O Ambiente Web - Cliente X Servidor e As Tecnologias
O Ambiente Web - Cliente X Servidor e As Tecnologias
O Ambiente Web - Cliente X Servidor e As Tecnologias
O ambiente Web e seu modelo Cliente X Servidor, interfaces com design responsivo
(abordagem mobile first) e adaptativo, tecnologias do lado cliente (HTML, CSS, páginas
estáticas com Javascript) e do lado servidor (páginas dinâmicas com PHP, acesso a banco de
dados).
PROPÓSITO
Compreender a composição do Ambiente Web e seus componentes dos lados cliente e
servidor, assim como as tecnologias inerentes a cada componente, é essencial para a
formação do profissional de desenvolvimento de sistemas na Web.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
O chamado modelo Cliente x Servidor, com origem na Computação, é uma estrutura de
aplicação distribuída, em que temos tarefas partilhadas e executadas entre as duas
camadas:
de um lado, a origem das requisições e solicitações de recursos ou
serviços – o lado cliente –
e, do outro, processos sendo executados a fim de prover tais
recursos ou serviços – o lado
servidor. Atualmente, tal modelo é amplamente utilizado,
sendo base do Ambiente Web e de
suas aplicações, como veremos ao longo deste tema.
MÓDULO 1
UM POUCO DE HISTÓRIA
O modelo Cliente x Servidor foi criado pela Xerox PARC nos anos 1970, tendo como
principal
premissa a separação entre dados e recursos de processamento, ao contrário do
modelo
predominante à época – conhecido como modelo centralizado, em que tanto o
armazenamento
dos dados quanto o seu processamento ficavam a cargo dos computadores de
grande porte:
Mainframe.
COMO É COMPOSTO O MODELO CLIENTE X
SERVIDOR
Figura 1 –
Arquitetura Cliente x Servidor em uma Rede Interna. Fonte: Paixão, 2020.
MODELO DE 2 CAMADAS
Neste modelo, temos as camadas Cliente e Servidor, sendo função da primeira tratar a
lógica
do negócio e fazer a interface com o usuário, enquanto a segunda é responsável
por tratar os
dados – normalmente fazendo uso de Sistemas Gerenciadores de Bancos de
Dados (SGDB).
São exemplos deste modelo as aplicações desktop instaladas em cada
computador cliente que
se comunicam com um servidor na mesma rede.
Modelo de 2 camadas.
MODELO DE 3 CAMADAS
Este modelo foi criado para resolver alguns problemas do modelo anterior, entre eles a
necessidade de reinstalação/atualização da aplicação nos clientes a cada mudança de
regra
ou lógica. Logo, este modelo incluiu uma camada a mais, chamada de aplicação. Com
isso, as
responsabilidades de cada camada ficaram assim divididas:
CAMADA DE APRESENTAÇÃO
Ainda representada pela aplicação instalada na máquina cliente. Era
responsável pela interface
com o usuário e passou a acessar o servidor de
Aplicação, perdendo o acesso direto ao
servidor de dados.
CAMADA DE APLICAÇÃO
Representada por um servidor responsável pela lógica e regras de negócio,
assim como pelo
controle de acesso ao servidor de dados.
CAMADA DE DADOS
Representada por um servidor responsável pelo armazenamento dos dados.
Modelo de 3 camadas.
MODELO DE 4 CAMADAS
O grande avanço obtido neste modelo foi tirar da máquina cliente a responsabilidade pela
interface com o usuário, passando a centralizá-la em um único ponto, normalmente em um
servidor Web. Com isso, no lugar de aplicações instaladas em cada máquina cliente
passamos
a ter os clientes acessando aplicações hospedadas em servidores Web a partir de
navegadores. Neste modelo, a divisão de responsabilidades ficou dessa forma:
CLIENTE
Modelo de 4 camadas.
O AMBIENTE WEB
Como vimos, inicialmente as aplicações ficavam hospedadas dentro de uma
rede interna, onde
estavam tanto os clientes quanto os servidores. Posteriormente, elas
migraram para a internet,
surgindo então o Ambiente Web, cuja base é justamente prover
aos clientes, usuários, o
acesso a várias aplicações a partir de diversos dispositivos, como navegadores em desktops e
smartphones ou a partir de aplicações
mobile.
CLIENTE
Utiliza um navegador ou aplicativo e consome serviços hospedados em um
servidor Web.
SERVIDOR WEB
Cuja estrutura pode comportar tanto as camadas citadas anteriormente numa
única máquina
quanto em diversas máquinas, sendo essa distribuição
indistinguível para o cliente.
A comunicação, neste ambiente, é feita sobre a internet, com o uso dos seus protocolos de
comunicação, sendo o principal protocolo o HTTP (HyperText Transfer Protocol) − que é um
protocolo para transferência de hipertexto. Na Figura 2, podemos ver um exemplo de
comunicação no Ambiente Web.
EXEMPLO
Figura 2 –
Comunicação no Ambiente Web. Fonte: Paixão, 2020.
Essas duas expressões são muito comuns quando falamos de aplicações rodando no
Ambiente
Web. Ambas se referem a tecnologias, códigos, disponibilizados no lado cliente
(neste
caso, o dispositivo utilizado por um usuário para fazer uma requisição) e no lado
servidor. Nos próximos tópicos trataremos de ambas mais a fundo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) O Ambiente Web é composto por diversos clientes e diversos servidores. Neste cenário, os
clientes utilizam a internet e fazem requisições a diferentes servidores, localizados em
diferentes partes do mundo. Os servidores então processam a requisição e devolvem a
informação requisitada ou executam o serviço solicitado pelo cliente.
GABARITO
2. Nós vimos que o modelo Cliente x Servidor é a base do Ambiente Web. Assinale a
opção correta que descreve o Ambiente Web:
Conforme visto na seção O Ambiente Web, o ambiente web tem como base o modelo Cliente
x Servidor e a evolução de seu Modelo de Camadas. Faz uso, portanto, de um modelo de N
camadas, onde a lógica da aplicação e os dados são distribuídos em um ou mais servidores e
a interface para acesso a estes servidores fica a cargo do cliente.
MÓDULO 2
Compreender o conceito de
interface
Sobre essa variedade nas características dos dispositivos utilizados como interface para
o acesso a aplicações no Ambiente Web, é necessário garantir a usabilidade, ou seja,
que
sejam desenvolvidos sistemas fáceis de usar e de aprender, além de flexíveis. Em
complemento a esse conceito, e partindo do ponto de vista da usabilidade, a mesma deve
estar alinhada ao conceito de Design Responsivo, o qual deverá permitir que as páginas
Web, e consequentemente as aplicações Web, respondam a qualquer dispositivo sem
perda de
informações por parte do usuário.
Tabela 1 –
Estatísticas mundiais sobre resolução de telas de dispositivos. Fonte:
Elaboração do
autor, com base em dados de Global Stats, 2020.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
DESIGN RESPONSIVO
Segundo Knight (2011), o design responsivo é a abordagem que sugere que
o design e o
desenvolvimento devam responder ao comportamento e ao ambiente do usuário
com base no
tamanho da tela, plataforma e orientação do dispositivo por ele utilizado.
O conceito de design responsivo teve sua origem no Projeto Arquitetônico Responsivo. Tal
projeto prega que uma sala ou um espaço deve se ajustar automaticamente ao número e fluxo
de pessoas dentro dele. Para tanto, é utilizada uma combinação de robótica e tecnologia,
como: sensores de movimento; sistemas de controle climático com ajuste de temperatura e
iluminação; juntamente com materiais – estruturas que dobram, flexionam e expandem.
Da mesma forma que no Projeto Arquitetônico Responsivo, arquitetos não refazem uma sala
ou um espaço de acordo com o número, fluxo e as características de seus ocupantes, no
Ambiente
Web não devemos ter que precisar construir uma versão de uma mesma página de
acordo com
as características dos seus visitantes. Isso traria ainda outros custos, como
identificar uma enorme combinação de tamanhos de tela e tecnologia, entre outros
fatores,
para criar uma mesma quantidade de páginas correspondentes.
LAYOUTS FLUIDOS
Para entender o conceito de layout fluido, é necessário entender primeiro o que seria o
seu
oposto, ou seja, o layout fixo.
autor/shutterstock
LAYOUT FIXO
As dimensões (largura e altura) dos elementos de
uma página Web são definidos com a
utilização de unidades de medidas
fixas, como os ‘pixels’. Com isso, tais elementos não se
adaptam às
alterações no tamanho do campo de visão dos dispositivos que os
visualiza.
LAYOUT FLUIDO
Já os layouts fluidos fazem uso de unidades
flexíveis – no lugar de definir as dimensões com o
uso de
quantidades fixas são utilizados valores flexíveis. Isso permite,
por exemplo, que no
lugar de definir que o cabeçalho de uma página
tenha 1366 pixels de largura, possamos definir
que ele ocupe 90% do
tamanho da tela do dispositivo que o visualiza. Daí o conceito de
fluido,
ou seja, de adaptabilidade ao campo de visão conforme
dimensões do dispositivo que visualiza
a página.
PIXEL
Um pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, sendo que um conjunto de
pixels com várias cores formam a imagem inteira.
Além dos valores percentuais, há outras unidades de medidas flexíveis, como, por exemplo:
EM
Unidade de medida tipográfica, estando relacionada à letra “M”. O tamanho
base dessa
unidade equivale à largura da letra “M” em maiúscula.
REM
Enquanto o EM está relacionado ao tamanho do elemento de contexto (ou seja,
definimos o
valor EM de um elemento tomando como base o seu elemento pai),
no REM definimos que o
elemento de contexto, o elemento pai, será sempre a tag HTML <body>. Daí a letra “R” nessa
unidade, que faz referência à raiz (root).
SAIBA MAIS
MEDIA QUERY
Com base na afirmação de que cabe ao CSS estruturar o layout de uma página Web, temos
normalmente associada a uma página Web uma ou mais Folhas de Estilo – que são códigos
que definem aspectos de toda a página, como as dimensões dos elementos, cores de fundo,
as cores e os tipos de fonte etc.
Figura 4 –
Exemplo de Declaração de Media Query. Fonte: Paixão, 2020.
O resultado das expressões utilizadas na Media Query pode ser verdadeiro ou falso. No
caso
acima, será verdadeiro sempre que a largura da tela do dispositivo que visualiza a
página seja
inferior a 360 pixels. Do contrário, será falso. Ou seja, para todos os
dispositivos cuja largura
de tela seja superior a 360px, o código CSS em questão será
ignorado.
ATENÇÃO
SCRIPTS
Quando falamos em Scripts no lado cliente, no Ambiente Web, estamos falando de linguagens
de programação que rodam no navegador e cujo exemplo mais comum é o Javascript.
Esta linguagem adiciona interação a uma página Web, permitindo, por exemplo, a
atualização
dinâmica de conteúdos, o controle de multimídia, a animação de imagens e
muito mais. No
contexto do design responsivo, sua faceta mais importante é a de
atualização dinâmica de
conteúdo – e não só do conteúdo, mas também da apresentação do
mesmo.
DESIGN RESPONSIVO
Medias Queries são utilizadas, em conjunto com scripts, para criar um layout
fluido que se
adapte – através, sobretudo, da adequação das dimensões de
seus elementos – ao tamanho
da tela do dispositivo utilizado pelo visitante.
DESIGN ADAPTATIVO
Um site é planejado e construído com a definição de seis layouts
predefinidos, onde são
previstos pontos de quebra para que a página se
adapte às seis diferentes dimensões
utilizadas.
RESUMINDO
Como dito, no design responsivo é preciso criar uma série de combinações de Media Query
para que o layout se adapte aos mais variados tamanhos de tela. Já no adaptativo,
imaginemos a situação onde foram definidos os seguintes layouts e quebras: 360px, 720px,
900px, 1080px, 1440px e 1800px. Caso a largura da tela do dispositivo seja superior a
360px e
inferior a 720px – por exemplo, 700px −, será carregado o layout de 360px, que
equivale,
praticamente, à sua metade. É possível imaginar que, neste caso, o resultado
não seja
visualmente muito agradável ou otimizado.
MOBILE FIRST
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE NÃO CORRESPONDE AO CONCEITO
DE INTERFACE:
A) A interface tem como objetivo proporcionar uma comunicação mais natural entre usuário e
sistema computacional.
B) Interface é o meio pelo qual interagimos com um software, com uma aplicação, permitindo o
acesso às opções e informações disponíveis.
C) É o nome dado à parte de um sistema com a qual o usuário mantém contato ao usá-lo.
C) Escolher uma das três técnicas possíveis, preferencialmente o Javascript, uma vez que sua
implementação é mais simples, além de ser mais completo que as demais técnicas.
GABARITO
O objetivo da interface vai além de aspectos como definir o que é ‘mais ou menos bonito’. Seu
cerne está em garantir que, sobretudo, haja uma comunicação mais natural e intuitiva entre
usuário e sistema computacional.
Como visto anteriormente, para aplicar o Design Responsivo devemos fazer uso de uma
combinação de técnicas a fim de garantir que uma página corresponda às preferências e
características dos seus usuários com base no tamanho da tela, plataforma e orientação dos
dispositivos por eles utilizados.
MÓDULO 3
Reconhecer as tecnologias do
lado cliente
HTML
Em linhas gerais, a HTML é uma linguagem de marcação simples, composta por elementos,
chamados tags, que são relacionados a textos e
outros conteúdos a fim de lhes dar
significado. Por exemplo: Podemos marcar um texto
como sendo um parágrafo, uma lista ou
uma tabela. É possível, ainda, inserir vídeos e
imagens. Além disso, também utilizamos essa
marcação para definir a estrutura de um
documento de forma lógica: menu de navegação,
cabeçalho, rodapé etc. As tags podem ser agrupadas em tipos:
AS TAGS HTML
A anatomia de uma tag é composta pela tag de abertura, pela tag de fechamento e pelo
conteúdo – no exemplo anterior, o texto. Com essa combinação temos, ainda, a definição
de elemento na HTML.
ESTRUTURAIS
Juntamente com o elemento de definição do DocType, como pode ser visto na
Figura 5,
compõem a estrutura obrigatória de uma página web.
Figura 5:
Estrutura obrigatória de uma página Web. Fonte:
Paixão, 2020.
DE CONTEÚDO
Como nome sugere, têm o papel de marcar o conteúdo pelo seu tipo.
SEMÂNTICO
Relacionado ao tipo de conteúdo e à criação de seções para agrupá-lo de
acordo com sua
função no documento. Para melhor entender esse conceito, veja
a Figura 6.
Figura 6:
Tags estruturais básicas de uma página Web.
Fonte: Paixão, 2020.
ESTRUTURAIS
Juntamente com o elemento de definição do DocType, como pode ser visto na
Figura 5,
compõem a estrutura obrigatória de uma página web.
Figura 5:
Estrutura obrigatória de uma página Web. Fonte:
Paixão, 2020.
DE CONTEÚDO
Como nome sugere, têm o papel de marcar o conteúdo pelo seu tipo.
SEMÂNTICO
Relacionado ao tipo de conteúdo e à criação de seções para agrupá-lo de
acordo com sua
função no documento. Para melhor entender esse conceito, veja
a Figura 6.
Figura 6:
Tags estruturais básicas de uma página Web.
Fonte: Paixão, 2020.
SAIBA MAIS
HTML 5
A versão mais recente da HTML é a 5, que trouxe algumas importantes evoluções em relação
às anteriores. Entre tais novidades destacam-se:
Melhorias de conectividade.
CSS
O CSS (Sigla de Cascading Style Sheets. Em português, folhas de estilos em cascata.)
corresponde à segunda camada no tripé de tecnologias que formam o lado cliente, no
Ambiente Web. Trata-se de uma linguagem declarativa cuja função é controlar a
apresentação
visual de páginas Web. Com isso, têm-se a separação de funções em relação à
HTML:
SINTAXE
A sintaxe da CSS consiste em uma declaração onde são definidos o(s) elemento(s) e o(s)
estilo(s) que desejamos aplicar a ele(s) ou, em outras palavras:
O SELETOR
Um elemento HTML (body, div, p etc.) ou o seu identificador (atributo id) ou classe
(atributo
class).
A PROPRIEDADE
Característica do elemento (cor, fonte, posição etc.).
O VALOR
Novo parâmetro a ser aplicado à característica do elemento.
EXEMPLO
Para alterar a cor da fonte de um texto inserido em um
parágrafo, poderíamos utilizar uma das
variações apresentadas na Figura 7:
Figura 7 –
Exemplo de aplicação de CSS. Fonte: Paixão, 2020.
No exemplo anterior, vimos duas formas para definir o estilo de uma tag de parágrafo. No
primeiro, o elemento ao qual o estilo foi aplicado foi definido com a utilização de seu
atributo ID.
A respeito dos seletores, propriedades existentes e mais detalhes sobre a
CSS é recomendado
ler o Guia de Referência do próprio W3C.
INLINE
Os estilos, neste caso, são aplicados com a utilização do atributo “style”
seguido de uma ou
mais propriedades/valores.
INTERNO
Os estilos são definidos com a utilização da tag
<style>, dentro da tag <head> no documento.
EXTERNO
Essa é a forma preferencial de inserir estilos. Nela, é utilizado
um arquivo externo, com
extensão “.css”, contendo apenas estilos. Para
vincular esse arquivo externo ao documento é
utilizada a tag
<link> dentro da tag <head>.
ESCOPO
Esta forma foi introduzida pela HTML5. Com ela, um estilo pode ser definido
em nível de
escopo, ou seja, declarado em seções
específicas do documento. Sua declaração é feita da
mesma forma que na Inline. Entretanto, no lugar de ser declarada no
<head>, é declarada
dentro da tag à qual se quer aplicar os
estilos.
SELETORES CSS
A CSS permite uma série de combinações para a aplicação de estilos. Pode-se usar
aplicações
simples, como as vistas até aqui, nas quais apenas um elemento foi
selecionado, ou
combinações mais complexas, em que vários elementos podem ser agrupados
a fim de
receberem um mesmo estilo.
É boa prática e fortemente recomendado utilizar a forma Externa para incluir CSS em uma
página Web. Entre outras vantagens, como uma melhor organização do código, separando o
HTML do Estilo, devemos ter em mente que um mesmo arquivo CSS pode ser usado em várias
páginas de um site.
EXEMPLO
Vamos imaginar a situação oposta: Temos
um site onde o layout (topo, rodapé e menu, por
exemplo) é comum em todas as
suas páginas – arquivos .html independentes. Ao usarmos as
formas Inline e
Interna, precisaríamos replicar um mesmo código em todas as páginas. Imagine
agora ter que fazer alguma alteração ou inclusão, tal operação precisaria ser
repetida inúmeras
vezes. Em contrapartida, se usarmos um arquivo externo e o
linkarmos em todas as páginas,
precisaremos trabalhar apenas em um único código,
tornando-o muito mais fácil de ser mantido
e ainda diminuindo consideravelmente
nosso trabalho.
Uma nova funcionalidade tem ganhado bastante espaço ultimamente no que diz respeito à
CSS: os pré-processadores, como Sass, Less, Stylus
etc.
PRÉ-PROCESSADORES
JAVASCRIPT
O Javascript completa o tripé de tecnologias
Web que rodam no lado cliente. Trata-se de uma
linguagem de programação que, assim como
o CSS, é interpretada pelo Navegador. Entre
suas principais características, destaca-se
o fato de ser multiparadigma (orientação a objetos,
protótipos, funcional etc.).
JAVASCRIPT
Costuma-se abreviar o seu nome como “JS”, que é também a extensão de seus arquivos
−
quando vinculados externamente ao documento HTML.
Sua função é, sobretudo, fornecer interatividade a páginas Web, e foi criada com o
intuito de
diminuir a necessidade de requisições ao lado Servidor, permitindo a
comunicação assíncrona
e a alteração de conteúdo sem que seja necessário recarregar uma
página inteira.
SINTAXE
O Javascript é, ao mesmo, amigável, mas também completo e poderoso. Embora criado para
ser leve, uma vez que é interpretado nativamente pelos navegadores, trata-se de uma
linguagem de programação completa e, como já mencionado, multiparadigma. Logo, seus
códigos podem ser tanto estruturados quanto orientados a objetos. Além disso, permitem
que
bibliotecas, como Jquery, Prototype
etc. sejam criadas a partir de seu core, estendendo assim
a sua funcionalidade. Vejamos algumas características dessa linguagem:
JQUERY
Jquery é uma biblioteca Javascript rápida, pequena e rica em recursos que simplifica
processos como a manipulação de documentos HTML, eventos, animação, além do
AJAX
(JQuery).
PROTOTYPE
JSON
O JSON (JavaScript Object Notation) é um formato para
troca de dados no Ambiente Web.
Logo, é importante fazer menção a ele quando falamos das
tecnologias do lado cliente, uma
vez que tal formato está entre os mais utilizados no
intercâmbio de dados com o lado servidor e
entre diferentes sistemas, independentemente da
linguagem utilizada nos mesmos. Embora
relacionado ao Javascript, como o próprio nome
diz, não é um formato exclusivo dessa
linguagem e pode ser usado mesmo em sistemas onde
esta não esteja presente.
EXEMPLO
Figura 8 – Como
inserir Javascript em páginas Web. Fonte: Paixão,
2020.
Assim como foi dito em relação à CSS, deve-se dar preferência à
utilização de arquivos
externos para a incorporação de Javascript.
ATENÇÃO
Finalmente, cabe citar que, embora originalmente exclusivo do lado cliente, atualmente o
Javascript também pode ser usado no lado servidor. O node.js é um exemplo de ambiente
que
faz uso do Javascript no lado servidor.
NODE.JS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) Deve-se evitar, sempre que possível, fazer uso de novas técnicas ou novas funcionalidades
no que diz respeito às tecnologias Client Side. Isso porque as tecnologias Web já possuem
uma especificação própria, antiga, e, por isso, não se adaptam bem com novos recursos.
C) A CSS possui um sistema de hierarquia, assim como o Javascript. Com isso, ao usarmos
ambos no HTML, é recomendado usar estilos e scripts inline, já que facilitam o entendimento
do comportamento e também visual do elemento ao qual foram aplicados.
D) Remover tanto a CSS quanto o Javascript internos para o final da página otimiza o
desempenho e acelera o tempo de carregamento da página. Logo, esta é uma das práticas
mais recomendadas.
2. COMO VIMOS, CADA TECNOLOGIA DO LADO CLIENTE POSSUI SUA
PRÓPRIA FUNÇÃO. LOGO, A RESPEITO DA SEPARAÇÃO DE FUNÇÕES E
RESPONSABILIDADES, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
B) O HTML é a base, a principal tecnologia do lado cliente. Apenas utilizando HTML é possível
criar uma página rica em conteúdo – já que as tags servem justamente para isso −, layout – já
que tudo fica dividido na estrutura semântica do HTML − e interatividade, já que elementos
como o Formulário existem justamente para isso.
D) Entre as três tecnologias do lado cliente, CSS é a mais dispensável e menos importante, já
que é possível cuidar de todo o layout e apresentação fazendo uso apenas de HTML.
GABARITO
1. Ao desenvolvermos uma página Web devemos nos preocupar não somente com o
resultado final, mas também em utilizarmos corretamente cada uma das tecnologias.
Neste contexto, assinale a opção correta quanto às boas práticas a serem seguidas:
Como frisado nas seções de Boas Práticas, o Ambiente Web está em constante evolução. Tal
fator, somado aos princípios básicos como semântica e separação de responsabilidades
definem o que são as boas práticas quanto às tecnologias Client Side.
2. Como vimos, cada tecnologia do lado cliente possui sua própria função. Logo, a
respeito da separação de funções e responsabilidades, assinale a alternativa correta:
MÓDULO 4
Reconhecer as tecnologias do
lado servidor
PHP
Uma das principais funções das linguagens de programação Server Side é permitir o acesso
a
informações armazenadas em Bancos de Dados. Uma vez que apenas utilizando HTML e
Javascript isto não é possível, faz-se necessária a utilização de uma linguagem no lado
servidor. Entre as diversas linguagens disponíveis no lado servidor estão o Java, o
Python, o
ASP, o .NET e o PHP – que conheceremos um pouco mais ao longo deste tópico.
ETAPA 01
ETAPA 02
ETAPA 03
ETAPA 04
ETAPA 01
O PHP é uma linguagem interpretada, ou seja, precisa rodar sobre um servidor Web.
ETAPA 02
ETAPA 03
ETAPA 04
Um script PHP é composto por código delimitado pelas tags <?php e ?>. A última, de
fechamento, não é obrigatória. Devido à sua simplicidade, um mesmo script PHP pode conter
tanto código estruturado
quanto orientado a objetos. Pode até conter código de marcação
HTML. Neste último caso,
o código próprio do PHP deverá ficar entre as tags de abertura e
fechamento. A
Figura 9 mostra dois exemplos de código, um apenas em PHP e outro
mesclado com HTML. Ao analisarmos os códigos, inicialmente é importante notar que ambos
possuem a extensão
“.php”. Outras extensões possíveis, mas atualmente em desuso, são
“.php3”, “.php4”,
“.phtml”.
Figura 9 –
Exemplos de Código PHP. Fonte: Paixão, 2020.
SINTAXE
Assim como fizemos com o Javascript, veremos a seguir um resumo sobre a sintaxe do PHP:
VARIÁVEIS
As variáveis em PHP são criadas com a utilização do símbolo de cifrão ($).
Além disso, PHP é
case
sensitive. Logo, tomando como exemplo as
variáveis mostradas na Figura 9, $nome e
$email, ambas são diferentes das
variáveis $Nome e $Email.
TIPOS DE DADOS
O PHP é uma linguagem fracamente tipada. Logo, embora possua suporte para
isto, não é
necessário definir o tipo de uma variável em sua declaração.
OPERADORES CONDICIONAIS
O PHP tem suporte às condicionais if, else, if e else ternários, if else e
switch.
LAÇOS DE REPETIÇÃO
Estão disponíveis os laços: For, foreach, while e do-while.
FUNÇÕES E MÉTODOS
O PHP possui uma grande quantidade de funções e métodos nativos.
CASE SENSITIVE
Sensível a letras maiúsculas e minúsculas. Ou seja, faz diferença quando utilizamos uma
e
outra − conforme o exemplo fornecido, onde as letras “e” e “E” estão em minúsculo e
maiúsculo, respectivamente, em cada nomeação.
O PHP permite a inclusão de um script dentro de outro script. Isso é muito útil,
sobretudo se
pensarmos no paradigma de orientação a objetos, em que temos, em um
programa, diversas
classes, codificadas em diferentes scripts. Logo, sempre que
precisarmos fazer uso de uma
dessas classes, de seus métodos ou atributos, basta
incluí-la no script desejado. Para incluir
um script em outro o PHP disponibiliza algumas funções:
Include
Require
Include once
Require_once
Através do PHP é possível ter acesso ao sistema de arquivos do servidor Web. Com isso é
possível, por exemplo, manipular arquivos e diretórios, desde a simples listagem à
inclusão ou
exclusão de dados.
PÁGINAS DINÂMICAS
Se fôssemos implementar em uma página Web tudo o que estudamos até aqui, teríamos uma
página HTML básica, com um pouco de interação no próprio navegador, graças ao
Javascript,
e também com um pouco de estilo, este devido ao CSS.
Além disso, já sabemos que é possível enviar dados do HTML para o PHP através de um
formulário. Mas e agora? Qual o próximo nível? O que fazer a seguir? A resposta para
essas
duas perguntas está no que abordaremos a seguir: páginas
dinâmicas e acesso a
dados.
PÁGINAS DINÂMICAS
EXEMPLO
A combinação das tecnologias do lado cliente com as tecnologias do lado servidor produzem
as páginas dinâmicas. Nelas, é possível receber as informações provenientes do cliente,
processá-las, guardá-las, recuperá-las e utilizá-las sempre que desejarmos. E não é só
isso:
Podemos guardar todo o conteúdo do nosso blog no banco de dados. Com isso,
teríamos
apenas uma página PHP que recuperaria nosso conteúdo no banco e o exibiria no
navegador.
A Tabela 2 apresenta um pequeno resumo comparativo entre as páginas estáticas e
dinâmicas.
Páginas
Páginas dinâmicas
estáticas
Armazenamento do Na própria
Em um banco de dados
conteúdo página HTML
Tabela 2 –
Comparativo entre páginas estáticas e dinâmicas. Fonte: Paixão, 2020.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ACESSO A DADOS
Como mencionado anteriormente, o Ambiente Web é composto por tecnologias que rodam do
lado cliente e do lado servidor. Complementando o que vimos até aqui, temos ainda, do
lado
servidor, o banco de dados. De forma resumida, podemos defini-lo
como um repositório onde
diversas informações podem ser armazenadas e posteriormente
recuperadas. Para realizar a
gestão destes dados, existem os SGBD, ou
Sistemas Gerenciadores de Bancos
de Dados.
SGBD
Há diversos tipos de SGBD, para as mais variadas necessidades, com opções gratuitas
ou
pagas. Entre os gratuitos, dois são comumente utilizados em conjunto com o PHP:
MySQL e
PosgreSQL.
Se, por um lado, o SGBD é responsável por montar a estrutura do banco de dados − entre
outras funções −, por outro lado, para recuperarmos uma informação guardada em um banco
de dados e exibi-la em uma página Web, é necessário utilizar uma linguagem do lado
servidor,
como o PHP. Em outras palavras, não é possível acessar o banco de dados
utilizando apenas
HTML ou mesmo Javascript. Sempre será necessária a utilização de uma
linguagem server
side para o acesso aos dados.
A partir das tecnologias vistas até aqui, há algumas formas de acessar os dados guardados
em
um banco de dados.
A PARTIR DO HTML
Uma das maneiras mais comuns de enviar e recuperar dados a partir do HTML é
fazendo uso
de formulários. Com eles é possível submetermos nossos dados
para uma linguagem no lado
servidor/PHP. Este, então recebe as informações e
as armazena no banco de dados. Da
mesma forma acontece o caminho inverso.
Podemos ter um formulário em nossa página HTML
que solicite dados ao PHP e
este as envie de volta, após recuperá-las do banco de dados.
Vale lembrar ainda o que vimos sobre o PHP: Ele permite a utilização de
códigos HTML
diretamente em seus scripts. Logo, uma página Web feita em PHP
pode recuperar dados do
banco de dados toda vez que é carregada. É isso o que acontece na maioria dos sites. Cada
página visualizada é composta por conteúdo armazenado em banco de dados e código
HTML
produzidos por uma linguagem do lado servidor. Com isso, cada página
que abrimos em sites
dinâmicos implica em uma chamada/requisição ao lado
servidor – script e banco de dados.
A PARTIR DO JAVASCRIPT
O Javascript possui, essencialmente, duas formas para se comunicar com linguagens do lado
Servidor: Através das APIs (Application Programming Interface) XMLHttpRequest e Fetch API.
A primeira é amplamente utilizada, sendo a forma mais comum de realizar esta comunicação.
É normalmente associada a uma técnica de desenvolvimento Web chamada AJAX. Já a
segunda é mais recente e oferece algumas melhorias, embora não seja suportada por todos os
navegadores.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) É possível criar um script PHP que faça acesso a banco de dados utilizando apenas código
HTML.
B) Para recuperar informações de um banco de dados, a HTML precisa fazer uso do PHP, seja
diretamente − a partir de algum elemento próprio, − ou através de Javascript.
C) Como o PHP é altamente adaptável à HTML e esta ao Javascript, um script escrito nesta
última linguagem pode recuperar informações acessando diretamente o banco de dados.
D) O PHP é altamente adaptável à HTML. Logo, assim como a HTML, um script PHP é
renderizado diretamente pelo navegador.
A) Uma página Web completa só pode ser produzida com a utilização de páginas dinâmicas.
GABARITO
1. O PHP é uma linguagem de script, altamente adaptável à HTML e que lhe possibilita
interatividade e dinâmica. Assinale a alternativa correta quanto a esta afirmação:
O PHP é uma linguagem Server Side, utilizada, sobretudo, para criar páginas dinâmicas, em
conjunto com a HTML e demais tecnologias do lado cliente. Embora muito adaptável à HTML,
o PHP é uma linguagem de programação completa, que possui uma sintaxe específica, assim
como funções e métodos nativos que lhe possibilitam o acesso tanto ao sistema de arquivos
quanto à diferentes bancos de dados.
Nas páginas dinâmicas, todo o conteúdo de um site pode ser gerenciado automaticamente
através de scripts que rodam no servidor.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste tema, vimos como o modelo Cliente x Servidor, inicialmente restrito às redes
internas das empresas, evoluiu tanto nos diferentes modelos de camadas quanto na migração
para a internet. Novas tecnologias foram criadas no lado cliente − linguagens de marcação;
folhas de estilo; linguagens de script – e também do lado servidor – linguagens de script;
bancos de dados; páginas dinâmicas −, criando o Ambiente Web como o conhecemos
atualmente, caracterizado pelas tecnologias que formam sua base e pela preocupação com a
melhor experiência possível para os usuários que dele fazem uso.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BENYON, D. Interação Humano-Computador. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
KNIGHT, K. Responsive Web Design: What It Is And How To Use It. In: Smashing Magazine.
Responsive Design.
EXPLORE+
Leia o livro Interação humano-computador, escrito por Simone Diniz Junqueira Barboza
e Bruno Santana da Silva, da editora Elsevier.
Visite o tópico "CSS Units" no site do W3C e conheça a lista completa das unidades de
medidas da CSS. Conforme mencionado, a CSS possui uma série de unidades de
medidas para expressar tamanho, sendo esse associado a propriedades como “width”,
“margin”, entre outros. Estão disponíveis unidades de tamanho absoluto, como
centímetros, milímetros, pixels etc. e também unidades de tamanho relativo, como “em”,
“ex”, entre outros.
Assim como a maioria das tecnologias, a CSS possui um guia de referência oficial. Como
esse guia é mantido pelo W3C, entre no site para acessá-lo e conhecer a sua
especificação e todos os detalhes a ela relacionados.
CONTEUDISTA
Alexandre de Oliveira Paixão
CURRÍCULO LATTES