Fichas
Fichas
Fichas
Queixa:
Concepção
Gestação
Parto
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da
Faculdade Campos Elíseos
Parto:
( ) prematuro:
( ) nasceu esbranquiçado
( ) cianótico
( ) incubadora – quanto tempo:
Condições da criança:
Chorou logo ao nascer? Sim ( ) Não ( )
Tomou algum medicamento? Sim ( ) Não ( ) não sabe informar (
) Peso: Comprimento:
Teve icterícia? Sim ( ) Não ( ) Nível:
Nota do Apgar: 1º min. 5º min.
Alimentação
Preferência alimenta?
( ) Sarampo:
( ) Catapora:
( ) Caxumba:
( ) Rubéola:
( ) Coqueluche:
( ) Meningite:
( ) Desidratação grave:
( ) Complicação com alguma vacina. Qual? Idade:
( ) Otite
( ) Adenoides:
( ) Amigdalites:
( ) Alergias:
( ) Acidentes:
( ) Convulsões? Idade:
( ) Febre ( ) Frequentes ( ) Controlada
( ) Internações Quanto tempo ficou internado?
( ) Cirurgias Tipo: Idade:
( ) Quedas e traumatismos? Como, tipo, quando:
Sono
( ) Tranquilo
( ) Agitado. Quando? Que frequência?
( ) Range dentes
( ) Terror noturno
( ) Sonambulismo
( ) Soniloquismo (fala durante o sono)
( ) Dorme de boca aberta
( ) Enurese
( ) Dorme sozinho
( ) Dorme com alguém. Com Quem?
Até quando dormiu no quarto com os pais?
Qual atitude tomada para separá-lo?
Desenvolvimento psicomotor
Controle de esfíncteres
Balbucios:
Quando começou a falar?
Demorou? Se sim, como os pais reagiram?
Apresentou problemas de fala? Quais?
Compreende ordens?
Presença de bilinguismo em casa?
Como a criança se comunica?
Apresenta salivação no canto da boca?
Escolaridade
Coordenadora/Orientadora:
Faz tarefas sozinho?
Com quem faz atividades?
Já foi reprovado? Quando?
Cite alguns fatos importantes acontecidos na vida escolar de seu filho:
Comportamento
Humor habitual:
Prefere brincar sozinho ou em grupos? (Se for adolescente, pergunte se prefere ficar ou
sair sozinho ou em grupos):
Sexualidade
Tipo de pergunta:
Fase de masturbação Sim ( ) Não ( )
Atitude da família:
Independência
Audição
Hábitos
Rói unha?
Tem tiques nervosos?
Alguma mania repetitiva (TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo)
Outros
Relacionamento
Tem amigos? Como é a relação (amigos passageiros, mesmos amigos por longo
tempo):
Outros
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Situação econômica:
Situação cultural:
Livros: Sim ( ) Não ( )
Cinema: Sim ( ) Não ( )
Teatro: Sim ( ) Não ( )
Artes Sim ( ) Não ( )
Estímulo cultural: ( ) presente ( ) ausente. Quais?
Hábitos de lazer:
Constância de diálogos:
Fazem as refeições juntos? Quais?
Algum vício na família: drogas, alcoolismo?
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ORIENTAÇÕES PARA ENTREVISTA OPERATIVACENTRADA NA APRENDIZAGEM
(E.O.C.A.) - Jorge Visca – Epistemologia Convergente.
Aplicação:
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
Materiais:
Os materiais geralmente apresentados, sobre uma mesa, para a idade escolar são:
Observações importantes:
✓ Se ficar trazendo outros assuntos que não tenham nada a ver com a atividade, é um
indicativo de dificuldade que se tem de concentrar. Anote o comportamento e
procure fazê-la voltar à atividade.
✓ Se ela não quiser escrever ou ler, poderá ser um indicativo de rejeição por leitura
e escrita e um vínculo inadequado com a aprendizagem sistemática.
✓ Observar e registrar a postura da criança, como se senta, que materiais evita, quais
as preferências, se é um(a) adolescente que não termina o que faz, se quer
mexer em tudo e nada realiza, se é um(a) adolescente que evita tocar nos
objetos, se é ansioso(a), etc.
✓ Converse com o/a adolescente sobre o que ele(a) produziu e peça-lhe que continue
mostrando o que sabe fazer. Se continuar na mesma atividade, direcione: “Você já
me mostrou que sabe desenhar e pintar, agora gostaria que você me mostrasse
outra coisa que sabe fazer”.
✓ Se pedir algum outro material, dizer que hoje vai trabalhar com o que está na mesa.
ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM (EOCA)
Nome: Idade: __
Escola: Ano:
1) Você sabe por que está aqui comigo hoje? O que achou da ideia?
2) O que acha que vai fazer?
3) Você quer estar aqui ou veio porque sua mãe, o colégio ou o seu professor a
obrigou?
4) Eles têm razão? ( ) sim ( ) não
5) Alguma repetência? Qual?
6) Como foi sua entrada na escola atual?
7) Estudou em outras? Como era?
8) O que mais gosta de fazer na escola?
9) O que não gosta?
10) Você gosta de estudar? Acha que os estudos são importantes? Por quê?
11)Qual sua disciplina favorita?
12) Desde quando?
13) Qual disciplina você não gosta? Desde quando?
14)Você gosta de seus professores?
15) Quando você não entende uma explicação o que você faz?
16) Onde você senta na classe? Onde gostaria de sentar?
17)Quem são suas companhias na escola?
18) Você faz as atividades de casa? Onde você faz? Quem ajuda a realizá-la?
19) Quais atividades escolares você acha mais difícil?
20)Quais atividades você mais gosta de fazer?
21)Como é o comportamento dos alunos da sua sala?
22)O que você faz quando não está na escola?
23)O que você acha da sua escola?
24)Você se considera uma boa aluna?
25)Você acha que tem alguma dificuldade em aprender?
26)Como é a sua família? Onde mora? Com quem mora?
27)Como você é tratada pela sua mãe?
28)Você tem contato com seus avós, tios,
primos? 29)Você gosta de ler?
30) Se pudesse e tivesse que fazer algo para um aluno que se parecesse com você em
sala de aula, o que aconselharia:
Aos pais?
Aos professores?
31) Qual profissão você deseja seguir?
Consigna: Gostaria que você me mostrasse o que sabe fazer, o que lhe ensinaram
a fazer e o que você aprendeu a fazer. Para isto poderá utilizar este material
como quiser, ele está à sua disposição.
Observação:
Conclusão:
QUADRO SUGESTIVO DE HIPÓTESES
NÍVEL COGNITIVO:
Operatório concreto
Formal.
NÍVEL DE LEITURA:
Pré-silábico
Silábico-alfabético
Alfabético
OUTROS:
Perfeccionismo; autoexigência
Fixação oral ( costuma colocar objetos na boca, mastiga lápis, borracha, rói unhas,
etc.)
Problemas de visão
Problemas na fala
Outras hipóteses:
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– E.O.C.A.
Temática
Dinâmica
Produto
Obstáculos que
emergem na
relação com o
conhecimento
Hipótese
Delineamento da investigação:
AVALIAÇÃO DA LEITURA
- Falar protopalavras e a avaliada deverá apontar a letra que inicia esta protopalavra e a
que segue na segunda sílaba. Ex.: proti – apontar p e t sucessivamente.
Ex. de protopalavras: vifu, probi, tivu, vato, pafi, tadi, bove. tobi, coto, bipu, xaja, fanvim,
bintim, datu, divom, vedim.
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• PROVA 2 – Ritmo, entonação, Teste de velocidade de leitura
Obs: a pessoa com dislexia costuma ler menos de 50 a 60 palavras por minuto.
- Colocar o cronômetro no início para observar a velocidade. Peça que inicie leitura
silenciosa avisando que pare quando pedido e marque com o dedo onde parou (cinco
minutos de leitura). Some a quantidade de palavras lidas nos cinco minutos e divida o
resultado por cinco para saber o número de palavras lidas em um minuto.
- Pedir para que leia o texto em silêncio (uma quantia suficiente para observação).
Observar se acompanha a leitura com o dedo, se faz sub-leitura labial (não consegue ler
mentalmente, enunciando as palavras bem baixinhas), a postura, a conduta visual, etc.
- Avaliando Leitura: Pedir que leia, em voz alta, a fábula. Observar seu desempenho na
leitura: pontuação, fluência, ritmo, trocas, omissões ou acréscimos.
- Avaliando Síntese oral: Peça-lhe que reconte com suas palavras. Observe se há
sequência de fatos, se há início, meio e fim. Observar oralidade e capacidade de síntese.
- Avaliando Síntese escrita: peça-lhe que escreva o que entendeu da fábula. Observe a
ortografia, se há trocas, omissões, acréscimos, escrita espelhada.
7) Foi concretizada?
10) Mudando o final, você altera a moral da história. Qual a moral que você pode descrever
com o novo final?
AVALIAÇÃO DA LEITURA
Obedece pontuação?
Tem fluência?
Ritmo lento, adequado ou rápido
demais?
Há trocas na fala? Quais?
Há omissões na fala? Quais?
Há acréscimos na fala? Quais?
Como são as pausas?
Leitura corrente ou silabada?
AVALIAÇÃO DA SÍNTESE ORAL
Há sequência de fatos?
Há início, meio e fim?
Oralidade
Capacidade de síntese?
AVALIAÇÃO DA SÍNTESE
ESCRITA?
Há trocas na escrita? Quais?
Há omissões na escrita? Quais?
Há acréscimos na escrita? Quais?
Escrita espelhada?
Como é o uso das linhas?
Como é a letra?
AVALIAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO
Compreendeu o texto?
Conclusão coerente sobre a moral?
Há sentido no que diz?
Explica com detalhes ou é lacônico?
Quais questões respondeu errado?
Foi criativa e coerente ao inventar
novo final para a Fábula?
Formulou nova moral de forma
lógica?
- Dê uma outra fábula pequena para que leia e, depois, que conte o que entendeu.
Moral da história: Tamanho não é documento. (não entregar junto com o texto)
AVALIAÇÃO DA ESCRITA
pa ta ca
ba da ga
cha sa ja za
fa va la lha
ma na nha ra “ara”
• PROVA 2 – Análise e sucessão de sons – protopalavras – (anexo Regina Morizot)
- Explicar que vai ditar algumas frases, as quais ela deverá ouvir atentamente, repetir
em voz alta e só depois escrevê-las nas linhas disponíveis no protocolo. Ditar:
- Observar se começa a frase com letra maiúscula, se dá espaço entre as palavras, se faz
pontuação. Marcar os erros ortográficos, verificando se eles comprometem o sentido das
frases. Observar se omite palavras na frase.
• PROVA 4 – Ditado (anexo Ditado)
- Explicar que irá ditar uma série de palavras, as quais ela vai ouvir e não precisa repetir
em voz alta, basta escrevê-las na frente dos numerais em sequência, no espaço do
protocolo destinado a esta prova. Ditar:
- Explicar que irá mostrar umas figuras. Não vai lhe dizer os nomes de cada uma, mas
ela deverá olhar e escrevê-las diante dos numerais desta parte do protocolo.
- A criança deverá observar a figura (anexo) e descrever o que está vendo, primeiro
verbalmente e depois, por escrito. Pedir para dar um nome à história.
- Observar:
ORGANIZAÇÃO DO PENSAMENTO
Linguagem
Enumeração de elementos
Personagem central
Enriquecimento do personagem
Personagens secundários
Aspectos projetivos
ANEXOS AVALIAÇÃO DA LEITURA
(Para uso na mesa – puxar para cima de uma folha de sulfite colorida)
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B C D F
G J L M
N P Q R
S T V X
Z CH LH NH
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OS TRÊS IRMÃOS
Um velho tinha três filhos, mas como todos os seus bens limitavam-se a uma casa,
que lhe fora legada por seus pais, não era capaz de decidir-se a vendê-la a fim de dividir
o produto da venda entre seus filhos. Nessa dúvida ocorreu-lhe* uma ideia.
- Aventurem-se pelo mundo – disse-lhes um dia – aprendam um ofício que lhes
permita viver, e quando tiverem terminado essa aprendizagem, deem-se pressa em
regressar; aquele de vocês que der a prova mais convincente de sua habilidade, herdará a
casa.
Em conseqüência dessa decisão, foi fixada a partida dos três irmãos. Decidiram que
um se tornaria ferreiro, outro barbeiro e o terceiro mestre de armas. Logo fixaram o dia e a
hora para encontrar-se e voltar juntos ao lar paterno. Combinado isso, partiram.
Ocorreu que os três irmãos tiveram a boa sorte* de encontrar cada um um hábil
mestre no ofício que queriam aprender. Assim foi que nosso ferreiro não demorou a
encarregar-se de ferrar os cavalos do rei, de modo que pensava com seus botões: “Meus
irmãos terão de ser muito hábeis para ganhar a casa para si”.
Por seu lado, o* jovem barbeiro logo teve por clientes os mais importantes senhores
da corte, de modo que já estava certo de ficar com a casa sob as barbas de seus irmãos.
Quanto ao mestre de armas, antes de conhecer todos os segredos de sua arte,
teve de receber mais de uma* estocada, mas a recompensa prometida valia a pena, e
ele exercitava sua vista e sua mão.
Quando chegou à época fixada para o regresso, os três irmãos reuniram-se no lugar
combinado e juntos tomaram o caminho rumo à casa de seu* pai.
Na mesma tarde de seu retorno, enquanto estavam os quatro sentados, diante da
porta da casa, viram uma lebre que vinha em direção a eles, correndo pelo campo,
travessamente.
- Bravo! Disse o barbeiro. – Eis aqui um cliente que vem a calhar para dar-me
ocasião de demonstrar minha habilidade.
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- Vou dar-lhes uma amostra* de minha habilidade – disse por sua vez o ferreiro.
Dizendo isso, lançou-se sobre o rastro do cavalo, e ainda que este redobrasse sua
velocidade, tirou-lhe as quatro ferraduras, as quais trocou por outras quatro; tudo isso
em menos de um minuto, da maneira mais confortável do mundo e sem diminuir o passo
do cavalo.
- És um grande artista – exclamou o pai – podes estar certo de teu negócio como
teu irmão está do teu, e realmente não seria capaz de decidir qual dos dois merece
mais a casa.
- Esperem até que eu tenha feito minha prova* - disse então o terceiro filho.
Nesse momento, começou a chover. Nosso homem tirou da espada e pôs-se a
efetuar círculos tão rápidos sobre sua cabeça, que nenhuma gota de água caiu sobre ele.
A chuva aumentou em intensidade, logo pareceu que a derramavam com baldes do* céu.
No entanto, nosso mestre de armas, que havia se limitado a fazer girar sua espada cada
vez mais rapidamente, mantinha-se seco sob sua arma, como se estivesse sob um
guarda-chuva ou sob um teto. Vendo isso, a admiração do feliz pai chegou à culminância
e* ele exclamou:
- És tu quem deu a mais surpreendente prova de habilidade, és tu aquele ao qual
corresponde a casa.
Os dois maiores aprovaram essa decisão e juntaram seus elogios aos de seu pai.
Depois, como os três queriam-se muito, não quiseram separar-se e continuaram vivendo
juntos na* casa paterna, onde cada um exercia seu ofício. A fama de sua
habilidade
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estendeu-se e logo ficaram ricos. É assim que viveram felizes e considerados até idade
avançada. E quando, por último, o maior faleceu, os outros dois sentiram tal tristeza, que
não levaram muito tempo para segui-lo. Receberam honrarias fúnebres. O cura do lugar
disse com razão que três irmãos, que em vida viram-se dotados de tão grandes
habilidades e estiveram unidos com um amor tão firme, não deveriam ficar separados na
morte. Portanto foram sepultados juntos. (CONDEMARIN, 1989)
Houve um tempo em que os bichos falavam, e eles falavam tanto que Esopo
resolveu recolher e contar as histórias deles para todo mundo.
Esopo era escravo de um rei da Grécia e divertia-se inventando uma moral para as
histórias que ouvia dos animais.
Na verdade, nem todos os moradores do país eram capazes de entender a
linguagem dos animais, mas Esopo era. Sobretudo dos pequeninos, que falavam muito
baixinho, como por exemplo, os ratinhos que moravam num buraco da parede da
cozinha do palácio.
Um dia, quando limpava o chão da cozinha, Esopo ouviu uns ruídos que vinham de
dentro do buraquinho. Os ratinhos estavam muito agitados e preocupados, pois o rei havia
colocado um gato grande e forte para tomar conta dos petiscos reais e o tal gato não
era de brincar em serviço, já tinha devorado vários ratos.
Esopo apurou os ouvidos e pôde ouvir tudo o que os ratinhos diziam. Um deles,
muito espevitado, parecia ser o líder e, de cima de uma caixa de fósforos, discursava:
- Meus amigos, assim não é mais possível, não temos mais paz e tudo porque o rei
resolveu trazer aquela fera para cá. Precisamos fazer alguma coisa, e logo, porque senão
esse gato vai acabar com a nossa raça!
Era uma assembléia de ratos e todos estavam muito empenhados em solucionar o
problema que os afligia: um gato, grande e forte, que o rei havia mandado colocar na
cozinha.
Já tinham perdido vários amigos nos dentes afiados da fera: o Provolone, o
Roquefort, o Camembert e o pobre Tatá, o mais amado de todos.
Planejaram, planejaram e não conseguiram chegar a nenhuma conclusão que
agradasse a todos. Precisavam de estratégias eficazes e seguras.
Uns achavam que deveriam matar o tal gato; outros diziam que era impossível:
"Como matar uma fera daquelas?"
Horácio estava quase convencido de que a sina de seu povo era morrer entre os
dentes do gato. Com lágrimas nos olhos, já ia descendo da caixa de fósforos quando
Frederico, um ratinho muito tímido que nunca falava, resolveu dar sua opinião:
- Como vocês sabem, eu não gosto muito de falar, por isso serei rápido, mas antes
vocês vão responder a uma pergunta: Por que esse gato é tão perigoso para nós, se
somos tão ágeis e espertos?
E Horácio respondeu:
- Ora, Frederico, esse gato é silencioso, não faz nenhum barulho. Como é que
vamos saber quando ele se aproxima?
- Exatamente como eu pensei. Me perdoem a modéstia, mas acho que a ideia que
tive é a melhor de todas as que ouvi aqui. Vejam só, é simples: Vamos arrumar um guizo,
pode ser até aquele que pegamos da roupa do bobo da corte. Lembram? Aquele que
achamos bonitinho e que faz um barulho enorme.
Os ratos não estavam entendendo nada, para que serviria um guizo?
Frederico tratou de explicar:
- A gente pega o guizo e coloca no pescoço do gato. Quando ele se aproximar,
vamos ouvir o barulho e fugir. Não é simples?
Todos adoraram a idéia. Era só colocar o guizo que todos ouviriam o gato se
aproximar.
Todos os ratos foram abraçar Frederico e estavam na maior euforia quando, de
repente, um ratinho, que não parava de roer um apetitoso pedaço de queijo, resolveu
perguntar:
- Mas quem é que vai colocar o guizo no pescoço do gato?
Todos saíram cabisbaixos. Como não haviam pensado naquilo antes?
Era o fim da euforia dos ratinhos.
O COELHO E A CABRA
Um belo dia, o coelhinho saiu para colher cenouras, e acabou deixando a porta de
sua casa aberta. Ao voltar, ele percebeu que a casa estava fechada, então pensou:
- Quem está aí dentro?
O coelho bateu à porta e, apareceu uma cabra dizendo:
- Saia da minha casa! Eu sou a Cabra Cabrez, te dou um salto e te parto em três.
O coelhinho saiu correndo, viu um boi e pediu:
- Seu boi, uma cabra invadiu a minha casa, ainda disse que me dá um salto e me
parte em três. Ajude-me, seu boi!
O boi teve medo e disse para coelho que estava muito ocupado.
O coelho viu o cachorro dormindo e disse:
- Acorda pra latir.
Respondeu o cachorro:
- Au, au!!!
O coelho pediu:
- Seu cachorro, pode me ajudar? A Cabra Cabrez invadiu minha casa e ela disse
que me dava um salto e me partia em três.
O cachorro estava com muito sono e preferiu voltar a dormir.
Assim, o animalzinho se desesperou e começou a chorar, quando veio uma
abelhinha bem pequena e disse:
- Por que está chorando coelhinho?
Ele respondeu:
- Porque a Cabra Cabrez invadiu a minha casa, e ela disse que me dá um salto e
me parte em três.
A abelhinha foi até a casa do coelho e bateu à porta. A cabra já queria saltar em
cima da abelha, mas a abelha deu uma ferroada tão forte na cabra, que ela correu e nunca
mais se ouviu falar na Cabra Cabrez.
ANDRADE, Maria Siqueira de. Psicopedagogia Clínica: Manual de Aplicação Prática para
Diagnóstico em Distúrbios de Aprendizado. São Paulo: Pólus Editorial, 2008.
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NEUROPSICOPEDAGOGIA
Núcleo de Pós-Graduação
AVALIAÇÃO
NEUROPSICOPEDAGÓGICA
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AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA
O cérebro humano é uma maravilhosa máquina que transforma uma simples sensação em
pensamento, é um órgão complexo, desvendado parcialmente pela ciência, composto por
células nervosas e glândulas.
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Dentro desta complexidade é importante ressaltar as funções do encéfalo e dos
neurotransmissores, o encéfalo diferente do cérebro, é um conjunto de estruturas que
estão anatomicamente e fisiologicamente ligadas, são estruturas especializadas que
funcionam de forma integradas, para assegurar a unidade ao comportamento humano.
Possui uma constituição elaborada ao receber mensagens que informam ao homem a
respeito do mundo que o cerca além de receber um permanente fluxo de sinais de
outros órgãos que o capacita a controlar os procedimentos vitais do individuo, batimento
cardíaco, a fome e a sede, as emoções, o medo, a ira, o ódio e o amor tudo iniciando no
encéfalo tendo o cérebro, a parte maior e mais importante. Na aprendizagem a criança
tem na concentração e atenção aspectos importantes e fundamentais para o
desenvolvimento cognitivo e motor, o aprendizado depende de alguns outros fatores,
estimulo, interesse e da funcionalidade adequada das estruturas que irão receber tais
estímulos e principalmente da atenção desta criança. Se a atenção é fundamental para
a aprendizagem é através do desempenho de uma estrutura complexa localizada na
parte central do tronco encefálico denominada de formação reticular (age como se fosse
um filtro), que mantém o córtex em condições para que possa receber novos estímulos,
decodificá-los e interpretá-los principalmente os sensitivos que devem ser selecionados
onde somente os estímulos importantes passam por este "filtro", chegando ao córtex o que
os torna conscientes impedindo que os constantes bombardeios não venham atingir o
córtex de forma indiscriminada. Quanto aos neurotransmissores, são substancias
químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas, por meio delas podem enviar
informações a outras células, podem também estimular a continuidade de um impulso
ou efetivar a reação final no órgão ou músculo alvo, elas agem nas sinapses que são o
ponto de junção do neurônio com outra célula. Os Neurotransmissores possibilitam que
os impulsos nervosos de uma célula influenciem os impulsos nervosos de outra
permitindo assim que as células do cérebro por assim dizer, "conversem entre si". O
corpo humano desenvolve um grande número dessas mensagens químicas para facilitar a
comunicação interna e a transmissão de sinais dentro do cérebro, são substancias que
funcionam como combustível cerebral, nos deixam mais felizes e são fundamentais para
o bom
funcionamento do organismo. O interesse dos pesquisadores, suas descobertas, tem
crescido em resposta á necessidade de, não somente entender os processos
neuropsicobiológicos normais mais principalmente para respaldar a ciência da
educação.Modernas técnicas estão começando a revelar como o cérebro tem conseguido
a notável proeza da aprendizagem, as ciências cognitivas modernas, estão sendo
capazes de estudar objetivamente muitos componentes do processo mental tais como
atenção, cognição visual, linguagem, imaginação mental etc. Novos desafios terão pela
frente, certamente novas conquistas, possivelmente os obstáculos existentes entre
neurocientistas e educadores serão ultrapassados, novos paradigmas irão impulsionar a
ciência principalmente a aqueles que se preocupam com a educação sob novos olhares
(BARBOSA; KOPPE, 2013).
Pode-se didaticamente dividi-lo em três partes: o cerebelo (1), o sistema límbico (2) e o
córtex (3). O cerebelo (1) é a parte do encéfalo responsável por estruturar os comandos
mecânicos de nosso corpo. Quando aprendemos a falar, a escovar os dentes ou andar de
bicicleta é este sistema que recebe as instruções que programam sua rede de neurônios,
instruções estas difíceis de serem implantadas mas que depois jamais são esquecidas. O
sistema límbico (2) se compõe do hipotálamo, tálamo, amígdalas e hipocampo. Pode ser
entendido como um cérebro réptico completo em si mesmo. A evolução fez com que
fosse
somado a este cérebro réptil um córtex capaz de dar suporte as capacidades humanas
superiores e manteve este cérebro primitivo atribuindo-lhe vários papéis instintivos além da
função essencial de reter as informações colhidas durante o dia. Instintos básicos como o
medo e a decisão de lutar ou correr diante de uma ameaça são gerenciados pelas
amígdalas e hipotálamo, já o hipocampo perfaz a memória que registra os dados
colhidos durante o dia. É no córtex (3) onde se registram definitivamente o que se
aprendeu durante o dia. Diversos casos clínicos como o do sujeito acidentado que
esquece o que aprendeu minutos atrás forneceram as pistas de como funciona a
aprendizagem.
AVALIAÇÃO
Devemos ter presente que a avaliação nunca se faz no vazio, mas é sempre fruto de uma
demanda ou de uma necessidade detectada. Nesse sentido, não se poderá perder de vista
o objetivo ou a finalidade para que se inicie um processo de avaliação. Essa finalidade
condicionará tanto as atuações que realizaremos quanto os instrumentos que utilizaremos,
mas, sobretudo, os procedimentos adotados.
A fim de que cada participante possa se sentir competente no que lhe corresponde, temos
de nos centrar necessariamente na avaliação das capacidades e potencialidades, mais do
que no déficit e nas dificuldades. Consequentemente, as orientações obtidas serão
voltadas ao planejamento dos auxílios e condições que tornem possível a melhora da
situação colocada.
Portanto, a avaliação é uma ferramenta para tomar decisões que melhorem a resposta
educacional do aluno ou grupo de alunos, mas também para promover mudanças no
contexto escolar e familiar.
A partir da queixa
apresentada, as perguntas se
aprofundarão em áreas
específicas.
ANAMNESE 1
Data da Anamnese:
Nome:
Entrevistado:
Idade: Data de Nascimento:
1
Modelo de Anamnese retirado do Manual Prático do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico, com algumas adaptações.
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