O Analfabeto Político - Filosofia

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Filosofia Turmas:

Professora Raissa Brígida

O analfabeto político
O pior analfabeto, é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha
Do aluguel, do sapato e do remédio
Depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que
Se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.
Não sabe o imbecil,
Que da sua ignorância nasce a prostituta,
O menor abandonado,
O assaltante e o pior de todos os bandidos
Que é o político vigarista,
Pilantra, o corrupto e o espoliador
Das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht

Em 10 de fevereiro de 1898 nascia, na Alemanha, aquele que seria um dos maiores


poetas, romancistas e dramaturgos do século XX: Bertolt Brecht. Sempre com uma
objetiva e ácida crítica política, aliado ao marxismo e ao anarquismo, Brecht expôs
em suas peças e poemas problemas que continuam atuais, mesmo quase um século
depois.

Bertold Brecht (1898-1956) pôs sua obra toda a esclarecer as questões sociais,
sobretudo as questões políticas, o pior dos analfabetos “é o analfabeto político”.
Na aula de hoje vamos acompanhar seus argumentos lendo o seu poema O
Analfabeto Político, que traduz muito os rumos que não só o Brasil, mas que o
mundo vem tomando, pela “negação da política”.

O analfabetismo:
O poema é sobre analfabetismo político, porém, é importante frisar que o
analfabetismo possui várias faces, tais como:

– Analfabeto funcional: sabe ler e escrever não conseguem interpretar e realizar


as operações matemáticas;

– Analfabeto digital: é aquele que sabe ler, escrever, consegue interpretar, porém
não tem afinidade, domínio da tecnologia;

– Analfabeto político: aqueles que não se interessam como deveriam, não


pesquisam, não se informam e não participam como se espera da política.

É muito comum associarmos a palavra analfabeta a alguém que não saiba ler nem
escrever, porém, como vimos acima, ser analfabeto vai, além disso.

O analfabetismo político:
A política não acontece apenas nos meses que antecedem as eleições e tão pouco
se resume ao dia da votação. Aristóteles afirma que “somos seres políticos por
natureza” e a política é feita todos os dias, por todos os cidadãos e não apenas por
aqueles que foram ESCOLHIDOS para nos representar.

A não participação política tem consequências na nossa realidade cotidiana de


modos perceptíveis e não perceptíveis. Ao escolher não entender ou não participar
da política, esse cidadão analfabeto político sofre com as consequências diárias de
uma má gestão do dinheiro público, dinheiro que é seu, visto que paga impostos.
Porém, essas consequências danosas recaem em toda a sociedade, não somente
nele.

Atividade 1: Dê exemplos de como a política é feita todos os dias.


Atividade 2: Enumere os males do analfabetismo político. Dê exemplos dessas
consequências diárias danosas da não participação política. Vá além do texto e
pense a partir da sua realidade.

Atividade 3: Qual solução você sugere para esse problema?

Atividade 4: Descreva com suas palavras o que você entendeu por analfabetismo
político.

Fontes:
https://blogdoenem.com.br/analfabetismo-politico-filosofia/
https://revistaforum.com.br/noticias/119-anos-de-brecht-e-o-analfabeto-politico-
continua-a-existir/

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