Topometria Resumido
Topometria Resumido
Topometria Resumido
MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS,
ÂNGULOS E ALTURAS.
A topometria, ou levantamentos topográficos, é feita através de
métodos clássicos de medição de distâncias, ângulos e alturas entre
pontos topográficos, materializados no terreno (locados); e através da
representação do terreno na forma de uma planta Topográfica. Dessa
forma, os levantamentos topográficos
usam como apoio:
Pontos (pontos topográficos naturais ou artificiais)
Linhas (alinhamento entre 2 pontos ou uma direção)
começam pela locação dos pontos (materialização no terreno),
obedecendo os seguintes critérios:
pontos de interesse (inflexões dos limites do terreno, entorno, elementos
naturais, edificações, inflexões do perfil do terreno)
pontos preferencialmente intervisíveis;
Começando por um ponto conhecido.
prosseguem com:
medidas de distâncias horizontais e verticais (alturas),
medidas de ângulos horizontais e verticais.
TIPOS DE DISTÂNCIAS, ÂNGULOS
E ALTURAS
AS DISTÂNCIAS E ALTURAS : Embora existam
muitas distâncias diferentes, em topografia usa-se
de forma preferencial as distâncias horizontais e
verticais (alturas), por estas serem as que são
representadas sobre as plantas topográficas:
Horizontais: distância reduzida ou de projeção dos
alinhamentos entre dois pontos.
Verticais: altura entre dois planos horizontais.
Dependente do plano horizontal utilizado como referência,
mudam as denominações dadas as distâncias verticais:
diferença de nível, cota ou altitude.
Distância Horizontal
É a distância medida entre
dois pontos no plano
horizontal. Este plano pode
passar tanto pelo ponto A
quanto pelo ponto B. (ver
figura).
Diferença de nível
A diferença de nível entre dois pontos (dn) é
distância vertical entre as superfícies de nível que
contém esses pontos.
A cota absoluta ou altitude de um ponto é a
distância vertical entre este ponto e o geóide.
A cota de um ponto é a distância vertical entre este
ponto e uma superfície de nível arbitrada tomada
como referência e que não seja a superfície do
geóide (superfície resultante do prolongamento do
nível médio dos mares através dos continentes e
normal em todos os pontos à direção da gravidade
= vertical do lugar).
OS ÂNGULOS
b) OS ÂNGULOS também podem ser horizontais e
verticais.
Ângulos Horizontais:
b.1) Azimute ( Az ) e Rumo ( R ), que são ângulos de
direção e são lidos com bússola, se referem a um
alinhamento e a direção Norte/Sul.
O azimute é o ângulo que parte do Norte até o alinhamento
em questão, em sentido horário, com valores de 0 à 360°.
Mede-se um azimute e calcula-se o resto.
O rumo é o ângulo que parte do Norte ou Sul (da direção
mais próxima) até o alinhamento, de 0 à 90°+ o quadrante.
Pode ser calculado a partir do Azimute e vice-versa.
Ângulos Horizontais
Rumo
R=70 ºSE
Azimute
Az=110º
Ângulos Horizontais
b.2) Deflexão ( δ ) e entre alinhamento ( α ), que são ângulos
lidos com teodolito, chamados goniométricos, e se referem a
dois alinhamentos. A deflexão (à direita ou à esquerda) é mais
utilizada em levantamentos pelo método da poligonal aberta
(para estradas, redes, ...), não comum nas atividades dos
arquitetos. Os ângulos entre alinhamentos se referem ao método
da poligonal fechada e são de dois tipos: ângulos internos e
externos. Os ângulos internos são os mais utilizados nas
atividades dos arquitetos.
Deflexão = ângulo que parte do prolongamento do alinhamento
que antecede até o alinhamento que sucede o vértice. Quando
tem o sentido horário, chama-se deflexão à direita. Em
poligonais abertas, as medições são feitas na ida e na volta. Nos
dois sentidos, as deflexões de um vértice deveriam ser iguais.
Deflexões
Ilustração de deflexões medidas em todos os
pontos de uma poligonal fechada, tombando
a luneta.
Ângulos Horizontais
Ângulos Verticais
ÂngulosVerticais:
Ângulos lidos em relação a vertical do lugar,
podendo ser: de inclinação ( i ), zenital ( z )
ou nadiral ( n ). São lidos com o teodolito ou
aparelhos de mão (clinômetros, clisímetros,...
), e usados para calcular distâncias
(horizontais e verticais) via trigonometria (ver
levantamento taqueométrico).
Ângulos Verticais
Unidades de medida
Unidade de medida linear
Unidades de medida angular
Unidades de medida
Unidades de medida de superfície
Unidades de medida
Unidades de medida de volume
INSTRUMENTOS
TRADICIONAIS
p/medições de distâncias,
ângulos e alturas
Erros sistemáticos:
• falta de perpendicularidade (desretificação do aparelho) entre os 3
eixos do aparelho (vertical, horizontal e de colimação).
• imperfeição na divisão dos círculos de leitura dos ângulos (limbos).
Este erro é atenuado: pelos processos de reiteração e repetição (=
várias leituras do mesmo ângulo horizontal, usando-se a média); ou
pela média de leituras do ângulo vertical, com luneta normal e
invertida.
Erros grosseiros no uso do teodolito:
• má instalação do aparelho;
• erro de visada (procurar visar o mais próximo do solo para diminuir
o erro proveniente da não verticalidade da baliza ou mira);
• erro de leitura e erro de anotação.
Erros nas Medidas Indiretas
Erros no uso do nível
falta de verticalidade da mira
falta de nivelamento do nível
imprecisão de leitura na mira
N
Ângulos horizontais externos
Ilustração dos ângulos horizontais externos
medidos em todos os pontos de uma
poligonal fechada.
ROTEIRO GERAL PARA
LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS
1) Planejamento do Levantamento
a) Percorrer a área a levantar;
b) Definir o tipo, o grau de precisão e os métodos conforme
possibilidades (complexidade do terreno, recursos) e
finalidade da planta topográfica;
c) Identificar os pontos topográficos e alinhamentos que
permitam determinar os limites do terreno, a forma, o
relevo e a estrutura geométrica de apoio ao levantamento
(poligonal ou triângulos) e detalhes de interesse
(edificações, vegetação, águas...)
d) Desenhar o croqui do terreno com os principais pontos
topográficos a levantar e seu entorno.
ROTEIRO GERAL PARA
LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS