EF PR ARTE 6ºano 3ºbi Teatro VP
EF PR ARTE 6ºano 3ºbi Teatro VP
EF PR ARTE 6ºano 3ºbi Teatro VP
Caderno do Professor
Prezado Professor,
Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe
Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e de Professores
Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do estado de São
Paulo. O documento é constituído por Situações de Aprendizagem com atividades a serem
livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de
uma abordagem investigativa, visando possibilitar diferentes processos cognitivos
relacionados aos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco
principal das atividades é o desenvolvimento de habilidades, ou seja, daquilo que se espera
que o estudante aprenda nessa etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo
Paulista.
Antes de iniciar as Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas
considerações sobre o teatro e um aporte sobre educação inclusiva, avaliação e
recuperação.
A linguagem teatral
Enquanto linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de
significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se principalmente signos
visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação) e
sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que
utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de
alimentos conhecidos etc.) ou táteis (em que a realização cênica dos atores ou de objetos
cenográficos estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).
As Situações de Aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas,
propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem,
reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se
articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e se apropriar de suas
possibilidades comunicacionais, de forma individual, coletiva e colaborativa.
Os diversos objetos de conhecimento que constituem a arte teatral tornam-se
materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se
estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os
objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e
vocais, dentre outros, são tratados enquanto elementos que participam da constituição de
um discurso cênico, e que, como a palavra, tem algo a dizer. Propõe-se aos estudantes,
gradativamente, a percepção de que a linguagem não é só verbal, trabalhando-se o apuro
em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de significação para se
elaborar uma escrita cênica.
As Situações de Aprendizagem são, geralmente, programadas com claro
encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um
determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a
iluminação, as diferentes funções e os diferentes gêneros teatrais, a construção de
personagens etc.), um material, um tema ou uma obra de arte será especificamente
explorado naquele encontro, fazendo com que esse aspecto específico seja o fio condutor
das diversas atividades propostas. Assim, o planejamento das atividades pode estimular o
estudante a se voltar para um aspecto da linguagem que será especificamente explorado
naquele dia e a estabelecer um rastro perceptível na investigação empreendida,
possibilitando que o grupo tenha noção e se aproprie do processo de aprendizagem.
A troca do ambiente de estudo traz novas perspectivas para as aprendizagens.
Sendo assim, para o teatro acontecer, é preciso espaço para que os corpos se movimentem;
portanto, verifique as possibilidades, junto à gestão da escola, do uso do pátio, de uma sala
ou da quadra.
Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar
tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a
dia, quanto sobre as resoluções artísticas apresentadas em aula, com o intuito de aprimorar
a aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos, de forma mais ampla. Assim,
dar a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que
eles, com seus comentários e suas sugestões, colaboram para a produção de
conhecimentos. A avaliação vai propiciando aos estudantes, aos poucos, a apropriação da
linguagem teatral, efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua
comunicação com o mundo.
A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos
relacionados com os momentos de aprendizagem e, gradualmente, no decorrer do
processo, torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a
conduzir os debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.
Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o
professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à
diversidade criativa; contudo, isso não significa que o professor não possa intervir e sugerir
outro rumo quando considerar necessário.
A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos
presentes em uma encenação. Esse mergulho na linguagem teatral provoca a percepção e a
criatividade, assim como mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim,
que a tomada de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem
é ganhar condições para essa leitura.
toca-nos o íntimo e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais ou, quem
sabe, vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde
então, como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.
A seguir, apresentamos um aporte sobre educação inclusiva, avaliação e
recuperação.
Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela
ausência de informações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm
condições de prosseguir aprendendo se forem informados e estimulados de forma
sistemática, levando-se em conta sua diversidade linguística e suas possibilidades de
comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para
você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos
de ampliação sonora e leitura labial.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode
explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de
conhecimento. Convide um estudante a demonstrar o que deve ser feito e fale olhando de
frente sempre que possível. Nas festividades, utilize o Hino Nacional em LIBRAS, indicado
no link a seguir:
Deficiência visual
Todo estudante pode desenvolver habilidades cênicas. Para tanto, é necessário,
durante o planejamento das aulas e a adaptação das atividades, buscar informações, em
literatura especializada, sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às causas da
cegueira, ao grau de acuidade visual, à idade de incidência da perda visual, às experiências
educacionais vivenciadas e às características pessoais e familiares.
Existe uma enorme quantidade de gestos, que são habitualmente utilizados por
pessoas que enxergam normalmente, porém o estudante com deficiência visual não é capaz
de utilizá-los para sua comunicação durante o trabalho com a linguagem teatral; contudo,
ele pode criar e utilizar vocabulário próprio – auditivo/tátil, desenvolvido a partir da
semiótica teatral: gesto, expressão facial, movimentação corporal, voz etc.
Deficiência intelectual
O Componente Curricular Arte, com suas diferentes linguagens, torna possível a
manifestação de sentimentos e pensamentos, colaborando com o desenvolvimento da
comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, por meio de
experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são importantes e necessárias
para o desenvolvimento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma.
Nesses casos, o professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou
imagens recortadas. Essa adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante
nas atividades.
jan. 2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação propostas neste material são diagnósticas, iniciando
com a ação do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não acerca dos
objetos de conhecimento que serão abordados, processuais em todos os momentos de
prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e
recuperar as aprendizagens. Nessa concepção de avaliação e de recuperação em Arte, é
importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às
dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em
agrupamentos produtivos1, tem em vista a formação integral do estudante. É importante
frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de
Situações de Aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma
etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para
acompanhar os avanços e as dificuldades no desenvolvimento de habilidades e na
apropriação dos conhecimentos, a observação dos processos criativos, a relação com os
colegas, as considerações e suposições inteligentes2, a participação, o empenho, o
respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, a autoconfiança, a valorização
das diferentes expressões artísticas e o reconhecimento de que todos os obstáculos e
desacertos que podem ser superados.
1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso
escolar, bem como levam em consideração a heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua
importância na construção dos saberes dos alunos, pois essa forma de trabalho é ancorada, em sua
concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Disponível em: http://gg.gg/p1nzv
. Acesso em: 4 set. 2019.
2Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e na bagagem
cultural.
Habilidades integradoras: são habilidades que propõem conexões entre duas ou mais
linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de
processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.
Organizador Curricular
Condições didáticas e
indicações para o Observar se o
Habilidades
desenvolvimento das estudante
atividades
de criação de personagem
e seus modificadores.
Habilidade Articuladora
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
Habilidades:
dividem em dois tipos: Zanni, que representa os servos, a classe social mais baixa, e Vecchi,
que representa a classe social mais abastada.
Construções corporais e vocais: conjunto de características físicas e vocais pesquisadas,
experimentadas e assumidas pelo ator, para a configuração de um personagem no fazer
teatral.
Espectador: aquele que assiste a um espetáculo teatral, podendo, às vezes, participar e
decidir o rumo da ação. É o espectador que recebe e processa todas as informações
passadas pelos atores em cena, reagindo a elas durante e ao final do espetáculo.
Esquetes: é uma cena curta (com duração de, no máximo, dez minutos). Em sua maioria,
os atores atuam e improvisam uma cena com teor cômico.
Farsa: gênero que, apesar de dramático, é cômico, exagerado e extravagante na abordagem
de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens são excêntricos e
caricatos.
Figurino: vestimenta utilizada pelos atores para a caracterização do personagem.
Contemporaneamente, o figurino tem papel cada vez mais importante e variado, tornando-
se verdadeiramente a segunda pele do ator ou dançarino. Desse modo, desde que aparece
em cena, a vestimenta converte-se em figurino e é um signo sensível para o espectador, que
ajuda na leitura da ação e no gesto do personagem.
Gestualidade: conjunto de gestos que caracteriza determinado personagem.
Iluminação: conjunto de luz e sombra produzidas para uma obra cênica, baseada num
roteiro, que utiliza diversos recursos naturais ou artificiais, equipamentos convencionais e
não convencionais, objetos, máquinas, efeitos digitais etc., para destacar atores, cenários e
ambientes.
Improvisação: essa técnica possibilita ações espontâneas para o trabalho do ator e do não
ator. O improvisador explora seus limites criativos e sua agilidade criativa. Ela pode ser
realizada tanto individualmente quanto em equipe. A improvisação estimula o
desenvolvimento criativo do ator, de sua espontaneidade, adaptabilidade, flexibilidade e
imaginação dramática.
Improvisação teatral na escola: exercício que estimula a criatividade e a agilidade mental,
promove grande diversidade e originalidade expressiva, tanto corporal quanto vocal, amplia
limites e desperta espontaneidade, imaginação e adaptabilidade dramática de atores e não
atores. Ela pode ser realizada tanto individualmente quanto em equipe.
Jogo cênico ou jogo dramático: os jogos cênicos, geralmente, são realizados para
explorar a gestualidade e a voz, a partir de temas, desafios e situações corriqueiras.
Desenvolvidos em grupo, em que cada indivíduo elabora, por si e com os outros, situações
cênicas, utilizando-se diversos signos visuais, sonoros e corporais.
Jogo teatral: é uma atividade que consiste na criação e na representação de personagens
diversos, que executam ações, criando enredos/histórias com começo, meio e fim. No
entanto, para que uma atividade possa ser considerada um jogo teatral, ela precisa respeitar
a seguinte formatação: os estudantes devem ser organizados em grupos, que vão revezar as
funções de jogadores e plateia. É importante deixar claro que a plateia tem a função de
assistir, observar, reagir e, em alguns casos, interagir para contribuir com o
desenvolvimento do jogo.
Maquiagem: é a aplicação de produtos cosméticos sobre a pele, do rosto ou do corpo,
para a construção, a caracterização e a transformação do ator no personagem.
Personagem: teatralmente falando, a personagem pode ser uma pessoa, um animal ou
uma coisa, imaginada e descrita por quem a criou, que só existe na prática da interpretação
cênica/dramática de um ator, que assume todas as suas características enquanto se coloca
em seu lugar. No caso da improvisação, o autor é o próprio ator É o papel assumido por
um ator ou uma atriz a partir de um esboço criado por um autor. Como exemplo, nesta
Situação de Aprendizagem, utilizaremos alguns personagens da Commedia dell’arte.
Performance: manifestação artística que ocorre em determinado momento (ao vivo),
geralmente, em espaços não convencionais para o teatro. Nela, o ator interpreta ideias com
liberdade, associa diferentes linguagens, produzindo algo híbrido e impactante.
Personagens da comédia e da farsa: esses gêneros teatrais não possuem personagens
específicos, porém, há particularidades e semelhanças entre eles, como o exagero, a
imitação de costumes, a intriga, a paródia, os estereótipos e o deboche.
Relação com o espectador: por muito tempo, o espectador foi esquecido ou considerado
sem importância no seu processo de desenvolvimento, mas, atualmente, é visto como parte
da obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito da atuação do artista sobre o
espectador está fortemente ligado ao efeito do espectador sobre o artista.
Relação entre as linguagens teatral e circense: a principal característica a ser observada
é a presença do ser humano em estado espetacular, que utiliza recursos dramáticos e
expressivos na condução da performance cênica. Há a utilização de roteiros predefinidos,
de improvisação, de personagens, de construções corporais e vocais, de figurinos, de
adereços, de iluminação, de sonoplastia específica etc. Embora a formatação do espetáculo
seja distinta, ambos podem utilizar espaços diferentes; por exemplo, uma apresentação
Atividade 1 - Sondagem
Nesta atividade, é importante que você organize uma roda de conversa com os
estudantes, a fim de levantar seus saberes prévios e instigar sua curiosidade sobre estes
conceitos: improvisação teatral, jogo cênico, gestualidade, personagem, construções
corporais e vocais, cenas, performance, esquetes, gêneros teatrais – comédia e farsa,
figurinos, adereços, maquiagem, cenário, iluminação e sonoplastia, fazendo-os refletir sobre
a relação entre as linguagens teatral e circense, bem como a relação do personagem com o
espectador. Por conta do grande número de conceitos, essa conversa poderá se estender
por mais de uma aula. Permita que todos se coloquem livremente durante a conversa. À
medida em que as respostas forem surgindo, vá anotando palavras-chave na lousa para, ao
final, elaborar um fechamento sobre tudo o que foi conversado.
Solicite aos estudantes que anotem esse conjunto de informações e respondam às
questões, a seguir, em seus cadernos.
1. Você já foi ao teatro? Qual peça assistiu?
2. Você lembra de algum personagem? Como era a roupa dele (figurino)? Algum
personagem usava chapéu, bengala, guarda-chuva, ou outro objeto (adereço)?
3. Como ele andava? Como eram seus gestos? (gestualidade) Como era a voz dele (era
normal ou diferente)? Ele usava maquiagem ou máscara? Como eram?
4. Como era o cenário da peça? Tinha uma iluminação contínua (como a da sala de
aula) ou ela mudava?
5. Havia música e/ou ruídos durante a apresentação? O que você pensa sobre o que
ouviu? A música e os ruídos ajudaram ou atrapalharam as cenas?
6. Você sabe o que é uma improvisação teatral? E jogo cênico? Justifique sua resposta.
7. O que acha que é uma performance?
8. Existem diversos gêneros teatrais. Sabendo disso, você sabe quais são as diferenças
e semelhanças entre comédia e farsa? Justifique sua resposta.
9. O que é um esquete? Qual a diferença entre cena e esquete?
10. Você já foi ao circo? Conhece a personagem palhaço? Já viram este personagem em
algum outro lugar?
11. Existem relações entre o teatro e o circo? (retome algumas perguntas já feitas
acima, para que compreendam que as linguagens do teatro e do circo se relacionam
e o conceito de esquete, normalmente utilizado pelo circo).
Atividade 2 - Apreciação
Apresente as imagens e os vídeos indicados a seguir, para ilustrar os conceitos
conversados anteriormente: 1) improvisação teatral, jogo cênico; 2) gestualidade; 3)
personagem (além da análise do personagem, é possível observar figurinos, adereços,
1. Improvisação/jogo cênico:
Improvável - Só Perguntas #14 – Barbixas. Disponível em: http://gg.gg/nqm0t .
2. Gestualidade:
2a 2b 2c
2a. Brava; 2b. Chateada; 2c. Surpresa. Fonte: Robin Higgins/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nqony .
3a 3b
3a. Arlequim. Fonte: Didiwo/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nqor3 . Acesso em: 05 mar. 2020.
3b. Colombina. Fonte: Sobima/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nqpb7 . Acesso em: 05 mar. 2020.
3c
3c. Palhaço. Fonte: Glady/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nqpb9 . Acesso em: 5 mar. 2020.
4. Performance:
5. Esquete:
Mercado – Barbixas. Disponível em: http://gg.gg/nr3w7 . Acesso em: 06 dez. 2019.
6. Comédia e farsa:
Commedia dell’arte – Arlequim, servidor de dois patrões (parte 9/11) – trecho. Marcos
7. Cenários/Iluminação:
1 2 3
Fotos 1, 2 e 3: Cenas da peça Minha Vida de Menina, onde se percebe o uso do cenário e da iluminação. V
Mostra de teatro DER Guarulhos Norte. E.E. Profa. Hilda Prates Gallo. Fonte: Marcelo Balduíno Silva.
A partir da análise dos dois vídeos anteriores, pergunte quais são as semelhanças e
as diferenças sobre a relação entre as linguagens teatral e circense, bem como a relação do
personagem com o espectador.
dez. 2019.
Jogo 1: elabore, antecipadamente, dez filipetas com frases retiradas de poemas, letras de
música, textos dramáticos etc. Divida a turma em grupos com até seis componentes e
distribua uma filipeta para cada grupo. O desafio é que, cada integrante do grupo trabalhe a
mesma frase de uma forma diferente, modificando sua voz natural e utilizando
movimentos do corpo e gestos, experimentando interpretá-la de forma dramática, cômica
ou sussurrando, por exemplo (se necessário, retome as imagens 2a, 2b e 2c, do item 2
(Gestualidade), da atividade 2 (Apreciação), desta Situação de Aprendizagem, levando os
estudantes a pensar sobre quais seriam as frases que estariam sendo ditas pela pessoa
retratada).
Após as experimentações, forme um círculo com todos, solicitando que cada um
apresente sua interpretação das frases. Depois que todos tiverem se apresentado, proponha
uma apresentação coletiva, onde todos, ao mesmo tempo, ao seu sinal, interpretarão suas
frases. Aproveite a organização em círculo e converse com a turma para saber como foi
realizar esse jogo.
Jogo 2: organize os estudantes e explique que o jogo será realizado, inicialmente, por uma
dupla (sucessivamente, outras duplas serão formadas para participar da atividade). A
atividade consiste em um diálogo improvisado, baseado em perguntas e respostas, porém
utilizando gestos exagerados e voz “estranha”. O desafio é desenvolver o diálogo seguindo
a ordem alfabética. Sendo assim, a primeira palavra da primeira pergunta deve iniciar com a
letra “A”, e a primeira palavra da resposta deve iniciar com a letra “B”. O diálogo deve
prosseguir até alguém errar ou não conseguir ir adiante. Quando isso acontecer, recomece
o jogo, voltando para a letra “A” com uma nova dupla.
Exemplo:
Jogador 1 – Amigo, você por aqui?
Jogador 2 – Beleza! Sim! E você, o que faz por aqui?
Jogador 1 – Comecei a trabalhar nesta loja, hoje!
Jogador 2 – Da hora, mano!
Jogador 1 – Então, vamos tomar um suco, qualquer dia desses?
Jogador 2 – Faz tempo que não fazemos isso.
Jogador 1 – Gosta de que tipo de suco?
Jogador 2 – Hortelã com abacaxi.
Canal Barbixas. Vários exemplos de como a improvisação pode gerar cenas e textos bem
interessantes para uma produção teatral. Disponível em: http://gg.gg/nr55x . Acesso em:
22 jan. 2020.
Grupos:
Grupo 1: Personagens do teatro Commedia dell’arte.
São divididos em categorias: Zanni e Vechi
Zanni: Vecchi:
Representam os servos, a classe social mais Representam a classe social mais
baixa. abastada.
Arlequim: Zanni – cômico, atrapalhado, Pantaleão: Vecchi – rico, comerciante,
malandro, brincalhão, ingênuo e gentil. galanteador, conservador, desajeitado,
autoritário e avarento.
Colombina: Zanni – graciosa e esperta, pois Doutor: Vecchi – rico, charlatão e
sempre tenta tirar proveito das situações, avarento.
apaixonada por Arlequim.
Brighella: Zanni – trapaceiro, fingido, Capitão: Vecchi – fanfarrão, mentiroso,
egoísta, malandro e cínico. preguiçoso, forte e medroso.
Pierrô: Zanni – palhaço triste, honesto e
apaixonado por Colombina.
Pulcinella: Zanni – corcunda, ambicioso,
glutão e barrigudo.
equilibrar objetos sobre si, enquanto se apoia/equilibra sobre diferentes partes do seu
corpo, por exemplo.
Palhaço: personagem que utiliza linguagem verbal e não verbal para expressar o
cômico.
Mágico (ou ilusionista): entretém o público utilizando truques, recursos
mecânicos/tecnológicos para criar ilusões. Necessita de extrema agilidade com as mãos.
Malabarista: exige muita atenção, concentração e habilidade em manusear diversos
elementos ao mesmo tempo. Pode trabalhar com técnicas de equilíbrio e manuseio de
objetos, ao mesmo tempo.
Sugerimos que você assista aos vídeos a seguir, antecipadamente, e organize uma
lista dos pontos de aproximação e das semelhanças entre as linguagens teatral e circense,
para utilizá-la na roda de conversa ao final da atividade.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Circo contemporâneo: formado por pessoas de diferentes origens sem nenhum vínculo
familiar sendo que a aprendizagem acontece por meio das escolas de circo. Diferentemente
do circo tradicional, o espetáculo apresenta um tema central que é desenvolvido ao longo
de todo a apresentação numa sequência lógica. Essa exibição combina técnicas circenses e
teatrais e grande quantidade de recursos tecnológicos, agregando atores, ginastas, técnicos e
equipes específicas as quais desempenham diferentes tarefas e funções, culminando numa
produção de elevado teor estético. Outra característica importante é que não há animais.
Dimensões da vida: toda comunidade configura um contexto sociocultural composto por
elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte incluiu-se nesse viés e
pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas dimensões da vida a partir de
experiências sensíveis.
● Dimensão social: envolve os diferentes contextos nos quais seja possível ter
contato com a arte: em casa, no carro, na rua, no trabalho, na igreja, no mercado,
no shopping etc.
● Dimensão cultural: o ambiente em que vivemos influencia nossos padrões
culturais, dentre eles, o tipo de produto artístico a que somos expostos; por
exemplo, em localidades mais próximas ao campo, as pessoas tendem a ter mais
contato e apreciar músicas do gênero sertanejo. Sendo assim, a partir do produto
artístico que é apreciado, é possível perceber as influências culturais locais.
● Dimensão política: o viés político está ligado às influências culturais e estéticas de
outros países e culturas, na produção artística local, regional etc.
● Dimensão histórica: a relação histórica se observa pelo registro de fatos e
acontecimentos que ficaram marcados na/pela produção artística; por exemplo, a
música do filme Titanic; o “Tema da vitória”, que era tocado quando um piloto de
Fórmula 1 vencia uma corrida etc.
● Dimensão econômica: tem relação com o consumo de produtos artísticos
produzidos em massa pela indústria cultural ou em quantidades restritas/artesanais,
como livros, objetos, fotografias, gravuras, mídias digitais etc.
● Dimensão estética: está ligada às relações sensoriais de apreciação, de deleite, de
afetos e de sentimentos, estabelecidas intelectualmente em diferentes situações
vividas pelo sujeito e que envolvem um produto artístico.
● Dimensão ética: relacionada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não
discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos
pela sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.
Atividade 1 - Sondagem
Inicie a atividade conversando com os estudantes sobre o que eles pensam e sabem
a respeito de práticas artísticas. Durante a conversa, introduza perguntas a respeito de
como essas práticas artísticas estão inseridas e de que maneira elas se relacionam com as
diferentes dimensões da vida (social, cultural, política, histórica, econômica, estética e
ética). Na lousa, faça anotações das palavras-chave que forem surgindo de modo a
organizar um fechamento da atividade. Solicite à turma que anote esse resumo de
informações e aquilo que se absorveu da conversa.
Apresente os questionamentos, a seguir, e solicite aos estudantes que os respondam
em seus cadernos:
1. O que é uma prática artística? Explique o conceito de prática artística de acordo
com seu conhecimento prévio do assunto.
2. Quantos tipos de prática artística existem? Apresente alguns exemplos.
3. O que entendem por dimensões da vida?
4. Quantas dimensões da vida existem? Como você percebe as práticas artísticas
dentro dessas dimensões?
5. Pensando em sua vida, onde você identifica as práticas artísticas?
Atividade 2 - Apreciação
Para esta atividade de apreciação, apresente as imagens e os vídeos indicados a
seguir, que tratam da farsa e da comédia. Converse sobre a comédia e a farsa como gêneros
teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços.
Durante a conversa, faça mediações entre as imagens e as hipóteses dos estudantes,
oferecendo algumas informações conceituais sobre circo tradicional, circo contemporâneo
e gêneros teatrais, a fim de ampliar o repertório cultural dos estudantes.
Vídeos:
Familie Flöz: Infinita – Comédia. Canal Familie Floz. Disponível em http://gg.gg/nrjsk
Modelo de painel
Circo Teatro
Origem:
Quais são as personagens:
Como são criadas as personagens:
Como eram os locais de apresentação:
Como são hoje?
Quanto tempo de duração tinham os espetáculos?
Houve avanços tecnológicos? Quais?
Diferenças entre as modalidades
Igualdades entre as modalidades
22 jan. 2020.
1. 2.
3. 4.
5. 6.
1. Palhaços na rua. Fonte: Frank Magdelyns/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nryh4 . Acesso em: 18
fev. 2020. 2. Palhaços. Fonte: Jennifer Wai Ting Tan/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nryip . Acesso
em: 18 fev. 2020. 3. Estátua viva. Fonte: Eveline de Bruin/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nrykl .
Acesso em: 18 fev. 2020. 4. Atriz encenando na rua. Fonte: Luxstorm/Pixabay. Disponível em:
http://gg.gg/nrymz . Acesso em: 18 fev. 2020. 5. Malabarista. Fonte: Claudio Bianchi/Pixabay. Disponível
em: http://gg.gg/nrynr . Acesso em: 18 fev. 2020. 6. Equilíbrio com bolas. Fonte: Wonita Janzen/Pixabay.
Disponível em: http://gg.gg/nryrm . Acesso: 18 fev. 2020.
Habilidades:
(EF06AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos
cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo (figurinos,
adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
vocabulários.
Figurinista: profissional que é responsável pelas roupas que os atores utilizam em cena. O
figurinista cria as vestimentas de forma a deixar claro quem é aquele personagem, em qual
época ele se encontra e qual mensagem ele passa.
Iluminador: profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo, desde sua
criação até a operação no momento da cena.
Maquiador: profissional responsável pela maquiagem e pela caracterização do
personagem.
Sonoplasta: profissional responsável por toda a trilha sonora do espetáculo desde sua
criação até a execução no momento da cena.
Adereço, cenário, figurino, iluminação, maquiagem, sonoplastia: retome os conceitos
apresentados na Situação de Aprendizagem I.
Atividade 1 - Sondagem
Converse com os estudantes acerca dos diferentes elementos e profissionais
envolvidos na composição de acontecimentos cênicos da comédia, da farsa e do circo-
teatro (teatro circense). É importante que você realize anotações sobre a atividade. Em
seguida, solicite que respondam às questões a seguir, em seus cadernos:
1. Quais profissionais trabalham em um circo? Comente.
2. Você conhece quais são os profissionais necessários para a produção de um
espetáculo teatral? Cite-os.
3. Quem define como serão feitos os figurinos para o teatro ou para o circo?
4. Para você, como é o figurino de um personagem de circo? Quais adereços são
usados nesse lugar?
5. Como você definiria a maquiagem de um palhaço? Por que há um profissional
maquiador de teatro ou de circo?
6. O que é necessário para se criar um ambiente cenográfico (uma floresta, uma casa
ou o mar, por exemplo) no teatro? Quem faz isso?
7. Toda peça de teatro tem necessariamente um cenário? Quais elementos podem ser
utilizados na composição de um cenário?
Atividade 2 - Apreciação
Organize uma roda de conversa e conduza os estudantes na análise e
reconhecimento dos elementos envolvidos na composição de acontecimentos cênicos,
presentes nas fotos e em nosso cotidiano. Retomar suas anotações sobre a sondagem
realizada, pode ajudar.
1. 2.
3. 4.
5. 6.
1.Palhaça com aros. Fonte: Greg Kozi, por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntiuh . Acesso em: 1 fev.
2020. 2. Mesa de som e luz para espetáculo teatral. Fonte: Nadiia_Eye, por Pixabay. Disponível em:
http://gg.gg/ntiur . Acesso em: 27 jan. 2020. 3. Montagem de cenário. Fonte: Carabo Spain, por Pixabay.
Disponível em: http://gg.gg/ntive/1 . Acesso em: 27 jan. 2020. 4. Encenação teatral. Fonte: Mauricio Keller,
por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntiu1 . Acesso em: 15 dez. 2020. 5. Palhaços. Fonte: Paul Brennan,
por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntivu . Acesso em: 18 fev. 2020. 6. Cena do espetáculo Ricardo
III, de Willian Shakespeare. Cenografia de Kim A. Tolman. Fonte: Kim A. Tolman, por Pixabay. Disponível
em: http://gg.gg/ntix3 . Acesso em: 27 jan. 2020.
pesquisa e a montagem do painel, que pode ser confeccionado com cartolina, papel pardo
etc. Outras funções podem ser adicionadas ao quadro. Finalizada a pesquisa, proporcione
um momento para socialização e análise de todo o material pesquisado, mediando uma
roda de conversa.
Modelo de painel de pesquisa:
Profissão teatral Texto (descrever a Imagens (inserir imagens e/ou links
função) de vídeos representativos dos
profissionais em ação, da função
pesquisada)
Direção artística
Ator
Coreógrafo
Contrarregra
Diretor
Figurinista
Iluminador
Maquiador/Visagista
Roteirista
Sonoplasta
Cada componente dos grupos será responsável por uma função específica e deverá
pensar e registrar no caderno, por meio da escrita de textos e da criação de desenhos, o
planejamento do espetáculo. Utilize o roteiro a seguir como modelo de registro para
orientar as ações dos estudantes. É importante que eles conversem, tomem as decisões
sobre as escolhas de temas, do roteiro, da história, do figurino, do cenário, das cenas, dos
equipamentos de som e de luz necessários. Ao final da atividade, oriente os grupos a juntar
todas as informações planejadas pelos componentes em um único documento e realize um
momento de socialização e avaliação de como foi fazer parte desse processo de criação
teatral.
Modelo de roteiro:
Tema Definido em grupo
Título Definido em grupo
Produtor Um componente do grupo ficará responsável por organizar a
produção e a logística do processo de criação.
Roteirista O roteiro da história, que será fio condutor do espetáculo, pode ser
escrito por mais de um componente a partir do tema escolhido pelo
grupo.
Diretor artístico Fazer a logística, supervisionar e coordenar o processo de seleção e
divisão de tarefas entre os componentes dos grupos.
Atores Para interpretar personagens do teatro e do circo, os estudantes
envolvidos nessa função precisam, a partir do roteiro escrito, pensar
nas ações dramáticas corporais, na gestualidade e nas expressões
vocal e facial.
Coreógrafo Como se trata de um espetáculo que envolve atividades circenses,
esclareça que um ou mais estudantes precisam elaborar coreografias
corporais e artísticas.
Figurinista Um componente do grupo ficará responsável por utilizar as imagens
pesquisadas na atividade anterior para servir de base no processo de
criação dos esboços e dos desenhos dos figurinos.
Maquiador/ Um componente do grupo ficará responsável por utilizar as imagens
Visagista pesquisadas na atividade anterior para servir de base no processo de
criação da maquiagem dos personagens.
Sonoplasta Um componente do grupo ficará responsável por pesquisar e
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV
História do circo: a arte do circo está presente, desde a Antiguidade, em diversas partes
do mundo, mas a forma como hoje a conhecemos vem do Império Romano; no século IV
a.C., constrói-se o primeiro grande circo da história, Circus Maximus, no qual aconteciam
desde festejos religiosos até apresentações de animais, lutas de gladiadores e esportes para
entreter o povo. Na Idade Média, as apresentações foram para praças e ruas com seus
artistas populares, nômades e viajantes. Na Inglaterra do século XVII, o inglês Philip
Astley desenvolve a linguagem do circo, que passa a ter picadeiros, tendas e lonas para a
apresentação de diversas artes circenses próximas do nosso conhecimento. No século XX,
surgem as escolas de circo na Rússia, na França e no Canadá, as quais alteram a forma
como o circo era regido, principalmente, na troca de saberes circenses, aliando as técnicas
circenses e os bailados performáticos da ginástica artística, rítmica e acrobática às inovações
tecnológicas, narrativas e teatralidade. Podemos citar alguns circos, mundialmente
conhecidos, como o francês Cirque d'Hiver, o americano Big Apple Circus, o irlandês Tom
Duffy's Circus, o Circo Imperial da China e o canadense Cirque du Soleil.
História do circo no Brasil: o circo, no Brasil, surge com a vinda dos europeus ao país no
início do século XIX. Muitas famílias nômades ciganas influenciaram as atividades circenses
com apresentações de ilusionismos e de domadores de animais, espalhando-se por todo o
país, mas adaptando os números circenses à cultura e aos costumes da região. O palhaço,
grande personagem do circo, é o que alinhava o espetáculo por meio de suas pantomimas,
sua alegria e seu humor, sendo muito mais comunicativo e falastrão. Os palhaços, que
fizeram mais sucesso nacionalmente, foram Piolin, Arrelia, Carequinha, Fuzarca e
Torresmo. É importante ressaltar que o uso de animais, em apresentações circenses, no
estado de São Paulo, é proibido pela Lei 11.977, de 25 de agosto de 2005. Listamos o nome
de alguns circos: Circo Maximus, Circo Stankowich, Tihany Espetacular, Circo dos Sonhos, Circo
Broadway.
Circo-Teatro: o termo circo-teatro se refere a apresentações teatralizadas que aconteciam
ao final de espetáculos circenses, em meados do século XX, no Brasil. Eram encenadas
comédias, dramas e adaptações de temas diversos. Benjamin de Oliveira foi o grande
precursor dessa prática que foi, durante muito tempo, a forma de levar o teatro a todo o
país. Ela foi perdendo espaço e força até os anos de 1960, quando, praticamente,
desapareceu. Hoje em dia, há grupos que aliam, aos espetáculos teatrais, as técnicas
circenses. Podemos citar as companhias de circo-teatro La Mínima, Grupo de Teatro Sem
Lona, Grupo Parlapatões e Cia Nau de Ícaros.
Circo Blamage: é uma associação, sem fins lucrativos, fundada em 1989, na ilha de
Pellworm, Alemanha, que se propõe a desenvolver habilidades motoras, criativas, artísticas
e sociais de crianças, de jovens com (ou sem) deficiência, por meio de seus acampamentos
Cia. Nau de Ícaros – Circo, Dança, Teatro. Nau de Ícaros. Disponível em:
http://gg.gg/o8p2f . Acesso em: 27 jan. 2020.
Grupo Rosa dos Ventos de artistas populares. Rosa dos Ventos. Disponível em:
em 27 jan. 2020.
Atividade 1 - Sondagem
Nesta atividade de sondagem, converse com os estudantes procurando investigar o
que eles já sabem sobre os artistas, os grupos e os coletivos cênicos de circo-teatro (teatro
circense), circos paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, criação, produção,
divulgação, circulação e organização da atuação profissional. Faça a mediação dessa
conversa utilizando as perguntas indicadas a seguir ou aquelas que considere mais
adequadas à sua realidade, retomando os conhecimentos já apresentados nas situações de
aprendizagem anteriores.
1. Você acha que todos os circos são iguais ou existe mais de um tipo? Quais tipos
existem?
2. O que diferencia um circo do outro? Quem são os artistas que participam do circo?
3. De que forma, outras pessoas que não são do circo, podem fazer parte dele?
4. Como você imagina ser a vida dentro do circo? Ela é muito diferente da vida de
quem não pertence a ele? Por quê?
5. Como a vida do artista de circo pode ser comparada à vida do ator?
6. Quando um circo chega a uma cidade ou região, como as pessoas ficam sabendo?
Atividade 2 - Apreciação
Nesta atividade de apreciação, você apresentará fotos e vídeos e mediará uma
conversa, fazendo observações sobre os artistas e grupos de coletivos cênicos de circo
teatro, (teatro circense) e circos paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas,
que aparecem nas imagens. Solicite aos estudantes que observem todos os detalhes
atentamente, destacando pontos importantes, e promova uma reflexão, ao final da
1. 2.
3. 4.
5. 6.
1. Circo contemporâneo – Cena do espetáculo de Natal do Cirque du Soleil. Fonte: Maria Michelle/Pixabay.
Disponível em: http://gg.gg/ntlvx . Acesso em: 18 fev. 2020. 2. Trapezista. Cena do espetáculo de Natal do
Cirque du Soleil. Fonte: Maria Michelle/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntlwo . Acesso em: 18 fev.
2020. 3. Contorcionistas. Fonte: Igor A. Suassuna/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntlx7 . Acesso em:
18 fev. 2020. 4. Tenda circense. Fonte: Claudio Kirner/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntlxx . Acesso
em: 18 fev. 2020. 5. Circo Blamage. Fonte: Ruth Weitz/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntlzm . Acesso
em 24 fev. 2020. 6. Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus. Fonte: Free-Photos/Pixabay. Disponível em:
http://gg.gg/ntlzu/1 . Acesso em: 24 fev. 2020.
Vídeos:
fev. 2020.
Referências Bibliográficas
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FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo do teatro. São Paulo: Moderna, 2005.
GRANERO, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula. São Paulo: Contextos,
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PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.
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SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:
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SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2006.
_______. Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. 2 ed. São Paulo:
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THOMAZ, Sueli Barbosa. Imaginário e teatro-educação. Rio de janeiro: Rovelle, 2009.