às intempéries e às do fabricante, as molduras são feitas
O EPS (sigla para Poliestireno Ex- deformações ocasionadas por varia- de manta de poliéster e resina acríli-
pandido) é um plástico celular rígi- ções de temperatura. “A resina ci- ca com base cimentícia.
do gerado por meio da polimeriza- mentícia provê um acabamento mais Peroni, do Grupo Isorecort, expli-
ção de monômeros de estireno em básico, que ainda é uniforme e resis- ca que a aplicação das molduras é
água. “Na construção civil, o mate- tente. Entretanto, por ser mais rígi- iniciada com a preparação da super-
rial pode ser empregado com os mais do, é mais susceptível ao resseca- fície, que deve estar livre de resíduos
diversos tipos de uso como na com- mento e ao aparecimento de trincas. de pinturas e revestimentos e apre-
posição de telhas sanduíche, em la- Já o acabamento jateado é o mais sentar boas condições de aderência
jotas, placas de impermeabilização, rústico, uma vez que não há um pa- para receber a argamassa colante.
forros, na composição de concreto drão uniforme em termos de espes- “As molduras de grandes dimensões
leve, como material de enchimento sura do revestimento”, complemen- devem ser instaladas com argamassa
para elementos estruturais, painéis ta. A finalização do acabamento em colante combinada com elementos
monolíticos de fechamento ou es- obra deve ser executada conforme mecânicos, como parafusos ou
truturais, fechamentos de shafts, especificação de projeto. Podem ser chumbadores. Já as molduras meno-
sancas, canaletas para viga baldra- utilizados diversos estilos de pintu- res podem ser instaladas apenas com
me, geoexpandido para diversos ra, textura ou massa lisa. “A única argamassa colante”, orienta. A enge-
usos em geotecnia e molduras”, ex- restrição reside na aplicação de pro- nheira explica que as peças devem
plica a engenheira civil do Grupo dutos à base de solventes derivados ser posicionadas sempre da ponta
Isorecort, Karen Peroni. A profissio- do petróleo que devem ser evitados para o centro, o alinhamento deve
nal explica que as molduras em EPS por ocasionarem a degradação do ser assegurado com auxílio de uma
são utilizadas como acabamento, EPS”, detalha Peroni. régua metálica. “Na sequência, de-
melhorando a estética dos ambien- Soluções análogas são oferecidas ve-se retirar o excesso de massa,
tes tanto interna quanto externa-

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pela Knauf Therm, que oferece apli- aguardar a secagem e proceder a fi-
mente, podendo ser aplicadas em cações especiais de concreto leve de nalização do acabamento seguindo
fachadas, platibandas, beirais, por- EPS Isopor® (veja box). Segundo as especificações de projeto”, com-
tas, janelas, muros, arcos, faixas,
frontões, elementos verticais e hori-
zontais, projetos de interiores, pila- Engenheira civil do
res estruturais ou decorativos. Grupo Isorecort,
“Em relação às convencionais Karen Peroni “Em relação às convencionais molduras de gesso, o EPS proporciona
molduras de gesso, o EPS propor-
ciona uma obra mais limpa uma vez uma obra mais limpa uma vez que o gesso gera muito pó durante a sua
que o gesso gera muito pó durante a aplicação. Além disso, as molduras em EPS apresentam maior
sua aplicação. Além disso, as mol-
duras em EPS apresentam maior durabilidade e podem ser utilizadas tanto em áreas externas quanto
durabilidade e podem ser utilizadas
tanto em áreas externas quanto in- internas (incluindo áreas molhadas como banheiros, lavabos, cozinhas
ternas (incluindo áreas molhadas e áreas de serviço) uma vez que o material não se deteriora na
como banheiros, lavabos, cozinhas
e áreas de serviço) uma vez que o presença de água e é imune a fungos e bactériasempregadas”.

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material não se deteriora na presen- Karen Peroni, engenheira civil do Grupo Isorecort
ça de água e é imune a fungos e bac-
térias”, explica Peroni.

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CAPA
Exemplos de molduras de EPS
PORTFÓLIO DE MOLDURAS DO GRUPO ISORECORT

Sustentabilidade
“O EPS é composto por 98% de ar
e apenas 2% de matéria-prima. Além “O EPS é
Abaixo, exemplos de aplicação do
portfólio do Grupo Isorecort, com disso, seus produtos finais não con- composto por 98%
acabamento de fachadas, muros, taminam o ar, a água e o solo, pois
molduras em caixilharia, etc. são inertes, e o material é 100% rea- de ar e apenas 2%
proveitável sendo, portanto, ecologi-
camente correto”, detalha Peroni. de matéria-prima.
“Outro ponto forte do material em Não contamina
termos de sustentabilidade reside no
fato de que, em seu processo produ- o ar, a água e o
tivo, não há emissão de gases CFC
(clorofluorcarbono), que são os res- solo, pois são
ponsáveis pela redução da camada inertes, e o
de ozônio”, explica. O Grupo Isore-
cort coleta todas as sobras geradas material é 100%
durante a fabricação de seus produ-
tos e as recicla internamente, sem
reaproveitável,
originar descarte de resíduos. Além ecologicamente
disso, a companhia implementou
um sistema de logística reversa junto correto”.
aos seus clientes, cooperativas cre- Karen Peroni, engenheira

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denciadas e parceiros, promovendo civil do Grupo Isorecort
a conscientização ambiental e o rea-
proveitamento do material.

Concreto estrutural
com pérolas de EPS
Outro uso do EPS na cons- quisadora Bianca Pereira Mo-
trução é em substituição à tra- reira Ozório, em tese de dou-
dicional carga adicionada à torado defendida na mesma
mistura, usualmente compos- instituição em 2016, analisou
ta de brita. Como explica o o comportamento do concreto
pesquisador Thiago Catoia em leve com pérolas de EPS para
sua tese de doutorado apresen- posterior utilização em estru-
tada à Escola de Engenharia de turas pré-moldadas como pai-
São Carlos da Universidade de néis de paredes e lajes sujeitas
São Paulo em 2012, “a utiliza- a ações mecânicas. “A utiliza-
ção de concreto leve decorre ção de concreto leve, princi-
especialmente dos benefícios palmente com EPS, torna o
promovidos pela redução da material mais sustentável am-
massa específica do material, biental e economicamente.
tais como menores esforços Dessa forma, é necessário co-
nas estruturas, economia com nhecer todas as variáveis de
fôrmas e cimbramento, além desempenho do produto, pois
de diminuição dos custos com surge como uma alternativa
transporte e montagem de para a execução na forma pré-
construções pré-fabricadas”. -moldada em obras de interes-
Segundo Catoia, “o uso de po- se social ou edificações com
liestireno expandido (EPS) na sistemas construtivos não tra-
produção de concreto pode dicionais”, explica Ozório em
abrir portas para o emprego de sua tese. Segundo a pesquisa-
resíduos de materiais dessa na- dora, “é possível obter um peso
tureza, e ainda usufruir de sua específico da ordem de 12 kN/
baixa massa específica nas m3, 50% menor do que o con-
aplicações estruturais”. A pes- creto convencional, em média”.

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