Manual Do Brigadista
Manual Do Brigadista
Manual Do Brigadista
INTRODUÇÃO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
esperando a contribuição dos leitores na apresentação de sugestões e críticas para o
aprimoramento desta obra, que tem como meta a melhoria na prestação de serviços à
comunidade, dando ênfase à educação pública, através de ações preventivas.
Nossos agradecimentos aos Brigadistas de Incêndio da Sprinklers, que contribuíram para
que este trabalho se tornasse realidade.
Capítulo 1
COMPORTAMENTO DO FOGO
OBJETIVOS
1. INTRODUÇÃO
• Calor
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Combustível
• Comburente
• Reação em cadeia
Fig. 1.1 - Os elementos essenciais da combustão.
2. CALOR
• energia química
( a quantidade de calor gerado pelo processo de combustão);
• energia elétrica
( o calor gerado pela passagem de eletricidade através de um condutor, como um fio
elétrico ou um aparelho eletrodoméstico);
• energia mecânica
( o calor gerado pelo atrito de dois corpos);
• energia nuclear
(o calor gerado pela quebra ou fusão de átomos). (Fig.1.3)
Fig.1.3 - Quatro tipos de fonte de calor.
O calor é uma forma de energia que produz efeitos físicos e químicos nos corpos e
efeitos fisiológicos nos seres vivos. Em conseqüência do aumento de intensidade de calor, os
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corpos apresentarão sucessivas modificações, inicialmente físicas e depois químicas. Assim, por
exemplo, ao aquecermos um pedaço de ferro, este, inicialmente, aumenta sua temperatura e, a
seguir, o seu volume. Mantido o processo de aquecimento, o ferro muda de cor, perde a forma,
até atingir o seu ponto de fusão, quando se transforma de sólido em líquido. Sendo ainda
aquecido, gaseifica-se e queima em contato com o oxigênio, transformando-se em outra
substância.
Elevação da temperatura
Este fenômeno se desenvolve com maior rapidez nos corpos considerados bons
condutores de calor, como os metais; e, mais vagarosamente, nos corpos tidos como maus
condutores de calor, como por exemplo, o amianto. Por ser mau condutor de calor, o amianto é
utilizado na confecção de materiais de combate a incêndio, como roupas, capas e luvas de
proteção ao calor. (O amianto vem sido substituído por outros materiais, por apresentar
características cancerígenas)
O conhecimento sobre a condutibilidade de calor dos diversos materiais é de grande valia
na prevenção de incêndio. Aprendemos que materiais combustíveis nunca devem permanecer
em contato com corpos bons condutores, sujeitos a uma fonte de aquecimento. (Fig. 1.4)
Fig. 1.4 - Exposição a uma fonte de calor provoca aumento na temperatura.
Aumento de volume
Com isso o ferro tende a deslocar-se no concreto, que perde a capacidade de sustentação,
enquanto que a viga "empurra" toda a estrutura que sustenta em, pelo menos, 42mm.
Os materiais não resistem a variações bruscas de temperatura. Por exemplo, ao jogarmos
água em um corpo superaquecido, este se contrai de forma rápida e desigual, o que lhe causa
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rompimentos e danos. Pode ocorrer um enfraquecimento deste corpo, chegando até a um
colapso, isto é, ao surgimento de grandes rupturas internas que fazem com que o material não
mais se sustente. (Mudanças bruscas de temperatura, como as relatadas acima, são causas
comuns de desabamentos de estruturas).
A dilatação dos líquidos também pode produzir situações perigosas, provocando
transbordamento de vasilhas, rupturas de vasos contendo produtos perigosos, etc.
A dilatação dos gases provocada por aquecimento acarreta risco de explosões físicas,
pois, ao serem aquecidos até 273ºC, os gases duplicam de volume; a 546ºC o seu volume é
triplicado, e assim sucessivamente. Sob a ação de calor, os gases liqüefeitos comprimidos
aumentam a pressão no interior dos vasos que os contêm, pois não tem para onde se expandir.
Se o aumento de temperatura não cessar, ou se não houver dispositivos de segurança que
permitam escape dos gases, pode ocorrer uma explosão, provocada pela ruptura das paredes do
vaso e pela violenta expansão dos gases. Os vapores de líquidos (inflamáveis ou não) se
comportam como os gases.
Com o aumento do calor, os corpos tendem a mudar seu estado físico: alguns sólidos se
transformam-se em líquido (liquefação), líquidos se transformam em gases (gaseificação) e há
sólidos que se transformam diretamente em gases (sublimação). Isso se deve ao fato de que o
calor faz com que haja maior espaço entre as moléculas e estas, separando-se, mudam o estado
físico da matéria.
No gelo, as moléculas vibram pouco e estão bem juntas; com o calor, elas adquirem
velocidade e maior espaçamento, transformando um sólido (gelo) em líquido (água). (Fig. 1.6)
Fig. 1.6 - Mudança de um estado físico de um corpo.
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Efeitos fisiológicos do calor
O calor é a causa direta da queima e de outras formas de danos pessoais. Danos causados
pelo calor incluem desidratação, insolação, fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além
de queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º e 3º graus) podem levar até a morte.
Condução
Convecção
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toma lugar nos níveis mais baixos. Em incêndio de edifícios, essa é a principal forma de
propagação de calor para andares superiores, quando os gases aquecidos encontram caminho
através de escadas, poços de elevadores, etc. (Fig. 1.9)
Fig. 1.9 - Movimentação de massas gasosas transporta o calor para cima e
horizontalmente nos andares.
Irradiação
Um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorífica para um outro mais frio até
que ambos tenham a mesma temperatura. O Brigadista de Incêndio deve estar atento aos
materiais ao redor de uma fonte que irradie calor para protegê-los, a fim de que não ocorram
novos incêndios. Para se proteger, o Brigadista de Incêndio deve utilizar roupas apropriadas e
água (como escudo).
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Continuando o aquecimento, atinge-se um ponto no qual o combustível, exposto ao ar, entra em
combustão sem que haja fonte externa de calor. Esse ponto é chamado de "Ponto de Ignição".
(Fig.1.11)
3. COMBUSTÍVEL
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líquidos inflamáveis são mais leves que água e, portanto, flutuam sobre esta.
Outra propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade
de misturar-se a água. Os líquidos derivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbonetos)
têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool, acetona (conhecidos como solventes
polares) têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um ponto em que a mistura
(solvente polar + água) não seja inflamável.
A volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de
grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver
fogo, ou mesmo explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que liberam vapores a
temperaturas menores que 20ºC. (Fig. 1.13)
Fig. 1.13 - Líquidos combustíveis são identificados como no recipiente da figura.
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em
que estão contidos. (Fig. 1.14)
Fig. 1.14 - Os combustíveis gasosos são armazenados em recipientes, sob pressão.
Se o peso do gás é menor que a do ar, o gás tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do
gás é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento,
obedecendo os contornos do terreno.
Para o gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o ar
atmosférico, e, portanto, se estiver numa concentração fora de determinados limites, não
queimará. Cada gás, ou vapor, tem seus limites próprios. Por exemplo, se num ambiente há
menos de 1,4% ou mais de 7,6% de vapor de gasolina, não haverá combustão, pois a
concentração de vapor de gasolina nesse local está fora do que se chama de mistura ideal, ou
limites de inflamabilidade; isto é, ou a concentração deste vapor é inferior ou é superior aos
limites de inflamabilidade. (Fig. 1.15-A)
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LIMITES DE INFLAMABILIDADE
Combustíveis Concentração
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PIRÓLISE
Temperatura Reação
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200ºC - 280ºC Ausência de vapor d'água - pouca quantidade de monóxido
de carbono - a reação ainda está absorvendo calor.
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...............
280ºC - 500ºC A reação passa a liberar calor, gases inflamáveis e
partículas; há a carbonização dos materiais (o que também
liberará calor).
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...............
acima de 500ºC Na presença do carvão, os combustíveis sólidos são
decompostos, quimicamente, com maior velocidade.
4. COMBURENTE
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5. REAÇÃO EM CADEIA
A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das chamas atinge
o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e
queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante. (Fig.
1.17)
Fig. 1.17 - O calor age em um corpo, decompondo-o em partes cada vez menores.
6. FASES DO FOGO
Se o fogo ocorre em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que o fogo seja
descoberto no início e a situação resolvida. Mas se ocorrer quando a edificação estiver deserta e
fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes proporções. Essa situação pode ser
controlada com a aplicação dos procedimentos básicos de ventilação (vide capítulo 12).
O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de
desenvolvimento.
Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito
da convecção, isto é, o ar quente "sobe" e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas
aberturas nos pontos mais baixos do ambiente. (Fig. 1.19)
Fig. 1.19 - Na queima livre o fogo aumenta rapidamente, usando muito oxigênio, e eleva
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
a quantidade de calor.
"Flashover"
Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir o oxigênio, até atingir um ponto
onde o comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem
deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio).
O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente ocupado por
fumaça densa e os gases se expandem. Devido a pressão interna ser maior que a externa, os
gases saem por todas as fendas em forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os
pontos do ambiente. E esse calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos,
liberando, assim, vapores combustíveis. (Fig. 1.21)
Fig. 1.21 - A "queima lenta" identifica-se pela fumaça densa, pelo fogo reduzido a brasas
e pela redução da presença de oxigênio.
"Backdraft"
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A combustão é definida como oxidação, que é uma reação química na qual o oxigênio
combina-se com outros elementos.
O carbono é um elemento naturalmente abundante, presente, entre outros materiais, na
madeira. Quando a madeira queima, o carbono combina com o oxigênio para formar dióxido de
carbono (CO2), ou monóxido de carbono (CO). quando o oxigênio é encontrado em
quantidades menores, o carbono livre (C) é liberado, o que pode ser notado na cor preta da
fumaça.
Na fase de queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há
oxigênio suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as
partículas de carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da
combustão) estão prontas para incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for suficiente. Na
presença de oxigênio, esse ambiente explodirá. A essa explosão chamamos "Backdraft".
(Figs.1.22-A e 1.22-B)
Fig. 1.22-A - As condições do ambiente alertam para a iminência de um "backdraft".
• fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e saindo do ambiente
em forma de lufadas;
• pouco ruído;
• movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura é feita (em alguns
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
casos ouve-se o ar assoviando ao passar pelas frestas).
7. FORMAS DE COMBUSTÃO
É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela
ação de bactérias fermentam. A fermentação produz calor e libera gases que podem incendiar.
Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto
de ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20ºC), como o fósforo
branco. Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação
gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. Por exemplo, água +
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
sódio. (Figs. 1.25-A, 1.25-B e 1.25-C)
7.4. EXPLOSÃO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 1.27 - Retirada do material é um do métodos de extinção de incêndio.
8.2. RESFRIAMENTO
8.3. ABAFAMENTO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 1.29-C - Como resultado da falta do oxigênio, temos a extinção do fogo.
Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo
sobre a área das chamas, interrompendo assim a "reação em cadeia" (extinção química). Isso
ocorre porque o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação só
ocorre quando há chamas visíveis. (Fig. 1.30)
Fig. 1.30 - Quebra da reação em cadeia consiste em ligar, quimicamente, agentes
extintores aos radicais livres produzidos na combustão.
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a
situação em que se encontram. Essa classificação é feita para determinar o agente extintor
adequado para o tipo de incêndio específico. Entendemos como agentes extintores todas as
substâncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos essenciais do fogo, cessando a
combustão.
Essa classificação foi elaborada pela NFPA (National Fire Protection Assiciation -
Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA), adotada pela IFSTA (International Fire
Service Training Association - Associação Internacional para o Treinamento de
Bombeiros/EUA) e também adotada pela Sprinklers.
Incêndio envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano borracha
(Fig. 1.31)
Fig. 1.31 - O incêndio classe "A", como o da madeira, atinge em superfície e
profundidade.
É caracterizada pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos e por queimar se dá na
superfície e em profundidade.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Método de extinção
Necessita de resfriamento para a sua extinção, isto é, do uso de água ou soluções que a
contenham em grande porcentagem, a fim de reduzir a temperatura do material em combustão,
abaixo do seu ponto de ignição. (Fig. 1.32)
Fig. 1.32 - Para extinguir o incêndio classe "A", resfriar é a melhor opção.
O emprego de pós químicos irá apenas retardar a combustão, não agindo na queima em
profundidade.
É caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta e não em
profundidade.
Método de extinção
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Método de extinção
Para a sua extinção necessita de agente extintor que não conduza a corrente elétrica e
utilize o princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia. (Fig. 1.36)
Fig. 1.36 - Lançar um agente que não conduza eletricidade num incêndio classe "C"(por
exemplo, CO2).
Esta classe de incêndio pode ser mudada para "A", se for interrompido o fluxo elétrico.
Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisores, por exemplo) que acumulam energia
elétrica, pois estes continuam energizados mesmo após a interrupção da corrente elétrica.
Método de extinção
Para a sua extinção, necessita de agentes extintores especiais que se fundam em contato
com o metal combustível, formando uma espécie de capa que o isola do ar atmosférico,
interrompendo a combustão pelo princípio de abafamento.
Os pós especiais são compostos dos seguintes materiais: cloreto de sódio, cloreto de
bário, monofosfato de amônia, grafite seco (Fig. 1.38)
Fig. 1.38 - A utilização de pós químicos especiais é eficaz no combate ao fogo classe
"D".
Capítulo 2
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
EXTINTORES PORTÁTEIS
OBJETIVOS
1. INTRODUÇÃO
Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor para o
combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis ou sobre rodas,
conforme o tamanho e a operação. Os extintores portáteis também são conhecidos
simplesmente por extintores e os extintores sobre rodas como carretas.
Classificam-se conforme a classe de incêndio a que se destinam: "A", "B", "C" e "D".
para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Os extintores devem conter uma carga mínima de agente extintor em seu interior,
chamada de UNIDADE EXTINTORA e que é especificada em norma.
2. AGENTES EXTINTORES
2.1. ÁGUA
2.2. ESPUMA
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois constitui-se de um
aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) envoltas por película de água. Mais leve que todos os
líquidos inflamáveis, é utilizada para extinguir incêndios por abafamento e, por conter água,
possui uma ação secundária de resfriamento.
Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2, é um gás mais denso (mais
pesado) que o ar, sem cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas
asfixiante). Age principalmente por abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento.
Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor apropriado para combater
incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis (centrais telefônicas e
computadores).
São compostos químicos formados por elementos halogêneos (flúor, cloro, bromo e
iodo).
Atuam na quebra de reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, de
forma secundária, por abafamento. São ideais para o combate a incêndios em equipamentos
elétricos e eletrônicos sensíveis, sendo mais eficiente que o CO2.
Assim como o CO2, os compostos halogenados se dissipam com facilidade em locais
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
abertos, perdendo seu poder de extinção.
3. EXTINTORES PORTÁTEIS
• Extintor de água:
Pressurizado.
Pressão injetada.
Manual, tipo costal ou cisterna.
• Extintor de espuma:
Mecânica (pressurizado).
Mecânica (pressão injetada).
Química.
• Extintor de halogenado
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 10 litros
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Unidade extintora 10 litros
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Aplicação incêndio Classe "A"
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Alcance do jato 10 metros
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Tempo de descarga 60 segundos
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Funcionamento: a pressão interna expele água quando o gatilho é acionado.
Método de operação
(Figs. 2.4, 2.5, 2.6 e 2.7)
Capacidade 10 a 20 litros
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Aplicação incêndio Classe "A"
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Tempo de descarga e alcance conforme o operador
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
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Funcionamento: a pressão é produzida manualmente.
TIPO COSTAL
Método de operação
(Figs. 2.9, 2.10 e 2.11)
TIPO CISTERNA
É acionado com aparelho apoiado no solo. O operador firma com os pés o extintor: com
uma das mãos faz funcionar a bomba e com a outra dirige o jato d'água. É um extintor obsoleto,
pois há outros tipos mais eficientes e práticos. (Fig. 2.12)
Método de operação
(Figs. 2.13, 2.14 e 2.15)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 9 litros (mistura de água e LGE)
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Unidade extintora 9 litros
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Aplicação incêndios classes "A" e "B"
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Alcance médio do jato 5 metros
...............................................................................................................................
Tempo de descarga 60 segundos
...............................................................................................................................
Funcionamento: A mistura de água e LGE já está sob pressão, sendo expelida quando
acionado o gatilho;
ao passar pelo esguicho lançador, ocorrem o arrastamento do ar atmosférico e o
batimento, formando a espuma.
Método de operação
(Figs. 2.17, 2.18, 2.19 e 2.20)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
3.4. EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA (PRESSÃO INJETADA) ( Fig.2.21)
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 9 litros (mistura de água e LGE)
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Unidade extintora 9 litros
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Aplicação incêndios classes "A" e "B"
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Alcance médio do jato 5 metros
...............................................................................................................................
Tempo de descarga 60 segundos
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Funcionamento: Há um cilindro de gás comprimido acoplado ao corpo do extintor que
sendo aberto, pressuriza-o, expelindo a mistura de água e LGE quando acionado o
gatilho. A mistura, passando pelo esguicho lançador, se combina com o ar atmosférico e
sofre o batimento, formando a espuma.
Método de operação
(Fig. 2.22, 2.23, 2.24 e 2.25)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 10 litros (total dos reagentes)
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Unidade extintora 10 litros
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Aplicação incêndios classes "A" e "B"
...............................................................................................................................
Alcance médio do jato 7,5 metros
...............................................................................................................................
Tempo de descarga 60 segundos
...............................................................................................................................
Funcionamento: Com a inversão do extintor colocando-o de "cabeça para baixo", os
reagentes, soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio, entram em
contato e reagem quimicamente, formando a espuma. Depois de iniciado o
funcionamento não é possível interromper.
Método de operação
(Figs. 2.27, 2.28 e 2.29)
Fig. 2.27 - Levar o extintor (sem movimentos bruscos) ao local do fogo e posicionar-se
em segurança.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg
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Unidade extintora 4Kg
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Aplicação incêndios classes "B" e "C". Classe
"D", utilizando pó químico seco
especial.
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Alcance médio do jato 5 metros
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Tempo de descarga 15 segundos para extintor de 4 Kg,
25 segundos para extintor de 12 Kg.
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Funcionamento: O pó sob pressão é expelido quando o gatilho é acionado.
Método de operação
( Figs.2.31, 2.32, e 2.33)
Fig. 2.33 - Dirigir o jato para a base do fogo, com movimento lateral para a esquerda e
direita.
CARACTERÍSTICAS
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Capacidade 4, 6, 8 e 12 Kg
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Unidade extintora 04 Kg
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Aplicação incêndios classes "B" e "C". Classe
"D", utilizando PQS especial
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Alcance médio do jato 5 metros
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Tempo de descarga 15 segundos, para o extintor de 4 Kg,
e 25 segundos para o extintor de 12 Kg.
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Funcionamento: Junto ao corpo do extintor há um cilindro de gás comprimido acoplado.
Este, ao ser aberto, pressuriza o extintor, expelindo o pó quando o gatilho é acionado.
Método de operação
( Figs. 2.35, 2.36, 2.37 e 2.38)
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 2, 4 e 6 Kg
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Unidade extintora 6 Kg
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
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Aplicação incêndios classes "B" e "C".
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Alcance médio do jato 2,5 metros
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Tempo de descarga 25 segundos
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Funcionamento: O gás armazenado sob pressão e liberado quando acionado o gatilho.
Método de operação
( Figs. 2.40, 2.41, 2.42 e 2.43)
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 1, 2, 4 e 6 Kg
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Unidade extintora 2 Kg
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Aplicação incêndios classes "B" e "C".
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Alcance médio do jato 3,5 metros
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Tempo de descarga 15 segundos, para o extintor de 2 Kg.
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Funcionamento: O gás sob pressão é liberado quando acionado o gatilho. O halon é
pressurizado pela ação de outro gás (expelente), geralmente nitrogênio.
Método de operação
( Figs. 2.45, 2.46, 2.47 e 2.48)
Fig. 2.48 - Dirigir o jato para a base do fogo, com movimentos laterais.
São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas para
serem conduzidos com facilidade.
As carretas recebem o nome do agente extintor que transportam, como os extintores
portáteis.
Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga, a operação destes aparelhos obriga o
emprego de pelo menos dois operadores.
As carretas podem ser:
• De água;
• De espuma mecânica;
• De espuma química;
• De pó químico seco;
• De gás carbônico.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 74 a 150 litros
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Aplicação incêndio classe "A"
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Alcance médio do jato 13 metros
...............................................................................................................................
Tempo de descarga para 75 litros 180 segundos
...............................................................................................................................
Funcionamento: Acoplado ao corpo da carreta há um cilindro de gás comprimido que,
quando aberto, pressuriza-a, expelindo a água após acionado o gatilho.
Método de operação
( Figs. 2.50, 2.51, 2.52 e 2.53)
Fig. 2.50 - Conduzir a carreta, equilibrando o peso sobre o eixo das rodas.
CARACTERÍSTICAS
_______________________________________________________
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Capacidade 75 a 150 litros (mistura de água e
LGE)
...............................................................................................................................
Aplicação incêndios classes "A" e "B"
...............................................................................................................................
Alcance médio do jato 7,5 metros
...............................................................................................................................
Tempo de descarga para 75 litros 180 segundos
...............................................................................................................................
Funcionamento: Há um cilindro de gás comprimido acoplado ao corpo do extintor que,
sendo aberto, pressuriza-o, expelindo a mistura de água e LGE, quando acionado o
gatilho. No esguicho lançador é adicionado ar à pré mistura, ocorrendo batimento,
formando espuma.
Método de operação
(Figs. 2.55, 2.56, 2.57 e 2.58)
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 75 a 150 litros (total dos reagentes)
...............................................................................................................................
Aplicação incêndios classes "A" e "B"
...............................................................................................................................
_______________________________________________________
35
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Alcance médio do jato 13 metros
...............................................................................................................................
Tempo de descarga para 75 litros 120 segundos
...............................................................................................................................
Funcionamento: Com o tombamento do aparelho e a abertura do registro a solução dos
reagentes (sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio) entram em contato e reagem
formando a espuma química. Depois de iniciado o funcionamento, não é possível
interromper a descarga.
Método de operação
(Figs. 2.60, 2.61, 2.62 e 2.63)
Fig. 2.62 - Inclinar o aparelho até o chão e abrir o registro da câmara interna.
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 20 Kg a 100 Kg
...............................................................................................................................
Aplicação incêndios classes "B" e "C". Classe
"D", utilizando PQS especial.
...............................................................................................................................
Tempo de descarga para 20 Kg 120 segundos
...............................................................................................................................
Funcionamento: Junto ao corpo do extintor há um cilindro de gás comprimido que, ao
_______________________________________________________
36
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
ser aberto, pressuriza-o expelindo o pó quando o gatilho é acionado.
Método de operação
( Figs.2.65, 2.66, 2.67 e 2.68)
Fig. 2.65 - Transportar a carreta em segurança.
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 25 Kg a 50 Kg
...............................................................................................................................
Aplicação incêndios classes "B" e "C".
...............................................................................................................................
Alcance médio do jato 3 metros
...............................................................................................................................
Tempo de descarga para 30 Kg 60 segundos
...............................................................................................................................
Funcionamento: O gás carbônico, sob pressão é liberado quando acionado o gatilho.
Método de operação
( Figs. 2.70, 2.71, 2.72 e 2.73)
_______________________________________________________
37
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 2.71 - Retirar a mangueira do suporte.
5. EXTINTORES OBSOLETOS
• O agente é corrosivo.
• Esses extintores são potencialmente perigosos para o operador durante o uso. Se a descarga
do jato for bloqueada, a pressão interna do cilindro poderá exceder 20 Kg/cm² (300 lb/pol²)
e, eventualmente, explodir, causando sérias lesões ou morte ao operador.
6. MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO
A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com a
correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. É realizada
através de inspeções, onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de
identificação, lacre e selo da ABNT, peso, danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira,
peças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.
INSPEÇÕES
_______________________________________________________
38
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.
_______________________________________________________
39
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Classe "C" Não eficiente* eficiente eficiente Não
Não
Unidade
Extintora 10 litros 4Kg 6Kg 2Kg*** 10 litros
9 litros
Alcance
médio do jato10m 5m 2,5m 3,5m 7,5m 5m
Tempo de
Descarga 60seg 15seg 25seg 15seg 60seg 60seg
Método de
Extinção Resfriamento Quebra da Abafamento Químico Abafamento
Abafamento
reação em (resfriamento) (abafamento) (resfriamento)
(resfria-
cadeia mento)
(abafamento)
Observações: *Em equipamentos cujos componentes são sensíveis, o uso de PQS não é
indicado.
**Para incêndio classe "D", usar somente PQS especial.
***Unidade extintora especificada pelo CB.
Capítulo 3
_______________________________________________________
40
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
OBJETIVOS
1. INTRODUÇÃO
_______________________________________________________
41
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Cabo Guia - cabo utilizado para direcionar os içamentos ou decidas de vítimas, objetos ou
equipamentos.
• Carga de Ruptura - exprime a tensão mínima necessária para romper-se em cabo.
• Carga de Segurança de Trabalho - corresponde a 20% da carga de ruptura. É o esforço a
que um cabo poderá ser submetido, considerando-se o coeficiente de segurança 5. Carga
máxima a que se deve submeter um cabo.
• Cabo de Sustentação - cabo principal onde se realiza um trabalho.
• Coçado - cabo ferido, puído em conseqüência de atrito.
• Laçada - forma pela qual se prende temporariamente um cabo, podendo ser desfeita
facilmente.
• Nó - entrelaçamento das partes de um ou mais cabos, formando uma massa uniforme.
• Peso - relação entre a quantidade de quilos (Kg) por metro (m) de um cabo.
• Tesar - esticar um cabo; ato de aplicar tensão ao cabo.
3. PARTES DE UM CABO
_______________________________________________________
42
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
características técnicas do material, materiais constitutivos, tipos de cabos, etc.
Geralmente os cabos de fibra natural levam o nome da planta da qual a fibra foi obtida.
Com o objetivo de aumentar a durabilidade do cabo, preservando-o contra o calor e a umidade,
os mesmos são impregnados com óleo durante sua manufatura, o que lhes confere um aumento
de 10% no peso.
Com matérias plásticas fabricadas pelo homem, e que possam ser esticadas em forma de
fios, produzem-se cabos de excelente qualidade. As fibras sintéticas mais utilizadas na
confecção de cabos são os polímeros derivados de petróleo, como por exemplo o poliéster, a
poliamida, o polietileno e o polipropileno. (Fig. 3.3)
Fig. 3.3 - Cabo de fibra sintética.
Os cabos de fibra sintética, quando comparados aos cabos de fibra natural de mesmo
diâmetro, apresentam maior resistência, maior elasticidade e duram mais.
_______________________________________________________
43
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Os cabos trançados, por apresentarem coeficiente variável de elasticidade, são, na maioria
das vezes, dinâmicos. (Fig. 3.5)
Fig. 3.5 - Cabo trançado.
Sua principal função é servir como base ou parte de outros nós. Pode aparecer
espontaneamente, caso o cabo seja mal acondicionado. Neste caso, convém desfazê-la de
imediato, pois, depois de apertada, é difícil de ser desfeita. (Figs. 3.6 e 3.7)
5.2. Nó Direito
Método empregado para unir dois cabos de mesmo diâmetro pelo chicote. Desfaz-se por
si mesmo se os cabos apresentarem diâmetros diferentes. Para sua realização, entrelaçam-se os
chicotes dos cabos a serem emendados e, ato contínuo, entrelaçam-se os chicotes novamente, de
forma que os mesmos saiam em sentidos opostos, perfazendo um nó perfeitamente simétrico.
(Figs. 3.8, 3.9 e 3.10)
É utilizado para unir dois cabos de diâmetros diferentes pelos chicotes. Conforme pode-
se observar nas figuras 3.11, 3.12, 3.13, faz-se uma alça com o cabo de maior diâmetro.
Fig. 3.11
_______________________________________________________
44
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 3.12
Fig. 3.13
Fig. 3.14-A
Fig. 3.14-B
São dois cortes dados um contra o outro, de modo que o chicote e o vivo saiam por entre
eles, em sentido contrário. Trata-se de um nó de fixação ou ancoragem, de fácil confecção e alta
confiabilidade. De acordo com a situação específica, pode-se ter a necessidade de realizá-lo pelo
seio ou pelo chicote.
Fig. 3.15
Fig. 3.16
Fig. 3.17
Fig. 3.18
Fig. 3.19
Fig. 3.20
Fig. 3.21
Fig. 3.22
Nó utilizado para formar uma alça fixa e que, portanto, não corre como um laço. Após
_______________________________________________________
45
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
predeterminar o tamanho da alça, faz-se um seio no cabo. Entra-se com o chicote por dentro do
seio formado anteriormente em situação contrária à passagem do chicote pelo seio (se o seio
tiver o chicote por cima, entra-se por baixo; se o seio formado tiver o chicote saindo por baixo,
entra-se por cima). Feito isso, dá-se uma volta por trás do vivo do cabo, entrando-se novamente
no seio formado e ajustando-se o nó. (Figs. 3.23 a 3.25)
Fig. 3.23
Fig. 3.24
Fig. 3.25
Fig. 3.26
Fig. 3.27
Fig. 3.28
Fig. 3.29
Fig. 3.30
Fig. 3.31
6. APLICAÇÕES PRÁTICAS
_______________________________________________________
46
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Deve-se realizar uma volta do fiel no croque e, partindo para a extremidade metálica,
fazer cotes em torno do equipamento. (Figs. 3.32 e 3.33)
Fig. 3.32
Fig. 3.33
Fixa-se o corpo do machado com uma volta do fiel e, em seguida, dá-se um cote na
extremidade do cabo do equipamento. (Fig. 3.34)
Fig. 3.34
Realiza-se um lais de guia com uma alça suficientemente grande para envolver os banzos
da escada. Coloca-se a alça formada entre o 3º e 4º degraus da escada, lançando-a conforme
demonstrado nas figuras 3.35 à 3.39.
Fig. 3.35
Fig. 3.36
Fig. 3.37
Fig. 3.38
Fig. 3.39
Fig. 3.40
Fig. 3.41
_______________________________________________________
47
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
6.5. Içamento de Mangueira Pressurizada
Faz-se uma volta do fiel envolvendo a mangueira pressurizada antes da conexão com o
esguicho. Finaliza-se a fixação com um cote na extremidade do esguicho. (Fig. 3.42)
Fig. 3.42
Aplica-se uma volta do fiel, envolvendo-se o corpo do extintor, e finaliza-se com um cote
junto à válvula do mesmo. (Fig. 3.43)
Fig. 3.43
7. ACONDICIONAMENTO DE CABOS
Fig. 3.46
Fig. 3.47
_______________________________________________________
48
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 3.48
Fig. 3.49
Fig. 3.50
Fig. 3.51
Fig. 3.52
Uma outra maneira de se acondicionar cabos é em sacolas de lona (ou bolsas). Este
método apresenta-se extremamente prático, tanto no momento de acondicionamento, como
também durante o seu emprego. O único inconveniente deste método é o fato de inexistir
circulação de ar no interior de sacolas de lona. Caso o cabo se molhe, e permaneça
acondicionado na sacola, será rapidamente danificado.
Por outro lado, este método assegura que o cabo permanecerá livre de cocas e outras
torções, as quais prejudicam o desenvolvimento das atividades dos Brigadistas de Incêndio, e
que será sacado de maneira ordenada, devendo, para tanto, ter um de seus chicotes fixado no
fundo da bolsa.
As dimensões da bolsa devem ser compatíveis com o volume dos cabos a serem
acondicionados. (Fig. 3.53).
Fig. 3.53
_______________________________________________________
49
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Nenhum nó, volta ou laçada, pode ser tão resistente quando o próprio cabo, pois no vivo do cabo
o esforço é distribuído uniformemente pelos cordões e, no ponto da amarração, há dobras, mais
ou menos acentuadas, e distorções que ocasionam sobrecargas de esforço.
Tabela 3.1 - Comparação da Carga de Ruptura de cabos de mesmo diâmetro e feitos com
matéria-prima distinta.
A resistência aproximada de alguns tipos de amarrações em relação à porcentagem da
resistência do próprio cabo, é dada na tabela 3.2. As porcentagens foram obtidas de experiências
feitas com cabos novos.
Cabe salientar que os valores adotados para estas situações não são somados quando
determinada Carga de Segurança de Trabalho (CST). Adota-se, sempre, somente o maior
esforço na redução para determinação da CST.
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50
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
VOLTA OU NÓ RESISTÊNCIA
Meia Volta 45%
Nó Direito 45%
Nó de Escota 55%
Volta do Fiel 60%
Lais de Guia 60%
9. INSPEÇÃO DE CABOS
A fim de manter um cabo em condições de uso, faz-se necessário que os cabos sejam
criteriosamente inspecionados antes, durante e após sua utilização, mesmo porque de sua
integridade vai depender a segurança dos envolvidos (agentes e vítimas) e o sucesso ou
insucesso da missão.
A inspeção deve ser levada a efeito como se fosse uma leitura em toda a extensão do
cabo, objetivando verificar a presença de cortes, abrasões, nódoas e quaisquer outras
irregularidades.
Cabos não aprovados durante as inspeções devem ser inutilizados, pois o seu
aproveitamento poderia vir a colocar em risco a integridade física da equipe de salvamento e
também de outros envolvidos.
Ao se examinar o aspecto externo de um cabo, deve-se observar a existência de sortes,
fibras rompidas, ataque por produtos químicos, decomposição, desgaste anormal, etc.
Ao se realizar um exame interno do cabo, deve-se atentar para rompimento de cordões,
decomposição de fibras, nódoas, ação de fungos (bolor), etc.
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51
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Não friccionar o cabo contra arestas vivas e superfícies abrasivas.
• Não submeter o cabo a tensões desnecessárias.
• Evitar o contato do cabo com areia, terra, graxas e óleos.
• Evitar arrastar o cabo sobre superfícies ásperas.
• Não ultrapassar a Carga de Segurança de Trabalho durante o tensionamento do cabo.
• Lavar o cabo após o uso, em caso de necessidade.
• Não guardar cabos úmidos. Caso necessário, secá-los na sombra, em local arejado.
Seria interessante que cada cabo possuísse uma ficha, onde deveriam ser lançadas as
descrições de todas as atividades que com ele foram praticadas, para que, após determinado
período, fosse descarregado, evitando, desta maneira, a ocorrência de eventuais acidentes.
Os cabos de fibra natural são susceptíveis à ação de microorganismos, umidade e a outros
fatores que acabam por deteriorá-los.
Os cabos de fibra sintética não são tão susceptíveis às ações acima mencionadas. No
entanto, também apresentam limitações, como, por exemplo, a não resistência a contato direto
com produtos químicos.
Capítulo 4
ENTRADAS FORÇADAS
OBJETIVOS
1. INTRODUÇÃO
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52
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
2. FECHADURA
Consiste de uma lingüeta dentro de uma caixa de metal, que é encaixada no batente da
porta. Neste, há um rebaixo onde a porta encosta. (Fig. 4.1)
Fig. 4.1 - Esquema da fechadura de porta.
Caso a fechadura seja tipo tambor não cilíndrico e esteja saliente, deve-se usar um
martelo e, com batidas sucessivas, forçá-lo a entrar, empurrando-o. A seguir, introduzindo-se
uma chave de fenda no vazio deixado pelo tambor, força-se a lingüeta para dentro da caixa da
fechadura. (Figs. 4.2-A, 4.2-B e 4.2-C)
Fig. 4.2-A - Bater com martelo no tambor não cilíndrico.
Fig. 4.2-B - Deslocar o tambor com uma ponteira ou punção, se necessário.
Fig. 4.2-C - Retirar o tambor totalmente. Em seguida, forçar a lingüeta da fechadura
com uma chave de fenda.
Usa-se uma chave de grifo ou alicate de pressão para girar o cilindro, quebrando, desta
forma, o parafuso de fixação do tambor e soltando o cilindro, e força-se a lingüeta para dentro
da fechadura. (Figs. 4.3-A e 4.3-B)
Fig. 4.3-A - Girar tambor com chave de grifo ou alicate de pressão.
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53
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 4.3-B - Continuar girando até soltar o tambor, repetindo o procedimento de uso da
chave de fenda, empurrando a lingüeta para dentro da caixa da fechadura.
Se o tambor não estiver saliente, coloca-se um punção no meio do tambor e, batendo com
um martelo, empurra-se o punção para que saia do lado interno. Com uma chave de fenda
introduzida no vazio deixado pelo tambor, força-se a lingüeta para dentro da fechadura. Usa-se
este processo para qualquer formato de tambor. (Figs. 4.4-A e 4.4-B)
Fig. 4.4-A - Bater com um punção o tambor de fechadura rente à porta.
Fig. 4.4-B - Soltar o tambor rente com um punção. Em seguida, forçar a lingüeta para
dentro da fechadura.
• O tambor sai com a maçaneta - neste caso, utilizando-se a chave de fenda, procede-se como
já descrito;
• O tambor permanece e a maçaneta sai - caso típico de "tambor saliente". (Fig. 4.5)
Fig. 4.5 - Utilizar pé-de-cabra para retirar fechadura embutida na maçaneta.
Cadeados e correntes podem ser cortados com o emprego do corta a frio, ou cunha
hidráulica de corte, tipo Lukas. (Figs. 4.6-A e 4.6-B)
Fig. 4.6-A - Mecanismo interno de funcionamento do cadeado.
Fig. 4.6-B - Cortar cadeado com corta frio.
3. PORTAS
Antes de forçar qualquer porta, o profissional deve sentir o calor usando o tato (mãos).
As portas podem estar aquecidas a grandes temperaturas, o que deve exigir todo cuidado para
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54
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
sua abertura, porque será possível encontrar situações em que pode ocorrer até mesmo uma
explosão (backdraft) devido às condições extremas do ambiente.
O profissional encarregado de abrir a porta deve conhecer várias condições, para não
incorrer no erro de uma abertura perigosa, tanto para o pessoal como para o controle do
incêndio. 9Figs. 4.7-A e 4.7-B)
Fig. 4.7-A - Antes de fazer uma abertura, observar as condições do ambiente...
Fig. 4.7-B - ... para não provocar uma explosão ambiental!
Podem ser com painéis de vidro, de sarrafos, maciças, ocas ou mistas. (Figs. 4.8-A, 4.8-
B, 4.8-C e 4.8-D)
Fig. 4.8-A - Geralmente, as portas são de madeira.
Fig. 4.8-B - Estabelecimentos comerciais são guarnecidos por portas de aço.
Fig. 4.8-C - A maioria dos edifícios tem uma porta de vidro na entrada.
Fig. 4.8-D - Portas de garagem são resistentes e pesadas.
Sabe-se que uma porta abre para dentro do ambiente pelo fato de não se ver suas
dobradiças, embora a parte conhecida como batedeira (parte do batente onde a porta encosta)
fique à mostra. Para verificar se existem trincos, deve-se forçar a porta de cima até embaixo, do
lado da fechadura. A porta apresentará resistência nos pontos em que se encontra presa ou
batente, ou seja, onde há trincos. (Figs. 4.9-A e 4.9-B)
Fig. 4.9-A - Para verificar a existência de trincos, forçar a porta acima e ...
Fig. 4.9-B - ...abaixo da fechadura.
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55
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
No caso de não existir batedeira (encosto), o encontro da porta com o batente estará à
mostra, bastando a utilização das alavancas para abrir a porta.
Portas duplas
São portas com duas folhas, geralmente uma delas fixada ao piso, na travessa do batente
ou em ambos, e a outra é amparada por ela.
Para abri-las, utiliza-se o mesmo processo usado em porta de uma folha, com a ressalva
de que, nas portas duplas, a alavanca será encaixada entre as duas folhas. (Fig. 4.13)
Fig. 4.13 - Alavanca entre as folhas de uma porta dupla.
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56
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
3.2. Portas de enrolar
São feitas de metal e são abertas empurrando-as de baixo para cima. Estas portas
geralmente têm dois tipos de trava: uma junto ao chão e outra nas laterais.
A trava junto ao chão pode ser eliminada de diferentes maneiras:
• Se for um cadeado que prende a porta à argola fixada ao chão e se ela estiver à mostra, será
cortada com o corta a frio.
• Se for uma trava tipo cilindro que prende a porta à argola e se estiver à mostra, bate-se com
um malho no lado oposto da entrada da chave na fechadura o que deslocará o cilindro,
destravando a porta.
• Se for um cadeado ou uma chave tipo cilindro que não está à mostra, libera-se a porta das
travas laterais e coloca-se uma alavanca grande, ou a cunha hidráulica, entre a porta e o piso,
próximo à fechadura. Força-se a porta para cima, o que fará com que a argola desprenda-se
do chão.
• Se houver dificuldade no desenvolvimento dos métodos anteriores, pode-se cortar a porta em
volta da trava com o moto abrasivo ou com o martelete pneumático. Após a abertura da
porta, retirar o pedaço que ficou no chão, para evitar acidentes. (Figs. 4.14-A e 4.14-B)
Fig. 4.14-A - Portas de aço podem ser abertas com malho...
Fig. 4.14-B - ... ou com um moto abrasivo.
• Existindo hastes horizontais, cortam-se suas pontas com o moto abrasivo, o mais próximo
dos trilhos quanto for possível. O profissional saberá onde estão as hastes, tomando por base
uma linha horizontal que parte da fechadura até o trilho. (Fig. 4.15)
Fig. 4.15 - Porta de aço vista de dentro do ambiente.
São constituídas de uma única placa com eixos horizontais nas suas laterais, que
possibilitam sua abertura em movimento circular para cima. Seu sistema de fechamento é na
parte inferior, junto ao solo, podendo haver travas nas laterais e até mesmo na parte superior,
dependendo da exigência do usuário. Para sua abertura, são utilizados os mesmos métodos
empregados na abertura das portas de enrolar, tomando-se o cuidado de forçar a porta no seu
sentido de abertura.
Todas as portas que abrem sobre a cabeça devem ser escoradas, após abertas. (Fig. 4.16)
Fig. 4.16 - Após abrir porta de garagem, deve-se mantê-la aberta com escora.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Se a dobradiça estiver à mostra, deve-se retirar o pino da mesma com uma talhadeira e
martelo, ou cortar a parte da dobradiça com o moto-abrasivo, e retirar a porta, tomando
cuidado para que não caia sobre o profissional. (Fig. 4.17)
Fig. 4.17 - Cortar as dobradiças da porta corta-fogo com o moto-abrasivo.
• Se a porta for de uma folha, a lingüeta poderá estar à mostra. Neste caso, pode-se forçá-la
para fora com uma alavanca colocada entre a porta e o batente, imediatamente acima ou
abaixo da fechadura, fazendo a lingüeta soltar do seu encaixe, ou ainda, com o moto-
abrasivo, cortar a lingüeta da fechadura. (Fig. 4.18)
Fig. 4.18 - Se as dobradiças da porta corta-fogo não estiverem à mostra, usar uma
alavanca.
• Se a porta for de duas folhas ou a lingüeta estiver escondida pela batedeira, pode-se com
moto-abrasivo, cortar partes desta betedeira, e, logo após, a lingüeta. (Fig. 4.19)
Fig. 4.19 - Para abrir portas corta-fogo de duas folhas, usar moto-abrasivo.
As portas de uma folha que abrem para fora do ambiente são tratadas de forma idêntica
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58
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
às portas corta-fogo. Quando abrem para dentro do ambiente têm à mostra a batedeira metálica
que deve ser cortada com o moto-abrasivo, bem como a lingüeta que aparece. (Fig. 4.20)
Fig. 4.20 - Cortar a betedeira e a lingüeta da porta metálica para abri-la.
As portas de duas folhas, podem abrir para dentro ou para fora do ambiente, sendo uma
destas folhas fixadas no piso e na travessa do batente e a outra amparada por esta, trancada por
um trinco horizontal. Com o moto-abrasivo corta-se a batedeira e o trinco, o qual será
localizado pela resistência oferecida. (Fig. 4.21)
Fig. 4.21 - Na porta metálica dupla, posicionar a ferramenta de corte no centro.
As portas de uma folha são difíceis de serem forçadas porque, em sua grande maioria,
seu sistema de fechamento está por dentro da edificação, protegido por uma aba de alvenaria
externa.
Nestes casos, deve-se que efetuar a abertura na chapa com moto-abrasivo.
As portas de duas folhas fechadas por corrente e cadeado podem ser abertas facilmente
com o corta a frio. (Fig. 4.22)
Fig. 4.22 - Se houver dificuldade na abertura de porta metálica, cortar a folha em volta
da fechadura.
4. PAINÉIS DE VIDRO
O profissional deve posicionar-se acima e ao lado do painel a ser quebrado, para não ser
atingido pelos cacos.
Deve utilizar uma ferramenta longa (machado, croque) para manter-se afastado e bater no
tampo de vidro, conservando suas mãos acima do ponto de impacto, utilizando a escada sempre
que necessário. (Fig. 4.23)
Fig. 4.23 - Posicionar-se acima e ao lado do vidro a ser quebrado, em segurança.
Utilizando a lâmina do machado, deve-se retirar os pedaços de vidro que ficarem nos
caixilhos da moldura, para que não venham a ferir os profissionais, nem tampouco danificar o
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
material (mangueira, por exemplo) que irá passar pela entrada. Após a operação, o profissional
deve remover os cacos para local apropriado. (Fig. 4.24)
Fig. 4.24 - Retirar os cacos de vidro do caixilho da moldura com o machado.
Quando necessário, o profissional deverá colocar fita adesiva no vidro, em toda sua área,
deixando as pontas da fita coladas em toda a volta da moldura. Ao ser quebrado o vidro, os
cacos não cairão, ficando coladas na fita, evitando acidentes. Para retirar os cacos, soltam-se as
pontas das fitas coladas na moldura, de cima para baixo. (Figs. 4.25-A e 4.25-B)
Fig. 4.25-A - Colocar fitas adesivas em vidros...
Fig. 4.25-B - ... quando a queda dos cacos for um risco para os transeuntes ou
profissionais.
Sempre que quebrar vidros, o profissional deverá usar o EPI necessário (viseira, luva,
capacete, capa e bota com a boca fechada, evitando, assim, a penetração de vidro em seu
interior).
O vidro temperado sofre um tratamento especial que o torna mais flexível e resistente ao
choque, à pressão, ao impacto e às variações de temperatura. Para quebrar um painel de vidro
temperado o profissional deve procurar pontos de fissuras para forçá-los. Estes pontos
localizam-se nas proximidades da fixação do painel à parede (dobradiças, pinos).
Com uma ferramenta longa (machado, croque) deve bater com as laterais ou com as
pontas como punção em um dos pontos de fissura, posicionando-se acima e ao lado do painel,
conservando as mãos acima do ponto de impacto.
Quando quebrado, este vidro fragmenta-se repentinamente em pedaços cúbicos pequenos.
Após a quebra, os cacos devem ser removidos para local apropriado.
Quando necessário, o profissional pode utilizar fita adesiva para impedir que os cacos
caiam. (Figs. 4.26-A e 4.26-B)
Fig. 4.26-A - O painel de vidro temperado funciona como parede e para quebrá-lo...
Fig. 4.26-B - ... usar uma ferramenta longa, atingindo pontos de fissura.
5. PORTAS DE VIDRO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
5.1. Portas de Vidro Comum
O painel de vidro estará circundado por uma moldura, na qual se encontram a fechadura
e as dobradiças.
Esta porta é semelhante à porta comum. O painel de vidro, porém, irá partir-se se sofrer
impacto, torção ou compressão. Por isso, os métodos que podem ser utilizados para abrir a
porta, sem quebrar o painel de vidro, são: forçar com chave de grifo o tambor da fechadura, se
este for cilíndrico e saliente, e retirar os pinos das dobradiças, se a porta abrir para fora do
ambiente e estas estiverem à mostra.
Se não for possível a utilização dos métodos anteriores, o profissional deverá utilizar o
método de quebrar painéis de vidro, usando sempre EPI. (Fig. 4.27)
Fig. 4.27 - Quando a porta for de vidro comum, acertar o centro com força.
Estas portas têm custo bem superior ao das portas comuns e, assim, sempre que possível,
deve-se utilizar outros métodos de entrada forçada, antes de quebrar o painel.
Primeiramente, verificar se é possível forçar com chave de grifo, o tambor da fechadura,
se este for cilíndrico e saliente. Se não for possível, pode-se cortar a lingüeta da fechadura, que
neste tipo de porta geralmente está à mostra, com o moto-abrasivo ou arco de serra.
Para quebrar o painel de uma porta de vidro temperado, utiliza-se a mesma técnica
empregada para quebrar painel de vidro comum, batendo, porém com a ferramenta escolhida
próximo às dobradiças ou fechaduras, e utilizando o EPI necessário. (Fig. 4.28)
Fig. 4.28 - Golpear as portas de vidro temperado próximo às dobradiças e fechadura.
6. VITRÔS E JANELAS
Janelas e vitrôs são colocados nas aberturas das paredes para permitir que o ar e a
luminosidade entrem.
Neste manual não será feita distinção entre vitrô e janela. Ambos receberão a
denominação de janela.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Para realizar a entrada forçada em janelas com painéis de vidro, deve-se forçar
levemente, com uma alavanca, a moldura, no sentido de sua abertura. Se não houver êxito, o
vidro deve ser quebrado como descrito em técnica de forçar painéis de vidro, pois a reposição do
vidro é mais fácil que a do caixilho. Em seguida, liberam-se os trincos ou trancas que seguram a
moldura e abre-se a janela, se necessário. (Fig. 4.29)
Fig. 4.29 - Janela de vidro temperado sendo quebrada.
Janelas de madeira ou metálicas que têm deslocamento horizontal ou vertical devem ser
formadas com uma alavanca pequena, introduzida entre a folha e o batente, ou entre as folhas, se
for o caso. Se o trinco não ceder, ficará à mostra pelo esforço sofrido ou pela deformação do
caixilho. Caso não se consiga liberar o trinco com as mãos ou com chave de fenda, deve-se
romper o mesmo com pé-de-cabra, alavanca ou outra ferramenta apropriada a abrir a janela.
(Fig. 4.30)
Fig. 4.30 - Após fazer a abertura , o profissional alcança o trinco com a mão.
Janelas de duas folhas de madeira ou de metal de abertura circular horizontal podem ter a
dobradiça à mostra.
Retirando-se os pinos da dobradiça, as folhas sairão. Se as dobradiças não estiverem à
mostra, deve-se introduzir duas alavancas entre as folhas, uma abaixo e outra acima, e forçá-las
no sentido da batedeira. Isso ficará com que a folha sem o trinco se solte. (Fig. 4.31)
Fig. 4.31 - Forçando-se a abertura pelo centro, o trinco solta e a janela abre.
6.4. Grades
7. PAREDES
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
São obras de alvenaria ou outro material que vedam externamente as edificações ou as
dividem, internamente, em compartimentos.
PAREDE ESTRUTURAL
• É aquela que faz parte da estrutura da edificação, sendo responsável por sua estabilidade. Na
medida do possível, não se deve efetuar a entrada forçada por paredes estruturais.
PAREDE DE VEDAÇÃO
• Normalmente de tijolos ou blocos, serve para vedar e compartimentar o ambiente, não
fazendo parte da estrutura da edificação.
• Em meio às paredes de vedação, existem colunas e vigas de sustentação, as quais não devem
ser forçadas.
8. PISOS
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 4.34 - O arrombamento de piso de concreto é feito com picareta, martelete, malho,
talhadeira ou alavanca.
9. TELHADOS
• O tipo de telha - as mais comuns são de barro cozido e de fibrocimento (as quais são
maiores, mais pesadas e fixadas às travessas do telhado por parafuso ou pregos).
• O superaquecimento da telha - isto indicará que sob ela existe grande quantidade de calor e,
se for removida, chamas e gases sairão pela abertura.
• Que existe sob as telhas - a existência de laje e outros obstáculos pode tornar inviável a
entrada. (Fig. 4.36)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 4.36 - Verificar o que há entre o telhado e o forro antes de forçar entrada.
Para andar no telhado, o profissional deve pisar sobre os degraus da escada de gancho,
colocada sobre os degraus da escada de gancho, colocada sobre o telhado. Isto dará uma melhor
distribuição de peso, evitando que o bombeiro quebre o telhado e caia dentro do ambiente. (Fig.
4.37)
Fig. 4.37 - Andar sobre a escada de gancho quando estiver sobre telhado.
Para retirar uma telha de barro cozido, deve-se levantar a camada de telhas que está sobre
ela e puxá-la lateralmente. (Fig. 4.38)
Fig. 4.38 - Levantar a camada anterior e puxar as telhas lateralmente.
As telhas também podem ser quebradas ou cortadas utilizando-se, para isto, machado,
moto-abrasivo ou outra ferramenta.
Para descer ao ambiente, o profissional deve utilizar escada de gancho, a qual ficará no
local até que o profissional providencie outra via de fuga do ambiente. (Fig. 4.40)
Fig. 4.40 - A escada de gancho serve como meio de fuga.
10. FORROS
Os forros podem ser feitos de sarrafo, gesso, cerâmica, painéis de metal ou aglomerados.
Para retirá-los, o profissional deve puxá-los para baixo com uma alavanca ou o croque,
forçando depois os sarrafos que lhes dão sustentação. (Fig. 4.41)
Fig. 4.41 - Retirar o ferro, puxando-o com croque. Posicionar-se em segurança.
11. DIVISÓRIA
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
12. CERCAS
• Urgência do serviço;
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Facilidade na operação e na recuperação do local depois dos trabalhos. (Fig. 4.44)
Fig. 4.44 - Nas situações em que se necessita transpor cercas, pode-se usar escadas, cabo-
da-vida com mosquetão e a carroceria da viatura.
Os portões destas cercas são normalmente trancados com correntes e cadeados, que
podem ser cortados com o corta a frio.
Quando as grades forem fixadas às colunas por parafusos, deve-se utilizar chave de fenda
e/ou chave inglesa para retirá-los, soltando toda a grade. Se as grades forem soldadas nas
colunas, utiliza-se moto-abrasivo ou cunha hidráulica para afastá-las, de preferência próximo às
colunas, onde há menor vibração e a eficiência no corte é maior. (Fig. 4.46)
Fig. 4.46 - Corte de grades de metal com moto-abrasivo.
Se o muro for alto e suficientemente seguro para fazer uma abertura que permita a
entrada do homem e do material, aplica-se o mesmo método de arrombamento da parede de
alvenaria. Se não houver segurança suficiente, é aconselhável retirar todos os tijolos entre duas
colunas. (Fig. 4.47)
Fig. 4.47 - Retirar os tijolos de parede arrombada, quando houver risco de queda destes.
O arame ou tela deve ser cortado com alicate ou corta a frio próximo de uma das estacas
ou colunas que o sustenta. O profissional deve permanecer do lado oposto da tensão, para que
não venha a ser ferido pelo deslocamento do arame ou tela.
Após o corte dos fios da cerca, deve-se puxá-los para junto da estaca que os mantêm
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
presos, para evitar acidentes ou danos materiais. (Fig. 4.48)
Fig. 4.48 - Telas podem ser abertas com o corta a frio.
13. FERRAMENTAS
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
26. Extensão do croque.
13.1. Alavanca
Barra de ferro rígida que se emprega para mover ou levantar objetos pesados. Apresenta-
se em diversos tamanhos ou tipos.
Alavanca de unha
Alavanca utilizadas nas operações que necessitam muito esforço. Possui uma
extremidade achatada e curva que possibilita o levantamento de grandes pesos, e um corte em
"V" para a retirada de pregos.
Alavanca pé-de-cabra
Também denomina-se alavanca em "S". possui extremidades curvas, sendo uma afilada e
outra achatada.
Alavanca multiuso
Possui uma extremidade afilada e chata formando uma lâmina, em cuja lateral estende-se
um punção, em cujo topo há uma superfície chata. Na outra extremidade há uma unha afilada
com entalhe em "V".
13.2. Alicate
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Alicate de pressão
Ferramenta constituída de uma armação metálica de formato curvo que sustenta uma
serra laminar. Destina-se a efetuar cortes de metais.
Substitui, em certos casos, as chaves de boca fixa. É utilizada para apertar ou desapertar
parafusos e porcas com cabeças de tamanhos diferentes, pois sua boca é regulável.
13.7. Corta-a-frio
13.8. Croque
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Equipamento composto por duas sapatas expansíveis, formando uma cunha, que abre e
fecha hidraulicamente. Presta-se a afastar certos obstáculos.
13.10. Eletrocorte
13.11. Machado
13.12. Malho
Ferramenta que serve para cortar ou perfurar metais e cortar, perfurar ou triturar
alvenaria.
13.14. Martelo
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
13.16. Moto-abrasivo
Aparelho com motor que, mediante fricção, produz cortes em materiais metálicos e em
alvenarias.
13.17. Oxicorte
13.18. Picareta
Ferramenta de aço com duas pontas, sendo uma pontiaguda e a outra achatada. É
adaptada a um cabo de madeira e empregada nos serviços de escavações, demolições e na
abertura de passagem por obstáculo de alvenaria.
13.19. Punção
13.20. Talhadeira
Ferramenta de ferro ou aço, com ponta achatada, destinada a cortar alvenaria, com uso de
martelo.
14. CUIDADOS
Alguns cuidados básicos devem ser tomados ao efetuar uma entrada forçada:
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Escorar todas as "portas que abrem acima da cabeça", bem como as portas corta-fogo, após a
abertura;
• Utilizar o EPI completo;
• Manter pessoas afastadas durante a operação;
• Desligar a chave elétrica quando houver fiação no obstáculo;
• Lembrar que uma abertura grande normalmente é mais eficaz e mais segura que várias
pequenas;
• Verificar a existência de animais de guarda no interior do imóvel e tomar as precauções
devidas;
• Não deixar pontas ou obstáculos que causem ferimentos.
Capítulo 5
MANGUEIRA DE INCÊNDIO
OBJETIVOS
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
efetuar limpeza, inspeção e verificação de avarias em mangueiras, esguichos e
acessórios;
1. INTRODUÇÃO
A Sprinkadota como padrão as juntas de união de engate rápido tipo storz. (Fig. 5.1)
Fig. 5.1 - Juntas de união tipo storz.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Linha de mangueira é conjunto de mangueiras acopladas, formando um sistema para
conduzir a água.
2. CLASSIFICAÇÃO DE MANGUEIRAS
As mangueiras podem ser de fibras naturais ou fibras sintéticas. As fibras naturais são
oriundas de vegetais. As sintéticas são fabricadas na indústria, a partir de substâncias químicas.
As fibras sintéticas apresentam diversas vantagens sobre as naturais, tais como: peso
reduzido, maior resistência à pressão, ausência de fungos, manutenção mais fácil, baixa absorção
de água, etc. Pelos motivos acima, são normalmente utilizadas pela Sprinklers.
As mangueiras do tipo lona dupla são constituídas de um tubo de borracha envolvido por
duas camadas têxteis sobrepostas. (Fig. 5.4)
Fig. 5.4 - Mangueira do tipo lona dupla.
As mangueiras do tipo lona revestida por material sintético são constituídas de um tubo
de borracha, envolvido por uma ou duas camadas têxteis revestidas externamente por material
sintético. Esse tipo de material permite à mangueira ter maior resistência aos efeitos destrutivos
de ácidos, graxas, abrasivos e outros agentes agressores. (Fig. 5.5)
Fig. 5.5 - Mangueira do tipo lona revestida.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
3. CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO
• Os lances acondicionados por muito tempo, (mais de 3 meses), sem manuseio, em veículos,
abrigos de hidrantes ou prateleiras, devem ser substituídos ou novamente acondicionados, de
modo a evitar a formação de vincos nos pontos de dobra (que diminuem sensivelmente a
resistência das mangueiras).
• Deve-se testar as juntas de engate rápido antes da distribuição das mangueiras para o uso
operacional, através de acoplamento com outras juntas.
• Lembrar que as mangueiras foram submetidas a todos os testes necessários para seu uso
seguro, quando do recebimento, após a compra.
• As mangueiras de incêndio não devem ser arrastadas sobre superfícies ásperas: entulhos,
quinas de paredes, bordas de janelas, telhado ou muros, principalmente quando cheias de
água, pois o atrito ocasiona maior desgaste e cortes da lona na mangueira.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Não devem ser colocadas em contato com superfícies excessivamente aquecidas, pois, com o
calor, as fibras derretem e a mangueira poderá romper-se.
• Não devem entrar em contato com substâncias que possam atacar o duto da mangueira, tais
como derivados de petróleo, ácidos, etc. (Fig. 5.7)
Fig. 5.7 - Mangueira atacada por ácido.
• As juntas de engate rápido não devem sofrer qualquer impacto, pois isto pode impedir seu
perfeito acoplamento. (Fig. 5.8)
Fig. 5.8 - Junta de união amassada.
• Devem ser usadas as passagens de nível para impedir que o veículo passe sobre a mangueira,
ocasionando interrupção do fluxo d'água, e golpes de aríete, que podem danificar as
mangueiras e outros equipamentos hidráulicos, além de dobrar prejudicialmente, o duto
interno.
• As mangueiras sob pressão devem ser dispostas de modo a formarem seios e nunca ângulos
(que diminuem o fluxo normal de água e podem danificar as mangueiras). (Fig. 5.9)
Fig. 5.9 - Ângulos diminuem a pressão e prejudicam a mangueira. Dispor a mangueira
em curvas suaves (seios).
• Ao serem recolhidas, as mangueiras devem sofrer rigorosa inspeção visual na lona e juntas
de união. As reprovadas devem der separadas.
• As mangueiras aprovadas, se necessário, serão lavadas com água pura e escova de cerdas
macias.
• Nas mangueiras atingidas por óleo, graxas, ácidos ou outros agentes, admite-se o emprego de
água morna, sabão neutro ou produto recomendado pelo fabricante.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Após a lavagem, as mangueiras devem ser colocadas para secar. Podem ser suspensas por
uma das juntas de união ou por uma dobra no meio, ficando as juntas de união para baixo, ou
ainda estendidas em plano inclinado, sempre à sombra e em local ventilado. Pode-se ainda
utilizar um estrado de secagem. (Fig. 5.10)
Fig. 5.10 - Após o serviço, inspecionar, lavar e secar as mangueiras.
• Em espiral: própria para o armazenamento, devido ao fato de apresentar uma dobra suave,
que provoca pouco desgaste no duto. Uso desaconselhável em operação de incêndio, tendo
em vista a demora ao estendê-la e a inconveniência de lançá-la, o que pode causar avarias na
junta de união. (Fig. 5.11)
Fig. 5.11 - Acondicionamento em espiral.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Colocar a junta sobre o rolo, ficando a mangueira em condições de ser transportada. (Fig.
5.14)
Fig. 5.14 - Profissional acondicionando mangueira em espiral.
PREPARAÇÃO
• A mangueira deve ficar totalmente estendida no solo e as torções, que porventura ocorrerem,
devem ser eliminadas.
• Uma das extremidades deve ser conduzida e colocada de modo que fique sobre a outra,
mantendo uma distância de 90cm entre as juntas de união, ficando a mangueira sobreposta.
ADUCHAMENTO
• Para ajustar as voltas é necessário que outro profissional evite folgas na parte interna.
• Parar de enrolar quando atingir a junta de união da parte interna e trazer a outra junta de
união sobre as voltas. (Figs. 5.15-A, 5.15-B e 5.15-C)
Fig. 5.15-A - Após estender e sobrepor o lance, sem torções, inicia-se o aduchamento.
Fig. 5.15-B - Um profissional aducha e o outro "acerta" a mangueira.
Fig.5.15-C - Aduchamento acabado.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
POR UM PROFISSIONAL
• O mesmo profissional que enrola a mangueira retira as folgas que aparecem na parte interna.
(Fig. 5.16)
Fig. 5.16 - Profissional aduchando mangueira sozinho.
PREPARAÇÃO
ADUCHAMENTO
• A partir de um ponto 50cm fora do centro e mais próximo à extremidade dobrada, enrolar a
mangueira na direção da outra ponta.
• Enrolar até que a empatação da extremidade dobrada esteja fora do chão (no topo do rolo).
A partir daí, deitar o rolo no solo e completar a volta da extremidade estendida, sem torcê-la.
(Figs. 5.17-A, 5.17-B e 5.17-C).
Fig. 5.17-A - Inicia-se o aduchamento 50cm atrás do ponto médio da mangueira.
Fig. 5.17-B - O mesmo profissional aducha e "acerta" a mangueira.
Fig. 5.17-C - Profissional ajustando aduchamento.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
situações nas quais o transporte seja difícil (obstáculos, riscos, etc.).
PREPARAÇÃO
• Colocar as juntas de união no solo, uma do lado da outra, de maneira que a mangueira fique
sem torções, formando linhas paralelas.
• Fazer uma alça, transpondo uma parte sobre a outra a 1,5m da obra original.
ADUCHAMENTO
• Iniciar o aduchamento na direção das juntas de união e fazer dois rolos lado a lado,
formando uma alça de cada lado.
• Ao término do aduchamento, colocar as juntas no topo dos rolos. Para ajustar as alças, puxar
uma delas, de maneira que uma fique menor que a outra.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Ziguezague com a mangueira deitada
• A mangueira é colocada deitada, sobre o estrado da viatura, ficando com a junta da união
para trás, em relação ao veículo.
• Podem ser acondicionadas conectadas (em linha contínua, formando uma linha pronta), com
vários lances. Deve-se, entretanto, ter o cuidado de fazer com que as uniões permaneçam
todas juntas à extremidade traseira do estrado, facilmente desacopláveis, por meio de dobras
falsas (a mangueira não prossegue até a antepara e, sim, "volta" antes, para que a junta da
união esteja na antepara traseira).
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
parcialmente sobrepostos, distribuindo-se paralelamente sobre o estrado da viatura. (Fig.
5.20-B)
Fig. 5.20-B - Ziguezague em pé com gomos parcialmente sobrepostos e paralelos. Por
isso, as juntas de união não estão na traseira do estrado.
Linha pré-conectada
• Uma das juntas de união fica conectada na expedição da viatura designada pela linha pré-
conectada.
• Outro profissional a conduz até a antepara traseira do estrado, onde fará uma dobra,
retornando a mangueira até a antepara dianteira do estrado.
• Ao chegar à antepara dianteira, outra dobra será feita, conduzindo a mangueira até a antepara
traseira e assim sucessivamente, até que os lances de mangueira sejam totalmente
acondicionados.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• O esguicho deve ser conectado à junta de união do último lance e também ficará próximo à
antepara traseira. (Figs. 5.22-A, 5.22-B e 5.22-C)
Fig. 5.22-A - Linha pré-conectada acondicionada em ziguezague em pé.
Fig. 5.22-B - Esguicho junto à parte traseira.
Fig. 5.22-C - Pré-conectada estendida e pronta para atacar, imediatamente, o fogo.
5. TRANSPORTE E MANUSEIO
5.1. Em Espiral
No transporte sob o braço, o rolo deve ser posicionado de pé com a junta de união
voltada para frente e para baixo, mantendo o rolo junto ao corpo e sob o braço.(Fig. 5.24)
Fig. 5.24 - Transporte de mangueira sob o braço.
Toma-se a junta de união que se acha no centro da espiral com as mãos espalmadas, de
modo a permitir o giro do rolo, enquanto se deixa a extremidade oposta no chão. O profissional
poderá estendê-la caminhando no sentido do seu estendimento. (Fig. 5.25)
Fig. 5.25 - estendendo mangueira em espiral.
5.2. Aduchada
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Transporte de mangueira aduchada
Para estender a mangueira aduchada, colocar o rolo no solo e expor as juntas de união.
Pisar sobre o duto, próximo à junta externa, e impulsionar o rolo para a frente com o
levantamento brusco da junta interna. Acopla-se a união que estava sob o pé e, segurando a
outra extremidade, caminha-se na direção do estendimento. (Figs. 5.26-A e 5.26-B)
Fig. 5.26-A - Dar impulso para estender o lance e...
Fig. 5.26-B - ...correr na direção do alvo com o esguicho na mão.
5.3. Em Ziguezague
Transporte
O profissional coloca o feixe sobre o ombro direito, com a junta de união por baixo e
ligeiramente caída pela frente, sustentando-o com as mãos ou ainda apoiando-o sobre o
antebraço. (Figs. 5.27-A, 5.27-B e 5.27-C)
Fig. 5.27-A - Transporte do feixe de mangueira sobre o ombro.
Fig. 5.27-B - Dois lances transportados sobre o ombro...
Fig. 5.27-C - ...e sobre o antebraço.
Estendendo
Se a mangueira não estiver conectada, fixar uma extremidade a um ponto (através de uma
laçada) próximo ao local de conexão.
Sustentar o feixe, firmando os gomos com as mãos, e avançar em direção ao local
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
desejado, soltando a mangueira. Os gomos serão liberados naturalmente. (Fig. 5.28)
Fig. 5.28 - Estendendo o feixe.
Para estender uma linha pronta, de 63mm, do local de incêndio ao hidrante (com uma
extremidade da linha no hidrante ou próxima à frente de combate, conforme o sentido de
estendimento desejado: hidrante - local de incêndio ou local de incêndio - hidrante):
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
(Figs. 5.30-A e 5.30-B)
Fig. 5.30-A - O AB deixa a adutora próxima ao incêndio e vai até o hidrante.
Fig. 5.30-B - Quando a adutora for do hidrante ao incêndio, poderá ser fixada ao
hidrante, com uma volta completa, sendo liberada após ter sido estendida.
Para um homem acoplar mangueiras, usará o método sobre a coxa. Com o joelho direito
no solo e a mão esquerda sobre a coxa esquerda, segurar uma das juntas da mangueira que deve
ser acoplada e, com a outra mão, sustentando a junta que deve ser ligada à primeira, procurar
encaixar os ressaltos daquela com os alojamentos desta, que se lhe opõe. Isto fará com que as
duas peças fiquem encaixadas pelos ressaltos. Girar, então, a junta da mão direita no sentido
horário, até que os ressaltos encontrem o limite dos alojamentos. Se necessário, usar a chave de
mangueira. Para desacoplar, proceder de modo inverso. (Fig. 5.31)
Fig. 5.31 - Um profissional acoplando mangueiras.
O acoplamento das juntas de mangueira pode ser feito por dois homens. Um deles segura
uma das juntas à altura da cintura, usando ambas as mãos, e apresenta a junta ao seu parceiro,
mantendo-a firme. O parceiro, segurando a junta que deve ser conectada à primeira, procura
encaixar os ressaltos daquela com os alojamentos desta, que se lhe opõe. Isto fará com que
todos os ressaltos sejam encaixados. Gira, então, a junta que segura no sentido horário, até que
os dentes encontrem o limite dos alojamentos. Se necessário, o profissional deve usar a chave de
mangueira. Para desacoplar, o processo é inverso. (Fig. 5.32)
Fig. 5.32 - Dois profissionais acoplando mangueiras.
7. MANGOTINHOS
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
8. ESGUICHOS
São peças que se destinam a dar forma, direção e alcance ao jato d'água, conforme as
necessidades da operação. Os esguichos mais utilizados pela Sprinksão:
• 1- esguicho Canhão;
• 2- esguichos "Pescoço de ganso" (protetor de linha)
• 3- esguichos Universal;
• 4- esguichos Reguláveis;
• 5- esguichos Agulheta;
• 6- esguicho Proporcionador de espuma;
• 7- esguicho Lançador de espuma;(Fig. 5.34)
Fig. 5.34 - Esguichos em uso na Sprinklers.
9. LINHAS DE MANGUEIRA
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
É o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo, isto é, a linha que tem
um esguicho numa das extremidades. Pela facilidade de manobra, utiliza-se, geralmente,
mangueira de 38mm. (Fig.5.36)
Fig. 5.36 - Profissionais utilizando linha de ataque.
10. EVOLUÇÕES
Evolução é a manobra com a mangueira efetuada pela guarnição de bomba ou por uma
parte dela.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Um profissional auxiliar estende a linha de mangueira, podendo ser ajudado pelo chefe
da linha, que depois irá acoplar o esguicho à mangueira, guarnecendo-a com o auxiliar. (Fig.
5.40)
Fig. 5.40 - Dois profissionais posicionados com uma linha de ataque.
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90
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
O procedimento é semelhante ao descrito para armar a linha direta no plano. O uso das
escadas do próprio edifício, entretanto, obriga o uso de considerável quantidade de mangueiras
para se atingir planos superiores. Contar com um lance de 15m por andar.
Sempre que possível, manter a linha de mangueira do lado da parede externa, para evitar
dobras. (Fig. 5.41)
Fig. 5.41 - Utilização incorreta de linha de ataque em escadas internas.
Procede-se à armação da linha, cruzando a mangueira sobre o peito, para manter as mãos
livres, sobe pela escada, secundado por outro profissional, que o auxilia a sustentar o peso da
mangueira.
Não ultrapassar o limite de carga da escada.
O limite de carga da escada será visto no capítulo 17 (Escadas Usadas Contra Incêndio).
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
(Fig. 5.44-A e 5.44-B)
Fig. 5.44-A - Dois profissionais empunhando linha de ataque em escada.
Fig. 5.44-B - Auxiliar mantendo mangueira para ataque interior.
Consiste em recalcar água com auto-bomba (AB), pela mangueira ou por tubulação, até
um esguicho na extremidade superior do auto-escada (AE) ou do Snorkel ou auto-plataforma
(SK).
Este sistema permite o combate externo a incêndio em edifícios altos e ataque por sobre
as edificações baixas.
Quando necessário, o profissional pode utilizar a linha adutora de AE ou a tubulação do
SK para conduzir a água até o andar desejado e, a partir daí, montar as linhas de ataque. (Fig.
5.45)
Fig. 5.45 - SK lançando água.
Do hidrante ao incêndio
• A viatura deixa o hidrante as ferramentas necessárias para executar sua manobra, bem como
a extremidade da adutora pronta, que será conectada à sua expedição.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Dirige-se para o local de incêndio, deixando atrás de si a linha estendida.
• Ao chegar no local de incêndio, desconecta a adutora pronta e a conecta na introdução da
bomba.
• Arma as linhas de ataque e recalca água, assim que todo o sistema estiver armado.
Do incêndio ao hidrante
• A viatura deixa no local de incêndio os equipamentos necessários para seu combate, bem
como a extremidade da adutora pronta que está no estrado superior da viatura.
• Dirige-se para o hidrante mais próximo, deixando atrás de si a linha adutora estendida.
• Ao chegar no hidrante, conecta a adutora pronta à expedição da bomba.
• Conecta o mangote (ou mangueirote) ao hidrante e na introdução da bomba e recalca água
para o incêndio.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
11. FERRAMENTAS
Ferramenta que possui boca com formato próprio para aperto e desaperto das conexões
do mangotinho.
Utilizado para permitir contenção no fluxo de água que passa por uma linha de
mangueira, sem que haja a necessidade de parar o funcionamento da bomba ou de fechar
registros, a fim de que se possa alterar o esquema armado, ou substituir equipamento avariado.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
12.1. Abraçadeira
12.2. Adaptação
Peça metálica que permite a conexão de equipamento hidráulico com junta de rosca, com
outro equipamento hidráulico com junta de união tipo engate rápido.
12.3. Coletor
Peça que se destina a conduzir, para uma só linha, água proveniente de duas ou mais
linhas.
Utilizado na correção de padrões de fios diferentes entre duas juntas do tipo rosca, sendo
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
empregado na rosca macho.
12.5. Derivante
Peça metálica destinada a dividir uma linha de mangueira em outras de igual diâmetro ou
de diâmetro inferior.
12.6. Francalete
12.9. Redução
Peça usada para transformar uma linha (ou expedição) em outra de menor diâmetro.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Utilizado na correção de acoplamento de juntas de rosca, quando há encontro de duas
roscas macho ou duas roscas fêmeas.
12.12. Tampão
Utilizada para permitir uma única direção do fluxo da água, possibilitando que se forme
coluna d'água em operações de sucção e recalque. Pode ser vertical ou horizontal.
CAPÍTULO 6
ABASTECIMENTO
1. INTRODUÇÃO
1.1 Fontes de Abastecimento
As fontes de água para combate à incêndios são: manuseais, reservatórios, viaturas,
sistemas de hidrantes de prédios e da rede pública. Fig 6.1-A; 6.1-B; 6.1-C; 6.1-D e 6.1-E.
1.2 Manuseais
São manuseais: Rios, lagos, córregos, mares, represas, poços, etc.
A utilização de manuseais depende de bombeamento, geralmente através de sucção (que
será estudada posteriormente). A água salgada somente deve ser usada em última instância,
porque danifica os equipamentos de combate à incêndios e o material existente nos locais
sinistrados. Na hipótese do uso da água salgada, todo o equipamento deve ser lavado com água
doce imediatamente após o término do trabalho.
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97
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
1.3 Reservatórios
Reservatórios são depósitos de água destinados a compensar as variações horárias e
diárias de consumo, manter a reserva a ser utilizada em emergência e/ou manter uma pressão
adequada na rede de distribuição. São reservatórios: as caixas d’água elevadas e subterrâneos.
Do ponto da vista operacional, pode-se ainda considerar como reservatórios as piscinas, fontes
públicas, espelhos d’água, etc.
1.4 Viaturas
Devido ao fato de as cidades não possuírem rede de água para combate à incêndios,
somados as deficiências da rede normal de distribuição, os serviços dos Brigadistas de Incêndio
utiliza viaturas como fontes de abastecimento de água. Para efeito didático, as viaturas são
classificadas conforme apresentado na tabela 4.1
Auto-Bomba (AB)
O AB, a viatura básica, é o principal instrumento dos Brigadistas de Incêndio nas
operações de combate à incêndio.
Todo AB possui grande quantidade e variedade de material especializado e bomba de
incêndios (de 2.000 a 8.000 litros por minuto - lpm) para transporte de água até ao local do
sinistro, o que permitirá a sua utilização de imediato.
Auto-tanque
A função principal do AT, devido à sua maneabilidade, é o abastecimento, tanto do AB
como da jamanta.
Sua principal característica é a capacidade de transporte de 4.000 a 10.000 litros de água.
Poderá, eventualmente, ser utilizado no combate à incêndios, com limitações devido à pequena
capacidade da bomba (de manobra e vasão). Fig 6.3.
Carros-Pipas
São viaturas para transporte de água pertencentes aos serviços de distribuição de água,
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
públicos ou privados. Quando necessário, a Sprinkutilizq estes veículos.
Ela não tem condições técnicas de combate, mas se prestam, pela maneabilidade e
quantidade de água que comportam ao abastecimento do AB, AT e da jamanta. Tem capacidade
para transporte de 4.000 litros de água ou mais.Fig 6.5.
Por bombeamento
Uma ou mais bombas cáptam água de um mananseal e a descarregam em estações de
tratamento. Posteriormente, a água é novamente bombeada para o sistema de distribuição. Fig
6.7.
Por gravidade
Quando existe uma fonte de água situada em local mais elevado que o sistema de
distribuição, a gravidade proporciona a pressão necessária à distribuição. Fig 6.8.
Modo combinado
É a utilização dos dois modos: bombeameto e gravidade. Quando o consumo de água é
pequeno, o abastecimento por gravidade pode ser suficiente, não sendo necessário o
bombeamento. Porém, quando o consumo aumenta, o bombeamento é associado ao
abastecimento com a gravidade, para suprir a demanda. Fig 6.9.
Manobras D’água
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Quando temos um grande incêndio, o consumo elevado de água para combate-lo pode
ocasionar o estrangulamento do sistema de distribuição, ainda que a rede seja bem
dimensionada. Para se obter melhor rendimento, efetua-se a manobra d’água, que consiste no
fechamento e abertura de válvulas intermediárias, existentes na rede distribuição, de modo a
canalizar grandes volumes de água para a região onde está ocorrendo um incêndio. Tal
procedimento é feito pelo pessoal da Companhia de Água da localidade, que deve estar em
plantão permanente. Fig 6.11.
3. HIDRANTES
São dispositivos colocados nas redes de distribuição que permite a captação de água
pelos Brigadistas de Incêndio, especialmente durante o combate à incêndios.
Hidrantes de Coluna
Hidrantes de Coluna, instalados nos passeios públicos, são dotados de juntas de união
para conexão com mangotes, mangueira ou mangueirotes. O tipo bárbara é o mais utilizado em
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100
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
São Paulo. sua abertura é feita através de um registro de gaveta cujo comando é colocado ao
lado do hidrante. Possui uma expedição de 100m e duas de 63mm.
Tem, sobre os hidrantes subterrâneos a vantagfem de permitir captação de maior volume
de água, além de oferecer visibilidade e não ser facilmente obstruído. As expedições possuem
tampões que exigem uma chave especial para removê-los. Fig 6.14.
Hidrantes Subterrâneos
Hidrantes Subterrâneos são aqueles situados abaixo do nível do solo, com suas partes
(expedição e válvula de paragem) colocadas dentro de uma caixa de alvenaria, fechada por uma
tampa metálica. Fig 6.15.
Na capital de São Paulo, a grande maioria dos hidrantes é deste tipo. São antiquados,
facilmente obstruídos por sujeira e de difícil localização. Para sua utilização, há necessidade do
aparelho de hidrante.
Instalação - Planejamento
A instalação e substituição dos hidrantes é responsabilidade da Companhia de
Distribuidora de Água da região. No Estado de São Paulo, o órgão é - “Cia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo” (SABESP), que dispõe dos recursos necessários para a
aquisição, instalação e substituição dos hidrantes, sendo que a “SABESP” pode delegar esta
responsabilidade, comtratando outras empresas.
Inspeção e Manutenção
A inspeção dos hidrantes é de responsabilidade do Corpo de Bombeiros. Essa inspeção
deve observbar possíveis danos mecânicos e as condições gerais dos hidrantes.
Ao se examinar um aparelho deve-se:
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101
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
A finalidade dos hidrantes dos edifícios residenciais e industriais é permitir o início de
combate à incêndios pelos próprios usuários dos prédios, antes da chegada da brigada de
incêndio, e ainda facilitar o serviço destes no recalque de água, principalmente em construções
elevadas. Os hidrantes particulares podem ser alimentados por caixa d’água elevada ou por
sistrema subterrâneos; podem ser de coluna ou de parede. Os hidrantes de coluna são instalados
sobre o piso e, os de parede, dentro de abrigos ou projetados para fora da parede. Podem ser
simples ou múltiplos, se possuírem uma ou mais expedições. Fig 6.16.
Registro de Recalque
O Registro de Recalque é uma extensão da rede hidráulica, constituido de uma conexão
(introdução) e registro de passagem em uma caixa de alvenaria fechada por tampa metálica.
Situa-se abaixo do nível do solo (no passeio), junto a entrada principal da edificação. Figs 6.17-
A e 6.17-B.
4. ABASTECIMENTO EM INCÊNDIOS
O abastecimento de água em quantidade adequada é inprensidível no combate à
incêndios. A falta de água por poucos momentos podem causar a perda do controle do incêndio,
trazendo uma série de conseqüências. O abastecimento pode ser feito a partir de hidrantes
públicos, viaturas de transporte de água ou, ainda, através de sucção em mananseais. Todo
abastecimento a um AB deve ser feito pela introdução da bomba, inclusive quando utilizada
mangueira de 63mm.
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102
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Este tipo de abastecimento utiliza as viaturas de transporte de água pertencentes à
empresa e aos serviços de distribuição de água. Em princípio ocorre a substituição do hidrante
por um AT ou jamanta, que, por sua vez, é abastecimento por AT e o carro-pipa.
A jamanta ou AT funcionará como um reservatório operacional encarregado de
abasteceer o AB e manter o equilíbrio entre o consumo de água que a capacidade de adução
pelas várias viaturas de transporte de água. O AB e a jamanta (ou AT) permanecem fixos
(estacionados) no local.
Todo abastecimento à um AB deve ser feito pela introdução da Bomba, inclusive quando
utilizada mangueira 63mm.
É montado, então, um ciclo de abastecimento alternativo onde as viaturas de transporte
buscam a água em pontos distantes do local do incêndio e a descarregam neste “reservatório
operacional”. O número de viaturas variará devido aos seguintes fatores;
Como a organização tática das viaturas no local é escencial ao combate ao incêndio, sua
movimentação (entrada, permanência e saida) deve ser controlada e efetuada de forma ordenda.
Fig 6.19.
Todas as viaturas devem ser posicionadas de modo a possibilitar a saída rápida, após a
realizarem o abastecimento da reserva operacional. Na medida das possibilidades o trânsito local
deve ser mantido.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
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104
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Capítulo 13
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
OBJETIVOS
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
ocorrências de incêndio.
Saber calcular o tempo de autonomia do aparelho autônomo de proteção
respiratória de ar comprimido.
Saber identificar se uma máscara autônoma está em condições de uso imediato.
Efetuar limpeza na máscara autônoma.
1. INTRODUÇÃO
2. RISCOS
• falta de oxigênio;
• temperaturas elevadas;
• fumaça;
• gases tóxicos.
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106
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
PORCENTAGEM DE O2 NO AR SINTOMAS
9% Inconsciência
NOTA:
• Os dados não podem ser considerados absolutos porque eles não levam em conta as diferentes
capacidade respiratórias e a extensão do tempo de exposição.
• Os sintomas acima ocorrem somente com a redução de O2. Quando a atmosfera está
contaminada com gases tóxicos, poderão ocorrer outros sintomas.
Tabela 13.1 – Efeitos fisiológicos causados pela redução de O2.
2.3. FUMAÇA
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107
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
substâncias tóxicas e irritantes. No entanto, ele não pode prever, antecipadamente, quais serão
essas substâncias. A inalação da combinação de substâncias, sejam tóxicas ou irritantes, pode ter
efeitos mais graves do que quando inaladas separadamente. (Fig. 13.2)
A inalação de gases tóxicos pode determinar vários efeitos no corpo humano. Alguns dos
gases causam danos diretamente aos tecidos dos pulmões, mas quando entram na corrente
sangüínea, inibem a capacidade dos glóbulos vermelhos transportarem O2.
Os gases tóxicos em incêndio variam de acordo com quatro fatores:
• Natureza do combustível
• Taxa de aquecimento
• Concentração do oxigênio.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
CO (ppm*) CO NO AR SINTOMAS
Além do CO existem outros gases tóxicos e asfixiantes que causam efeitos prejudiciais à
saúde do homem.
Exemplo:
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Fosgênio (COCI2)
As indústrias utilizam diversas substâncias químicas, como amônia, cloro, gás carbônico,
etc., que podem vazar, formando uma atmosfera tóxica, sem existir presença de fogo ou de usas
conseqüências.
Consiste em uma máscara de borracha adaptável ao rosto, contendo um filtro que elimina os
agentes nocivos à respiração.
Os filtros são próprios para cada classe de agente, tais como:
• filtro específico para monóxido de carbono que possui um catalisador que transforma o CO
em CO2.
Fig. 13.3 – Equipamento filtrante.
Os filtros devem ser próprios para o agente nocivo à respiração. Necessitam de controle
rígido da validade e do tempo em uso, que varia, inclusive, conforme a concentração do agente
no ambiente. Não devem ser utilizados em ambientes com pequena porcentagem de O2, pois
podem causara morte de uma pessoa. Estas graves restrições desaconselham sua utilização nos
serviços de combate a Incêndio e Salvamento. (Fig. 13.3)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
3.2. APARELHO DE RESPIRAÇÃO COM LINHA DE AR
Aparelho composto de uma peça facial de borracha, adaptável ao rosto, que recebe o ar
fresco de fora do ambiente comprometido por meio de uma mangueira. O ar entra no interior da
peça facial, pelo esforço pulmonar, por meio de maquinário ou reservatório de ar pressurizado.
Embora permita ao bombeiro permanecer por tempo indeterminado no ambiente, tira-lhe
sensivelmente a liberdade de movimentos, por causa dos limites que a mangueira impõe.
Também existe o risco de a mangueira enroscar-se nos escombros, ou sofrer avarias em virtude
do calor ou contato com objetos cortantes. Por essas restrições, seu uso é desaconselhável. (Fig.
13.4)
• é de alto custo;
• o ar a ser inspirado é isento de umidade, o que dá a pessoa uma sensação muito desagradável,
que provoca salivação abundante e, muitas vezes, acessos de tosse.
Por esses motivos, o aparelho de circuito fechado não é utilizado pela Splincklers. (Fig. 13.5)
Este equipamento é usado pela Splincklers. Ele dá proteção respiratória e proteção e proteção
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111
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
ao rosto do usuário, mas é limitado pela quantidade de ar existente no cilindro.
Descrição genérica
O cilindro é preso por uma braçadeira à placa do seu suporte e contém ar respirável altamente
comprimido. Abrindo-se o registro do cilindro, o ar comprimido passa pelo redutor de pressão,
onde se expande a uma pressão intermediária de 6 bar (6kgf cm 2). A esta, o ar chega até a
válvula de demanda, que, automaticamente, libera a quantidade de ar necessária para os
pulmões. O ar expirado vai para o exterior através de uma válvula de exalação existente na
máscara facial.
A válvula de demanda pode estar conectada à máscara por meio de uma ligação de rosca ou
em posição intermediária, entre o cilindro e a máscara.
O manômetro permite verificar a pressão do ar existente no cilindro a qualquer tempo, o que
é muito importante durante a utilização, pois permite verificar a pressão do ar existente no
cilindro a qualquer tempo, o que é muito importante durante a utilização, pois permite ao
Brigadista de Incêndio verificações periódicas do tempo de uso que lhe resta, aumentando sua
segurança. (Figs. 13.6-A a 13.6-K).
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
4. UTILIZAÇÃO DA MÁSCARA AUTÔNOMA
CÁLCULO VOLUME x
: PRESSÃO
CONSUMO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Ao retirar o equipamento da viatura, verificar a pressão no manômetro.
• O equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de transporte alargadas
e colocadas para o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o Brigadista de Incêndio quando
segurar o cilindro.
• Segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora .
• Levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de transporte
passem dos cotovelos.
• Inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando as alças
caírem naturalmente sobre os ombros.
• Puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças caírem naturalmente sobre os ombros.
Método de vestir
• Vestir o equipamento, passando um braço por vez através das alças. Colocá-lo no solo, com as
alças alargadas e o cinto aberto.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Com a mão direita, segurar a alça que será colocada sobre o ombro direito (ou, com a esquerda,
a que será colocada sobre o ombro esquerdo).
• Levantar-se, colocando a correia no ombro. Durante este movimento, o cotovelo deve passar
por dentro da alça.
• Colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas mãos,
colocar os tirantes por sobre a cabeça.
• Puxar simultaneamente, os tirantes laterais inferiores para trás, ajustando-os com cuidado para
não danificá-los.
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115
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Abrir o registro do cilindro.
• Verificar a estanqueidade da máscara facial. Para isso, expirar, fechar o registro do cilindro e,
em seguida, inspirar vagarosa e profundamente.
• Verificar a válvula de exalação. Para isso, abrir o registro do cilindro, inspirar e expirar. Com
as costas da mão sentir o ar sair pela válvula de exalação. Em caso negativo, expirar com mais
força, isto deverá liberar a válvula. Se, mesmo assim, o ar não sair pela válvula de exalação,
trocar a peça facial.
5. INSPEÇÃO E CUIDADOS
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Placa de suporte.
• Pressão do cilindro.
• Volante do cilindro.
• Alarme.
• Acoplar a válvula de demanda à mangueira de alta pressão, abrir o registro do cilindro e ler a
pressão indicada no manômetro. Fechar o registro do cilindro. A pressão deve permanecer
inalterada durante um minuto.
• Sempre acionar o botão de descarga para despressurizar o sistema; com isto, consegue-se
desacoplar as conexões com facilidade.
• Abrir o registro do cilindro por um curto espaço de tempo e, depois, voltar a fechá-lo.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
5.2. LIMPEZA
Lavar a peça facial com detergente neutro e água, pondo-a para secar em local fresco e
ventilado e à sombra. Solvente, tais como acetona, álcool e gasolina, não devem ser usados na
limpeza, pois atacam o visor de acrílico. A limpeza do restante do equipamento é feita com um
pano limpo e úmido. (Fig. 13.10).
Fig. 13.10 – Lavar a peça facial com detergente neutro e água. Desinfetar a peça facial com um
pano limpo e úmido. Secar a peça facial em local arejado e à sombra.
Capítulo 14
OBJETIVOS
1. INTRODUÇÃO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Os Brigadistas de Incêndio devem trabalhar como uma equipe, onde cada um tem sua
missão definida:
• O chefe da equipe toma decisões para o desenvolvimento tático, assiste e
supervisiona os integrantes da guarnição quanto aos procedimentos técnicos (técnica
aplicada).
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119
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
em cadeia.
A água é o agente extintor mais eficaz para o resfriamento. A aplicação de água será
bem-sucedida se a quantidade utilizada for suficiente para resfriar o combustível que está
queimando para temperaturas que o conduzam abaixo do ponto de combustão.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
em consideração a seguinte fórmula:
Onde:
Q = 1pm (vazão)
volume = área x altura (m3)
EXEMPLO:
largura: 10m
comprimento: 24m
altura: 3m
10m x
24m
240m2 x (área)
3m (altura)
720m3 (volume)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
aproximadamente 360 lpm; logo, é necessária a utilização de 3 esguichos simultaneamente, 30
segundos, procurando atingir todo o teto do compartimento (1.080 : 360 = 3).
Após a aplicação de água, o Brigadista de Incêndio aguarda a estabilização do ambiente,
isto é, que as labaredas baixem e se reduzam a focos isolados. Isso poderá ser constatado através
dos seguintes sinais:
quando alguém se depara com um incêndio que está em local confinado, sem risco de
explosão ambiental, mas com superaquecimento do ambiente, que permite a produção de vapor
para auxiliar a extinção (abafamento e resfriamento), usa-se o ataque combinado.
O ataque combinado consiste na técnica da geração de vapor combinada com ataque
direto à base dos materiais em chamas. O esguicho, regulado de 30 a 60 graus, deve ser
movimentado de forma a descrever um círculo, atingindo o teto, a parede, o piso, a parede
oposta e novamente o teto. (Fig. 14.3)
No ataque combinado, os bombeiros devem ficar abaixados com a mangueira sobre o
ombro, o que facilitará a movimentação circular que caracteriza este ataque. Quando não houver
mais geração de vapor, utiliza-se o ataque direto para a extinção dos focos remanescentes.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 14.3 – Ataque combinado.
Lembrar que:
• A aplicação de água na fumaça não extingue o incêndio, somente causa danos, distúrbios no
balanço térmico, desperdício de água e perda de tempo.
Obviamente, seria errado escolher uma linha direta de 38mm, ou ainda o mangotinho, para
atacar um incêndio numa grande ocupação comercial totalmente envolvida pelo fogo. O ataque
não teria o volume nem o alcance necessário. Também é incorreto atacar um dormitório de
residência familiar com uma linha de 63mm, descarregando 940 litros por minuto, ou armar essa
mesma linha não havendo reserva d’água (hidrante público) disponível.
A tabela 14.1 faz uma análise das características dos jatos, o que ajudará na escolha do jato a
ser empregado.
São incêndios em líquidos e gases inflamáveis que, por terem características próprias,
possuem métodos de extinção distintos.
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123
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Tipo Mangotinho 38mm 63mm Canhão
(dimensão) (16 a 25mm) (1 1/2") (2 1/2")
Vazão 39 a 114 lpm 190 a 454 lpm 560 a 946 lpm 1.325 a 7.570 lpm
Número de 01 01 ou 02 02 a 04 01
pessoas no
esguicho
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
A sobrecarga gerada
pela água não vai pôr
em risco de colapso o
piso e as estruturas.
Ataque direto
(interior) não poderá
ser mantido por
muito tempo.
• flutuam na água;
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125
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• geram eletricidade estática quando fluindo;
Bleve
Fig. 14.4 – Resfriamento de recipiente (neste caso um vagão de trem) que está em chamas e
contém líquido sob pressão. Manter as linhas pela lateral do vagão, resfriando o terço superior.
Enquanto a água sem extratos de espuma é pouco eficaz em líquidos voláteis (como
gasolina ou diesel), incêndios em óleos mais pesados (não voláteis) podem ser extintos pela
aplicação de água em forma de neblina, em quantidades suficientes para absorver o calor
produzido. Deve-se estar atento para que não haja transbordamento do líquido e para que não
ocorra o fenômeno conhecido como BOIL OVER. (Fig. 14.5)
Boil over
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• através do som (chiado) peculiar: pouco antes de ocorrer a “explosão”, pode-se ouvir um
“chiado” semelhante ao de um vazamento de vapor de uma chaleira fervendo.
A água pode ser utilizada para deslocar combustíveis, que estejam queimando ou não,
para locais onde possam queimar com segurança, ou onde as causas da ignição possam ser mais
facilmente controladas. Evitar que combustíveis possam ir para esgotos, drenos ou locais onde
não seja possível a contenção dos mesmos.
O jato contínuo será projetado de um lado a outro (varredura), empurrando o combustível
para onde se deseja.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Derramamento de líquidos combustíveis em via pública também pode causar desastres,
inclusive acidentes de trânsito. O líquido combustível poderá ser removido através de varredura,
adicionando-se um agente emulsificador (LGE sintético ou detergente comum, por exemplo) à
água e evitando, ao mesmo tempo, que o líquido se dirija para o esgoto ou rede pluvial. Pode-se
também utilizar areia e cal. Essas substâncias absorvem o líquido combustível, removendo-o da
via pública e impedindo que alcance a rede de esgoto ou pluvial. (Fig. 14.7)
A água pode ser empregada para remover combustíveis de encanamentos ou tanques com
vazamentos. Incêndios que são alimentados por vazamentos podem ser extintos pelo
bombeamento de água no próprio encanamento ou por enchimento do tanque com água a um
ponto acima do nível do vazamento. Este deslocamento faz com que o produto combustível
flutue sobre a água (enquanto a aplicação de água for igual ou superior ao vazamento do
produto). O emprego desta técnica se restringe aos líquidos que não se misturam com água e que
flutuam sobre ela. (Fig. 14.8)
Gás natural
O gás natural (gás encanado) é formado principalmente por metano, com pequenas
quantidade de etano, propano, butano e pentano. Este gás é mais leve do que o ar. Assim, tende a
subir e difundir-se na atmosfera; não é tóxico mas é classificado como asfixiante, porque EM
AMBIENTES FECHADOS pode tomar o lugar do ar atmosférico, conduzindo assim à asfixia.
A companhia concessionária local deve ser acionada quando alguma emergência ocorrer.
Incidentes envolvendo o sistema de distribuição de gás natural são freqüentemente
_______________________________________________________
128
MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
acusados por escavação nas proximidades da canalização subterrânea. Neste caso, as viaturas não
devem estacionar próximas ao local, por causa da possibilidade de ignição.
O pessoal deve estar preparado para o evento de uma explosão e incêndio subsequente. A
primeira preocupação deve ser a evacuação da área vizinha e eliminação de possíveis fontes de
ignição no local. (Fig. 14.9)
GLP engarrafado
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
4. COMBATE A INCÊNDIO CLASSE ‘‘C”
• voltagem da corrente;
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
segurança, linhas energizadas não devem ser cortadas; apenas técnicos especializados
deverão fazê-lo. A Sprinksomente desligará a eletricidade pela abertura de chave, remoção
de fusível ou desacionamento de disjuntor quando necessário.
Contatos e cooperação com as concessionárias (ELETROPAULO, CIA. Energética de
São Paulo, Cia. Paulista de Força e Luz) são vitais no combate a incêndios classe “C”, para
reduzir o risco à vida e à propriedade.
Fig. 14.11 – Cuidado com fogo em locais como quadros de distribuição de luz.
Nas portas dos compartimentos que abrigam estes equipamentos (como transformadores
e grandes motores), deve haver uma placa de identificação com a inscrição “ALTA
VOLTAGEM”.
Pode-se ainda encontrar instalações elétricas subterrâneas, isto é, galerias com cabos
elétricos abaixo da superfície. Os riscos mais freqüentes são as explosões, que podem arremessar
tampas de bueiros a grandes distâncias, devido ao acúmulo de gases inflamáveis de centelha de
fusíveis, relês ou curto circuito. Não se deve entrar em bueiros, exceto para efetuar um
salvamento. O combate deve ser efetuado desde a superfície, com o uso de gás carbônico ou pgs.
A água não deve ser aplicada em galerias, em razão da proximidade com o equipamento
elétrico.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Em emergência envolvendo eletricidade, alguns procedimentos devem ser seguidos para
manter um ambiente seguro ao serviço dos Brigadistas de Incêndio:
• quando forem encontrados fios caídos, a área ao redor deve ser isolada;
• não se deve tocar em qualquer veículo ou viatura que esteja com fios elétricos,
pois esse procedimento pode resultar em choque elétrico.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
grandes quantidades, pois a temperatura deste tipo de foto é muito alta e a técnica de extinção
utilizada é o resfriamento.
É importante que se obtenha o máximo de informação sobre o produto em chamas, bem
como se há no local o agente extintor apropriado. (Fig. 14.13)
Fig. 14.13 – Na mecânica de veículos, pode-se encontrar metais pirofóricos que causam
incêndios classe “D”.
• Insuficiência de oxigênio, excesso de vapores e gases tóxicos e/ou inflamáveis. Para evitar
estes riscos, é necessário utilizar aparelho autônomo de respiração, mantendo o controle da
quantidade do ar do cilindro. Numa atmosfera com vapores explosivos, não se deve utilizar
equipamentos que produzam faíscas ou superaquecimento.
• Espaço limitado para entrada e saída. Quando o Brigadista de Incêndio estiver equipado
com aparelho de respiração autônoma e, ao entrar ou sair por aberturas pequenas, tiver que
retirar o suporte com cilindro das costas, deverá ter cuidado para que a máscara não saia da
sua face.
• Estruturas metálicas aquecidas pelo fogo, tais como vigas e colunas metálicas devem ser
resfriadas, pois cedem rapidamente quando superaquecidas.
Um cabo-guia deve ser usado na comunicação entre o Brigadista de Incêndio do lado de fora
da edificação e os Brigadistas de Incêndio no interior da mesma. Este cabo deve estar sempre
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
tenso a fim de que haja, efetivamente, comunicação. Para cada equipe de Brigadistas de Incêndio
que adentrar à estrutura, deve haver um outro do lado fora, responsável pela sua segurança. A
comunicação entre os Brigadistas de Incêndio pode ser feira tanto do interior do ambiente para o
exterior do ambiente, como do exterior para o interior.
É importante que os Brigadistas de Incêndio no interior não fiquem com seus movimentos
limitados pelo cabo. Portanto o Brigadista de Incêndio do exterior não deve prender ou tentar
puxar o companheiro de dentro da edificação, mesmo quando em situação de emergência. Os
códigos a serem usados nestas ocasiões são:
SINAL
SIGNIFICADO
1 puxão Tudo
bem
2 puxões Solte o cabo
3 puxões Retese
o cabo 4 puxões Achei
vítima
Toda comunicação deve ter resposta, portanto, o bombeiro deve acusar, sempre, o
recebimento da mensagem com um puxão, o que quer dizer que entendeu o comunicado. No
caso de não receber resposta, usar o código novamente e, persistindo a falta de resposta, deve
repetir o procedimento mais uma vez. Se, mesmo assim, não obtiver resposta, deve providenciar
socorro imediato ao colega. Do lado de fora, deve
haver uma equipe de segurança predeterminada, para socorrer a equipe de salvamento em uma
emergência. Esta equipe de segurança deve ser composta de dois Brigadistas de Incêndio com
EPI e EPR (máscara autônoma), que acompanharão os trabalhos da equipe de salvamento sob a
supervisão do Chefe da Operação. Um Brigadista de Incêndio deve controlar toda a operação no
interior da edificação, supervisionando o equipamento e o pessoal, anotando missão, nome do
Brigadista de Incêndio e tempo de trabalho de cada elemento. Este procedimento reduz a
possibilidade de um homem ficar esquecido no interior da estrutura ou trabalhar fora da margem
de segurança estabelecida.
Os Brigadistas de Incêndio não devem hesitar em sair da edificação se as condições
internas indicarem a possibilidade de um iminente colapso da estrutura. Ao avançar no interior
da estrutura devem Ter pleno conhecimento da quantidade de ar necessária para o retorno. (Fig.
14.14)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 14.14 – Equipe de salvamento entrando em local sinistrado com cabo-guia preso à cintura
dos Brigadistas de Incêndio.
7. SEGURANÇA NA EXTINÇÃO
Durante o serviço, a própria segurança e a dos companheiros deve ser uma preocupação
constante do Brigadista de Incêndio. Uma vez que o Brigadista de Incêndio trabalha em
situações de risco, deve tratar de superá-las com atos seguros (prudência).
Jogar água em fumaça, entrar em locais em chamas, deixando fogo atrás de si, trabalhar
isoladamente e não utilizar o EPI necessário são erros que podem trazer conseqüências
gravíssimas para o Brigadista de Incêndio e para a guarnição.
O uso de EPI é necessário para reduzir a incidência de ferimentos em operações e
também para permitir maior aproximação do fogo, visando sua extinção.
O Brigadista de Incêndio não deve permanecer em poças de líquidos inflamáveis ou de
água com resíduos de líquidos inflamáveis.
Ao se deparar com fogo em válvulas de alívio ou canalização e não puder conter o fluxo
do combustível, o Brigadista de Incêndio não deverá extinguir o incêndio, sob pena de criar o
problema do vazamento, mais que o anterior. No vazamento, os vapores são deverá extinguir o
incêndio, sob pena de criar o problema do vazamento, os vapores são normalmente mais pesados
que o ar e formam “poças” ou “bolsas” de gases em pontos baixos, onde podem se incendiar. Os
Brigadistas de Incêndio devem controlar todas as possíveis fontes de ignição nas proximidades
dos vazamentos de líquidos inflamáveis. Veículos, fósforos, isqueiros, componentes elétricos e
fagulhas de ferramentas poderão prover uma fonte de ignição suficiente para incendiar os
vapores.
O local de ocorrência deve ser isolado e sinalizado adequadamente. Somente os
Brigadistas de Incêndio preparados devem ter acesso ao local sinistrado. A entrada de quaisquer
outras pessoas, inclusive policiais, somente será permitida com a autorização do Comandante
da Operação. Mesmo após a autorização, tais pessoas devem ser acompanhadas por um
Brigadista de Incêndio da empresa.
Quando trabalhando em vias públicas, a pessoa deve interditar somente as faixas de
rolamento necessárias para execução do serviço com segurança, mantendo, se possível, o fluxo
de veículos em outras faixas.
A sinalização durante a noite deve ser feita com objetos luminosos. Sinalização com fogo
(latas com óleo, ou outro combustível queimando) deve ser evitada, uma vez que pode ocasionar
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
incêndio, se houver líquido combustível vazando. A sinalização deve ser feita bem antes do local
sinistrado. Existindo curvas ou declives nas proximidades , posicionar a sinalização antes deles.
A guarnição deverá desembarcar da viatura pelo lado da calçada e trabalhar fora das
faixas com tráfego. Um Brigadista de Incêndio deve fazer a sinalização até a chegada do
policiamento de trânsito. Quando em via pública, se necessário e viável , para garantir a
segurança dos Brigadistas de Incêndio, as viaturas devem estacionar de modo que protejam as
equipes de Brigadistas de Incêndio do fluxo de veículos nas proximidades da ocorrência.
• cortar-se;
• torcer o pé ou joelho;
• escorregar e cair;
• tropeçar e cair;
• queimar-se;
• ser atropelado.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
8. INCÊNDIO EM MATA
A destruição das matas por incêndio, além de causar danos materiais, prejudica o sistema
ecológico e o clima.
A quase totalidade dos incêndios em matas ocorre pela ação humana, que, de forma
inadvertida ou mesmo dolosa, provoca a devastação da natureza. Aliadas à ação do homem, as
situações meteorológicas adversas também contribuem para a ocorrência de incêndios,
principalmente no período de julho a outubro, devido à estiagem e às geadas.
A guarnição designada para o combate deve estar equipada com os materiais específicos ,
estar tecnicamente treinada e possuir a necessária capacitação física. O sucesso da operação
depende do conhecimento do comportamento do fogo e das peculiaridades da extinção deste tipo
de incêndio.
Para melhor compreensão e estudo, o incêndio em matas é dividido em partes. São elas:
• cabeça: é a parte do incêndio que se propaga com maior rapidez. A cabeça caminha no
sentido do vento. É onde o fogo queima com maior intensidade. Controlá-la e prevenir a
formação de uma nova cabeça é, geralmente, a questão-chave para o controle do fogo.
• dedo: faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal. Quando
não controlado, dá origem a uma nova cabeça.
• costas ou retaguarda: parte do incêndio que se situa em posição oposta à cabeça. Queima
com pouca intensidade. Pode se propagar contra o vento ou em declives.
• flancos: as duas laterais do fogo que separam a cabeça da retaguarda. A partir dos flancos,
formam-se os dedos. Se houver mudança no vento, os flancos podem se transformar em uma
nova cabeça.
• focos secundários: provocados por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
materiais incandescentes que rolam em declives. Devem ser extintos rapidamente para não se
transformarem em novas cabeças e crescerem em tamanho.
• Bolsa: área não queimada do perímetro. Normalmente espaço não queimado entre os dedos.
8.2. COMBUSTÍVEIS
São os que queimam com maior facilidade, permitindo uma propagação rápida do fogo.
Fornecem calor para que os combustíveis pesados entrem em combustão e para que os
combustíveis verdes sequem e queimem com facilidade.
São exemplos de combustíveis leves: grama seca, folhas mortas, arbustos e gravetos.
São os que queimam lentamente em decorrência do seu volume e da umidade que retêm.
São mais difíceis de entrarem em combustão, porém, quando queimam, ardem por longo
período e sua extinção é mais trabalhosa. Troncos e galhos são exemplos de combustíveis
pesados.
Combustíveis verdes
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
8.3. FATORES DE PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIOS
Condições meteorológicas
Todos os aspectos do tempo têm efeito sobre o comportamento do fogo em mata. Alguns
dos fatores que influenciam os incêndios florestais são: vento, temperatura e umidade.
• Vento
Quanto mais forte for o vento, mais rápida será a propagação do incêndio. Isso porque o vento
traz consigo um suprimento adicional de oxigênio. Pode também levar fagulhas além da linha do
fogo e iniciar, com isto, focos secundários. Ventos mudam a direção do fogo rápida e
inadvertidamente. Essas mudanças colocam em risco tanto a segurança no trabalho quanto o
próprio controle do incêndio.
Visto que o sol aquece o solo, o ar junto ao solo aquecido sobe. Assim, as correntes de ar
geralmente erguem-se pelos vales e aclives durante o dia. Durante à tarde e à noite, o solo se
refresca e as correntes de ar invertem sua direção, descendo aos vales e declives. Portanto, é
importante verificar a direção do vento nos vales e declives para que se planeje o ataque ao
incêndio.
Outro dos efeitos do vento no comportamento do fogo é que ele seca os combustíveis, fazendo
com que queimem melhor e mais rapidamente. (Fig. 14.7)
• Temperatura
Os combustíveis pré-aquecidos pelo sol ardem com maior rapidez do que os combustíveis
frios. A temperatura do solo também influi na movimentação das correntes de ar. A
temperatura tem influência direta sobre os Brigadistas de Incêndio, tornando-os mais
estafados e cansados para o combate.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Umidade
A umidade em forma de vapor d’água está sempre presente no ar. A quantidade de umidade que
está no ar afeta a quantidade que está no combustível. O conteúdo de umidade dos combustíveis
é uma consideração importante no combate a incêndios, visto que os combustíveis leves são os
que têm maior facilidade em umedecer. Úmidos, esses combustíveis queimam lentamente e não
produzem calor suficiente para incendiar os combustíveis pesados, tornando mais lenta a
propagação.
Topografia do terreno
• Aclive
O fogo queima com mais rapidez para cima, porque, no alto, as chamas encontram maior
quantidade de combustível, aliando-se aos gases quentes que produzem a convecção.
• Declive
O fogo é lento porque as correntes de convecção vão no sentido oposto aos combustíveis, não os
aquecendo. Em declives íngremes, troncos incandescentes podem rolar, causando riscos para os
Brigadistas de Incêndio, quer pelo impacto com o material, quer pela possibilidade que este tem
de conduzir o fogo para a retaguarda dos Brigadistas de Incêndio, colocando-os entre duas
frentes.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Incêndio subterrâneo
Quando há queima de combustíveis abaixo do solo, tais como húmus, raízes e turfa. Este
tipo de incêndio é normalmente de combustão lenta e sem chamas, porém, de difícil extinção.
• Incêndio rateiro
Quando há queima de combustíveis de baixa estatura, tais como: vegetação rasteira, folhas e
troncos caídos, arbustos, etc.
Este é o tipo de incêndio que ocorre com maior freqüência, é conhecido também por incêndio de
superfície.
• Incêndio aéreo
Quando há queima de combustíveis que estão acima do solo, tais como galhos, folhas,
musgos, etc. Este tipo de incêndio ocorre geralmente em dias de muito vento e baixa umidade
relativa do ar, e é conhecido também por incêndio de copas.
• Incêndio total
Para extinção de incêndios em matas, há dois métodos que podem ser empregados
isoladamente ou em conjunto.
Ataque direto
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
de incêndio. O método de ataque direto deve ser usado quando o fogo não é muito violento,
permitindo que os bombeiros se aproximem da linha de fogo e, também, quando o incêndio não
está se espalhando rapidamente.
• Abafador
Deve ser aplicado sobre o fogo para extingui-lo, com movimentos de sobe e desce, sem
ultrapassar a linha do corpo. Podem ser confeccionados de ramos verdes e tiras de mangueira.
• Bomba costal
• Ferramentas agrícolas
São ferramentas comuns, (tais como pá, enxada, enxadão, etc.), utilizadas principalmente para
colocar terra sobre o fogo. (Fig. 14.20)
Ataque indireto
Neste método de combate, faz-se o aceiro ou se utiliza de uma barreira natural, e, a partir
da linha construída ou existente, faz-se o fogo de encontro.
O aceiro visa extinguir o incêndio pela retirada do material e deve ser suficientemente
largo para evitar que o fogo se propague para o outro lado. Aceiros mais largos que o necessário,
porém, significam desperdício de tempo e esforços que podem ser vitais em outras frentes.
O aceiro é composto de duas áreas: raspada e tombada. (Fig. 14.22)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Área raspada
Consiste em remover a vegetação até que a terra viva seja exposta. Para este serviço são
empregadas ferramentas manuais como enxadas, enxadões e ancinhos ou máquinas como trator
de pá ou com rastelo. Deve-se, na medida do possível, evitar o encontro com vegetação de
grande porte. Caso o encontro com esta vegetação não possa ser evitado, deve-se removê-la com
o emprego de foice, machado ou moto-serra. Toda a vegetação retirada da área raspada, caso não
esteja queimada, deve ser removida em direção à área a preservar, para, mais tarde, evitar uma
grande carga de incêndio pela utilização do fogo de encontro.
• Área tombada
Fogo de encontro
Técnica utilizada após a execução do aceiro. Consiste em atear fogo na área tombada em
direção ao incêndio, visando alargar o aceiro.
Quando se deixa o fogo queimar até o aceiro, há o perigo de o fogo pular alinha,
devendo-se, sempre que possível, usar o fogo de encontro a partir do aceiro. A queima a partir
do aceiro deve ser feita tão logo este esteja construído e após ordem do Comandante da
Operação.
Cuidados a serem tomados:
• Ficar atento aos focos de incêndio que possam surgir dentro da área protegida.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Onde for possível, usar o fogo de encontro a partir de uma barreira natural.
Se não houver condições seguras e certas de que o fogo de encontro resolverá, devido ao
vento ou outros óbices, não executar este procedimento.
8.6. RESCALDO
• Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de que foi extinto.
• Cortar ou apagar com água troncos que possam soltar faíscas além do aceiro.
• Espalhar todo o material incandescente que não puder ser extinto com água ou terra para
dentro do perímetro (se for o caso, enterrá-lo).
• Colocar todo o combustível roliço em posição que não possa rolar e ultrapassar o aceiro.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
A extinção de incêndio em mata é um serviço perigoso e exaustivo e requer do Brigadista
de Incêndio uma tenacidade acima do normal.
Toda operação de combate a incêndio deve Ter um Posto de Comando onde haja
condições de comunicação, atendimento em primeiros socorros e viaturas para deslocamentos
rápidos, planejamento e controle da operação.
O incêndio em mata tem um comportamento genérico. Devido à temperatura e à umidade
do ar, ele tem menos intensidade na madrugada e maior intensidade entre às 10:00 e às 18:00
horas. Portanto, seria lógico intensificar o combate durante a madrugada. Porém, deve-se levar
em conta a pouca visibilidade neste horário, o que afeta diretamente a segurança dos bombeiros.
Só uma análise apurada sobre o tipo de vegetação e terreno pode apontar qual o melhor horário
para intensificar os trabalhos. Uma coisa é certa, O COMBATE A INCÊNDIO EM MATAR
DEVE SER FEITO ININTERRUPTAMENTE ATÉ A SUA TOTAL EXTINÇÃO.
O combate deve ser feito em equipes, não devendo nunca o Brigadista de Incêndio
trabalhar isolado. Cada equipe deve possuir rádio capaz de transmitir o andamento do serviço
receber instruções do Comandante da Operação.
Ao se optar pelo ataque indireto, deve-se observar a existência de barreiras já construídas
(como estadas), que devem ser usadas como aceiros.
Ao usar a técnica de fogo de encontro, deve-se calcular o local onde os dois fogos vão se
encontrar. Este local deve ser suficientemente distante da linha de aceiro, para evitar que a
grande quantidade de fuligem produzida seja transportada pelo vento para trás deste ponto,
criando outros focos de incêndio.
Os Brigadistas de Incêndio que vão trabalhar à noite devem chegar ao local do incêndio
antes que escureça para reconhecer o terreno à luz do dia. Chegando ao local, devem,
primeiramente, determinar o caminho para escapar, se for necessário.
O trabalho de extinção em matas é desgastante. O período em serviço não deve exceder
12 horas seguidas e o descanso não deve ser menor que 8 horas.
Os serviços de extinção só devem ser abandonados após rescaldo criterioso, ficando a
área queimada em observação para alerta imediato em caso de reignição.
As equipes de extinção devem Ter apoio do serviço de meteorologia local e de vigias,
que alertarão principalmente sobre as mudanças do vento.
O chefe de cada equipe deve ter constante e rigoroso controle do pessoal e equipamento.
Deve-se prever suficiente quantidade de suprimentos e equipamentos para o período de
combate. Deve-se, também, tomar cuidado quando se trabalha em local de vegetação muito
densa (que atrapalha a movimentação) e quando há grande quantidade de combustíveis entre o
aceiro e o incêndio.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Em outros países, com tradição no combate a incêndio, existe um ditado indígena que
diz: “O combatente deve ficar sempre com um pé no preto”, ou seja, com rota de escape pela
área já queimada.
1. Capacete
2. Bandó (protetor posterior do pescoço)
3. Óculos de proteção
4. Capa
5. Luvas
6. Botas
• Rádios
• Faca/facão
• Material de primeiros socorros no Posto de Comando
• Ambulância com pessoal habilitado
• Binóculo
• Apito
• Cordas (cabos)
• Cantis e reservatório d’água (Fig. 14.24)
Fig. 14.24 – Equipamento de proteção coletiva: 01. Kit de primeiros socorros, 02. Cabos, 03.
Sked, 04. Machado, 05. Gancho para captura de ofídios, 06. Laços para captura de ofídios, 07.
Vasilhame contendo água potável, 08. Cantil, 09. Enxada, 10. Binóculo, 11. Faca e acessórios
multiuso, 12. GPS (Computador para navegação em matas), 13. HT, 14. Bússolas, 15. Bússolas,
16. Caixa de ofídios.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
cabendo ao chefe o controle de seu grupo.
A verificação constante de efetivo e de equipamento deve ser prioritária.
Para algumas operações deve-se destacar um vigia que fica longe, com rádio, apito e
binóculos, para evitar que os combatentes sejam envoltos pelo fogo.
Deve-se garantir sempre a segurança individual e coletiva e identificar todas as situações
para garantir o sucesso no combate ao incêndio florestal.
É importante manter sempre contato com o Posto de Comando e elaborar, em todo
ataque, as rotas de fuga.
Deve-se, também, zelar pelo cuidado, manutenção e bom uso das ferramentas de combate
a incêndios em mata (principalmente quando fora da época de fogo em mato, quando deve ser
feitas as previsões de necessidade para preparação para o período crítico).
Capítulo 15
PRIMEIROS SOCORROS
OBJETIVOS
Este capitulo tem por objetivo ensinar aos cabos e Brigadistas de Incêndio da
ESprinklers os conceitos e técnicas básicas de Pronto Socorrismo. Após conhecer as
técnicas e conceitos aqui tratados, o socorrista terá subsídios para proporcionar às
vítimas de acidentes e traumas o suporte básico da vida. Para tanto, aliada à teoria
apresentada neste capítulo, o socorrista deverá receber treinamentos práticos
constantes, sem os quais jamais irá adquirir a segurança necessária para um bom
desempenho no atendimento a acidentados.
1. Introdução
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
É da maior importância que o socorrista conheça e saiba colocar em prática o suporte
básico da vida. Saber fazer o certo na hora certa pode significar a diferença entre a vida e a
morte para um acidentado. Além disso, os conhecimentos na área podem minimizar os
resultados decorrentes de uma lesão, reduzir o sofrimento da vítima e colocá-la nas melhores
condições para receber o tratamento definitivo.
O domínio das técnicas do suporte básico da vida permitirá que o socorrista identifique o
que há de errado com a vítima; levante ou movimente-a, quando isso for necessário, sem
causar lesões secundárias; e, finalmente, transporte-a e transmita informações sobre seu
estado ao médico que se responsabilizará pela seqüência de seu tratamento.
2. AVALIAÇÃO INICIAL
• A vítima. Está consciente? Tenta falar alguma coisa ou aponta para qualquer parte do corpo
dela.
• As testemunhas. Elas estão tentando dar alguma informação? O socorrista deve ouvir o que
dizem a respeito dos momentos que antecederam o acidente.
• Mecanismos da lesão. Há algum objeto caído próximo da vítima, como escada, moto,
bicicleta, andaime, etc? a vítima pode ter sido ferida pelo volante do veículo?
• Deformidades e lesões. A vítima está caída em posição estranha? Ela está queimada? Há
sinais de esmagamento de algum membro?
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Sinais. Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima? Ela vomitou? Ela está tendo convulsões?
As informações obtidas por esse processo, que não se estende por mais do que alguns
segundos, são extremamente valiosas na seqüência do exame, que é subdividido em duas
partes. A análise primária e secundária do paciente.
A análise primária é uma avaliação realizada sempre que a vítima está inconsciente e é
necessária para se detectar as condições que colocam em risco iminente a vida do paciente. Ela
se desenvolve obedecendo às seguintes etapas:
• determinar inconsciência;
• abrir vias aéreas;
• checar respiração;
• checar circulação;
• checar grandes hemorragias.
Determinar inconsciência
Se o paciente não responde a estímulos, realizar a abertura das vias aéreas para que o ar
possa ter livre passagem aos pulmões.
A manobra de abrir as vias aéreas pode ser realizada de dois modos:
LEMBRAR QUE:
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
ACIDENTE, É PORTADOR DE TRAUMA NA MEDULA ESPINAL ATÉ PROVA EM
CONTRÁRIO.
LEMBRAR QUE:
Para as vítimas que tem afastada a possibilidade de lesão cervical, o método consiste na
colocação dos dedos, indicador, médio e anular, no maxilar do paciente, com o indicador na
parte central do queixo, que será suavemente empurrado para cima enquanto a palma da outra
mão será colocada na testa, empurrando a cabeça e fazendo-a realizar uma suave rotação. (Fig.
15.2)
Fig. 15.2 – Abrir vias aéreas pela elevação do queixo e rotação de cabeça
Tríplice manobra
Para as vítimas com suspeita de lesão na coluna cervical, o método anterior é contra-
indicado. Para esses casos, deve-se empregar a tríplice manobra, na qual o socorrista,
posicionando-se ajoelhado, atrás da cabeça da vítima, coloca os polegares nas bochechas da
vítima, os indicadores na mandíbula dela e os demais dedos na nuca da vítima e exerce tração
em sua direção. Enquanto traciona, os indicadores, posicionados nos ângulos da mandíbula,
empurram-na para cima. (Fig. 15.3)
Fig. 15.3 – Posição das mãos na cabeça do paciente, e exercendo tração na cabeça. Indicadores
empurrando a mandíbula para cima.
Checar respiração
Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se o paciente está respirando
espontaneamente. Para realizar essa avaliação, o socorrista deve colocar o seu ouvido bem
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
próximo da boca e do nariz do paciente e olhar, ouvir e sentir a respiração. (Fig. 15.4)
Checar circulação
Se o paciente não respirar, deve-se determinar o pulso na artéria carótida. Começar por
localizar no paciente o “pomo de Adão”, colocando o dedo indicador e médio nessa estrutura e
deslizando-os para a lateral do pescoço, entre a traquéia e a parede do músculo ali existente.
Nesse local encontra-se uma depressão, onde poderá ser sentido o pulso carotídeo. (Fig. 15.5)
O socorrista não deve posicionar seus dedos no lado oposto àquele em que se encontra.
Além da possibilidade de não se aplicar pressão suficiente, esta estratégia pode pressionar a
traquéia e causar embaraço à passagem do ar ou uma uma convulsão, ou a súbita movimentação
do paciente poderá provocar lesões desnecessárias.
Para checar o pulso carotídeo, deve-se gastar 5 a 10 segundos.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Checar a existência de grandes hemorragias
Após constatar a presença de pulso, deve-se procurar por grandes hemorragias e estancá-
las, utilizando qualquer um dos métodos de estancamento que serão que serão ensinados mais à
frente.
Se o paciente estiver respirando adequadamente, tiver pulso e não possuir hemorragias,
ou estas se encontrarem sob controle, pode-se iniciar a análise secundária.
Na realização da análise primária não se deve dispender mais do que 30 segundos.
Considerações especiais
Fig. 15.6 – Esticar o braço do paciente para cima da cabeça, mantendo as suas pernas retas.
Fig. 15.7 – Segurar a nuca do paciente com uma das mãos e, com a outra, segurá-lo pela axila.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Múltiplo pacientes
Se o socorrista, no local de ocorrência, tiver que assistir a mais de uma vítima, deve
realizar análise primária e controlar todos os problemas que colocam em risco iminente a vida
dos pacientes, antes de realizar análise secundária em quem quer que seja.
• Sinais – tudo o que se observar no paciente, como, por exemplo, cor de pele,
diâmetro das pupilas, etc.
Entrevista
A análise secundária não é um método fixo e imutável, pelo contrário, ele é flexível e
será conduzido de acordo com as características do acidente e experiência do socorrista.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
De modo geral, deve-se, nessa fase, conseguir informações como:
Fig. 15.10 – Constatação de inconsciência em bebês.
nome do paciente, sua idade, se é alérgico, se toma algum medicamento, se tem qualquer
problema de saúde, qual sua principal queixa, o que aconteceu, onde estão seus pais ou parentes
(se for uma criança), se tem feito uso de algum medicamento ou se apresenta algum antecedente
clínico relevante para a sua estabilização.
Esse exame não deverá demorar mais do que 2 ou 3 minutos. O tempo total gasto para
uma análise secundária poderá ser reduzido se um segundo socorrista cuidar de obter os sinais
vitais, enquanto o primeiro socorrista executa o exame do paciente.
Durante o exame, o socorrista deve tomar cuidado para não movimentar
desnecessariamente o paciente, pois lesões de pescoço e coluna espinal, ainda não detectadas,
poderão ser agravadas.
Tomar cuidado para não contaminar o ferimento e/ou agravar lesões. Não explorar dentro
de ferimentos, fraturas e queimaduras. Não puxar roupa ou pele ao redor dessas lesões.
O exame da cabeça aos pés é uma denominação tradicional. Atualmente tem sido
pacífico o entendimento que a avaliação propriamente dita deva começar pelo pescoço, para
detecção de possíveis lesões na coluna cervical. (Fig. 15.13 e15.14)
Ao se proceder a um exame da cabeça aos pés, procurar seguir o método abaixo indicado:
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Examinar o couro cabeludo, procurando cortes e contusões.
Fig. 15.14 – Exame da cabeça para detectar cortes, contusões, deformações e depressões.
• Examinar os olhos, procurando lesões e avaliando o diâmetro das pupilas, de acordo com a
Tabela 15.1
Fig. 15.15 – Exame das orelhas à procura de hematomas e perda de sangue ou líquido.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
TIPOS DE RESPIRAÇÃO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Examinar os membros superiores desde o ombro e a clavícula até as pontas dos dedos,
procurando por ferimentos, fraturas e áreas dolorosas. Checar presença de pulso distal e
sensibilidade neurológica. (Fig.15.20
SINAIS VITAIS
• pulso e
• respiração.
Aliado ao exame da cabeça aos pés, esses sinais são valiosas fontes de informação, que
permitem um diagnóstico provável do que está errado com o paciente e, o que é muito
importante, quais são as medidas que devem ser tomadas para corrigir o problema.
Esses sinais estão esquematizados nas Tabelas 15.3, 15.4 e 15.5.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
COR DA PELE
Observação Causa Provável
Vermelha acidente vascular cerebral, hipertensão arterial,
ataque cardíaco, coma diabético
Pálida, Cinzenta choque, ataque cardíaco, hemorragia, colapso
circulatório, choque insulínico
Azulada, Cianótica deficiência respiratória, arritmias, falta de
oxigenação, doenças pulmonares, certos
envenenamentos
Tabela 15.3
TEMPERATURA DA PELE
Observação Causa Provável
Fria, Úmida choque, hemorragia, perda de calor do corpo,
intermação
Fria, Seca Exposição ao frio
Fria, com sudorese excessiva choque, ataque cardíaco
Quente, Seca febre alta, insolação
Quente, Úmida Infecções
Tabela 15.4
Para medir a taxa respiratória, deve-se contar o número de respirações realizadas pelo paciente
no intervalo de 30 segundas e multiplicar por 2. (Fig. 15.21)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
PULSO
Pequenas variações para mais ou para menos devem ser consideras normais, levando-se
em consideração o “stress” do paciente envolvido em um acidente ou com um súbito problema
de saúde.
Considerar como sinal bastante sério, pulsos abaixo de 50 ou acima de 100 por minuto,
em pacientes adultos, e abaixo de 60 batidas por minuto, em crianças.
(Tabs. 15.6 e 15.7)
TIPOS DE PULSO
Rápido e Forte hemorragia interna (estágios iniciais), ataque cardíaco,
hipertensão
Rápido e Fraco choque, fadiga pelo calor, coma diabético, falência do sistema
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
circulatório
Lento e Forte acidente vascular cerebral, fratura de crânio, lesão no sistema
nervoso central
Ausência de pulso parada cardíaca
Tabela 15.7
TOMANDO O PULSO
3. RESPIRAÇÃO
Respirar é essencial. Se esse processo básico cessar todas as outras funções vitais também
serão paralisadas.
Com a parada respiratória, o coração em pouco tempo também vai deixar de bater. Quando
isso ocorre, lesões irreversíveis nas células do sistema nervoso central começam a acontecer,
após um período de aproximadamente seis minutos.
Dentro da análise primária, o socorrista deve promover a abertura das vias aéreas e
assegurar, desta forma, a respiração adequada. Utilizar o método de elevação do queixo e
rotação da cabeça para vítima que seguramente tem afastada a possibilidade de lesão cervical.
Caso haja suspeita desse tipo de lesão, optar pela tríplice manobra para prover a ventilação
necessária.
Qualquer desses métodos assegurará adequada abertura das vias aéreas, o que, em muitos
casos, resolverá os problemas de obstrução parcial, principalmente aqueles causados pela própria
língua da vítima.
• Posicionar-se de modo adequado e abrir as vias aéreas do paciente, optando por um dos
métodos vistos, de acordo com a necessidade do paciente.
• manter as vias aéreas do paciente liberadas, colocando a palma de uma das mãos na testa do
paciente ao mesmo tempo que, com o indicador e o polegar, fecha completamente o nariz do
paciente; (Fig. 15.23)
• ventilar o paciente, observando ao mesmo tempo a expansão torácica. Essa ventilação durará
de um a um segundo e meio;
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• afastar a boca da boca do paciente e observar a exalação do ar. (Fig. 15.25)
• repetir a ventilação;
• se o paciente não iniciar a ventilação espontânea, checar o pulso carotídeo para ver se não
será necessário iniciar a RCP; (Fig. 150.26)
• ventilar uma vez a cada 4 segundos, se o paciente for criança com idade entre 1 a 8 anos;
• ventilar uma vez a cada 3 segundos, se o paciente for bebê, com idade variando entre 0 a 1
ano.
Boca-nariz
• manter as vias aéreas do paciente abertas, exercendo pressão na testa do paciente com uma
das mãos, e, com outra, pressionando o seu maxilar inferior, de forma a fechar-lhe a boca;
(Fig. 15.27 e 15.28)
Boca-máscara
Máscaras faciais são excelentes equipamentos para auxiliar o socorrista durante uma
respiração artificial. Elas permitem reduzir os esforços para manutenção das vias aéreas abertas
e, principalmente, reduzem os problemas de higiene e contágio de doenças transmissíveis,
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
sempre possível quando do contato direto pelo método boca-boca.
A máscara facial pode ser utilizada com ou sem emprego da cânula de Guedel.
Para prover boca-máscara em um paciente, o socorrista deve:
• Posicionar-se atrás da cabeça do paciente e abrir as suas vias aéreas, utilizando-se da tríplice
manobra. Se necessário, limpar as vias aéreas.
• Colocar o equipamento de tal forma que o ápice da máscara ( elas são triangulares) cubra o
nariz do paciente, e a base se posicione entre o queixo do paciente.
• Segurar a máscara firmemente contra a face do paciente enquanto mantiver as suas vias
aéreas abertas. (Fig. 15.31)
• Continuar esse ciclo, efetuando a respiração artificial, de acordo com o tipo do paciente.
Há muitos fatores que podem causar obstrução das vias aéreas, total ou parcialmente. No
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
nível do suporte básico da vida nós pode-se atuar e corrigir as mais comuns, que são:
Uma vítima está tendo obstrução parcial das vias aéreas quando:
• embora respire, a cor de sua pele está azulada (cianótica), principalmente ao redor dos lábios,
leito das unhas, lóbulo das orelhas e língua;
• está tossindo.
Nestes casos, a vítima estará consciente e o socorrista apenas irá encorajá-la a tossir,
aguardando que o corpo estranho que vem causando a obstrução seja expelido.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Obstrução causada por corpo estranho em vítima inconsciente
• Colocar a palma de uma das mãos no ponto médio ente o umbigo e a ponta do osso esterno
(apêndice xifóide) do paciente, com os dedos apontando para o queixo do paciente.
• Colocar a outra mão por sobre a primeira e posicionar os ombros de modo a coincidir com o
abdome do paciente.
• Pressionar com as mãos para dentro e para frente, em direção ao diafragma do paciente,
como se o socorrista estivesse tentando empurrar os ombros do paciente.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Colocar o cotovelo direito na crista ilíaca direita do paciente e fechar a mão direita.
• Com a mão esquerda, encontrar a ponta do osso esterno do paciente e colocar a raiz do
polegar da mão direita dois dedos abaixo desse ponto.
Fig. 15.38 – Brigadista de Incêndio posicionando a mão para realizar a MANOBRA em uma
vítima consciente.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 15.39 – Brigadista de Incêndio realizando a manobra em uma vítima consciente.
• Pressionar o abdome do paciente puxando-o para si e para cima CINCO vezes. Essa
compressão deve ser suficiente para erguer o calcanhar do paciente do solo. (Fig. 15.39)
• Se a vítima da obstrução for a própria pessoa a fazer a manobra, deve utilizar-se do espaldar
de uma cadeira. (Fig. 15.41)
Fig. 15.41 – Vítima utilizando-se de uma cadeira para realizar a MANOBRA DE HEIMLICH.
OBS. Deve-se tomar cuidado ao posicionar o braço ao redor da cintura do paciente para não
ocasionar fratura de costela.
• Segurar o bebê com um dos braços, deixando as costas do pequeno voltadas para cima e a
cabeça mais baixa que o tronco. (Fig. 15.42)
• Dar CINCO pancadas com a palma outra mão entre a omoplata do bebê.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Girar o bebê de modo que ele fique de frente, ainda mantendo a cabeça mais baixa do que o
tronco, e efetuar CINCO compressões torácicas através da pressão dos dedos indicador e
médio sobre o osso esterno. O ponto ideal para realizar a compressão é obtido colocando-se a
ponta dos dedos cerca de um centímetro abaixo da intersecção entre o esterno e a linha
imaginária que liga os dois mamilos. (Fig. 15.44)
• Colocar o bebê em uma superfície plana e tentar retirar o corpo estranho, utilizando-se do
dedo mínimo (Fig. 15.45)
Fig. 15.45 – Brigadista de Incêndio retirando um corpo estranho que está obstruindo as vias
aéreas do bebê.
OBS. Não explorar cegamente as vias aéreas de bebês e crianças, pois existe o risco de empurrar
o corpo estranho mais profundamente. Deve-se olhar atentamente o interior da boca do paciente,
antes de tentar segurar e retirar o objeto que está causando a asfixia.
4. PARADA CARDÍACA
Quando o coração pára de bombear sangue para o organismo, as células deixam de receber
oxigênio. Existem órgãos que resistem vivos, até algumas horas, porém, os neurônios do sistema
nervoso central (SNC) não suportam mais do que seis minutos sem serem oxigenados e entram
em processo de necrose. Desta forma, a identificação e a recuperação cardíaca devem ser feitas
de imediato. Caso haja demora na recuperação cardíaca, o SNC pode sofrer lesões graves e
irreversíveis, e o paciente pode, até mesmo, morrer.
4.1. Identificação
• Inconsciência
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Ausência de respiração
• Ausência de circulação
12.5. TRATAMENTO
O socorrista deverá iniciar a massagem cardíaca externa o mais cedo possível. Para
realizá-la deve-se:
• Localizar o apêndice xifóide com o dedo indicador da mão esquerda. (Fig. 15.46)
• Colocar dois dedos da mão direita logo acima do indicador da mão esquerda. (Fig. 15.47)
• Após colocar os dois dedos, posicionar a palma da mão esquerda. (Fig. 15.48)
• Posicionar a mão direita sobre a mão esquerda, cruzando os dedos. (Fig. 15.49)
Os ombros do socorrista devem estar paralelos ao osso esterno do paciente e os seus braços
não flexionados.
Somente a região hipotenar da palma da mão toca o esterno do paciente, evitando-se, dessa
forma, pressionar as costelas.
Em adultos a pressão a ser exercida sobre o esterno deverá fazer com que ele desça cerca de
4 a 5 cm.
Fig. 15.47 – Brigadista de Incêndio localizando a posição que está dois dedos acima do apêndice
xifóide.
Fig. 15.49 – Brigadista de Incêndio posicionado para iniciar a massagem cardíaca externa.
Em crianças, com idade entre 1a 8 anos, a pressão deve ser exercida com apenas uma das
mãos, e o esterno deve descer de 2,5 a 4 cm. (Fig. 15.50)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 15.50 – Brigadista de Incêndio realizando a massagem cardíaca externa em uma criança.
Em bebês, com idade variando de 0 a 1 ano, a pressão é realizada com dois dedos,
posicionando-os na interseção do osso esterno com uma linha imaginária ligando os mamilos,
fazendo o esterno descer de 1 a 2,5 cm. (Fig. 15.51)
RCP – UM SOCORRISTA
• o paciente tiver em condições de contar com recursos mais avançados e com pessoal apto
para prosseguir no tratamento;
5. HEMORRAGIA
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Hemorragia é a ruptura de vasos sangüíneo, com extravasamento de sangue.
A gravidade da hemorragia se mede pela quantidade de sangue perdido e pela rapidez com
que ele é perdido.
A perda de sangue pode ocasionar o estado de choque e levar a vítima à morte.
A hemorragia divide-se em interna e externa.
SINTOMAS
• fraqueza;
• sede;
• frio;
SINAIS
• agressividade ou passividade;
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• sudorese;
• pupilas dilatadas.
IDENTIFICAÇÃO
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja hemorragia interna quando:
• houver ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax ou
abdome;
Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, existe suspeita de uma hemorragia
no cérebro.
Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, provavelmente a hemorragia será no
pulmão; se vomitar sangue será no estômago; se evacuar sangue, será nos intestinos (úlceras
profundas); e se houver perda de sangue pela vagina, poderá estar ocorrendo um processo
abortivo.
Normalmente estas hemorragias se dão (se não forem por doenças especiais) logo após
acidentes violentos dos quais o corpo suporta pressões muito fortes (colisões, soterramentos,
etc.).
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
e a perda é de forma contínua e com pouca pressão. São menos graves que as hemorragias
arteriais, porém, a demora no tratamento pode ocasionar sérias complicações.
As hemorragias capilares são as pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre
que recobrem a superfície do corpo. (Fig. 15.52)
• Tamponamento: pequenas, médias e grandes hemorragias podem ser detidas pela obstrução
do fluxo sangüíneo, com as mãos ou, preferencialmente, com um pano limpo ou gaze
esterilizada, fazendo um curativo compressivo. É o melhor método de estancar uma
hemorragia. (Fig. 15.54)
• Torniquete: é uma medida extrema que só deve ser adotada em último caso e se todos os
outros métodos falharem. Consiste em uma faixa de constrição que se aplica a um membro,
acima do ferimento, de maneira tal que se possa apertar até deter a passagem do sangue
arterial. O material a ser utilizado poderá ser o que houver à mão (gravata, lenço, toalha,
suspensório, etc.), não devendo ser inferior à 2,5 cm de largura para não afetar os tecidos.
Deve-se usar um pequeno rolo de gaze sobre a artéria para ajudar a compressão. Uma vez
realizado o torniquete não se deve mais afrouxá-lo. A parte do corpo que ficou sem receber
sangue libera grande quantidade de toxinas e, se o torniquete for afrouxado, estas toxinas
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
vão sobrecarregar os rins, podendo causar maiores danos à vítima. (Fig. 15.56 a 15.58)
O torniquete só poderá ser retirado no hospital, quando medidas médicas forem tomadas.
Nos casos de hemorragias internas, pouca se pode fazer como primeiros socorros, além
de:
6. FERIMENTO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
ferimento é toda a lesão pele (corte, perfuração), permitindo um contato do interior do
organismo com o meio externo (propiciando a contaminação). Se não for adequadamente
tratado, pode levar a uma infecção localizada da ferida e mesmo à morte.
Os ferimentos podem ser superficiais ou profundos. Todo ferimento profundo pode levar
ao estado de choque, portanto, seu tratamento consiste em prevenir o choque.
6.1. IDENTIFICAÇÃO
Geralmente os ferimentos são visíveis, causam dor, originam sangramento e são vulneráveis
à infecção.
6.2. TRATAMENTO
Sempre que possível, a extremidade do membro ferido deverá ficar descoberta, para se
observar se a circulação está se processando normalmente (perfusão capilar). (Fig. 15.60 e
15.61)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 15.61. – ...São imobilizados como se encontram.
Trata-se de lesão que permite que a cavidade torácica fique em contato com o meio
externo, possibilitando entrada e saída de ar respiração e podendo até paralisá-la. Este tipo de
lesão é conhecida como pneumotórax.
Identificação
Tratamento
• Não usar cinta ou atadura que envolva todo o tórax, pois isto dificulta a
respiração.
Trata-se de lesão que permite que a cavidade abdominal fique em contato com o meio
externo. Em virtude deste tipo de ferimento, as vísceras ou parte delas podem ficar à mostra.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Identificação
Tratamento
7. ESTADO DE CHOQUE
7.1. IDENTIFICAÇÃO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Pulso é rápido e fraco.
• Tremores de frio.
• Tonturas e desmaios.
• Pupilas dilatadas.
7.2. TRATAMENTO
• Elevar as pernas da vítima para que chegue maior quantidade de sangue à cabeça e aos
centros nervosos principais;
8. FRATURAS
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Fratura fechada: na fratura fechada não há rompimento da pele, ficando o osso no interior
do corpo. (Fig. 15.66)
• Fratura exposta: fratura na qual há rompimento da pele. Neste tipo de fratura ocorre
simultaneamente um quadro de hemorragia externa, existindo ainda o risco iminente
infecção. (Fig. 15.67)
8.1. IDENTIFICAÇÃO
• Dor local: uma fratura sempre será acompanhada de uma dor intensa, profunda e localizada,
que aumenta com os movimentos ou pressão.
• Deformação ou inchaço: ocorre devido ao deslocamento das seções dos ossos fraturados ou
acúmulo de sangue ou plasma no local. Um método eficiente para se comprovar a existência
da deformação é o de se comparar o membro fraturado com o são.
• Crepitação óssea: é um ruído produzido pelo atrito entre as seções ósseas fraturadas. Este
sinal, embora de grande valor para diagnosticar uma fratura, não deve ser usado como
método de diagnóstico para não agravar a lesão.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Observar a perfusão nas extremidades dos membros, para verificar se a tala ficou
demasiadamente apertada.
OBS. Como em qualquer traumatismo grave, a dor e o estado psicológico alterado (stress)
podem causar o choque, devendo o socorrista preveni-lo.
Em fraturas anguladas ou em articulações não se deve tracionar. Imobilizar como estiver.
(Fig. 15.68 e 15.69)
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Prevenir a contaminação, mediante assepsia local, mantendo o ferimento coberto com gaze
esterilizada ou com as próprias roupas da vítima (quando não houver gaze).
• Imobilizar com tala comum, no caso de fratura onde os ossos permaneçam no seu
alinhamento, ou empregar a tala inflável, a qual estancará a hemorragia (tamponamento) e
prevenirá a contaminação.
• Nos casos em que há ausência de pulso distal e/ou sensibilidade, o transporte urgente para o
hospital é medida prioritária.
Fig. 15.70 – Ferimento coberto com gaze e imobilizado com tala comum e fixa.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
9. GRANDES TRAUMATISMOS
Identificação
• Ferimentos na cabeça.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Vômitos e náuseas.
• Paralisia.
• Perda de reflexos.
Tratamento
• Caso haja o extravasamento de sangue ou líquido por um dos ouvidos, facilitar esta saída.
• Ministrar oxigênio.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Identificação
• Paralisia.
Tratamento
Fig. 15.76-A – Brigadista de Incêndio imobilizando o pescoço da vítima, sem provocar uma
extensão excessiva.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 15.76-C - Vítima sendo colocada na plancha longa.
Fig. 15.76-E – Vítima devidamente imobilizada na plancha longa e, pronta para ser colocada na
maca.
A bacia é uma estrutura óssea que serve para a sustentação do corpo e a proteção de
órgãos vitais internos, tais como os rins e a bexiga.
Neste tipo de fratura pode existir hemorragia interna.
Identificação
Tratamento
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Identificação
• Dor localizada.
• Respiração superficial.
• Deformação local.
Tratamento
• Evitar o choque.
10. QUEIMADURAS
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Queimaduras é u a lesão produzida no tecido de revestimento do organismo por agentes
térmicos, produtos químicos, irradiação ionizante, etc.
O tegumento (pele) tem por finalidade a proteção do corpo contra invasão de
microrganismos, a regulação da temperatura do organismo através da perda de água para o
exterior e a conservação do líquido interno. Desta forma, uma lesão traduzida no tecido
tegumentar irá alterar em maior ou menor grau estes mecanismo, dependendo da sua extensão
(área queimada) e da sua profundidade (grau de queimadura).
Pode-se dividir a queimadura em graus, de acordo com a profundidade.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Cabeça.................................................................................9%
Pescoço...............................................................................1%
Membros superiores (cada um)...........................................9%
Tórax e abdome.................................................................18%
Costas................................................................................18%
Para crianças, a porcentagem é a seguinte:
Cabeça...............................................................................18%
Membros superiores (cada um)...........................................9%
Tórax e abdome.................................................................18%
Costas e nádegas................................................................18%
Membros Inferiores (cada um incluindo nádegas).............14%
É considerada como sendo grave qualquer queimadura (mesmo que seja de primeiro grau)
que atinja 15% do corpo ou mais. (Fig. 15.81)
10.3. IDENTIFICAÇÃO
• As queimaduras de 1º grau podem ser banhadas com água fria para amenizar a
dor.
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• Lavar o local afetado com água corrente sem esfregá-lo – 5 minutos para ácidos,
15 minutos para álcalis e 20 minutos para cáusticos desconhecidos.
• Se o agente agressor for cal virgem seco, não usar água; removê-lo com escova
macia.
11. INTOXICAÇÃO
VIAS DE PENETRAÇÃO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Boca: ingestão de qualquer tipo de substância tóxica, química ou natural.
11.1. IDENTIFICAÇÃO
11.2. TRATAMENTO
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Quando os ácidos e álcalis são fortes, provocam queimaduras nas fias de
penetração. Nestes casos, deve-se diluir a substância dando água para a vítima beber.
• dor de cabeça;
• náuseas e vômitos;
• respiração acelerada;
• vertigens e desmaios.
Tratamento
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Lembrar que, em qualquer incêndio, por menor que seja, há presença de CO no ambiente.
Portanto, não entrar e não permitir que pessoas adentrem em áreas gaseadas sem proteção
respiratória, através de máscara autônoma (EPR). Máscaras filtrantes e ingestão de leite são
totalmente ineficazes neste caso.
Ao atender ocorrência de intoxicação, o Brigadista de Incêndio deverá ainda manter os
sinais vitais da vítima, evitar o estado de choque e conduzi-la com urgência a um hospital
especializado.
12.1. IDENTIFICAÇÃO
• Distúrbios visuais.
• Náuseas e vômitos.
• Dificuldades respiratórias.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Convulsões.
• Torpor e inconsciência.
12.2. TRATAMENTO
• Não se deve amarrar ou fazer torniquete. Impedir a circulação do sangue pode produzir
necrose ou gangrena; o sangue deve circular normalmente.
• Não se deve cortar o local da picada; alguns venenos podem provocar hemorragias. Os cortes
feitos no local da picada com canivetes e outros objetos não desinfetados, favorecem as
hemorragias e infecções.
• Manter o acidentado deitado em repouso, evitando que ele ande, corra ou se locomova pelo
seus próprios meios. A locomoção facilita a absorção do veneno e os efeitos se agravam.
O soro cura somente quando aplicado convenientemente, de acordo com os seguintes itens:
• Soro específico.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Em quantidade suficiente.
• Umidade: quanto maior a umidade relativa ao ar , mais difícil será a evaporação cutânea e,
consequentemente, o corpo acumulará maior quantidade de calor.
13.1. IDENTIFICAÇÃO
• Dor de cabeça.
• Náuseas.
• Vômitos.
• Tonturas.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Inconsciência e coma profundo.
• Insuficiência respiratória.
13.2. TRATAMENTO
• Banhar a vítima em água fresca, acompanhando sua temperatura a cada 15 minutos, evitando
resfriamento brusco do corpo.
14.1. IDENTIFICAÇÃO
• Tontura.
• Sensação de mal-estar.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
• Suor frio.
• Perda da consciência.
14.2. TRATAMENTO
• Arejar o ambiente.
A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza por causar crises
de convulsões (ataques) em sua forma mais grave.
Os ataques ou convulsões se caracterizam por:
• Perda da consciência.
Pode ainda ocorrer o relaxamento dos esfincteres com micção e evacuação involuntárias.
Ao despertar, o doente não se recorda de nada do que aconteceu durante a crise e sente-se
muito cansado, indisposto e sonolento.
A conduta do socorrista no ataque epilético consiste, principalmente, em proteger o
doente e evitar complicações. Deve-se deixar o paciente com roupas leves e desapertadas (as
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
contrações musculares aumentam a temperatura corpórea) e virá-lo de lado para que não se
aspire as secreções ou o vômito para os pulmões.
Um cuidado especial deve ser dado à boca, pois o doente pode ferir-se, mordendo a
língua ou as bochechas. Para tanto, interpõe-se um calço (pedaço de pano, por exemplo) entre os
dentes superiores e inferiores, impedindo que eles se fechem. Esta manobra, entretanto, deve ser
cuidadosa, pois o socorrista poderá ser mordido, ou o objeto poderá causar obstrução
respiratória. Cessada a crise, que dura de 1 a 5 minutos, o doente deverá receber limpeza
corpórea, ingerir líquidos e repousar em ambiente silencioso.
É preciso que os curiosos sejam afastados do local, pois esta doença acarreta um grande
senso de inferioridade e a presença de estranhos apenas contribui para a acentuação do problema
psicológico.
Deve-se orientar o paciente para voltar a procurar seu médico, pois haverá necessidade de
ajustar a dose da droga em uso.
a grande maioria dos partos se resolvem espontaneamente, apenas sendo assistidos pelo
médico ou obstetra. Haverá situações em que o parto acontecerá antes de a parturiente chegar ao
hospital, ou mesmo à caminho dele. Nestes casos, deve-se estar treinado para assistir
(acompanhar) ao parto.
No final da gestação, a parturiente começa a apresentar sinais e sintomas que são
indicativos do início do trabalho de parto.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
15.2. PROCEDIMENTOS GERAIS
• Sem expor a parturiente, ela deverá estar livre de todas as vestimentas que possam obstruir o
canal de nascimento.
• Sempre o marido, os pais ou outro parente próximo deverá acompanhar, o tempo todo, a
parturiente.
• Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser o mais discretos possível e manter ao
máximo a privacidade da gestante.
• Não permitir que a gestante vá ao banheiro se são constados os sinais do parto iminente.
• Colocar a parturiente deitada de constas, com os joelhos elevados e as pernas afastadas uma
da outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de expulsão cada vez que sentir
uma contração uterina.
• À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em cada contração.
Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o parto; nunca se deve tentar puxar a
cabeça da criança para apressar o parto.
• À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos, sem imprimir
nenhum movimento, que não o de sustentação.
• Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento de giro e, então,
sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo com cuidado. Nunca puxar a
criança, nem o cordão umbilical; deixar que a mãe expulse naturalmente o bebê.
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Fig. 15.82 – Posição para o parto.
• Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com gaze ou pano
limpo e assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança não chorar ou respirar, segurá-
la de cabeça para baixo, pelas pernas, com cuidado para que não escorregue, e dar alguns
tapinhas nas costas para estimular a respiração. Desta forma, todo o líquido que estiver
impedindo a respiração sairá.
Fig. 15.84 – Saída do bebê desde o interior do útero até as mãos do socorrista.
• Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente, insuflando
apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como ocorre em um movimento
respiratório normal.
• O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o nascimento.
CAPÍTULO 16
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MANUAL DO BRIGADISTA DE INCÊNDIO
INSPEÇÃO DE INCÊNDIO
OBJETIVOS
1. INTRODUÇÃO
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