Atividade Sobre Gonçalves Dias

Atividade sobre Gonçalves Dias
Texto I
Canção do Exílio (Gonçalves Dias – 1846)
Minha terra tem palmeiras

Onde canta o Sabiá,
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Texto II
Canto de regresso à Pátria (Oswald de Andrade, 1925)
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo

O texto I, publicado em 1846, é um dos principais poemas de Gonçalves Dias, grande
expoente da 1ª Geração Romântica no Brasil. O texto II, escrito pelo modernista
Oswald de Andrade em 1925, estabelece uma intertextualidade com o poema do autor
maranhense. Escreva um breve texto expositivo (30 linhas no máximo) apontando como
o poema “Canto de Regresso à Pátria” subverte as características românticas de
“Canção do Exílio”.

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Canção do Exílio (Gonçalves Dias – 1846)

Minha terra tem palmeiras

Nosso céu tem mais estrelas,

Em cismar, sozinho, à noite,

Minha terra tem primores,

Não permita Deus que eu morra,

Canto de regresso à Pátria (Oswald de Andrade, 1925)

Minha terra tem palmares

Onde gorjeia o mar

Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas

E quase tem mais amores

Minha terra tem mais ouro

Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas

Deus que eu morra

Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte pra São Paulo

Sem que eu veja a rua 15

E o progresso de São Paulo

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