Luto No Judaísmo - Judaísmo Na Prática
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Recitar o Cadish
O Cadish é recitado em todo serviço de prece, de manhã
e à noite, no Shabat e feriados, em dias de jejum e de
júbilo.
O período em que o enlutado recita o Cadish pelos pais
é, teoricamente, um ano inteiro. O falecido é considerado
como estando sob julgamento Divino naquele período.
Algumas comunidades, portanto, aderem ao costume de
recitar o Cadish por doze meses em todos os casos.
No entanto, como um ano inteiro é considerado como
sendo a duração do julgamento para os perversos, e
presumimos que nossos pais não se enquadram nessa
categoria, a prática em muitas comunidades é recitar o
Cadish somente durante onze meses.
O Cadish deve ser recitado somente na presença de um
quorum devidamente constituído, um minyan, que
consiste de dez homens acima da idade de bar mitsvá.
Se houver apenas nove adultos e um menor presente,
ainda não é considerado um quorum para um minyan.
Yizkor e Yahrtzeit
Yizkor é uma cerimônia relembrando todos os falecidos
durante um serviço comunal na sinagoga. Yahrtzeit é um
memorial pessoal de aniversário; pode ser observado por
qualquer parente ou amigo, mas basicamente é pelos
pais.
O serviço Yizkor foi instituído para que o judeu pudesse
prestar homenagem aos seus antepassados e relembrar
a vida boa e os objetivos tradicionais. Este serviço está
baseado num princípio vital da vida judaica, que motiva e
anima a recitação do Cadish.
É baseado na firme crença de que os vivos, por meios de
atos de piedade e bondade, podem redimir os mortos. O
filho pode levar honra ao pai. O "mérito dos filhos" pode
refletir o valor dos pais.
Este mérito é atingido, basicamente, ao viver num
elevado plano moral e ético, correspondendo às
exigências de D'us e sendo sensível às necessidades do
próximo. A expressão formal deste mérito é conseguida
por meio de preces e contribuições para caridade.
Yahrtzeit é um dia especial de observâncias para
relembrar o aniversário da morte dos pais. Embora a
palavra seja de origem alemã, o costume está anotado no
Talmud.
Esta comemoração religiosa é registrada não como um
decreto, mas como uma descrição de um sentimento
instintivo de tristeza, uma lembrança anual da tragédia,
que impele a pessoa a evitar a ingestão de carne e vinho
– símbolos de festividade e alegria, o próprio sal da vida.