História Da Música I
História Da Música I
História Da Música I
História da Música I
A MÚSICA CRISTÃ
INTRODUÇÃO.
1
Cf. DELLA-CORTE, A. e PANNAIN, G. História De La Música. Barcelona, Editorial Labor, 1965.
2
Cf. História da Música Clássica (Fascículo 1). Madrid, Ediciones del Prado, 1995.
4
Figura 2 Lira
3
Cf. MICHELS, Ulrich. Atlas de Música. Madrid, Alianza Editorial, 1989, p.179.
5
Quadro 1 Cronologia
Liturgia Bizantina.
6
Século I
Século IV
Séculos V e Século VI
4
Id. ibid.p.183
8
Quadro 2 Cronologia
Música Bizantina
Fontes:
9
Sistema Musical
Prática Musical
Cenóbios
Formas de Canto
Notação
Audição Musical I
Grécia Anti ga
Cantos Bizanti nos
5
Cf. DELLA-CORTE, A. PANNAIN, G. Op. cit. p.26; MICHELS, Ulrich. Op. cit. p.183
6
Cf. MICHELS, Ulrich. Op. cit. p.181.
13
Música Cristã
Fontes
Anti go Testamento
Novo Testamento.
Evangelhos.
Obras de teóricos da Igreja.
Textos dos sermões e hinos.
14
Prática Musical
Teoria Musical
Notação Musical
Livros da Igreja
Audição Musical II
Melchites e Gaules
Cantos Bíblicos
17
Canto Gregoriano
A Seqüência e o Tropo
8
BENNET, Roy. Uma Breve História da Música. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1986.
19
9
MICHELS, Ulrich. Op. cit. p.191.
20
O Drama Litúrgico
Origem
21
Introdução
expansão lírica da melodia inventada. Por isso, à voz principal dá-se o nome
de tenor, porque sustenta a invenção melódica da vox organalis , a que
também se chama dupla.
Questionário II
“ARS ANTIQUA”
“ARS NOVA”
1. Isoperiodicidade no moteto.
2. Isorritmia
Características Gerais
Formas Musicais
O Moteto
A Missa
Rondeuax (Rondó)
Lai
Virelai
Compositores e Teóricos
Instrumentos Musicais
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Alaúde
Do árabe Al’ud. Apareceu na época das Cruzadas e existi rá até
o século XVIII. De quatro a onze cordas.
O Clavicórdio
Caixa retangular que se pousa sobre a mesa, munida de um
teclado e cordas. É o antepassado do piano.
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Vielas
O Ricercare
A Frottola
Canzone
Compositores e Teóricos
Jograis
Os menestréis, como classe, não eram poetas nem compositores no sentido preciso que
damos a estes termos. Cantavam, tocavam e dançavam cantigas compostas por outras
pessoas ou extraídas do domínio público, alterando ou criando as próprias versões à
medida que andavam de região em região. As suas tradições profissionais e o seu
engenho tiveram papel de relevo no importante desenvolvimento da música secular na
Europa – esse conjunto de cantigas hoje comumente conhecidas como a música dos
travadores e troveiros.
Trovadores e Troveiros
A mais famosa destas peças representadas como teatro com música foi o
Robin e Marion, de Adam de La Halle, o último e o maior dos troveiros, composta cerca
de 1280.
Meistersinger e Meinnesinger
nos seus Minnelieder era ainda mais abstrato do que o amor dos trovadores
e ti nha, por vezes, um teor claramente religioso, sendo a música, por
conseguinte, mais sóbria.
11
RAYNOR, Henri. História Social da Música. Da Idade Média a Beethoven. Rio de Janeiro, Zahar
Editores, 1972.
46
A Bula merece citação por extenso, pois ilustra cabalmente a ati tude
conservadora no tocante a inovações na música religiosa. João XXII estava
disposto em 1323 a admiti r um esti lo considerado ofensivo 200 anos antes,
ao mesmo tempo que a proibir um posterior esti lo musicalmente mais
autônomo. A questão é, evidentemente, que tudo que pareça novo é,
portanto, perturbador.
12
STEHMAN, Jacques. História da Música Européia. Lisboa, Livraria Bertrand, 1964.
51
Ticiano, Miguel Ângelo , Leonardo Da Vinci , esses arautos das idéias novas,
que abrem de par em par as portas do futuro. Se pensarmos nos seus
contemporâneos e nos predecessores, nos poetas, nos pintores ou nos
fi lósofos, em Brughel, na Flandres, Rabelais ou Montaigne, na França,
Shakespeare, na Inglaterra, El Greco, na Espanha, encontraremos por todos
os lados resplandecentes manifestações do espírito novo, ou seja, do
individualismo oposto ao espírito coleti vo da Idade Média. Pela sua
poderosa personalidade, todos esses arti stas arrastam a sua época para
novas realidades humanas e morais. À parte, sem que por isso deixe de ser
igualmente característi co do seu tempo, Hieronimus Bosch, visionário
alucinado, liberta com surpreendente violência os terrores, os pesadelos e
as visões do inferno das crenças medievais. É a reação de um espírito que
ultrapassou a fase submissão. No domínio cientí fi co, é um Copérnico que
descobre o movimento dos planetas, e está prestes a surgir o gênio de
Gallileu. O universo alarga-se em todas as direções.
uma tessitura de fl uxo contí nuo, sem remendos; outras músicas de igreja
acompanhadas por instrumentos - por exemplo, peças policorais em esti lo
anti fônico, muitas vezes envolvendo fortes contrastes musicais.
Compositores
1ª Geração . (1420 - 1460): John Dunstable, Guillaume Dufay, Gille
Binchois
Formas Musicais
Reforma e Contra-Reforma. 1 3
13
RAYNOR, Henry. Op. cit.
57
Escola Romana
Características
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Estilo Palestrina
Compositores
Este ti po de música não vivia num círculo fechado, sendo ouvida por
todo o ti po de pessoas, desde reis até cantores de rua, passando pelos
próprios bispos. Era tão facilmente consumida e apreciada, assim como
esquecida, uma vez que a sua produção era prati camente diária. Esta
dividia-se em vários gêneros, que são caracterizados em seguida.
Itália
Alemanha
A vida musical alemã não era muito signifi cati va até meados do
século XVI, predominando o esti lo Tenorlied, uma forma mista de popular e
erudita, e de infl uências estrangeiras. Aliás, a maioria dos músicos que
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Inglaterra
Espanha
Portugal
Formas
Canti Carnascialeschi
Chanson
Estrutura Texto
Frottola
Estrutura Texto
Lied
Madrigal
proeminentes deste esti lo, apesar de estar inserido nestas últi mas duas
fases.
Estrutura Texto
Vilancico
A música instrumental
O Período Barroco. 1 4
vezes até para 12 coros acompanhados, foi ainda mais longe; para a
consagração da Catedral de Salzburg em 1628 ele compôs uma música para
dois coros duplos acompanhados cada um pelo seu contí nuo, apoiado por
cinco orquestras, duas de instrumentos de sopro, duas de cordas e uma de
metais, cada qual situado num local diferente da catedral. Toda a obra era
calcada num baixo cifrado que reduz toda a obra à ingenuidade harmônica.
A Origem da Ópera. 1 5
15
RAYNOR, Henry. Op. cit.
76
artí sti ca. A simplifi cação é justi fi cável, pois inicia a história da ópera num
ponto de parti da a parti r do qual seus futuros desdobramentos fl uem com
precisão e ordem lógica. A ópera contudo, evoluiu a parti r de variadas
causas, algumas das quais os “ cameratas” teriam repudiado com desdém.
Seja qual for a época e autenti cidade do drama popular tal como manti do
pelos folcloristas, suas sobrevivências modernas assim como os primeiros
autos dos milagres mostram que os primeiros dramaturgos europeus
escolheram uma forma na qual a música devia acrescentar intensidade as
palavras que eram por vezes cantadas e às vezes recitadas com
acompanhamento musical.
Podemos recuar ao que se poderia chamar “ drama artí sti co”, até aos
manuscritos do século X da biblioteca de St. Gall. Eles contém tropos que se
expandiram em dramas curtos independentes da liturgia. Desde as suas
origens, o drama europeu parece ter aceito a noção de música como uma
intensifi cação do drama.
Camerata Fiorenti na
Características do Barroco.
O Barroco
Estilos de Composição
Manteve a diferença estilística entre uma prática mais antiga e outra mais recente sintetizadas
nas obras de Claudio Monteverdi.
Posteriormente
Avanços Técnicos
Expressão viva e veemente dos sentimentos (estados de espíritos, ira, heroísmo, elevação
contemplativa, religiosidade, etc.)
Exploração de contrastes violentos com efeito dramático
Retórica musical (surgimento de elementos figurativos na composição musical)
83
Rítmica
Textura Musical
Concepção Musical
Essa oposição aos ideais monteverdianos converterse-á na espinha dorsal da ópera barroca
O bel canto “liberou” a melodia do rigor do gênero representativo do barroco primitivo
Deu origem à ária como protagonismo absoluto da melodia em contraste ao recitativo seco
necessário para explicar o texto ou o argumento da obra
Linguagem Musical
Monodia com acompanhamento harmônico Suporte harmônico /melódico
e/ou por uma linha de baixo baixo-contínuo) Ênfase na melodia
Composição por contraste: estilo contrastante Contraste de timbres (intercambiar 84
entre solistas e orquestra ou
solistas/coro)
Contraste de dinâmica (forte/piano)
Estilo recitativo monódico Realçar e facilitar o entendimento
texto
Ênfase nas palavras
Estilo arioso Estilo declamatório mas enriquecido
melodicamente
Missa Cantata Fragmenta o texto com coros, árias,
duetos
Simbolismo Musical
Alguns Exemplos:
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Música Poética
É a retomada dos conceitos aristotélicos de Pensar, Fazer e Criar que guiava os círculos filosóficos
do século XVI, em que se dividia a música em Teoria (theoretica), Prática (práxis) e Poética
(composição).
A música poética gira em torno da composição e é concebida como uma linguagem sonora, que
surgiu a partir da geração de um motivo, na seqüência a estruturação global para posteriormente
a execução e ornamentação (o uso de figuras retóricas). Exemplo:
d) Andamento Lento
Descartes (Tratado das Paixões) a) Assombro
b) Amor
c) Ódio
d) Desejo
e) Alegria
f) Tristeza
Ópera Veneziana
a) Liderou o campo da ópera durante o e) Árias e ariosos com cravo e orquestra
século XVII em estilo concertato com baixo
b) Apreciava a abertura francesa (lento- contínuo
rápido-lento) f) Às vezes coros e bailados
c) Recitativos secos de caráter g) Temáticas mitológicas
dramático. Caracterizam os h) O Libreto tinha muita importância,
personagens através de distintos por isso era impresso e vendido no
instrumentos dia da apresentação
d) Recitativos acompanhados de caráter
lírico e dramático
88
O Barroco na Alemanha
Características Compositores
Assimilação do estilo italiano às necessidades do Heinrich Schütz (1585-1672)
protestantismo germânico Dietrich Buxtehude (1637-1707)
Segunda metade do século XVII: influência do estilo Johann Pachebell (1653-1706)
francês na decorrência da hegemonia do absolutismo Johann S. Bach (1685-1750)
de Luís XIV
Barroco tardio: predominância da melodia lírica da
escola italiana amparada numa fortíssima presença
rítmica e ornamental do estilo francês aliado à forte
presença contrapontística e rica harmonia
Binômio recitativo/ária e abertura (overture)
tipicamente francesa (lento-rápido-lento)
Na música religiosa, além do estilo concertato
(fragmentado em passagens corais, solistas e
instrumentais em tempi contrastantes), a presença do
coral luterano
Obra: A Paixão de São Mateus
Oratório sobre a paixão e morte de Jesus
Raízes no drama litúrgico medieval (autos):
dramatizações representadas por meios de recitativos
com o intuito de levar ao povo passagens da Bíblia
Tratamento dramático de fundo teatral
Descoberta em 1829 por Mendelssonh
Estréia por Bach (15 de abril de 1729 ou 1727 na Igreja
de São Tomás de Leipzig arregimentando
instrumentistas e cantores para a execução da
grandiosa obra
O Barroco na Inglaterra
Características Compositores
Barroco construído por forte influência Wiliamm Byrd (1540-1623)
renascentista Orlando Gibbons (1583-1625)
Sua situação geográfica dificultou a Henry Purcell (1659-1695)
penetração da vanguarda barroca
Também pode ser explicado pelo rigor da
religião anglicana que rechaçava todo tipo
de “italianismo”
Na era elisbetana (até início do Século
XVII) iriam surgir uma forte música
instrumental (trios-sonatas e fantasias)
Sua grandeza espelha-se no gênero vocal
(hinos anglicanos e oratórios)
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A Cantata
* Um Recitati vo
* Uma Ária
* Baixo-Contí nuo
b) Forma do Século XVII
* Coros
* Recitati vos
* Ária
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Forma Profana
* Coros
* Recitati vos
* Árias
* Coral Final
Forma Religiosa
* Introdução Instrumental
* Coros
* Árias
* Recitati vos
* Coro Final
O Coral
92
O Recitati vo Secco
Ária
Chorus
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Concerto no Barroco
O termo concerto (do latim concertare, atuar em conjunto), é aplicado a vários sentidos:
Neste estilo o baixo contínuo configura o fundamento sobre o qual as vozes concertantes
se estruturam em silencias alternados com seções orquestrais e passagens solistas.
Tipos:
A Suíte
Forma:
* Prelúdio (Fantasia)
* Pavana, Itália, binária.
* Bourée, França, binária.
* Allemande, Alemanha, quaternária.
* Courante - Corrente, França/Itália, ternária.
* Sarabanda, Espanha, ternária.
* Giga, Inglesa, binária.
* Gavota, França, binária.
* Minuett o, França, ternária.
* Polonaise, polonesa, ternária.
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Oratório
Recitativo
Formas:
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Abertura
Abertura Francesa
Abertura Italiana
Ária-da-capo
Fuga
Bibliografia
BENNET, Roy. Uma Breve História da Música.Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor,
1986.
CALDWELL, John. La Música Medieval. Madrid, Alianza Editorial, 1984.
DELLA CORTE, A. PANNAIN, G. Historia De La Música. Barcelona, Editorial Labor,
1965.
GROUT, Donald e PALISCA, Calude. História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva,
1994
MICHELS, Ulrich. Atlas de Música. Madrid, Alianza Editorial, 1989.
PLATZER, Frédéric. Compêndio de Música. Lisboa, Edições 70, s.d.
RAYNOR, Henri. História Social da Música. Da Idade Média a Beethoven. Rio de
Janeiro, Zahar Editores, 1981.
RIEMANN, Hugo. Historia De La Música. Barcelona, Editorial Labor, 1959.
STEHMAN, Jacques. História da Música Européia. Lisboa, Livraria Bertrand, 1964.