EF PR ARTE 6ºano 3ºbi Teatro VP

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Anos Finais – 6º Ano – 3º Bimestre - Teatro

Caderno do Professor

Prezado Professor,
Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe
Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e de Professores
Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do estado de São
Paulo. O documento é constituído por Situações de Aprendizagem com atividades a serem
livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de
uma abordagem investigativa, visando possibilitar diferentes processos cognitivos
relacionados aos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco
principal das atividades é o desenvolvimento de habilidades, ou seja, daquilo que se espera
que o estudante aprenda nessa etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo
Paulista.
Antes de iniciar as Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas
considerações sobre o teatro e um aporte sobre educação inclusiva, avaliação e
recuperação.

A linguagem teatral
Enquanto linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de
significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se principalmente signos
visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação) e
sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que
utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de
alimentos conhecidos etc.) ou táteis (em que a realização cênica dos atores ou de objetos
cenográficos estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).
As Situações de Aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas,
propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem,
reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se
articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e se apropriar de suas
possibilidades comunicacionais, de forma individual, coletiva e colaborativa.
Os diversos objetos de conhecimento que constituem a arte teatral tornam-se
materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se
estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os
objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e
vocais, dentre outros, são tratados enquanto elementos que participam da constituição de
um discurso cênico, e que, como a palavra, tem algo a dizer. Propõe-se aos estudantes,
gradativamente, a percepção de que a linguagem não é só verbal, trabalhando-se o apuro
em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de significação para se
elaborar uma escrita cênica.
As Situações de Aprendizagem são, geralmente, programadas com claro
encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um
determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a
iluminação, as diferentes funções e os diferentes gêneros teatrais, a construção de
personagens etc.), um material, um tema ou uma obra de arte será especificamente
explorado naquele encontro, fazendo com que esse aspecto específico seja o fio condutor
das diversas atividades propostas. Assim, o planejamento das atividades pode estimular o
estudante a se voltar para um aspecto da linguagem que será especificamente explorado
naquele dia e a estabelecer um rastro perceptível na investigação empreendida,
possibilitando que o grupo tenha noção e se aproprie do processo de aprendizagem.
A troca do ambiente de estudo traz novas perspectivas para as aprendizagens.
Sendo assim, para o teatro acontecer, é preciso espaço para que os corpos se movimentem;

portanto, verifique as possibilidades, junto à gestão da escola, do uso do pátio, de uma sala
ou da quadra.
Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar
tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a
dia, quanto sobre as resoluções artísticas apresentadas em aula, com o intuito de aprimorar
a aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos, de forma mais ampla. Assim,
dar a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que
eles, com seus comentários e suas sugestões, colaboram para a produção de
conhecimentos. A avaliação vai propiciando aos estudantes, aos poucos, a apropriação da
linguagem teatral, efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua
comunicação com o mundo.
A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos
relacionados com os momentos de aprendizagem e, gradualmente, no decorrer do
processo, torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a
conduzir os debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.
Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o
professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à
diversidade criativa; contudo, isso não significa que o professor não possa intervir e sugerir
outro rumo quando considerar necessário.
A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos
presentes em uma encenação. Esse mergulho na linguagem teatral provoca a percepção e a
criatividade, assim como mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim,
que a tomada de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem
é ganhar condições para essa leitura.

Arte como experiência da arte


A percepção sensível do indivíduo, desde a instauração dos ditames da vida
moderna, está premida por uma vivência urbana marcada pelos choques do cotidiano, pela
padronização gestual, pelo consciente assoberbado e pelo desestímulo à atuação de outras
formações da psique. Resta-lhe o empobrecimento da experiência e da linguagem.
As alterações na percepção solicitam procedimentos artísticos modificados para
provocar a irrupção da memória involuntária. Somente uma recepção livre dos
condicionamentos, em que o consciente seja surpreendido, poderia se deixar atingir pelo
instante significativo em que, na relação com o objeto artístico, o olhar nos é retribuído,

toca-nos o íntimo e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais ou, quem
sabe, vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde
então, como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.
A seguir, apresentamos um aporte sobre educação inclusiva, avaliação e
recuperação.

Educação inclusiva – estudantes com deficiência


Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual, e o
professor deve estar atento para as necessidades individuais e para as coletivas. Estudantes
com deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e o pensamento conceitual.
Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no
processo de aprendizagem musical, mas são capazes de desenvolver oralidade e reconhecer
sinais gráficos.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de
um único nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante
sem usar critérios comparativos. O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à
educação, independentemente das diferenças e das necessidades individuais – inspirada nos
princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), e está presente na Política Nacional
de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas devem, principalmente, conhecer
a meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE):
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino,
com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos
multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados. (BRASIL, 2014)

A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas


de estudantes com deficiência – e transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada
em 1989 e regulamentada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à
educação. Nesse contexto, o professor precisa realizar uma adaptação curricular para
atender à diversidade em sala de aula.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

Portal MEC. Disponível em: http://gg.gg/lc5gs . Acesso em: 23 out. 2019.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Portal gov.br. Disponível em:


http://gg.gg/ngcpx . Acesso em: 23 out. 2019.

Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela
ausência de informações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm
condições de prosseguir aprendendo se forem informados e estimulados de forma
sistemática, levando-se em conta sua diversidade linguística e suas possibilidades de
comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para
você. A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos
de ampliação sonora e leitura labial.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode
explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de
conhecimento. Convide um estudante a demonstrar o que deve ser feito e fale olhando de
frente sempre que possível. Nas festividades, utilize o Hino Nacional em LIBRAS, indicado
no link a seguir:

Hino Nacional em LIBRAS. Sueli Ramalho. Disponível em:


http://gg.gg/mrj4j . Acesso em: 3 dez. 2019.

Nas atividades de apreciação teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos


sobre a caixa de som para sentir as vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a
fala dos atores. Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, a disponibilização de
comunicação adequada, a adequação curricular, o acesso às novas tecnologias de
informação e a comunicação de diferentes formas de avaliação.

Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de


surdos. Cilene Rodrigues Carneiro Freitas. Disponível em: http://gg.gg/nfs78 . Acesso
em: 30 jan. 2020.

Estudantes surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte.


Nova Escola. Disponível em: http://gg.gg/nfs8c . Acesso em: 30 jan. 2020.

Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Passeidireto.

Disponível em: http://gg.gg/ozltg . Acesso em: 30 jan. 2020.

Deficiência visual
Todo estudante pode desenvolver habilidades cênicas. Para tanto, é necessário,
durante o planejamento das aulas e a adaptação das atividades, buscar informações, em
literatura especializada, sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às causas da
cegueira, ao grau de acuidade visual, à idade de incidência da perda visual, às experiências
educacionais vivenciadas e às características pessoais e familiares.
Existe uma enorme quantidade de gestos, que são habitualmente utilizados por
pessoas que enxergam normalmente, porém o estudante com deficiência visual não é capaz
de utilizá-los para sua comunicação durante o trabalho com a linguagem teatral; contudo,
ele pode criar e utilizar vocabulário próprio – auditivo/tátil, desenvolvido a partir da
semiótica teatral: gesto, expressão facial, movimentação corporal, voz etc.

Teatro Cego. Caleidoscópio Comunicação e


cultura. Disponível em: http://gg.gg/nfsa0 . Acesso em: 31 jan. 2020.

Teatro-Educação: uma experiência com jovens cegos. Sobre a Deficiência visual.

Disponível em: http://gg.gg/nfsat . Acesso em: 31 jan. 2020.

Deficiência intelectual
O Componente Curricular Arte, com suas diferentes linguagens, torna possível a
manifestação de sentimentos e pensamentos, colaborando com o desenvolvimento da
comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, por meio de
experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são importantes e necessárias
para o desenvolvimento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma.
Nesses casos, o professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou
imagens recortadas. Essa adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante
nas atividades.

Como trabalhar com alunos com deficiência intelectual – dicas


incríveis para adaptar atividades. Instituto Itard. Disponível em: http://gg.gg/nfsbq .
Acesso em: 23 out. 2019.

Arte e deficiência intelectual: caminhos, possibilidades e aprendizagem. Secretaria


da Educação do Estado do Paraná. Disponível em: http://gg.gg/nfscd/1 . Acesso em: 31

jan. 2020.

Avaliação e recuperação
A avaliação e a recuperação propostas neste material são diagnósticas, iniciando
com a ação do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não acerca dos
objetos de conhecimento que serão abordados, processuais em todos os momentos de
prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e
recuperar as aprendizagens. Nessa concepção de avaliação e de recuperação em Arte, é
importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer
possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às
dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em
agrupamentos produtivos1, tem em vista a formação integral do estudante. É importante
frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de
Situações de Aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma
etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para
acompanhar os avanços e as dificuldades no desenvolvimento de habilidades e na
apropriação dos conhecimentos, a observação dos processos criativos, a relação com os
colegas, as considerações e suposições inteligentes2, a participação, o empenho, o
respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa, a autoconfiança, a valorização
das diferentes expressões artísticas e o reconhecimento de que todos os obstáculos e
desacertos que podem ser superados.


1 Agrupamentos produtivos: seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças em seu percurso
escolar, bem como levam em consideração a heterogeneidade de saberes existentes no espaço escolar e a sua
importância na construção dos saberes dos alunos, pois essa forma de trabalho é ancorada, em sua
concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Disponível em: http://gg.gg/p1nzv
. Acesso em: 4 set. 2019.
2Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e na bagagem
cultural.

Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos


necessários para analisar seu planejamento, replanejar, se necessário, e também para o
acompanhamento e para propostas de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.

Antes de iniciar as Situações de Aprendizagem, apresentamos o Organizador


Curricular.
No quadro, estão dispostas todas as habilidades que expressam as aprendizagens
essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nessa etapa. Para tanto, são descritas
de acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:

Código Alfanumérico: EF03AR13 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.


EF = Ensino Fundamental – 03 = 3º ano – AR = Arte – 13 = número da habilidade.
Habilidade: (EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura
popular brasileira de diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e
europeias.
Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: experimentar,
identificar e apreciar.
Objetos de conhecimento mobilizados na habilidade: músicas próprias da cultura popular
brasileira.
Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior
especificação da aprendizagem esperada de diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes
indígenas, africanas e europeias. Em outras habilidades, também existem modificadores de
verbos. Por exemplo, “experimentar” e “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:


demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,
articuladas aos tipos de conteúdo (conceitual, atitudinal, procedimental e factual).
Observar se o estudante: indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e
recuperação.

Habilidades integradoras: são habilidades que propõem conexões entre duas ou mais
linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de
processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.

Organizador Curricular

Condições didáticas e
indicações para o Observar se o
Habilidades
desenvolvimento das estudante
atividades

(EF06AR24) Reconhecer e apreciar Organizar momentos de Participa da sondagem e


artistas, grupos e coletivos cênicos de sondagem, apreciação, da apreciação; reconhece
circo-teatro (teatro circense) e circo reconhecimento, e e investiga os objetos de
paulistas, brasileiros e estrangeiros de investigação dos objetos de conhecimento e seus
diferentes épocas, investigando os conhecimento e seus modificadores.
modos de criação, produção, modificadores.
divulgação, circulação e organização da
atuação profissional.

(EF06AR25) Investigar, identificar e Organizar momentos de Participa da sondagem e


analisar a comédia e a farsa como sondagem, apreciação, da apreciação; investiga,
gêneros teatrais e a relação entre as investigação, identificação identifica e analisa os
linguagens teatral e circense em e análise dos objetos de objetos de conhecimento.
diferentes tempos e espaços, conhecimento e seus
aprimorando a capacidade de modificadores.
apreciação estética teatral.

(EF06AR26) Explorar diferentes Organizar momentos de Participa da sondagem e


elementos envolvidos na composição sondagem, apreciação da apreciação; explora os
de acontecimentos cênicos da comédia exploração dos objetos de objetos de conhecimento,
e da farsa, do circo-teatro (teatro conhecimento e seus reconhecendo seus
circense) e do circo (figurinos, modificadores. vocabulários e seus
adereços, maquiagem/visagismo, modificadores.
cenário, iluminação e sonoplastia) e
reconhecer seus vocabulários.

(EF06AR28) Investigar e experimentar Organizar momentos de Participa da sondagem e


diferentes funções teatrais (ator, sondagem, apreciação, da apreciação; investiga e
figurinista, aderecista e investigação e experimenta os objetos
maquiador/visagista etc.) e experimentação dos de conhecimento;
compreender a relação entre elas nos objetos de conhecimento e compreende a relação
processos de criação de personagem. seus modificadores. entre eles nos processos

de criação de personagem
e seus modificadores.

(EF06AR29) Experimentar, de Organizar momentos de Participa da sondagem e


maneira imaginativa na improvisação sondagem, apreciação e da apreciação;
teatral e no jogo cênico, a gestualidade experimentação dos experimenta os objetos
e as construções corporais e vocais de objetos de conhecimento e de conhecimento e seus
personagens da comédia e da farsa. seus modificadores. modificadores.

(EF06AR30) Compor cenas, Organizar momentos de Participa da sondagem e


performances, esquetes e sondagem, apreciação, da apreciação; compõe,
improvisações com base em textos composição, exploração e explora e caracteriza os
dramáticos ou outros estímulos caracterização dos objetos objetos de conhecimento,
(música, imagens, objetos etc.), de conhecimento, considerando a relação
explorando a comédia e a farsa como considerando a relação com o espectador e seus
gêneros teatrais e a relação entre as com o espectador e seus modificadores.
linguagens teatral e circense, modificadores.
caracterizando personagens (com
figurinos, adereços e maquiagem),
cenário, iluminação e sonoplastia e
considerando a relação com o
espectador.

Habilidade Articuladora

(EF69AR31) Relacionar as práticas Organizar momentos de Participa da sondagem e


artísticas às diferentes dimensões da sondagem, apreciação e da apreciação; relaciona
vida social, cultural, política, histórica, relação dos objetos de os objetos de
econômica, estética e ética. conhecimento e seus conhecimento e seus
modificadores, nas modificadores às
diferentes dimensões da diferentes dimensões da
vida. vida.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I

Habilidades:

(EF06AR29) Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo


cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens da comédia e da
farsa.
Objetos do conhecimento: Processos de criação
• improvisação teatral;
• jogo cênico;
• gestualidade;
• personagens da comédia e da farsa;
• construções corporais e vocais.

(EF06AR30) Compor cenas, performances, esquetes e improvisações com base em textos


dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), explorando a comédia e a
farsa como gêneros teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense, caracterizando
personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e sonoplastia e
considerando a relação com o espectador.
Objetos do conhecimento: Processos de criação
• cenas;
• performance;
• esquetes;
• improvisação;
• gêneros - comédia e farsa;
• personagens da comédia e da farsa;
• figurinos, adereços, maquiagem, cenário, iluminação e sonoplastia;
• relação entre as linguagens teatral e circense;
• relação das linguagens teatral e circense com o espectador.

Professor, nesta Situação de Aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas,


você vai conversar com os estudantes para explorar os seus conhecimentos prévios e
colocá-los em contato com os objetos de conhecimento e modificadores das habilidades.
Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao
final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados, e
utilize as informações da coluna “Observar se o estudante”, do Organizador Curricular,
como referência.

Para envolver os estudantes na aprendizagem mais interativa e significativa, este


material propõe demonstrar uma maneira de utilizar a tecnologia no cotidiano escolar,
como ferramenta pedagógica, por meio dos QR Codes. Os smartphones mais recentes já
possuem aplicativos capazes de lê-los. Verifique junto aos estudantes a possibilidade de
utilização desse recurso. Adapte às aulas para que aqueles que possuam alguma necessidade
especial também possam participar das atividades, independentemente de suas deficiências,
possibilitando que desenvolvam um maior conhecimento do seu corpo e de suas
possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes
para o desenvolvimento das atividades.
Ação física: ação executada pelos atores (teatro/dança/circo), envolvendo voz, gestos e
movimentos. Essa ação, aliada a aspectos como cenografia, texto, iluminação, sonoplastia,
maquiagem, figurino etc., gera a atuação, que é lida e interpretada pelo espectador, que lhe
atribui sentido a partir de seu conhecimento de mundo e de suas experiências anteriores, de
seus sentimentos, de suas sensações e de suas emoções.
Adereço: acessório ou objeto que compõe uma cena e/ou personagem e faz parte da
encenação teatral. Também é conhecido por adereço de cena, de representação e/ou do
ator.
Cena: é um trecho específico, um recorte, uma subdivisão de uma peça teatral.
Cenário: artisticamente, trata-se de uma ou mais estruturas ou ambientes, que podem ser
naturais, construídos ou virtuais, convertendo-se em signos sensíveis para o
espectador, transformando o lugar da apresentação teatral no ambiente a ser representado,
e ajudando na leitura dos acontecimentos artísticos. Diversos elementos fazem parte dele,
como objetos, sons, luzes etc.
Comédia: gênero que explora situações do dia a dia, exagera particularidades do
comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada, provocando risos no
público.
Commedia dell’arte: gênero da comédia popular dos séculos XVI e XVII, na Itália e na
França, que tem como características o roteiro simples, crítico à sociedade por meio de
personagens caricatos, presença de malabarismos, acrobacias, uso do improviso e interação
com o público, uma vez que as apresentações aconteciam em espaços públicos. Os atores
usavam máscaras e figurinos coloridos para chamar a atenção do público, os cenários eram
simples e o palco, improvisado. As companhias eram mambembes, viajando entre as
cidades e montando seus espetáculos de acordo com a localidade. Seus personagens se

dividem em dois tipos: Zanni, que representa os servos, a classe social mais baixa, e Vecchi,
que representa a classe social mais abastada.
Construções corporais e vocais: conjunto de características físicas e vocais pesquisadas,
experimentadas e assumidas pelo ator, para a configuração de um personagem no fazer
teatral.
Espectador: aquele que assiste a um espetáculo teatral, podendo, às vezes, participar e
decidir o rumo da ação. É o espectador que recebe e processa todas as informações
passadas pelos atores em cena, reagindo a elas durante e ao final do espetáculo.
Esquetes: é uma cena curta (com duração de, no máximo, dez minutos). Em sua maioria,
os atores atuam e improvisam uma cena com teor cômico.
Farsa: gênero que, apesar de dramático, é cômico, exagerado e extravagante na abordagem
de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens são excêntricos e
caricatos.
Figurino: vestimenta utilizada pelos atores para a caracterização do personagem.
Contemporaneamente, o figurino tem papel cada vez mais importante e variado, tornando-
se verdadeiramente a segunda pele do ator ou dançarino. Desse modo, desde que aparece
em cena, a vestimenta converte-se em figurino e é um signo sensível para o espectador, que
ajuda na leitura da ação e no gesto do personagem.
Gestualidade: conjunto de gestos que caracteriza determinado personagem.
Iluminação: conjunto de luz e sombra produzidas para uma obra cênica, baseada num
roteiro, que utiliza diversos recursos naturais ou artificiais, equipamentos convencionais e
não convencionais, objetos, máquinas, efeitos digitais etc., para destacar atores, cenários e
ambientes.
Improvisação: essa técnica possibilita ações espontâneas para o trabalho do ator e do não
ator. O improvisador explora seus limites criativos e sua agilidade criativa. Ela pode ser
realizada tanto individualmente quanto em equipe. A improvisação estimula o
desenvolvimento criativo do ator, de sua espontaneidade, adaptabilidade, flexibilidade e
imaginação dramática.
Improvisação teatral na escola: exercício que estimula a criatividade e a agilidade mental,
promove grande diversidade e originalidade expressiva, tanto corporal quanto vocal, amplia
limites e desperta espontaneidade, imaginação e adaptabilidade dramática de atores e não
atores. Ela pode ser realizada tanto individualmente quanto em equipe.
Jogo cênico ou jogo dramático: os jogos cênicos, geralmente, são realizados para
explorar a gestualidade e a voz, a partir de temas, desafios e situações corriqueiras.

Desenvolvidos em grupo, em que cada indivíduo elabora, por si e com os outros, situações
cênicas, utilizando-se diversos signos visuais, sonoros e corporais.
Jogo teatral: é uma atividade que consiste na criação e na representação de personagens
diversos, que executam ações, criando enredos/histórias com começo, meio e fim. No
entanto, para que uma atividade possa ser considerada um jogo teatral, ela precisa respeitar
a seguinte formatação: os estudantes devem ser organizados em grupos, que vão revezar as
funções de jogadores e plateia. É importante deixar claro que a plateia tem a função de
assistir, observar, reagir e, em alguns casos, interagir para contribuir com o
desenvolvimento do jogo.
Maquiagem: é a aplicação de produtos cosméticos sobre a pele, do rosto ou do corpo,
para a construção, a caracterização e a transformação do ator no personagem.
Personagem: teatralmente falando, a personagem pode ser uma pessoa, um animal ou
uma coisa, imaginada e descrita por quem a criou, que só existe na prática da interpretação
cênica/dramática de um ator, que assume todas as suas características enquanto se coloca
em seu lugar. No caso da improvisação, o autor é o próprio ator É o papel assumido por
um ator ou uma atriz a partir de um esboço criado por um autor. Como exemplo, nesta
Situação de Aprendizagem, utilizaremos alguns personagens da Commedia dell’arte.
Performance: manifestação artística que ocorre em determinado momento (ao vivo),
geralmente, em espaços não convencionais para o teatro. Nela, o ator interpreta ideias com
liberdade, associa diferentes linguagens, produzindo algo híbrido e impactante.
Personagens da comédia e da farsa: esses gêneros teatrais não possuem personagens
específicos, porém, há particularidades e semelhanças entre eles, como o exagero, a
imitação de costumes, a intriga, a paródia, os estereótipos e o deboche.
Relação com o espectador: por muito tempo, o espectador foi esquecido ou considerado
sem importância no seu processo de desenvolvimento, mas, atualmente, é visto como parte
da obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito da atuação do artista sobre o
espectador está fortemente ligado ao efeito do espectador sobre o artista.
Relação entre as linguagens teatral e circense: a principal característica a ser observada
é a presença do ser humano em estado espetacular, que utiliza recursos dramáticos e
expressivos na condução da performance cênica. Há a utilização de roteiros predefinidos,
de improvisação, de personagens, de construções corporais e vocais, de figurinos, de
adereços, de iluminação, de sonoplastia específica etc. Embora a formatação do espetáculo
seja distinta, ambos podem utilizar espaços diferentes; por exemplo, uma apresentação

teatral pode “caber” em espaços onde uma apresentação de determinados números


circenses não cabe.
Sonoplastia: compreende a recriação de sons da natureza, de animais e de objetos, de
ações e de movimentos, ilustrados ou sugeridos sonoramente em cada cena. Contemplava,
também, a gravação e a montagem de diálogos, bem como a seleção, a gravação e o
alinhamento de música com função dramatúrgica. Esse termo é recorrente em teatro, circo,
cinema, rádio e televisão.
Texto dramático: textos escritos ou adaptados com o objetivo de serem encenados.

Para saber mais:


Jogo cênico: elaboração da cena circense. Instituto Claro. Disponível em:

http://gg.gg/nq6fk . Acesso em: 18 fev. 2020.

Atividade 1 - Sondagem
Nesta atividade, é importante que você organize uma roda de conversa com os
estudantes, a fim de levantar seus saberes prévios e instigar sua curiosidade sobre estes
conceitos: improvisação teatral, jogo cênico, gestualidade, personagem, construções
corporais e vocais, cenas, performance, esquetes, gêneros teatrais – comédia e farsa,
figurinos, adereços, maquiagem, cenário, iluminação e sonoplastia, fazendo-os refletir sobre
a relação entre as linguagens teatral e circense, bem como a relação do personagem com o
espectador. Por conta do grande número de conceitos, essa conversa poderá se estender
por mais de uma aula. Permita que todos se coloquem livremente durante a conversa. À
medida em que as respostas forem surgindo, vá anotando palavras-chave na lousa para, ao
final, elaborar um fechamento sobre tudo o que foi conversado.
Solicite aos estudantes que anotem esse conjunto de informações e respondam às
questões, a seguir, em seus cadernos.
1. Você já foi ao teatro? Qual peça assistiu?
2. Você lembra de algum personagem? Como era a roupa dele (figurino)? Algum
personagem usava chapéu, bengala, guarda-chuva, ou outro objeto (adereço)?
3. Como ele andava? Como eram seus gestos? (gestualidade) Como era a voz dele (era
normal ou diferente)? Ele usava maquiagem ou máscara? Como eram?

4. Como era o cenário da peça? Tinha uma iluminação contínua (como a da sala de
aula) ou ela mudava?
5. Havia música e/ou ruídos durante a apresentação? O que você pensa sobre o que
ouviu? A música e os ruídos ajudaram ou atrapalharam as cenas?
6. Você sabe o que é uma improvisação teatral? E jogo cênico? Justifique sua resposta.
7. O que acha que é uma performance?
8. Existem diversos gêneros teatrais. Sabendo disso, você sabe quais são as diferenças
e semelhanças entre comédia e farsa? Justifique sua resposta.
9. O que é um esquete? Qual a diferença entre cena e esquete?
10. Você já foi ao circo? Conhece a personagem palhaço? Já viram este personagem em
algum outro lugar?
11. Existem relações entre o teatro e o circo? (retome algumas perguntas já feitas
acima, para que compreendam que as linguagens do teatro e do circo se relacionam
e o conceito de esquete, normalmente utilizado pelo circo).

Para saber mais:


O caderno do estudante apresenta a indicação os dois links para acesso, a seguir,
caso o estudante nunca tenha ido ao teatro. Se preferir, você pode apresentar os vídeos
antes de realizar a conversa.

Esquete teatral “Milho aos Pombos” – Festival Cenas Curtas de Niterói


2012. Canal Cia. Três de Paus. Disponível em: http://gg.gg/nqlr9 . Acesso em: 19 jan.
2020.

Esquete de Marcos Casuo. Canal Universo Casuo. Disponível em: http://gg.gg/nqly9 .

Acesso em: 18 fev. 2020. Obs.: apresentar o vídeo até 5:37.

Atividade 2 - Apreciação
Apresente as imagens e os vídeos indicados a seguir, para ilustrar os conceitos
conversados anteriormente: 1) improvisação teatral, jogo cênico; 2) gestualidade; 3)
personagem (além da análise do personagem, é possível observar figurinos, adereços,

maquiagem); 4) performance; 5) esquete; 6) gêneros teatrais – comédia e farsa; 7) cenário e


iluminação; 8) construções corporais e vocais; 9) cenas; e 10) iluminação e sonoplastia.
Durante a apreciação, faça perguntas abertas sobre o que eles conseguem identificar
de cada um dos conceitos específicos. Diga a eles que podem recorrer às anotações feitas
na atividade anterior. Se necessário, a partir das respostas da turma, pontue e reforce os
conceitos. É importante analisar as fotos e assistir aos vídeos antecipadamente.

1. Improvisação/jogo cênico:
Improvável - Só Perguntas #14 – Barbixas. Disponível em: http://gg.gg/nqm0t .

Acesso em: 06 dez. 2019.

2. Gestualidade:

2a 2b 2c

2a. Brava; 2b. Chateada; 2c. Surpresa. Fonte: Robin Higgins/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nqony .

Acesso em: 05 mar. 2020.

3. Personagens: (além da análise dos personagens, também é possível trabalhar figurinos,


adereços e maquiagem.)

3a 3b

3a. Arlequim. Fonte: Didiwo/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nqor3 . Acesso em: 05 mar. 2020.
3b. Colombina. Fonte: Sobima/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nqpb7 . Acesso em: 05 mar. 2020.

3c
3c. Palhaço. Fonte: Glady/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nqpb9 . Acesso em: 5 mar. 2020.

4. Performance:

Cegos - Desvio Coletivo Georgetown Festival. Disponível em:


http://gg.gg/vbbjr. Acesso em: 16 jul. 2021.

5. Esquete:
Mercado – Barbixas. Disponível em: http://gg.gg/nr3w7 . Acesso em: 06 dez. 2019.

6. Comédia e farsa:

Farsa teatral – Moliére – O médico saltador. Lindomar Araújo. Disponível


em: http://gg.gg/nr3wm . Acesso em: 06 dez. 2019.

Commedia dell’arte – Arlequim, servidor de dois patrões (parte 9/11) – trecho. Marcos

Breda. Disponível em: http://gg.gg/nr3xy. Acesso em: 6 dez. 2019.

7. Cenários/Iluminação:

1 2 3
Fotos 1, 2 e 3: Cenas da peça Minha Vida de Menina, onde se percebe o uso do cenário e da iluminação. V
Mostra de teatro DER Guarulhos Norte. E.E. Profa. Hilda Prates Gallo. Fonte: Marcelo Balduíno Silva.

Disponível em: http://gg.gg/nr41m . Acesso em: 28 fev. 2020.

8. Construções corporais e vocais: utilize trechos do vídeo “Milho aos Pombos”


(indicado na Atividade 1 desta Situação de Aprendizagem) ou do vídeo “Os Saltimbancos”
(indicado a seguir, no item 10).
9. Cenas: selecione cenas do vídeo “Os Saltimbancos” (indicado no item 10 – Iluminação
e sonoplastia).
10. Iluminação e sonoplastia: construções corporais e vocais, figurinos, adereços e
maquiagem também podem ser trabalhados, a partir do vídeo a seguir:

Espetáculo “Os Saltimbancos”. Odeon Companhia Teatral. Disponível em:

http://gg.gg/nr4kk . Acesso em: 06 dez. 2019.

A partir da análise dos dois vídeos anteriores, pergunte quais são as semelhanças e
as diferenças sobre a relação entre as linguagens teatral e circense, bem como a relação do
personagem com o espectador.

Para saber mais:


Performance “Cegos”. Desvio Coletivo. Disponível em: http://gg.gg/nr4w3 . Acesso

em: 06 dez. 2019.

Gênero teatral comédia. Nova Escola. Disponível em: http://gg.gg/nr4wr .


Acesso em: 06 dez. 2019.

Gênero teatral farsa. Duvidando. Disponível em: http://gg.gg/nr4x8 . Acesso em: 06

dez. 2019.

Atividade 3 - Ação Expressiva I


A proposta desta atividade é organizar e realizar momentos de experimentação da
improvisação teatral por meio de dois jogos, utilizando a leitura dramática e a gestualidade.
Organize o espaço da sala de aula ou outro espaço disponível na escola, como a
quadra, o pátio ou uma sala ociosa (agende com a gestão da escola o uso desse espaço).
Ao final da atividade, converse com os estudantes sobre o que foi vivenciado e
solicite que cada um escreva um relato de autoavaliação, registrando o que e como
aprendeu nessa experiência.

Jogo 1: elabore, antecipadamente, dez filipetas com frases retiradas de poemas, letras de
música, textos dramáticos etc. Divida a turma em grupos com até seis componentes e
distribua uma filipeta para cada grupo. O desafio é que, cada integrante do grupo trabalhe a
mesma frase de uma forma diferente, modificando sua voz natural e utilizando
movimentos do corpo e gestos, experimentando interpretá-la de forma dramática, cômica
ou sussurrando, por exemplo (se necessário, retome as imagens 2a, 2b e 2c, do item 2
(Gestualidade), da atividade 2 (Apreciação), desta Situação de Aprendizagem, levando os
estudantes a pensar sobre quais seriam as frases que estariam sendo ditas pela pessoa
retratada).
Após as experimentações, forme um círculo com todos, solicitando que cada um
apresente sua interpretação das frases. Depois que todos tiverem se apresentado, proponha
uma apresentação coletiva, onde todos, ao mesmo tempo, ao seu sinal, interpretarão suas
frases. Aproveite a organização em círculo e converse com a turma para saber como foi
realizar esse jogo.
Jogo 2: organize os estudantes e explique que o jogo será realizado, inicialmente, por uma
dupla (sucessivamente, outras duplas serão formadas para participar da atividade). A
atividade consiste em um diálogo improvisado, baseado em perguntas e respostas, porém
utilizando gestos exagerados e voz “estranha”. O desafio é desenvolver o diálogo seguindo
a ordem alfabética. Sendo assim, a primeira palavra da primeira pergunta deve iniciar com a
letra “A”, e a primeira palavra da resposta deve iniciar com a letra “B”. O diálogo deve
prosseguir até alguém errar ou não conseguir ir adiante. Quando isso acontecer, recomece
o jogo, voltando para a letra “A” com uma nova dupla.
Exemplo:
Jogador 1 – Amigo, você por aqui?
Jogador 2 – Beleza! Sim! E você, o que faz por aqui?
Jogador 1 – Comecei a trabalhar nesta loja, hoje!
Jogador 2 – Da hora, mano!
Jogador 1 – Então, vamos tomar um suco, qualquer dia desses?
Jogador 2 – Faz tempo que não fazemos isso.
Jogador 1 – Gosta de que tipo de suco?
Jogador 2 – Hortelã com abacaxi.

Para saber mais:

Canal Barbixas. Vários exemplos de como a improvisação pode gerar cenas e textos bem
interessantes para uma produção teatral. Disponível em: http://gg.gg/nr55x . Acesso em:

22 jan. 2020.

Atividade 4 - Ação Expressiva II


Agora que já foram experimentadas as construções corporais e vocais, esta
atividade será direcionada à caracterização de personagens e apresentação de um esquete.
Antecipadamente, solicite aos estudantes que tragam alguns objetos (garrafa PET,
relógio, lanternas, celular etc.), adereços (chapéu, colares, pulseiras, bengala etc.) fantasias,
papéis (pardo, crepom, jornal), fita crepe, tesoura, barbante, tecidos etc. Esses materiais
serão utilizados na confecção dos figurinos das personagens e na iluminação das
apresentações. É importante que você também traga alguns materiais, para serem
utilizados, se necessário.
Esquete: para a realização desta atividade, antecipadamente, selecione, apresente e
adapte, se necessário, pequenos textos dramáticos ou não (jornais/revistas com situações
do cotidiano), músicas, imagens, objetos etc. Divida a turma em grupos de até seis
componentes e proponha a criação e a vivência de um esquete, baseados nos textos
selecionados anteriormente. Explique que a cena deve ser curta, com no máximo cinco
minutos de duração, e deve utilizar personagens (excêntricos e/ou caricatos) e
características do gênero “farsa”. Os estudantes deverão, também, caracterizar os
personagens e usar diferentes entonações de voz.
Converse com a turma a respeito da importância dos registros de todo o processo
de construção do esquete. Nesse caso, combine com os estudantes como será a
organização dos ensaios e das apresentações dos grupos e, se necessário, combine também
com a gestão da escola um espaço para a turma se apresentar fora da sala de aula.

Para saber mais:


A farsa da boa preguiça – Cena – Ariano Suassuna. Canal Prosa Sonora. Disponível em:

http://gg.gg/nr573 . Acesso em: 31 jan. 2020.

Farsa da boa preguiça – Completo – Grupo de Teatro Guará. Canal Vitor


Duarte Correia. Disponível em: http://gg.gg/nr59a . Acesso em: 31 jan. 2020.

A farsa de Inês Pereira. Canal Alegretto Dez. Disponível em: http://gg.gg/nr5au .

Acesso em: 31 jan. 2020.

Atividade 5 - Ação Expressiva III


Para explorar a comédia e as relações existentes entre as linguagens teatral e
circense, divida a turma em dois grupos e oriente a apresentação dos espetáculos. Para cada
apresentação, os estudantes precisam confeccionar um cenário, pensar na iluminação, na
sonoplastia, no figurino e refletir sobre a relação do espetáculo com o espectador. Deixe
claro que haverá momentos em que os grupos participarão de apresentações e, em outros,
ocuparão a posição de plateia.
Oriente os estudantes sobre a utilização da ficha de organização de tarefas e das
informações sobre os personagens da Commedia dell’arte e do circo para planejar as ações.

Ficha de organização de tarefas


Função Tarefa
Direção Organizar toda a elaboração e a execução; pesquisar informações
artística sobre personagens.
Roteirista(s) Escrever o roteiro de produção, a partir das indicações do diretor.
Ator(es) Ensaiar e encenar o texto nos gêneros comédia e farsa.
Pesquisar e selecionar músicas e efeitos sonoros para produzir a trilha;
Sonoplasta(s)
manipular equipamentos e aparelhagem de som.
Maquiador(es) Executar maquiagem, cabelo e caracterização das personagens.
Figurinista(s) Criar e confeccionar os figurinos.
Aderecista(s) Confeccionar máscaras, perucas, chapéus etc.
Criar um esquema de utilização da luz e operar todo o sistema de
Iluminador(es)
iluminação.

Finalizadas as apresentações, organize uma roda de conversa e incentive os grupos


a comentar como foi vivenciar os dois lados da apresentação de um espetáculo, a relação
entre quem apresenta e quem assiste, e quais as semelhanças entre as linguagens teatral e
circense. Solicite que registrem, em seus cadernos, o que e como aprenderam.

Grupos:
Grupo 1: Personagens do teatro Commedia dell’arte.
São divididos em categorias: Zanni e Vechi
Zanni: Vecchi:
Representam os servos, a classe social mais Representam a classe social mais
baixa. abastada.
Arlequim: Zanni – cômico, atrapalhado, Pantaleão: Vecchi – rico, comerciante,
malandro, brincalhão, ingênuo e gentil. galanteador, conservador, desajeitado,
autoritário e avarento.
Colombina: Zanni – graciosa e esperta, pois Doutor: Vecchi – rico, charlatão e
sempre tenta tirar proveito das situações, avarento.
apaixonada por Arlequim.
Brighella: Zanni – trapaceiro, fingido, Capitão: Vecchi – fanfarrão, mentiroso,
egoísta, malandro e cínico. preguiçoso, forte e medroso.
Pierrô: Zanni – palhaço triste, honesto e
apaixonado por Colombina.
Pulcinella: Zanni – corcunda, ambicioso,
glutão e barrigudo.

Grupo 2: Personagens do circo


Aqui listamos alguns personagens, artistas, figuras presentes no circo, mas outros
podem aparecer de acordo com sua região.
Apresentador: apresenta todas as entradas dos personagens do circo, recebe e
entretém o público.
Bailarina: entretém o público por meio da dança e de coreografias simples.
Contorcionista: trabalha com técnicas de flexibilidade corporal, torcendo e dobrando
o corpo.
Equilibrista: trabalha com diferentes técnicas de equilíbrio. Personagem que consegue

equilibrar objetos sobre si, enquanto se apoia/equilibra sobre diferentes partes do seu
corpo, por exemplo.
Palhaço: personagem que utiliza linguagem verbal e não verbal para expressar o
cômico.
Mágico (ou ilusionista): entretém o público utilizando truques, recursos
mecânicos/tecnológicos para criar ilusões. Necessita de extrema agilidade com as mãos.
Malabarista: exige muita atenção, concentração e habilidade em manusear diversos
elementos ao mesmo tempo. Pode trabalhar com técnicas de equilíbrio e manuseio de
objetos, ao mesmo tempo.

Sugerimos que você assista aos vídeos a seguir, antecipadamente, e organize uma
lista dos pontos de aproximação e das semelhanças entre as linguagens teatral e circense,
para utilizá-la na roda de conversa ao final da atividade.

Para saber mais:


Commedia dell’arte. Laura Aidar – TodaMatéria. Disponível em: http://gg.gg/umurr

Acesso em: 24 jan. 2020.

História do circo. TodaMatéria. Disponível em: http://gg.gg/umus6 Acesso


em: 24 jan. 2020.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II

Habilidade: (EF06AR25) Investigar, identificar e analisar a comédia e a farsa como


gêneros teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e
espaços, aprimorando a capacidade de apreciação estética teatral.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
• gêneros teatrais – a comédia e a farsa;
• relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços.

Habilidade Articuladora: (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes


dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
• práticas artísticas;
• diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica,
estética e ética.

Professor, nesta Situação de Aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas,


você vai conversar com os estudantes para explorar os seus conhecimentos prévios, colocá-
los em contato com os objetos de conhecimento e modificadores das habilidades.
Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao
final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize
as informações da coluna “Observar se o estudante”, do Organizador Curricular, como
referência.
Para envolver os estudantes na aprendizagem mais interativa e significativa, este
material propõe demonstrar uma maneira de utilizar a tecnologia no cotidiano escolar,
como ferramenta pedagógica, por meio dos QR Codes. Os smartphones mais recentes já
possuem aplicativos capazes de lê-los. Verifique junto aos estudantes a possibilidade de
utilização desse recurso.
Adapte às aulas para que aqueles que possuam alguma necessidade especial também
possam participar das atividades, independentemente de suas deficiências, possibilitando
que desenvolvam um maior conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes
para o desenvolvimento das atividades.
Gênero teatral comédia: retome o conceito apresentado na Situação de Aprendizagem I.
Gênero teatral farsa: retome o conceito apresentado na Situação de Aprendizagem I.
Práticas artísticas: ações que resultam em produtos artísticos ou artesanais de todos os
povos e matrizes estéticas e culturais (técnicas, saberes, apresentações musicais, de dança,
teatro e circo, tradicionais ou contemporâneos).
Circo tradicional: é formado por grupos familiares e todos os saberes são transmitidos de
geração em geração. Todos integrantes tem uma função específica, antes, durante e depois
do espetáculo. Cada apresentação é resultado de um longo, rigoroso e complexo processo
de aprendizado artístico e estético, que envolve montagem, elaboração de figurinos e
cenários, ensaios, treinamento físico, divulgação e desmontagem.

Circo contemporâneo: formado por pessoas de diferentes origens sem nenhum vínculo
familiar sendo que a aprendizagem acontece por meio das escolas de circo. Diferentemente
do circo tradicional, o espetáculo apresenta um tema central que é desenvolvido ao longo
de todo a apresentação numa sequência lógica. Essa exibição combina técnicas circenses e
teatrais e grande quantidade de recursos tecnológicos, agregando atores, ginastas, técnicos e
equipes específicas as quais desempenham diferentes tarefas e funções, culminando numa
produção de elevado teor estético. Outra característica importante é que não há animais.
Dimensões da vida: toda comunidade configura um contexto sociocultural composto por
elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte incluiu-se nesse viés e
pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas dimensões da vida a partir de
experiências sensíveis.
● Dimensão social: envolve os diferentes contextos nos quais seja possível ter
contato com a arte: em casa, no carro, na rua, no trabalho, na igreja, no mercado,
no shopping etc.
● Dimensão cultural: o ambiente em que vivemos influencia nossos padrões
culturais, dentre eles, o tipo de produto artístico a que somos expostos; por
exemplo, em localidades mais próximas ao campo, as pessoas tendem a ter mais
contato e apreciar músicas do gênero sertanejo. Sendo assim, a partir do produto
artístico que é apreciado, é possível perceber as influências culturais locais.
● Dimensão política: o viés político está ligado às influências culturais e estéticas de
outros países e culturas, na produção artística local, regional etc.
● Dimensão histórica: a relação histórica se observa pelo registro de fatos e
acontecimentos que ficaram marcados na/pela produção artística; por exemplo, a
música do filme Titanic; o “Tema da vitória”, que era tocado quando um piloto de
Fórmula 1 vencia uma corrida etc.
● Dimensão econômica: tem relação com o consumo de produtos artísticos
produzidos em massa pela indústria cultural ou em quantidades restritas/artesanais,
como livros, objetos, fotografias, gravuras, mídias digitais etc.
● Dimensão estética: está ligada às relações sensoriais de apreciação, de deleite, de
afetos e de sentimentos, estabelecidas intelectualmente em diferentes situações
vividas pelo sujeito e que envolvem um produto artístico.
● Dimensão ética: relacionada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não
discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos
pela sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.

Atividade 1 - Sondagem
Inicie a atividade conversando com os estudantes sobre o que eles pensam e sabem
a respeito de práticas artísticas. Durante a conversa, introduza perguntas a respeito de
como essas práticas artísticas estão inseridas e de que maneira elas se relacionam com as
diferentes dimensões da vida (social, cultural, política, histórica, econômica, estética e
ética). Na lousa, faça anotações das palavras-chave que forem surgindo de modo a
organizar um fechamento da atividade. Solicite à turma que anote esse resumo de
informações e aquilo que se absorveu da conversa.
Apresente os questionamentos, a seguir, e solicite aos estudantes que os respondam
em seus cadernos:
1. O que é uma prática artística? Explique o conceito de prática artística de acordo
com seu conhecimento prévio do assunto.
2. Quantos tipos de prática artística existem? Apresente alguns exemplos.
3. O que entendem por dimensões da vida?
4. Quantas dimensões da vida existem? Como você percebe as práticas artísticas
dentro dessas dimensões?
5. Pensando em sua vida, onde você identifica as práticas artísticas?

Atividade 2 - Apreciação
Para esta atividade de apreciação, apresente as imagens e os vídeos indicados a
seguir, que tratam da farsa e da comédia. Converse sobre a comédia e a farsa como gêneros
teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços.
Durante a conversa, faça mediações entre as imagens e as hipóteses dos estudantes,
oferecendo algumas informações conceituais sobre circo tradicional, circo contemporâneo
e gêneros teatrais, a fim de ampliar o repertório cultural dos estudantes.

Cartaz circense – Fonte: Pranwy/Pixabay. Disponível em:


http://gg.gg/nrjlt . Acesso em: 30 jan. 2020.

Ilustração - apresentação com cavalos – Fonte: No-


longer-here/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nrjm6 . Acesso em: 24 jan. 2020.

Apresentação com elefantes – Fonte: Public Domain


Pictures/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nrjmj . Acesso em: 24 jan. 2020.

Circo Contemporâneo – Cena do espetáculo OVO do Cirque du


Soleil. Fonte: Evânia Escudeiro. Acervo pessoal. Cedido especialmente para esse material

Vídeos:
Familie Flöz: Infinita – Comédia. Canal Familie Floz. Disponível em http://gg.gg/nrjsk

. Acesso em: 9 dez. 2019.

Hotel Paradiso – Comédia. Teatromania Festiwal. Disponível em:


http://gg.gg/nrjtc . Acesso em: 9 dez. 2019.

Parlapatões Oceano – Circo contemporâneo. Canal Parlapatões. Disponível

em: http://gg.gg/nrkex . Acesso em: 12 dez. 2019.

Arlequim Servidor de Dois Patrões. (Parte 9/11) Farsa Teatral – Canal


Marcos Breda. Disponível em: http://gg.gg/nrkhr . Acesso em: 6 dez. 2019.

The New Rivelino’s, VI Festival Internacional de Payasos, Ekaterinburg (Rusia)


Nov 2013. Canal Payasos Alonso y Hermanos Rampín. Disponível em: http://gg.gg/nrkax .

Acesso em: 2 dez. 2020.

Para saber mais:

Comédia, farsa e auto. Blogger. Disponível em: http://gg.gg/nrkif . Acesso


em: 22 jan. 2020.
A farsa. Portal Educação. Disponível em: http://gg.gg/nrkja . Acesso em: 22 jan. 2020.

Os tipos de comédia. Recanto das Letras. Disponível em: http://gg.gg/nrksx


. Acesso em: 22 jan. 2020.

Atividade 3 - Ação Expressiva I


Divida a turma em dois grupos de trabalho e solicite que pesquisem, em livros,
revistas, internet etc., imagens e textos sobre o circo e o teatro. Após a pesquisa, oriente os
grupos a montar um painel conforme o modelo a seguir (utilizando papel pardo e/ou
cartolina ou ainda uma apresentação digital).
Finalizada a atividade, organize e realize um momento para socialização das
informações e avaliação, verificando o que os estudantes compreenderam sobre as relações
existentes entre as linguagens teatral e circense.

Modelo de painel

Circo Teatro
Origem:
Quais são as personagens:
Como são criadas as personagens:
Como eram os locais de apresentação:
Como são hoje?
Quanto tempo de duração tinham os espetáculos?
Houve avanços tecnológicos? Quais?
Diferenças entre as modalidades
Igualdades entre as modalidades

Para saber mais:


Cia. Circênicos. Cia de circo teatro. Disponível em: http://gg.gg/nrl1r . Acesso

em: 23 jan. 2020.

De como a evolução do circo transformou o teatro. Estudo resgata a


história de Benjamim de Oliveira, o palhaço negro. Circonteúdo. Disponível em:
http://gg.gg/nrl7h . Acesso em: 22 jan.2020.

História do Circo. História do Mundo. Disponível em: http://gg.gg/nry97 . Acesso em:

22 jan. 2020.

História do circo. Info Escola. Disponível em: http://gg.gg/nrydd/1 .


Acesso em: 22 jan. 2020.

O início do circo moderno. GGN. Disponível em: http://gg.gg/nryeq . Acesso

em: 22 jan. 2020.

Atividade 4 - Ação Expressiva II


Nesta atividade, a proposta é realizar um jogo teatral com o objetivo de despertar e
desenvolver o lado cômico e humorístico dos alunos. Fique à vontade para utilizar outros
jogos teatrais e dinâmicas que atendam ao mesmo objetivo. Promova um clima de respeito,
evitando o bullying entre os estudantes. Como esse jogo necessita de figurinos (roupas
comuns, fantasias, tecidos etc.) e adereços (chapéu, pulseiras, colares, perucas, guarda-
chuva etc.), combine com os estudantes, previamente, que eles tragam esses materiais. Se
necessário, traga também e coloque todas as peças numa caixa grande de papelão ou
equivalente.
• Jogo “Caixa de ideias”
Esse jogo acontece em duas etapas. Na primeira, os estudantes escolherão um ou
mais itens da caixa para se inspirar e criar seus personagens, experimentando a postura

corporal, o jeito de andar, de falar e os trejeitos desse personagem. Após essa


experimentação e definidos os personagens, solicite aos estudantes que formem um círculo
no qual cada um apresentará seu personagem aos colegas.
Na segunda, divida a turma em grupos de até seis estudantes, para que juntos
montem uma cena improvisada utilizando os personagens criados anteriormente. Essas
cenas devem ter a comédia como tema. Determine um tempo para a montagem delas. É
importante estabelecer a relação palco-plateia, na qual, enquanto um grupo apresenta, os
outros assistem, mostrando respeito ao trabalho do outro grupo e vice-versa. Todos os
comentários precisam ser feitos ao final das apresentações, em uma roda de conversa, em
que os estudantes poderão falar a respeito do que foi mais interessante, engraçado,
divertido, difícil ou outros pontos desse jogo teatral.

Atividade 5 - Ação Expressiva III


A proposta desta atividade é realizar uma leitura mediada das imagens procurando
estabelecer relações entre elas e as dimensões da vida. A seguir, estão indicadas algumas
perguntas para começar essa conversa, mas você pode utilizar outras de acordo com a sua
realidade. Oriente os estudantes a observarem, atentamente, as pessoas presentes nas
imagens, suas ações e características. Retome as questões e as respostas realizadas na
sondagem, procurando mediar a conversa sobre as dimensões da vida. Questione,
também, as práticas mostradas nas imagens e as vivenciadas por eles.
É importante estabelecer relações com personagens da farsa, da comédia e de suas
composições. Ao final da conversa, solicite aos estudantes que registrem, em seus cadernos,
o que foi conversado.

1. Quem são estas pessoas nas imagens?


2. O que elas estão fazendo?
3. Onde elas estão?
4. Que lugar é esse?
5. Por que estão fazendo isso?
6. Como você reagiria se encontrasse estas pessoas na rua?
7. Quem são esses personagens?
8. O que podemos dizer sobre eles?

1. 2.

3. 4.

5. 6.
1. Palhaços na rua. Fonte: Frank Magdelyns/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nryh4 . Acesso em: 18
fev. 2020. 2. Palhaços. Fonte: Jennifer Wai Ting Tan/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nryip . Acesso
em: 18 fev. 2020. 3. Estátua viva. Fonte: Eveline de Bruin/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/nrykl .
Acesso em: 18 fev. 2020. 4. Atriz encenando na rua. Fonte: Luxstorm/Pixabay. Disponível em:
http://gg.gg/nrymz . Acesso em: 18 fev. 2020. 5. Malabarista. Fonte: Claudio Bianchi/Pixabay. Disponível
em: http://gg.gg/nrynr . Acesso em: 18 fev. 2020. 6. Equilíbrio com bolas. Fonte: Wonita Janzen/Pixabay.
Disponível em: http://gg.gg/nryrm . Acesso: 18 fev. 2020.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III

Habilidades:
(EF06AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos
cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo (figurinos,
adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
vocabulários.

Objetos do conhecimento: Elementos da linguagem


● figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia.

(EF06AR28) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator, figurinista,


aderecista e maquiador/visagista etc.) e compreender a relação entre elas nos processos de
criação de personagem.
Objetos do conhecimento: Processos de criação
• diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista e maquiador/visagista
etc.);
• relação entre diferentes funções teatrais e processos de criação de personagem.

Professor, nesta Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades.


Nelas, você vai conversar com os estudantes para explorar os seus conhecimentos prévios,
colocá-los em contato com os objetos de conhecimento e modificadores das habilidades.
Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa, ao
final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize
as informações da coluna “Observar se o estudante”, do Organizador Curricular, como
referência.
Para envolver os estudantes na aprendizagem mais interativa e significativa, este
material propõe demonstrar uma maneira de utilizar a tecnologia no cotidiano escolar,
como ferramenta pedagógica, por meio dos QR Codes. Os smartphones mais recentes já
possuem aplicativos capazes de lê-los. Verifique junto aos estudantes a possibilidade de
utilização desse recurso.
Adapte às aulas para que aqueles que possuam alguma necessidade especial também
possam participar das atividades, independentemente de suas deficiências, possibilitando
que desenvolvam um maior conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes
para o desenvolvimento das atividades.
Aderecista: profissional responsável pelos adereços dos personagens e de cena em sua
utilização, organização e, às vezes, confecção e substituição deles (em caso de acidentes).
Ator: é o que interpreta uma personagem no teatro, no circo, no cinema etc. Ele representa
uma ação dramática baseada em textos ou improvisada individualmente ou coletivamente.
Atuação: arte da representação, arte do ator.
Cenógrafo: profissional responsável pela criação, projeto e construção do cenário.

Figurinista: profissional que é responsável pelas roupas que os atores utilizam em cena. O
figurinista cria as vestimentas de forma a deixar claro quem é aquele personagem, em qual
época ele se encontra e qual mensagem ele passa.
Iluminador: profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo, desde sua
criação até a operação no momento da cena.
Maquiador: profissional responsável pela maquiagem e pela caracterização do
personagem.
Sonoplasta: profissional responsável por toda a trilha sonora do espetáculo desde sua
criação até a execução no momento da cena.
Adereço, cenário, figurino, iluminação, maquiagem, sonoplastia: retome os conceitos
apresentados na Situação de Aprendizagem I.

Atividade 1 - Sondagem
Converse com os estudantes acerca dos diferentes elementos e profissionais
envolvidos na composição de acontecimentos cênicos da comédia, da farsa e do circo-
teatro (teatro circense). É importante que você realize anotações sobre a atividade. Em
seguida, solicite que respondam às questões a seguir, em seus cadernos:
1. Quais profissionais trabalham em um circo? Comente.
2. Você conhece quais são os profissionais necessários para a produção de um
espetáculo teatral? Cite-os.
3. Quem define como serão feitos os figurinos para o teatro ou para o circo?
4. Para você, como é o figurino de um personagem de circo? Quais adereços são
usados nesse lugar?
5. Como você definiria a maquiagem de um palhaço? Por que há um profissional
maquiador de teatro ou de circo?
6. O que é necessário para se criar um ambiente cenográfico (uma floresta, uma casa
ou o mar, por exemplo) no teatro? Quem faz isso?
7. Toda peça de teatro tem necessariamente um cenário? Quais elementos podem ser
utilizados na composição de um cenário?

Atividade 2 - Apreciação
Organize uma roda de conversa e conduza os estudantes na análise e
reconhecimento dos elementos envolvidos na composição de acontecimentos cênicos,

presentes nas fotos e em nosso cotidiano. Retomar suas anotações sobre a sondagem
realizada, pode ajudar.

1. 2.

3. 4.

5. 6.
1.Palhaça com aros. Fonte: Greg Kozi, por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntiuh . Acesso em: 1 fev.
2020. 2. Mesa de som e luz para espetáculo teatral. Fonte: Nadiia_Eye, por Pixabay. Disponível em:
http://gg.gg/ntiur . Acesso em: 27 jan. 2020. 3. Montagem de cenário. Fonte: Carabo Spain, por Pixabay.
Disponível em: http://gg.gg/ntive/1 . Acesso em: 27 jan. 2020. 4. Encenação teatral. Fonte: Mauricio Keller,
por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntiu1 . Acesso em: 15 dez. 2020. 5. Palhaços. Fonte: Paul Brennan,
por Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntivu . Acesso em: 18 fev. 2020. 6. Cena do espetáculo Ricardo
III, de Willian Shakespeare. Cenografia de Kim A. Tolman. Fonte: Kim A. Tolman, por Pixabay. Disponível
em: http://gg.gg/ntix3 . Acesso em: 27 jan. 2020.

Atividade 3 - Ação Expressiva I


A proposta desta atividade é investigar as diferentes funções do teatro e
compreender a relação entre elas no processo de criação de personagens e da montagem
teatral. Divida a turma em grupos, apresentando o modelo de painel, disponibilizado a
seguir, e oriente uma pesquisa de textos e de imagens, em livros, revistas, periódicos, internet
etc., a respeito das diferentes funções do teatro e de suas relações no processo de criação
de personagens e da montagem teatral. Os grupos serão responsáveis por organizar a

pesquisa e a montagem do painel, que pode ser confeccionado com cartolina, papel pardo
etc. Outras funções podem ser adicionadas ao quadro. Finalizada a pesquisa, proporcione
um momento para socialização e análise de todo o material pesquisado, mediando uma
roda de conversa.
Modelo de painel de pesquisa:
Profissão teatral Texto (descrever a Imagens (inserir imagens e/ou links
função) de vídeos representativos dos
profissionais em ação, da função
pesquisada)
Direção artística
Ator
Coreógrafo
Contrarregra
Diretor
Figurinista
Iluminador
Maquiador/Visagista
Roteirista
Sonoplasta

Atividade 4 - Ação Expressiva II


O objetivo desta atividade é que os estudantes experimentem as funções
relacionadas ao fazer teatral e explorem os diferentes elementos envolvidos na composição
de acontecimentos cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do
circo.
Divida a turma em quatro grupos e explique que cada um planejará a montagem de
um espetáculo, utilizando o material pesquisado na atividade anterior como base de
informação para seguir um roteiro de trabalho. Os temas a serem desenvolvidos devem ser
definidos pelos estudantes e, para auxiliar na escolha desses temas, ofereça alguns exemplos
explicando que as encenações podem estar ligadas a histórias familiares, a acontecimentos
dos esportes, às situações cômicas do cotidiano escolar etc.
Esclareça que, a princípio, a ideia do planejamento é para uma apresentação
hipotética; porém, se a turma se interessar, pode transformar esse planejamento em um
espetáculo real para ser encenado para toda a comunidade escolar.

Cada componente dos grupos será responsável por uma função específica e deverá
pensar e registrar no caderno, por meio da escrita de textos e da criação de desenhos, o
planejamento do espetáculo. Utilize o roteiro a seguir como modelo de registro para
orientar as ações dos estudantes. É importante que eles conversem, tomem as decisões
sobre as escolhas de temas, do roteiro, da história, do figurino, do cenário, das cenas, dos
equipamentos de som e de luz necessários. Ao final da atividade, oriente os grupos a juntar
todas as informações planejadas pelos componentes em um único documento e realize um
momento de socialização e avaliação de como foi fazer parte desse processo de criação
teatral.

Modelo de roteiro:
Tema Definido em grupo
Título Definido em grupo
Produtor Um componente do grupo ficará responsável por organizar a
produção e a logística do processo de criação.
Roteirista O roteiro da história, que será fio condutor do espetáculo, pode ser
escrito por mais de um componente a partir do tema escolhido pelo
grupo.
Diretor artístico Fazer a logística, supervisionar e coordenar o processo de seleção e
divisão de tarefas entre os componentes dos grupos.
Atores Para interpretar personagens do teatro e do circo, os estudantes
envolvidos nessa função precisam, a partir do roteiro escrito, pensar
nas ações dramáticas corporais, na gestualidade e nas expressões
vocal e facial.
Coreógrafo Como se trata de um espetáculo que envolve atividades circenses,
esclareça que um ou mais estudantes precisam elaborar coreografias
corporais e artísticas.
Figurinista Um componente do grupo ficará responsável por utilizar as imagens
pesquisadas na atividade anterior para servir de base no processo de
criação dos esboços e dos desenhos dos figurinos.
Maquiador/ Um componente do grupo ficará responsável por utilizar as imagens
Visagista pesquisadas na atividade anterior para servir de base no processo de
criação da maquiagem dos personagens.
Sonoplasta Um componente do grupo ficará responsável por pesquisar e

selecionar sons, ruídos e músicas, montando a trilha sonora para


cada cena.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV

Habilidade: (EF06AR24) Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de


circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes
épocas, investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização
da atuação profissional.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
• artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circo;
• modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional.

Professor, nesta Situação de Aprendizagem, estão previstas quatro atividades.


Nelas, você vai conversar com os estudantes para explorar os seus conhecimentos prévios,
colocá-los em contato com os objetos de conhecimento e modificadores das habilidades.
Para avaliação/recuperação – recupere seus registros, realize rodas de conversa ao
final das atividades, sobre os objetos de conhecimento e modificadores trabalhados e utilize
as informações da coluna “Observar se o estudante”, do Organizador Curricular, como
referência.
Para envolver os estudantes na aprendizagem mais interativa e significativa, este
material propõe demonstrar uma maneira de utilizar a tecnologia no cotidiano escolar,
como ferramenta pedagógica, por meio dos QR Codes. Os smartphones mais recentes já
possuem aplicativos capazes de lê-los. Verifique junto aos estudantes a possibilidade de
utilização desse recurso.
Adapte às aulas para que aqueles que possuam alguma necessidade especial também
possam participar das atividades, independentemente de suas deficiências, possibilitando
que desenvolvam um maior conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades.
Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes
para o desenvolvimento das atividades.

História do circo: a arte do circo está presente, desde a Antiguidade, em diversas partes
do mundo, mas a forma como hoje a conhecemos vem do Império Romano; no século IV

a.C., constrói-se o primeiro grande circo da história, Circus Maximus, no qual aconteciam
desde festejos religiosos até apresentações de animais, lutas de gladiadores e esportes para
entreter o povo. Na Idade Média, as apresentações foram para praças e ruas com seus
artistas populares, nômades e viajantes. Na Inglaterra do século XVII, o inglês Philip
Astley desenvolve a linguagem do circo, que passa a ter picadeiros, tendas e lonas para a
apresentação de diversas artes circenses próximas do nosso conhecimento. No século XX,
surgem as escolas de circo na Rússia, na França e no Canadá, as quais alteram a forma
como o circo era regido, principalmente, na troca de saberes circenses, aliando as técnicas
circenses e os bailados performáticos da ginástica artística, rítmica e acrobática às inovações
tecnológicas, narrativas e teatralidade. Podemos citar alguns circos, mundialmente
conhecidos, como o francês Cirque d'Hiver, o americano Big Apple Circus, o irlandês Tom
Duffy's Circus, o Circo Imperial da China e o canadense Cirque du Soleil.
História do circo no Brasil: o circo, no Brasil, surge com a vinda dos europeus ao país no
início do século XIX. Muitas famílias nômades ciganas influenciaram as atividades circenses
com apresentações de ilusionismos e de domadores de animais, espalhando-se por todo o
país, mas adaptando os números circenses à cultura e aos costumes da região. O palhaço,
grande personagem do circo, é o que alinhava o espetáculo por meio de suas pantomimas,
sua alegria e seu humor, sendo muito mais comunicativo e falastrão. Os palhaços, que
fizeram mais sucesso nacionalmente, foram Piolin, Arrelia, Carequinha, Fuzarca e
Torresmo. É importante ressaltar que o uso de animais, em apresentações circenses, no
estado de São Paulo, é proibido pela Lei 11.977, de 25 de agosto de 2005. Listamos o nome
de alguns circos: Circo Maximus, Circo Stankowich, Tihany Espetacular, Circo dos Sonhos, Circo
Broadway.
Circo-Teatro: o termo circo-teatro se refere a apresentações teatralizadas que aconteciam
ao final de espetáculos circenses, em meados do século XX, no Brasil. Eram encenadas
comédias, dramas e adaptações de temas diversos. Benjamin de Oliveira foi o grande
precursor dessa prática que foi, durante muito tempo, a forma de levar o teatro a todo o
país. Ela foi perdendo espaço e força até os anos de 1960, quando, praticamente,
desapareceu. Hoje em dia, há grupos que aliam, aos espetáculos teatrais, as técnicas
circenses. Podemos citar as companhias de circo-teatro La Mínima, Grupo de Teatro Sem
Lona, Grupo Parlapatões e Cia Nau de Ícaros.
Circo Blamage: é uma associação, sem fins lucrativos, fundada em 1989, na ilha de
Pellworm, Alemanha, que se propõe a desenvolver habilidades motoras, criativas, artísticas
e sociais de crianças, de jovens com (ou sem) deficiência, por meio de seus acampamentos

e de suas vivências. O objetivo do trabalho é a inclusão: treinar e experimentar juntos e,


assim, aprender uns com os outros. A inclusão também é percebida pelo público por meio
da atmosfera da tenda do circo, que tem 300 lugares. A intenção não é alcançar o melhor
desempenho artístico, mas valorizar a promoção de habilidades socioemocionais, criativas e
motoras.
Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus: essas duas companhias circenses
itinerantes, norte-americanas, têm origens distintas, porém uniram-se em 1919, formando
uma estrutura que contava com mais de 1.100 empregados, quase 1.800 animais,
necessitando, para viajar, de quase 100 vagões de trem. Ao longo de sua existência, foi
comprando outros circos, tornando-se a maior do mundo, mas tendo diferentes
proprietários. A estrutura possuía três picadeiros e utilizava leões, tigres, gorilas, ursos
polares, girafas, cavalos, camelos e elefantes, além de números como trapézio, homem-bala,
palhaços, equilibristas, entre outros. A última apresentação foi em 2017.
Vida circense: a vida dos artistas de circo é de muito trabalho, como eles mesmos dizem.
Além das apresentações, os artistas ensaiam, treinam atos, números e cenas. Dependendo
do tamanho da companhia, o número de tarefas aumenta ainda mais. Nas companhias mais
estruturadas, os artistas têm melhor infraestrutura e podem apenas cuidar de seus afazeres
artísticos. Em companhia menores, os artistas se dividem entre as funções artísticas e as
funções administrativas, de limpeza, de divulgação, de organização e de transporte. As
companhias que têm crianças em seus elencos as matriculam nas escolas onde fazem
temporadas ou contratam professores para acompanhar a trupe e cuidar da educação
formal delas. Os artistas de circo viajam muito pelo país e pelo mundo, indo de localidade a
localidade, apresentando seus espetáculos, estabelecendo-se nas cidades por temporadas de
apresentações.

Para saber mais:


Circos e palhaços brasileiros. Mario Fernando Bolognesi. Disponível em:

http://gg.gg/o8p03 . Acesso em: 27 jan. 2020.

Cia. Nau de Ícaros – Circo, Dança, Teatro. Nau de Ícaros. Disponível em:
http://gg.gg/o8p2f . Acesso em: 27 jan. 2020.

Grupo Rosa dos Ventos de artistas populares. Rosa dos Ventos. Disponível em:

http://gg.gg/o8pmu . Acesso em 27 jan. 2020.

Grupo Parlapatões. Parlapatões. Disponível em: http://gg.gg/otc7i . Acesso


em: 27 jan. 2020.

Circo-teatro é teatro no circo. Circonteúdo. Disponível em: http://gg.gg/otc7n . Acesso

em 27 jan. 2020.

Relembre palhaços históricos brasileiros. Veja são Paulo. Disponível em:


http://gg.gg/otc85 . Acesso em: 27 jan. 2020.

Cinco circos imperdíveis pelo mundo. Catraca Livre. Disponível em:

http://gg.gg/umwsx . Acesso em 27 jan. 2020.

Viaje nos melhores circos do mundo. Horóscopo Virtual. Disponível em:


http://gg.gg/otld5 . Acesso em: 27 jan. 2020.

Quando o teatro encontra o circo. Questão de Crítica. Disponível em:

http://gg.gg/otlgp . Acesso em: 27 jan. 2020.

Atividade 1 - Sondagem
Nesta atividade de sondagem, converse com os estudantes procurando investigar o
que eles já sabem sobre os artistas, os grupos e os coletivos cênicos de circo-teatro (teatro
circense), circos paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, criação, produção,
divulgação, circulação e organização da atuação profissional. Faça a mediação dessa
conversa utilizando as perguntas indicadas a seguir ou aquelas que considere mais
adequadas à sua realidade, retomando os conhecimentos já apresentados nas situações de
aprendizagem anteriores.
1. Você acha que todos os circos são iguais ou existe mais de um tipo? Quais tipos
existem?
2. O que diferencia um circo do outro? Quem são os artistas que participam do circo?
3. De que forma, outras pessoas que não são do circo, podem fazer parte dele?
4. Como você imagina ser a vida dentro do circo? Ela é muito diferente da vida de
quem não pertence a ele? Por quê?
5. Como a vida do artista de circo pode ser comparada à vida do ator?
6. Quando um circo chega a uma cidade ou região, como as pessoas ficam sabendo?

Atividade 2 - Apreciação
Nesta atividade de apreciação, você apresentará fotos e vídeos e mediará uma
conversa, fazendo observações sobre os artistas e grupos de coletivos cênicos de circo
teatro, (teatro circense) e circos paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas,
que aparecem nas imagens. Solicite aos estudantes que observem todos os detalhes
atentamente, destacando pontos importantes, e promova uma reflexão, ao final da

atividade, a respeito dos modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização


da atuação profissional.
Os textos de apoio do início desta Situação de Aprendizagem podem ser usados na
realização desta atividade.
É importante que os estudantes registrem em seus cadernos o que foi mais
importante dessa apreciação.

1. 2.

3. 4.

5. 6.
1. Circo contemporâneo – Cena do espetáculo de Natal do Cirque du Soleil. Fonte: Maria Michelle/Pixabay.
Disponível em: http://gg.gg/ntlvx . Acesso em: 18 fev. 2020. 2. Trapezista. Cena do espetáculo de Natal do
Cirque du Soleil. Fonte: Maria Michelle/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntlwo . Acesso em: 18 fev.
2020. 3. Contorcionistas. Fonte: Igor A. Suassuna/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntlx7 . Acesso em:
18 fev. 2020. 4. Tenda circense. Fonte: Claudio Kirner/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntlxx . Acesso
em: 18 fev. 2020. 5. Circo Blamage. Fonte: Ruth Weitz/Pixabay. Disponível em: http://gg.gg/ntlzm . Acesso
em 24 fev. 2020. 6. Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus. Fonte: Free-Photos/Pixabay. Disponível em:
http://gg.gg/ntlzu/1 . Acesso em: 24 fev. 2020.

Vídeos:

1. Trailer Totem. Cirque du Soleil. Disponível em: http://gg.gg/ntmcr . Acesso em: 18

fev. 2020.

2. Trailer Circo dos Sonhos no Mundo da Fantasia. Circo dos Sonhos.


Disponível em: http://gg.gg/ntmfg . Acesso em: 18 fev. 2020.

ATENÇÃO: Professor, é importante informar que a temática da apresentação de


circo-teatro – O Medo de Terezinha é o assédio sexual de uma criança. A
abordagem e a linguagem são próprias para crianças, e sendo assim pode acontecer
que algum estudante se identifique com o contexto e lhe procure para relatar
situação semelhante. Nesse caso, será necessário informar a gestão da unidade
escolar.
Para contemplar os conceitos da habilidade, não é necessário apresentar o vídeo
todo. Isso fica a seu critério.

3. Trecho da apresentação de circo-teatro – O Medo de Terezinha. Circo-Teatro Sem

Lona. Disponível em: http://gg.gg/ntmkk . Acesso em: 18 fev. 2020.

Atividade 3 - Ação Expressiva I


A proposta desta atividade é orientar uma pesquisa a respeito de artistas, grupos e
coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense), circos paulistas, brasileiros e estrangeiros
de diferentes épocas, e investigar os modos de criação, divulgação, circulação e organização
da atuação profissional.
Divida a turma em grupos e informe que a pesquisa pode ser feita em livros,
revistas e internet. Estimule-os a assistir a vídeos, documentários e filmes relacionados a
artistas, grupos e coletivos profissionais, selecionando textos e imagens. Apresente uma
ideia de calendário de entregas e oriente a socialização de todo o material pesquisado, que
poderá ser por meio de confecção de cartazes, apresentações digitais ou audiovisuais.

Atividade 4 - Ação Expressiva II


Nesta atividade, aos grupos formados na atividade anterior – que já investigaram os
modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional
de artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circos paulistas,
brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas – você vai propor a criação de cartazes e
formas diferentes de divulgação da chegada dos artistas e dos grupos pesquisados na sua
localidade.
Solicite aos estudantes que elaborem e apresentem uma ou mais formas de
divulgação normalmente utilizadas nos dias de hoje (cartazes, filipetas, faixas, folhetos,
banners, “carros de som”, propaganda eletrônica e até esquetes). Os materiais devem conter
dados essenciais: o nome do artista/grupo/coletivo de circo-teatro ou circo, desenhos,
fotos ou imagens, data, horário e endereço das apresentações (hipotéticas), valores dos
ingressos etc. Estimule-os a pensar na forma mais interessante de atrair o público.
Finalize organizando, juntamente com os estudantes, a exposição dos trabalhos
produzidos.

Referências Bibliográficas
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2006.
DESGRANGES, Flávio. A pedagogia do espectador. São Paulo: Hucitec, 2003.
DUPRAT, Rodrigo Mallet; GALHARDO, Jorge Sergio Pérez. Artes circenses no âmbito
escolar. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010 (Coleção Educação Física e Ensino).
FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo do teatro. São Paulo: Moderna, 2005.
GRANERO, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula. São Paulo: Contextos,
2011.
PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.
RUGNA, Betina. Teatro em sala de aula. São Paulo: Alaúde Editorial, 2009.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:
Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral,
Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: arte, anos
finais/Secretária da Educação: Coordenação geral, Maria Inês Fini; São Paulo: SEE, 2009
SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2006.

_______. Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. 2 ed. São Paulo:
Perspectiva, 2010.
THOMAZ, Sueli Barbosa. Imaginário e teatro-educação. Rio de janeiro: Rovelle, 2009.

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