Roteirização Por Software X Roteirização Convencional
Roteirização Por Software X Roteirização Convencional
Roteirização Por Software X Roteirização Convencional
RESUMO:
Este trabalho tem como objetivo identificar qual modelo de roteirização pode melhorar a
distribuição de mercadoria na região metropolitana de São Paulo, visando à redução de custos
na operacionalização. Este estudo se justifica pela importância de identificar a melhor opção
de roteirização para a distribuição de mercadoria, a fim de minimizar os custos com este tipo
de operação. Como método de pesquisa, para este estudo utilizou-se a pesquisa quantitativa de
levantamento bibliográfico. Conclui-se que a melhor opção para a distribuição de mercadoria
na região metropolitana de São Paulo é a roteirização por software devido à quantidade de
pontos e a demanda por distribuição de mercadoria, porém é importante ressaltar que, nem
sempre os softwares para roteirização são capazes de resolver todos os problemas de
roteirização devido a sua complexidade, tendo que recorrer à prática do roteirista em fazer a
distribuição adequada.
ABSTRACT:
This work aims to identify which model of routing can improve the distribution of products in
metropolitan Sao Paulo, aiming to reduce costs in the operation. This study is justified by the
importance of identifying the best routing for the distribution of products chains in order to
minimize costs with this type of operation. As a research method, for this study used the
quantitative research literature. It is concluded that the best option for distribution of products
in metropolitan Sao Paulo is the software for routing due to the amount of points and the
demand for distribution products, but it is important to note that not always the software for
routing are able to solve all the problems of routing due to its complexity, having to resort to
the practice of the writer in making the proper distribution.
1.3 Justificativa
A justificativa para este estudo se dá pela importância de identificar a melhor opção de
roteirização para a distribuição de mercadoria, a fim de minimizar os custos com este tipo de
operação.
Segundo Ballou (2001), o transporte, dentre todas as atividades logísticas, é a que absorve a
maior parcela de custos. Sendo assim, um modelo de roteirização de transporte eficiente pode
contribuir para aumentar a concorrência no mercado, reduzindo os preços dos produtos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
3. MÉTODO
Os métodos utilizados para embasamento do estudo será uma análise comparativa de rotas
realizadas manualmente versus rotas planejadas pelo software de roteirização o qual
chamaremos de roteirizador. Os dados analisados foram extraídos do sistema TMS
(Transportation Management System) da empresa, os mesmo dados são utilizados na
elaboração de processo de emissão de documentos de transportes e posteriormente utilizados
para a roteirização convencional das cargas para a região metropolitana de São Paulo.
Para esse estudo utilizaremos dados referentes a uma operação de última milha (last Mile). A
operação de última milha pode ser definida como um serviço de entrega à última ponta da
cadeia logística, em outras palavras até o consumidor final. Figura 1.
Segundo Saito et al. (2010), a última milha surge da necessidade em atender uma crescente
demanda que são os pequenos comércios e pessoas físicas que compram em pequenas
quantidades através de diversos canais como, por exemplo, o comércio eletrônico, porém, o
produto é um bem corpóreo que precisa ser entregue por canais físicos tradicionais. A última
milha é caracterizada por: pedidos pequenos; distribuição física em ampla área geográfica;
curto prazo de entrega; exigências de qualidade e flexibilidade; locais de entrega que variam
diariamente e uso de veículos de pequeno porte para as entregas. Devido a estas
características, existe uma grande complexidade nas operações o que pode refletir em
elevados custos logísticos e consequentemente cobrança de altos fretes para as entregas.
Observa-se na tabela 4 que a região sudeste é a região de maior expressão para a operação,
consequentemente e a região que deve ter maior atenção nos custos operacionais, dado que
70% do volume circulam nessa região.
Para elaboração do estudo utilizaremos apenas a região metropolitana de São Paulo, a qual
opera especificamente no modelo ultima milha (last mile). Abaixo na tabela 5, alguns
números que representa a importância desse estudo para a região especificada.
Abaixo na figura 5 foi utilizado com exemplo o mesmo dia mostrado acima, porém feito pelo
roteirizador seguindo as premissas supracitadas.
Analisando os números acima podemos concluir que o modelo por software para essa
operação reduz em 42% o número de veículos, levando em consideração que essa operação
trabalha no modelo de frete tipo lotação, podemos afirmar que os 42% será a redução que o
operador terá adotando a tecnologia em sua operação.
Para o modelo proposto o operador terá que fazer alguns ajustes como, por exemplo:
• Definição de horário de corte para envio de pedidos;
• Criar interfaces sistêmicas entre planejamento e transporte;
• Adquirir computador moderno;
• Treinar colaboradores;
• Alinhar curva de aprendizado com parceiros (embarcador e transportador).
É possível afirmar também que mesmo com a redução agressiva no número de veículos é
possível notar que também ocorreram reduções significativas nos indicadores de
quilometragem na ordem de 28%, aumento da média de entrega em 50%, melhora na
ocupação dos veículos na ordem de 101% o que torna o aproveitamento da rota muito mais
efetivo aumentando o tempo médio em rota em 55%.
A intenção de aplicar o modelo por software surge a partir dos excelentes resultados obtidos
para operação última milha para a região metropolitana de São Paulo, dado a grande
quantidade de variáveis que interferem para obter tais resultados. A proposta é aplicar o
modelo por software, de forma que o mesmo colaborador que executa a função manualmente
opere a ferramenta no intuito de calibrá-la com sua expertise adquirida ao longo dos anos,
visando o sempre a satisfação do cliente e do Embarcador, buscando sempre reduzir os custos
operacionais.
5. CONCLUSÃO
Buscou-se através desse trabalho identificar e responder qual modelo de roteirização pode
melhorar a distribuição de produtos na região metropolitana de São Paulo, visando à redução
de custos na operacionalização. A identificação foi realizada pela análise entre dois modelos
de roteirização, por software e convencional.
Visto os problemas encontrados em relação à roteirização, e as particularidades dos tipos de
entregas na cidade de São Paulo, foi possível identificar através da análise efetuada, que é
possível obter ganhos consideráveis com a roteirização por software, porém vale salientar que
para solucionar problemas de roteirização com restrições diversas (de tempo, de capacidade,
etc.), há uma exigência do uso e aprofundamento de métodos e conhecimentos matemáticos
avançados.
Cumprindo com os objetivos propostos inicialmente, o trabalho analisou de forma
comparativa os modelos de roteirização convencional e por software o que demonstrou que a
roteirização por software é a que melhor se adéqua para o tipo de operação analisada, tendo
em vista suas particularidades e demanda demonstrada no estudo.
Foi possível identificar no processo de roteirização que à idéia de otimização da roteirização e
programação, ainda estão distantes. Tendo em vista que o embarcador precisa de um
atendimento no menor prazo, não se preocupando com os custos em um primeiro instante.
Todavia observa-se que justamente o custo é o que impacta diretamente na operação do
embarcador, ou seja, ter uma roteirização otimizada poderá gerar benefícios financeiros para o
operador haja visto que seu método de custeio se baseia em quantidade de veículos utilizado.
Portanto com uma roteirização otimizada é possível atender todas as diretrizes do embarcador
e do operador. Deste modo, o setor de roteirização deve trabalhar para se aproximar da
proposta de racionalização das rotas criadas, potencializando os ganhos obtidos pelo operador
com o modelo de roteirização por software.
Como conclusão geral, pode-se afirmar que com a aquisição de um software de roteirização
todos os agentes da cadeia de distribuição serão beneficiados, ou seja, para o embarcador o
atendimento da demanda ocorrerá de uma maneira personalizada tendo em vista que com a
roteirização por software proverá rotas otimizadas, tendo como premissa o conceito de
territórios o que visa a setorização dos veículos de atendimento. Para o operador a otimização
proverá uma maximização na ocupação dos veículos, reduzindo assim o número de veículos
contratados para atender a mesma demanda atual; e para o transportador que terá rotas
otimizadas considerando as particularidades do destinatário final o que reduzirá o tempo de
entrega e o melhor caminho provendo redução na quilometragem rodada pelo veículo.
Como consequência, o processo terá que ser reestruturado, pois necessitará de interfaces com
outros sistemas informatizados além de todo processo de adaptação e treinamento de todos os
envolvidos.
Destaca-se que uma das principais dificuldades encontradas para a adoção da ferramenta de
roteirização é a integração entre os sistemas que fornecem as informações primarias para a
elaboração das rotas, pois a dependência de formatação de layouts para a recepção da carga de
pedidos pode onerar o projeto, dado que a grande maioria dos softwares que alocam tais
informações não possui em sua interface o modelo exigido pelo software roteirizador o que
acarretará em desenvolvimento em tecnologia por parte do embarcador.
Finalmente, acredita-se que esse trabalho possa contribuir para melhorar a compreensão dos
problemas logísticos de outras empresas, no que tange a escolha de se manter uma
roteirização convencional versus uma roteirização por software.
Como oportunidades para estudos futuros, observa-se através desse comparativo que grande
parte da redução acontece pela otimização dos veículos considerando as variáveis de
atendimento e variáveis temporais que são obtidas através do histórico dos clientes e das
restrições fornecidas pelos órgãos governamentais, partindo desse pressuposto um estudo
voltado para a uma roteirização considerando uma matriz de velocidade de via poderá
acrescentar grande valor ao estudo, pois para a análise foi considerado a velocidade padrão da
via o que poderá afetar consideravelmente as rotas tendo em vista as ocorrências temporais do
dia como: trânsito, acidentes, passeatas e etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BODIN, L.D.; B. GOLDEN; A. ASSAD, M. Routing and scheduling of vehicles and crews:
The state of the art. Computers and Operations Research, vol.10, n.2, 1983.
HALL, R.W.; PARTYKA, J.G. (1997). On the road to efficiency. OR/MS Today, p.38-47,
jun/1997.