Workshop Catharina Sour - Beerweek
Workshop Catharina Sour - Beerweek
Workshop Catharina Sour - Beerweek
Catharina Sour
-
APRESENTAÇÃO
SOUR = AZEDO
São cervejas com características ácidas e frequentemente associadas à
cervejas estragadas e contaminadas com microorganismos “não-
cervejeiros”.
● Amargor imperceptível.
● Acidez assertiva.
● Colarinho
○ Cor pode variar de acordo com a fruta e especiaria adicionada.
○ Abundante.
○ Boa formação.
○ Média a alta retenção.
● Sempre efervescente.
CATHARINA SOUR - SABOR
● IBU: 2 - 8
Obs. Os fabricantes do estilo Catharina sour sentiram dificuldade em enquadrar seus produtos no
ultimos concursos, haja vista a particularidade deste estilo ácido com adição de frutas, de não se
enquadrar totalmente nos estilos propostos no B.A.
As cervejas Catharina sours foram enquadradas no concurso brasileiro da cerveja 2017 em:
●Berliner Weisse
●American Fruit beer
●Brazilian beer com frutas
Busca-se junto a organização, a criação de uma categoria exclusiva e explícita para estes
produtos em acessão.
POR QUE UM NOVO ESTILO ?
Dificuldade de classificação
● BJCP 2015
○ 23A - Berliner Weisse
■ Não permite frutas
○ 29A - Fruit Beer
■ Não engloba cervejas ácidas
○ 28C - Wild Specialty Beers
■ Estilo adequado, porém muito genérico
○ 34C – Experimental Beer
■ Extremamente genérico, vale tudo, o que não é o caso.
● Métodos:
○ Fermentação Mista - Inoculando Lactobacilos junto com o fermento
■ Resultados menos previsíveis (acidez variada)
■ Tempo muito grande até atingir acidez típica do estilo
○ Acidificação do Mosto
Mosto é acidificado durante a produção, antes de inocular o fermento
■ Sour Mash
● Como historicamente os alemães produzem as Berliner-
Weisse
● Difícil de controlar, pode levar a sabores indesejáveis
■ Kettle Sour
● Adição de Lactobacilos antes da fervura
● Acidificação rápida e melhor controle do resultado final
● Método utilizado pelas demais cervejarias
● Vantagem: controle da acidez e pasteurização da cerveja com
a fervura, evitando contaminar tanques de fermentação
COMO FAZER ? ACIDIFICAÇÃO
● Fermentação Mista vs Acidificação do Mosto
● Maltes Munich/Vienna/Melanoidina,
Caramelo e Torrados não são utilizados
● Ajuste água
○ >50ppm cálcio
○ So4/Cl = 1
● Temperatura baixa de
sacarificação (62-65C)
● Ajuste o pH da
mosturação (5.2-5.3)
utilizando Malte
Acidificado ou Ácido
(Lático ou Fosfórico),
conforme necessário.
FERVURA INICIAL SEM LUPULAGEM
Porque?
- O Lactobacilo pode degradar a matriz de proteína presente no
mosto, afetando (as vezes muito) a formação de espuma da
cerveja
- Protege de outras bactérias (acetobacter, principalmente).
Como?
- Pode-se usar ácido lático, fosfórico ou cítrico.
- Recomendamos usar ácido lático pois é o mesmo tipo de ácido
produzido na acidificação.
- Como a quantidade de ácido a ser adicionado depende da
composição de sais na água, não existe uma quantidade fixa à
se adicionar.
- O ideal é experimentar a adicação com pipeta e um becker,
fazendo medição com o phmetro.
INÓCULO DA CEPA
LACTOBACILLUS
● Cepas Possíveis:
○ L. Buchneri
○ L. Brevis
○ L. Plantarum
○ L. Casei
○ L. Acidophilus
● Pitching Rate:
○ 10x10⁶ cells/ml
Homebrewer:
Farmácias de manipulação:
- Pode-se encomendar cepas específicas de acordo com a necessidade,
liofilizadas.
Farmácias:
- Geralmente produtos probióticos contém cepas puras de Lactobacillos
(consulte sempre a embalagem)
Supermercados:
- O famoso Yakult e Yakult 40.
- Notar que o Yakult 40 já nos dá uma noção da quantidade de células
(40 Bilhões células/80gr = 500milhões/ml = 10x10^6/ml)
TEMPERATURAS IDEAIS DE
ACIDIFICAÇÃO
L. Delbrueckii 32-46 C
L. Brevis 27-43 C
L. Buchneri 29-35 C
Durante a acidificação, deve-se acompanhar o extrato. Não pode haver consumo de açúcares!
INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS
● Cuidados
○ Taxa de inoculação mais alta (2x
maior, Lager)
○ Oxigenação do mosto
○ Uso de nutrientes para as
leveduras
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS -
FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA
COMO ESCOLHER A FRUTA?
Depende muito do resultado que se quer
atingir.
● Formas de adição:
○ Fruta inteira ou cortada
○ Purê
○ Suco
○ Extrato
○ Desidratada
Procedimento:
•Coletar 500 mL de cerveja em fermentação entre 24 a 30 horas do tanque cheio.
•Adicionar cerca de 40g de levedura.
•Deixar em temperatura ambiente e agitar constantemente.
•Fazer a medição do extrato após 24 horas de fermentação
● Após adição das frutas e consumo dos açúcares por parte da levedura, deve-se
proceder com maturação (lagering) para arredondar sabores e aromas;
● Pode ser necessário utilizar floculantes a fim de auxiliar na decantação das frutas,
melhorando sua estabilidade coloidal;
● Mesmo se tratando de uma cerveja com até 50% de trigo em sua formulação, é
comum a Catharina sour se apresentar límpida, com ótima estabilidade coloidal,
justificada pelo pH baixo em sua fase fermentativa/maturação.
● Uma carbonatação alta se faz necessária para adequar-se aos requisitos do estilo no
tocante a efervescência
● Caso seja de costume do cervejeiro, no pré envase dosar mais levedura a fim de
garantir uma boa carbonatação com primming, preferencialmente fazê-lo com
levedura do balde fermentador, uma vez que esta saccharomyces encontra-se
ambientada ao pH baixo. Adicionar levedura liofilizada no pré envase pode
comprometer a carbonatação.
CUIDADOS ESPECIAIS
• Faça a mostura e fervura como uma cerveja comum