Resselagem
Resselagem
Resselagem
2015
1
ANÁLISE DE TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE
PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
Rio de Janeiro
Dezembro, 2015
2
ANÁLISE DE TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE
PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
Examinadas por:
_
Profª. Drª Sandra Oda
_
Prof. Dr. Giovani Manso Ávila
_
Eng. Civil Bruno Alexandre Brandimarte Leal
3
Alonso Barca, María
4
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica / UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Dezembro, 2015
RESUMO
A vida útil das estradas utilizadas para o transporte de cargas e pessoas parece ser
submetida a um ciclo repetitivo de construção. Isto ocorre, muitas vezes, devido à
conservação insuficiente que sofrem durante muitos anos, resultando, desse modo,
em degradação da mesma. De acordo com a necessidade de fornecer uma
condição apropriada para o tráfego e tentando limitar os seus componentes (com os
seus custos elevados) é necessário olhar para a conservação das estradas através
de métodos que possibilitem uma melhor qualidade do serviço final e que forneçam
um pavimento com melhor desempenho para as estradas. Portanto, neste trabalho,
foram investigadas técnicas para a conservação de estradas, que podem reduzir os
custos de reconstrução, mão de obra e equipamentos necessários para realizar as
atividades.
5
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Engineer
Dezembro, 2015
ABSTRACT
6
SUMÁRIO
7
3.3.3. Revestimentos .................................................................................................. 42
CAPITULO IV: DANOS EM PAVIMENTOS ............................................................................ 44
4.1. PAVIMENTOS DE CONCRETO ASFALTICO ......................................................... 44
4.1.1. TRINCAS POR FADIGA ................................................................................... 44
4.1.2. EXSUDAÇÃO.................................................................................................... 47
4.1.3. TRINCAS EM BLOCOS .................................................................................... 49
4.1.4. AFUNDAMENTOS ............................................................................................ 51
4.1.5. CORRUGAÇÃO ................................................................................................ 53
4.1.6. DEPRESSÃO .................................................................................................... 55
4.1.7. TRINCAS NOS BORDOS ................................................................................. 56
4.1.8. TRINCAS POR REFLEXÃO ............................................................................. 58
4.1.9. DESNÍVEL ENTRE PISTA E ACOSTAMENTO ................................................ 61
4.1.10. DESGASTE....................................................................................................... 62
4.1.11. PANELAS.......................................................................................................... 63
4.1.12. DEFORMAÇÃO PERMANENTE ...................................................................... 65
4.1.13. DESLOCAMENTO ............................................................................................ 67
4.1.14. TRINCAS PARABÓLICAS (SLIPPAGE) ........................................................... 68
4.1.15. DESPRENDIMENTO DE AGREGADOS .......................................................... 70
4.2. FALHAS EM PAVIMENTO DE CONCRETO ........................................................... 72
4.2.1. DILATAÇÃO.......................................................................................................73
4.2.2. TRINCA DE CANTO ......................................................................................... 74
4.2.3. DIVISAO DA LAJE ............................................................................................ 76
4.2.4. FENDA DE DURABILIDADE "D" ...................................................................... 77
4.2.5. ESCALONAMENTO .......................................................................................... 79
4.2.6. DANO NA SELAGEM DAS JUNTAS ................................................................ 81
4.2.7. DESNIVEL FAIXA /BERMA .............................................................................. 82
4.2.8. FISSURAS (longitudinal, transversal e diagonal).............................................. 83
4.2.9. POLIMENTO DE AGREGADOS ....................................................................... 86
4.2.10. POP OUTS ........................................................................................................ 87
4.2.11. BOMBEAMENTO: ............................................................................................. 88
4.2.12. PUNZONAMENTO ............................................................................................ 89
4.2.13. DESCAMAÇÃO, REDE DE FISSURAS ............................................................ 91
4.2.14. FISURAS DE RETRAÇÃO................................................................................ 92
8
4.2.15. DESCASCAMENTO DE JUNTAS .................................................................... 93
CAPITULO V: TÉCNICAS DE REABILITAÇAO DE PAVIMENTOS....................................... 95
5.1. PAVIMENTOS ASFÁLTICOS .................................................................................. 95
5.1.1. REMENDOS ..................................................................................................... 95
5.1.2. FRESAGEM ...................................................................................................... 98
5.1.3. TRATAMENTO SUPERFICIAL ....................................................................... 100
5.1.4. RECICLAGEM A QUENTE ............................................................................. 101
5.1.5. RECICLAGEM A FRIO.................................................................................... 102
5.1.6. RECAPEAMENTO (CAPA ASFÁLTICA) ........................................................ 103
5.1.7. SOBRECAPA DE CONCRETO (WHITETOPPING) ....................................... 106
5.1.8. RECONSTRUÇÃO .......................................................................................... 107
5.2. PAVIMENTO RÍGIDO ............................................................................................ 107
5.2.1. REPARAÇÃO DE PROFUNDIDADE PARCIAL.............................................. 107
5.2.2. REPARAÇÃO TOTAL DA ESPESSURA DA LAJE......................................... 108
5.2.3. SUBSTITUIÇÃO DE PLACAS DA LAJE ......................................................... 109
5.2.4. SELAGEM ....................................................................................................... 111
5.2.5. SELAGEM DE JUNTAS .................................................................................. 112
5.2.6. CONFECÇÃO DE RANHURAS ...................................................................... 113
5.2.7. ESCOVADO .................................................................................................... 113
5.2.8. CAPA ASFÁLTICA .......................................................................................... 115
5.2.9. SOBRECAPA DE CONCRETO ...................................................................... 118
5.2.10. RECONSTRUÇÃO TOTAL DO PAVIMENTO................................................. 119
5.3. ESTRATEGIAS PARA PAVIMENTOS ASFÁLTICO E DE CONCRETO ............... 120
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................. 121
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 123
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ........................................................................................... 124
ANEXO 1: CURVAS DE VALOR DEDUZIDO PARA PAVIMENTO DE CONCRETO - PCI. 126
ANEXO 2: CURVAS DE VALOR DEDUZIDO PARA PAVIMENTO ASFÁLTICO - PCI ...... 130
9
LISTA DE FIGURAS
10
Figura 31: Esquema de trincas por reflexão ........................................................................... 59
Figura 32: Trinca por reflexão de severidade baixa................................................................ 60
Figura 33: Trinca por reflexão de severidade média .............................................................. 60
Figura 34: Trinca por reflexão de severidade alta .................................................................. 60
Figura 35: Desnível entre pista e acostamento de severidade baixa ..................................... 61
Figura 36: Desnível entre pista e acostamento de severidade média .................................... 62
Figura 37: Panela de severidade baixa .................................................................................. 64
Figura 38: Panela de severidade média ................................................................................. 64
Figura 39: Panela de severidade alta ..................................................................................... 65
Figura 40: Deformação permanente de severidade baixa ...................................................... 66
Figura 41: Deformação permanente de severidade média..................................................... 66
Figura 42: Deformação permanente de severidade alta......................................................... 66
Figura 43: Deslocamento de severidade baixa....................................................................... 67
Figura 44: Deslocamento de severidade média ..................................................................... 68
Figura 45: Deslocamento de severidade alta ......................................................................... 68
Figura 46: Trincas parabólicas baixa severidade ................................................................... 69
Figura 47: Trincas parabólicas média severidade .................................................................. 69
Figura 48: Trincas parabólicas alta severidade ...................................................................... 70
Figura 49: Desprendimento de agregados severidade baixa ................................................. 71
Figura 50: Desprendimento de agregados severidade média ................................................ 71
Figura 51: Desprendimento de agregados severidade alta .................................................... 71
Figura 52: Bombeamento de severidade baixa ...................................................................... 73
Figura 53: Bombeamento de severidade média ..................................................................... 73
Figura 54: Bombeamento de severidade alta ......................................................................... 73
Figura 55: Trinca de canto de severidade baixa ..................................................................... 75
Figura 56: Trinca de canto de severidade média ................................................................... 75
Figura 57: Trinca de canto de severidade alta ....................................................................... 75
Figura 58: Divisão da laje severidade baixa ........................................................................... 76
Figura 59: Divisão da laje severidade média .......................................................................... 77
Figura 60: Divisão da laje severidade alta .............................................................................. 77
Figura 61: Fenda de durabilidade D de severidade baixa ...................................................... 78
Figura 62: Fenda de durabilidade D severidade média .......................................................... 79
Figura 63: Fenda de durabilidade D severidade alta .............................................................. 79
11
Figura 64: Escalonamento da laje .......................................................................................... 80
Figura 65: Selagem de juntas ................................................................................................. 82
Figura 66: Desnível entre faixa e berma ................................................................................. 83
Figura 67: Fissura transversal ................................................................................................ 83
Figura 68: Fissura longitudinal................................................................................................ 84
Figura 69: Fissura diagonal .................................................................................................... 84
Figura 70: Fissura longitudinal de severidade baixa............................................................... 85
Figura 71: Fissura longitudinal de severidade média ............................................................. 86
Figura 72: Fissura transversal de severidade alta .................................................................. 86
Figura 73: Pop Outs ................................................................................................................ 87
Figura 74: Bombeamento ....................................................................................................... 88
Figura 75: Bombeamento ....................................................................................................... 89
Figura 76: Punzionamento de severidade baixa .................................................................... 90
Figura 77: Punzionamento de severidade média ................................................................... 90
Figura 78: Punzionamento de severidade alta ....................................................................... 90
Figura 79: Rede de fissuras de severidade baixa ................................................................... 91
Figura 80: Rede de fissuras de severidade média ................................................................. 92
Figura 81: Rede de fissuras de severidade alta ..................................................................... 92
Figura 82: Descascamento de severidade baixa .................................................................... 94
Figura 83: Descascamento de severidade média .................................................................. 94
Figura 84: Descascamento de severidade alta ...................................................................... 94
Figura 85: Preparação da caixa.............................................................................................. 95
Figura 86: Preparação da caixa .............................................................................................. 95
Figura 87: Remoção de material ............................................................................................ 96
Figura 88: Aplicação de ligante asfáltico ................................................................................ 96
Figura 89: Aplicação de ligante asfáltico ................................................................................ 96
Figura 90: Compactação ........................................................................................................ 97
Figura 91: Compactação ........................................................................................................ 97
Figura 92: Compactação ........................................................................................................ 97
Figura 93: Remendo ............................................................................................................... 98
Figura 94: Remendo ............................................................................................................... 98
Figura 95: Equipamento de fresagem .................................................................................... 99
Figura 96: Área fresada .......................................................................................................... 99
12
Figura 97: Material fresado ..................................................................................................... 99
Figura 98: Tratamento superficial ......................................................................................... 100
Figura 99: SAM ..................................................................................................................... 100
Figura 100: Pavimento original ............................................................................................. 101
Figura 101: Pavimento depois do tratamento superficial com SAM ..................................... 101
Figura 102: Reciclagem a frio ............................................................................................... 102
Figura 103: Detalhe da maquinaria e do bico ....................................................................... 102
Figura 104: Contraste de área reciclada e não reciclada ..................................................... 103
Figura 105: Recapeamento .................................................................................................. 104
Figura 106: Geotêxtil............................................................................................................. 104
Figura 107: Geomalha .......................................................................................................... 104
Figura 108: Aplicação de geotêxtil ........................................................................................ 105
Figura 109: SAMI .................................................................................................................. 105
Figura 110: Capa de alivio de fissuras .................................................................................. 106
Figura 110: Sobrecapa de concreto ..................................................................................... 106
Figura 111: Execução da sobrecapa de concreto ................................................................ 106
Figuras 112: Planta e perfil de reparação em profundidade parcial ..................................... 107
Figura 113: Preparação da superfície .................................................................................. 108
Figura 114: Remoção do pavimento danificado ................................................................... 108
Figura 115: Preparação da superfície .................................................................................. 109
Figura 116: Preparação das juntas ....................................................................................... 109
Figura 117: Colocação do concreto ...................................................................................... 109
Figura 118: Remoção da laje antiga ..................................................................................... 110
Figura 119: Preparação da superfície .................................................................................. 110
Figura 120: Execução da nova laje....................................................................................... 110
Figura 121: Perfuração ......................................................................................................... 111
Figura 122: Preenchimento................................................................................................... 111
Figura 123: Retirada do material existente ........................................................................... 112
Figura 124: Preenchimento com o novo selante .................................................................. 112
Figura 125: Preenchimento com o novo selante .................................................................. 112
Figura 126: Ranhuras em pavimento de concreto ................................................................ 113
Figura 127: Ranhuras em pavimento de concreto ................................................................ 113
Figura 128: Escovado ........................................................................................................... 114
13
Figura 129: Discos de diamante ........................................................................................... 114
Figura 130: Detalhe do pavimento ........................................................................................ 114
Figura 131: Aplicação de geotêxtil nas juntas ...................................................................... 115
Figura 132: Geotêxtil nas juntas ........................................................................................... 115
Figura 133: Fragmentação da laje ........................................................................................ 116
Figura 134: Laje fragmentada ............................................................................................... 116
Figura 135: Compactação .................................................................................................... 116
Figura 136: Fragmentação ................................................................................................... 117
Figura 137: Fragmentação ................................................................................................... 117
Figura 138: Fragmentação ................................................................................................... 117
Figura 139: Sobrecapa de concreto aderido ........................................................................ 118
Figura 140: Sobrecapa de concreto não aderido.................................................................. 118
Figura 141: Demolição do pavimento existente .................................................................... 119
Figura 142: Reconstrução .................................................................................................... 119
14
LISTA DE TABELAS
15
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. OBJETIVOS
16
1.2. DEFINIÇÃO DE CONSERVAÇÃO
A conservação só deve incluir obras que, de um modo geral, são projetadas para
preservar o caminho para a prestação de serviço adequado durante o tempo
especificado no projeto e no âmbito do tráfego e as condições ambientais
prevalecentes. Assim, um caminho bem concebido e bem construído no terreno ideal
de características homogêneas, não deve exigir mais operações de manutenção do
que as correspondentes à manutenção rotineira e periódica (DEL VAL MELÚS,
2010).
17
Assim, será introduzido o conceito de nível de serviço de uma estrada, conceito que
compreende diferentes elementos, tais como a sua utilidade e benefício social e
econômico trazido a usuários da mesma. Este benefício, por sua vez, se avalia de
acordo com a sua disponibilidade contínua da via para o uso, da segurança
oferecida, do tempo de viagem, do consumo de combustível, do desgaste dos
componentes dos veículos, da sensação de conforto, da estética, das
inconveniências causadas pelos trabalhos de manutenção etc.
18
Se uma deterioração acentuada do pavimento for detectada, uma investigação
completa deve ser feita para detectar se a falha é funcional ou estrutural. Se este for
o caso devem ser feitos poços de inspeção ao longo da área danificada para
determinar o tipo de reparo necessário.
19
Estas atividades possuem três finalidades principais:
– Prolongar a vida útil das rodovias;
– Reduzir o custo de operação dos veículos;
– Contribuir para que as rodovias se mantenham permanentemente abertas ao
tráfego e permitir uma maior regularidade, pontualidade e segurança aos serviços
de transporte.
É muito importante que todas estas atividades sejam bem executadas, preservando
a qualidade do serviço, de modo a fazer com que a atividade em questão cumpra
com seu objetivo.
20
obras, especialmente em estradas não pavimentadas onde falhas de drenagem
resultam na interdição da estrada. Se algum dos sistemas de drenagem foram
obstruídos dever-se proceder à limpeza prontamente. Consequentemente manter a
drenagem frequentemente inspecionada seja talvez o investimento mais rentável se
possa fazer na gestão da manutenção (DEL VAL MELÚS, 2010).
Existem vários conceitos básicos que devem ser considerados quando se analisa
desempenho de um pavimento. A este respeito, é importante manter em mente que o
pavimento com o passar do tempo pode sofrer danos e deterioração, mesmo quando
são bem concebidos e construídos em conformidade com todas as especificações e
padrões de qualidade.
21
Em geral a falha de um pavimento pode ser classificada como estrutural ou funcional.
Deve ser lembrado que a mera inspeção visual de falhas do pavimento deve ser
considerada cuidadosamente em laboratório para, assim, ser capaz de tirar
conclusões reais.
Uma vez que a maioria das reparações pavimento requer a utilização de asfalto, é
essencial que o pessoal de manutenção tenha um conhecimento amplo e bom do
comportamento desse material. Para o sucesso na manutenção do pavimento é
necessária para saber quais os tipos de asfaltos estão disponíveis no mercado e
como usá-los.
22
CAPÍTULO II: MÉTODOS DE ANÁLISE DO ESTADO DO PAVIMENTO
23
e) Qualificação 3.0: Fissuras na forma de pele de crocodilo em grandes áreas de
aproximadamente 100 metros lineares. Fissuras longitudinais isoladas de até 1
cm de largura. Ondulações e depressão grave, mas não mais do que 2,5 cm.
24
Figura 1: Curva deterioração x tempo
(Fonte: DEL VAL MELÚS, 2010)
25
A definição desses pontos é de significativa importância dentro do contexto de uma
política eficaz de Manutenção e Reabilitação (M & R) do pavimento. Os resultados
dos diferentes estudos para identificar os pontos A, B e C na curva de condições do
pavimento podem ser resumidos como segue (DEL VAL MELÚS, 2010):
26
deterioração entre os pontos B e C, com a qualidade se abatendo de um nível
aceitável (B), mesmo num curto período de tempo, em comparação com a vida total
do pavimento. Além disso, é geralmente certo que o custo da reabilitação vai ficar 3-
5 vezes mais cara se for executada quando sua condição atingir um nível abaixo de
C, do que se fosse feita entre B e C (DEL VAL MELÚS, 2010).
Ponto de falha (C): A definição deste ponto em estruturas que não falham
catastroficamente como o pavimento não é fácil de determinar porque tem um
importante componente subjetivo. Existem vários esquemas de classificação de
qualidade de um pavimento e, por conseguinte, vários pontos ou fases da curva de
deterioração. Neste caso, foi adotado o método PCI (Pavement Condition Index) para
descrever a sua condição. O método quantifica a condição pavimento entre 0 e 100,
como mostrado na Figura 3, com base nos quais é adotada a seguinte classificação
(DEL VAL MELÚS, 2010):
PCI
>70 Boa O pavimento não requere ação especial, só manutenção menor.
40-70 Regular Condição intermediária. Ações recomendáveis.
<40 Mau O pavimento requer melhorias.
27
Figura 3: Escala PCI
(Fonte: DEL VAL MELÚS, 2010)
28
estrada. Este conceito é esquematicamente ilustrado na Figura 4.
Figura 4: COV
(Fonte: RODRÍGUEZ, 2004)
2.4.1. Introdução
29
O PCI é um índice numérico que varia de zero (0) para um pavimento com falhas ou
deteriorado até cem (100) para um pavimento em perfeitas condições. Na Tabela 2
são apresentadas as faixas de PCI correspondentes com a descrição qualitativa da
condição do pavimento (RODRÍGUEZ, 2004)
(RODRIGUEZ, 2004)
30
Figura 5. Formulário para avaliação da condição de pavimentos com revestimento asfáltico
(Fonte: RODRÍGUEZ, 2004)
31
O processo varia de acordo com o tipo de superfície do pavimento inspecionado.
Para obter um valor preciso de PCI recomenda-se seguir as definições de danos
contidas no manual do método de avaliação da PCI (RODRÍGUEZ, 2004). Os
Anexos 1 e 2 apresentam as curvas de valor deduzido para cada tipo de dano para
pavimentos de concreto e asfáltico, respectivamente.
1. Equipamento.
Odômetro para medir comprimentos e áreas de danos.
Régua e fita métrica para determinar a profundidade dos sulcos ou depressões.
Manual de Danos da PCI com formulários adequados e em quantidade suficiente
para o desenvolvimento da atividade.
32
2.4.3.1 Cálculo do PCI para pavimento flexível
1. c. Determinar o valor deduzido para cada tipo de dano e seu nível de severidade
através de curvas chamadas "valor deduzido do dano" anexadas no final
(Anexo 2);
33
Passo 3. Cálculo do "Valor Máximo Deduzido Fixo" CDV.
O CDV máximo é determinado pelo seguinte processo iterativo:
3. d. Reduzir a 2,0 menor dos "valores deduzidos" individual que seja superior a 2,0
e repita as fases 3.a a 3.c. até que q seja igual a 1.
1. a. Contar o número de placas que ocorre cada combinação de tipo de dano e nível
de severidade no formato PCI-02.
34
Passo 3. Cálculo do "Valor Máximo Deduzido Fixo" CDV.
Proceder de forma idêntica às etapas descritas para estradas com camada de
rolamento asfáltica, mas usando o correspondente à curva de pavimento de
concreto.
L (Low: Baixa): são percebidas vibrações no veículo, mas não é necessária uma
redução de velocidade por razões de desconforto ou segurança;
35
alguma redução velocidade por razões de conforto e segurança;
H (High: Alta): as vibrações do veículo são tão excessivas que a velocidade deve ser
reduzida consideravelmente, por razões de conforto e segurança; ondulações ou
depressões que causam o rebote excessivo do veículo, criando um desconforto
significativo ou maior perigo potencial ou graves danos ao veículo.
36
CAPITULO III: CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS
37
Um pavimento flexível, dependendo das características de suporte do subleito, pode
ser constituído por uma das seguintes formas (ODA, 2014):
− revestimento, base, sub-base e reforço do subleito
− revestimento, base e sub-base
− revestimento e base
− revestimento
38
a distribuição de tensões se dá mais devido à espessura que devido à rigidez das
camadas, que podem ser granulares e não apresentar resistência à tração;
para a mesma carga os pavimentos flexíveis têm espessura total 1,5 a 2 vezes
maior que os rígidos;
39
entre as placas existem juntas, nas quais pode haver ferragem com uma ou duas
funções: transmitir esforços verticais para a placa vizinha ou não permitir que as
placas se separem;
pavimento rígido é resistente aos efeitos solventes dos combustíveis como óleo
diesel e querosene de aviação.
40
São classificadas em (ODA, 2014):
• bases e sub-bases granulares por correção granulométrica;
• macadame hidráulico
• macadame seco.
41
BASES E SUB-BASES ESTABILIZADAS - são as camadas que, além de solo e
brita, recebem agentes estabilizantes como cimento Portland, cal, betume, resinas
etc. Possuem técnicas construtivas semelhantes às granulares por correção
granulométrica.
3.3.3. Revestimentos
42
a) REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS POR CALÇAMENTO
c) REVESTIMENTOS RÍGIDOS
43
CAPITULO IV: DANOS EM PAVIMENTOS
Descrição: são fendas interligadas que formam uma série de pequenos blocos que
se assemelham a um crocodilo São conhecidas como trincas por fadiga, couro de
crocodilo ou pele de jacaré, tem como origem a falha por fadiga da camada de
asfalto sob ação repetida de cargas de tráfego .
45
A fadiga ocorre geralmente em áreas sujeitas a cargas repetidas de tráfego,
principalmente nas trilhas de rodas. Por conseguinte, não pode ocorrer ao longo de
toda a área ao menos que todo o pavimento seja sujeito a cargas de tráfego em sua
totalidade. Um padrão de rachaduras produzidas em uma área não sujeita a cargas é
chamada "fissuras" em bloco, cuja origem não é devido à ação da carga repetitiva.
Esta falha é vista como um dano estrutural importante e, geralmente, ocorre
acompanhado de afundamentos.
Níveis de severidade:
H (High:Alto): A rede ou padrão que evoluiu de tal modo que partes ou peças são
bem definidas. Algumas peças podem mover-se com o passo dos veículos (Figura
10).
Medida:
Eles são medidas em metros quadrados de área afetada. A principal dificuldade em
medir tal dano é que muitas vezes dois ou três níveis de severidade coexistem numa
área. Se estas porções podem ser diferenciados facilmente são registadas
separadamente. Caso contrário, toda a área deve ser classificada no nível mais alto
de severidade.
Opções de reparação:
L: Não fazer nada, selagem da superfície. Recapeamento.
M: Recapeamento de profundidade parcial ou total (profundidade). Recapeamento.
Reconstrução.
H: Recapeamento parcial ou de profundidade total. Recapeamento. Reconstrução.
46
Figura 8: Trincas por fadiga de severidade baixa
Fonte: VALENZUELA, 2003
47
4.1.2. EXSUDAÇÃO
Níveis de severidade
M: o asfalto cola nos sapatos e veículos apenas por algumas semanas por ano
(Figura 12).
H: O asfalto cola em sapatos e veículos para pelo menos várias semanas por ano
(Figura 13).
Medida
Ela é medida em metros quadrados de área afetada.
Opções de reparação
L: Não fazer nada.
M: areia / agregado é aplicada e passamos um cilindro.
H: areia / agregado e cilindro ( pré-aquecimento se for necessário).
48
Figura 11: Compactação do pavimento
Fonte: VALENZUELA, 2003
49
Figura 14: Exsudação de severidade alta
Fonte: VALENZUELA, 2003
As trincas em bloco não estão associadas com cargas e indicam que o asfalto tem
ficado mais duro significativamente. Geralmente ocorre ao longo de uma grande
parte do pavimento. Este tipo de danos difere das trincas de fadiga em que nesse
caso os pedaços são muito menores, muitos mais ângulos e lados afiados. Além
disso, ao contrário dos blocos, as trincas de fadiga são causadas por cargas
repetidas de tráfego e, por conseguinte, somente se produzem em áreas sob cargas
de veículos (pelo menos na primeira fase).
Níveis de severidade
L: Blocos definidos por trincas de baixa severidade (Figura 14).
M: blocos definidos rachaduras severidade média (Figura 15).
H: blocos definidos por fendas de severidade alta (Figura 16).
50
Medida
As trincas são medidas em metros quadrados de área afetada. Geralmente,
apresentam um único nível de severidade em uma seção do pavimento. No entanto,
qualquer área da seção que tiver diferentes níveis de severidade devem ser medidas
e registadas separadamente.
Opções de reparação
L: Selagem de fissuras de mais de 3,0 mm de largura.
M: Selagem de fissuras, reciclagem superficial. Recapeado quente e escarificarão
H: Selagem de fissuras, reciclagem superficial. Recapeado quente e escarificarão
51
Figura 17: Trincas em bloco de severidade alta
Fonte: VALENZUELA, 2003
4.1.4. AFUNDAMENTOS
Níveis de severidade
L: qualidade tráfego de baixa severidade (Figura 18).
M: severidade média qualidade do tráfego (Figura 19).
H: qualidade tráfego de alta severidade (Figura 20).
52
Medida
Eles são medidos em metros lineares. Se aparecer um padrão em perpendicular ao
fluxo de tráfego e estão espaçados menos do que 3,0 m, o dano é chamado de
corrugarão. Se o afundamento está em combinação com uma trinca, ela é também
registada.
Opções de reparação
L: Não fazer nada.
M: Reciclagem a frio. Remendo profundo ou parcial.
H: Reciclagem a frio (fresagem). Remendo profundo ou parcial.
53
Figura 20: Afundamento de severidade alta
Fonte: VALENZUELA, 2003
4.1.5. CORRUGAÇÃO
Descrição:
A corrugação é uma série de picos e depressões, que ocorrem em intervalos mais ou
menos regulares, geralmente inferiores a 3,0 m. As cimas são perpendiculares à
direção do tráfego. Esse tipo de dano é geralmente causado pela ação de tráfego
combinado com um revestimento ou uma base instável. Se as protuberâncias ocorrer
numa série de menos de 3,0 m de separação entre eles, seja qual for a causa, o
dano é chamado de ondulação.
Níveis de severidade
L: qualidade baixa do tráfego (Figura 21).
M: qualidade média do tráfego (Figura 22).
H: qualidade alta do tráfego (Figura 23).
Medida
A corrugação é medida em metros quadrados de área afetada.
Opções de reparação
L: Não fazer nada.
M: Reconstrução.
H: Reconstrução.
54
Figura 21: Corrugação de severidade baixa
Fonte: VALENZUELA, 2003
55
4.1.6. DEPRESSÃO
Níveis de severidade
Profundidade máxima de depressão:
L: 13,0 para 25,0 mm (Figura 24).
M: 25,0 para 51,0 mm (Figura 25).
H: Mais de 51,0 mm (Figura 26).
Medida
Ela é medida em metros quadrados da zona afetada.
Opções de reparação
L: Não fazer nada.
M: Remendo superficial, parcial ou remendo profundo.
H: Remendo superfície, parcial ou remendo profundo.
56
Figura 25: Depressão do pavimento de severidade média
Fonte: VALENZUELA, 2003
Descrição: são paralelas e apresentam uma distância entre 0,30 e 0,60 m da borda
exterior do pavimento. Normalmente este tipo de trincas tem origem por falta de
apoio lateral (berma) (Figura 27). Este dano é acelerado por cargas de tráfego e
pode resultar do enfraquecimento, devido às condições meteorológicas, da base ou
sub-base próxima da borda do pavimento. A área entre a trinca e a borda do
pavimento é classificada de acordo com a forma em que eles fragmentaram no
pavimento (às vezes tanto que as peças podem ser removidas).
57
Figura 27: Esquema de trincas nos bordos do pavimento
Fonte: VALENZUELA, 2003
Níveis de severidade
L: baixo ou médio, sem fragmentação ou desprendimento (Figura 28).
M: Trincas com alguma fragmentação e desprendimento (Figura 29).
H: fragmentação considerável ou descamação ao longo da borda (Figura 30).
Medida
A fenda de borda é medida em metros lineares.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Selagem de fissuras maiores do que 3 mm.
M: Selagem de fissuras. Remendo parcial-profundo.
H: Remendo parcial-profundo.
58
Figura 29: Trinca de borda de severidade baixa
Descrição: este dano ocorre apenas no pavimento asfáltico construído sobre uma
laje de cimento Portland. Não inclui as fissuras em pavimentos com outros tipos de
base (por exemplo, estabilizado com cimento ou cal). Estas fissuras são causadas
geralmente pelo movimento da laje de cimento Portland, induzida pela temperatura
ou umidade, que se reflete para a superfície do concreto asfáltico (Figura 31). O
dano não é relacionado com as cargas, mas as cargas de tráfego podem causar a
ruptura do concreto asfáltico próxima da trinca. O conhecimento das dimensões da
laje subjacente à superfície de concreto asfáltico ajuda a identificar esses danos.
59
Figura 31: Esquema de trincas por reflexão
Fonte: VALENZUELA, 2003
Níveis de severidade
L: Ocorre uma das seguintes condições (Figura 32):
1.Trinca sem preenchimento inferior a 10,0 mm, ou
2.Trinca preenchida de qualquer largura
M: Ocorre uma das seguintes condições:
1. Trinca não preenchida entre 10,0 mm e 76,0 mm (Figura 33).
2. Trinca preenchida com qualquer largura de até 76,0 mm cercados por uma
fissuração irregular.
3.Trinca preenchida com qualquer largura rodeada por uma fissuração irregular.
H: Ocorre uma das seguintes condições (Figura 34):
1. Qualquer trinca preenchida ou não, cercada por uma fissuração irregular de
severidade média ou alta.
2. Trincas não preenchidas de mais de 76,0 mm.
3. Trinca de qualquer largura, e com o pavimento em torno da trinca severamente
fraturada
Medida
A medida se faz em metros lineares. O comprimento e nível de severidade de cada
tipo trinca devem ser registrados separadamente. Por exemplo, uma trinca de 15,0 m
pode ter apenas 3,0 m de severidade alta, sendo que esta deve ser registrada
separadamente.
Opções de reparação.
L: Selagem com largura superior a 3,00 mm.
M: Selagem de fissuras. Remendo profundidade de parcial.
H: Remendo de profundidade parcial. Reconstrução.
60
Figura 32: Trinca por reflexão de severidade baixa
Fonte: VALENZUELA, 2003
61
4.1.9. DESNÍVEL ENTRE PISTA E ACOSTAMENTO
Descrição: é uma diferença de nível entre o pavimento e a borda. Este dano é devido
à erosão da berma, assentamento ou recapeamento da faixa de rodagem, sem
ajustar o nível da berma.
Níveis de severidade
L: A diferença em elevação entre a borda do pavimento e a berma varia entre 25,0 e
51,0 mm (Figura 35).
M: Diferença na elevação entre 51,0 mm e 102,0 mm (Figura 36).
H: Diferença na elevação é superior a 102,00 mm (Figura 37).
Medida
Medida em metros lineares.
Opções de reparação
L, M, H: Re-nivelamento das bermas para ajustar ao nível das faixas.
62
Figura 36: Desnível entre pista e acostamento de severidade média
Fonte: VALENZUELA, 2003
4.1.10. DESGASTE
63
Níveis de severidade
Não é definido nenhum nível de severidade. No entanto, o grau de polimento deve
ser consideravelmente alto antes de ser incluído em uma avaliação da condição e
contabilizada como defeito.
Medida
Ela é medida em metros quadrados de área afetada. Se for considerado o defeito
exsudação, o polimento de agregados não deve ser contabilizado.
Opções de reparação.
L, M, H: Não fazer nada. Tratamento superficial. Fresagem e Recapeamento.
4.1.11. PANELAS
Níveis de severidade
Os níveis de severidade para furos de diâmetro menor do que 762 mm são baseadas
na profundidade e diâmetro dos mesmos, de acordo com a Tabela 3 (Figuras 37 a
39).
64
Tabela 3: Níveis de severidade de panelas
Profundidade Diâmetro medio
máxima 102 a 203 mm 203 a 457 mm 457 a 762 mm
12,7 a 25,4 mm L L M
>25,4 a 50,8 mm L M H
>59,8 mm M M H
Medida
As panelas são medidas por unidades classificando se são de baixa, média e alta
severidade, separadamente.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Remendo parcial ou profundo.
M: Remendo parcial ou profundo.
H: Remendo profundo.
65
Figura 39: Panela de severidade alta
Fonte: VALENZUELA, 2003
Níveis de severidade
Profundidade média:
L: 6.0 a 13,0 mm (Figura 40).
M:> 13,0 mm a 25,0 mm (Figura 41).
H:> 25,0 mm (Figura 42).
Medida
A deformação é medida em metros quadrados da área afetada e sua severidade é
definida pela profundidade média da banda de rodagem. A profundidade média é
calculada colocando uma régua perpendicular à direção da mesma, medindo a sua
profundidade.
66
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Fresagem e recapeado.
M: superficial, parcial ou remendo profundo. Fresagem e recapeado.
H: superfície remendo profundo ou parcialmente. Fresagem e recapeado.
67
4.1.13. DESLOCAMENTO
Níveis de severidade
L:O deslocamento provoca qualidade de tráfego de baixa severidade (Figura 43).
M:O deslocamento provoca qualidade de tráfego de severidade média (Figura 44).
H: O deslocamento provoca qualidade de tráfego de alta severidade (Figura 45).
Medida
Os deslocamentos são medidos em metros quadrados de área afetada.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Fresagem.
M: Fresagem. Remendo parcial ou profundo.
H: Fresagem. Remendos parcial ou profundo.
68
Figura 44: Deslocamento de severidade média
Fonte: VALENZUELA, 2003
Nível de Severidade
L: largura média inferior a 10,0 mm de fenda (Figura 46).
M: Existe uma das seguintes condições (Figura 47):
69
1.Largura das trincas entre 10,0 mm e 38,0 mm.
2. A área em torno da trinca esta quebrada em pequenos pedaços ajustados.
H: Existe uma das seguintes condições (Figura 48):
1.Dimensão superior a 38,0 mm de fenda.
2.A área em torno da trinca esta quebrada em pedaços facilmente removíveis.
Medida
Medida em metros quadrados e é qualificado de acordo com o mais alto nível de
severidade presente.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Remendo parcial.
M: Remendo parcial.
H: Remendo parcial.
70
Figura 48: Trincas parabólicas alta severidade
Fonte: VALENZUELA, 2003
Níveis de severidade
L: O pavimento começa a perder os agregados ou o ligante. Em algumas áreas da
superfície começa a afundar. No caso de derrame de óleo, a mancha é visível,
mas a superfície é dura e não pode ser penetrada com uma moeda (Figura 49).
M: O pavimento já perdeu alguns agregados ou ligante. A textura da superfície é
moderadamente áspera, e com pequenos buracos. No caso de derrame de óleo, a
superfície é macia e pode penetrar com uma moeda (Figura 50).
H: Perda considerável de agregado ou ligante. A textura da superfície é muito áspera
e severamente oca. Áreas de buracos têm diâmetros inferiores a 10,0 mm e
profundidades inferiores a 13,0 mm. No caso derramamento de óleo, o ligante
asfáltico perdeu o seu efeito aglutinante e o agregado está solto (Figura 51).
Medida
71
São medidas em metros quadrados de área afetada.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Selagem superficial. Tratamento superficial.
M: Selagem superficial. Tratamento superficial. Recapeamento
H: Tratamento superficial. Recapeamento. Reciclagem. Reconstrução.
72
4.2. FALHAS EM PAVIMENTO DE CONCRETO
4.2.1. DILATAÇÃO
Níveis de severidade
L: Provoca baixa qualidade de circulação (Figura 52).
M: Provoca média qualidade de circulação (Figura 53).
H: Provoca alta qualidade de circulação (Figura 54).
Medida
Em uma fenda, a dilatação é considerada como presente em uma laje. No entanto, se
ocorrer em uma junta e ela afetar as duas placas contabiliza-se em ambas. Quando a
severidade da dilatação deixa ao pavimento inutilizável, este deve ser reparado
imediatamente.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Remendos profundo ou parcial.
M: Remendos profundos. Substituição da laje.
H: Remendos profundos. Substituição da laje.
73
Figura 52: Dilatação de severidade baixa
Fonte: VALENZUELA, 2003
74
4.2.2. TRINCA DE CANTO
Descrição: é uma trinca nas juntas de canto que intercepta as juntas de uma laje a
uma distância menor ou igual a metade do comprimento dos mesmos em ambos os
lados, medida a partir do canto. Por exemplo, uma laje com dimensões de 3,70 m por
6,10 m tem uma rachadura de 1,50 m de um lado e 3,70 m no outro lado, isso não é
considerado fenda de canto mas uma fenda diagonal; porém, uma rachadura que se
cruza um lado para o outro lado de 1,20 m para 2,40 m, e uma fenda de canto.
Geralmente, a repetição das cargas combinadas com a perda de apoio e os esforços
laterais originam estas fendas.
Níveis de severidade
L: Se o pavimento presenta uma fissura de baixa severidade e a área entre a fissura
e as juntas está ligeiramente rachado ou não tem rachaduras (Figura 55).
M: Se o pavimento apresenta uma fissura de severidade média ou a área entre a
fissura e as juntas apresenta uma rachadura de severidade média (M) (Figura 56).
H: Se o pavimento apresenta uma fissura de alta severidade ou a área entre a junta
e a fenda está muito rachada (Figura 57).
Medida
Laje danificada é considerada como uma (1) se:
1. Apenas uma trinca de canto
2. Contem mais de uma rachadura de uma severidade particular.
3. Ela contém duas ou mais fendas de diferentes severidades.
Por duas ou mais fendas consideramos o mais alto nível de severidade. Por
exemplo, uma laje tem uma fenda baixo canto severidade e um de severidade média,
será contado como um (1) laje com uma fenda de cano média.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Selagem de fissuras de mais de 3 mm.
75
M: Selagem de fissuras. Remendo profundo.
H: Remendo profundo.
76
4.2.3. DIVISAO DA LAJE.
Níveis de severidade
Tabela 4: Níveis de severidade da divisão da laje.
Medida
Se a laje dividida é de severidade média ou alta, outro dano não é contabilizado.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Selagem de fissuras maiores do que 3 mm de largo.
M: Substituição da laje.
H: Substituição da laje.
77
Figura 59: Divisão da laje severidade média
Fonte: VALENZUELA, 2003
78
Níveis de severidade
L: Fendas "D" que cobrem menos de 15% da área da laje. A maior parte das fendas
são fechadas, mas algumas peças podem ter quebrado.
M: Ocorre uma das seguintes condições:
1.Fendas "D" que cobrem menos de 15% da área da laje e a maioria das peças
pode ser removida facilmente ou se desprender.
2. Fissuras "D" cobrir mais de 15% da área. A maior parte das fendas está
fechada, e a maioria das peças pode ser removida facilmente ou se
desprender.
H: Fendas "D" cobrem mais de 15% da área e a maioria das peças foi quebrada ou
pode ser facilmente removida.
Medida
Quando o dano está localizado e é avaliado em um nível de severidade, é
contabilizado como uma laje. Se tiver mais de um nível de severidade deve ser
contabilizado o maior nível de severidade.
Opções de reparação
L: Não fazer nada.
M: Remendo profundo. Reconstrução de juntas.
H: Remendo profundo. Reconstrução de juntas. Substituição da laje.
79
Figura 62: Fenda de durabilidade D severidade média
Fonte: VALENZUELA, 2003
4.2.5. ESCALONAMENTO
80
Níveis de severidade
(Figura 64)
Tabela 5: Níveis de severidade de escalonamento.
Severidade Diferença de nível
L 3-10 mm
M 10-19 mm
H >19 mm
Medida
O escalonamento é contabilizado em unidade.
O escalonamento através de uma fissura não conta como dano, mas é considerado
para definir a severidade das fissuras.
Opções de reparação.
L: Não fazer nada. Fresagem.
M: Fresagem.
H: Fresagem.
81
4.2.6. DANO NA SELAGEM DAS JUNTAS.
Níveis de severidade
L: O material de selagem está em bom estado geral, em toda a seção, apresentando
um bom desempenho com apenas pequenos danos.
M: Apresenta estado bom em toda a seção, com um ou mais dos tipos de danos que
podem ocorrer num grau moderado. O material de selagem precisará ser
substituido em dois anos.
H: Apresenta mau estado na seção, com um ou mais dos danos anteriormente
mencionados, que ocorrem num grau elevado. O material para selar juntas requer
substituição imediata (Figura 65).
Medida
Não se considera por laje, mas é avaliada com base no estado geral do material de
selagem em toda a área.
82
Opções de reparação
L: Não fazer nada.
M: Resselagem de juntas.
H: Resselagem de juntas.
Nível de Severidade
L: A diferença entre o bordo do pavimento e o ombro é de 25,0 mm a 51,0 mm.
M: A diferença dos níveis é 51,0 mm a 102,0 mm.
H: A diferença de nível é maior do que 102,0 mm.
Medida
É calculado pela média dos desníveis máximos e mínimos ao longo da laje. Cada
laje que exibe o dano é medida e registrada separadamente como uma laje com o
nível de severidade apropriada.
83
Opções de reparação
L, M, H: Re-nivelamento e enchimento de bermas.
Descrição: estas fissuras, que dividem a laje em duas ou três peças, são geralmente
causadas por combinação de cargas de tráfego, gradiente térmico e umidade.
Podem ser tranversais, longitudinais ou diagonais (Figuras 67 a 69). As lajes
divididas em quatro ou mais peças são contadas como lajes divididas. Comummente,
as fissuras de baixa severidade não são consideradas danos estruturais. Fissuras
capilares, de alguns centímetros de comprimento e não espalhados por todo a
extensão da placa, são contadas como rachaduras de retração.
84
Figura 68: Fissura longitudinal
Fonte: VALENZUELA, 2003
Os níveis de severidade
Lajes sem reforço:
L: Fissuras não seladas com menos de 12,0 mm de largura, ou fissura seladas de
qualquer largura em condições satisfatórias.
Lajes armadas
85
L: Fissuras não seladas largura entre 3,0 mm e 25,0 mm, ou rachaduras seladas de
qualquer largura em condições satisfatórias. Não há escala (Figura 70).
M: Ocorre uma das seguintes condições (Figura 71):
1. Fissura não selada com largura entre 25,0 mm e 76,0 mm, sem escala.
2. Fissura não selada com largura entre 76,0 mm e 10,0 mm
3. Fissura selada com largura maior de 10,0 mm.
Medida
Uma vez que a severidade é estabelecida, o dano é contabilizado como um. Se a
laje estiver dividida em quatro ou mais peças são contabilizadas como lajes divididas.
Se o comprimento das lajes é maior do que 9,10 m são divididas em "placas" de
comprimento aproximadamente igual.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Selagem de fissuras maiores do que 3,0 mm
M: Selagem de fissuras.
H: Selagem de fissuras. Remendo profundo. Substituição da laje.
86
Figura 71: Fissura longitudinal de severidade média
Fonte: VALENZUELA, 2003
Descrição: este dano é causado por aplicações repetidas das cargas de tráfego.
Quando os agregados na superfície perdem a resistência é consideravelmente
reduzida a aderência com os pneus.
Nível de Severidade
Não há graus de severidade são definidos.
Medida
Uma laje com agregado polido é contado como uma laje.
87
Opções de reparação
L, M e H: apertura da superfície.
Os níveis de severidade
Não são definidos níveis de severidade. A densidade média deve exceder de três por
metro quadrado em toda a área laje.
Medida
É medida por densidade de danos.
Opções de reparação
L, M e H: Não fazer nada.
88
4.2.11. BOMBEAMENTO:
Níveis de severidade
Não são definidos níveis de severidade. É suficiente indicar a existência de
bombeamento.
Opções de reparação
L, M e H: selagem de juntas e fissuras. Restauração da transferência de carga.
89
Figura 75: Bombeamento
Fonte: VALENZUELA, 2003
4.2.12. PUNZIONAMENTO
Descrição: este dano é produzido quando uma área localizada da laje se divide em
pedaços Pode ter diferentes formas, mas geralmente é definido por uma fissura e
uma junta ou duas fissuras muito próximas, geralmente com 1,5 m de distância. Este
dano é causado por cargas pesadas repetidas, espessura da laje inadequada, perda
de apoio da fundação ou deficiência localizada construção de concreto.
Níveis de severidade
(Figuras 76 a 78)
Tabela 6: Nível de severidade punzonamento
Maioria Numero de pedaços
das fendas 2-3 4-5 >5
L L L M
M L M H
H M H H
Medida
Se a placa possui um ou mais punzionamento, é registrado como um e deve ser
considerado o nível de severidade mais alto.
Opções de reparação
L: Não fazer nada. Selagem de fissuras.
90
M: Remendos profundos.
H: Remendos profundos.
91
4.2.13. DESCAMAÇÃO, REDE DE FISSURAS
Nível de Severidade
L: descamação na maior parte da área da laje; a superfície está em boas condições
com apenas descamação menor (Figura 79).
M: menos do que 15% da laje é afetada (Figura 80).
H: mais do que 15% da laje é afetada (Figura 81).
Opções de reparação
L: Não fazer nada.
M: Não fazer nada. Substituição da laje.
H: Remendo profundo ou parcial. Substituição da laje. Recapeamento.
92
Figura 80: Rede de fissuras de severidade média
Fonte: VALENZUELA, 2003
Nível de Severidade
Não são definidos níveis de severidade. Basta indicar que eles estão presentes.
93
Medida
Se um ou mais fissuras de retração existem em uma laje particular, ela é
contabilizada como uma laje com fissuras de retração.
Opções de reparação
L, M e H: Não faça nada.
Descrição:
É a ruptura (quebra) das bordas da laje nos 0,60 m da junta. Geralmente não se
estende verticalmente através da laje. Pode ser causada por:
1. Tensões excessivas na placa causadas por cargas de tráfego ou de infiltração
material incompressível.
2. Concreto fraco na junta pela manipulação excessiva.
Opções de reparação
L: Não fazer nada.
M: Remendo parcial
H: Remendo parcial. Reconstrução da junta
94
Figura 82: Descascamento de severidade baixa
Fonte: VALENZUELA, 2003
95
CAPITULO V: TÉCNICAS DE REABILITAÇAO DE PAVIMENTOS
5.1.1. REMENDOS
Passos:
1. Limpeza e preparação da área danificada (Figuras 85 a 87).
96
Figura 87: Remoção de material
Fonte: RODRÍGUEZ, 2004
97
3. Colocação do material e compactação (Figuras 90 a 92).
98
4. Remendo finalizado sobressaindo 3-6 mm (Figuras 93 e 94)
5.1.2. FRESAGEM
99
Figura 95: Equipamento de fresagem
Fonte: RODRÍGUEZ, 2004
10
0
5.1.3. TRATAMENTO SUPERFICIAL
100
Tratamento com asfalto modificado por polímero ou borracha ajuda a minimizar
fissuras no pavimento existente (Figuras 100 e 101).
101
5.1.5. RECICLAGEM A FRIO
102
A reciclagem pode ser feita com:
Cimento
Emulsão asfáltica
Emulsão asfáltica e cimento
Asfalto espumado
Asfalto espumado e cimento
103
Figura 105: Recapeamento
Fonte: ROBLES, 2009
-Geosinteticos: geotêxtil (Figura 106) e geomalha (Figura 107). São mais efetivos se
os movimentos entre as fissuras são pequenos.
104
Figura 108: Aplicação de geotêxtil
Fonte: ROBLES, 2009
105
Figura 110: Capa de alivio de fissuras
Fonte: ROBLES, 2009
106
5.1.8. RECONSTRUÇÃO
O pavimento pode ser reparado com uma mistura asfáltica se o reforço for feito de
uma sobrecapa asfáltica ou uma sobrecapa de concreto não aderida; em caso
contrario a reparação será feita em concreto.
107
Figura 113: Preparação da superfície
Fonte: ROBLES, 2009
108
Figura 115: Preparação da superfície
Fonte: ROBLES, 2009
109
É uma solução mais econômica do que a reparação de laje em profundidade
total se o comprimento da laje é curto.
110
5.2.4. SELAGEM
Os vazios localizados nos cantos e nas juntas das lajes são preenchidos com um
material fluído através de orifícios perfurados na placa de concreto (Figuras 121
e 122).
Limita as deflexões e reduz o escalonamento.
O material mais empregado é o cimento, mas também pode-se usar o asfalto
solido.
Deve ser realizada somente nas esquinas das lajes, pois pode destruir a
uniformidade do suporte.
111
5.2.5. SELAGEM DE JUNTAS
A selagem consiste na remoção do selante antigo (se existir), “abertura” de uma
nova caixa, limpeza da mesma e a aplicação do selante. Os materiais empregados
incluem silicone, asfalto borracha e neoprene.
112
5.2.6. CONFECÇÃO DE RANHURAS
Trabalho realizado com discos de diamante para melhorar as caraterísticas
superficiais do pavimento.
5.2.7. ESCOVADO
Remoção do material superficial do pavimento, usando discos de diamante montados
a distâncias muito próximas num tambor rotatório.
113
A sua utilização principal é na remoção do escalonamento em juntas ou fissuras.
Além disso, melhora a textura superficial e o atrito.
114
5.2.8. CAPA ASFÁLTICA
A sua função pode ser a de melhorar o conforto ou as propriedades de atrito ou
incrementar a capacidade estrutural do pavimento.
115
Duas técnicas:
Fragmentação e compactação (breaking and seating) consiste na quebra das lajes
em fragmentos de 300 – 900 mm e o sua compactação com um rolo pesado.
116
Microfragmentação (rubblizing) consiste na pulverização da laje em fragmentos
menores de 150 mm
117
5.2.9. SOBRECAPA DE CONCRETO
Concreto aderido:
Aumenta a capacidade estrutural e melhora o estado do pavimento rígido
Requer preparação cautelosa da superfície para assegurar a adesão entre as
camadas
118
5.2.10. RECONSTRUÇÃO TOTAL DO PAVIMENTO
A vida útil de serviço oscila entre 10- 20 anos para pavimento asfáltico e de 20-
30 anos para pavimento rígido.
119
5.3. ESTRATEGIAS PARA PAVIMENTOS ASFÁLTICO E DE CONCRETO.
A partir da identificação de cada dano ou falha que pode surgir nos pavimentos
asfáltico e de concreto foram elaboradas as Tabelas 8 e 9 que apresentam um
resumo do tipo de atividade (correção, reparação ou reabilitação) que podem ser
adotadas para solucionar os problemas e evitar que os mesmos se agravem, levando
a ruptura do pavimento antes do final da vida útil.
120
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no que foi analisado podemos considerar os seguintes aspectos como
relevantes:
Assim que for determinada a necessidade de fazer reparos, eles devem ser
feitos imediatamente, porque superfícies vão continuar a deteriorar-se
diariamente, produzindo assim uma condição perigosa para os motoristas.
121
É necessário primeiro determinar a causa do dano que ocorre no pavimento, a
fim de fazer uma reparação adequada e evitar a reincidência.
É preciso também mencionar que os manuais empregados são espanhóis, e isso provoca
diferenças com as considerações de falhas no Brasil. Enquanto na Espanha são
consideradas mais de 40 tipos de falhas, no Brasil foram reduzidas a pouco mais de 20 por
causa das similitudes das falhas e dos semelhantes métodos de tratamento e reparação.
122
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
123
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
DNER. Avaliação estrutural dos pavimentos flexíveis, Método DNER PRO 11/79.
Departamento Nacional de Estradas e Rodagem, 1979. Disponível em:
http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-PRO011-79.pdf. Novembro 2015.
HUANG, Y. H. Pavement analysis and design. Prentice Hall, Englewood Cliffs, New
Jersey, 1993.
124
MAJIDZADEH, K.; VEDAIE, B.; KENNEDY Jr, J. C. Pavement management system
to maximize pavement investment and minimize cost. Transportation Research
Record (TRB), National Research Council, Washington D. C., n. 1272, pp. 65-
73, 1990.
125
ANEXO 1: CURVAS DE VALOR DEDUZIDO PARA PAVIMENTO DE CONCRETO -
PCI
Fonte: VALENZUELA, 2003
126
127
128
129
ANEXO 2: CURVAS DE VALOR DEDUZIDO PARA PAVIMENTO ASFÁLTICO -
PCI
Fonte: VALENZUELA, 2003
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