Medalhística Da FAB

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5ª Edição

1
Nossa capa:

A Medalha Cruz de Bravura e os integrantes do 1º Grupo de Aviação de Caça (Senta a Pua) falecidos
em combate na Campanha da Itália durante a 2º Guerra Mundial. São os únicos militares da FAB agraciados com
essa condecoração.

De cima para baixo:

-Cap.-Av. LUIZ LOPES DORNELLES


Abatido pela artilharia antiaérea em 26 de abril de 1945, ao metralhar uma locomotiva na estação
de Alessandria.

-Cap.-Av. AURÉLIO VIEIRA SAMPAIO


Nascido em Aracaju – SE no dia 31 de maio de 1923.
Abatido pela Artilharia antiaérea, quando atacava viaturas inimigas no dia 22 de janeiro de 1945,
em Milão.

-Cap.-Av. JOÃO MAURÍCIO CAMPOS DE MEDEIROS


Nascido no Rio de Janeiro em 15 de abril de 1921.
Abatido pela artilharia antiaérea, quando atacava uma locomotiva em Alessandria, no dia 2 de janeiro
de 1945.

-1º Ten.-Av. JOHN RICHARDSON CORDEIRO E SILVA


Nascido no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1922.
Abatido pela artilharia antiaérea em sua primeira missão de combate, sobre a cidade de Bolonha,
no dia 6 de novembro de 1944.

-2º Ten.-Av.Res.-Conv. FREDERICO GUSTAVO DOS SANTOS


Nascido em Salvador-BA no dia 9 de outubro de 1925.
Envolvido pela explosão de um depósito de munição que ele próprio atacara em Spilambergo,
no dia 13 de abril de 1945.

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MEDALHÍSTICA AERONÁUTICA BRASILEIRA

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CONSTITUIÇÃO DOS CONSELHOS

Presidente da República Federativa do Brasil


MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA
Grão-Mestre da Ordem do Mérito Aeronáutico

Ministro de Estado da Defesa Interino


General de Exército R/1 JOAQUIM SILVA E LUNA
Presidente Efetivo do Conselho da Ordem do Mérito Aeronáutico

Ministro de Estado das Relações Exteriores


ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO
Presidente Honorário do Conselho da Ordem do Mérito Aeronáutico

Comandante da Aeronáutica
Tenente-Brigadeiro do Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO
Presidente do Conselho do Mérito de Guerra
Chanceler da Ordem do Mérito Aeronáutico
Presidente do Conselho do Mérito Santos-Dumont

Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica


Major-Brigadeiro do Ar MARCELO KANITZ DAMASCENO
Secretário do Conselho do Mérito de Guerra
Secretário do Conselho da Ordem do Mérito Aeronáutico
Secretário do Conselho do Mérito Santos-Dumont

Vice-Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica


Coronel Aviador MARCELO FORNASIARI RIVERO

Chefe da Secretaria de Conselhos do Gabinete do Comandante da Aeronáutica


Coronel Aviador JOELSON RODRIGUES DE CARVALHO

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MEDALHÍSTICA AERONÁUTICA BRASILEIRA

Uma publicação do
GABINETE DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA

(OS DADOS ABAIXO SÃO RELATIVOS À PRIMEIRA EDIÇÃO)

Orientador
Coronel Aviador JOSÉ MARIA DOS SANTOS

Coordenador
Tenente-Coronel Aviador OSMAR ANTONIO GADDO

Pesquisa, Atualização e Consolidação da Legislação


Segundo-Tenente ANTONIO GOMES PEREIRA GUERRA FILHO
Suboficial SAD OSÍRIS GOMES DO NASCIMENTO

Redação
Segundo-Tenente ANTONIO GOMES PEREIRA GUERRA FILHO
Suboficial SAD OSÍRIS GOMES DO NASCIMENTO
Segundo-Sargento SAD WALBERTO COSTA DE ARAÚJO
Terceiro-Sargento SAD LUCIANO SIMÕES PINTO

Colaboradores
Senhor BRÁS LORIATO
Senhora MARIA ZILMA ELÓI
Soldado ALEXANDRE SILVA DE ALMEIDA
Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
Biblioteca da Consultoria Jurídica da Aeronáutica
Biblioteca do Grupamento de Apoio de Brasília
Biblioteca do Senado Federal
Biblioteca do Museu Aeroespacial

Fotografia
Terceiro-Sargento BFT ANDRÉ FELIPE FLORES DA SILVA
Cine Foto GB – Brasília - DF

Desenho
Suboficial SDE LINDINALDO VIEIRA DA SILVA
Terceiro-Sargento SDE EDNARDO BASTOS RODRIGUES
Cabo SDE EDNALDO DA SILVA

Editoração Eletrônica
Primeiro-Sargento BSP GILMAR SANTANA (1ª Edição - 1998)
Soldado SSG TÓMAZ ALVES DE JESUS (2ª Edição - 2006)
Segundo-Sargento SAD JOSÉ ARIMATÉA COSTA SOBRINHO (3ª Edição – 2010)
Terceiro-Sargento SAD ALESSANDRO JACINTO MATIAS (4ª Edição – 2015)
Terceiro-Sargento SAI MARCELO COBALQUINI PEREIRA (5ª Edição – 2017)

5
APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Conselhos do Gabinete do Comandante da Aeronáutica é o órgão incumbido


da análise e da preparação dos documentos relativos às condecorações, em tramitação no
GABAER, com vistas à apreciação dos respectivos Conselhos e do Excelentíssimo Senhor
Comandante da Aeronáutica, em consonância com os regulamentos vigentes.

Para o cumprimento preciso e eficaz desta significativa tarefa, a Secretaria de Conselhos


buscou compilar toda a legislação referente às medalhas de aplicação na Aeronáutica, visando a
orientar, o mais detalhadamente possível, as diversas Organizações Militares, no que diz respeito
aos procedimentos administrativos relacionados às condecorações e aos prêmios da Força Aérea
Brasileira.

Ressaltamos o trabalho dos idealizadores da primeira publicação sobre o assunto,


“Medalhística da Aeronáutica” (1975), que preencheu grande lacuna até então existente. Contudo,
sua atualização tornou-se necessária em virtude do dinamismo e da constante evolução da
legislação e dos procedimentos administrativos. Com a publicação da 1ª edição de “Medalhística
Aeronáutica Brasileira” (1998), foi obedecida a exigência da atualização. Ela foi elaborada com o
cuidado de abranger todos os aspectos relativos às condecorações no âmbito da Aeronáutica, suas
principais dúvidas e indagações. Relaciona a legislação em vigor já consolidada com os atos de
criação, a finalidade e a descrição minuciosa das condecorações, bem como apresenta, quando
possível, desenhos e fotografias das condecorações militares de uso permitido, para o que foi
necessária demorada e paciente pesquisa.

Com a 5ª edição de “Medalhística Aeronáutica Brasileira”, revista e ampliada, tem-se um


valioso compêndio, atualizado e dinâmico, para utilização em todas as Organizações Militares da
Aeronáutica, tendo ele também o mérito de realçar o valor da Medalhística, que torna possível
reconhecer e enaltecer aqueles que se sobressaem em atividades que engrandeçam a Aeronáutica
Brasileira.

A versão atual inclui a “Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura”, criada pelo
Decreto nº 7.085, de 29 de janeiro de 2010.

As sugestões para o aperfeiçoamento desta publicação devem ser encaminhadas à Secretaria


de Conselhos (SCGC) do Gabinete do Comandante da Aeronáutica (GABAER), Brasília, DF.

Brasília, 4 de abril de 2017.

Major-Brigadeiro do Ar MARCELO KANITZ DAMASCENO


Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica

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SUMÁRIO

1. HISTÓRICO......................................................................................................................... 8
 Origem das Ordens Honoríficas Brasileiras.................................................................... 9
 As primeiras condecorações da Força Aérea Brasileira.................................................. 11
 Condecorações na Força Aérea....................................................................................... 13
2. COMPETÊNCIA E RECONHECIMENTO DOS BONS SERVIÇOS........................... 15
3. CONDECORAÇÕES DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA............................................ 19
 Medalhas Destinadas às Missões de Guerra................................................................... 20
 Ordem do Mérito Aeronáutico........................................................................................ 31
 Medalha Militar.............................................................................................................. 61
 Medalha de Campanha no Atlântico Sul........................................................................ 102
 Medalha Mérito Santos-Dumont.................................................................................... 107
 Medalha Bartolomeu de Gusmão................................................................................... 120
 Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura................................................... 132
 Medalha-Prêmio Força Aérea Brasileira........................................................................ 139
 Medalha-Prêmio Santos-Dumont (Cadetes Aviadores)................................................. 149
 Medalha-Prêmio Salgado Filho (Cadetes Intendentes e de Infantaria).......................... 149
 Medalha Eduardo Gomes............................................................................................... 159
4. OUTROS RECONHECIMENTOS.................................................................................. 164
 Prêmio Ministério da Defesa.......................................................................................... 165
 Medalha-Prêmio de 50 anos de serviço público civil..................................................... 166
 Membro-Honorário da Força Aérea Brasileira.............................................................. 171
 Prêmio Força Aérea Brasileira....................................................................................... 178
 Prêmio Academia da Força Aérea................................................................................. 179
 Prêmio Ten Brig Int. José Epaminondas de Aquino Granja.......................................... 179
 Prêmio Mal Ar Henrique Raymundo Dyott Fontenelle.................................................. 179
 Citações meritórias (Portaria n° 441/GC3, de 20 jul. 2000).......................................... 180
5. MEDALHAS COMEMORATIVAS................................................................................. 181
 Primeira Jornada do Serviço de Saúde da Aeronáutica................................................. 183
 Jubileu do Correio Aéreo Nacional............................................................................... 184
 Primeiro vôo do mais-pesado-que-o-ar......................................................................... 190
 Centenário da Observação Aérea................................................................................... 192
 Fundador do Ministério da Aeronáutica........................................................................ 198
6. COMPETÊNCIA PARA CONCESSÃO E PROCESSAMENTO................................ 199
 Delegação de competência ao Comandante da Aeronáutica........................................ 200
 Subdelegações de competência pelo Comandante da Aeronáutica.............................. 203
7. DOCUMENTAÇÃO RELACIONADA À MEDALHÍSTICA...................................... 207
8. ORDEM DE COLOCAÇÃO DE MEDALHAS E BARRETAS...................................... 210
9. CURIOSIDADES.............................................................................................................. 214

7
HISTÓRICO
 ORIGEM DAS CONDECORAÇÕES
 AS PRIMEIRAS CONDECORAÇÕES DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
 CONDECORAÇÕES NA FORÇA AÉREA

8
ORIGENS DAS ORDENS HONORÍFICAS BRASILEIRAS

Das antigas Ordens Militares de Cavalaria resultaram em todos os países — ou nelas


se inspiraram — as atuais ordens honoríficas, moeda de honra com que os respectivos governos
recompensam e estimulam o mérito nos diversos setores da atividade humana.
Durante muito tempo, o prêmio ao valor na guerra e à preeminência nas artes ou na
política — serviços do Estado — consistiu na concessão de títulos nobiliárquicos, com os
respectivos brasões de armas e demais vantagens deles decorrentes, além das “tenças” e
“comendas” nas ordens militares. Essa prática, com a evolução das instituições políticas, tornou-se
obsoleta e até incompatível. Passaram, então, os governos a utilizar somente os graus ou classes das
ordens militares, já agora com sentido diverso e em alguns casos criando novas categorias.
É uma tradição, adaptada aos tempos modernos e vigentes nos países democráticos.
Vigorou no Brasil até 1889, ou mais propriamente até 1891, quando foi definitivamente abolida.
As ordens de criação nacional foram, desde o início, simplesmente honoríficas e a
classe de comendador se encontra em algumas delas, mas na acepção de título, e não como
emprego, conforme era tida ainda na Ordem da Torre e Espada, renovada pelo Príncipe D. João à
sua chegada ao Brasil. A de grã-cruz, intermediária entre o grão-mestre e o comendador, ocorre nas
ordens portuguesas depois da secularização, em 1789. A de oficial usou-se no Brasil pela primeira
vez em 1822, talvez à imitação da Legião de Honra, na Ordem Imperial do Cruzeiro. Outras
categorias ou classes e sub-classes foram-se adotando, no Brasil e alhures, havendo ordens — como
a da Rosa — com seis ou sete classes.
Os homens que modificaram no Brasil, em 1889, a estrutura política do Estado,
entenderam que com a Monarquia deveria desaparecer tudo o que, mesmo ao de leve, a suscitasse.
Esqueceram-se momentaneamente de que as nações não podem relegar por simples decretos antigas
e estimadas tradições, cumprindo-lhes, ao contrário, lançar e firmar raízes no passado, para daí
retirarem a seiva que alimentará o patriotismo, fomentará o orgulho cívico, estimulará e manterá
sempre vivo o amor à Pátria. E, com os títulos da nobreza, que não era de sangue — mas militar,
política, artística e rural — aboliram-se pela constituição republicana as dignidades das ordens
honoríficas, cujas veneras por tantos anos brilharam sobre o peito de nossos soldados, de nossos
homens de Estado, de nossos artistas e cientistas — todos dedicados artífices da grandeza nacional
no Império. E a proibição não se limitou às nossas condecorações: sob pena de perda dos direitos
políticos: era vedada a aceitação de prêmios dessa natureza concedidos pelos governos estrangeiros.
Contra esse ponto de vista geral e dominante, encontramos a figura do Marechal
Deodoro da Fonseca, Fundador da República, mantendo antigas ordens e criando novas e com elas
premiando dedicações e serviços, revalidando títulos nobiliárquicos e assegurando as suas
prerrogativas. Mas acabou cedendo.
Passado, porém, meio século, modificou-se aquele conceito tão radical quanto
errôneo e vimos aquele Governo, “sem prejuízo do espírito republicano da Nação”, restabelecer
uma das antigas ordens — a mais brasileira de todas elas (Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul) — e
criar duas novas (Ordem do Mérito Naval e Ordem do Mérito Militar).
A condecoração corresponde a uma maneira inteligente de premiar bons serviços
sem ônus material ao país: “Se os homens que merecessem muito da coisa pública recebessem a
recompensa em poder, ficariam em condições de oprimir a liberdade; se lhes fosse sempre dado em
riquezas o prêmio de seus serviços, tornar-se-iam extraordinariamente onerosos; foi então
engenhoso e de bom aviso o invento de uma moeda que contentasse os servidores do Estado sem
aqueles inconvenientes”.

9
Por isso, nos dias que correm, raras são as nações que não dispõem dessa “moeda de
honra”. Com ela se pagam e estimulam ações que o interesse do Estado quer multiplicadas em
benefício da coletividade.
Não pugna com qualquer regime ou forma de governo. Usam-na indiferentemente as
repúblicas e as monarquias; servem-se dela tanto os liberais democratas quanto os totalitários, os
nacionalistas e os socialistas. Na Inglaterra aristocrática e imperial, as ordens da Jarreteira e do
Banho encabeçam uma lista de numerosas outras condecorações, muitas das quais feitas
especialmente para as diversas partes do Império. Em Portugal restabeleceram-se as velhas ordens
que os entusiasmos dos primeiros dias da república, em 1910, haviam abolido, e outras
condecorações se criaram. Na democracia americana, em cujo estatuto político nos inspiramos para
organizar a primeira constituição republicana — às vezes excedendo-o em zelos, como
precisamente se deu no caso dos prêmios honoríficos — várias condecorações, à frente das quais a
célebre “Medalha do Congresso”, são ali empregadas para a recompensa oficial de atos louváveis.
Ainda recentemente, foi instituída a “Legião do Mérito”, e seria longa a lista de exemplos, mas
suficientemente elucidativo é o da Rússia de nossos dias, que, arrasando de começo com todas as
marcas de distinção, de que era fértil o czarismo, voltou atrás e criou várias medalhas e prêmios
honoríficos. O mesmo se deu na França, após a Revolução. A universalmente conhecida Legião de
Honra vigora desde então e as suas insígnias ornam o mérito e os bons serviços à França em todos
os países, sem exceção do Brasil, e de expoentes seus da fase política iniciada em 1889.
O valor dessas distinções é, contudo, medido na razão direta do critério adotado na
atribuição dos respectivos graus ou classes.
No que respeita ao Brasil, que de Portugal, com suas instituições, língua e costumes,
herdou essa formosa tradição, respigamos o que há escrito — e que é muito pouco — completando
com a legislação e a pesquisa direta nos arquivos a que pudemos recorrer uma notícia geral sobre
todas as ordens que de lá nos chegaram e aqui vigoraram, as de criação de D. João e as estritamente
nacionais, de 1822 até os presentes dias.

(Matéria extraída do livro Ordens Honoríficas do Brasil, edição de 1943, de Luiz Marques Poliano).

10
AS PRIMEIRAS CONDECORAÇÕES DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA (*)

As primeiras condecorações criadas na Força Aérea Brasileira foram as da ordem


honorífica do “Mérito Aeronáutico”.
À semelhança das já existentes, a “Ordem do Mérito Naval”, na Marinha, e a
“Ordem do Mérito Militar”, no Exército, pelo Decreto-Lei nº 5.961, de 1º de novembro de 1943, foi
criada a “Ordem do Mérito Aeronáutico”, pelo seu Regulamento, aprovado na mesma data, os graus
e os efetivos, inicialmente fixados para o Quadro Ordinário da Ordem, foram: “Grã-Cruz”,
“Grande-Oficial” – 8; “Comendador” – 12; “Oficial” – 16; e “Cavaleiro” – 24.
Durante a II Guerra Mundial, os oficiais-aviadores brasileiros que lutaram na Itália
foram várias vezes condecorados, em plena campanha, com as medalhas adotadas nas Forças
Aéreas aliadas, principalmente na Norte-Americana e na Francesa. O Governo Brasileiro resolveu,
então, instituir na Força Aérea Brasileira condecorações semelhantes às adotadas nas principais
Forças Aéreas aliadas, para ficar em condições de poder, da mesma forma, distinguir os seus
militares.
Pelo Decreto-Lei nº 7.454, de 10 de abril de 1945, foram criadas as seguintes
condecorações:
- “Cruz de Bravura” a ser conferida aos militares da Aeronáutica que se tenham
distinguido por ato excepcional de bravura;
- “Cruz de Aviação” a ser conferida aos membros das tripulações das aeronaves;
- “Cruz de Sangue” a ser conferida aos militares da Força Aérea Brasileira que
tenham, com eficiência, dado desempenho a missões de guerra; tenham sido
feridos em ação contra o inimigo; e
- “Medalha da Campanha da Itália” a ser conferida aos militares que, tendo
participado da Campanha da Itália, hajam prestado bons serviços, sem nota que
os desabone.
A “Cruz de Bravura” só foi concedida, até hoje, aos cinco oficiais-aviadores
brasileiros que morreram, na Campanha da Itália, atacando os objetivos militares que lhes tinham
sido designados: Capitães-Aviadores Luiz Lopes Dorneles, Aurélio Vieira Sampaio e João
Maurício Campos de Medeiros, Primeiro-Tenente-Aviador John Richardson Cordeiro e Silva e
Segundo-Tenente-Aviador (RC) Frederico Gustavo dos Santos.
Entre os que participaram da Campanha da Itália, a “Cruz de Sangue” foi concedida
a treze oficiais-aviadores brasileiros, feridos em combate.
Entre os oficiais que, como pilotos, realizaram missões de guerra na Itália, a “Cruz
de Aviação”, com uma palma, foi concedida a um oficial-aviador; a “Cruz de Aviação”, com três
estrelas a treze oficiais-aviadores; a “Cruz de Aviação”, com duas estrelas, a sete oficiais-aviadores;
a “Cruz de Aviação”, com uma estrela, a vinte e um deles; e a “Cruz de Aviação” simples a
dezesseis outros, tudo de acordo com o número de missões de guerra que cada um realizou.
Terminada a guerra, pelo Decreto-Lei nº 8.901, de 24 de janeiro de 1946, foi incluído
mais um tipo de condecoração, no decreto que tinha criado as Cruzes de Bravura, de Aviação e de
Sangue, a “Cruz de Serviços Relevantes”, destinada aos oficiais da ativa, da reserva e reformados e
civis que tenham prestado serviços relevantes de qualquer natureza, referentes ao esforço de guerra,
preparo e desempenho de missões especiais confiadas pelo Governo, dentro ou fora do país.
A “Cruz de Serviços Relevantes” nunca foi conferida.

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Sentindo a necessidade de distinguir, também, os oficiais-aviadores que tinham
realizado missões de patrulhamento contra submarinos no litoral brasileiro, durante a II Guerra
Mundial, o Governo, pelo Decreto nº 23.163, de 6 de junho de 1947, instituiu a “Fita B” para a
“Cruz de Aviação” já criada. Assim, a “Cruz de Aviação” passou a ser usada com a “Fita A” ou a
“Fita B”, conforme o seu detentor tenha desempenhado missões na Itália ou no litoral brasileiro.
Pela Lei nº 497, de 28 de novembro de 1948, foi criada a Medalha da “Campanha do
Atlântico Sul” destinada aos militares da ativa, da reserva e reformados e civis que se tenham
distinguido na prestação de serviços relacionados com a ação da Força Aérea Brasileira no
Atlântico Sul, no preparo e desempenho de missões especiais, confiadas pelo Governo, no período
de 1942 a 1945.
Em 1956, ano do Jubileu do Correio Aéreo Nacional, o seu 25º aniversário foi
comemorado com grandes solenidades; nessa ocasião foi criada, pelo Decreto nº 39.354-A, de 12 de
junho de 1956, a Medalha do Correio Aéreo Nacional.
Pelo Decreto nº 39.484, de 26 de junho de 1956, foram constituídas, em todo o
território nacional, as comissões para organização e execução das comemorações do “Ano Santos-
Dumont”; pela Portaria nº 398, de 13 de agosto de 1956, foi determinada a cunhagem da medalha
comemorativa do “Cinqüentenário do primeiro vôo do mais-pesado-que-o-ar”.
Foi, nessa ocasião, criada a Medalha “Mérito Santos-Dumont” com que, anualmente,
são condecorados militares da Força Aérea Brasileira que se distinguem e civis selecionados pelo
Ministério da Aeronáutica (Decreto nº 39.905, de 5 de setembro de 1956).

(*) Texto adaptado de autoria do Tenente-Brigadeiro R/R Nelson Freire Lavenère-Wanderley,


publicado no Livro “História da Força Aérea Brasileira”, 2ª edição, 1975.

12
CONDECORAÇÕES NA FORÇA AÉREA (*)

Um valor a ser resgatado

A palavra condecoração é derivada do latim condecorare, com o significado de


adornar, conferir honra. Em um conceito amplo, a condecoração é um símbolo de distinção
honorífica, representada por uma insígnia, e distribuída pelos chefes de governo e instituições para
agraciar pessoas físicas e jurídicas, por seu desempenho no processo de engrandecimento de uma
nação ou no estreitamento das relações entre os povos.
Mérito Individual
O costume de realçar o mérito individual foi criado no antigo Egito, através de
colares de ouro, nos quais estavam apenas as figuras do leão e da abelha, representando,
provavelmente, o valor militar e o trabalho.
Na Grécia clássica, esse costume não foi mencionado nos documentos históricos. Em
Roma, ao contrário, o hábito foi largamente difundido. Os Imperadores e Cônsules Romanos
recompensavam a bravura militar dos legionários com coroas de folhagens (corona), adornos de
ouro e prata sobrepostos nas couraças e elmos (torques, fibula, armila etc.) e outros objetos de valor
material.
Na época das Cruzadas, foram formadas diversas Ordens Militares-Religiosas cujas
insígnias eram representadas por cruzes estilizadas que indicavam, antes de tudo, as corporações a
que pertenciam os monges soldados. À medida que essas Ordens perdiam o caráter corporativo, e
Ordens leigas apareciam, as insígnias se tornaram valores iniciais da premiação individual,
modificadas apenas na sua estética decorativa.
Dois aspectos devem ser considerados na ética histórica das condecorações militares:
- Foram instituídas para premiar a bravura do guerreiro; e
- A sua concessão era extensiva somente aos melhores combatentes.
Transportemos esses dois aspectos para o nosso tempo.
A partir do século XIX, o Brasil enfrentou diversas guerras externas e internas para
consolidar a soberania nacional. Os Imperadores e Presidentes, por meio dos Ministros Militares,
concederam diferentes "condecorações de guerra" para premiar a bravura do combatente brasileiro.
O agraciado sentia-se honrado com a distinção outorgada, por representar o reconhecimento da
pátria aos serviços prestados no campo de batalha.
Esse sentimento de honra continuou vivo nos integrantes do 1o Grupo de Caça na
Itália e naqueles que participaram das missões de patrulha no Atlântico Sul. A Cruz de Aviação
(Fitas A e B), a Cruz de Sangue, a Cruz de Bravura, a Cruz de Serviços Relevantes, as Medalhas de
Campanha da Itália e Campanha no Atlântico Sul são os símbolos que atestaram o valor daqueles
combatentes.
Condecorações de Paz
Acabada a guerra, o Ministério da Aeronáutica criou diversas "condecorações de
paz": algumas destinadas a recompensar militares e civis por destacados serviços à Força Aérea,
outras para estimular o estudo e a pesquisa. Os exemplos mais expressivos são os das Medalhas
Mérito Santos-Dumont e Bartolomeu de Gusmão.
Pode parecer surpreendente que, em um momento de intenso imediatismo e
materialismo como o que vivemos, alguém se preocupe com um valor tão subjetivo como as
condecorações militares. Para aqueles que pensam assim e, principalmente, para a maioria dos

13
militares, que ainda acredita na perenidade dos nossos valores culturais, deixo para reflexão as
palavras escritas por Carlos Alberto, rei do Piemonte, no preâmbulo da Constituição da Ordem
Civil de Sabóia:
"A história dos séculos passados e a experiência dos tempos modernos demonstram
de modo incontestável que recompensas especiais, concedidas às diversas categorias de
merecimento e distribuídas com imparcial justiça, poderosamente contribuem para a glória e a
prosperidade dos Estados, estimulando os talentos e virtudes para o que é belo e elevado".
(*) Texto adaptado de autoria do Cel. R/R Augusto Hilmário Siqueira, historiador e
museólogo, publicado na Revista Aeronáutica.

14
COMPETÊNCIA
E
RECONHECIMENTO DOS BONS
SERVIÇOS

15
COMPETÊNCIA

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (*)


1988
................................................................................................................................................................
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO II
Do Poder Executivo
SEÇÃO II
Das Atribuições do Presidente da República
................................................................................................................................................................
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
................................................................................................................................................................
XXI – conferir condecorações e distinções honoríficas.
................................................................................................................................................................
Brasília, 5 de outubro de 1988.

ULYSSES GUIMARÃES
Presidente da Assembléia Constituinte

(D.O. de 05.10.1988)

16
RECONHECIMENTO DOS BONS SERVIÇOS

LEI No 6.880, DE 09 DE DEZEMBRO DE 1980

Dispõe sobre o Estatuto dos Militares.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
ESTATUTO DOS MILITARES
................................................................................................................................................................
...
Título IV
Capítulo VI
Das Recompensas e das Dispensas do Serviço
Art. 146. As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados
pelos militares.
§ 1o São recompensas:
a) os prêmios de Honra ao Mérito;
b) as condecorações por serviços prestados na paz e na guerra;
c) os elogios, louvores e referências elogiosas; e
d) as dispensas do serviço.
................................................................................................................................................................
...

Brasília, em 09 de dezembro de 1980; 159o da Independência e 92 o da República.

JOÃO FIGUEIREDO
Maximiano Fonseca
Ernani Ayrosa da Silva
Délio Jardim de Mattos
José Ferraz da Rocha

(D.O. de 11.12.1980)

17
LEI COMPLEMENTAR No 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999

Dispõe sobre as normas gerais para a


organização, o preparo e o emprego das Forças
Armadas.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:
................................................................................................................................................................
Capítulo VII
Das Disposições Transitórias e Finais
Art. 19. Até que se proceda à revisão dos atos normativos pertinentes, as referências
legais a Ministério ou a Ministro de Estado da Marinha, do Exército e da Aeronáutica passam a ser
entendidas como a Comando ou a Comandante dessas Forças, respectivamente, desde que não
colidam com atribuições do Ministério ou Ministro de Estado da Defesa.
Art. 20. Os Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão
transformados em Comandos, por ocasião da criação do Ministério da Defesa.
................................................................................................................................................................

Brasília, 9 de junho de 1999; 178o da Independência e 111o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Élcio Álvares

(D.O. de 10.06.1999)

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CONDECORAÇÕES DA FORÇA AÉREA
BRASILEIRA
 Cruz de Bravura

 Cruz de Aviação – Fitas A e B

 Cruz de Serviços Relevantes

 Cruz de Sangue

 Medalha de Campanha na Itália

 Ordem do Mérito Aeronáutico

 Medalha Militar

 Medalha de Campanha no Atlântico Sul

 Medalha Mérito Santos-Dumont

 Medalha Bartolomeu de Gusmão

 Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura

 Medalha-Prêmio Força Aérea Brasileira

 Medalha-Prêmio Santos-Dumont

 Medalha-Prêmio Salgado Filho

 Medalha Eduardo Gomes

19
MEDALHAS DESTINADAS ÀS
MISSÕES DE GUERRA

20
FOTO DAS MEDALHAS
DESTINADAS ÀS MISSÕES
DE GUERRA

Foto: Medalhas de Guerra


Em cima da esquerda para a direita:

Cruz de Bravura, Cruz de Sangue, Cruz de Aviação (Fita A) e Cruz de Aviação (Fita B).

Em baixo:

Campanha na Itália, Cruz de Serviços Relevantes e Campanha no Atlântico Sul.

21
DECRETO-LEI No 7.454 DE 10 DE ABRIL DE 1945

Cria, na Força Aérea Brasileira, medalhas


militares.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art.


180 da Constituição,

D E C R E T A:

Art. 1o Ficam criadas, na Força Aérea Brasileira, as seguintes medalhas: (NR)


(Redação dada pelo Art. 1o do Decreto-Lei no 8.901, de 24.1.46 - D.O. de 1.2.46.).
Cruz de Bravura
Cruz de Aviação
Cruz de Serviços Relevantes
Cruz de Sangue e
Medalha de Campanha na Itália
Art. 2o A "Cruz de Bravura" será conferida aos militares da ativa e da reserva da
Aeronáutica, que se tenham distinguido por ato excepcional de bravura.
Art. 3o A "Cruz de Aviação" será conferida aos membros das tripulações de
aeronaves, que tenham, com eficiência, dado desempenho a missões de guerra.
Art. 4o A "Cruz de Serviços Relevantes" destina-se, aos militares da ativa, da reserva
e reformados e civis que tenham prestado serviços relevantes de qualquer natureza, referentes ao
esforço de guerra, preparo e desempenho de missões especiais confiadas pelo Governo dentro ou
fora do País. (NR) (Redação dada pelo Art. 4o do Decreto-Lei no 8.901, de 24.1.46. - D.O. de
1.2.46., e atualizado com base no Art. 1o do Decreto-Lei n o 9.211, de 29.4.46. - D.O. de 2.5.46).
Art. 5o A "Cruz de Sangue" destina-se, não só aos militares da Força Aérea
Brasileira, como aos civis brasileiros que nela sirvam e sejam feridos em ação contra o inimigo.
(Renumerado pelo Art. 2o do Decreto-Lei no 8.901, de 24.1.46 - D.O. de 1.2.46).
Art. 6o A "Medalha de Campanha na Itália" — destina-se aos militares da ativa e da
reserva que, tendo participado da atual campanha na Itália, hajam prestado bons serviços, sem nota
que os desabone. (Renumerado pelo Art. 2o do Decreto-Lei no 8.901, de 24.1.46- D.O. de 1.2.46).
Parágrafo único. A mesma medalha poderá ser conferida a Unidades Aéreas, que
hajam merecido essa distinção, pelo brilho de seus feitos na referida campanha.
Art. 7o Poderão, também, ser distinguidos com as medalhas a que se referem os
artigos 3 o e 6 o os militares das Forças Aéreas estrangeiras que delas se façam merecedores.
(Renumerado pelo Art. 2o do Decreto-Lei no 8.901, de 24.1.46 - D.O. de 1.2.46).
Art. 8o As medalhas criadas por este Decreto-lei serão conferidas pelo Presidente da
República, mediante proposta do Ministro da Aeronáutica. (Renumerado pelo Art. 2o do Decreto-
Lei n o 8.901, de 24.1.46 - D.O. de 1.2.46).
Art. 9o As características das medalhas e o Regulamento para sua concessão serão
objeto de decreto especial. (Renumerado pelo Art. 2 o do Decreto-Lei no 8.901, de 24.1.46 - D.O. de
1.2.46).

22
Art. 10. O presente Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação.
(Renumerado pelo Art. 2o do Decreto-Lei no 8.901, de 24.1.46 - D.O. de 1.2.46).

Rio de Janeiro, 10 de abril de 1945; 124o da Independência e 57o da República.

GETULIO VARGAS
Joaquim Pedro Salgado Filho
(D.O. de 12.04.1945)

23
DECRETO No 20.497, DE 24 DE JANEIRO DE 1946

Aprova o Regulamento para a concessão de


medalhas militares criadas na Força Aérea
Brasileira pelo Decreto-lei no 7.454, de 10 de
abril de 1945, alterado pelo de no 8.901, de 24 de
janeiro de 1946, e revoga o Decreto no 18.847, de
11 de junho de 1945.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


74, letra a, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1o Fica aprovado o Regulamento para a concessão de medalhas militares criadas
na Força Aérea Brasileira pelo Decreto-lei no 7.454, de 10 de abril de 1945, alterado pelo de no
8.901, de 24 de janeiro de 1946, cujas características constam do mesmo, que com este baixa,
assinado pelo Ministro de Estado dos Negócios da Aeronáutica.
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3o Ficam revogados o Decreto no 18.847, de 11 de junho de 1945, e demais
disposições em contrário.

Rio de Janeiro, em 24 de janeiro de 1946; 125 o da Independência e 58o da República.

JOSÉ LINHARES
Armando Trompowsky

(D.O. de 01.02.1946)

24
Regulamento para a concessão das medalhas militares criadas na Força Aérea Brasileira, a
que se refere o Decreto-lei no 7.454, de 10 de abril de 1945.

Art. 1o As medalhas a que se refere o Decreto-lei número 7.454, de 10 de abril de


1945, serão conferidas por decreto e se destinam:
a) a Cruz de Bravura aos militares da ativa e da reserva da Aeronáutica que, em
campanha, se tenham distinguido por ato excepcional de bravura;
b) a Cruz de Aviação aos membros das tripulações de aeronaves, que tenham, com
eficiência, dado desempenho a missão de guerra;
c) a Cruz de Serviços Relevantes aos militares da ativa, da reserva e reformados e
civis que tenham prestado serviços relevantes de qualquer natureza, referentes ao esforço de guerra,
preparo e desempenho de missões especiais confiadas pelo Governo dentro ou fora do país; (NR)
(Texto atualizado pelo Art. 1o do Decreto-Lei no 9.211, de 29.4.46 - D.O. de 2.5.45).
d) a Cruz de Sangue aos militares da Força Aérea Brasileira e aos civis brasileiros
que nela sirvam e sejam feridos em ação contra o inimigo; e
e) a Medalha de Campanha na Itália aos militares da ativa e da reserva que, havendo
participado da campanha naquele País, tenham prestado bons serviços, sem nota que os desabone.
§ 1 o Poderá, também, a mesma medalha ser conferida a Unidades Aéreas que se
façam merecedoras dessa distinção pelo brilho de seus feitos na referida campanha.
§ 2o Quando atribuída à Unidade, formada esta, será a medalha colocada na Bandeira
Nacional.
Art. 2o As medalhas “Cruz de Aviação” e “Medalha de Campanha na Itália” poderão
ser conferidas a militares de Forças Aéreas estrangeiras, de nações amigas e aliadas, que tenham
colaborado no esforço de guerra ou coparticipado de ações da FAB.
Art. 3o As características dessas medalhas são permanentes, obedecendo as
indicações constantes dos parágrafos que seguem.
§ 1o A “Cruz de Bravura” — de bronze oxidado; cruz dos templários estilizada, com
40 mm de diâmetro, quatro ramos de 12 mm, cada um, com 14 mm nas extremidades e 7 mm nas
partes mais estreitas, contornados por filete de 1 mm de largura, sobreposta a uma coroa de louros
de 3 mm de largura, lavrada em relevo, que aparece entre os ramos; a cruz carregada a um disco
filetado, de 16 mm de diâmetro, contornado por filete de 1 mm; ao centro o emblema da FAB, em
relevo, com envergadura das asas de 21 mm, e sabre de 16 mm de altura.
Reverso — Círculo correspondente ao disco do anverso, tendo na curva superior a
inscrição em relevo “Bravura” e no exergo FAB, em letras maiúsculas, de 2 mm e 3½ de altura,
respectivamente, isoladas por ornatos de separação.
A Cruz fica ligada à barreta, de feitio de asas estilizadas, envergadura entre asas 40
mm e 6 mm na parte mais alta, por meio de argola e contra argola.
Fita — com 37 mm de largura por 40 mm de altura, de chamalote, faixa central azul
rei, de 21 mm de largura, junto às orlas, frisos verticalmente dispostos, azul rei, branco, vermelhão
francês e branco, respectivamente de 2 mm, 1 mm, 4 mm, e 1 mm de largura cada um.
§ 2o “A Cruz de Aviação” — será de bronze oxidado; cruz pátea estilizada, com 40
mm de diâmetro, quatro ramos iguais de 12 mm cada um, tendo, na parte mais larga, 13 mm e, na
mais estreita 7 mm, ligados a um disco fletado de 16 mm de diâmetro, — contornado por filete de 1
mm, tendo ao centro, em relevo, o emblema da Força Aérea Brasileira, com envergadura de asas de
21 mm e sabre de 16 mm de altura. (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o do Decreto no
23.163, de 6.6.47 - D.O. de 10.6.47).

25
Reverso — Círculo correspondente ao disco do anverso, tendo as inscrições em
relevo, na curva superior, “Cruz de Aviação” e no exergo “FAB”, em letras maiúsculas de 2 e 3 mm
de altura, respectivamente, isoladas por ornatos de separação. (NR) (Texto atualizado com base no
Art. 1o do Decreto n o 23.163, de 6.6.47 - D.O. de 10.6.47).
A Cruz fica ligada à barreta da mesma forma que a anterior. (NR) (Texto atualizado
com base no Art. 1o do Decreto n o 23.163, de 6.6.47 - D.O. de 10.6.47).
Fita A — com 37 mm de largura por 40 mm de altura, de chamalote, faixa central
branca de 17 mm de largura; junto às orlas frisos verticalmente dispostos, azul rei, branco e azul rei,
respectivamente, com 3 mm, 4 mm e 3 mm de largura. (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o
do Decreto no 23.163, de 6.6.47 - D.O. de 10.6.47).
Fita B — com 37 mm de largura e por 40 mm de altura de chamalote, com faixas
verticais: vermelho, amarelo ouro e vermelho, respectivamente, de 12 mm, 13 mm e 12 mm. Ao
centro das faixas verticais vermelhas um friso verde e amarelo disposto verticalmente com 2 mm de
largura. (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o do Decreto no 23.163, de 6.6.47 - D.O. de
10.6.47).
§ 3o A “Cruz de Serviços Relevantes” — de bronze oxidado, cruz de malta estilizada,
com 40 mm de diâmetro, quatro ramos de 12 mm cada um, com 15 mm nas extremidades e 8 mm
nas partes mais estreitas, contornados por filete de 1 mm de largura, sobreposta a uma coroa de
louros de 3 mm de largura, lavrada em relevo, que aparece entre os ramos; a Cruz carregada a um
disco filetado, de 16 mm de diâmetro, contornado por filete de 1 mm; ao centro o emblema da FAB,
em relevo, com envergadura das asas de 21 mm e sabre de 16 mm de altura.
Reverso — Círculo correspondente ao disco do anverso, tendo na curva superior a
inscrição em relevo - Serviço Relevante e no exergo FAB, em letras maiúsculas, de 2 mm e 3½ mm
de altura, respectivamente, isolados por ornato de separação.
A Cruz fica ligado à barreta, de feitio de asas estilizadas, envergadura entre asas 40
mm e 6 mm na parte mais alta, por meio de argola e contra-argola.
Fita — com 37 mm de largura por 40 mm de altura, de chamalote, azul rei, tendo no
centro frisos verticalmente dispostos, branco, vermelhão francês e branco, respectivamente, com 1
mm, 5 mm e 1 mm de largura e junto às orlas, frisos brancos verticalmente dispostos, de 1 mm de
largura.
§ 4o A “Cruz de Sangue” — de bronze oxidado; cruz floretada com 40 mm de
diâmetro, quatro ramos iguais de 12 mm cada um, tendo na parte mais larga 13 mm e na mais
estreita 8 mm, ligados a um disco filetado de 16 mm de diâmetro, contornado por filete de 1 mm,
tendo ao centro, em relevo, o emblema da FAB com envergadura de asas de 21 mm e sabre de 16
mm de altura.
Reverso — Círculo correspondente ao disco do anverso, tendo as inscrições em
relevo, na curva superior, “Cruz de Sangue” e, no exergo, “FAB” em letras maiúsculas, de 2 mm e
3 mm de altura, respectivamente, isoladas por ornatos de separação.
Fita — com 37 mm de largura por 40 mm de altura, de chamalote, faixa central
vermelhão-francês de 21 mm de largura, junto às orlas, frisos verticalmente dispostos, vermelhão-
francês, branco, azul rei e branco, respectivamente, com 2 mm, 1 mm, 4 mm e 1 mm de largura.
§ 5o A “Medalha de Campanha na Itália” — de bronze oxidado; com 35 mm de
diâmetro, disco de 27 mm de diâmetro filetado de 1 mm e circundado por uma coroa de louros de 4
mm de largura, entremeada de fita de 1 mm de largura; ao centro do disco, o emblema da FAB, em
relevo, com envergadura de asas de 21 mm e sabre de 16 mm de altura.

26
Reverso — Círculo correspondente ao disco do anverso tendo ao centro, em relevo,
dizeres horizontalmente dispostos - “Campanha na Itália” — “FAB” — em letras maiúsculas de 3
mm e 3½ mm de altura, respectivamente.
Fita — com 37 mm de largura por 40 mm de altura, de chamalote azul-rei, tendo ao
centro frisos verticalmente dispostos em cores verde, branco e vermelhão-francês de 4 mm de
largura cada um.
Art. 4o Na ausência das medalhas, poderão os militares, a quem as mesmas forem
concedidas, usar passadeiras, às quais serão adaptadas as palmas e as estrelas a que se refere o
presente regulamento.
§ 1o As passadeiras, idênticas nas cores das fitas, terão 37 mm de largura e 9 mm de
altura.
§ 2o As palmas de bronze terão de comprimento 20 mm e, na parte mais larga, entre
as folhas, 5 mm.
§ 3o As estrelas de bronze terão 6 mm de diâmetro.
§ 4o Os agraciados poderão usar na lapela a roseta, de acordo com os modelos
anexos.
§ 5o Cada medalha só poderá ser conferida uma vez à mesma pessoa.
Art. 6o A “Cruz de Bravura” poderá ser concedida tanto aos membros das tripulações
de aeronaves como ao pessoal de terra. (*)
§ 1o Uma citação, em que seja descrito o ato de bravura praticado, acompanhará a
entrega desta medalha.
§ 2o Serão adicionados à fita e à passadeira tantas palmas quantos forem os novos
atos de bravura praticados que atribuam direito a igual recompensa.
Art. 7o A “Cruz de Aviação” será conferida aos tripulantes de aeronaves militares da
ativa ou da reserva convocados, que tenham desempenhado, com eficiência, missões de guerra.
(NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o do Decreto n o 23.163, de 6.6.47 - D.O. de 10.6.47).
§ 1 o. A "Cruz de Aviação" será usada com a fita A ou a fita B, conforme o seu
detentor tenha desempenhado missões na Itália ou no litoral brasileiro. (NR) (Texto atualizado com
base no Art. 1o do Decreto no 23.163, de 6.6.47 - D.O. de 10.6.47).
§ 2 o Sempre que o detentor da medalha complete 20 missões, terá direito a uma
estrela de bronze a ser colocada em fita ou passadeira; cada grupo de cinco estrelas será substituído
por uma palma de bronze, a ser usada nas mesmas condições acima referidas. (NR) (Texto
atualizado com base no Art. 1 o do Decreto no 23.163, de 6.6.47 - D.O. de 10.6.47).
Art. 8o A “Cruz de Serviços Relevantes” é destinada aos militares da ativa, da
reserva e reformados e civis que tenham prestado serviços relevantes de qualquer natureza
referentes ao esforço de guerra, preparo e desempenho de missões especiais confiadas pelo Governo
dentro ou fora do país. (NR) (Texto atualizado pelo Art. 1 o do Decreto-Lei no 9.211, de 29.4.46 -
D.O. de 2.5.45).
Art. 9o A “Cruz de Sangue” é destinada àqueles que, servindo à Aeronáutica, sejam
feridos em conseqüência de ação do inimigo, e cujo ferimento necessite tratamento médico.
§ 1o Para a conferição dessa medalha será necessário um atestado de oficial médico.
§ 2o Cada ferimento posterior dará direito a uma palma de bronze a ser usada na fita
e na passadeira.
Art. 10. A “Medalha de Campanha na Itália” — destina-se àqueles que, sem nota
desabonadora, tenham prestado bons serviços na luta naquele país.

27
Art. 11. Para julgamento do mérito dos militares, nas condições de serem
condecorados com as medalhas referidas nos artigos anteriores, fica instituído o Conselho do
Mérito de Guerra, composto pelo Ministro da Aeronáutica, pelo Chefe do Estado-Maior da
Aeronáutica e Diretor-Geral do Pessoal da Aeronáutica, como Membros, e por um Secretário, que
será o Chefe do Gabinete do Ministro da Aeronáutica.
Parágrafo único. O Secretário do Conselho do Mérito de Guerra terá sob sua guarda e
responsabilidade o arquivo, livros de atas, de registro, etc., bem como os documentos do Conselho,
cabendo-lhe ainda responder pelo seu expediente.
Art. 12. São competentes para propor ao Conselho a concessão das medalhas:
Os Comandantes de Unidades em operações de guerra; e
Os Comandantes de Forças Aéreas em operações de guerra.
Art. 13. Os proponentes deverão basear suas recomendações em depoimentos de
testemunha ocular, devendo constar das mesmas a descrição completa e concisa dos fatos
decorridos, de modo a permitir, ao Conselho, aquilatar do justo merecimento para a atribuição da
medalha.
Art. 14. As propostas, devidamente justificadas, deverão conter a indicação de:
a) dia, local e hora;
b) quando for o caso: tipo de avião, missões, funções a bordo, condições
atmosféricas, ação antiaérea e aérea do inimigo.
Art. 15. O Conselho do Mérito de Guerra, após o estudo das propostas e respectivo
julgamento, relacionará as que forem aprovadas, submetendo-as ao Ministro da Aeronáutica que as
encaminhará ao Presidente da República que, no caso de aprovar as indicações apresentadas,
determinará a lavratura do Decreto ou Decretos, concedendo-as.
Art. 16. No caso de ausência do agraciado, por morte ou outro motivo que tenha
plena justificação, a medalha poderá ser entregue a uma pessoa da família, respeitado o grau de
parentesco.
Art. 17. Todas as medalhas previstas no presente Regulamento serão acompanhadas
por diplomas assinados pelo Ministro da Aeronáutica.
Art. 18. Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pelo Ministro da
Aeronáutica.
Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1946.

Major-Brigadeiro-do-Ar Armando F. Trompowsky de Almeida

(D.O. de 01.02.1946)

(*) Foi omitido no Decreto original o Art. 5 o.


Obs: O § 2o do Art. 3 o foi retificado no D.O. de 20.06.1947.

28
Desenho das Medalhas Militares de Guerra

29
Desenho do Diploma da Medalha Militar

30
ORDEM DO MÉRITO AERONÁUTICO

31
FOTO DA GRÃ-CRUZ
DA
ORDEM DO MÉRITO AERONÁUTICO

Foto: Grã-Cruz da Ordem do Mérito Aeronáutico


Medalha, Faixa, Miniatura, Barreta, Botão e Placa.

32
O MÉRITO AERONÁUTICO (*)

Histórico

Com a recente criação da Ordem do Mérito Aeronáutico, dispõe o Governo de quatro


diferentes condecorações desse tipo: a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul e as dos Méritos Naval e
Militar, e esta, a mais nova, destinada a ornar o peito dos valorosos rapazes da FAB.
Em trabalho a respeito de condecorações há pouco publicado no livro Ordens
Honoríficas do Brasil, dizíamos que a organização da Arma Aérea com o seu Ministério próprio,
impunha também a criação do Mérito Aeronáutico, a exemplo do que se vinha praticando em outros
países, sendo de citar os Estados Unidos, que entre as suas numerosas condecorações contava com
uma especialmente consagrada aos feitos do seu Exército Aéreo.
Somente os Soldados-do-Ar — notávamos ainda — e os civis não contavam com
recompensas próprias para seus serviços excepcionais às respectivas profissões e ao país.
A idéia, aliás, não era nossa. Assinalávamos uma falha que mais cedo ou mais tarde
haveria de ser sanada, como afinal o foi — em parte — com a providência oficial que comentamos.
A mais jovem das nossas instituições honoríficas, porém, já tem uma história, que o
ensejo da sua criação faz oportuno pôr em foco.
Por mais estranho que pareça, a idéia da instituição dessa condecoração nasceu no
Touring Clube do Brasil (**). Estabelecera-se, no seu seio, em 1935, a “Comissão de Turismo
Aéreo”, nomes dos mais destacados no desenvolvimento do nosso setor aeronáutico, civil e militar,
como Virginius De Lamare, Netto dos Reis, Aristóteles de Carvalho, J. Kalil Filho, J. Bento R.
Dantas, Paulo da Rocha Vianna, Lysias Rodrigues, Guedes Muniz, Álvaro de Araújo, Ismar Brasil,
Araripe Macedo, Libânio, Bento Ribeiro, Ivo Borges, Newton Braga, Eugênio de Sales, Demétrio
Xavier, Mário de Morais Paiva, Lourival Nobre de Almeida, Arthur Nunes da Silva, José Maria
Leite de Vasconcelos e Cláudio Ganns.
Na segunda reunião dessa Comissão, realizada a 25 de julho de 1935, o comandante
Neto dos Reis apresentou uma sugestão no sentido de que o Touring Clube levasse à Comissão
Nacional de Comemorações do 30 o aniversário do primeiro vôo de Santos-Dumont a idéia da
criação do “Mérito Aeronáutico”, como um dos pontos do programa de festejos e também a
exemplo dos Méritos Militar e Naval, estabelecidos em 1934.
Nas sessões subseqüentes foi o assunto tratado especialmente pelo seu iniciador,
inclusive interessando o Dr. Orlando Guerreiro de Castro, do Ministério das Relações Exteriores, a
fim de que, com a sua experiência, cooperasse na matéria. Por ter de retirar-se do Brasil, apresentou
escusas, embora com a declaração de que já havia organizado um projeto.
Na sessão de 24 de agosto obteve o comandante Netto dos Reis a aprovação dos
consideranda e projeto adiante transcritos, que o deputado Demétrio Xavier se incumbiu de
encaminhar no Congresso:
“O Congresso Nacional, considerando que transcorre no presente ano o trigésimo
aniversário do primeiro vôo realizado com uma aeronave mais-pesado-que-o-ar e oficialmente
reconhecido;
Considerando que a carta patente mandada expedir em favor do padre brasileiro
Bartolomeu Lourenço de Gusmão pelo rei de Portugal D. João V em 19 de abril de 1709, concede
ao mesmo o privilégio da construção e uso do primeiro instrumento para a navegação aérea de que
há conhecimento;
Considerando que os termos da referida carta patente transcrevendo a petição de
Bartolomeu Lourenço de Gusmão são do mais alto interesse para a época atual, por demonstrar a
clara visão dos problemas aeronáuticos do futuro, como previstos há mais de dois séculos pelo
ilustre inventor;

33
Considerando que a conquista do prêmio Deutsche de la Meurthe, em 19 de outubro
de 1901 por outro brasileiro, o Dr. Alberto Santos-Dumont, atribui a esse inventor nacional a glória
de haver resolvido o problema da dirigibilidade das aeronaves;
Considerando que uma outra nova conquista desse mesmo inventor, Dr. Alberto
Santos-Dumont, a Taça Archdeacon, em 23 de outubro de 1906, concede-lhe a prioridade do
invento dos aeródinos, como demonstrou perante a Comissão Científica do Aero Clube de França e
lhe foi reconhecida pela imprensa mundial;
Considerando que a documentação e publicidade de todas essas provas conferem ao
Brasil as mais extraordinárias conquistas no campo da Aeronáutica, enriquecendo sobremaneira o
patrimônio das gerações atuais e futuras, que os poderes públicos devem zelar, fazendo-os
mundialmente conhecidos;
Considerando que essas notáveis experiências foram realizadas em Portugal e na
França, países esses que muito contribuíram para o seu progresso industrial e hospitaleiro
acolhimento para o êxito final dos trabalhos de Bartolomeu de Gusmão e de Alberto Santos-
Dumont,
R e s o l v e:
Art. 1o É instituída a Ordem do Mérito Aeronáutico com o fim de galardoar os
nacionais e estrangeiros que se tenham distinguido pelos seus estudos ou atividades em benefício da
ciência aeronáutica, ou que hajam prestado serviços relevantes ao desenvolvimento das
comunicações aéreas;
§ 1 o O Governo nomeará uma comissão especial para regulamentar a Ordem do
Mérito Aeronáutico dentro do prazo de 30 dias, a contar da publicação desta lei.
§ 2o O Governo mandará proceder ao concurso de projetos entre os artistas nacionais,
portugueses e franceses para as insígnias da Ordem, que deverão apresentar as efígies de
Bartolomeu Lourenço de Gusmão e Alberto Santos-Dumont, além das datas relativas à ascensão em
Lisboa, no pátio da Casa das Índias, e às conquistas dos prêmios de la Meurth e Archdeacon.
§ 3o Como prova da eterna gratidão da Nação brasileira a Portugal e à França, os
nomes desses países deverão constar das insígnias da Ordem, junto às datas referidas no parágrafo
anterior.
Art. 2 o O Governo encarregará o Instituto Histórico Brasileiro de mandar publicar
todos os documentos relativos aos trabalhos de Bartolomeu Lourenço de Gusmão e de Alberto
Santos-Dumont, Augusto Severo de Albuquerque Maranhão e Júlio César Ribeiro de Sousa, assim
como de outros brasileiros que hajam concorrido para o desenvolvimento da Aeronáutica até a
presente data, facilitando a esse instituto os elementos de que venha a necessitar para essa obra.
Art. 3o O Governo mandará construir nas proximidades do aeroporto do Rio de
Janeiro, ou em dependência do mesmo aeroporto, um Panteão da Aeronáutica, onde serão
recolhidos os aparelhos originais que serviram aos grandes feitos dos brasileiros precursores da
navegação aérea, ou suas partes, devendo mandar construir cópias exatas desses aparelhos, se não
as puder obter em Portugal e na França. Para esse Panteão serão também trasladados os corpos ou
cinzas de Bartolomeu Lourenço de Gusmão, Alberto Santos-Dumont, Augusto Severo de
Albuquerque Maranhão e Júlio César de Sousa, criando-se um museu de cada um desses
precursores, com os objetos que aos mesmos pertenceram.
Art. 4o O Governo pedirá ao Congresso, quando necessário, os créditos para a
execução desta lei.
Art. 5o Revogam-se as disposições em contrário.”
Com algumas modificações foi o projeto apresentado à Câmara em janeiro de 1937,
sob o no 4 desse ano. Subscreveram-se os deputados Ribeiro Júnior, Humberto Moura, Barreto
Filho, Paulo Soares Neto, A. Pereira Lima, Mário Chermont e José Bernardino.
Passou em primeira e segunda discussões. Na terceira, já em 10 de julho, o deputado
Gomes Freire apresentou emenda, autorizando um crédito de 10 contos, com que seriam atendidas
as despesas do concurso para a insígnia, e publicação dos documentados.

34
Nada mais encontramos a respeito do seu andamento, ao que parece, prejudicado
com o fechamento do Congresso.
Com o estabelecimento dessa Ordem, cujo regulamento se assemelha aos Méritos
Militar e Naval, conta o Governo com quatro tipos de condecorações: da mais que centenária
Ordem do Cruzeiro, fundada em 1822 por Pedro I, e cem anos depois restabelecida pelo presidente
Vargas. Excluiu os brasileiros de recebê-la restringindo-a exclusivamente aos estrangeiros; dos
Méritos Militar e Naval, ambos instituídos em 1937; e o Aeronáutico, os quais, como indicam suas
designações, destinam-se a prêmio das Forças de Terra, Mar e Ar.
Quatro ordens, tantas quantas, na prática, existiam ao ser fundada a República, em
1889. Na prática, porque, em verdade, seis eram as ordens honoríficas então vigentes: Cruzeiro,
Rosa, Pedro I — de criação brasileiras; Cristo; Aviz e Santiago da Espada, portuguesas de origem,
abrasileiradas em 1843.
Das primeiras, o Cruzeiro foi concedido a nacionais e estrangeiros, àqueles por
serviços relevantes nas armas e na diplomacia, não mais depois de 1873, salvo um ou outro caso; a
de Aviz era privativa das classes armadas — qual medalha de tempo de serviço — e, como a
primeira, mantida por Deodoro na República. Com os seus graus, o fundador do regime, em apenas
oito meses, distinguiu a 724 pessoas, civis e militares, predominando estas.
A da Rosa, criada em 1829, para comemorar o casamento de D. Pedro I e de D.
Amélia de Luchtenberg, a segunda imperatriz do Brasil, era de modo geral utilizada para premiar
serviços ao Estado e ao país na preeminência das letras, das artes, das indústrias, da administração.
A que trazia o nome do fundador do Império, somente foi regulamentada em 1842, e
nenhum brasileiro, além de Caixas, e neste ponto contrariamos algumas opiniões divergentes,
quando ainda era marquês, a recebeu. Em 1868, recaiu no maior soldado do Brasil a rara distinção
no seu mais elevado grau: grã-cruz. A comemoração do reconhecimento do Império por D. João VI
foi o motivo da sua criação.
A de Cristo, de mais farta distribuição no Império, figurando nas estatísticas logo
depois da Rosa, premiava serviços tanto de militares quanto de civis.
A Ordem de São Tiago da Espada, “a ordem mais rara do Segundo Reinado”, desde
1842 deixou de ser concedida e correspondia, pela reformulação da rainha D. Maria I, de 1789, ao
prêmio à Magistratura, embora no Brasil os decretos de concessão por D. Pedro I e seu filho, o
sucessor, recaíssem em sua maior parte em militares. Depois da reforma portuguesa de 1862 passou
a ser lá concedida aos cientistas, homens de letras e artistas. É uma ordem especialmente intelectual
no país irmão.
Dispondo de quatro ordens Honoríficas, Pedro II agraciou nos 57 anos de seu
Reinado (incluindo a Regência) a 25.109 cidadãos, brasileiros e estrangeiros.
Com um número idêntico de Ordens, o atual governo tem distribuído, de 1932 a
1941 — um decênio — somente 1.707 insígnias, aí incluídas as promoções. É de notar-se que para
esse total contribuiu a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul com 1.396 condecorados, todos
estrangeiros, restando apenas 311 graus para os militares nacionais — do mar, da terra e do ar. Pois
desse total ainda teremos de deduzir pelo menos um terço, que é a quanto deve montar o número de
condecorações concedidas a militares estrangeiros.
Verifica-se assim que tem havido uma grande e louvável parcimônia em relação aos
nacionais, já que os prêmios honoríficos só têm valor quando conferidos em troca do merecimento
real, a fim de que se tornem de fato estimados e valiosos.
Para os nacionais que se dediquem aos labores da paz, foi criado o Livro do Mérito,
onde já têm sido inscritos solenemente alguns nomes da benemerência nacional.
É a ordem honorífica dos civis, de feição sui generis: a insígnia é substituída por um
diploma, que o agraciado recebe das mãos do Presidente da República. Talvez tenha prevalecido, na
sua criação, a idéia de que a condecoração não é compatível com o traje civil. Acontece, porém, que
as atuais condecorações militares, inclusive o Mérito Aeronáutico, podem também ser conferidas
aos civis brasileiros. E alguns poucos já as receberam, e com justificado orgulho ostentam as suas
veneras.

35
Segundo um desenho divulgado pela imprensa, assim descreveríamos as insígnias ao
Mérito Aeronáutico: cruz potenciada, separada, esmaltada de branco; entre os espaços as pás de
uma hélice. Sobre a cruz, as insígnias da Arma Aérea, circundados de uma bordadura com as
palavras “Mérito Aeronáutico”. A expressão “separada” é a tradução do francês “dejointe”, aplicada
pelo autor do Livre d’or de la noblesse française ao descrever a cruz do escudo de armas da Família
De Perthuis da Provença e Orleans. Não conhecemos no armorial luso-brasileiro nenhuma cruz
semelhante.
Lembramo-nos de ter visto no Itamaraty a insígnia que iria servir de idéia à
condecoração de que nos ocupamos. Pelo visto, foi tal modelo substituído, pois o que ali se achava
a cruz não era branca, talvez azul.
De qualquer modo, está criada a condecoração especial para os Soldados-do-Ar. Os
fatos, de resto, timbram em realçar-lhe a oportunidade, com o extraordinário feito do capitão
Dionísio Taunay, e de seus bravos companheiros do PBY-I, coincidente com a data do decreto da
criação da Ordem: o memorável combate aero-naval, de que resultou o afundamento de um
submarino inimigo na costa sul do Brasil.
Que melhor justificativa para o ato do Governo, e que melhor sugestão para os seus
primeiros agraciados?

(*) O Jornal, de 22.12.1943).


(**) Por Decreto de 28 de setembro de 1999, o Estandarte do Touring Club do Brasil foi agraciado
com a Insígnia da Ordem do Mérito Aeronáutico.

36
DECRETO-LEI No 5.961, DE 1o DE NOVEMBRO DE 1943

Cria a Ordem do Mérito Aeronáutico.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, tendo em vista a conveniência da criação da


Ordem do Mérito Aeronáutico, destinada a premiar os militares da Aeronáutica, que houverem
prestado assinalados serviços ao Brasil, ou os que, no seio da classe, se destacarem pelo valor
pessoal e dedicação, bem assim aos civis que prestarem relevantes serviços à Aeronáutica, usando
da atribuição que lhe confere o art. 180, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1o Fica criada a Ordem do Mérito Aeronáutico.
Art. 2o Esta Ordem será concedida aos militares da Aeronáutica, nacionais ou
estrangeiros, que houverem prestado notáveis serviços ao País, ou se tiverem distingüido no
exercício de sua profissão.
Parágrafo único. Igualmente será concedida aos civis que houverem prestado
relevantes serviços à Aeronáutica.
Art. 3o A Ordem em apreço terá cinco graus, cuja insígnia, desenhos, e demais
minúcias constarão de Regulamento da mesma.
Art. 4o As nomeações serão feitas por decreto, de "motu-proprio" do Chefe de Estado
ou mediante proposta do Ministro de Estado da Aeronáutica como Presidente do Conselho da
Ordem.
Art. 5o Todo o expediente relativo à esta Ordem será feito pelo Ministério da
Aeronáutica.
Art. 6o O Regulamento da Ordem de que trata o presente decreto-lei será aprovado
mediante decreto.
Art. 7o Este decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 8o Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 1 o de novembro de 1943; 122 o da Independência e 55o da República.

GETÚLIO VARGAS
Joaquim Pedro Salgado Filho
(D.O. de 04.11.1943)

37
DECRETO NO 3.446, DE 4 DE MAIO DE 2000.

Aprova o Regulamento da Ordem do Mérito


Aeronáutico e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art.


84, incisos IV e XXI, da Constituição, e nos termos do art. 6o do Decreto-Lei no 5.961, de 1o de
novembro de 1943,

D E C R E T A:

Art. 1o Fica aprovado o Regulamento da Ordem do Mérito Aeronáutico, na forma do


anexo a este Decreto.
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3o Ficam revogados os Decretos nos 94.601, de 14 de julho de 1987, e 2.630, de
16 de junho de 1998.
Brasília, 4 de maio de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Geraldo Magela da Cruz Quintão

(DOU 1, de 05.05.2000, Pág 38)

38
REGULAMENTO DA ORDEM DO MÉRITO AERONÁUTICO
ALTERADO PELO DECRETO Nº 7.822, DE 5 DE OUTUBRO DE 2012

CAPÍTULO I
DAS FINALIDADES DA ORDEM
Art. 1 A Ordem do Mérito Aeronáutico, criada pelo Decreto-Lei no 5.961, de 1 o de
o

novembro de 1943, se destina a premiar os militares da Aeronáutica Brasileira que tenham prestado
notáveis serviços ao País ou se hajam distinguido no exercício de sua profissão, assim como para
reconhecer assinalados serviços prestados à Aeronáutica por personalidades civis e militares,
brasileiras ou estrangeiras e, ainda, por Organizações Militares e Instituições Civis, nacionais ou
estrangeiras.

CAPÍTULO II
DOS GRAUS E INSÍGNIAS
Art. 2o A Ordem consta dos seguintes graus:
I - GRÃ-CRUZ;
II - GRANDE-OFICIAL;
III - COMENDADOR;
IV - OFICIAL; e
V - CAVALEIRO.
Parágrafo único. Todo graduado da Ordem ocupará um grau de sua hierarquia e as
Organizações Militares e Instituições Civis serão nela admitidas sem atribuição de grau.
Art. 3o As insígnias da Ordem serão constituídas por:
I - uma cruz floreteada dourada, esmaltada de branco, sobre a qual figura o símbolo da
Força Aérea Brasileira, tendo no reverso a característica da nacionalidade de seus aviões; e
II - uma fita de gorgorão de seda azul com cinco listras brancas.
Parágrafo único. As Insígnias de todos os graus, as miniaturas, os botões de lapela, as
barretas e a insígnia de bandeira terão a forma, as dimensões e as cores estabelecidas nos modelos
anexos ao presente Regulamento.
Art. 4o As Insígnias da Ordem do Mérito Aeronáutico serão usadas:
I - pelos militares, de acordo com o previsto no Regulamento de Uniformes próprio de
cada Força Armada ou Força Auxiliar; e
II - pelas personalidades civis, de acordo com o que for estabelecido por Cerimonial
Público.
§ 1o A barreta, por ser de uso exclusivo em uniformes militares, não será entregue às
personalidades civis agraciadas.
§ 2o A Organização Militar ou Instituição Civil admitida na Ordem deverá usar a insígnia
de bandeira no Estandarte oficialmente aprovado ou, na ausência deste, na Bandeira Nacional.

CAPÍTULO III
DOS CORPOS E DOS QUADROS

39
Art. 5o Os graduados da Ordem do Mérito Aeronáutico serão classificados em dois
Corpos:
I - de Graduados Efetivos; e
II - de Graduados Especiais.
Art. 6o O Corpo de Graduados Efetivos será composto exclusivamente por militares da
Aeronáutica e compreende dois Quadros:
I - Ordinário, de efetivo limitado, constituído pelos Oficiais de Carreira da Ativa; e
II - Suplementar, de efetivo ilimitado, constituído por todos os outros militares da ativa e
pelos militares da reserva e reformados.
§ 1o Os Oficiais de Carreira da Ativa que tenham sido admitidos na Ordem à época em que
ainda pertenciam ao Corpo de Pessoal Graduado da Aeronáutica, permanecerão no Quadro
Suplementar até que sejam promovidos a grau superior dentro da Ordem.
§ 2o Os graduados do Quadro Ordinário serão transferidos para o Quadro Suplementar, no
mesmo grau, ao passarem para a reserva ou forem reformados.
§ 3o Poderá o militar falecido, a critério do Conselho da Ordem, ser admitido ou
promovido no Quadro Suplementar, como homenagem post-mortem.
Art. 7o O Corpo de Graduados Especiais compreenderá, em quadro único de efetivo
ilimitado, todos os agraciados não pertencentes ao Corpo de Graduados Efetivos.
Art. 8o As Organizações Militares e Instituições Civis admitidas na Ordem não integrarão
nenhum dos seus Corpos.
Art. 9o A limitação numérica de efetivo dentro dos diversos graus do Quadro Ordinário
será proporcional ao efetivo da Aeronáutica fixado por lei.
§ 1o Sempre que houver alteração do efetivo da Aeronáutica, o Gabinete do Comandante
da Aeronáutica realizará os cálculos de proporção para, caso necessário, alterar os efetivos dos
diversos graus do Quadro Ordinário e submetê-los ao Conselho.
§ 2o As vagas em cada grau do Quadro Ordinário abrem-se em decorrência de promoção
na Ordem, transferência para o Quadro Suplementar, exclusão ou morte, bem como pelo acréscimo
de vagas decorrentes do aumento do efetivo da Aeronáutica.

CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 10. O Presidente da República será o Grão-Mestre da Ordem e, nessa qualidade,
admite, promove e exclui os graduados da Ordem, na forma estabelecida por este Regulamento.
Art. 11. A Ordem será administrada por um Conselho composto de seis Membros e um
Secretário:
I - quatro membros natos - O Ministro de Estado da Defesa, como Presidente Efetivo do
Conselho; o Ministro de Estado das Relações Exteriores, como Presidente Honorário; o
Comandante da Aeronáutica, como Chanceler da Ordem; e o Chefe do Estado-Maior da
Aeronáutica, como Membro;
II - dois membros efetivos - Oficiais-Generais integrantes do Alto Comando da
Aeronáutica, mais antigos em graduação na Ordem, nomeados pelo Comandante da Aeronáutica; e
III - um secretário - O Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica.

40
Parágrafo único. Os membros efetivos serão exonerados da função no momento que
deixarem de integrar o Alto Comando da Aeronáutica.
Art. 12. O Conselho da Ordem terá o apoio administrativo do Gabinete do Comandante da
Aeronáutica.
Art. 13. Ao Conselho da Ordem compete:
I - zelar pelo bom nome da Ordem;
II - julgar as propostas de admissão ou promoção;
III - deliberar sobre a exclusão de graduados da Ordem; e
IV - decidir sobre os assuntos de interesse da Ordem.
Art. 14. Ao Ministro de Estado da Defesa incumbe submeter ao Presidente da República as
propostas de admissão, promoção e exclusão dos agraciados, observado o disposto no Art. 17.
Art. 15. Ao Chanceler da Ordem incumbe:
I - conduzir as sessões do Conselho;
II - decidir ad referendum do Conselho, em caso de urgência, sobre assuntos concernentes
à Ordem;
III – apresentar, ao Presidente Efetivo do Conselho, as propostas de admissão, promoção
ou exclusão de agraciados;
IV - assinar os diplomas da Ordem; e
V - baixar Instruções Complementares.

Art. 16. Ao Secretário do Conselho incumbe:


I - convocar o Conselho mediante determinação do Chanceler da Ordem;
II - secretariar as sessões do Conselho e lavrar as respectivas atas;
III - tratar de todos os documentos e correspondências alusivas à Ordem;
IV - assinar, como secretário, os diplomas da Ordem;
V - manter atualizados os registros e arquivos da Ordem;
VI - manter relacionamento com as Secretarias de Ordens Nacionais e congêneres;
VII - divulgar as Instruções Complementares estabelecidas pelo Chanceler da Ordem; e
VIII - preparar e executar a solenidade de entrega das comendas na Capital Federal.

CAPÍTULO V
DA ADMISSÃO E DA PROMOÇÃO
Art. 17. A admissão, promoção e exclusão de agraciados na Ordem do Mérito Aeronáutico
serão feitas:
I – por decreto, nas seguintes hipóteses:
a) graus de Grã-Cruz e Grande Oficial;
b) militares das Forças Armadas agraciados em qualquer grau; e
c) corporações militares e instituições civis, nacionais e estrangeiras, suas bandeiras ou
estandartes; e
II – nas demais hipóteses, por portaria do Ministro de Estado da Defesa.

41
Parágrafo único. No Corpo de Graduados Especiais, as admissões ou promoções poderão
ser feitas, em casos excepcionais, por Decreto do Presidente da República, de moto-próprio, ou
mediante proposta do Presidente Efetivo do Conselho e do Chanceler da Ordem.
Art. 18. O Presidente da República, o Ministro de Estado das Relações Exteriores, o
Ministro de Estado da Defesa e o Comandante da Aeronáutica, ao tomarem posse nos respectivos
cargos, serão admitidos no grau GRÃ-CRUZ do Quadro Ordinário do Corpo de Graduados Efetivos
ou a ele promovidos caso já pertençam à Ordem, sem ocuparem vagas.
Parágrafo único. Ao deixarem os cargos, o Presidente da República, o Ministro de Estado
das Relações Exteriores, o Ministro de Estado da Defesa e o Comandante da Aeronáutica serão
transferidos para o Corpo de Graduados Especiais.
Art. 19. A admissão dos militares da ativa no Corpo de Graduados Efetivos será sempre no
grau de cavaleiro e sua ascensão na Ordem, será gradual a partir desta e observado o contido no art.
28.
Art. 20. Ficará a critério do Conselho estabelecer o grau que ocuparão os militares que já
se encontrem na reserva ou estejam reformados por ocasião de sua admissão na Ordem.
Art. 21. Os graus da Ordem serão independentes dos postos que os militares ocupam na
escala hierárquica militar.
Parágrafo único. Os Tenentes-Brigadeiros serão sempre promovidos ao grau de GRÃ-
CRUZ, na primeira oportunidade após haverem atingido este posto e independente do interstício.
Art. 22. Quando transferido de Quadro, o graduado da Ordem conservará o seu grau.
Art. 23. A admissão no Corpo de Graduados Especiais ocorrerá em qualquer grau,
observada, em princípio a seguinte correspondência:
I - GRÃ-CRUZ - aos Chefes de Estado;
II - GRANDE-OFICIAL - aos Ministros de Estado; Chefes de Forças Aéreas; Chefes de
Estados-Maiores de Forças Armadas e Oficiais-Generais das Forças Armadas de posto equivalente,
pelo menos a Major-Brigadeiro;
III - COMENDADOR - aos demais Oficiais-Generais;
IV - OFICIAL - aos Oficiais-Superiores; e
V - CAVALEIRO - aos demais militares.
Parágrafo único. As personalidades civis serão admitidas na Ordem, na forma deste
Regulamento, nos graus correspondentes às funções que desempenham, à posição social que
ocupam ou ao nível de escolaridade, devendo-se, sempre que possível, estabelecer correlação entre
as situações civis e as militares acima enumeradas.
Art. 24. As propostas de admissão ou promoção na Ordem serão apresentadas ao Conselho
conforme Instruções Complementares emitidas pelo Comandante da Aeronáutica.
Art. 25. O julgamento das propostas será feito em sessão ordinária do Conselho, e as
decisões, tomadas pelo voto da maioria dos membros presentes, tendo cada membro direito a um
voto.
Parágrafo único. As propostas rejeitadas em uma sessão não serão objeto de novo
julgamento, salvo quando renovadas no ano seguinte, pelas autoridades previstas neste
Regulamento.
Art. 26. Para ser admitido no Corpo de Graduados Efetivos da Ordem, o militar deverá
preencher uma das seguintes condições:

42
I - ter praticado ato de sacrifício, de abnegação ou de bravura em Operações de Guerra ou a
serviço, com risco da própria vida;
II - ter prestado serviços relevantes à Aeronáutica ou à Segurança Nacional em qualquer
domínio: científico, técnico, político-militar, econômico ou diplomático; ou
III - distinguir-se, no âmbito da classe, ou entre seus pares, pelo valor pessoal e pelo zelo
profissional, ter mais de quinze anos de efetivo serviço na Aeronáutica e ser possuidor da Medalha
Militar e da Medalha Mérito Santos-Dumont.
Parágrafo único. O Chanceler da Ordem baixará, nas Instruções Complementares, outros
requisitos suplementares para auxiliar no julgamento das propostas para admissão ou promoção no
Quadro Ordinário.
Art. 27. O candidato proposto sob o fundamento do inciso III do artigo anterior deverá ser
apreciado pelo Conselho quanto aos aspectos moral e profissional, de sorte que só venha a ser
admitido o que realmente se destacar na classe, ou entre seus pares, pelo procedimento exemplar
como militar e como cidadão, pelo devotamento à profissão e, especialmente, no exercício de suas
funções, pelo relevo e rendimento que imprima às suas atividades.
Parágrafo único. O valor pessoal será avaliado sob os aspectos:
I - moral: virtudes militares do candidato, atitudes e procedimento na vida privada, pública
e profissional;
II - competência profissional: relativa ao seu posto ou graduação; e
III - rendimento e qualidade de trabalho nos encargos e missões que houver desempenhado
e, especialmente, para o militar obrigado ao vôo, a importância do serviço aéreo executado.
Art. 28. Para a ascensão gradual na Ordem será necessário um interstício de dois anos no
grau que ocupa o graduado, que seja recomendado por novos e assinalados serviços e, em se
tratando de militar, que não tenha sofrido punição disciplinar após sua admissão.
Parágrafo único. Será dispensada a exigência do interstício mínimo para promoção ao
graduado que se tenha distinguido por ato de excepcional relevância, bem como aos enquadrados no
parágrafo único do art. 21 deste Regulamento.

CAPÍTULO VI
DA EXCLUSÃO DA ORDEM
Art. 29. Serão excluídos da Ordem:
I - os graduados nacionais que:
a) nos termos da Constituição, tiverem perdido a nacionalidade;
b) tiverem seus direitos políticos perdidos ou suspensos; ou
c) tiverem cometido atos contrários à dignidade e à honra militar, à moralidade da
corporação ou da sociedade civil, desde que apurados e confirmados em investigação, sindicância
ou inquérito;
II - os graduados nacionais ou estrangeiros que:
a) tenham sido condenados pela justiça brasileira em qualquer foro, por crime contra a
integridade e a soberania nacionais, ou atentado contra o erário, instituições e a sociedade; ou
b) a critério do Conselho, tenham praticado atos que invalidem as razões pelas quais foram
admitidos.

43
§ 1o As exclusões resultantes das alíneas "a" e "b" do inciso I do caput serão realizadas de
ofício em função dos atos que as tenham provocado e, as demais, por meio de decreto ou de
portaria, mediante proposta do Conselho da Ordem.
§ 2o Os excluídos pelos motivos constantes deste artigo poderão ser readmitidos se, após
absolvidos pelos Tribunais Superiores, por proposta de um dos membros do Conselho da Ordem do
Mérito Aeronáutico ou quando manifestarem sua vontade por meio de requerimento, for a sua
reinclusão em qualquer caso, considerada conveniente, em última instância, pelo mencionado
Conselho.
§ 3o Aos excluídos por terem sido reformados, transferidos para a reserva, demitidos ou
postos em disponibilidade, por força de Atos Institucionais ou Complementares, vivos ou falecidos,
após terem sido anistiados na forma da lei, aplicar-se-á o disposto no presente artigo.

CAPÍTULO VII
DAS SESSÕES DO CONSELHO
Art. 30. O Conselho da Ordem realizará anualmente uma sessão ordinária para exame e
julgamento das propostas de admissão e promoção, bem como de outros assuntos que exijam o
pronunciamento do Conselho.
Art. 31. O Conselho poderá reunir-se em sessão extraordinária em qualquer época, por
convocação do Chanceler, para tratar de questões de relevante interesse da Ordem.
Art. 32. As sessões do Conselho serão realizadas no Comando da Aeronáutica, sede da
Chancelaria da Ordem do Mérito Aeronáutico, com a presença obrigatória de, no mínimo, três
Membros e terão o grau de sigilo CONFIDENCIAL.

CAPÍTULO VIII
DOS DIPLOMAS E DAS CONDECORAÇÕES
Art. 33. Publicado no Diário Oficial da União o Decreto ou a Portaria de admissão ou
promoção, o Chanceler da Ordem mandará expedir o competente diploma.
Art. 34. A entrega oficial das insígnias da Ordem aos militares e civis brasileiros será
realizada, em princípio, no dia 23 de outubro, data comemorativa ao Dia do Aviador e ao Dia da
Força Aérea Brasileira, em solenidade exclusiva para esse fim:
I - no País: nas sedes dos Comandos Aéreos Regionais; e
II - no estrangeiro: nas sedes das Embaixadas, Legações ou Consulados.
§ 1o Excepcionalmente, o Comandante da Aeronáutica poderá autorizar a entrega das
insígnias da Ordem em outros locais que possuam Organização Militar da Aeronáutica comandada
por Oficial-General;
§ 2o Nos Comandos Aéreos Regionais, quando o próprio Comandante for agraciado, a
solenidade deverá ser presidida pela autoridade superior a quem a mesma esteja imediatamente
subordinada.
Art. 35. Nas solenidades presididas pelo Grão-Mestre, pelo Presidente Efetivo do Conselho
ou pelo Chanceler da Ordem, as insígnias da Ordem serão entregues:
I - por uma daquelas autoridades: aos agraciados nos graus de GRÃ-CRUZ e de
GRANDE-OFICIAL; aos Estandartes ou Bandeiras Nacionais das Organizações Militares e
Instituições Civis; e

44
II - pelos Oficiais-Generais mais graduados da Ordem: aos agraciados nos graus de
COMENDADOR, de OFICIAL e de CAVALEIRO.
§ 1o A entrega das condecorações aos Almirantes-de-Esquadra, aos Generais-de-Exército e
aos Oficiais-Generais da Ativa da Aeronáutica será feita, em princípio, em solenidade realizada na
Capital Federal, ressalvado o disposto no § 1o do artigo anterior.
§ 2o No exterior, a entrega das insígnias da Ordem será feita pelo Representante
Diplomático do Brasil.
Art. 36. Excetuada a Capital Federal, o preparo e a execução da solenidade será a cargo
dos Comandantes dos respectivos Comandos Aéreos Regionais.
Art. 37. Incumbe ao Comandante da Aeronáutica o estabelecimento de data e local para
entrega das insígnias da Ordem aos agraciados que, por motivo de força maior, não compareceram à
cerimônia na Capital Federal e, nos demais locais, aos Comandantes dos respectivos Comandos
Aéreos Regionais.
Art. 38. As personalidades promovidas na Ordem deverão restituir ao Gabinete do
Comandante da Aeronáutica as insígnias do grau anterior.
Art. 39. Nos atos exclusivos da Ordem e no âmbito do Corpo a que pertençam, a
precedência entre os membros será função do grau que possuem.
Art. 40. Os casos especiais de interpretação de questões de interesse da Ordem serão
resolvidos pelo Chanceler da Ordem, sob diretrizes do Presidente Efetivo do Conselho e do Grão-
Mestre.

45
PORTARIA No 587/SC, DE 15 DE SETEMBRO DE 2000.

Aprova Instruções Complementares para


admissão ou promoção no Quadro Ordinário
da Ordem do Mérito Aeronáutico.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, Chanceler da Ordem do Mérito


Aeronáutico, de acordo com o art. 19 da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, e nos
termos do art. 24 e Parágrafo único do art. 26 do Decreto 3.446, de 4 de maio de 2000, resolve:

Art. 1º Aprovar as Instruções Complementares para admissão ou promoção no Quadro


Ordinário do Corpo de Graduados Efetivos da Ordem do Mérito Aeronáutico, que com esta baixa.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA


Comandante da Aeronáutica

46
INSTRUÇÕES COMPLEMENTARES

CAPÍTULO I
Da limitação numérica do Quadro Ordinário
Art. 1º O Quadro Ordinário do Corpo de Graduados Efetivos da Ordem do Mérito
Aeronáutico possui a seguinte limitação numérica:
I - GRÃ-CRUZ ....................... variável;
II - GRANDE-OFICIAL ..........35;
III - COMENDADOR............... 50;
IV - OFICIAL........................... 125; e
V - CAVALEIRO .................... 185.

CAPÍTULO II
Das indicações e proposições
Art. 2º As indicações para admissão ou promoção de militares na Ordem do Mérito
Aeronáutico serão feitas exclusivamente por Oficiais-Generais, sendo encaminhadas ao
Comandante da Aeronáutica por meio da cadeia de comando.
Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do formulário de proposta para admissão
ou promoção na Ordem, serão considerados proponentes os Órgãos de Direção-Geral e Setorial.
Art. 3º A indicação para admissão ou promoção no Quadro Ordinário do Corpo de
Graduados Efetivos será feita exclusivamente pelo Conselho da Ordem do Mérito Aeronáutico.
Art. 4º A proposta para admissão ou promoção no Quadro Suplementar do Corpo de
Graduados Efetivos e no Corpo de Graduados Especiais deverá ser preenchida e justificada de
acordo com o modelo aprovado pelo Chanceler da Ordem, sendo de caráter confidencial.
Art. 5º A quantidade de nomes que cada Oficial-General poderá indicar obedecerá aos
seguintes parâmetros:
I - Grão-Mestre, Presidentes, Chanceler e Membro do Conselho da Ordem: ilimitado
II - Tenentes-Brigadeiros: três nomes;
III - Majores-Brigadeiros: dois nomes; e
IV - Brigadeiros: um nome
CAPÍTULO III
Dos requisitos
Art. 6º Para o Oficial ser admitido ou promovido na Ordem, exige-se:
I - Não haver sido punido nos últimos dez anos;
II - Não estar "sub judice";
III - Não ter sido condenado;
IV Não possuir registros de fatos desabonadores emitidos pela CPO, DIRAP e
SECINT;
V - Ter sido selecionado em Plenário da CPO, para os respectivos cursos da carreira;
VI - Constar do QAM/QAE, quando no interstício; e
VII -Ter sido promovido pelo critério de merecimento ao atual Posto (se Oficial
Superior).
Art. 7º Para o Graduado ser admitido ou promovido na Ordem, exige-se:
I - Não haver sido punido nos últimos dez anos;
II - Não estar "sub judice";
III - Não ter sido condenado;
IV - Constar das Faixas A e B da LMR fornecida pela CPG;
V -Não possuir registros de fatos desabonadores emitidos pela CPG/DIRAP e SECINT;
e

47
VI - Ter sido promovido pelo critério de merecimento a atual Graduação.
Art. 8º O militar para ser admitido em homenagem post mortem deverá possuir a
Medalha Santos Dumont.
CAPÍTULO IV
Disposições Finais
Art. 9º Os requisitos aqui estabelecidos poderão ser relevados por decisão do Conselho
da Ordem, nos casos previstos nos incisos I e II do art. 26 do Regulamento, aprovado pelo
Decreto 3.446, de 4 de maio de 2000.

48
PORTARIA Nº 569/SC, DE 16 DE AGOSTO DE 2010.

Altera a Portaria nº 587/SC, de 15 de setembro de


2000, que trata da aprovação das Instruções
Complementares para Admissão ou Promoção no
Quadro Ordinário da Ordem do Mérito Aeronáutico.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, Chanceler da Ordem do Mérito


Aeronáutico, de acordo com o art. 19 da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, e nos
termos do art. 24 e Parágrafo Único do art. 26 do Decreto 3.446, de 4 de maio de 2000, resolve:

Art. 1º Alterar o Art 1º das Instruções Complementares para Admissão ou Promoção no


Quadro Ordinário da Ordem do Mérito Aeronáutico, aprovadas pela Portaria nº 587/SC, de 15 de
setembro de 2000, ficando o Quadro Ordinário do Corpo de Graduados Efetivos da Ordem do
Mérito Aeronáutico com a seguinte limitação numérica:

I - GRÃ-CRUZ.......................variável;
II - GRANDE-OFICIAL...........41;
III – COMENDADOR..............58;
IV – OFICIAL.........................148; e
V - CAVALEIRO....................218.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Ten Brig Ar JUNITI SAITO

(DOU1 nº 157, de 17 AGO 2010)

49
DECRETO Nº 7.822, DE 5 DE OUTUBRO DE 2012
Altera dispositivos dos Decretos nº 3.446, de 4
de maio de 2000, que aprova o Regulamento da
Ordem do Mérito Aeronáutico, e nº 4.263, de 10
de junho de 2002, que dispõe sobre a criação da
Ordem do Mérito da Defesa.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,


caput, inciso VI, alínea "a", da Constituição,

DECRETA:
Art. 1º O Anexo ao Decreto no 3.446, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
"Art. 14. Ao Ministro de Estado da Defesa incumbe submeter ao Presidente da
República as propostas de admissão, promoção e exclusão dos agraciados, observado o disposto no
art. 17." (NR)
"Art. 15........................................................................................................................
III - apresentar, ao Presidente Efetivo do Conselho, as propostas de admissão,
promoção ou exclusão de agraciados; ....................................................................................." (NR)
"Art. 17. A admissão, promoção e exclusão de agraciados na Ordem do Mérito
Aeronáutico serão feitas:
I - por decreto, nas seguintes hipóteses:
a) graus de Grã-Cruz e Grande Oficial;
b) militares das Forças Armadas agraciados em qualquer grau; e
c) corporações militares e instituições civis, nacionais e estrangeiras, suas bandeiras
ou estandartes; e
II - nas demais hipóteses, por portaria do Ministro de Estado da Defesa.
.................................................................................................................................................." (NR)
"Art. 29. ......................................................................................................................
§ 1º As exclusões resultantes das alíneas "a" e "b" do inciso I do caput serão
realizadas de ofício em função dos atos que as tenham provocado e, as demais, por meio de decreto
ou de portaria, mediante proposta do Conselho da Ordem.
.................................................................................................................................................." (NR)
"Art. 33. Publicado no Diário Oficial da União o Decreto ou a Portaria de admissão
ou promoção, o Chanceler da Ordem mandará expedir o competente diploma." (NR)
Art. 2º O Decreto no 4.263, de 10 de junho de 2002, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
.................................................................................................................................................." (NR)
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 5 de outubro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFF
Celso Luiz Nunes Amorim

(DOU 195, Seção 1, de 08 OUT 2012)

50
Desenho de Insígnia para Bandeira, Estandarte ou
Corporação

51
Desenho do Grau de Grã-Cruz da OMA

52
Desenho do Grau de Grande-Oficial da OMA

53
Desenho do Grau de Comendador da OMA

54
Desenho do Grau de Oficial da OMA

55
Desenho do Grau de Cavaleiro da OMA

56
Desenho do Grau de Grã-Cruz Feminino da OMA

57
Desenho do Grau de Grande-Oficial Feminino da OMA

58
Desenho do Grau de Comendador Feminino da OMA

59
Desenho do Grau de Oficial Feminino da OMA

60
Desenho do Grau de Cavaleiro Feminino da OMA

61
MEDALHA MILITAR

62
FOTO DAS
MEDALHAS MILITARES

Foto: Medalhas Militares


Da esquerda para a direita:

Tombac com acabamento de bronze (10 anos), tombac prateado (20 anos), tombac dourado
(30 anos), tombac dourado com o passador de platina (40 anos) e medalha e passador de platina (50
anos).

63
Cópia do Diário Oficial de 19 Nov. 1901

64
Reprodução original da página do Diário Oficial do dia 19 de novembro
de 1901 com o Decreto no 4.238 que criou a Medalha Militar.
Cortesia da Biblioteca do Senado Federal.

65
DECRETO No 4.238, DE 15 DE NOVEMBRO DE 1901

Cria uma medalha militar como reconhecimento


de bons serviços prestados pelos oficiais e praças
do Exército e Armada.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, em


comemoração da data que a Nação Brasileira hoje celebra, e querendo significar o alto apreço em
que por ela são tidos os bons serviços prestados pelo Exército e Armada nacionais, resolve mandar
cunhar uma medalha militar, que será exclusivamente destinada a essas classes e concedida aos
oficiais e praças que se tornarem dignos pelo mérito e lealdade com que houverem prestado serviço
à Pátria, regulando-se a sua concessão pelas instruções que a este acompanham, assinadas pelos
Ministros de Estado da Guerra e da Marinha.

Capital Federal, 15 de novembro de 1901,13 o da República.

M. FERRAZ DE CAMPOS SALLES


J. N. de Medeiros Mallet
José Pinto da Luz
————————————————————————————————————————

Instruções que acompanham o decreto, datado de hoje, criando uma medalha


militar exclusivamente destinada aos oficiais e praças do Exército e Armada e que regulam a
respectiva concessão
Art. 1o A medalha militar é exclusivamente destinada a patentear o reconhecimento
de bons serviços militares, prestados por oficiais e praças do Exército e Armada em serviço ativo.
Art. 2o A medalha terá a forma, dimensões e emblemas do desenho anexo, tendo no
verso gravado «Decreto de 15 de novembro de 1901», e será usada pendente do peito esquerdo por
uma fita de gorgorão de seda chamalotada, de 0m,024 de largura e de três listras iguais, sendo
amarela a do centro e verde as extremas.
Parágrafo único. Será de ouro, concedida aos militares do Exército e Armada em
serviço ativo que tiverem mais de trinta anos de bons serviços; de prata, aos que tiverem mais de
vinte anos com os mesmos serviços; e de bronze, aos que tiverem mais de dez anos nas mesmas
condições.
Art. 3o Na contagem do tempo de serviço só se levará em conta o passado em efetivo
exercício.
Parágrafo único. O tempo de campanha é contado pelo dobro.
Art. 4o Não podem fazer jus à medalha militar e perdem o direito a que tiverem
recebido, sendo proibidos de usá-la, os militares que, nas condições do parágrafo único do art. 2o,
tenham sido ou forem atingidos por sentença condenatória passada em julgado, quer do juízo
militar, quer civil, ainda que tenha havido perdão da pena, ou repetidas faltas disciplinares que
tenham motivado penas tornadas públicas ou faltas que afetem a moralidade e a dignidade, das
quais não se tenham podido justificar.

66
Art. 5o Os oficiais do Corpo de Saúde do Exército e os das classes anexas da
Armada, têm direito a medalha militar, satisfeitas as prescrições destas instruções.
Art. 6o Para a concessão da medalha militar se observará o seguinte processo:
§ 1o Os comandantes de corpos e todas as direções ou repartições onde se
escriturarem as alterações ocorridas com o pessoal militar remeterão ao Chefe do Estado-Maior do
Exército ou Armada, desde que o oficial ou praça tenha completado o tempo preciso, a respectiva fé
de ofício ou certidão de assentamentos, fazendo acompanhá-la das notas que julgar conveniente
para esclarecer sobre sua conduta civil e militar, devendo na mesma ocasião formular o seu juízo.
§ 2o Processados os papéis na Repartição do Estado-Maior do Exército ou da
Armada, serão remetidos ao Supremo Tribunal Militar com a informação do respectivo chefe.
§ 3o No caso de se acharem em campanha os corpos cujos oficiais ou praças tenham
completado o tempo exigido para a obtenção da medalha, à Repartição do Estado-Maior será
enviada, pelos comandos, apenas uma relação de alterações com todos os esclarecimentos
necessários.
§ 4 o O Supremo Tribunal Militar, depois de conveniente estudo, dirá em parecer
motivado se o oficial ou praça está ou não nos casos de obter a medalha.
§ 5o Esse parecer, com todos os papéis, servirá de base para o decreto de concessão
da medalha.
Art. 7o Para obtenção da medalha representativa de maior tempo de serviço, o
processo a seguir será exatamente o consignado no artigo anterior e seus parágrafos.
Parágrafo único. A obtenção da medalha de maior número de anos exclui o uso da de
menor, a qual deverá ser restituída no ato de receber aquela.
Art. 8o Os militares que ao tempo de sua reforma já possuírem a medalha militar
poderão continuar a usá-la.
Art. 9o As medalhas e fitas serão fornecidas pelo Governo e isentas de qualquer
despesa, sendo o seu uso obrigatório, nas formaturas.
Capital Federal, 15 de novembro de 1901.

J. N. de Medeiros Mallet
José Pinto da Luz

(D.O. de 19.11.1901)

67
DECRETO No 39.207, DE 22 DE MAIO DE 1956

Aprova o Regulamento da Medalha Militar.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


87, inciso I, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1o Fica aprovado o Regulamento da Medalha Militar, que com este baixa,
assinado pelo Almirante-de-Esquadra Antônio Alves Câmara Júnior, Ministro de Estado dos
Negócios da Marinha, General-de-Exército Henrique Baptista Duffles Teixeira Lott, Ministro de
Estado dos Negócios da Guerra, Brigadeiro Henrique Fleiuss, Ministro de Estado dos Negócios da
Aeronáutica e General-de-Exército Anor Teixeira dos Santos, Chefe do Estado-Maior das Forças
Armadas, modificando o Decreto no 4.238, de 15 de novembro de 1901 e revogadas as instruções
que o acompanharam e os decretos e instruções posteriores que disciplinavam o assunto.
Art. 2o O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Rio de Janeiro, em 22 de maio de 1956; 135o da Independência e 68o da República.

JUSCELINO KUBITSCHEK
Antônio Alves Câmara
Henrique Lott
Henrique Fleiuss

(D.O. de 25.05.1956)

68
REGULAMENTO DA MEDALHA MILITAR

CAPÍTULO I
Da Finalidade, Características e Uso

Art. 1o A Medalha Militar, criada pelo Decreto no 4.238, de 15 de novembro de 1901,


destina-se a recompensar os bons serviços prestados pelos oficiais e praças da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica, em serviço ativo. (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o do Decreto no
97.562, de 9.3.89 - D.O. de 10.3.89).
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, são considerados como em serviço
ativo: (Texto consolidado com base no Art. 1o do Decreto no 97.562, de 9.3.89 - D.O. de 10.3.89).
I - os Ministros de Estado da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
II - os oficiais professores efetivos do magistério da Marinha e do Exército.
Art. 2o A Medalha Militar será de platina com passador de platina, de ouro com
passador de platina, de ouro com passador de ouro, de prata com passador de prata e de bronze com
passador de bronze, conforme se destine aos militares que, satisfeitas as condições previstas neste
regulamento, tenham completado respectivamente cinqüenta, quarenta, trinta, vinte ou dez anos de
bons serviços. (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1 o do Decreto no 70.751, de 23.6.72 - D.O.
de 29.6.72).
Art. 3o A Medalha Militar, inclusive a alça para a fita, o Passador correspondente, e a
fita respectiva, terão as características dos desenhos e serão confeccionados rigorosamente de
acordo com as especificações seguintes: (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o do Decreto no
70.751, de 23.6.72 - D.O. de 29.6.72).
a) a Medalha Militar deve ser inscrita numa circunferência de 34 milímetros de
diâmetro, tangenciando a parte externa das maçanetas das pontas da estrela principal e não sendo
ultrapassada pelas folhas dos ramos de fumo e café. O verso terá, em relevo, os dizeres e ornatos
mostrados no desenho anexo; a espessura da Medalha será de dois milímetros, no mínimo, entre os
planos de maior relevo; (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o do Decreto no 70.751, de
23.6.72 - D.O. de 29.6.72).
b) o Passador medirá externamente 35 milímetros por 10 milímetros, tendo o de
bronze (10 anos) uma estrela de cinco pontas ao centro, o de prata (20 anos) duas, o de ouro (30
anos) três, o de platina (40 anos) quatro e o de platina (50 anos) cinco, dispostas simetricamente,
com a posição e o relevo indicados nos desenhos; (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o do
Decreto no 70.751, de 23.6.72 - D.O. de 29.6.72).
c) a fita das Medalhas terá 34 milímetros de largura e será de gorgurão de seda
chamalotada, composta de três listras verticais, de igual largura, de cores amarelo ouro a do centro e
verde-bandeira as das extremidades. O comprimento da fita será de quarenta e cinco milímetros da
alça da Medalha até a costura superior; (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1o do Decreto no
70.751, de 23.6.72 - D.O. de 29.6.72).
§ 1o As Medalhas e Passadores respectivos serão cunhadas em platina, em “tombac”
dourado, em “tombac” prateado ou em “tombac” com acabamento de bronze. (NR) (Texto
atualizado com base no Art. 1o do Decreto no 70.751, de 23.6.72 - D.O. de 29.6.72. e no Art. 1o do
Decreto no 88.247, de 22.4.83 - D.O. de 25.4.83).

69
§ 2o Os Passadores de Platina, correspondentes a cinqüenta e quarenta anos de bons
serviços, terão somente a parte posterior em ouro de setecentos e cinqüenta milésimos. (NR) (Texto
atualizado com base no Art. 1 o do Decreto no 70.751, de 23.6.72 - D.O. de 29.6.72).
Art. 4o A Medalha Militar será sempre usada com o Passador respectivo, na posição
indicada nos desenhos anexos.
§ 1o Nos uniformes em que seja obrigatório o uso de miniaturas, será usada a
Miniatura da Medalha Militar que obedecerá rigorosamente ao modelo que a este Regulamento
acompanha nos desenhos anexos.
§ 2o Nas cerimônias em que for dispensado o uso das medalhas e condecorações, e a
passeio, usar-se-á uma Barreta, cópia integral do respectivo passador e fita, e cujos detalhes são
mostrados nos desenhos anexos.
§ 3o As particularidades sobre o uso da Medalha Militar e Passador respectivo, da
Miniatura da Medalha Militar, ou da Barreta respectiva, serão estabelecidas nos Regulamentos: - de
Uniformes da Marinha do Brasil (R-1), de Uniformes do Pessoal do Exército (R. U. P. E.) e de
Uniformes para o Pessoal da Aeronáutica.
Art. 5o A Medalha Militar, o Passador respectivo, a fita e a Barreta serão fornecidos
pelo Ministério a que pertencer o agraciado, sem nenhum ônus para o mesmo.
Parágrafo único. A miniatura da Medalha Militar será fornecida, juntamente com a
medalha quando o Plano de Uniformes da Força Armada a que pertencer o agraciado tiver prevista
a sua utilização.

CAPÍTULO II
Do Direito à Medalha Militar

Art. 6o Tem direito à Medalha Militar e Passador respectivo, correspondente ao


decênio de bons serviços prestados, o militar enquadrado no artigo 1 o deste Regulamento e que:
a) tenha completado o decênio de tempo de serviço, contado na forma estabelecida
neste Regulamento;
b) tenha prestado bons e leais serviços nas funções desempenhadas, durante o
decênio em causa;
c) tenha sido considerado pelo Comandante, Diretor ou Chefe respectivo, merecedor
da Medalha Militar;
d) não tenha sofrido sentença condenatória, passada em julgado, ainda que
beneficiado por indulto ou perdão;
e) não tenha sido punido disciplinarmente por falta de lealdade ou por falta que
comprometa a honra e a dignidade pessoal do militar ou, especificamente, por um dos motivos
seguintes:
- faltar à verdade, em assuntos que afetem sua honra pessoal ou atentem contra a
dignidade do militar;
- utilizar o anonimato;
- esquivar-se ao cumprimento de compromissos de ordem moral que tenha assumido;
- faltar à palavra empenhada, desde que legalmente válida;
- praticar atos ofensivos à moral ou aos bons costumes.

70
f) não tenha sofrido, durante o decênio, penas disciplinares referidas a faltas não
capituladas na letra anterior e que somadas ou não excedam de vinte dias de detenção ou
impedimento.
§ 1o Somente para fins do que estipula a letra f, do presente artigo, estabelecer-se-á a
seguinte equivalência entre as punições disciplinares:
- um dia de prisão rigorosa (em separado); dois dias de prisão simples (prisão); três
dias de serviços extraordinários; quatro dias de impedimento (detenção).
§ 2o O militar que tiver sido punido com um total de dias igual ou superior ao
especificado na letra f, ou por transgressões previstas na letra e, tudo do presente artigo, só terá
direito à Medalha Militar, quando tiver tais punições anuladas, trancadas ou canceladas, de acordo
com as leis e regulamentos em vigor, e satisfaça às demais condições fixadas neste Regulamento.
Art. 7o Tem direito a Medalha Militar e Passador respectivo, o militar transferido
para a reserva ou reformado, que tenha completado ainda na ativa, o decênio de tempo de serviços
correspondentes, desde que satisfaça às demais condições especificadas neste Regulamento.
Parágrafo único. O oficial ou praça transferido para a reserva e posteriormente
convocado ou designado para o serviço ativo, contará para efeito de recebimento da Medalha
Militar, o tempo da convocação ou designação, observadas as demais prescrições deste
regulamento, a partir da data de sua convocação ou designação.

CAPÍTULO III
Da habilitação

Art. 8o A habilitação do militar à Medalha Militar e Passador tem início na data da


verificação de praça.
Art. 9o A organização do processo de habilitação será feita “ex-offício” e terá como
base as "Cadernetas de Assentamentos" ou "Folhas de Alterações", caso se trate de oficial, ou as
"Cadernetas de Assentamentos", "Relações de Alterações", ou "Cadernetas de Histórico", se for
praça o interessado.
Parágrafo único. Caberão ao Comandante, Diretor ou Chefe imediato do interessado,
as providências para a organização do processo de habilitação, tão logo se complete o decênio
respectivo.
Art. 10. De posse da documentação básica referida no artigo anterior o Comandante,
Diretor ou Chefe determinará ao Ajudante, Secretário ou Encarregado do Pessoal, conforme o caso,
que sejam elaborados os seguintes documentos:
a) certidão de tempo computável;
b) cópia autêntica das punições sofridas ou certidão negativa de punições, conforme
o caso;
c) cópia autêntica dos elogios individuais, louvores, referências ou citações nominais,
se for o caso.
Art. 11. O tempo de serviço computável para efeito de concessão da Medalha Militar
e Passador, será o tempo de efetivo serviço prescrito no Estatuto dos Militares, observadas as
restrições do §1 o deste artigo.
§ 1o Não serão computados para efeito do presente artigo:
a) os períodos passados em comissões civis de qualquer natureza, mesmo naquelas
em que o militar conte o tempo como se fosse de efetivo serviço, exceto no caso do inciso I do

71
parágrafo único do Art. 1o deste regulamento; (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1 o do
Decreto no 97.562, de 9.3.89 - D.O. de 10.3.89).
b) o tempo que o militar estiver afastado do serviço para tratar de interesses
particulares ou para dedicar-se a trabalhos em indústria que não seja militar;
c) o tempo em que o militar estiver afastado do serviço por motivo de doença, exceto
quando se tratar de afastamento conseqüente a acidente ou doença contraída em serviço ou em
operações de guerra, devidamente comprovado em inquérito ou atestado sanitário de origem;
d) o tempo correspondente às prisões de qualquer natureza;
e) as dispensas de serviços, quando não consideradas como recompensa ou não
descontadas das férias regulamentares;
f) o tempo passado sem aproveitamento em cursos que isentem o matriculado de
quaisquer outros serviços;
g) o tempo passado no desempenho de funções como contratado, antes da verificação
da praça ou da nomeação como oficial;
h) o tempo passado em escolas civis, antes do ingresso do militar nos quadros da
respectiva Força, mesmo o que, por lei ou dispositivo em vigor, for considerado como de efetivo
serviço.
§ 2 o Será computado pelo dobro, o tempo passado em campanha ou como tal
considerado.
§ 3o Será computado como tempo de efetivo serviço aquele em que o militar
anistiado tenha estado preso ou afastado da respectiva Força, desde que tal dispositivo conste
expressamente da Lei ou Decreto de anistia.
Art. 12. Preparados os documentos especificados no artigo 10, o Comandante,
Diretor ou Chefe elaborará o “Atestado de Mérito”, baseando-se para esse fim no estudo das
alterações ou assentamentos do interessado e nas suas próprias observações pessoais. (NR) (Texto
atualizado com base no Art. 1 o do Decreto no 69.313, de 5.10.71 - D.O. de 6.10.71).
Art. 13. Tais documentos, uma vez prontos, constituirão o processo de habilitação,
que será remetido à Diretoria do Pessoal da Marinha, Secretaria-Geral do Ministério da Guerra ou
Diretoria do Pessoal da Aeronáutica, conforme a Força a que pertença o interessado.
§ 1o Caso o militar incida no que dispõem as letras d, e ou f do art. 6o, o processo
será arquivado na própria Unidade, Estabelecimento ou Repartição a que pertença, publicadas em
Boletim Ostensivo, Ordem do Dia ou no Boletim da Diretoria do Pessoal, quando não houver
Boletim próprio, as razões desse arquivamento.
§ 2o Caso o militar não obtenha juízo favorável do Comandante, Diretor ou Chefe,
expresso no “Atestado de Mérito”, mas satisfaça às demais exigências do presente Regulamento, o
processo deverá ser encaminhado aos Órgãos citados neste artigo, aos quais caberá opinar a
respeito, incluindo-se então na documentação, uma “Apreciação” concordante ou não, com o
conceito desfavorável expresso.
Art. 14. Recebidos os processos pelos Órgãos dos Ministérios Militares citados no
artigo anterior, a estes caberá:
a) o exame apenas formal e o encaminhamento direto ao Ministro respectivo, dos
processos que tiverem Atestado de Mérito favorável e Certidão Negativa de Punições;
b) a apreciação, parecer, e encaminhamento posterior para decisão final do Ministro
respectivo dos processos que: tiverem atestado de mérito favorável e certidão de punições ou
tiverem atestado de mérito desfavorável e Certidão Negativa ou não de Punições.

72
Parágrafo único. A decisão ministerial negando a outorga da Medalha Militar e
Passador respectivo, ao militar cujo processo estiver incluído na letra b do presente artigo, será
publicada em Boletim Reservado, acompanhada do parecer emitido pela Secretaria-Geral ou
Diretoria do Pessoal, transcrito na íntegra.
Art. 15. O militar cujo processo estiver enquadrado no Parágrafo único do artigo
precedente, terá novo processo aberto, na forma do que estabelece o art. 9 o deste Regulamento,
decorridos dois anos da data em que foi iniciado o processo anterior.

CAPÍTULO IV
Da concessão da Medalha Militar e do Passador

Art. 16. A Medalha Militar e Passador respectivo serão concedidos por Decreto do
Presidente da República, mediante proposta do Ministro a cuja Força pertencer o interessado,
devendo constar do mesmo a data do término dos decênios a que se referir.
Parágrafo único. O Passador de Platina, correspondente aos quarenta anos de bons
serviços, será também concedido por Decreto, nas mesmas condições.
Art. 17. Publicado o Decreto de que trata o artigo anterior, o órgão da Força
interessada citado no artigo 13, providenciará a lavratura do diploma respectivo de acordo com os
modelos anexos ao presente Regulamento, e que será assinado pelo Ministro ou pela autoridade a
quem este delegar tal atribuição.
Art. 18. (Revogado pelo Art. 1 o do Decreto no 91.491, de 26.7.85 - D.O. de 30.7.85).
Parágrafo único. (Revogado pelo Art. 1o do Decreto no 91.491, de 26.7.85 - D.O. de
30.7.85).
Art. 18. Caberá aos Ministérios Militares, através de seus órgãos competentes, tomar
as medidas administrativas referentes à remessa do Diploma, Medalha Militar, Passador e Barreta
respectivos. (Texto consolidado a partir do Art. 2o do Decreto no 91.491, de 26.7.85 - D.O. de
30.7.85).
Parágrafo único. Identicamente proceder-se-á quanto à remessa do Diploma,
Passador e Barreta de Platina, e devolução do Passador e Barreta de ouro.
Art. 19. A entrega do Diploma, da Medalha Militar e Passador será feita sempre pelo
Comandante, Chefe ou Diretor da Unidade, Repartição ou Estabelecimento em que servir o
agraciado, com as solenidades previstas no Regulamento de Continências, Honras e Sinais de
Respeito das Forças Armadas. (Renumerado pelo Art. 1 o do Decreto no 91.491, de 26.7.85 - D.O. de
30.7.85).
§ 1o No caso do agraciado ser o próprio Comandante, Diretor ou Chefe, a entrega
será feita pelo Comandante, Diretor ou Chefe imediatamente superior.
§ 2o No caso do agraciado ser Ministro da respectiva Força, Ministro do Superior
Tribunal Militar, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, ou Chefe do Estado-
Maior das Forças Armadas, a entrega será feita pelo Presidente da República.
Art. 20. Em caso de falecimento do agraciado, a entrega da Medalha Militar,
Passador e Diploma correspondentes a que tiver feito jus será feita à viúva; na sua falta aos
herdeiros consangüíneos, respeitada a linha de sucessão. (Renumerado pelo Art. 1 o do Decreto no
91.491, de 26.7.85 - D.O. de 30.7.85).
Parágrafo único. (Revogado pelo Art. 1o do Decreto no 91.491, de 26.7.85 - D.O. de
30.7.85).

73
CAPÍTULO V
Da cassação

Art. 21. O oficial agraciado com a Medalha Militar e respectivo Passador que vier a
ser atingido por sentença condenatória, passada em julgado, e cuja pena seja superior a dois anos de
reclusão: que venha a sofrer a pena acessória de incompatibilidade para o oficialato, qualquer que
seja a pena principal a que for condenado desde que passada em julgado, ou seja considerado a
critério do Ministério respectivo, indigno para o uso dos uniformes, perderá o direito ao seu uso.
(Renumerado pelo Art. 1o do Decreto n o 91.491, de 26.7.85 - D.O. de 30.7.85).
Art. 22. Idêntica sanção sofrerá a praça que for atingida pela pena de expulsão ou
exclusão seja em conseqüência de sentença condenatória, passada em julgado, seja por mau
comportamento habitual, devidamente comprovado. (Renumerado pelo Art. 1o do Decreto no
91.491, de 26.7.85 - D.O. de 30.7.85).
Art. 23. A cassação será feita por Decreto presidencial, onde serão expostos,
sucintamente, os motivos determinantes da medida. (Renumerado pelo Art. 1o do Decreto no
91.491, de 26.7.85 - D.O. de 30.7.85).

CAPÍTULO VI
Das disposições transitórias

Art. 24. Os militares da Reserva ou Reformados que tenham direito à Medalha


Militar e Passador respectivo, na forma estabelecida no art. 7o do presente Regulamento, requererão
a sua concessão ao respectivo Ministro, por intermédio da Diretoria do Pessoal ou Diretoria da
Reserva, conforme a Força a que pertencer. (Renumerado pelo Art. 1o do Decreto n o 91.491, de
26.7.85 - D.O. de 30.7.85).
Parágrafo único. O processo obedecerá aos moldes fixados neste Regulamento,
sendo o “Atestado de Mérito” fornecido pelo Diretor do Pessoal ou da Reserva, conforme o caso, e
baseado nas Folhas de Alterações, Cadernetas de Assentamentos, Cadernetas de Histórico ou
Relações de Alterações do interessado.
Art. 25. Caberá aos Ministérios Militares, a tomada das medidas de ordem
administrativa para a efetivação do que estatui o presente Regulamento. (Renumerado pelo Art. 1o
do Decreto no 91.491, de 26.7.85 - D.O. de 30.7.85).
Art. 26. Enquanto houver disponibilidade de Medalhas e Passadores e Diplomas
confeccionados nos moldes estabelecidos em Decretos e Instruções anteriores, ficam os Ministérios
autorizados a fornecê-los, até o total esgotamento dos respectivos estoques. (Renumerado pelo Art.
1o do Decreto n o 91.491, de 26.7.85 - D.O. de 30.7.85).
Rio de Janeiro, 22 de maio de 1956.

Antônio Alves Câmara


Henrique Lott
Henrique Fleiuss
General Anor Teixeira dos Santos

74
————————————————————————————————————————
Modelo no 1 (0,22m X 0,35m)

CERTIDÃO DE TEMPO DE SERVIÇO COMPUTÁVEL

Certifico que das Folhas de Alterações (Assentamentos), referentes ao ........ (1o ou


2o) ........ semestre do ano de 19........, consta que o ........ (posto ou graduação, Arma, Quadro ou
Serviço e nome por extenso) ...................., completou no dia ........ do mês de ........ de 19.......,..........
(10, 20, 30, 40 ou 50) ........ anos de serviço computável, para a concessão da Medalha Militar de
........ (bronze, prata, ouro ou platina) ........ e Passador de ........ (bronze, prata, ouro ou platina) ........
(+)
.................. (Cidade ou local) ........ (Quartel, Estabelecimento, Repartição) ........, em ...... de ......de
.........
...................................................................................................................
(Nome por extenso e posto do Ajudante ou Encarregado do Pessoal ou do
Comandante da Subunidade, conforme o caso) (++)
A certidão será datilografada em papel timbrado com contra-cópia e levará o Selo
Nacional.
(+) No caso dos 40 ou 50 anos de bons serviços só será mencionado o “Passador de
Platina”.
(++) Nome e posto datilografados.

————————————————————————————————————————
Modelo no 2 (0,22m X 0,33m)

CERTIDÃO NEGATIVA DE PUNIÇÕES

Certifico que revendo .... a .......... (Folhas de Alterações ou Assentamentos) ........ do


........ (posto ou graduação), (Arma, Quadro ou Serviço e nome por extenso) até o dia ........ do mês
de ........ de 19 ...., constatei que das mesmas não consta qualquer punição disciplinar imposta a
........ referid .... (Oficial ou praça).
.................(Cidade ou local) .......... (Quartel, Estabelecimento ou Repartição), em ..... de ........ de
...........
................................................................................................................................................................
(Nome por extenso e posto do Ajudante ou Encarregado do Pessoal ou do
Comandante da Subunidade, conforme o caso) (+)
A certidão será datilografada em papel timbrado com contra-cópia e levará o Selo
Nacional.
(+) Nome e posto datilografados.

75
————————————————————————————————————————
Modelo no 3 (0,22m X 0,33m)

ATESTADO DE MÉRITO

Atesto na qualidade de .......... (Comandante, Diretor ou Chefe) .........., depois de ter


estudado cuidadosamente suas (ou seus) ........ (Folhas de Alterações ou Assentamentos) ........ e
pelas observações próprias, (se for o caso) feitas com absoluta isenção de ânimo, que o ........ (posto
ou graduação, Arma, Quadro ou Serviço e nome por extenso ........ que serve sob o meu (ou minha)
........ (Comando, Direção ou Chefia) ........, pelo tempo de ........ (anos) ........ (meses) ........ e ........
(dias) ........, tem revelado, em minha exclusiva opinião, ser um militar que, pelas suas
demonstrações de .......... (lealdade, discreção e reserva, coerência de atitudes, procedimento militar,
privado e social, educação e cavalheirismo, dedicação ao trabalho, cultura profissional e geral)
.......... (+) possue (ou não possue) os méritos exigidos para ser agraciado com a Medalha Militar de
........ (bronze, prata, ouro ou platina) ........ e o Passador de ........ (bronze, prata, ouro ou platina)
........, razão pela qual sou favorável (ou desfavorável) a que lhe seja feita sua concessão.
.................(Cidade ou local) .......... (Quartel, Estabelecimento ou Repartição), em ..... de ........ de
...........
................................................................................................................................................................
(Nome por extenso e posto do Comandante, Diretor ou Chefe da Unidade ou do
Comandante da Subunidade)
(+) Aspectos sob os quais deve ser apreciado o militar, que deverão ser escrito do
próprio punho do Comandante, Chefe ou Diretor da Unidade. O “Atestado” levará o Selo Nacional.

76
Desenho das Medalhas Militares com os Passadores e as
Barretas

77
DECRETO No 70.751, DE 23 DE JUNHO DE 1972

Altera dispositivos do Regulamento da Medalha


Militar.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


81, item III, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1o Os artigos 2o e 3 o do Regulamento da Medalha Militar, aprovado pelo
Decreto no 39.207, de 22 de maio de 1956, passam a vigorar com a seguinte redação: (*)
Art. 2o Os modelos de Certidão de Tempo de Serviço Computável, Atestado de
Mérito e Diploma para a Medalha Militar de platina com passador de platina, referentes a cinqüenta
anos de bons serviços obedecerão, “mutatis mutandis”, aos modelos constantes do Regulamento de
que trata o art. 1o.
Art. 3o Ficam acrescentados ao Regulamento de que trata o art. 1o os desenhos
anexos da medalha, do passador, da barreta e da miniatura referentes à Medalha Militar de platina
com passador de platina.
Art. 4o Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Brasília, 23 de junho de 1972; 151 o da Independência e 84o da República.

EMÍLIO G. MÉDICI
Adalberto de Barros Nunes
Orlando Geisel
J. Araripe Macêdo
(D.O. de 29.06.1972)
(*) Já consolidados no Decreto no 39.207, de 22.05.1956.

78
Desenho da Medalha Militar de 50 anos com o Passador
e a Barreta

79
Diploma da Medalha Militar de 10 anos

80
Diploma da Medalha Militar de 20 anos

81
Diploma da Medalha Militar de 30 anos

82
Diploma da Medalha Militar de 40 anos

83
Diploma da Medalha Militar de 50 anos (COMGEP)

84
Diploma da Medalha Militar de 50 anos (Ministro da
Aeronáutica)

85
PORTARIA No 921/GM3, DE 07 DE DEZEMBRO DE 1989

Aprova Instruções para Concessão da Medalha


Militar.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o disposto no


inciso II, do Parágrafo único, do Art. 87 da Constituição, no Art. 26* do Decreto no 39.207, de 22
de maio de 1956, e no item V, do Art. 1o do Decreto no 61.464, de 04 de outubro de 1967,
R E S O L V E:
Art. 1o Aprovar as Instruções para Concessão da Medalha Militar, que com esta
baixa.
Art. 2o Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

OCTÁVIO JÚLIO MOREIRA LIMA


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 12.12.1989)

* Art. 26 - Renumerado para Art. 25 pelo Decreto no 91.491,


de 26.07.1985 - D.O. de 30.07.1985.
————————————————————————————————————————
INSTRUÇÕES PARA CONCESSÃO DA MEDALHA MILITAR

CAPÍTULO I
Finalidade

Art. 1o Estas Instruções têm por finalidade estabelecer medidas administrativas


relativas à Concessão da Medalha Militar, simplificando e padronizando o procedimento no âmbito
da Aeronáutica.

CAPÍTULO II
Generalidades

Art. 2o A Medalha Militar, criada pelo Decreto número 4.238, de 15 de novembro de


1901, é destinada a recompensar os bons serviços prestados pelos Oficiais e Praças, conforme
prescrito no Regulamento da Medalha Militar, nos tipos, características e condições abaixo:
MEDALHA MILITAR TEMPO DE BONS SERVIÇOS
Platina 50 anos
Tombac dourado com passador de platina 40 anos
Tombac dourado 30 anos
Tombac prateado 20 anos
Tombac com acabamento de bronze 10 anos

86
Art. 3o O militar da ativa que completar decênio tem direito à Medalha, desde que
satisfaça todas as condições exigidas.
Art. 4o O militar transferido para a reserva ou reformado, que tenha completado,
ainda na ativa, o decênio de tempo de serviço correspondente, tem direito à Medalha Militar e
Passador respectivo, desde que satisfaça todas as condições exigidas.
Parágrafo único. Se o militar transferido para a reserva for posteriormente convocado
ou designado para o serviço ativo, contará o tempo da convocação ou designação para fins de
recebimento da Medalha Militar.

CAPÍTULO III
Do Direito
o
Art. 5 Tem direito à Medalha Militar e Passador respectivo, correspondente ao
decênio de bons serviços prestados, o militar que:
1 - tenha completado o decênio de tempo de serviço contado na forma estabelecida
nestas Instruções;
2 - tenha prestado bons e leais serviços à Aeronáutica, durante o decênio
considerado;
3 - tenha sido considerado merecedor da Medalha Militar pelo respectivo
Comandante;
4 - não tenha sofrido sentença condenatória, passada em julgado, ainda que
beneficiado por indulto ou perdão;
5 - não tenha sido punido disciplinarmente por transgressão atentatória à honra e à
dignidade pessoal, ao pudor militar ou ao decoro da classe, ou especificamente, por um dos
seguintes motivos:
a - faltar à verdade em assuntos que afetem sua honra pessoal ou atentem contra a
dignidade do militar;
b - utilizar-se do anonimato;
c - esquivar-se ao cumprimento de compromisso de ordem moral que tenha
assumido;
d - faltar à palavra empenhada, desde que legalmente válida; ou
e - praticar atos ofensivos à moral e aos bons costumes.
6 - não tenha sofrido, durante o decênio considerado, penas disciplinares referidas à
faltas não capituladas no item anterior e que, somadas ou não, excedam a vinte dias de detenção;
7 - para efeito da contagem dos vinte dias de detenção acima referida, fica
estabelecida a seguinte equivalência de punições, de conformidade com o previsto no Regulamento
Disciplinar da Aeronáutica (RDAer):
a - 02 (dois) dias de detenção = 01 (um) dia de prisão comum;
b - 01 (um) dia de prisão sem fazer serviço = 02 (dois) dias de prisão comum; e
c - 01 (um) dia de prisão em separado = 03 (três) dias de prisão comum.
8 - O militar que deixar de fazer jus à Medalha por motivo de punição sofrida
prevista nos incisos 5 e 6 acima, somente terá direito à Medalha se tiver a referida punição
cancelada.

CAPÍTULO IV
Da Habilitação

87
Art. 6o A habilitação à Medalha e Passador respectivo será contada a partir da data de
incorporação, matrícula em Curso ou Estágio, nomeação ou designação para o Serviço Ativo em
qualquer Organização da Aeronáutica.
Art. 7o Visando a simplificação do processo de Concessão da Medalha, fica
instituído o "Ofício-Proposta", que habilita o militar à Medalha, de acordo com o modelo anexo às
presentes Instruções.
Art. 8o Caberá ao Comandante tomar as devidas providências para a organização da
proposta "ex-officio" de Concessão da Medalha Militar e Passador respectivo, tão logo qualquer
subordinado seu complete o decênio respectivo, considerando em cada caso, as presentes instruções
e as imposições do Regulamento Disciplinar da Aeronáutica.
Art. 9o Se a Organização Militar não tomar as providências do artigo anterior, cabe,
supletivamente, ao interessado solicitar verbalmente ao Setor de Pessoal a elaboração do "Ofício-
Proposta", devendo, para tanto, entregar sua Caderneta de Histórico Militar ou Folhas de Alterações
para instruir o processo.
Art. 10. De posse disso, caberá ao Comandante da Organização Militar do
interessado, apoiado por seu Setor de Pessoal:
1 - efetuar o levantamento e análise das punições sofridas pelo militar, se for o caso;
2 - analisar as condições do militar, com base nas Cadernetas de Histórico Militar ou
Folhas de Alterações e suas observações pessoais, com a finalidade de atestar se o proposto possui
ou não os méritos; e
3 - efetuar o cômputo do tempo de serviço.
Art. 11. A apuração do tempo de serviço computável para efeito de habilitação à
Medalha ao ser feita pela OM a que pertencer o militar, deverá considerar as observações abaixo:
1 - os cadetes e as praças alunos de Estabelecimentos de Ensino que não forem
engajados, serão assim considerados a partir da data da matrícula; e
2 - somente será levado em conta o tempo de efetivo serviço na forma estabelecida
no Estatuto dos Militares, observadas as seguintes particularidades:
a - o Ministro de Estado da Aeronáutica e os Ministros do Superior Tribunal
Militar oriundos da Aeronáutica estão em igualdade de condições com os demais Oficiais-Generais
das Forças Armadas para o efeito de Concessão da Medalha Militar;
b - os tempos passados em comissões civis de qualquer natureza, mesmo aquelas
em que o militar conte o tempo como se fosse de efetivo serviço, exceto no caso do item acima;
c - o tempo de serviço prestado como aluno da Escola Preparatória de Cadetes-do-
Ar é de efetivo serviço e deve ser computado para fins de Concessão da Medalha Militar; e
d - será computado como tempo de serviço, aquele em que o militar anistiado
tenha estado preso ou afastado da Aeronáutica, desde que tal dispositivo conste expressamente na
legislação pertinente.
3 - não serão computados os tempos:
a - correspondentes a prisões de qualquer natureza;
b - passados em comissões civis de qualquer natureza, mesmo aquelas em que o
militar conte o tempo como se fosse de efetivo serviço;
c - de afastamento do serviço em licença para tratar de interesse particular;
d - relativos a dispensas de serviço não consideradas como recompensa ou para
desconto em férias regulamentares;
e - prestados em Órgãos de Formação de Reserva, tais como CPOR e Tiro de
Guerra;

88
f - em que o militar se encontrar em licença para tratamento de saúde de pessoa da
família ou em que estiver afastado do serviço por motivo de doença, inclusive para tratamento de
saúde própria, exceto quando se tratar de afastamento conseqüente de acidente ou doença contraída
em serviço ou operação de guerra, devidamente comprovado em inquérito ou com atestado sanitário
de origem;
g - em que o militar passou no desempenho de funções como contratado, antes da
verificação de praça ou da nomeação como Oficial;
h - em que o militar passou em escolas civis, antes do ingresso na Aeronáutica,
mesmo que seja considerado como de efetivo serviço por dispositivo legal; e
i - em dobro, os tempos passados em gozo de licença especial.
4 - Cabe ao Comandante a análise das punições sofridas pelos seus subordinados,
canceladas ou não, de acordo com o previsto nestas normas, a fim de definir pelo encaminhamento
ou não dos "Ofícios-Propostas";
5 - O "Atestado de Mérito", de exclusiva responsabilidade do Comandante,
representa uma análise das qualidades morais e profissionais do proposto; portanto, deve significar
que, particularmente, as suas virtudes militares traduzidas pelas demonstrações de lealdade,
honestidade, educação civil e militar, dedicação ao trabalho e desempenho profissional foram
levadas em conta;
6 - Quando o processo for relativo à Medalha Militar do próprio Comandante, Chefe
ou Diretor, o "Atestado de Mérito" será assinado pela autoridade imediatamente superior, à qual
estiver subordinada;
7 - Organizado o "Ofício-Proposta", classificado como RESERVADO e de acordo
com o previsto nestas Instruções, o Comandante deverá encaminhá-lo à DIRAP para estudo e
providências cabíveis;
8 - Caso o Comandante do militar julgue que este, embora preencha as condições de
tempo de serviço e as relativas às punições, não possua o mérito necessário, deverá encaminhar à
DIRAP, em anexo ao "Ofício-Proposta", um documento expondo as razões da negativa de
habilitação. (Parágrafo 1o do Art. 13 do Decreto no 39.207/56);
9 - Caberá à DIRAP, proceder:
a - o exame formal dos "Ofícios-Propostas" e encaminhá-los ao Comandante-
Geral do Pessoal; e
b - estudo e parecer, para fins de decisão pelo Comandante-Geral do Pessoal em
casos de "Atestado de Mérito" desfavoráveis ou outros a seu critério;
10 - Qualquer decisão do Comandante-Geral do Pessoal, negando a outorga da
Medalha Militar e Passador respectivo, deverá ser publicada em Boletim Reservado da DIRAP e
informado à OM de origem; e
11 - O militar que estiver enquadrado no caso previsto no item precedente, terá
direito a iniciar novo processamento, decorridos dois anos da data em que foi iniciado o anterior.

CAPÍTULO V
Da Concessão

Art. 12. A Medalha Militar e Passador, referentes aos bons serviços prestados, será
concedida através de Portaria do COMGEP, por proposta do Diretor de Administração do Pessoal,
devendo constar a data de término do decênio a que se referir.

89
Art. 13. As Portarias relativas à Concessão da Medalha Militar de Platina (50 anos) e
o Passador de Platina (40 anos) serão individuais.
Art. 14. As Portarias relativas à Concessão da Medalha Militar e Passador respectivo
de Tombac com acabamento de Bronze (10 anos), Tombac Prateado (20 anos) e Tombac dourado
(30 anos) poderão ser coletivas.
Art. 15. Publicadas em Boletim Externo da DIRAP as Concessões de que tratam os
itens anteriores, competirá a DIRAP providenciar a lavratura e assinatura do diploma respectivo, de
acordo com os modelos anexos ao Regulamento da Medalha Militar.
Art. 16. Caberá à DIRAP tomar as medidas administrativas relativas à remessa do
Diploma, Medalha Militar e Passador respectivo, à Organização Militar a que pertence o militar.
Art. 17. A entrega das condecorações de que tratam estas Instruções será feita pelo
Comandante da OM onde servir o agraciado, com as solenidades previstas no RCONT e Cerimonial
Militar da Aeronáutica, na solenidade de aniversário da OM, ou outra data festiva, a critério do
Comandante.
Art. 18. No caso do agraciado ser o próprio Comandante, a entrega será feita pela
autoridade superior a que estiver imediatamente subordinado.
Art. 19. No caso do agraciado ser o Ministro da Aeronáutica, Ministro do Superior
Tribunal Militar, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da
Presidência da República, a entrega será feita pelo Presidente da República.
Art. 20. Em caso de falecimento do agraciado, a entrega da condecoração a que fez
jus será feita à viúva, ou na sua falta, aos herdeiros consangüíneos, respeitada a linha de sucessão.

CAPÍTULO VI
Da Cassação

Art. 21. Perderá o direito do uso da Medalha Militar e Passador respectivo, o militar
que vier a ser:
1 - atingido por sentença condenatória, passada em julgado, e cuja pena privativa de
liberdade seja superior a dois anos;
2 - declarado indigno do oficialato, ou com ele incompatível, de acordo com a
legislação em vigor;
3 - considerado indigno para o uso dos uniformes, de conformidade com o Estatuto
dos Militares; e
4 - excluído a bem da disciplina.
Art. 22. Os processos de cassação da Medalha Militar e Passador respectivo, serão
organizados por iniciativa da OM a que estiver vinculado o militar, tão logo haja incidido em
qualquer dos casos especificados na letra anterior, remetendo-os à DIRAP para apreciação e
encaminhamento à decisão do Comandante-Geral do Pessoal.
Art. 23. A cassação será feita por ato do Comandante-Geral do Pessoal ou por ato do
Exmo. Sr. Ministro, quando a incompatibilidade hierárquica o exigir, especificando suscintamente
os motivos determinantes da medida, que deverá ser publicado em Boletim sigiloso da DIRAP.
Art. 24. Tão logo seja publicado o ato da cassação, a autoridade a qual estiver
subordinado o militar providenciará a devolução da condecoração à DIRAP.

CAPÍTULO VII
Do Uso

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Art. 25. A Medalha Militar será usada de conformidade com o RUMAER e demais
atos pertinentes.

CAPÍTULO VIII
Da Cunhagem e Aquisição

Art. 26. A aquisição das Medalhas, Passadores e Barretas será feita pela DIRAP, de
acordo com as normas relativas à licitação para compras, em vigor, entre fornecedores ou
fabricantes de reconhecida idoneidade técnica e comercial, inclusive a Casa da Moeda ou outro
qualquer estabelecimento industrial do governo, aparelhado para tal fim, aos quais deverão ser
fornecidas as necessárias especificações.
Art. 27. As especificações para confecção das Medalhas, Passadores e Barretas
constam em legislação específica.

CAPÍTULO IX
Disposições Gerais

Art. 28. Todos os processos relativos à Medalha Militar terão caráter RESERVADO.
Art. 29. Cabe à DIRAP fazer a previsão anual das Medalhas, Passadores e Barretas a
serem confeccionados para atender as prováveis necessidades do ano seguinte.
Art. 30. Por ocasião da reforma ou da passagem do militar para a reserva, caso o
mesmo faça jus à Medalha Militar e Passador respectivo, a OM deverá organizar o "Ofício-
Proposta" para a Concessão da Medalha respectiva.
Art. 31. O militar que tenha sofrido sentença condenatória, passada em julgado,
ainda que beneficiado por indulto ou perdão, terá a contagem do decênio interrompida e só poderá
se habilitar à Medalha decorrido novo decênio, que se iniciará no dia imediato ao término do
cumprimento da pena ou punição.
Art. 32. O militar agraciado com a Medalha Militar e Passador respectivo, fará jus à
Barreta correspondente.
Art. 34. Os processos de Medalhas relativos a Oficial-General são confeccionados
pela DIRAP. (*)
Art. 35. Fica a DIRAP autorizada a baixar as Instruções Complementares que se
fizerem necessárias à execução destas Instruções, assim como novas recomendações em
substituição às contidas no Boletim Externo no 127 daquela Diretoria, publicado em 11 de agosto de
1978.
Art. 36. Caberá à DIRAP dirimir as dúvidas relativas ao processamento da
Concessão da Medalha Militar.

OCTÁVIO JÚLIO MOREIRA LIMA


Ministro da Aeronáutica

(*) Foi omitido na Portaria original o artigo 33.

91
INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO OFÍCIO-PROPOSTA

I - Timbre, Epígrafe, Preâmbulo e Fecho


De acordo com o ICAER
II - Texto
1 - TIPO - preencher a linha pontilhada com o tipo da Medalha (exemplo: 10, 20,
30, 40 ou 50 anos), nome do proposto e o nº do RC.
2 - CERTIDÃO DE TEMPO COMPUTÁVEL - data de praça: preencher com a
data ou, no caso de mais de uma data de praça, com os períodos correspondentes.
Término do decênio anterior: (preencher a data completa).
Término do decênio considerado: (preencher a data completa).
Período não computado: (preencher no de anos, meses e dias computados e a
soma desses tempos).
3 - CERTIDÃO DE PUNIÇÕES
a - Preencher a lacuna de própria punho, com as palavras "não sofreu" se o
proposto não tiver punição disciplinar; ou "sofreu" se houver punição, neste caso anexar cópias
datilografadas das folhas de alterações onde constam as punições; e
b - Preencher as lacunas com o no e a data do Boletim Interno Reservado da
Organização Militar que cancelou a punição.
4 - ELOGIOS
Preencher a linha pontilhada com o no de Elogios individuais.
5 - ATESTADO DE MÉRITO
Preencher a lacuna, de próprio punho, com a palavra "possui", se o militar
possuir os méritos ou "não possui", caso contrário.
Em caso de "não possuir", só remeter à DIRAP se estiver enquadrado no
parágrafo 2 do Art. 13 do Decreto no 39.207, de 22 maio 1956.
o

6 - ASSINATURA
Preencher com o NOME COMPLETO/POSTO/CARGO (Diretor,
Comandante, etc...) sob a assinatura.

92
PORTARIA DIRAP Nº 1.656/DIR, DE 14 DE MAIO DE 2004.

Aprova a reedição da Instrução do Comando da


Aeronáutica (ICA 35-1) “Controle de Efetivo e
Processamento do Pessoal Militar”.

O DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO DO PESSOAL, no uso das atribuições que


lhe confere o Art. 5º, inciso III, do Regulamento da Diretoria de Administração do Pessoal,
aprovado pela Portaria nº 1119/GM3, de 28 DEZ 1995, e considerando a subdelegação de
competência de que trata a Portaria COMGEP nº 033, de 17 SET 1991, resolve:
Art. 1º - Aprovar a reedição da ICA 35-1, “Controle de Efetivo e Processamento do Pessoal
Militar”, que com esta baixa.
Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no Boletim do
Comando da Aeronáutica.
Art. 3º - Revoga-se a Portaria DIRAP nº 2179/DIR, de 10 de julho de 2002 que
aprovou a ICA 35-1 “Controle de Efetivo e Processamento do Pessoal Militar”.

Maj.-Brig.-do-Ar WILMAR TERROSO FREITAS


Diretor da DIRAP

................................................................................................................................................................

6 MEDALHA MILITAR

6.1 CONCEITUAÇÃO

A Medalha Militar, criada pelo Decreto nº 4.238, de 15 de novembro de 1901, destina-se a


recompensar os bons serviços prestados pelos Oficiais e Praças da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica em serviço ativo.

6.2 ENCAMINHAMENTO À DIRAP

As OM devem encaminhar à DIRAP, os “Ofícios-Propostas” (ANEXO 1) para concessão da


Medalha Militar de Tempo de Serviço (Artigo 2º das Instruções para Concessão da Medalha
Militar, aprovadas pela Portaria n.º 921/GM3, de 07 DEZ 1989) tão logo os militares completem
10, 20, 30 ou 40 anos de serviço, na forma prevista nas instruções mencionadas, exceto quando se
tratar de Oficial-General, cujo processo será elaborado pela DIRAP.

6.2.1 O “Ofício-Proposta” deverá ser encaminhado separadamente, com o respectivo número de


protocolo, a fim de facilitar o andamento de cada processo, quando estiverem sendo
elaborados “Ofícios-Propostas” referentes a duas ou mais medalhas para o mesmo militar.
6.2.2 O setor responsável pela confecção dos ofícios-propostas deverá se certificar que os
militares ainda não possuem a referida medalha, através da solicitação de apresentação das
folhas de alterações, com o objetivo de não correr duplicidade no pedido (Artigo 8º, 9º e 10º
da Portaria nº 921/GM3, de 07 DEZ 1989).

6.3 PERÍODOS CONSIDERADOS

93
As OM deverão considerar, se for o caso, os períodos referentes às 1ª, 2ª e 3ª praças, pois
esses tempos são de efetivo serviço. Porém, deverá ser observado apenas o tempo de serviço
prestado no Comando da Aeronáutica, desprezando-se o prestado nas demais Forças Armadas
(Artigo 6º das Instruções para Concessão da Medalha Militar, aprovadas pela Portaria n.º 921/GM3,
de 07 DEZ 1989).

6.4 DIAS DE DETENÇÃO

Os dias de detenção não devem ser descontados no decênio e nem transformados em dias de
prisão, a fim de considerá-los como períodos não computáveis durante o decênio. O previsto é
descontar, somente, o tempo passado em prisão de qualquer natureza (Letra “a” do n.º 3 do Artigo
11 das Instruções para Concessão da Medalha Militar, aprovadas pela Portaria n.º 921/GM3, de 07
DEZ 1989).

6.5 MILITARES COM PUNIÇÃO

As OM deverão encaminhar os “Ofícios-Propostas” referentes a militares que tenham


sofrido punições consideradas desabonadoras, somente após o cancelamento de tais punições (n.º 8
do Artigo 5º das Instruções para Concessão da Medalha Militar, aprovadas pela Portaria n.º
921/GM3, de 07 DEZ 1989) e, nesse caso, dispensar o envio da cópia autêntica das punições, uma
vez que o cancelamento já foi publicado em Boletim Interno da OM.

6.5.1 As OM deverão encaminhar somente cópia datilografada das punições sofridas,


dispensando-se o envio de folhas de alterações ou de respectivas cópias.

6.5.2 Caso o “Ofício-Proposta” esteja sendo confeccionado com muito atraso em relação
ao término do decênio considerado, deverão ser encaminhadas também cópias de punições sofridas
pelo militar após o decênio, quando elas forem relevantes ou graves o suficiente para influenciar o
mérito da concessão.

6.6 PARECER DESFAVORÁVEL DO COMANDANTE, DIRETOR OU CHEFE DE


ORGANIZAÇÃO MILITAR

Deverá ser encaminhado, em anexo ao “Ofício-Proposta” no qual o Comandante, Diretor ou


Chefe de Organização Militar registrou que o militar “não possui” os méritos exigidos, um
“ATESTADO DE MÉRITO” justificando essa opinião, de acordo com o n.º 8 do Artigo 11 das
Instruções para Concessão da Medalha Militar, aprovadas pela Portaria n.º 921/GM3, de 07 DEZ
1989).

6.7 TÉRMINO DE DECÊNIO ANTERIOR

Deverá ser levada em consideração, para efeito de término de decênio, a data do decênio
constante da Portaria DIRAP que concedeu a medalha anterior.

6.8 RETIFICAÇÃO

As OM deverão solicitar à DIRAP, via mensagem telegráfica ou mensagem direta, as


retificações de datas de decênio, nome, especialidade, e outros, informando o motivo de tal
solicitação e encaminhando o Diploma para apostilamento da retificação.

6.9 PERÍODOS DE LICENÇA

94
A licença especial e a licença à gestante são períodos computáveis para a concessão da
Medalha Militar, visto ser tempo de efetivo serviço, de acordo com o Artigo 11 das Instruções para
Concessão da Medalha Militar, aprovadas pela Portaria n.º 921/GM3, de 07 DEZ 1989 e parágrafo
3º do Artigo 136 do Estatuto dos Militares.

6.10 NÚMERO DE ORDEM E DO RC

Deverá constar, no “Ofício-Proposta” (ANEXO 1), o número de Ordem e do RC do militar


habilitado à Medalha Militar.

6.11 REMESSA À OM

As Medalhas Militares de Tempo de Serviço, bem como seus diplomas, serão remetidos aos
COMAR, que comunicarão às OM localizadas em sua área de jurisdição.

6.12 MILITARES SOB LIMINAR

Não terão direito à Medalha Militar, os militares que se encontrem no serviço ativo por força
de decisão judicial (liminar) e que completem decênio de aquisição no respectivo período, até que
obtenham decisão favorável no mérito da questão judicial, com a devida certidão de trânsito em
julgado.

7 CARTAS PATENTES E REGISTRO DE CERTIFICADOS E DIPLOMAS

7.1 CONCEITUAÇÕES

Para efeito destas instruções, os termos ou expressões abaixo têm as seguintes


conceituações:

a) Carta Patente - é o diploma conferido ao Oficial por ocasião da sua promoção ou


nomeação aos respectivos postos iniciais de cada círculo hierárquico;

b) Apostila – é um aditamento à Carta Patente do Oficial, onde são registrados atos legais
emanados de autoridade competente, referentes ao seu titular, para fins de atualização ou
retificação; e

c) Registro – é o ato de lançamento, em livro próprio e/ou assentamentos do militar, de


informações de interesse do Comando da Aeronáutica.

7.2 EXPEDIÇÃO DE CARTAS PATENTES

De acordo com a Portaria n.º 517/GM3, de 31 JUL 1997, compete à DIRAP a expedição de
Cartas Patentes até o posto de Capitão; ao COMGEP, do posto de Major até o posto de Coronel e,
ao GABAER, a dos Oficiais-Generais.

7.3 APOSTILA DE CARTAS PATENTES (ANEXOS 2 E 3)

Compete ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organização Militar a apostila das Cartas


Patentes de Oficiais de sua OM, de acordo com a Portaria n.º 517/GM3, de 31 JUL 1997, vedada a
delegação de competência.

7.3.1 A apostila das Cartas Patentes dos Comandantes, Diretores ou Chefes de Organizações
Militares será processada pelo Órgão imediatamente superior.

95
7.3.2 As Cartas Patentes serão apostiladas nos seguintes casos:
a) promoções;
b) passagem para a inatividade;
c) demissão ou licenciamento;
d) alterações de situação na inatividade;
e) mudança de quadro;
f) retificação de nome em razão de cumprimento de decisão judicial ou por matrimônio;
g) correção de grafia de nome, por ato administrativo; e
h) reforma.

7.3.3 NO PROCESSAMENTO DAS APOSTILAS EM CARTAS PATENTES, COMPETE:

7.3.3.1 À Organização Militar:


a) nos casos previstos no item 7.3.3, letras “a” a “g”, solicitar a Carta Patente ao Oficial,
fazer a apostila e devolvê-la.
b) no caso previsto na letra “h”, e somente neste caso, solicitar ao interessado a Carta
Patente e anexá-la ao processo de reforma para encaminhamento à DIRAP, que fará a apostila do
ato; e
7.3.3.2 À DIRAP:
a) No caso previsto na letra “h”, lançar, na Carta Patente, a apostila, anexando cópia
autenticada da mesma ao processo de reforma para encaminhamento ao Tribunal de Contas da
União; e
b) Devolver a Carta Patente original à OM onde o militar ficará vinculado para fins de
recebimento de vencimentos.

7.3.4 A 2ª via da Carta Patente que tenha sido extraviada será expedida, mediante requerimento à
autoridade que a outorgou (DIRAP, COMGEP ou GABAER), feito por Oficial da ativa, reserva ou
reformado, após ter sido efetuada a indenização prevista de 1% do soldo de 2º Tenente. No caso de
oficial até o posto de capitão, a indenização supracitada será realizada junto à tesouraria de qualquer
OM, que deverá recolher a quantia ao Grupamento de Apoio do Rio de Janeiro – GAP RJ, à conta
do Fundo Aeronáutico, fonte 250120520 – gestão 12901. Cópia do comprovante do recolhimento
deverá ser enviada juntamente com o requerimento do interessado.

7.3.4.1 O militar demissionário ou da reserva não remunerada poderá requerer 2ª via da Carta
Patente à autoridade que a outorgou (DIRAP, COMGEP ou GABAER), através da OM à qual
estiver vinculado para fins de mobilização, por meio da SMOB, que o encaminhará à autoridade
competente por meio de despacho.

7.3.4.2 Após publicação da solução do requerimento, a 2ª via da Carta Patente de oficial da ativa, da
reserva remunerada ou reformado será encaminhada à OM onde serve ou está vinculado para fins
de recebimento de vencimentos, respectivamente, que procederá as apostilas necessárias e a
entregará ao interessado mediante recibo.

7.3.4.3 Após publicação da solução do requerimento, a 2ª via da Carta Patente de oficial


demissionário ou da reserva não remunerada será encaminhada à SMOB responsável que procederá
as apostilas necessárias e a entregará ao interessado mediante recibo.

7.4 REGISTROS(ANEXO 4)
Compete à Organização Militar, na forma prevista neste Capítulo, o registro dos certificados de
conclusão de curso e diplomas conferidos a militar da Aeronáutica. São documentos passíveis de
registro:

96
a) diplomas de condecorações estrangeiras concedidas por governos de nações amigas, para premiar
serviços de natureza essencialmente militar;
b) diplomas de condecorações de caráter internacional, concedidas por organizações mundiais ou
continentais de que participe o Brasil ou, em nome delas, por governo de nação amiga, para premiar
serviços de natureza essencialmente militar;
c) diplomas de condecorações nacionais concedidas pelo Presidente da República, Comandos
Militares ou Ministérios Civis, quando publicada a concessão no Diário Oficial da União, mediante
transcrição em Boletim Interno Ostensivo da OM;
d) diplomas de condecorações nacionais, concedidas pelos Governos Estaduais e Forças Auxiliares,
bem como os Títulos de Cidadão do Estado ou Município conferidos pelas respectivas Assembléias
Legislativas ou Câmaras Municipais; e
e) diplomas ou certificados de cursos de Nível Superior, Mestrado ou Doutorado, de cursos
realizados em cumprimento ao PLANO DE MISSÕES estabelecido pelo Departamento de Ensino
da Aeronáutica, conferidos por estabelecimentos de ensino nacionais ou pertencentes a país
estrangeiro, reconhecidos pelo Ministério da Educação.

7.4.1 Os documentos, ou cópia dos mesmos, constantes das letras "a", "b" e "e" do item anterior,
quando não redigidos na língua portuguesa, devem estar acompanhados da respectiva tradução, feita
por tradutor juramentado ou pelo interessado. Nesse último caso, os termos da tradução devem ser
reconhecidos como expressão da verdade pelo Comandante, Diretor ou Chefe da OM a que
pertence o interessado.

7.4.2 Não serão registrados os diplomas de condecorações comemorativas, de congressos


científicos ou técnicos e de outras medalhas de organizações civis e, ainda, os diplomas conferidos
por participação em congressos.

7.4.3 NO PROCESSAMENTO DO REGISTRO DE DIPLOMAS OU CERTIFICADOS


RELATIVOS A CONDECORAÇÕES OU A REALIZAÇÃO DE CURSOS COMPETE:

7.4.3.1 Ao interessado:
a) entregar no Setor de Pessoal de sua OM o original ou a cópia do diploma ou certificado;
b) juntar ao documento a tradução, quando for o caso, de acordo com o item 7.4.2;
c) quando se tratar de diploma ou certificado em que não esteja explícito em sua legenda que o
mesmo é referente a curso de nível superior, mestrado ou doutorado, o interessado deverá anexar o
devido comprovante fornecido pelo estabelecimento de ensino nacional ou de país estrangeiro,
reconhecido pelo Ministério da Educação;
d) quando se tratar de diploma ou certificado constantes das letras “a” e “b” do item 7.4.1 e o uso da
respectiva condecoração nos uniformes estiver atrelado ao previsto no item 10 do Art. 3º da Portaria
nº 33/COMGEP, de 17 SET 1991, o militar deverá providenciar requerimento à DIRAP, solicitando
autorização para uso da referida condecoração; e
e) quando se tratar de diploma ou certificado constante da letra “e” do item 7.4.1, e o uso do
respectivo distintivo de curso nos uniformes estiver atrelado ao previsto no item 9 do Art. 3º da
Portaria nº 33/COMGEP, de 17 SET 1991, o militar deverá providenciar requerimento à DIRAP,
solicitando autorização para uso do referido distintivo.

7.4.3.2 A Organização Militar:


a) publicar em Boletim Interno Ostensivo o registro de Diplomas de Condecorações e Diplomas ou
Certificados de Cursos;
b) anotar no verso do diploma ou certificado, ou cópia, o número e a data do Boletim Interno
Ostensivo da OM que publicou o registro;
c) devolver os originais ou as cópias dos documentos ao interessado, mediante recibo; e
d) no caso de registro constante do item 7.4.1, comunicar à DIRAP via mensagem telegráfica ou
mensagem direta.

97
RESERVADO
ANEXO 1

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


OM
Of. no /R- Localidade e data

Do Comandante
Ao Exmo. Sr. Diretor de Administração do Pessoal

Assunto: Proposta para Medalha Militar


Anexo : . . . . (. . . . . ) Cópias de Punições e Cancelamentos; e
: . . . . (. . . . . ) Documentos relativos ao Parecer Negativo à Concessão.

Informo a V. Ex a os dados necessários à concessão da Medalha Militar de


___________, ao ________________________________________________, RC no
_____________________ desta OM.
CERTIDÃO DE TEMPO COMPUTÁVEL
Datas de Praça
1a_________a_________ Término do decênio anterior:
2a_________a_________ Término do decênio considerado:
3a_________a_________

PERÍODO NÃO COMPUTADO DURANTE O DECÊNIO CONSIDERADO


A M D
- Passado em Comissão Civil de qualquer natureza........
- Passado em LTIP...........................................................
- Motivo de Saúde: LTS, hospitalização, disp. médica.....
- Em cumprimento de prisão.............................................
SOMA

CERTIDÃO DE PUNIÇÕES
- CERTIFICO que o proposto, durante o decênio, _________________ punição disciplinar.
- Punições canceladas pelo Bol. _______, de ____ / _______ / _____ Unidade _________

ELOGIOS
- Recebeu, no decênio considerado ____________________________ Elogios Individuais.

ATESTADO DE MÉRITO
- Atesto que o proposto ____________________________________ os méritos exigidos.
FULANO DE TAL - Cel.-Av.
Comandante da .....
RESERVADO

98
ANEXO 2

MODELO PARA APOSTILA DE CARTAS PATENTES

COMANDO DA AERONÁUTICA
OM

Pelo Decreto n° . . . de (data), publicado no Diário Oficial da União de (data), o


Presidente da República resolve: (transcrever na íntegra o ato publicado) o (posto, quadro e nome).
a) (nome da autoridade que assinou o ato).

Localidade e data.

Cmt., Chefe ou Diretor da OM

99
ANEXO 3

MODELO PARA APOSTILA DE CARTAS PATENTES

COMANDO DA AERONÁUTICA
OM

Pela Portaria n° . . . de (data), publicado no Diário Oficial da União de (data), o


Comandante da Aeronáutica, de acordo com (citar respectivo enquadramento na legislação)
resolve: (transcrever na íntegra o ato publicado) o (posto, quadro e nome). a) (nome da autoridade
que assinou o ato).

Localidade e data.

Cmt., Chefe ou Diretor da OM

100
ANEXO 4

MODELOS PARA CONFECÇÃO DE REGISTRO DE


DIPLOMA DE CONDECORAÇÃO OU DE CURSO

REGISTRO DE DIPLOMA DE CONDECORAÇÃO (HONORÍFICO OU EQUIVALENTE)

Foi apresentado para registro o diploma (nome da condecoração ou equivalente)


concedido pelo (cargo da autoridade concedente), em (data); ao (Posto ou Graduação e nome do
militar).

REGISTRO DE DIPLOMA (OU CERTIFICADO) DE CURSO

Foi apresentado para registro o Diploma de (especificar o curso) conferido em (data)


pelo (nome da faculdade ou universidade e nome do País, se for o caso) ao (Posto ou Graduação e
nome do militar).

101
MEDALHA DE CAMPANHA NO
ATLÂNTICO SUL

102
LEI Nº 497, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1948

Institui na Força Aérea Brasileira a Medalha de


"Campanha no Atlântico Sul" e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:


Art. 1o É instituída, na Força Aérea Brasileira, a Medalha de "Campanha no
Atlântico Sul", que será conferida aos militares da ativa, da reserva e reformados e civis que se
tenham distinguido na prestação de serviços relacionados com a ação da Força Aérea Brasileira no
Atlântico Sul, no preparo e desempenho de missões especiais, confiadas pelo Governo, no período
de 1942 a 1945.
Art. 2o A Medalha de "Campanha no Atlântico Sul" será conferida pelo Presidente da
República, mediante proposta do Ministro da Aeronáutica.
Art. 3o As características dessa medalha são permanentes e obedecem às seguintes
indicações:
De bronze oxidado, em forma circular com 31 mm de diâmetro, sendo o disco
interno com 28,5 mm de diâmetro, circundado por um filete de 1,25 mm de largura; no disco
observa-se em alto relevo, um avião (com envergadura das asas de 8 mm e comprimento de 7,5
mm) sobrevoando um navio de guerra (com 9 mm de comprimento).
Observa-se, ainda, inscrição em relevo, na curva superior: "Campanha no Atlântico
Sul", em letras maiúsculas de 2,5 mm de altura, tendo no centro da curva inferior, uma estrela de 5
pontas com 3,5 mm de circunferência.
Reverso - Círculo correspondente ao diâmetro do anverso e um disco interno de 28,5
mm, tendo as inscrições em relevo, na curva superior: "F.A.B." e na inferior "1942 e 1945", em
letras maiúsculas de 3 mm de altura, separadas por uma estrela de 5 pontas com 3,5 mm de
circunferência. No centro do disco, observa-se o emblema da F.A.B. em relevo, com a envergadura
das asas de 24 mm e o sabre de 16 mm de altura.
A medalha fica ligada à barreta, de feitio de asas estilizadas, de 37 mm de
envergadura das asas e 4,5 mm de altura, em bronze oxidado, por meio de argola e contra-argola.
Fita - Com 37 mm de largura por 40 mm de altura, de chamalote azul-rei, com 5
filetes de cor amarelo ouro, de 1 mm de largura, verticalmente dispostos, sendo um ao centro e os
demais afastados de 4 milímetros entre si.
Art. 4o A presente Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1948; 127o da Independência e 60 o da República.

EURICO G. DUTRA
Armando Trompowsky
(D.O. de 06.12.1948)

103
DECRETO No 26.550, DE 4 DE ABRIL DE 1949

Aprova o Regulamento para concessão da


Medalha de "Campanha no Atlântico Sul".

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 87,


item I, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1o Fica aprovado o Regulamento para concessão da Medalha de "Campanha no
Atlântico Sul", de que trata a Lei no 497, de 28 de novembro de 1948, que com este baixa, assinado
pelo Ministro de Estado dos Negócios da Aeronáutica.
Art. 2o Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 4 de abril de 1949, 128 o da Independência e 61 o da República.

EURICO G. DUTRA
Armando Trompowsky
(D.O. de 06.04.1949)

104
REGULAMENTO PARA CONCESSÃO DA MEDALHA DE "CAMPANHA NO
ATLÂNTICO SUL", DE QUE TRATA A LEI No 497, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1948.
Art. 1o A Medalha de "Campanha no Atlântico Sul", instituída pela Lei no 497, de 28
de novembro de 1948, a ser conferida por Decreto, destina-se aos militares da ativa, da reserva e
reformados e aos civis que se tenham distinguido na prestação de serviços relacionados com a ação
da Força Aérea Brasileira no Atlântico Sul, no preparo e desempenho de missões especiais,
confiadas pelo Governo e executadas exclusivamente no período de 1942 a 1945.
Art. 2 o. Para ser agraciado com essa medalha, além da ausência de nota
desabonadora, são condições essenciais:
a) ter sido distinguido na prestação de serviços, relacionados com a ação da Força
Aérea Brasileira no Atlântico Sul;
b) ter cooperado: na vigilância do litoral, no transporte aéreo de pessoal e material
necessários ao sucesso da campanha, nos serviços relativos à segurança de vôo e à
eficiência das operações dos aviões comerciais e militares.
Art. 3o As propostas para concessão da Medalha de "Campanha no Atlântico Sul" ao
pessoal da Aeronáutica Nacional, serão apresentadas, ao Conselho de Mérito de Guerra instituído
pelo Decreto no 20.497, de 24 de janeiro de 1946, pelos Oficiais-Generais e Diretores Gerais da
Aeronáutica.
Parágrafo único. Tais propostas deverão ser apresentadas dentro do período de dois
(2) anos contados da data de aprovação deste Regulamento.
Art. 4o O proponente, para justificar devidamente o pedido, deverá basear suas
recomendações na descrição completa e concisa do serviço ou cooperação prestada pelo proposto,
de modo a permitir ao Conselho aquilatar do justo merecimento para a atribuição da medalha.
Art. 5o Após julgamento favorável, o Conselho do Mérito de Guerra apresentará as
propostas ao Ministro da Aeronáutica que as submeterá à apreciação do Presidente da República, o
qual determinará a lavratura do Decreto ou Decretos concedendo as medalhas correspondentes às
indicações que forem por Sua Excelência aprovadas.
Parágrafo único. Cada medalha será acompanhada do respectivo diploma assinado
pelo Ministro da Aeronáutica.
Rio de Janeiro, 4 de abril de 1949 - Armando Trompowsky

105
DECRETO No 59.173, DE 5 DE SETEMBRO DE 1966

Estabelece prazo para concessão de medalha.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


87, inciso I, da Constituição Federal e tendo em vista as razões apresentadas pelo Ministro de
Estado da Aeronáutica
DECRETA:
Art. 1o Exclusivamente para fins de reparar omissões, poderá o Ministro da
Aeronáutica, no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da publicação deste decreto propor ao
Presidente da República a concessão da medalha a que se refere a Lei número 497, de 28 de
novembro de 1948, regulamentada pelo Decreto número 26.550, de 4 de abril de 1949.
Art. 2o O Ministro da Aeronáutica expedirá as instruções que forem necessárias ao
cumprimento deste decreto.
Art. 3o Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 5 de setembro de 1966; 145o da Independência e 78o da República.

H. CASTELLO BRANCO
Eduardo Gomes
(D.O. de 06.09.1966)

106
MEDALHA MÉRITO SANTOS-DUMONT

107
7
FOTO DA
MEDALHA MÉRITO SANTOS-DUMONT

Foto: Medalha Mérito Santos-Dumont


Botão, Barreta, Miniatura, Fita e Medalha.

108
Heráldica da Medalha Santos-Dumont

109
DECRETO No 39.905, DE 5 DE SETEMBRO DE 1956

Cria, no Ministério da Aeronáutica, a Medalha


"Mérito Santos-Dumont" e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o


artigo 87, item I, da Constituição, e
Considerando o que expôs o Ministro de Estado dos Negócios da Aeronáutica sobre
a conveniência da instituição de uma medalha com a finalidade de galardoar os militares da
Aeronáutica Brasileira que se hajam distinguido no exercício de sua profissão; os militares das
Forças Aéreas estrangeiras que se tenham tornado credores de homenagens da F.A.B. e os cidadãos
brasileiros e estrangeiros que tenham prestado destacados serviços à Aeronáutica;
Considerando que Alberto Santos-Dumont, figura genial, teve a sua vida
inteiramente dedicada aos problemas ligados à Aeronáutica, cujos feitos se comemora neste ano,
designado "Santos-Dumont" pelo Decreto n.o 38.610, de 19 de janeiro de 1956, para solenizar o
cinqüentenário do primeiro vôo do mais pesado que o ar;

D E C R E T A:
Art. 1o Fica criada, no Ministério da Aeronáutica, a Medalha "Mérito Santos-
Dumont" para prêmio a civis e militares, brasileiros ou estrangeiros que hajam prestado ou
prestarem destacados serviços à Aeronáutica Brasileira e para distinguir àqueles que, por suas
qualidades ou valor, em relação à Aeronáutica, o Governo julgar merecê-lo.
Parágrafo único. A medalha constará de duas categorias:
A - de prata;
B - de bronze.
Art. 2o As características da Medalha "Mérito Santos-Dumont", são permanentes e
obedecem as seguintes indicações:
I - De prata ou bronze oxidado, em forma circular com 35 milímetros de diâmetro,
de acordo com o desenho em anexo.
II - Anverso: ao centro, sobre um fundo liso, a efígie de Santos-Dumont, em perfil
voltado para a direita, tendo na base, em linha horizontal a legenda: "Santos-Dumont". No
semicírculo inferior sobre um planete, será gravada a inscrição: "Mérito". A medalha é alceada por
um passador constando de uma coroa de louros, sobreposta a um par de asas estilizadas.
III - Reverso: tendo no centro o símbolo da Força Aérea Brasileira. No semicírculo
superior a inscrição "Ministério da Aeronáutica", e no inferior: "Força Aérea Brasileira". As
inscrições serão separadas por duas estrelas.
IV - Fita: terá 35 milímetros de largura, por 40 milímetros de altura, de cor azul,
chamalotada, com filetes amarelos de 3 milímetros, nas extremidades.
V - Barreta: terá 35 milímetros de largura por 10 milímetros de altura, recoberta
com a mesma fita da medalha.
VI - Roseta: botão circular com 11 milímetros de diâmetro, recoberto com a mesma
fita da medalha.
Parágrafo único. No centro da barreta e da roseta correspondentes a medalha de
prata, será sobreposta uma miniatura do símbolo da Força Aérea Brasileira, em prata.

110
Art. 3o A concessão da medalha far-se-á por decreto do Presidente da República,
mediante proposta do Ministro da Aeronáutica, depois de ouvido o Conselho do Mérito de Guerra,
instituído pelo artigo II do Decreto no 20.497, de 24 de janeiro de 1946. (Revogado pelo Art. 9o do
Decreto no 66.815, de 30.6.70 - D.O. de 1.7.70).
Parágrafo único. A condecoração será conferida, excepcionalmente, e até 20 de
janeiro de 1957, a juízo do Presidente da República, ou mediante proposta do Ministro da
Aeronáutica às pessoas ou entidades que, por serviços destacados, tenham contribuído eficazmente,
para as festividades do "Ano Santos-Dumont".
Art. 4o O Ministro da Aeronáutica baixará instruções regulando o critério para a
concessão da medalha "Mérito Santos-Dumont".
Art. 5o A condecoração "Mérito Santos-Dumont" será fornecida pelo Ministério da
Aeronáutica, sem ônus para o agraciado.
Art. 6o Publicado no Diário Oficial o Decreto de concessão, o Ministro expedirá o
competente diploma. (Revogado pelo Art. 9o do Decreto no 66.815, de 30.6.70 - D.O. de 1.7.70).
Parágrafo único. A entrega das condecorações, com os respectivos diplomas, será
feita em solenidade presidida pelo Ministro, ou seu representante, precedida da leitura de Citação
que justifique a concessão da medalha.
Art. 7o É permitido nos uniformes militares, o uso da medalha "Mérito Santos-
Dumont".
Art. 8o As despesas decorrentes da execução do presente Decreto correrão por conta
de verba própria do Ministério da Aeronáutica.
Art. 9o O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 10. Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 5 de setembro de 1956; 135o da Independência e 68 o da República.

JUSCELINO KUBITSCHEK
Henrique Fleiuss

(D.O. de 11.09.1956)

111
DECRETO No 66.815, DE 30 DE JUNHO DE 1970

Altera o Decreto no 39.905, de 5 de setembro de


1956, que criou no Ministério da Aeronáutica, a
Medalha "Mérito Santos-Dumont" e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


81, item III, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1o A Medalha "Mérito Santos-Dumont", criada pelo Decreto no 39.905, de 5 de
setembro de 1956, poderá ser concedida a civis e militares, brasileiros ou estrangeiros, que hajam
prestado ou prestarem destacados serviços à Aeronáutica Brasileira, e àqueles que, por suas
qualidades ou valor em relação à Aeronáutica, forem julgados merecedores desse prêmio.
Art. 2o As características da Medalha "Mérito Santos-Dumont", são permanentes e
obedecem às seguintes indicações:
I - De "Prata", em forma circular com 35 milímetros de diâmetro, de acordo com o
desenho em anexo.
II - Anverso: ao centro, sobre um fundo liso, a efígie de Santos-Dumont, em perfil
voltado para a direita, tendo na base em linha horizontal, a legenda "Santos-Dumont". No
semicírculo inferior sobre um planete será gravada a inscrição: — "Mérito". A Medalha é alceada
por um passador constando de uma coroa de louros, sobreposta a um par de asas estilizadas.
III - Reverso: tendo no centro o símbolo da Força Aérea Brasileira. No semicírculo
superior a inscrição "Ministério da Aeronáutica", e no inferior: "Força Aérea Brasileira". As
inscrições serão separadas por duas estrelas.
IV - Fita: 35 milímetros de largura, por 40 milímetros de altura, de cor azul,
chamalotada, com filetes amarelos de 3 milímetros, nas extremidades.
V - Barreta: terá 35 milímetros de largura por 10 milímetros de altura, recoberta
com a mesma fita da medalha.
VI - Roseta: botão circular com 11 milímetros de diâmetro, recoberto com a mesma
fita da medalha.
Parágrafo único. No centro da barreta e da roseta será sobreposta uma miniatura do
símbolo da Força Aérea Brasileira, em prata.
Art. 3o A Medalha "Mérito Santos-Dumont" será concedida pelo Ministro da
Aeronáutica.
Parágrafo único. O diploma da condecoração de que trata este artigo será expedido
após a publicação em Diário Oficial, da Portaria de concessão.
Art. 4o Para julgamento do mérito dos militares e civis, nas condições de serem
agraciados com a medalha, fica instituído o Conselho do Mérito Santos-Dumont composto pelo
Ministro da Aeronáutica, pelo Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica e pelo Comandante-Geral do
Pessoal da Aeronáutica, como membros e pelo Chefe de Gabinete do Ministro da Aeronáutica, na
qualidade de Secretário.
Art. 5o A entrega da Medalha "Mérito Santos-Dumont", com o respectivo diploma,
será feita em solenidade presidida pelo Ministro, ou seu representante, precedida da leitura de
citação que justifique a sua concessão.

112
Art. 6o Fica suprimida a categoria da Medalha de bronze, de que trata o parágrafo
único do artigo 1o e o item I do artigo 2o do Decreto no 39.905, de 5 de setembro de 1956.
Art. 7o O Ministro da Aeronáutica poderá conceder aos militares e civis, brasileiros
e estrangeiros, que tenham sido agraciados com a medalha a que se refere o artigo anterior, a
Medalha "Mérito Santos-Dumont", de prata, sem o julgamento previsto no artigo 4o deste decreto.
Parágrafo único. Os militares ou civis de que trata este artigo que forem agraciados
com a medalha de prata, perderão o direito ao uso da medalha de bronze.
Art. 8o O Ministro da Aeronáutica baixará as instruções regulando o critério para a
concessão e cassação da Medalha "Mérito Santos-Dumont".
Art. 9o Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogados
os artigos 3 o e 6o do Decreto no 39.905, de 5 de setembro de 1956, e demais disposições em
contrário.
Brasília, 30 de junho de 1970; 149 o da Independência e 82o da República.

EMÍLIO G. MÉDICI
Márcio de Souza e Mello
(D.O. de 01.07.1970)

113
DECRETO No 4.209, DE 23 DE ABRIL DE 2002

Dispõe sobre a medalha "Mérito Santos-Dumont" e dá


outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,


inciso VI, alínea “a” da Constituição;

R E S O L V E:

Art. 1o A medalha "Mérito Santos-Dumont", criada pelo Decreto no 39.905, em 5 de


setembro de 1956, destina-se a premiar as personalidades civis e militares, brasileiras ou
estrangeiras, que tenham prestado destacados serviços à Força Aérea Brasileira, e àqueles que, por
suas qualidades ou valor em relação à Aeronáutica, forem julgados merecedores desta comenda.

Parágrafo único. A medalha que trata o caput deste artigo poderá ser concedida como
homenagem post-mortem.
Art. 2o A medalha “Mérito Santos-Dumont” será concedida em ato do Comandante
da Aeronáutica, ao qual incumbe expedir o respectivo diploma.
Art. 3o O Conselho do Mérito Santos-Dumont, instituído pelo Decreto no 66.815, de
30 de junho de 1970, apreciará o mérito dos militares e civis, em condições de serem agraciados
com a medalha.

Parágrafo único. O Conselho do Mérito Santos-Dumont terá s seguinte composição:

I - Comandante da Aeronáutica, que será o seu Presidente;

II - Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica;

III - Comandante-Geral do Pessoal; e

IV - Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica, na qualidade de Secretário.


Art. 4o A imposição da Medalha será feita, em princípio, no dia 20 de julho, em
solenidade presidida por representantes designados pelo Comandante da Aeronáutica.
Art. 5o É permitido, nos uniformes, o uso da medalha "Mérito Santos-Dumont", de
acordo com a letra "h" do art. 2o do Decreto no 40.556, de 17 de dezembro de 1956.
Art. 6o O Comandante da Aeronáutica baixará os atos complementares necessários à
implementação deste Decreto.
Art. 7o Este Decreto entre me vigor na data de sua publicação.
Art. 8o Revogam-se os Decretos no 39.905, de 5 de setembro de 1956 e no 66.815, de
30 de junho de 1970.
Brasília, 23 de abril de 2002; 181o da Independência e 114 o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Geraldo Magela da Cruz Quintão
(D.O. de 24.04.2002)

114
Desenho da Medalha Mérito Santos-Dumont com a
Roseta e a Barreta

115
PORTARIA No 461/SCGC, DE 25 DE ABRIL DE 2016

Aprova as Instruções Reguladoras da Medalha


"Mérito Santos-Dumont".

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, no uso da atribuição que lhe confere o


art. 6 o do Decreto no 4.209, de 23 de abril de 2002, resolve:

Art. 1o Aprovar as Instruções Reguladoras da Medalha "Mérito Santos-Dumont" e


dar outras providências.
Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3o Revoga-se a Portaria no 1978/SCGC, de 21 de novembro de 2014, publicada
no Diário Oficial da União nº 227, de 24 de novembro de 2014, Seção 1, página 217.

Ten Brig Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO


Comandante da Aeronáutica

(BCA nº 71, de 27 ABR 2016)

116
INSTRUÇÕES REGULADORAS DA MEDALHA "MÉRITO SANTOS-DUMONT"
Anexo à Portaria nº 461/SCGC, de 25 ABR 2016, publicada no BCA nº 71, de 27 ABR 2016

CAPÍTULO I
Das Finalidades da Medalha

Art. 1º A Medalha "Mérito Santos-Dumont", conforme disposto no Decreto nº 4.209,


de 23 de abril de 2002, poderá ser concedida a militares e civis, brasileiros ou estrangeiros, com a
finalidade de premiar aqueles que hajam prestado destacados serviços à Aeronáutica Brasileira e
aqueles que, por suas qualidades ou seu valor, em relação à Aeronáutica, forem julgados
merecedores dessa condecoração.

CAPÍTULO II
Das Propostas

Art. 2º As propostas para a concessão da Medalha serão encaminhadas ao Gabinete


do Comandante da Aeronáutica (GABAER) pelos ODGSA, em número fixado, anualmente, pelo
Conselho do Mérito Santos-Dumont.
§ 1º As propostas devem ser feitas por meio eletrônico, disponível no site do
GABAER, e os nomes dos indicados encaminhados via ofício.
§ 2º Os Adidos Aeronáuticos brasileiros poderão fazer indicações de militares e civis
estrangeiros, encaminhando-as ao Chefe do EMAER, a quem cabe apreciá-las e encaminhá-las ao
GABAER.
§ 3º A data para envio das propostas ao GABAER será informada pelo Secretário do
Conselho aos ODGSA.
§ 4º As propostas encaminhadas que contrariarem as presentes Instruções não serão
submetidas ao Conselho.

CAPÍTULO III
Das Condições Básicas

Art. 3º Para ser agraciado com a Medalha, o candidato deverá preencher as seguintes
condições básicas:
I - Militar:
a) ser possuidor de Medalha Militar;
b) ser possuidor da Medalha Bartolomeu de Gusmão há mais de 02 (dois) anos, em se
tratando de Graduados;
c) não ter sido punido disciplinarmente nos últimos 10 (dez) anos;
d) não ser denunciado em processo crime, enquanto a sentença final não houver
transitado em julgado;
e) não estiver submetido a Conselho de Justificação (se Oficial), ou de Disciplina (se
Graduado);
f) não for preso preventivamente, em virtude de Inquérito Policial Militar instaurado;
g) não for condenado, enquanto durar o cumprimento da pena, inclusive no caso de
suspensão condicional da pena, não se computando o tempo acrescido à pena original para fins de
uma suspensão condicional;
h) estar posicionado, em relação à sua turma, na média superior da Lista de
Merecimento Relativo (LMR) elaborada pela Comissão de Promoções de Oficiais (CPO) ou
Comissão de Promoções de Graduados (CPG);
i) ter sodo promovido pelo critério de merecimento ao atual Posto (se Oficial Superior)
ou à atual Graduação; e
j) não possuir relatos desabonadores emitidos pelas Comissões de Promoções (CPO ou
CPG), DIRAP, COJAER e CIAER.

117
II - Servidores Civis:
a) ter, no mínimo, 10 (dez) anos de serviço na Aeronáutica;
b) ser possuidor da Medalha Bartolomeu de Gusmão há mais de 02 (dois) anos, em se
tratando de servidor de nível médio ou auxiliar;
c) não ter sofrido punição nos últimos 10 (dez) anos;
d) não estar submetido em Processo Administrativo Disciplinar, na condição de réu; e
e) não estar respondendo a Inquérito ou Processo na esfera criminal.

Parágrafo único. O Conselho poderá apreciar as propostas dos militares que não
atenderem às condições das alíneas c, h e j, do inciso I.

CAPÍTULO IV
Do Conselho

Art. 4º O Conselho do Mérito Santos-Dumont é composto pelo Comandante da


Aeronáutica, pelo Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e pelo Comandante-Geral do
Pessoal da Aeronáutica (COMGEP), como Membros, e pelo Chefe do GABAER, na qualidade de
Secretário.
Art. 5º O Comandante da Aeronáutica convocará os demais membros do Conselho,
em data oportuna ao cumprimento do cronograma do processamento da Medalha, para julgamento
do mérito dos militares e civis propostos.
§ 1º As reuniões serão realizadas com a presença obrigatória de, no mínimo, dois de
seus membros.
§ 2º As reuniões terão o grau de sigilo Informação Pessoal.

CAPÍTULO V
Da Concessão, Dos Diplomas e Das Condecorações

Art. 6º A concessão da medalha far-se-á por Portaria do Comandante da Aeronáutica.


Art. 7º O diploma da condecoração será expedido após a assinatura da Portaria de
Concessão.
Art. 8º A entrega das condecorações aos agraciados efetuar-se-á, em princípio, no dia
20 de julho, aniversário de Alberto Santos-Dumont, em solenidade comemorativa dessa efeméride.
Parágrafo único. Caso essa data coincida com um sábado ou domingo, a solenidade
será realizada na sexta-feira anterior.
Art. 9º No exterior, a entrega da condecoração será feita pelo Adido Aeronáutico
junto à Embaixada do Brasil, em cerimônia especial.
Parágrafo único. Não havendo Adido Aeronáutico, a entrega será feita pela
autoridade diplomática brasileira no local.
Art. 10. O agraciado que, por motivo de força maior, não comparecer à cerimônia de
entrega da condecoração, receberá a Medalha no ano subseqüente ou em data a ser fixada pelo
Comandante da Aeronáutica.

CAPÍTULO VI
Da Organização e Do Controle

Art. 11. Compete ao Secretário, por intermédio da SCGC do GABAER:


I - organizar e manter em ordem e em dia as propostas recebidas;
II - preparar o material a ser utilizado pelo Conselho;
III - providenciar a aquisição de medalhas e diplomas; e
IV - fazer chegar, em tempo hábil, aos locais das solenidades, as medalhas e os
diplomas dos agraciados.

118
CAPÍTULO VII
Das Disposições Finais

Art. 12. Em casos excepcionais, o Comandante da Aeronáutica poderá conceder a


Medalha, independente de apreciação do Conselho.
Art. 13. A Medalha poderá ser concedida como homenagem post-mortem.
Art. 14. Os casos não previstos serão resolvidos pelo Comandante da Aeronáutica.

119
MEDALHA BARTOLOMEU DE GUSMÃO

120
FOTO DA
MEDALHA BARTOLOMEU DE GUSMÃO

Foto: Medalha Bartolomeu de Gusmão


Botão, Barreta, Fita e Medalha.

121
Heráldica da Medalha Bartolomeu de Gusmão

122
DECRETO No 68.886, DE 06 DE JULHO DE 1971

Cria, no Ministério da Aeronáutica, a Medalha


"Bartolomeu de Gusmão" e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


81, item III, da Constituição; e
— Considerando o que expôs o Ministro da Aeronáutica sobre a conveniência da
instituição de uma medalha com a finalidade de premiar aqueles que tenham prestado serviços
apreciáveis ao Ministério da Aeronáutica;
— Considerando que o Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão foi um insigne
brasileiro que se tornou por seus trabalhos e realizações no campo da aerostação, um dos
precursores da Aviação, motivo por que deve ser cultuado como paradigma de dedicação, zelo e
amor à Aeronáutica,

D E C R E T A:

Art. 1o Fica criada, no Ministério da Aeronáutica, a Medalha "Bartolomeu de


Gusmão" para premiar aqueles que hajam prestado ou prestarem apreciáveis serviços àquele
Ministério.
Art. 2o As características da Medalha "Bartolomeu de Gusmão" são permanentes e
obedecem às seguintes indicações:
I - Anverso: Medalha circular com 35 milímetros de diâmetro, em bronze, tendo ao
centro, circundada pela expressão "Bartolomeu de Gusmão", a efígie do Padre Bartolomeu
Lourenço de Gusmão, apoiada sobre duas asas estendidas.
II - Reverso: a figura da "Passarola" circundada pela expressão "Ministério da
Aeronáutica" e pela data oficial de ascensão do engenho "7-8-1709"; na parte inferior duas asas
estendidas.
III - Fita de seda chamalotada, de 35 milímetros de largura e 4 centímetros de
comprimento, de azul celeste, tendo ao centro uma lista branca de 4 milímetros e orlada de verde e
amarelo, com 2 milímetros de largura, cada uma. A barreta é da mesma fita da medalha com 10
milímetros de altura. Botão de lapela também da mesma fita.
Art. 3o A concessão da Medalha far-se-á por ato do Ministro da Aeronáutica,
mediante proposta do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, do Comandante-Geral do Ar, do
Comandante-Geral do Pessoal, do Comandante-Geral de Apoio, do Diretor-Geral do Departamento
de Aviação Civil, do Diretor-Geral do Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento, do Diretor-
Geral do Departamento de Ensino, do Secretário de Economia e Finanças e do Chefe do Gabinete
do Ministro. (NR) (Texto atualizado com base no Art. 1º do Decreto Nº 92.091, de 09.12.1985 –
D.O. de 10.12.1985).
Art. 4o O Ministro da Aeronáutica baixará instruções regulando o critério para a
concessão da Medalha "Bartolomeu de Gusmão".
Art. 5o Publicada no Diário Oficial a Portaria de concessão, o Ministro expedirá o
competente diploma.

123
Parágrafo único. A entrega das medalhas, com os respectivos diplomas, será feita em
solenidade presidida por Comandante, Chefe ou Diretor de uma Organização da Aeronáutica e
levada a efeito em uma data significativa para a Organização ou para a Aeronáutica.
Art. 6o É permitido, nos uniformes militares, o uso da Medalha "Bartolomeu de
Gusmão".
Art. 7o As despesas decorrentes da execução do presente Decreto correrão por conta
de verba própria do Ministério da Aeronáutica.
Art. 8o O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Brasília, 6 de julho de 1971; 150 o da Independência e 83o da República.

EMÍLIO G. MÉDICI
Márcio de Souza e Mello

(D.O. de 07.07.1971)

124
Desenho da Medalha Bartolomeu de Gusmão com o
Botão de Lapela e a Barreta

125
DECRETO No 84.616, DE 08 DE ABRIL DE 1980

Fixa a categoria e a precedência da Medalha


"Bartolomeu de Gusmão".

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


81, item III, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1o A Medalha "Bartolomeu de Gusmão", cujo uso nos uniformes militares está
permitido pelo Decreto de sua criação, número 68.886, de 06 de julho de 1971, fica incluída na letra
"h" do artigo 2o do Decreto número 40.556, de 17 de dezembro de 1956, em seguida à Medalha
Mérito Tamandaré.
Art. 2o Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Brasília, DF, 08 de abril de 1980; 159 o da Independência e 92o da República.

JOÃO FIGUEIREDO
Délio Jardim de Mattos

(D.O. de 10.04.1980)

126
PORTARIA No 1999/SCGC, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2014.

Aprova as Instruções para a Concessão da Medalha


"Bartolomeu de Gusmão".

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, no uso da atribuição que lhe confere o


inciso XIV do art. 23 de Decreto nº 6.834, de 30 de abril de 2009, e o disposto no art. 5º do Decreto
nº 4.208, de 23 de abril de 2002, resolve:

Art. 1o Aprovar as Instruções Reguladoras para a Concessão da Medalha


"Bartolomeu de Gusmão" e dá outras providências.
Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3o Revoga-se a Portaria no 1360/SC, de 30 de dezembro de 2004, publicada no
Diário Oficial da União no 5, de 7 de janeiro de 2005, Seção 1, Página 12.

Ten Brig Ar JUNITI SAITO


Comandante da Aeronáutica

(D.O.U. no 234, de 03 DEZ 2014)

127
INSTRUÇÕES PARA A CONCESSÃO DA MEDALHA "BARTOLOMEU DE GUSMÃO"
Anexo à Portaria no 1999/SCGC, de 27 NOV 2014, publicada no BCA nº 234, de 03 DEZ 2014

CAPÍTULO I
Das Finalidades da Medalha
Art. 1o A Medalha "Bartolomeu de Gusmão", destina-se a premiar as personalidades
militares e civis brasileiros que tenham prestado relevantes serviços à Força Aérea Brasileira.
Art. 2o A Medalha "Bartolomeu de Gusmão" será de bronze. As características da
Medalha "Bartolomeu de Gusmão", para as personalidades masculinas e femininas, obedecem às
seguintes indicações:
I – Anverso: Medalha circular com 35 milímetros de diâmetro, em bronze, tendo ao
centro, circundada pela expressão "Bartolomeu de Gusmão", a efígie do Padre Bartolomeu
Lourenço de Gusmão, apoiada sobre duas asas estendidas.
II – Reverso: a figura da "Passarola" circundada pela expressão "Comando da
Aeronáutica" e pela data oficial de ascensão do engenho (7-8-1709) e, na parte inferior, duas asas
estendidas.
III – Fita de seda chamalotada, de 35 milímetros de largura por 40 milímetros de
altura, de cor azul celeste, tendo ao centro uma lista branca de 4 milímetros e orlada de verde e
amarelo, com 2 milímetros de largura, cada uma. A barreta é da mesma fita da medalha com 35
milímetros de largura por 10 milímetros de altura. Botão de lapela também da mesma fita, de forma
circular com 11 milímetros de diâmetro.
§ 1o As formas e as dimensões da Medalha, da Barreta e do Botão de Lapela estão
estabelecidas pelos desenhos anexos ao presente Regulamento.

CAPÍTULO II
Da Concessão, das Propostas e do Julgamento
Art. 3o A concessão da Medalha far-se-á por ato do Comandante da Aeronáutica,
mediante proposta dos ODGSA.
Parágrafo único. O Comandante da Aeronáutica definirá, proporcionalmente ao
efetivo, o quantitativo de propostas a serem apresentadas pelos ODGSA, que deverão encaminhá-
las, por escrito, ao Gabinete do Comandante da Aeronáutica.
Art. 4o A Medalha "Bartolomeu de Gusmão" será concedida aos Suboficiais,
Sargentos e Cabos da Aeronáutica e aos Servidores Civis da Aeronáutica, até o nível
correspondente a Suboficial.
§ 1o O Comandante da Aeronáutica poderá conceder a Medalha a personalidades
civis e militares que não pertençam à Aeronáutica, mesmo as estrangeiras.
Art. 5o Para terem as propostas submetidas ao Comandante da Aeronáutica com
vistas à concessão da Medalha Bartolomeu de Gusmão, os candidatos deverão preencher às
seguintes condições básicas:
I - ter realizado serviços apreciáveis ao Comando da Aeronáutica, que deem
reconhecida distinção ao proposto;
II - militar:
a) Possuir Medalha Militar;
b) estar posicionado, em relação à sua turma, na média superior da Lista de
Merecimento Relativo elaborada pela Comissão de Promoção de Graduados
(CPG);
c) não ter sido punido disciplinarmente nos últimos dez anos;

128
d) não ter sido denunciado em processo crime, enquanto a sentença final não houver
transitado em julgado;
e) não estiver submetido a Conselho de Disciplina;
f) não for preso preventivamente, em virtude de Inquérito Policial Militar
instaurado;
g) não for condenado, enquanto durar o cumprimento da pena, inclusive no caso de
suspensão condicional da pena, não se computando o tempo acrescido à pena
original para fins de uma suspensão condicional; e
h) não possuir relatos desabonadores emitidos pela CPG, DIRAP e CIAER.
III – Servidor Civil da Aeronáutica:
a) possuir mais de dez anos de serviço, prestado em Organização do Comando da
Aeronáutica;
b) não ter sido punido nos últimos dez anos;
c) não estar submetido em Processo Administrativo Disciplinar, na condição de réu; e
d) não estar respondendo a Inquérito ou Processo na esfera criminal.
Art. 6o Excepcionalmente, o Comandante da Aeronáutica poderá considerar as
propostas encaminhadas que contrariem as condições básicas previstas no artigo anterior.
Art. 7o O julgamento das propostas para a concessão da Medalha "Bartolomeu de
Gusmão" será feito pelo Comandante da Aeronáutica.

CAPÍTULO III
Da Organização e Controle
Art. 8o Compete à Secretaria de Conselhos do Gabinete do Comandante:
I - organizar e manter em ordem e em dia a correspondência referente aos processos
de concessão da Medalha;
II - preparar os processos de concessão da Medalha;
III - manter em dia o registro da Medalha "Bartolomeu de Gusmão", no Sistema de
Medalhística;
IV – providenciar a aquisição de medalhas e diplomas; e
V - fazer chegar, em tempo hábil, às Organizações responsáveis pela cerimônia de
imposição, as medalhas e diplomas dos agraciados.

CAPÍTULO IV
Dos Diplomas e Condecorações
Art. 9º Publicada a Portaria de Concessão da Medalha, o Comandante da Aeronáutica
mandará expedir o respectivo diploma por ele assinado.
Art. 10. A entrega das Medalhas aos agraciados efetuar-se-á, preferencialmente,
durante a solenidade alusiva ao "Dia do Especialista de Aeronáutica".
Parágrafo único. A critério do Comandante da Aeronáutica, a entrega das Medalhas
poderá ser efetuada em outras datas significativas para a Aeronáutica ou para Organizações
Militares a ela pertencentes.
Art. 11. No exterior, a entrega da condecoração será feita pelo Adido Aeronáutico
junto à Embaixada do Brasil, em cerimônia especial.
Parágrafo único. Não havendo Adido Aeronáutico, a entrega será feita pela
autoridade diplomática brasileira do local.
Art. 12. O agraciado, sem vínculo com a Aeronáutica, que não comparecer à
cerimônia de entrega da condecoração receberá a Medalha no ano subsequente ou em data a ser
fixada pelo Comandante da Aeronáutica.

129
§ 1o Para os militares e servidores civis da Aeronáutica, o Órgão superior da cadeia
de comando a que pertencem definirá outra data para a entrega.

CAPÍTULO V
Das Disposições Gerais

Art. 13. A critério do Comandante da Aeronáutica, a Medalha Bartolomeu de


Gusmão poderá ser concedida em qualquer época.

Art. 14. A Medalha poderá ser concedida como homenagem post-mortem.

Art. 15. Os casos não previstos serão resolvidos pelo Comandante da Aeronáutica.

130
DECRETO No 4.208, DE 23 DE ABRIL DE 2002

Dispõe sobre a medalha "Bartolomeu de Gusmão" e dá


outras providências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,


inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

D E C R E T A:

Art. 1o A medalha "Bartolomeu de Gusmão", criada pelo Decreto no 68.886, de 6 de


julho de 1971, destina-se a premiar as personalidades militares e civis brasileiras que tenham
prestado relevantes serviços à Força Aérea Brasileira.

Parágrafo único. A medalha de que trata o caput deste artigo poderá ser concedida
como homenagem post-mortem.
Art. 2o A medalha "Bartolomeu de Gusmão" será concedida em ato do Comandante
da Aeronáutica, ao qual incumbe expedir o respectivo diploma.
Art. 3o A imposição da medalha “Bartolomeu de Gusmão” será feita, em princípio,
no dia 25 de março, em solenidade presidida por representantes designados pelo Comandante da
Aeronáutica.
Art. 4o É permitido, nos uniformes, o uso da medalha "Bartolomeu de Gusmão", de
acordo com a letra "h" do art. 2o do Decreto no 40.556, de 17 de dezembro de 1956.
Art. 5o O Comandante da Aeronáutica baixará os atos complementares necessários à
implementação deste Decreto.
Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7o Revogam-se os Decretos no 68.886, de 6 de julho de 1971, no 92.091, de 9 de
dezembro de 1985.
Brasília, 23 de abril de 2002; 181o da Independência e 114 o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Geraldo Magela da Cruz Quintão

(D.O. de 24.04.2002)

131
MEDALHA MÉRITO OPERACIONAL
BRIGADEIRO NERO MOURA

132
Histórico da Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura
No mês de agosto de 1942, o Brasil declarou
guerra aos países do Eixo, em virtude de vários
navios cargueiros brasileiros terem sido
torpedeados.
Em fins de 1943, o Governo decidiu enviar
forças brasileiras para a Campanha da Itália.
Assim, em 18 de dezembro de 1943, nasceu o 1º
Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa), sendo
nomeado o seu primeiro comandante, o Major
Aviador Nero Moura.
Após árduo treinamento no Panamá e nos
Estados Unidos da América, os integrantes do 1º
GAvCa embarcaram para a Itália e chegaram ao
Teatro de Operações em 6 de outubro de 1944.
Voando aeronaves P-47D Thunderbolt, em
pouco mais de sete meses de operações o 1º
GAvCa, sob a liderança de Nero Moura, amealhou
uma invejável folha de serviços. Subordinado ao
350º Fighter Group, no transcurso de 445 missões
distribuídas em 2.550 surtidas, conquistou o
B RIGADEIRO NERO MOURA respeito e a admiração dos integrantes dos demais
O Brigadeiro Nero Moura nasceu na esquadrões que compunham aquela unidade. Nero
cidade de Cachoeira do Sul, estado do Rio Grande Moura, mesmo com as muitas preocupações do
do Sul, no dia 30 de janeiro de 1910. Filho de comando, cumpriu a expressiva marca de 62
Gilberto Moura e de Maria Emília Marques Moura, missões de guerra.
iniciou seus estudos no Ginásio Rio Branco. Após O desempenho do 1º GAvCa o fez
concluir o curso primário, seguiu para Porto Alegre, merecedor da Presidential Unit Citation, a maior
onde se matriculou no Colégio Militar. comenda outorgada pelo Governo dos Estados
Concluído o curso no Colégio Militar, foi Unidos da América a unidades de Força Aérea.
transferido para o Rio de Janeiro, onde foi Em 31 de janeiro de 1951, o então Coronel
admitido como Cadete na Escola Militar do Nero Moura foi empossado Ministro da Aeronáutica
Realengo em 1927. Optou pela recém-criada e em agosto do mesmo ano foi promovido a
Arma da Aviação do Exército e foi matriculado na Brigadeiro-do-Ar.
Escola de Aviação Militar, situada no lendário Faleceu no dia 17 de dezembro de 1994,
Campo dos Afonsos. na cidade do Rio de Janeiro; em 17 de janeiro de
Durante a Revolução Constitucionalista de 1995, por intermédio da Portaria nº 56/GM-3, foi
1932, no posto de 2º Tenente, participou ao lado oficialmente declarado Patrono da Aviação de
das forças legais, onde cumpriu 61 missões reais Caça Brasileira.
de reconhecimento, bombardeio e ataque ao solo, A vida do Brigadeiro Nero Moura foi
na região do Vale do Paraíba. pautada por atuações marcantes, o que o torna
No ano de 1938, foi designado para uma ilustre personalidade da vida nacional e da
comandar o 3º Regimento de Aviação, em Santa historiografia aeronáutica brasileira, onde ocupa
Maria-RS. No seu comando, empreendeu a lugar de especial destaque.
transferência da Unidade Aérea para Canoas-RS. Dentre tantas virtudes, sua imagem
Em meados de 1940, o Presidente Getúlio associa-se, indubitavelmente, ao exemplo de
Vargas incumbiu-o, juntamente com outros comandante de unidade aérea. Ao superar todas
colegas aviadores, de analisar os projetos sobre as dificuldades, Nero Moura se sobressaiu não
uma nova pasta ligada à Aviação. O resultado do apenas pela sua liderança, extraindo o melhor de
trabalho desse grupo de notáveis foi a criação do cada um de seus comandados para o cumprimento
Ministério da Aeronáutica e, também, da Força das missões de guerra a ele atribuídas, mas
Aérea Brasileira (FAB), em 20 de janeiro de 1941. também conseguiu mantê-los unidos, bem como
O primeiro Ministro da Aeronáutica, Dr. Joaquim os seus sucessores da Aviação de Caça, até o
Pedro Salgado Filho, convidou Nero Moura para final de sua vida.
compor o seu Gabinete como Assistente Militar e Considerando todos esses fatos, o
também para ser o primeiro Comandante da Presidente da República, pelo Decreto n° 7.085, de
Seção de Aviões de Comando, criada em 4 de 29 de janeiro de 2010, instituiu a Medalha Mérito
junho de1941, que se transformaria mais tarde no Operacional Brigadeiro Nero Moura, com a
Grupo de Transporte Especial (GTE), Unidade finalidade de distinguir os comandantes de unidade
Aérea responsável pelo transporte das mais altas aérea pela conduta em prol da operacionalidade
autoridades governamentais. de sua organização e da Força Aérea Brasileira.

133
DECRETO Nº 7.085, DE 29 DE JANEIRO DE 2010

Institui a Medalha Mérito Operacional


Brigadeiro Nero Moura e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,


inciso VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 11 do Decreto nº 40.556,
de 17 de dezembro de 1956,

DECRETA:

Art. 1o Fica instituída a Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura, a ser
conferida aos comandantes de unidade aérea pela conduta em prol da operacionalidade da sua
organização e da Força Aérea Brasileira.

Art. 2o A Medalha será outorgada pelo Comandante da Aeronáutica, a quem cabe


baixar as instruções estabelecendo os critérios e demais normas reguladoras para sua concessão e
uso.
Art. 3o A condecoração a que se refere este Decreto fica incluída na alínea “h” do
art. 2º do Decreto nº 40.556, de 17 de dezembro de 1956, seguindo-se à Medalha “Mérito
Aeroterrestre”.
Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de janeiro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Nelson Jobim

(DOU 1, Edição Extra, de 29 JAN 2010)

134
PORTARIA No 226/SC, DE 7 DE ABRIL DE 2010.

Aprova as Instruções para a Concessão e Anulação da Medalha Mérito Operacional


Brigadeiro Nero Moura.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o previsto no art.


23, inciso VI, letra “g”, da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo
Decreto no 6.834, de 30 de abril de 2009, resolve:

Art. 1o Aprovar as Instruções Reguladoras para a Concessão e Anulação da Medalha


Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura e dá outras providências.
Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Ten Brig Ar JUNITI SAITO


Comandante da Aeronáutica

(BCA nº 71, de 16 ABR 2010)

135
INSTRUÇÕES PARA A CONCESSÃO E ANULAÇÃO DA MEDALHA MÉRITO
OPERACIONAL BRIGADEIRO NERO MOURA
Anexo à Portaria nº 226/SC, de 07 ABR 2010, publicada no BCA nº 71, de 16 ABR 2010

CAPÍTULO I
Das Finalidades da Medalha
Art. 1o A Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura, criada pelo Decreto
o
n 7.085, de 29 de janeiro de 2010, destina-se a distinguir os Comandantes de Unidade Aérea pela
conduta em prol da operacionalidade da sua organização e da Força Aérea Brasileira.
Art. 2o A Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura será de prata. As
características da Medalha obedecem às seguintes indicações:
I – Anverso: Medalha circular com 35 milímetros de diâmetro, em prata, tendo ao
centro a efígie do Brigadeiro Mero Moura, circundada pela inscrição “Brig Ar Nero Moura” no
semicírculo superior e pela inscrição “Mérito Operacional” no semicírculo inferior. A Medalha é
alceada por um passador de prata constando de uma miniatura do brevê de oficial aviador.
II – Reverso: tem no centro o símbolo da Força Aérea Brasileira. No semicírculo
superior tem a inscrição "Comando da Aeronáutica" e, no inferior, "Força Aérea Brasileira". As
inscrições são separadas por duas estrelas.
III – Fita de seda chamalotada, de 35 milímetros de largura por 40 milímetros de
altura, de cor azul celeste, sendo assim orlada: à esquerda, com faixas verde e amarela, com 3
milímetros de largura, cada uma; à direita, com faixas verde, branca e vermelha, com 2 milímetros
de largura, cada uma. A barreta é da mesma fita da medalha com 35 milímetros de largura por 10
milímetros de altura, tendo ao centro uma miniatura de prata do brevê de oficial aviador com 23
milímetros de largura. O botão de lapela também é da mesma fita, de forma circular com 11
milímetros de diâmetro, tendo ao centro uma miniatura de prata do brevê de oficial aviador. A
miniatura tem 18 milímetros de diâmetro, com fita de 13 milímetros de largura por 40 milímetros de
altura, sendo orlada por faixas das mesmas cores e com a metade da largura das faixas da fita da
medalha.
§ 1o As formas da Medalha, da Barreta e do Botão de Lapela estão estabelecidas
pelas fotografias anexas ao presente Regulamento.

CAPÍTULO II
Da Concessão
Art. 3o A concessão da Medalha far-se-á por ato do Comandante da Aeronáutica.
Art. 4o A Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura será concedida, no
âmbito do Comando da Aeronáutica, aos Comandantes de Unidade Aérea cuja designação tenha
sido objeto de Portaria do Comandante da Aeronáutica.

CAPÍTULO III
Da Organização e Controle
o
Art. 5 Compete à Secretaria de Conselhos do Gabinete do Comandante da
Aeronáutica:
I - organizar e manter em ordem e em dia a correspondência referente aos processos
da Medalha;
II - preparar os processos da Medalha;
III - manter em dia o registro da Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero
Moura, no SISMEDAL;
IV - providenciar a aquisição de medalhas e diplomas; e
V - fazer chegar, em tempo hábil, aos proponentes, as medalhas e diplomas dos
agraciados.

CAPÍTULO IV
Dos Diplomas e Condecorações
Art. 6o Publicada a Portaria de Concessão da Medalha, o Comandante da
Aeronáutica mandará expedir o respectivo diploma por ele assinado.
Art. 7o A entrega da Medalha ao agraciado efetuar-se-á, preferencialmente, durante
a solenidade alusiva ao aniversário da aviação à qual a Unidade Aérea pertença ou, caso não seja
possível, durante a solenidade alusiva ao aniversário da Unidade Aérea.
Parágrafo único. A critério do Comandante da Aeronáutica, a entrega das Medalhas
poderá ser efetuada em outras datas significativas para a Aeronáutica ou para Organizações
Militares a ela pertencentes.
Art. 8o O agraciado que, por motivo de força maior, não comparecer à cerimônia de
entrega da condecoração receberá a Medalha no ano subseqüente ou em data a ser fixada pelo
Comandante da Aeronáutica.

CAPÍTULO V
Da Anulação da Concessão

Art. 9o Serão anuladas as concessões da Medalha dos militares que cometerem atos
contrários à dignidade e à honra militar, ao prestígio ou decoro da corporação ou à moral pública.
Parágrafo único. As anulações serão feitas por Portaria do Comandante da
Aeronáutica.

CAPÍTULO VI
Das Disposições Gerais

Art. 10. A critério do Comandante da Aeronáutica, a Medalha Mérito Operacional


Brigadeiro Nero Moura poderá ser concedida em qualquer época.
Art. 11. A Medalha poderá ser concedida como homenagem post-mortem.
Art. 12. A critério do Comandante da Aeronáutica, a Medalha poderá ser concedida a
ex-comandantes de Unidades Aéreas.
Art. 13. Os casos não previstos serão resolvidos pelo Comandante da Aeronáutica.

Ten Brig Ar JUNITI SAITO


Comandante da Aeronáutica
ANEXO À PORTARIA Nº 226/SC, DE 7 DE ABRIL DE 2010

Anverso Reverso (foto suprimida)

Barreta Botão de lapela

Miniatura

138
MEDALHA-PRÊMIO FORÇA AÉREA
BRASILEIRA

139
FOTO DA MEDALHA-PRÊMIO
FORÇA AÉREA BRASILEIRA

Foto : Medalha-Prêmio Força Aérea Brasileira


Barreta, Fita e Medalha.

140
DECRETO No 41.639, DE 31 DE MAIO DE 1957

Cria no Ministério da Aeronáutica a Medalha-


Prêmio "Força Aérea Brasileira".

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


87, item I, da Constituição, e considerando o que expôs o Ministro de Estado dos Negócios da
Aeronáutica sobre a conveniência da instituição de uma medalha que estimule os militares da Força
Aérea Brasileira no aprimoramento e divulgação de conhecimentos técnico-profissionais, elevando,
assim, seu nível cultural,
D E C R E T A:
Art. 1 o Fica criada, no Ministério da Aeronáutica, a Medalha-Prêmio "Força Aérea
Brasileira", para galardoar os militares e funcionários civis da Aeronáutica que hajam ou que
venham a se distinguir por estudos sobre temas técnico-profissionais ou por criações técnicas,
operacionais ou sociais para o Ministério da Aeronáutica. (NR) (Texto atualizado com base no Art.
1 o do Decreto no 1.414, de 8.3.95 - D.O. de 9.3.95).
Art. 2 o A cunhagem da Medalha-Prêmio "Força Aérea Brasileira" será feita em
tombac dourado, em forma circular, com 35 milímetros de diâmetro, de acordo com o desenho em
anexo, e obedecerá às seguintes características permanentes: (NR) (Texto atualizado com base no
Art. 1o do Decreto no 1.414, de 8.3.95 - D.O. de 9.3.95).
I - Anverso: tendo no centro, sobre um fundo liso, o símbolo da F.A.B. No
semicírculo superior terá gravada a inscrição Força Aérea Brasileira.
II - Reverso: ao centro terá gravado um livro aberto, sobre o qual terá uma pena
inclinada.
III - Fita: terá 35 milímetros de largura por 40 milímetros de altura, nas cores azul,
verde, amarela e azul, chamalotada com filetes brancos de 3 milímetros, nas extremidades.
IV - Barreta: terá 35 milímetros de largura por 10 milímetros de altura, recoberta
com a mesma fita da medalha.
Parágrafo único. A medalha é alceada por um passador constando de uma coroa de
louros, sobreposta a um par de asas estilizadas.
Art. 3 o A concessão da medalha far-se-á por Decreto do Presidente da República,
mediante proposta do Ministro da Aeronáutica, e obedecerá a regulamento próprio.
Art. 4 o O Ministro da Aeronáutica baixará instruções regulando o critério para a
concessão da Medalha-Prêmio "Força Aérea Brasileira".
Art. 5 o Publicado o Decreto de concessão, no Diário Oficial, o Ministro expedirá o
competente diploma.
Parágrafo único. A entrega das condecorações com os respectivos diplomas será feita
em solenidade.
Art. 6 o Na forma do que prescreveu o art. 11 do Decreto no 40.556, de 17 de
dezembro de 1956, é autorizado o uso nos uniformes militares, da Medalha-Prêmio "Força Aérea
Brasileira" (A), que se incluirá nas relacionadas na letra "j" do art. 2o, do Decreto no 40.556,
imediatamente após a Medalha-Prêmio "Marechal Hermes - Aplicação e Estudos" (E), instituída
pelo Decreto no 37.406, de 31 de maio de 1955.

141
Art. 7 o As despesas decorrentes da execução do presente Decreto correrão por conta
de verba própria do Ministério da Aeronáutica.
Art. 8 o O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 31 de maio de 1957; 136o da Independência e 69o da República.

JUSCELINO KUBITSCHEK
Henrique Fleiuss

(D.O. de 04.06.1957)
O D.O. de 05.06.1957 publicou um desenho que faz parte integrante deste Decreto.

142
Desenho da Medalha-Prêmio Força Aérea Brasileira
com a Barreta

143
PORTARIA No 270/GM3, DE 15 DE MARÇO DE 1995

Baixa Instruções reguladoras para a concessão e


anulação da Medalha-Prêmio "Força Aérea
Brasileira".

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o disposto no


art. 4 do Decreto no 41.639, de 31 de maio de 1957, e considerando o que consta do Processo M.
o

Aer. no 03-01/358/92,
R E S O L V E:
Art. 1 o Baixar Instruções reguladoras para a concessão e anulação da Medalha-
Prêmio "Força Aérea Brasileira".
Art. 2 o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3 o Revoga-se a Portaria no 41/GM1, de 13 de janeiro de 1958.

MAURO JOSÉ MIRANDA GANDRA


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 16.03.1995)

144
INSTRUÇÕES REGULADORAS PARA CONCESSÃO E ANULAÇÃO DA
MEDALHA-PRÊMIO "FORÇA AÉREA BRASILEIRA"

CAPÍTULO I
Das Finalidades da Medalha

Art. 1 o A Medalha-Prêmio "Força Aérea Brasileira" criada pelo Decreto no 41.639,


de 31 de maio de 1957, destina-se a premiar os militares e civis da Aeronáutica que hajam ou que
venham a distinguir-se por estudos sobre temas técnico-profissionais; por criações técnicas,
operacionais ou administrativas que tragam benefícios econômicos, operacionais ou sociais de
relevância para o Ministério da Aeronáutica.

CAPÍTULO II
Das Propostas, do Julgamento e da Concessão
Art. 2 o O processo para a concessão da Medalha poderá ser proposto por solicitação
do interessado ou por iniciativa do Comandante ou Chefe imediato.
Art. 3 o As propostas devem ser feitas e justificadas por escrito, de acordo com o
modelo anexo a estas Instruções, observando-se os seguintes requisitos básicos:
I - os estudos em apreço deverão ser apresentados por trabalhos escritos, desenhos ou
maquetas. Poderão versar sobre temas de livre escolha do interessado ou sobre propostas dos órgãos
da Alta Administração da Aeronáutica;
II - as criações deverão ter cunho inventivo, traduzindo avanço tecnológico,
operacional ou administrativo, aumentando a produtividade ou a operacionalidade, reduzindo os
custos e racionalizando os meios; e
III - tanto os estudos quanto as criações deverão ter cunho original, não podendo
limitar-se a atos já publicados, divulgados ou conhecidos, a não ser que a eles novos elementos
venham a ser aduzidos.
Art. 4 o A proposta para concessão de Medalha será encaminhada ao Estado-Maior da
Aeronáutica, através da cadeia de comando, que analisará o processo e emitirá parecer sobre o seu
valor, originalidade e interesse para o Ministério da Aeronáutica.
Parágrafo único. Na análise das propostas, poderão ser convocados elementos
técnicos ou especializados de outros órgãos, mesmo que estranhos ao Ministério da Aeronáutica.
Art. 5 o O processo será submetido à apreciação do Ministro da Aeronáutica que
proporá ao Presidente da República a concessão da medalha, se concordar com o parecer do
EMAER.
Art. 6 o Quando o estudo ou a criação for da autoria de mais de uma pessoa, a
Medalha será conferida a cada um dos autores.

CAPÍTULO III
Dos Diplomas e Condecorações

Art. 7 o A entrega da Medalha e do Diploma correspondente efetuar-se-á em


cerimônia militar presidida por oficial-general, em data proposta pelo Comandante da Organização
a que pertencer o agraciado.

CAPÍTULO IV
Da Anulação da Concessão

145
Art. 8 o Serão instaurados processos de anulação das concessões de Medalha aos
agraciados quando, comprovadamente, verificar-se a contrariedade ao inciso III do artigo 3o das
presentes Instruções. (NR) (Texto retificado com base no D.O. de 17.3.95).
§ 1 o Para este caso, as propostas de anulação serão julgadas pelo Estado-Maior da
Aeronáutica, que submeterá ao Ministro da Aeronáutica.
§ 2 o O ato de anulação será consubstanciado por decreto presidencial.

CAPÍTULO V
Da Organização e Controle

Art. 9 o Compete à Secretaria de Conselhos e Comissões do Gabinete do Ministro:


I - providenciar a aquisição de Medalhas e Diplomas; e
II - fazer chegar, em tempo hábil, aos proponentes as Medalhas e Diplomas dos
agraciados.

CAPÍTULO VI
Da Disposição Final

Art. 10. Os casos não previstos nestas Instruções serão submetidos à decisão do
Ministro da Aeronáutica.

146
PROPOSTA PARA CONCESSÃO DA MEDALHA-PRÊMIO "FORÇA AÉREA
BRASILEIRA", CRIADA PELO DECRETO No 41.639, DE 31 DE MAIO DE 1957, E
ALTERADA PELO DECRETO No 1.414, DE 08 DE MARÇO DE 1995.

1 - Nome do Proposto:
...............................................................................................................................
................................................................................................................................................................
...
2 - Cargo ou Função:
.................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
...
3 - Posto, Graduação ou Nível:
..................................................................................................................
................................................................................................................................................................
...
4 - Organização a que pertence:
.................................................................................................................
................................................................................................................................................................
...
5 - Residência:
...........................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
...
6 - Estudo ou Criação produzida (Anexar, conforme inciso I do artigo 3 o):
................................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
...............
7 - Benefícios advindos para o Ministério da Aeronáutica:
.........................................................................
................................................................................................................................................................
...
................................................................................................................................................................
...
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
......
................................................................................................................................................................
...
8 - Pareceres técnicos-especializados anexados (se for o caso):
..................................................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
.........
147
9 - Local para a entrega da Medalha, no caso de ser aprovada a presente proposta:
...................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
......
................................................................................................................................................................
...
................................................................................................................................................................
...

............................, .......... de .................... de ..........


(Localidade e data)
__________________________________________
(Nome e posto)
__________________________________________
(Função do proponente)

Obs: No caso da existência de co-autoria, será preenchida uma proposta para cada um deles,
especificando-se a sua participação no estudo ou criação, e anexando-as todas no mesmo processo.

148
MEDALHAS-PRÊMIO
SANTOS-DUMONT E SALGADO FILHO

149
FOTO DAS MEDALHAS-PRÊMIO
SANTOS-DUMONT E SALGADO FILHO

Foto : Medalhas-Prêmio Santos-Dumont e Salgado Filho


Fitas e Medalhas.

150
Heráldica da Medalha-Prêmio Salgado Filho

151
DECRETO No 30.698, DE 1o DE ABRIL DE 1952 (*)

Aprova o Regulamento da Escola de Aeronáutica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


87, item I, da Constituição Federal,
D E C R E T A:
Art. 1 o Fica aprovado o Regulamento da Escola de Aeronáutica que com este baixa.
Art. 2 o O aludido Regulamento entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 3 o Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, em 1 o de abril de 1952; 131 o da Independência e 64 o da República.

GETULIO VARGAS
Nero Moura
(D.O. de 23.04.1952)
(*) Revogado pelo Decreto no 72.868, de 02.10.1973 - D.O. de 03.10.1973.

152
(Trecho do Regulamento da Escola de Aeronáutica)

RECOMPENSAS AOS CADETES

Art. 275 Além das recompensas previstas no Regulamento Disciplinar da


Aeronáutica, serão concedidas aos Cadetes, como distinção e reconhecimento de valores, as
seguintes recompensas especiais:
a) Prêmio "SANTOS-DUMONT":
Ao Cadete-do-Ar colocado em 1o lugar na classificação final e desde que haja
mantido essa classificação em todos os anos do curso, com grau oito ou superior,
em todos os assuntos ministrados;
b) Prêmio "SALGADO FILHO":
Aos Cadetes da Aeronáutica dos demais cursos, nas condições estipuladas para o
Prêmio "Santos-Dumont";
c) Prêmio "ESCOLA DE AERONÁUTICA":
Aos Cadetes colocados em primeiro lugar na classificação final em cada curso;
d) Ao Cadete-do-Ar, melhor classificado, ao ser promovido ao último ano, será
concedida a distinção de ser o Porta-Estandarte da Escola;
e) Aos Cadetes melhor classificados em cada ano dos respectivos cursos, exceto no
último ano, serão concedidos prêmios constituídos por objetos de utilidade
profissional.
Art. 276 Os prêmios citados nos itens a, b e c do artigo anterior, constarão:
a) O Prêmio "Santos-Dumont", de uma medalha de ouro, tendo cunhada no anverso a
efígie de Santos-Dumont e no verso o Estandarte da Escola com a inscrição —
Prêmio Santos-Dumont, Escola de Aeronáutica.
b) A Medalha terá fita azul-celeste com faixa vertical amarela de 3 mm no centro,
podendo ser usada pelo oficial em todos os atos de sua vida militar;
c) O Prêmio "Salgado Filho", de uma medalha de ouro, tendo cunhada no anverso a
efígie de Salgado Filho e no verso o distintivo do Quadro a que se destinar o
Cadete com a inscrição — Prêmio Salgado Filho, Escola de Aeronáutica.
A medalha terá fita amarela com faixa vertical azul de 3 mm no centro, podendo ser
usada pelo oficial em todos os atos de sua vida militar.
................................................................................................................................................................
...

153
DECRETO No 60.693, DE 8 DE MAIO DE 1967

Inclui condecorações nas relacionadas na letra "j"


do art. 2 o do Decreto no 40.556, de 17 de
dezembro de 1956.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art.


83, item II, da Constituição, e

Considerando que, por um lapso, foram omitidas no Decreto no 40.556, de 17 de


dezembro de 1956, as Medalha-Prêmio "Santos-Dumont" e Medalha-Prêmio "Salgado Filho",
instituídas pelo Decreto no 30.698, de 1 o de abril de 1952, para serem conferidas, respectivamente, a
Cadete-do-Ar colocado em 1o lugar na classificação final, desde que haja mantido essa classificação
em todos os anos do curso, com grau oito ou superior em todos os outros ministrados, e aos Cadetes
da Aeronáutica dos demais cursos, nas condições estipuladas para o prêmio "Santos-Dumont",
D E C R E T A:
Art. 1 o Ficam incluídas nas condecorações relacionadas na letra "j" do art. 2o do
o
Decreto n 40.556, de 17 de dezembro de 1956, imediatamente após a "Medalha-Prêmio Força
Aérea Brasileira" (A), a Medalha-Prêmio "Santos-Dumont" (A) e a Medalha-Prêmio "Salgado
Filho" (A), instituídas pelo Decreto no 30.698, de 1o de abril de 1952.
Art. 2 o O presente decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Brasília, 8 de maio de 1967; 146 o da Independência e 79 o da República.

A. COSTA E SILVA
Márcio de Souza e Mello

(D.O. de 10.05.1967)

154
DECRETO No 72.868, DE 2 DE OUTUBRO DE 1973

Revoga os Decretos que aprovaram o


Regulamento da AFA.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


81, item III, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1 o Ficam revogados os Decretos números 30.698, de 1 o de abril de 1952; 36.355,
de 20 de outubro de 1954; 37.688, de 3 de agosto de 1955; 38.815, de 5 de março de 1956; 39.494,
de 3 de julho de 1956; 40.352, de 14 de novembro de 1956; 40.550, de 12 de dezembro de 1956;
43.904, de 16 de junho de 1958; 47.584, de 4 de janeiro de 1960; 48.982, de 1 o de outubro de 1960;
55.092, de 30 de novembro de 1964; 55.799, de 24 de fevereiro de 1965; 58.352, de 4 de maio de
1966; 61.201, de 22 de agosto de 1967 e o de no 33.053, de 15 de junho de 1953, na parte relativa
ao Regulamento da então Escola de Aeronáutica.
Art. 2 o Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 02 de outubro de 1973; 152o da Independência e 85o da República.

EMÍLIO G. MÉDICI
Joelmir Campos de Araripe Macedo

(D.O. de 03.10.1973)

155
DECRETO No 74.683, DE 10 DE OUTUBRO DE 1974

Restabelece, no Ministério da Aeronáutica, a


Medalha-Prêmio "Santos-Dumont" e a Medalha-
Prêmio "Salgado Filho".

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art.


81, item III, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1 o Fica restabelecida, no Ministério da Aeronáutica, a Medalha-Prêmio "Santos-
Dumont", para ser conferida ao Cadete da Aeronáutica, do Curso de Formação de Oficiais
Aviadores, colocado em 1o lugar na classificação final, desde que haja mantido essa classificação
em todos os anos do curso, com grau 8 (oito) ou superior, em todos os assuntos ministrados.
Parágrafo único. A Medalha-Prêmio de que trata este artigo terá as seguintes
características (Anexo I):
a) será de ouro, em forma circular, com 35 milímetros de diâmetro, tendo cunhada
no verso o Estandarte da Escola com a inscrição PRÊMIO SANTOS-DUMONT
— ACADEMIA DA FORÇA AÉREA, e no anverso, sobre um fundo liso, a efígie
de Santos-Dumont;
b) terá fita azul-celeste, de 35 milímetros de largura por 40 milímetros de altura, com
faixa vertical amarela, de 3 milímetros, no centro; e
c) barreta, com 35 milímetros de largura por 10 milímetros de altura, recoberta com
a mesma fita da medalha.
Art. 2 o Fica restabelecida, ainda, no Ministério da Aeronáutica, a Medalha-Prêmio
"Salgado Filho", para ser conferida aos Cadetes da Aeronáutica dos demais cursos da Academia da
Força Aérea, nas condições estipuladas para a Medalha-Prêmio Santos-Dumont.
Parágrafo único. A Medalha-Prêmio de que trata este artigo terá as seguintes
características (Anexo II):
a) será de ouro, em forma circular, com 35 milímetros de diâmetro, tendo cunhado
no verso o distintivo do Quadro a que se destinar o Cadete, com a inscrição
PRÊMIO SALGADO FILHO — ACADEMIA DA FORÇA AÉREA, e no
anverso, sobre um fundo liso, a efígie de Salgado Filho;
b) terá fita amarela de 35 milímetros de largura por 40 milímetros de altura, com
faixa vertical azul, de 3 milímetros, no centro; e
c) barreta com 35 milímetros de largura por 10 milímetros de altura, recoberta com a
mesma fita da medalha.
Art. 3 o As medalhas serão concedidas por ato do Ministro da Aeronáutica e sua
entrega, com os respectivos diplomas, será feita por ocasião da solenidade de Declaração de
Aspirantes.
Art. 4 o Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Brasília, 10 de outubro de 1974; 153o da Independência e 86o da República.

ERNESTO GEISEL
J. Araripe Macedo

(D.O. de 11.10.1974)
156
Desenho da Medalha-Prêmio Santos-Dumont com a
Barreta

157
Desenho da Medalha-Prêmio Salgado Filho com a
Barreta

158
MEDALHA EDUARDO GOMES

159
FOTO DA
MEDALHA EDUARDO GOMES

Foto : Medalha Eduardo Gomes (Desenho)


Fita e Medalha.
160
Heráldica da Medalha Eduardo Gomes

161
LEI No 7.243, DE 06 DE NOVEMBRO DE 1984

Proclama o Marechal-do-Ar Alberto Santos-


Dumont Patrono da Aeronáutica Brasileira, o
Marechal-do-Ar Eduardo Gomes Patrono da
Força Aérea Brasileira, e cria a “Medalha
Eduardo Gomes”.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta


e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 o É proclamado Patrono da Aeronáutica Brasileira o Marechal-do-Ar Alberto
Santos-Dumont.
Art. 2 o É proclamado Patrono da Força Aérea Brasileira o Marechal-do-Ar Eduardo
Gomes.
Art. 3 o É instituída a “Medalha Eduardo Gomes Aplicação e Estudo”, destinada a
incentivar a aplicação nos estudos e na instrução, premiar e dar relevo ao mérito intelectual de
Oficiais e Praças do Ministério da Aeronáutica que venham a distinguir-se nas atividades escolares.
(*)
Parágrafo único. O decreto de regulamentação desta Lei especificará as
características da medalha criada neste artigo e disciplinará a forma de sua concessão.
Art. 4 o Esta Lei será regulamentada 90 (noventa) dias após sua publicação.
Art. 5 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6 o São revogadas as Leis nos 5.716, de 19 de outubro de 1971, e no 5.866, de 12
de dezembro de 1972.
Brasília, em 06 de novembro de 1984; 163o da Independência e 96 o da República.

JOÃO FIGUEIREDO
Délio Jardim de Mattos

(D.O. de 07.11.1984)

162
DECRETO Nº 9.146, DE 24 DE AGOSTO DE 2017

Regulamenta a outorga da Medalha “Eduardo


Gomes Aplicação e Estudo” e altera o Decreto
nº 40.556, de 17 de dezembro de 1956, que
regula o uso das condecorações nos uniformes
militares.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,


caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 3º da Lei
nº 7.243, de 6 de novembro de 1984,

DECRETA:

Art. 1º A Medalha “Eduardo Gomes Aplicação e Estudo” será outorgada pelo


Comandante da Aeronáutica, o qual editará as instruções e estabelecerá os critérios e as normas
reguladoras para concessão e uso.
Art. 2º O Decreto nº 40.556, de 17 de dezembro de 1956, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 2º ...................................................................
.................................................................................

l) .............................................................................
.................................................................................

- Medalha-prêmio “Salgado Filho” (A);


- Medalha “Eduardo Gomes Aplicação e Estudo” (A);
- Medalhas-prêmios do Colégio Militar “Duque de Caxias”, “Almirante Barroso”,
“Marquês do Herval”, “Visconde de Inhaúma”, “Conde de Porto Alegre”, “Marquês de
Tamandaré”, “Marechal Deodoro”, “Marechal Carlos Machado”, “General Polidoro”,
“General Benjamin Constant”, “Barão do Rio Branco”;
.....................................................................” (NR)

Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de agosto de 2017; 196º da Independência e 129º da República.

MICHEL TEMER
Raul Jungmann
(DOU Nº 164 S-1, DE 25/08/2017 PÁG. 2)

163
PORTARIA Nº 350/SCGC, DE 20 DE MARÇO DE 2018.

Aprova as Instruções Reguladoras para a


concessão da Medalha “Eduardo Gomes
Aplicação e Estudo” e dá outras providências.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, no uso das atribuições que lhe


confere o art. 1º do Decreto nº 9.146, de 24 de agosto de 2017, e considerando o que consta do
inciso XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo Decreto
nº 6.834, de 30 de abril de 2009, resolve:

Art. 1º Aprovar as Instruções Reguladoras para a concessão da Medalha “Eduardo


Gomes Aplicação e Estudo”, constantes do anexo a esta Portaria.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Ten Brig Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO


Comandante da Aeronáutica

164
INSTRUÇÕES REGULADORAS DA MEDALHA EDUARDO GOMES
APLICAÇÃO E ESTUDO
Anexo à Portaria nº 350/SCGC, de 20 MAR 2018, publicada no BCA nº 50, de 27 MAR 2018

CAPÍTULO I
Da Finalidade da Medalha e Características
Art. 1º A Medalha “Eduardo Gomes Aplicação e Estudo”, criada pela Lei nº 7.243,
de 6 de novembro de 1984, e regulamentada pelo Decreto nº 9.146, de 24 de agosto de 2017,
destina-se a incentivar a aplicação nos estudos e na instrução, premiar e dar relevo ao mérito
intelectual de Oficiais e Praças do Comando da Aeronáutica que venham a distinguir-se nas
atividades escolares.
Art. 2º A medalha será concedida com um laurel, dois lauréis, três lauréis ou quatro
lauréis, conforme o militar tenha se distinguido, respectivamente, em um, dois, três ou quatro
cursos.
Art. 3º As características da Medalha “Eduardo Gomes Aplicação e Estudo” são
permanentes e obedecem às seguintes indicações:
I - Anverso: Medalha circular com 35 milímetros de diâmetro, dourada, tendo ao
centro a efígie do Patrono da Força Aérea Brasileira, Marechal do Ar Eduardo Gomes, circundada
pelo laurel;
II - Reverso: A figura da lâmpada assíria, dentro do mapa do Brasil, circundados pela
inscrição “Eduardo Gomes”, acima, e “Aplicação e Estudo”, abaixo, e nas extremidades leste e
oeste do mapa, e externo a este, quatro estrelas de cinco pontas, dispostas duas a duas, uma sobre a
outra, sem se tocarem;
III - Passador, também dourado, medindo externamente 35 milímetros de largura por
10 milímetros de altura, contendo em seu interior um, dois, três ou quatro lauréis dispostos
simetricamente; e
IV - Fita de seda chamalotada, de 35 milímetros de largura por 50 milímetros de
altura, da alça da Medalha até a costura superior, de cor amarela, tendo ao centro, em posição
vertical e em toda a sua extensão, uma listra branca com 2 milímetros de largura.
§ 1º A medalha e o passador serão confeccionados em “tombac” dourado.
§ 2° Haverá também Barreta, cópia integral do respectivo passador e fita; Botão de
Lapela, forrado com fita amarela e contendo o laurel em “tombac” dourado; e Miniatura, todos
confeccionados com os mesmos materiais da Medalha e do Passador, conforme figuras descritas no
modelo de medalha.

CAPÍTULO II
Da Concessão
Art. 4º A concessão da Medalha far-se-á por ato do Comandante da Aeronáutica.
Art. 5º A Medalha “Eduardo Gomes Aplicação e Estudo” será concedida aos
oficiais, praças especiais e praças que hajam concluído, numa turma de no mínimo dez integrantes,
os cursos de carreira realizados nas condições a seguir:
I - da Academia da Força Aérea (AFA) - primeiro lugar do Curso de Formação de
Oficiais Aviadores, do Curso de Formação de Oficiais Intendentes e do Curso de Formação de
Oficiais de Infantaria;
II - do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) - primeiro lugar
geral dos Cursos e Estágios de Adaptação ao Oficialato e primeiro lugar geral do Curso de
Formação de Oficiais Especialistas;
III - do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) - primeiro lugar geral dos cursos
de graduação;
165
IV - da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica (EAOAR) - primeiro
lugar do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais;
V - da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR) - primeiro
lugar do Curso de Comando e Estado-Maior; e
VI - da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR) - primeiro lugar geral dos
Cursos e Estágios de Adaptação à Graduação de Sargento, primeiro lugar geral do Curso de
Formação de Sargentos e primeiro lugar do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos.
Parágrafo único. Caso novos cursos ou estágios sejam criados nas Escolas
supracitadas, estas poderão submeter à apreciação do Gabinete do Comandante da Aeronáutica
(GABAER) proposta de concessão da Medalha Eduardo Gomes Aplicação e Estudo.
Art. 6º A informação do nome completo do concludente, número de ordem e nome
do curso concluído, a cargo das Organizações de Ensino citadas no art. 5º, deverá dar entrada no
GABAER com antecedência mínima de sete dias úteis da data da cerimônia de entrega da comenda,
para que sejam tomadas as providências necessárias.

CAPÍTULO III
Da Organização e Controle
Art. 7º À Secretaria de Conselhos do Gabinete do Comandante da Aeronáutica
compete:
I - manter controle dos agraciados e, ao receber proposta de concessão, verificar se o
indicado faz jus à medalha com mais de um laurel;
II - providenciar as portarias de concessão e respectivos diplomas; e
III - fazer chegar, em tempo hábil, aos proponentes, as medalhas e diplomas dos
agraciados.

CAPÍTULO IV
Dos Diplomas e Outorgas
Art. 8º As portarias, assim como os respectivos diplomas, deverão mencionar os
cursos ou estágios que fizeram o proposto merecedor da honraria. Assim, o agraciado com a
medalha com dois ou mais lauréis terá, na portaria e no diploma, relacionados os cursos ou estágios,
com o ano de conclusão, nos quais obteve a primeira colocação.
Art. 9º A entrega da medalha ao agraciado será realizada, preferencialmente, durante
cerimônia de encerramento do último curso ou estágio cujo desempenho faça jus à comenda. Caso
não seja possível, o estojo e o diploma serão remetidos à Organização Militar de destino do
agraciado, para ser entregue em solenidade.

CAPÍTULO V
Da Anulação da Concessão
Art. 10. A concessão da Medalha será anulada pela Secretaria de Conselhos do
Gabinete do Comandante da Aeronáutica, mediante prévia informação das Organizações elencadas
no art. 5º de que o agraciado deixou de ser considerado o primeiro colocado.
Parágrafo único. As anulações serão feitas por Portaria do Comandante da
Aeronáutica.

CAPÍTULO VI
Das Disposições Gerais

Art. 11. O militar que, tendo recebido uma medalha, vier a fazer jus a outra de
categoria mais elevada, somente poderá usar a última recebida.
Art. 12. Os casos não previstos serão resolvidos pelo Comandante da Aeronáutica.

166
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA

Medalha Eduardo Gomes Aplicação e Estudo


(Criada pela Lei n° 7.243, de 06 de novembro de 1984)

DIPLOMA
O Comandante da Aeronáutica, por meio da Portaria no ___/SCGC,
de __ de _____ de _____, resolveu conceder a
Medalha Eduardo Gomes Aplicação e Estudo, com um (dois, três ou quatro)
laurel (lauréis) ao (posto ou graduação) (nome completo em caixa alta), por ter
obtido a primeira colocação no (s) seguinte(s) curso(s): (nome do curso e ano ).

Brasília, __ de _____ de ____; ___o da Independência e ___o da República.

Ten Brig Ar Nivaldo Luiz Rossato


Comandante da Aeronáutica

167
Desenho da Medalha Eduardo Gomes (Anverso e
Reverso).

168
OUTROS RECONHECIMENTOS
 Prêmio Ministério da Defesa
 Medalha-Prêmio (50 anos de Serviço Público Civil)
 Membro-Honorário da Força Aérea Brasileira
 Prêmio Força Aérea Brasileira (Militares estrangeiros)
 Prêmio Academia da Força Aérea
 Prêmio Ten.-Brig.-Int. José Epaminondas de Aquino Granja
 Prêmio Mal.-do-Ar Henrique Raymundo Dyott Fontenelle
 Citações meritórias

169
PORTARIA No 705/GABINETE, DE 12 DE AGOSTO DE 1999

Institui o “PRÊMIO MINISTÉRIO DA


DEFESA”.

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso de suas atribuições e com o


propósito de incentivar, nos jovens que se iniciam na carreira militar, através dos cursos de
formação de oficiais e ainda, objetivando um congraçamento maior entre as Forças, resolve:

Art. 1 o Instituir o prêmio intitulado “PRÊMIO MINISTÉRIO DA DEFESA”, de


outorga anual, a ser adjudicado ao Aspirante da Escola Naval e aos Cadetes da Academia Militar
das Agulhas Negras e da Academia da Força Aérea, primeiro colocado no Curso de Formação do
respectivo Estabelecimento de Ensino.

Art. 2 o O referido PRÊMIO constará de um objeto de uso pessoal, contendo a


inscrição “PRÊMIO MINISTÉRIO DA DEFESA” e o ano de outorga, que será entregue pelo
Ministro da Defesa, na solenidade de conclusão do Curso.
Art. 3 o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4 o Revoga-se a Portaria nº 1-G/1959, de 09 de janeiro de 1959.

ELCIO ALVARES
(Of. nº 730/99)

170
PORTARIA Nº 1229/MD, DE 20 DE SETEMBRO DE 2006

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso da atribuição que lhe confere o


art. 9° da Lei Complementar n° 97, de 9 de junho de 1999, resolve:

Art. 1º Conceder o Prêmio de Honra ao Mérito do Ministério da Defesa aos alunos


primeiros colocados, na classificação geral, de acordo com os critérios de cada Estabelecimento de
Ensino, independente de especialidade, se houver, nas Escolas de Formação de Oficiais e de
Sargentos das Forças Armadas, relacionadas a seguir:

I - Marinha do Brasil:
a) Escolas de Formação de Oficiais:
1. Escola Naval (EN); e
2. Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW);
b) Escolas de Formação de Sargentos:
1. Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA); e
2. Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC);

II - Exército Brasileiro:
a) Escolas de Formação de Oficiais:
1. Academia Militar de Agulhas Negras (AMAN);
2. Instituto Militar de Engenharia (IME);
3. Escola de Administração do Exército (EsAEx); e
4. Escola de Saúde do Exército (EsSEx);
b) Escolas de Formação de Sargentos:
1. Escola de Sargentos das Armas (EsSA);
2. Escola de Saúde do Exército (EsSEx);
3. Escola de Instrução Especializada (EsIE);
4. Escola de Material Bélico (EsMB);
5. Escola de Comunicações (EsCom); e
6. Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx);

III - Força Aérea Brasileira:


a) Escolas de Formação de Oficiais:
1. Academia da Força Aérea (AFA);
2. Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); e
3. Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR);
b) Escolas de Formação de Sargentos:
1. Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR).

Art. 2º As Organizações Militares, onde os cursos são realizados, deverão informar,


via Gabinete do Comandante da Força, ao Gabinete do Ministro de Estado da Defesa o(s) nome(s)
do(s) agraciado(s).
Parágrafo único. A informação relativa ao(s) nome(s) do(s) agraciado(s) deverá dar
entrada no Gabinete do Ministro de Estado da Defesa, com antecedência mínima de sete dias úteis
da data da cerimônia de entrega do Prêmio, para que sejam tomadas as providências necessárias.
Art. 3º Recebida a indicação do(s) nome(s) do(s) agraciado(s), o Gabinete do
Ministro providenciará a confecção da Portaria de Concessão do Prêmio, que será submetida ao
Ministro de Estado da Defesa.
Parágrafo único. A Portaria de Concessão do Prêmio será publicada no Boletim
Interno do Ministério da Defesa.
Art. 4º O Prêmio a que se refere esta Portaria, de outorga anual, constará de uma
placa contendo a inscrição “Prêmio de Honra ao Mérito do Ministério da Defesa”, o nome da
171
Organização Militar onde o agraciado realizou a sua formação, o nome do curso, o nome do
agraciado e a data da formatura.
Parágrafo único. A placa de que trata o caput deste artigo será entregue pelo Ministro
de Estado da Defesa ou, na sua impossibilidade, pelo Comandante da Organização Militar onde o
curso se realizou, na ocasião da solenidade de conclusão.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º Fica revogada a Portaria nº 1343/MD, de 12 de novembro de 2004.

WALDIR PIRES

(DOU nº 182, de 21 SET 2006, Seção 1, pág 27)

172
DECRETO No 51.061, DE 27 DE JULHO DE 1961

Institui medalha ao funcionário com 50 anos de


serviço público sem falta grave e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe confere o


Artigo 87, Inciso I, da Constituição, considerando:
a) a necessidade da administração pública premiar os funcionários que tenham
exercido por longo tempo atividades no serviço público civil;
b) o reconhecimento que o País deve aos que se distinguem em seus serviços, sem
falta grave;
c) o exemplo de devotamento ao serviço público que representa esta conduta;

D E C R E T A:

Art. 1 o Fica instituída medalha, a ser concedida pelo Presidente da República, ao


funcionário que completar cinqüenta anos de serviço público, sem falta grave.
Parágrafo único. A concessão deverá recair em servidor que haja prestado serviços
considerados de relevância para a Administração Pública. (Texto consolidado a partir do Art. 1 o do
Decreto no 80.437, de 28.9.77 - D.O. de 29.9.77).
Art. 2 o A iniciativa da concessão da medalha caberá ao órgão de pessoal competente
da repartição em que estiver lotado o funcionário que satisfizer os requisitos do artigo 1o.
Art. 3 o A Casa da Moeda procederá ao preparo do modelo da medalha instituída pelo
presente decreto, a ser submetido à aprovação do Presidente da República.
Parágrafo único. (Revogado pelo Art. 2o do Decreto n o 55.249, de 21.12.64 - D.O. de
22.12.64).
Art. 4 o Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Brasília, em 27 de julho de 1961; 140o da Independência e 73 o da República.

JÂNIO QUADROS
Oscar Pedroso Horta
Clemente Mariani

(D.O. de 27.07.1961)

173
DECRETO No 55.249, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1964

Estabelece normas para a execução do Decreto no


51.061, de 27 de julho de 1961, que instituiu
medalha-prêmio para os funcionários civis do
Poder Executivo.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe confere o


Artigo 87, Inciso I, da Constituição,

D E C R E T A:

Art. 1 o Na concessão da medalha instituída pelo Decreto no 51.061, de 27 de julho de


1961, como prêmio aos funcionários civis que possuam cinqüenta (50) anos de serviço público sem
falta grave, serão observados os seguintes critérios:
I - Na apuração do período de trabalho necessário à concessão será contado:
a) o tempo de efetivo serviço público prestado à União, Estados-membros, Distrito
Federal, Territórios e Municípios e respectivas entidades de administração descentralizada, em
cargo, emprego ou função civil ou militar; (NR) (Texto atualizado com base no Art. 2o do Decreto
n o 80.437, de 28.9.77 - D.O. de 29.9.77).
b) em dobro, o período relativo à licença especial não gozada, e bem assim, todo o
tempo de serviço legalmente computável, por esta forma, para fins de aposentadoria.
II - Falta grave, para os efeitos do mencionado Decreto, é aquela que tenha
acarretado ou venha acarretar penas de suspensão, destituição de função ou demissão, não se
considerando as canceladas por determinação legal ou regulamentar.
III - No processamento da concessão da medalha-prêmio, serão observadas as
seguintes normas:
a) o órgão de pessoal apurará, à vista dos elementos averbados no assentamento
individual do funcionário, se ele completou 50 (cinqüenta) anos de serviço, se não cometeu falta
grave e se prestou serviços relevantes para a Administração. (NR) (Texto atualizado com base no
Art. 2o do Decreto no 80.437, de 28.9.77 - D.O. de 29.9.77).
b) (Revogada pelo Art. 3o do Decreto no 86.027, de 27.5.81 - D.O. de 28.5.81).
c) (Revogada pelo Art. 3o do Decreto n o 86.027, de 27.5.81 - D.O. de 28.5.81).
d) expedido o decreto, será o expediente restituído diretamente ao Ministério ou
repartição de origem, a fim de que o respectivo Ministro ou dirigente, em solenidade revestida de
ampla divulgação, proceda à entrega ao funcionário da medalha a que fez jus.
Art. 2 o Fica revogado o parágrafo único do artigo 3 o do Decreto no 51.061, de 27 de
julho de 1961.
Art. 3 o O presente decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Brasília, 21 de dezembro de 1964; 143o da Independência e 76 o da República.

H. CASTELLO BRANCO
Milton Soares Campos
Arthur da Costa e Silva
A. B. L. Castello Branco

174
Otávio Gouveia de Bulhões
Juarez Távora
Hugo de Almeida Leme
Flávio Lacerda
Arnaldo Sussekind
Márcio de Souza e Mello
Raimundo Brito
Daniel Faraco
Mauro Thibau
Roberto de Oliveira Campos
Oswaldo Cordeiro de Farias

(D.O. de 22.12.1964)

175
Desenho da Medalha-Prêmio para os Funcionários Civis
do Poder Executivo

176
DECRETO No 86.027, DE 27 DE MAIO DE 1981

Delega competência para concessão da Medalha-


Prêmio instituída pelo Decreto no 51.061, de 27
de julho de 1961, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo


81, item III, da Constituição, e de acordo com o artigo 12 do Decreto-Lei 200, de 1967,
D E C R E T A:
Art. 1 o É delegada competência aos Ministros de Estado e dirigentes de órgãos da
Presidência da República para concessão da Medalha instituída pelo Decreto no 51.061, de 27 de
julho de 1961, destinada a premiar servidores civis com 50 (cinqüenta) anos de serviço público sem
falta grave.
Parágrafo único.- Na concessão da Medalha-Prêmio a que se refere este artigo, serão
observadas as normas previstas no Decreto instituidor, complementadas pelo Decreto no 55.249, de
21 de dezembro de 1964.
Art. 2 o A Medalha de que trata este Decreto será cunhada pela Casa da Moeda do
Brasil, correndo a despesa por conta do órgão ou entidade a que pertença o servidor.
Art. 3 o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as letras
“b” e “c”, item III, do artigo 1o do Decreto no 55.249, de 21 de dezembro de 1964, e demais
disposições em contrário.

Brasília, 27 de maio de 1981; 160o da Independência e 93o da República.

JOÃO FIGUEIREDO
Ibrahim Abi-Ackel
Ernane Galvêas

(D.O. de 28.05.1981)

177
FOTO DO DISTINTIVO DE MEMBRO
HONORÁRIO DA
FORÇA AÉREA BRASILEIRA

Foto : Distintivo de Membro Honorário da Força Aérea Brasileira

178
PORTARIA No 840/GC3, DE 29 DE AGOSTO DE 2006.

Dispõe sobre o Título Honorífico “Membro


Honorário da Força Aérea Brasileira e aprova
as Instruções que regulam a concessão do
Título Honorífico “Membro Honorário da
Força Aérea Brasileira”.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o previsto nos


incisos I e XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo
Decreto nº 5.196, de 26 de agosto de 2004, resolve:
Art. 1 o Manter instituído o título honorífico “Membro Honorário da Força Aérea
Brasileira”, com a finalidade de distinguir civis e militares da reserva, brasileiros ou estrangeiros,
estranhos aos quadros do Comando da Aeronáutica, que tenham prestado serviços à Aeronáutica
brasileira.
Art. 2 o O título honorífico “Membro Honorário da Força Aérea Brasileira” é
representado pelo diploma anexo.
Art. 3 o É permitida a concessão de diploma de “Amigo da Força”, “Membro” ou
similar pelas Organizações Militares isoladas.
Art. 4 o Aprovar as instruções que regulam a concessão do Título Honorífico
“Membro Honorário da Força Aérea Brasileira”.
Art. 5 o Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6 o Revoga-se a Portaria no 787/GM3, de 11 de agosto de 1995, publicada no
Diário Oficial da União no 155, de 14 de agosto de 1995, Seção I.

Ten Brig Ar LUIZ CARLOS DA SILVA BUENO


Comandante da Aeronáutica

(Publicada no BCA no 166, de 04.9.2006)

179
INSTRUÇÃO PARA A CONCESSÃO DO TÍTULO HONORÍFICO

“MEMBRO HONORÁRIO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA”


CAPÍTULO I
Disposições Preliminares

Seção I
Finalidade

Art. 1 o A presente Instrução tem por finalidade estabelecer regras e procedimentos


para concessão do título de Membro Honorário da Força Aérea Brasileira.
Seção II
Conceituação

Art. 2 o Membro Honorário da Força Aérea - Diploma expedido pelo Estado-Maior


da Aeronáutica, pelos Comandos Aéreos Regionais e pelo Gabinete do Comandante, acompanhado
de respectivo distintivo, pelo qual o Comando da Aeronáutica confere a determinado cidadão o
título de Membro Honorário.
Seção III
Objetivo

Art. 3 o A concessão desse diploma tem por objetivo homenagear cidadão que, por
sua atividade ou interesse por assuntos da Força Aérea Brasileira, presta valiosa ajuda e prestimosa
cooperação às organizações do Comando da Aeronáutica.
CAPÍTULO II
Concessão, Seleção e Outorga

Seção
I Concessão

Art. 4 o O diploma de que trata o art. 2 o poderá ser concedido a civis e militares da
reserva, brasileiros ou estrangeiros estranhos aos quadros do Comando da Aeronáutica.

Parágrafo único. Caberá ao Adido Aeronáutico e ao Comandante da OM interessada


encaminhar as propostas ao EMAER e aos COMAR, respectivamente, dos indicados a serem
distinguidos.

Art. 5 o O diploma “Membro Honorário da Força Aérea Brasileira” será concedido


por ato do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, com relação às solicitações dos Adidos
Aeronáuticos, por ato dos Comandantes dos Comandos Aéreos Regionais em cuja jurisdição estiver
localizada a Organização Militar que fez a indicação e pelo Chefe do Gabinete do Comandante, não
podendo exceder ao limite de
5 (cinco) para cada Adidância ou OM indicante.

Parágrafo único. O ato de concessão deverá ser publicado em Boletim do Estado-


Maior da Aeronáutica, do Comando Aéreo Regional respectivo e do Gabinete do Comandante.

180
Seção II
Seleção e Outorga

Art. 6 o O Estado-Maior da Aeronáutica, os Comandos Aéreos Regionais e o


Gabinete do Comandante, deverão constituir uma Comissão Interna composta de no mínimo 3 (três)
e no máximo
5 (cinco) oficiais, para escolha das personalidades a serem homenageadas.

Art. 7 o A solenidade de entrega dos diplomas deverá ser realizada na Semana da Asa
ou no dia do aniversário da Organização, desde que não seja na mesma solenidade de condecoração
da Ordem do Mérito Aeronáutico.

Parágrafo único. Na sede das Adidâncias, o disposto neste artigo será aplicado dentro
das possibilidades.
CAPÍTULO II
Disposições Finais

Art. 8 o Cabe à Organização que conceder o diploma manter um arquivo com o Livro
de Atas da Comissão, bem como as fichas de dados biográficos dos agraciados, cujas cópias devem
ser enviadas à Secretaria dos Conselhos e Comissões do Gabinete do Comandante até 10 (dez) dias
após publicação em Boletim Interno da Organização.

Art. 9 o A presente Instrução aplica-se a todas as Organizações do Comando da


Aeronáutica.

Art.10. Os modelos de Diploma, de Ficha de Dados Biográficos e do Broche


constituem anexos à presente Instrução.

Art. 11. Os casos não previstos serão submetidos à apreciação do Comandante da


Aeronáutica.

Ten Brig Ar LUIZ CARLOS DA SILVA BUENO


Comandante da Aeronáutica

181
Anexo 1

BROCHE (METALOGRAMIA)

Membro Honorário da Força Aérea Brasileira

182
Anexo 2

Ficha de Dados Biográficos

MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

Membro Honorário
da Força Aérea Brasileira
Dados Biográficos
NOME COMPLETO:

NATURALIDADE: NASCIMENTO

Atividade exercida

Data da concessão OM que concedeu

Motivos que levaram a OM a conceder o Diploma

Local e data Cmt da OM

183
Anexo 3

Modelos de Diploma

184
PORTARIA No 423/GC3, DE 24 DE MARÇO DE 2017.

Dispõe sobre o “Prêmio Força Aérea Brasileira”.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA , de conformidade com o previsto nos


Incisos I e XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo
Decreto nº 6.834, de 30 de abril de 2009, e considerando o que consta do Processo nº
67000.002668/2017-19, resolve:

Art. 1º Conceder o “Prêmio Força Aérea Brasileira” aos Cadetes e Alunos


brasileiros, primeiros colocados na classificação geral do Curso/Estágio de
Formação/Adaptação de Oficiais e de Sargentos do Comando da Aeronáutica, de acordo com os
critérios de avaliação de cada Organização de Ensino, independente, quando houver, de
Especialidade.

Art. 2º Para fins desta Portaria, são consideradas Organizações de Ensino do


Comando da Aeronáutica:

I - De Formação/Adaptação de Oficiais:
a) Academia da Força Aérea (AFA);
b) Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); e
c) Centro de Instrução de Adaptação da Aeronáutica (CIAAR).
II - De Formação/Adaptação de Sargentos:
a) Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR).

Art. 3º A informação do nome do agraciado, a cargo das Organizações de Ensino


citadas no art. 2º, deverão dar entrada no Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS),
com antecedência mínima de sete dias úteis da data da cerimônia de entrega do Prêmio, para
que sejam tomadas as providências necessárias.

Art. 4º O DEPENS submeterá a indicação de que trata o art. 3º à apreciação do


Comandante da Aeronáutica, por intermédio do Gabinete do Comandante da Aeronáutica
(GABAER), para a expedição da Portaria de concessão do Prêmio.

Art. 5º O Prêmio a que se refere o art. 1º será entregue pelo Comandante da


Aeronáutica, ou Oficial por ele designado, por ocasião da solenidade de conclusão do
Curso/Estágio, e constará de uma placa contendo a inscrição “Prêmio Força Aérea Brasileira”, o
nome da Organização Militar onde o agraciado realizou o seu Curso/Estágio, o nome do
Curso/Estágio, o nome do agraciado e a data da formatura.

Art. 6º Conceder o “Prêmio Força Aérea Brasileira” aos Cadetes e Alunos das
Forças Aéreas de Nações Amigas, primeiros colocados do Curso de Formação de Oficiais
Aviadores e de Sargentos Especialistas, ou que se destacarem no estudo do Brasil ou da Força
Aérea Brasileira, nos cursos realizados em seus respectivos países, que constará,
respectivamente, de Brevê de Oficial Aviador da Força Aérea Brasileira e de Brevê de
Especialista da Força Aérea Brasileira.

185
Art. 7º O Prêmio a que se refere o art. 6º será entregue pelo Adido Militar
Aeronáutico Brasileiro ou, na sua inexistência, por representante designado pelo Comandante
da Aeronáutica, por ocasião da solenidade de conclusão dos cursos nas respectivas escolas.

Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua aprovação.

Art. 9º Revoga-se a Portaria nº 467/GC3, de 27 de junho de 2008, publicada no


BCA nº 123, de 2 de julho de 2008.

Ten Brig Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO


Comandante da Aeronáutica
(BCA no 051, de 29 MAR 2017)

186
PORTARIA DEPENS No 139/DE-6, DE 09 DE NOVEMBRO DE 1993

Cria, no âmbito do Departamento de Ensino da


Aeronáutica, os Prêmios ACADEMIA DA
FORÇA AÉREA, Tenente-Brigadeiro-Intendente
JOSÉ EPAMINONDAS DE AQUINO GRANJA
e Marechal-do-Ar HENRIQUE RAYMUNDO
DYOTT FONTENELLE.

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE ENSINO DA


AERONÁUTICA, tendo em vista o que preceitua o disposto no inciso 3, artigo 4o, da Portaria no
552/GM3, de 25 ago. 1988,
R E S O L V E:
Art. 1 o Criar, no âmbito do Departamento de Ensino da Aeronáutica, os Prêmios:
I - ACADEMIA DA FORÇA AÉREA, como distinção para o primeiro colocado no
Curso de Formação de Oficiais Aviadores, com as seguintes características: Espada de Oficial da
Aeronáutica, tendo na lâmina gravado o literal “1 o lugar”, a sigla CFOAv e o posto, a especialidade
e o nome completo do premiado;
II - Tenente-Brigadeiro-Intendente JOSÉ EPAMINONDAS DE AQUINO GRANJA,
como distinção para o primeiro colocado no Curso de Formação de Oficiais Intendentes, com as
seguintes características: Espada de Oficial da Aeronáutica, tendo na lâmina gravado o literal “1 o
lugar”, a sigla CFOInt e o posto, a especialidade e o nome completo do premiado; e
III - Marechal-do-Ar HENRIQUE RAYMUNDO DYOTT FONTENELLE, como
distinção para o primeiro colocado no Curso de Formação de Oficiais de Infantaria da Aeronáutica,
com as seguintes características: Espada de Oficial da Aeronáutica, tendo na lâmina gravado o
literal “1 o lugar”, a sigla CFOInf e o posto, a especialidade e o nome completo do premiado.
Art. 2 o A Academia da Força Aérea estabelecerá os critérios e demais dispositivos
que regulamentam a concessão e os prêmios criados por esta Portaria.

Ten.-Brig.-do-Ar ULYSSES PINTO CORRÊA NETTO


Diretor-Geral do DEPENS

(Bol. Ext. Ost. DEPENS no 045, de 11.11.1993)

187
PORTARIA No 441/GC3, DE 20 DE JULHO DE 2000

Estabelece critérios para a concessão de citações


meritórias a militares e Organizações da
Aeronáutica.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, no uso da atribuição que lhe confere o


art. 19 da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, e considerando o que consta do Processo
nº 00-08/C-584/2000, resolve:
Art. 1 o Determinar que o reconhecimento de ações praticadas pelo pessoal militar da
Aeronáutica, às quais deva ser conferido o destaque através da concessão de citações meritórias,
seja efetuado de acordo com o previsto nesta Portaria.
Art. 2 o São competentes para a concessão de citações meritórias as autoridades
constantes do inciso I e letras “a” e “b” do inciso II, do art. 42, do Regulamento Disciplinar da
Aeronáutica (RDAER), aprovado pelo Decreto nº 76.322, de 22 de setembro de 1975.
Art. 3 o A concessão de citações meritórias obedecerá aos seguintes critérios:
I – Elogio:
a) atos de bravura;
b) desempenho excepcional na execução de uma tarefa cuja relevância para o
Comando da Aeronáutica mereça permanecer registrada;
c) prática de ações sob condições árduas, onde fique evidenciada extraordinária
competência profissional;
d) excepcional desempenho, quando representando a Aeronáutica em quaisquer
eventos nacionais ou internacionais; ou
e) elaboração de trabalho escrito, por iniciativa própria, que contribua de maneira
decisiva para o desempenho da Aeronáutica.
II – Louvor:
a) por doação voluntária de sangue, nos termos da Lei no 1.075, de 27 de março de
1950.
III – Referência Elogiosa:
a) quando o militar se destacar entre seus pares pelo seu desempenho funcional.
Será efetuada verbalmente, no âmbito do Órgão ou Organização do militar.
§ 1 o As autoridades constantes da letra “b”, do inciso II, do art. 42, do RDAER, cujo
posto seja inferior ao de Brigadeiro, deverão, antes de conceder o elogio, submetê-lo à avaliação e
aprovação do Oficial-General da cadeia de comando a qual pertencer o militar indicado à citação
meritória.
§ 2 o O elogio deverá ser publicado em Boletim Interno da Organização Militar e
constar dos assentamentos do militar.
Art. 4 o Fica proibido o elogio coletivo. Fica proibido, também, o elogio individual
por ocasião de passagem de Comando, Chefia ou Direção, ou ainda, por transferência do militar.
Parágrafo único. Quando os militares integrantes de Organização da Aeronáutica
demonstrarem excepcional desempenho sob condições extremas, poderá a Organização, como um
todo, receber a citação meritória que constará do seu histórico e não dos assentamentos militares
dos seus integrantes.
Art. 5 o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6 Revoga-se a Portaria no 064/GM3, de 23 de janeiro de 1996.

CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA


Comandante da Aeronáutica
(D.O. de 21.07.2000)
188
MEDALHAS COMEMORATIVAS
 Primeira Jornada do Serviço de Saúde da Aeronáutica
 Jubileu do Correio Aéreo Nacional
 Centenário da Observação Aérea
 Primeiro vôo do mais-pesado-que-o-ar
 Fundador do Ministério da Aeronáutica

189
FOTO DAS
MEDALHAS COMEMORATIVAS

Foto : Medalhas Comemorativas da Força Aérea Brasileira


Da esquerda para a direita:

1 a Jornada do Serviço de Saúde da Aeronáutica, Jubileu do Correio Aéreo Nacional,


Primeiro vôo do mais-pesado-que-o-ar, Mérito Santos-Dumont de Bronze e Centenário da
Observação Aérea.

190
AVISO No 9, DE 22 DE JANEIRO DE 1951 (*)

Autoriza o uso da medalha comemorativa da 1 a


Jornada do Serviço de Saúde da Aeronáutica.

De acordo com o estatuído no parágrafo único do Artigo 244 do Regulamento de


Continências, Honras e Sinais de Respeito das Forças Armadas, combinado com a alínea “b” do
Art. 66 do Estatuto dos Militares, autorizo o uso pelo pessoal da Força Aérea Brasileira da medalha
comemorativa da 1a Jornada do Serviço de Saúde da Aeronáutica quando outorgada pela respectiva
Direção Executiva.
Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1951.

Tenente-Brigadeiro-do-Ar ARMANDO F. TROMPOWSKY DE ALMEIDA


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 25.01.1951)

(*) Deixa de constar a Regulamentação da presente medalha por não ter sido publicada no Diário Oficial.

191
DECRETO No 39.354-A, DE 12 DE JUNHO DE 1956

Cria a Medalha Comemorativa do Jubileu do


Correio Aéreo Nacional e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA usando da atribuição que lhe confere o artigo


87, item I, da Constituição, e

Considerando os relevantes serviços prestados à Nação pelo Correio Aéreo Nacional


onde se fundiram o antigo Correio Aéreo Militar, mantido pela então arma de aviação do Exército
Nacional e o Correio Aéreo Naval da Armada Nacional;
Considerando que o papel desempenhado pela mesma instituição nos quadros da
formação do Brasil Contemporâneo legitimado pelos encargos que lhe são atribuídos pela
Constituição Federal, no seu art. 5o, inciso XI;
Considerando os excelentes resultados das missões conferidas ao CAN
expressivamente registrados nas estatísticas homologadas pelo Comando de Transporte Aéreo da
Força Aérea Brasileira e que, por si só, representam documentário vivo de suas benemerências no
desbravamento de rotas aéreas, no apoio efetivo e sistemático às populações brasileiras, as missões
de aproximação continuadas das linhas regulares para países irmãos;
Considerando que, nesta data, completa o Correio Aéreo Nacional vinte e cinco anos
consecutivos de ininterruptos serviços prestados ao Brasil, ao seu povo e ao seu Governo;
D E C R E T A:
Art. 1 o Fica determinada a cunhagem de uma medalha comemorativa desta efeméride
que se denominará “Medalha Comemorativa do Jubileu do CAN”.
Art. 2 o A Medalha Comemorativa do Jubileu do CAN será concedida a Oficiais e
Graduados da Força Aérea Brasileira, na forma do regulamento a ser elaborado por uma Comissão
Especial: a Oficiais e Graduados da Marinha e do Exército e aos civis que tenham, a critério da
mesma Comissão, prestado ao CAN serviços relevantes de natureza administrativa, intelectual ou
prática que justifiquem a sua concessão, extensível, ainda, a estrangeiros.
Art. 3 o A medalha terá forma circular, com diâmetro de 32 mm, reproduzido no
anverso o avião que realizou o primeiro vôo do CAN, entre duas asas estilizadas, lateralmente
dispostas e, no reverso, o distintivo do COMTA, ambos em relevo, conforme desenho em anexo, e
será cunhada em metal nobre, segundo especificações que figurarem na respectiva regulamentação.
§ 1 o A medalha será usada pendente de fita de gorgurão de 35 mm de largura, de cor
azul celeste, com duas listas de cor verde bandeira de 6 mm tendo, sobre as mesmas, friso central de
2 mm de cor ouro velho, dispostas simetricamente no sentido longitudinal e espaçadas, entre si, de
10 mm.
§ 2 o A passadeira será recoberta com a mesma fita da medalha.
Art. 4 o A concessão da medalha ora criada será feita pelo Ministro da Aeronáutica,
mediante proposta de uma Comissão Especial de cinco membros a ser pelo mesmo nomeada.
Art. 5 o As medalhas serão acompanhadas por diplomas, assinados pelo Ministro da
Aeronáutica.
Art. 6 o O Ministro da Aeronáutica baixará instruções estabelecendo os critérios para
concessão da Medalha Comemorativa do Jubileu do CAN.

192
Art. 7 o As despesas decorrentes da execução do presente Decreto correrão por conta
de verba própria do Ministério da Aeronáutica.
Art. 8 o É permitido, com os uniformes militares, o uso da Medalha Comemorativa do
Jubileu do CAN.
Art. 9 o O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 12 de junho de 1956; 135o da Independência e 68 o da República.

JUSCELINO KUBITSCHEK
Henrique Fleiuss

(D.O. de 11.07.1956)

193
Falta o Desenho da Medalha Comemorativa do Jubileu
do CAN (Anverso e Reverso)

194
PORTARIA No 1081/GM2, DE 13 DE NOVEMBRO DE 1961

Designa Comissão Especial para elaborar as


Instruções definitivas à concessão da Medalha
Comemorativa do Jubileu do CAN.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o disposto nos


o o
arts. 2 e 6 do Decreto número 39.354-A, de 12 de junho de 1956,
R E S O L V E:
Art. 1o Designar a seguinte Comissão Especial para, no prazo de 30 dias, elaborar as
Instruções definitivas à concessão da Medalha Comemorativa do Jubileu do CAN:
Presidente: Tenente-Brigadeiro-do-Ar Armando de Souza e Mello Ararigbóia, Chefe
do Estado-Maior da Aeronáutica;
Membros: Brigadeiro-do-Ar Martinho Cândido dos Santos, Comandante do
COMTA;
Brigadeiro-do-Ar Ary Presser Bello, Chefe do Gabinete do Ministro da Aeronáutica;
Coronel-Aviador Junot Fernandes Monteiro, Chefe do Gabinete da Diretoria do
Pessoal da Aeronáutica;
Secretário: Tenente-Coronel-Aviador Fernando Henrique Marques Palermo, Chefe
da Seção de Relações Públicas do Gabinete do Ministro da Aeronáutica.

Major-Brigadeiro-do-Ar CLÓVIS MONTEIRO TRAVASSOS


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 20.11.1961)

195
PORTARIA No 466/GMRP, DE 21 DE MAIO DE 1965

Cria uma Comissão Especial para apreciar e


propor a concessão da Medalha Comemorativa do
Jubileu do Correio Aéreo Nacional.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o art. 4o do


o
Decreto n 39.354-A, de 12 de junho de 1956,

R E S O L V E:

— Criar uma Comissão Especial composta dos Major-Brigadeiro-do-Ar Gabriel


Grun Moss, Coronéis-Aviadores — Mário Soares Castello Branco, Roberto Augusto Carrão de
Andrade, Guido Jorge Moassab e Tenente-Coronel-Aviador Edílio Ramos Figueiredo, para, sob a
presidência do primeiro, sem prejuízo do serviço, apreciar e propor a concessão da Medalha
Comemorativa do Jubileu do Correio Aéreo Nacional.
Rio de Janeiro, 21 de maio de 1965.

EDUARDO GOMES
Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 14.06.1965)

196
PORTARIA No 32/SCC, DE 17 DE MAIO DE 1973

Estabelecer que a partir da presente data não será


mais concedida a Medalha Comemorativa do
Jubileu do Correio Aéreo Nacional.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o artigo 6 o do


Decreto número 39.354-A, de 12 de junho de 1956, e
— Considerando que a Medalha Comemorativa do Jubileu do Correio Aéreo
Nacional foi criada com a finalidade principal de se comemorar aquela efeméride;
— Considerando que já foram atingidos os objetivos comemorativos do Jubileu do
Correio Aéreo Nacional, ocorrido em 12 de junho de 1956,
R E S O L V E:
Art. 1 o Estabelecer que a partir da presente data não será mais concedida a Medalha
Comemorativa do Jubileu do Correio Aéreo Nacional, de que trata o Decreto no 39.354-A, de 12 de
junho de 1956.

JOELMIR CAMPOS DE ARARIPE MACEDO


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 08.06.1973)

197
PORTARIA No 398, DE 13 DE AGOSTO DE 1956

Cunhagem de Medalha comemorativa do


primeiro vôo do mais-pesado-que-o-ar.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, com o objetivo de assegurar à


posteridade a evocação das homenagens cívicas prestadas ao Tenente-Brigadeiro-do-Ar Alberto
Santos-Dumont, Pai da Aviação, por ocasião do cinqüentenário do 1o vôo do mais-pesado-que-o-ar,
R E S O L V E:
Determinar a cunhagem da medalha comemorativa desta efeméride, como
homenagem do Ministério da Aeronáutica, aos feitos deste ínclito brasileiro, que, pelo seu
patriotismo soube, bem alto, conduzir a Bandeira do Brasil.
A medalha será conferida às autoridades, instituições e cidadãos, civis ou militares,
que, a juízo de uma Comissão Especial nomeada pelo Ministro da Aeronáutica, tenham prestado,
diretamente, em qualquer ponto do território nacional, cooperação eficaz em prol do maior brilho e
melhor realização das solenidades glorificadoras do Pai da Aviação, durante o transcurso do Ano
Santos-Dumont.
A medalha será acompanhada do respectivo certificado, assinado pelo Ministro da
Aeronáutica e pelo Presidente da Comissão Especial, e terá as seguintes características:
I - De bronze oxidado, de forma circular com 50 mm de diâmetro.
II - Anverso:
Alegoria alusiva à data:
a) Na base da medalha, ostentando a palma, uma figura simboliza a Vitória Alada,
em perfil voltado para a esquerda e contempla a realização dos sonhos de Alberto Santos-Dumont,
o qual voando no seu famoso 14-Bis, sagrou-se o Pai da Aviação;
b) Um listel com a inscrição — Cinqüentenário do 1 o Vôo do mais-pesado-que-o-ar
— emoldura a parte superior num arco da direita para a esquerda;
c) No segundo plano, entre a figura Alada e a Palma, em uma linha horizontal, as
eras 1906-1956.
III - Reverso:
a) Emoldurando o semicírculo superior a seguinte inscrição: “Homenagem do
Ministério da Aeronáutica”;
b) Ao centro, sobre um esplendor, a insígnia da Aeronáutica;
c) sobre o semicírculo inferior, uma costela contém a legenda seguinte, em quatro
linhas a saber: “Ao Pai da Aviação — “Alberto” — “Santos-Dumont” — “23-10-1956”;
d) Ramos de louros surgem por detrás da cartela, um à direita e outro à esquerda,
completando, assim, a ornamentação da medalha.
As medalhas serão cunhadas, exclusivamente, pela Casa da Moeda.

Brigadeiro-do-Ar HENRIQUE FLEIUSS


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 23.08.1956)

198
Desenho da Medalha Comemorativa do Primeiro Vôo
do MAIS-PESADO-QUE-O-AR (Anverso e Reverso)

199
DECRETO No 60.768, DE 29 DE MAIO DE 1967

Considera data festiva da Força Aérea Brasileira


o dia 24 de junho e cria a Medalha comemorativa
do Centenário da Observação Aérea e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo


83, item II, da Constituição e

Considerando que o próximo 24 de junho assinala o primeiro centenário da primeira


observação aérea realizada em benefício de tropa brasileira;
Considerando o desenvolvimento técnico já atingido pelos meios de observação
aérea, integrando-os como fator crescentemente positivo quer nas ações isoladas da Força Aérea
quer no âmbito das ações conjugadas;
Considerando o dever de estimular e cultuar as ações de nossos antepassados, como
exemplos objetivos de estímulo a quantos se dedicam a servir a Pátria,
D E C R E T A:
Art. 1 o É considerado data festiva da Força Aérea Brasileira o dia 24 de junho.
Art. 2 o É determinada a cunhagem de Medalha Comemorativa do Centenário da
Observação Aérea.
Art. 3 o A “Medalha Comemorativa do Centenário da Observação Aérea” será
concedida na forma das instruções a serem baixadas pelo Ministro da Aeronáutica.
Art. 4 o A medalha terá as seguintes características:
Medalha circular, de 35 mm de diâmetro, dourada, tendo no anverso, ao centro, um
balão cativo sobre um fundo de nuvens carregado com um leão rompante, encimado por uma coroa
ducal, constante do primeiro quartel do Brasão de Armas do Marechal Duque de Caxias: circulando
a medalha, da direita para a esquerda, a legenda: Centenário da Observação Aérea, e, na base,
também circular, as datas: 1867-1967, separadas por uma estrela. No reverso em toda a sua
plenitude, ao centro o símbolo da Aeronáutica envolvido circularmente, na margem da medalha
pelos seguintes dizeres: Ministério da Aeronáutica e Força Aérea Brasileira separados por duas
estrelas; Pendente de uma fita azul turquesa, tendo ao centro uma listra de 5 mm de largura e, ainda
debruada de verde amarelo, caracterizando as cores nacionais e as cores da Aeronáutica. Entre a fita
e a medalha um suporte constituído de duas asas estilizadas.
Art. 5 o As despesas decorrentes da execução do presente decreto correrão por conta
de verba própria do Ministério da Aeronáutica.
Art. 6 o O presente decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Brasília, 29 de maio de 1967; 146o da Independência e 79o da República.

A. COSTA E SILVA
Márcio de Souza e Mello
(D.O. de 30.05.1967)

200
Desenho da Medalha Comemorativa do Centenário da
Observação Aérea (Anverso e Reverso)

201
PORTARIA No 038/GM7, DE 14 DE JUNHO DE 1967.

Baixa as Instruções que devem reger a concessão


da Medalha Comemorativa do Centenário da
Observação Aérea.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, no uso das atribuições que lhe


confere o art. 2o do Decreto-Lei número 2.961, de 20 de janeiro de 1941, e de acordo com o
determinado no art. 3 o do Decreto no 60.768, de 29 de maio de 1967,
R E S O L V E:
Art. 1 o A “Medalha Comemorativa do Centenário da Observação Aérea”,
obedecendo ao disposto no Decreto no 60.768, de 29 de maio de 1967, será concedida por ato do
Ministro da Aeronáutica, mediante proposta de um Conselho Especial, por ele nomeado.
Art. 2 o As Conselho deverão ser encaminhadas as indicações devidamente
fundamentadas, feitas até 22 de maio de cada ano, pelos oficiais-generais em função ou pelos
oficiais no exercício de função privativa de oficial-general.
Parágrafo único. Cada oficial-general poderá fazer, anualmente, um máximo de três
indicações.
Art. 3 o A Medalha Comemorativa do Centenário da Observação Aérea, a critério do
Conselho, deverá ser outorgada aos que participem efetivamente ou concorram para as solenidades
comemorativas, bem como aos civis e militares que se tenham destacado ou cooperado para o justo
enaltecimento dos feitos gloriosos e dos fatos marcantes da vida da Força Aérea Brasileira.
Art. 4 o A Medalha será acompanhada de diploma, assinado pelo Ministro da
Aeronáutica e pelo Secretário do Conselho previsto anteriormente.
Art. 5 o Anualmente, no “Dia da Observação Aérea”, será feita a entrega da “Medalha
Comemorativa do Centenário da Observação Aérea” aos que, no transcurso do ano, tenham se
destacado na atividade específica ou tenham concorrido, efetivamente, para a merecida exaltação
das realizações da Força Aérea Brasileira.
Art. 6 o Desde que abrangidos pelo disposto no art. 3 o os estrangeiros, civis ou
militares poderão ser agraciados com a “Medalha”.
Art. 7 o No corrente ano, excepcionalmente, será dispensado o pronunciamento do
Conselho previsto no art. 1 o.
Art. 8 o Esta Portaria entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

MÁRCIO DE SOUZA E MELLO


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 20.06.1967)

202
PORTARIA S/No/GMRP, DE 30 DE ABRIL DE 1968.

Cria um Conselho Especial para apreciar e propor


a concessão da Medalha Comemorativa do
Centenário da Observação Aérea.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o disposto no


artigo primeiro da Portaria número 038/GM7, de 14 de junho de 1967,
R E S O L V E:
a) criar um Conselho Especial, composto dos Tenente-Brigadeiro Carlos Alberto
Huet de Oliveira Sampaio, Major-Brigadeiro Manoel José Vinhaes e Brigadeiro João Paulo Moreira
Burnier para, sob a presidência do Ministro da Aeronáutica, e sem prejuízo do serviço, apreciar e
propor a concessão da “Medalha Comemorativa do Centenário da Observação Aérea”;
b) tornar insubsistente a Portaria de 6 de março de 1968, publicada no Diário Oficial
do dia 13 do mesmo mês e ano.

MÁRCIO DE SOUZA E MELLO


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 10.05.1968)

203
PORTARIA S/No GMRP, DE 06 DE MARÇO DE 1968

Cria uma Comissão Especial para apreciar e


propor a concessão da Medalha Comemorativa do
Centenário da Observação Aérea.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o disposto no


artigo 1 da Portaria no 38/GM7, de 14 de junho de 1967,
o

R E S O L V E:
Criar uma Comissão Especial, composta dos Tenente-Brigadeiro Carlos Alberto
Huet de Oliveira Sampaio, Major-Brigadeiro Manoel José Vinhaes e Brigadeiro José Vaz da Silva
para, sob a presidência do Ministro da Aeronáutica e sem prejuízo do serviço apreciar e propor a
concessão da “Medalha Comemorativa do Centenário da Observação Aérea”.

MÁRCIO DE SOUZA E MELLO


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 13.03.1968)

204
PORTARIA No 31/SCC, DE 17 DE MAIO DE 1973

Estabelece que a partir da presente data não será


mais concedida a Medalha Comemorativa do
Centenário da Observação Aérea.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o artigo 3 o do


Decreto número 60.768, de 29 de maio de 1967, e
— Considerando que a Medalha Centenário da Observação Aérea foi cunhada com a
finalidade principal de premiar os que participaram efetivamente ou concorreram para o bom êxito
das solenidades comemorativas daquela efeméride; e
— Considerando que já foram atingidos os objetivos comemorativos do Centenário
da Observação Aérea, ocorrido em 24 de junho de 1967,
R E S O L V E:
Art. 1 o Estabelecer que a partir da presente data não será mais concedida a Medalha
Comemorativa do Centenário da Observação Aérea, de que trata o Decreto número 60.768, de 29
de maio de 1967.

JOELMIR CAMPOS DE ARARIPE MACEDO


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 08.06.1973)

205
PORTARIA No 261/GM3, DE 06 DE MAIO DE 1991

Institui título honorífico “Fundador do Ministério


da Aeronáutica”.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o disposto no


inciso II, do Parágrafo único do artigo 87 da Constituição,
R E S O L V E:
Art. 1 o Instituir o título honorífico “Fundador do Ministério da Aeronáutica”,
comemorativo do cinqüentenário do Ministério.
Art. 2o Fica criado o diploma de Fundador do Ministério da Aeronáutica,
representativo do título honorífico previsto no artigo anterior, conforme modelo anexo.
Art. 3o O título honorífico “Fundador do Ministério da Aeronáutica” destina-se a
distinguir e homenagear os fundadores do Ministério, e cujo diploma representativo será concedido
pelo Ministro da Aeronáutica.
Art. 4 o Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação e será
automaticamente revogada em 20 de janeiro de 1992.

SÓCRATES DA COSTA MONTEIRO


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 08.05.1991)

206
COMPETÊNCIA PARA
CONCESSÃO E PROCESSAMENTO

207
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA AO
COMANDANTE DA AERONÁUTICA

208
DECRETO No 2.790, DE 29 DE SETEMBRO DE 1998

Delega competência aos Ministros de Estado da


Marinha, do Exército, da Aeronáutica e Chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,


inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 11, 12 e 173 do Decreto-Lei no 200,
de 25 de fevereiro de 1967,

DE C R ET A :
Art. 1 o É delegada competência aos Ministros de Estado da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica para, obedecidas e citadas as disposições legais e regulamentares, baixar,
relativamente aos oficiais e às praças da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, respectivamente,
os seguintes atos de:

................................................................................................................................................................
...
XIII - concessão de condecorações destinadas a: recompensar bons serviços
militares, contribuição ao esforço nacional de guerra, reconhecer serviços prestados às Forças
Armadas, reconhecer a dedicação à profissão e o interesse pelo seu aprimoramento e premiar a
aplicação aos estudos militares ou à instrução militar, conforme classificação contida no Decreto no
40.556, de 17 de dezembro de 1956;

................................................................................................................................................................
...
Art. 3 o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4 o Ficam revogados os Decretos no 61.464, de 4 de outubro de 1967, no 90.893,


de 4 de fevereiro de 1985, no 98.333, de 24 de outubro de 1989, no 98.365, de 7 de novembro de
1989, no 99.417, de 26 de julho de 1990, no 891, de 11 de agosto de 1993, e o parágrafo 1 o do art. 1 o
do Decreto no 87.215, de 24 de maio de 1982.

Brasília, 29 de setembro de 1998; 177o da Independência e 110 o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Mauro César Rodrigues Pereira
Zenildo de Lucena
Lélio Viana Lôbo
Expedito Hermes Rego Miranda

(D.O. de 30.09.1998)

209
DECRETO No 86.027, DE 27 DE MAIO DE 1981

Delega competência para concessão da Medalha-


Prêmio instituída pelo Decreto no 51.061, de 27
de julho de 1961, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo


81, item III, da Constituição, e de acordo com o artigo 12 do Decreto-Lei 200, de 1967,
D E C R E T A:
Art. 1 o É delegada competência aos Ministros de Estado e dirigentes de órgãos da
Presidência da República para concessão da Medalha instituída pelo Decreto no 51.061, de 27 de
julho de 1961, destinada a premiar servidores civis com 50 (cinqüenta) anos de serviço público sem
falta grave.
Parágrafo único.- Na concessão da Medalha-Prêmio a que se refere este artigo, serão
observadas as normas previstas no Decreto instituidor, complementadas pelo Decreto no 55.249, de
21 de dezembro de 1964.
Art. 2 o A Medalha de que trata este Decreto será cunhada pela Casa da Moeda do
Brasil, correndo a despesa por conta do órgão ou entidade a que pertença o servidor.
Art. 3 o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as letras
“b” e “c”, item III, do artigo 1o do Decreto no 55.249, de 21 de dezembro de 1964, e demais
disposições em contrário.

Brasília, 27 de maio de 1981; 160o da Independência e 93o da República.

JOÃO FIGUEIREDO
Ibrahim Abi-Ackel
Ernane Galvêas

(D.O. de 28.05.1981)

210
DECRETO Nº 8.798, DE 4 DE JULHO DE 2016

Delega competência ao Ministro de Estado da Defesa e aos


Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
para a edição de atos relativos a pessoal militar.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de Presidente da


República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da
Constituição,

DECRETA:

Art. 1º Fica delegada competência aos Comandantes da Marinha, do Exército e da


Aeronáutica para editar, relativamente aos oficiais e às praças dos respectivos Comandos, os
seguintes atos:

I - transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e


subalternos;
II - reforma de oficiais da ativa e da reserva e de oficial-general da ativa após este ser
exonerado ou dispensado do cargo ou comissão pelo Presidente da República;
III - demissão a pedido, ex officio ou em virtude de sentença transitada em julgado de
oficiais superiores, intermediários e subalternos;
IV - promoção aos postos de oficiais superiores;
V - promoção post mortem de oficiais superiores, intermediários e subalternos;
VI - agregação ou reversão de militares;
VII - designação e dispensa de militares para missão de caráter eventual ou transitória no
exterior;
VIII - nomeação e exoneração de militares, exceto oficiais-generais, para cargos e comissões
no exterior criados em ato do Presidente da República;
IX - nomeação e exoneração de membros efetivos e suplentes das respectivas comissões de
promoções de oficiais;
X - nomeação ao primeiro posto de oficiais dos diversos corpos, quadros, armas e serviços;
XI - nomeação de capelães militares;
XII - melhoria ou retificação de remuneração de militares na inatividade, inclusive de
auxílio invalidez, quando o ato inicial não houver sido regulado por ato do Presidente da República;
XIII - concessão de condecorações destinadas a militares, observada a classificação contida
no Decreto nº 40.556, de 17 de dezembro de 1956, destinadas a:
a) recompensar bons serviços militares;
b) recompensar a contribuição ao esforço nacional de guerra;
c) reconhecer serviços prestados às Forças Armadas;
d) reconhecer a dedicação à profissão e o interesse pelo seu aprimoramento; e
e) premiar a aplicação aos estudos militares ou à instrução militar;
XIV - concessão de pensão a beneficiários de oficiais, conforme o disposto no Decreto nº
79.917, de 8 de julho de 1977;
XV - execução do disposto no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
XVI - exclusão de praças do serviço ativo; e
XVII - autorização de oficial para ser nomeado ou admitido para cargo, emprego ou função
pública civil temporária, não eletiva, inclusive da administração indireta.
Parágrafo único. Ao Ministro de Estado da Defesa é delegada competência para editar,
relativamente aos militares em serviço no Ministério da Defesa, os atos a que se referem os incisos
VII e VIII do caput.
Art. 2º Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ficam autorizados
a editar, no âmbito dos respectivos Comandos:

211
I - os atos regulamentares sobre organização, permanência, exclusão e transferência de
corpos, quadros, armas, serviços e categorias de oficiais superiores, intermediários e subalternos; e
II - os atos complementares necessários para a execução deste Decreto.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Fica revogado o Decreto nº 8.515, de 3 de setembro de 2015.

Brasília, 4 de julho de 2016; 195º da Independência e 128º da República

MICHEL TEMER
Raul Jungmann

(DOU1, de 05 JUL 2016, Seção 1)

212
SUBDELEGAÇÕES DE COMPETÊNCIA
PELO COMANDANTE DA AERONÁUTICA

213
PORTARIA No 681/SCC, DE 03 DE NOVEMBRO DE 1988

Subdelega competência ao Comandante-Geral do


Pessoal para despachar, em caráter final, os
processos relativos à Medalha Militar.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o disposto nos


artigos 11 e 12 do Decreto-Lei número 200, de 25 de fevereiro de 1967, no artigo 1o, item V, do
Decreto número 61.464, de 04 de outubro de 1967, e nos artigos 1o e 6 o do Decreto número 83.937,
de 06 de setembro de 1979,
R E S O L V E:
Art. 1 o Subdelegar competência ao Comandante-Geral do Pessoal, para despachar,
obedecidas e citadas as disposições legais e regulamentares, em caráter final, os processos relativos
à Medalha Militar instituída pelo Decreto número 4.238, de 15 de novembro de 1901,
regulamentada pelo Decreto número 39.207, de 22 de maio de 1956, com as alterações dos
Decretos números 69.313, de 05 de outubro de 1971, 70.751, de 23 de junho de 1972, 88.247, de 22
de abril de 1983 e 91.491, de 26 de julho de 1985, devendo ser publicados em Boletim Externo da
DIRAP, todos os atos relativos a esta subdelegação.
Art. 2 o Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

OCTÁVIO JÚLIO MOREIRA LIMA


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 04.11.1988)

214
PORTARIA COMGEP No 003/EM, DE 04 DE FEVEREIRO DE 1991

Subdelegação de Competência.

O COMANDANTE-GERAL DO PESSOAL, tendo em vista o disposto nos artigos


11 e 12 do Decreto-Lei no 200, de 25 fev. 1967, regulamentado pelo Decreto no 83.937, de 06 set.
1979, e alterado pelos Decretos no 86.377, de 17 set. 1981 e no 88.354, de 06 jun. 1983 e usando da
competência que lhe foi subdelegada pelo Exmo. Sr. Ministro da Aeronáutica, na conformidade da
Portaria no 681/SCC, de 03 nov. 1988,
R E S O L V E:
Art. 1 o Subdelegar competência à Diretoria de Administração do Pessoal, para
despachar, obedecidas e citadas as disposições legais e regulamentares, em caráter final, os
processos relativos à Medalha Militar instituída pelo Decreto no 4.238, de 15 de novembro de 1901,
regulamentada pelo Decreto no 39.207, de 22 maio 1956, com as alterações dos Decretos nos
69.313, de 05 out. 1971; 70.751, de 23 jun. 1972; 88.247, de 22 abr. 1983 e 91.491, de 26 jul. 1985,
exceto os de Oficiais-Generais no posto de Tenente-Brigadeiro, devendo ser publicados em Bol.
Ext. dessa Diretoria, todos os atos relativos a esta subdelegação.
Art. 2 o Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Ten.-Brig.-do-Ar MÁRCIO NÓBREGA DE AYROSA MOREIRA


Comandante-Geral do Pessoal

(Bol. Ext. DIRAP no 20, de 18.02.1991)

215
PORTARIA No 569/GM3, DE 16 DE SETEMBRO DE 1991

Delegação de Competência.

O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, tendo em vista o disposto nos


Art. 11 e 12 do Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentado pelo Decreto no
83.937, de 06 de setembro de 1979, e alterado pelos Decretos no 86.377, de 17 de setembro de 1981
e no 88.354, de 06 de junho de 1983,
R E S O L V E:
Art. 1 o Delegar competência ao COMANDANTE-GERAL DO PESSOAL para
despachar em caráter final, obedecidas as disposições legais e regulamentares, os seguintes
assuntos:
1 -
........................................................................................................................................
16 - autorização para militares da ativa usarem, nos uniformes, condecorações
estrangeiras e condecorações internacionais, na forma dos artigos 3o, 4o e 5o do Decreto no 40.556,
de 17 de dezembro de 1956.
................................................................................................................................................................
...
Art. 4 o Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
Portarias no 380/GM1, de 14 de maio de 1986, no 429/GM1, de 16 de junho de 1989, no 890/GM3,
de 28 de novembro de 1989, no 287/GM3, de 06 de abril de 1990 e demais disposições em
contrário.

SÓCRATES DA COSTA MONTEIRO


Ministro da Aeronáutica

(D.O. de 17.09.1991)

216
DOCUMENTAÇÃO RELACIONADA À
MEDALHÍSTICA

217
Existem diversas publicações relacionadas à Medalhística Aeronáutica. A seguir, são
listadas as mais significativas, com algumas considerações.
Verifique a versão mais atualizada dos documentos.

DECRETO-LEI No 1.001, de 21 de outubro de 1969. Código Penal Militar. Um extrato do CPM é


reproduzido a seguir:
Das Penas Acessórias
Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de
liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos, e importa a perda das condecorações.
---
Do Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou Farda
Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por
menosprezo ou vilipêndio:
Pena — detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da
tropa, ou em público.
---
Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo ou
insígnia de posto ou graduação superior:
Pena — detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, se o fato não constitui crime mais
grave.
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não
tenha direito: (**)
Pena — detenção, até 6 (seis) meses.
---
(**) O Código Penal Militar considera o uso indevido de condecorações, insígnias e distintivos a
quem não tenha direito. Na vida militar o uniforme, as insígnias, as condecorações dão direito a
certas prerrogativas, conferem certos direitos que a disciplina e a subordinação garantem. Assim, o
direito às continências, à obediência e ao respeito ao Oficial são devidas ao militar que se dá a
conhecer pelo seu uniforme, pelas suas insígnias.

DECRETO No 40.556, de 17 de dezembro de 1956. Regula o uso das condecorações nos uniformes
militares e dá outras providências.
Estipula diversas regras para o uso, bem como estabelece a precedência entre as comendas.
Apesar de manter a data de 1956, sofre constantes atualizações. Por exemplo, a Medalha
Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura foi instituída em 2010 e já consta desse Decreto.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D40556.htm.

PORTARIA No 338/GC3, de 22 de março de 2005. Dispõe sobre datas festivas e comemorativas de


interesse do Comando da Aeronáutica e dá outras providências.
Disponível em:
http://www.blaer.intraer/MostrarLegis.asp?Legislacao=6959.pdf&Especie=1&Tipo=90&IdLegis=6
959

PORTARIA NORMATIVA Nº 1.036/MD, de 13 de novembro de 2003. Dispõe sobre a valorização


da Ordem do Mérito da Defesa – OMD. Um extrato da Portaria é apresentado a seguir:

218
Art. 1º Para efeito de valorização do mérito, aos militares condecorados com a Ordem
do Mérito da Defesa será atribuída a pontuação correspondente àquela conferida a Ordem do Mérito
Naval, Militar ou Aeronáutico, nos termos estabelecidos pela respectiva Força Armada.

PORTARIA No 491/SCC, de 15 de julho de 1996. Autoriza o uso de condecorações outorgadas


pelos Governos Estaduais e pelas Polícias Militares aos militares da Aeronáutica. Um extrato da
Portaria é reproduzido a seguir:
Art. 1 o Autorizar o uso de condecorações outorgadas pelos Governos Estaduais e
pelas Polícias Militares aos militares da Aeronáutica.
Art. 2 o Restringir a referida autorização à área da Unidade Federativa outorgante e,
tão-somente, quando o militar estiver participando de solenidade organizada pelo Governo Estadual
ou em visita à Organização Policial Militar que concedeu a condecoração.

RCONT - Portaria Normativa Nº 660/MD, de 19 de maio de 2009. Aprova o Regulamento de


Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas.
Disponível em: https://www.defesa.gov.br/bdlegis/dados_norma.php?numero=660&ano=2009&serie=A.

RCA 35-2 (RUMAER). Estabelece em quais uniformes é previsto o uso de condecorações, bem
como descreve a posição correta em cada um deles.

ICA 900-1 (Cerimonial Militar do Comando da Aeronáutica). Detalha procedimentos para as


cerimônias de imposição das condecorações.
Disponível em :
http://www.blaer.intraer/MostrarLegis.asp?Legislacao=5049.pdf&Especie=2&Tipo=320&IdLegis=5049

LIVRETE “CONDECORAÇÕES NO COMANDO DA AERONÁUTICA”. Apresenta riqueza de


ilustrações quanto ao uso das condecorações pelos militares da Aeronáutica, com representações de
disposição de barretas, medalhas e miniaturas, insígnias de pescoço, placas, faixas e uso de
condecorações por civis masculinos e femininos.
Disponível em: http://www.portal.intraer/portalintraer/capa/index.php?page=medalhas; e
http://www.fab.mil.br/medalhas.

219
ORDEM DE COLOCAÇÃO DE MEDALHAS
E BARRETAS

220
O uso de medalhas e barretas encontra-se regulamentado nas seguintes legislações:
Art. 7 do Decreto no 40.556, de 17 de dezembro de 1956 e RUMAER. Sua disposição ocorre em
o

função da precedência das comendas.


O uso das condecorações estrangeiras encontra-se regulamentado nas seguintes
legislações: Art. 3o, 4o, 5o e parágrafo único, parágrafo 4 o do Art. 9o do Decreto no 40.556, de 17 de
dezembro de 1956 e Portaria COMGEP no 73/5EM, de 14 de agosto de 2008 (autorização de uso).
As ilustrações a seguir apresentam as condecorações mais usuais conferidas a
militares da Aeronáutica. Em caso de dúvida, entre em contato com a Secretaria de Conselhos do
GABAER.

221
ORDEM DE COLOCAÇÃO DAS MEDALHAS - MÁX. 4 POR FILEIRA

Ordem do Ordem do
Ordem do Mérito Ordem do Mérito
Mérito Naval Mérito Militar
da Defesa Aeronáutico
(1) (1)

Ordem de Ordem do Mérito Medalha da Medalha Militar


Rio Branco Judiciário Militar Vitória
(1) (1)

Medalha Mérito
Medalha Mérito Operacional Brig Medalha do Medalha Mérito
Santos-Dumont Nero Moura Pacificador Tamandaré
(2) (3) (3)

Medalha-Prêmio
Medalha Força Aérea Medalha-Prêmio Medalha-Prêmio
Bartolomeu de Brasileira Santos-Dumont Salgado Filho
Gusmão

Ordens Medalhas
Estrangeiras Estrangeiras
(4) (5)

.........................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
Conforme art. 9o do Decreto no 40.556, de 17.12.1956.
(1) - Usada por ordem de recebimento, independente de Grau;
(2) - Usada ANTES das de igual categoria da Marinha e Exército;
(3) - Usada por ordem de recebimento;
(4) - Usada após as Medalhas Nacionais; e
(5) - Usada após as Ordens Estrangeiras e, se não houver, após as Medalhas Nacionais.
222
ORDEM DE COLOCAÇÃO DAS BARRETAS – MÁX. 3 POR FILEIRA

Cruz de Bravura Cruz de Sangue

Cruz de Aviação Medalha de Campanha Ordem Nacional do


Fitas A e B na Itália Mérito

Ordem do Mérito da Ordem do Mérito Ordem do Mérito Naval


Defesa Aeronáutico (1)

Ordem do Mérito Militar Ordem de Rio Branco Ordem do Mérito


(1) (1) Judiciário Militar (1)

Medalha Cruz de Medalha da Vitória Medalha Militar


Serviços Relevantes

Medalha de Campanha Medalha Mérito Medalha Mérito


no Atlântico Sul Santos-Dumont (2) Operacional Brig Nero
Moura

Medalha do Pacificador Medalha Mérito Medalha Bartolomeu de


(3) Tamandaré (3) Gusmão

Medalha-Prêmio Força Medalha-Prêmio Medalha-Prêmio


Aérea Brasileira Santos-Dumont Salgado Filho

Ordens Estrangeiras (4) Medalhas Estrangeiras


(5)

(1) - Usada por ordem de recebimento, independente de Grau;

(2) - Usada ANTES das de igual categoria da Marinha e Exército;

(3) - Usada por ordem de recebimento;

(4) - Usada após as Medalhas Nacionais; e

(5) - Usada após as Ordens Estrangeiras e, se não houver, após as


Medalhas Nacionais.

223
CURIOSIDADES

224
CURIOSIDADES

O presidente Getúlio Vargas foi o primeiro Grão-Mestre das Ordens do Mérito


Naval, do Mérito Militar e do Mérito Aeronáutico.
A Cruz de Bravura só foi concedida, até hoje, a cinco oficiais-aviadores brasileiros
que morreram na Campanha da Itália, atacando os objetivos militares; a Cruz de Sangue foi
concedida a treze oficiais-aviadores brasileiros, feridos em combate; e a Cruz de Serviços
Relevantes nunca foi conferida.
A Ordem da Távola Redonda, instituída pelo Rei Arthur em 516, na Inglaterra, tinha
por objetivo estimular o ardor dos oficiais do Rei. Ao ingressarem faziam voto de defender a
Religião e o Estado.
O primeiro registro na Ordem do Mérito Aeronáutico foi o do Major-General do
Exército dos Estados Unidos da América Robert L. Walsh, no grau de Grande-Oficial, por decreto
de 17 de maio de 1944.
O tribuno romano L. Círio Dastalo recebeu 291 condecorações durante sua carreira
militar.
Henry H. Arnold, General do Exército dos Estados Unidos da América, foi o
primeiro militar estrangeiro a receber o grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito Aeronáutico, por
decreto de 03 de maio de 1945.
Deve-se a Debret, um dos integrantes da missão Lebreton, a influência francesa no
desenho das condecorações imperiais brasileiras, em parte semelhantes às napoleônicas.
As medalhas comemorativas, medalhas esportivas e plaquetas não podem ser usadas
nos uniformes militares.
A Ordem Portuguesa de São Tiago da Espada, no Brasil, não foi concedida a nenhum
brasileiro.
O Marechal-do-Ar Márcio de Souza e Mello recebeu a primeira Grã-Cruz da Ordem
do Mérito Aeronáutico, por decreto de 07 de outubro de 1968, e o então Major-Brigadeiro-do-Ar
Armando Figueira Trompowsky de Almeida foi o primeiro a receber o grau de Grande-Oficial, por
decreto de 29 de maio de 1944.
No arquivo do Palácio do Itamaraty, encontra-se o mais velho documento — a
certidão de nascimento — da Ordem Imperial do Cruzeiro: a minuta do rascunho, em doze páginas,
do decreto de criação da Ordem, talvez do próprio punho do Imperador D. Pedro I.
Os astronautas norte-americanos Neil A. Armstrong, Edwin E. Aldrin e Michel
Collins são comendadores da Ordem do Mérito Aeronáutico, assim como o Major da Força Aérea
da antiga União Soviética Yuri Alexevitch Gagarin (primeiro astronauta da história da
humanidade).
A Ordem da Rosa (1829), criada pelo primeiro imperador para "perpetuar a memória
de seu faustosíssimo consórcio com D. Amélia de Leuchtemberg e Eicastaedt", é das mais belas que
se tem notícia.
O único militar da FAB não combatente da 2a Guerra Mundial agraciado com a Cruz
de Sangue foi o 1 o Tenente-Aviador Werther Souza Aguiar Temporal. Em setembro de 1961, no
comando de um avião C-47 da ONU, em missão de paz no Congo (África) foi metralhado por um
avião da província separatista de Katanga; o Ten. Temporal ficou ferido, tendo sido operado no
Hospital da Cruz Vermelha Italiana, em Elisabethville.

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Depois da morte de N. S. Jesus Cristo, alguns fiéis se reuniram e se impuseram a
missão de guardar o Santo Sepulcro. Estes humildes guardas, ao tomarem tal resolução, criaram a
Ordem do Santo Sepulcro, que dura há dezenove séculos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os oficiais aviadores brasileiros que lutavam na
Itália foram várias vezes condecorados, em plena campanha, com as medalhas adotadas nas Forças
Aéreas Aliadas, principalmente na Norte-Americana e na Francesa. O Governo brasileiro resolveu,
então, instituir na Força Aérea Brasileira condecorações semelhantes às adotadas nas principais
Forças Aéreas Aliadas, para ficar em condições de poder, da mesma forma, distinguir os seus
militares.
As condecorações são uma bela invenção, aceita pela maioria dos governos do
mundo para honrar e recompensar a virtude, como um meio de reconhecer o mérito dos homens
raros e excelentes.
A Ordem Imperial do Cruzeiro é a mais antiga das ordens brasileiras e a que mais de
perto fala do nosso patriotismo. Marca a existência do Brasil como nação independente e foi criada
por Decreto de 1o de dezembro de 1822.
As ordens honoríficas são instituições de direito público e o direito de contestação ou
reclamação de suas insígnias deve ser exercido pela própria ordem, como pessoa jurídica, através
dos seus delegados ad hoc, regularmente indicados, ou de quem, explícita ou implicitamente, os
seus estatutos tenham investido dessa atribuição.
Foi fundada em 1120, por alguns cruzados, a ordem hospitalária denominada Ordem
de São Lázaro de Jerusalém, com o objetivo de assistir os peregrinos e cuidar dos leprosos.
Funciona no Ministério das Relações Exteriores a Chancelaria mais antiga das
Ordens Brasileiras: a do Cruzeiro do Sul, criada por Decreto de 1º de dezembro de1822.
Em 1782, George Washington criou a primeira medalha militar dos Estados Unidos,
uma insígnia de tecido púrpura em forma de coração. Em 1932, foi restaurada com o nome de
Coração Púrpura.
As condecorações e medalhas são usadas do lado esquerdo. O costume vem do
tempo das cruzadas, quando os cavaleiros traziam a insígnia de sua Ordem (as Ordens de Cavalaria)
perto do coração. Era, também, porque o escudo ficava no braço esquerdo; e, assim, protegia não
somente o coração, mas a insígnia de honra. Hoje, usam-nas do lado esquerdo, por motivo de ordem
sentimental.
O único agraciado com a Medalha-Prêmio “Salgado Filho”, conferida aos Cadetes de
Intendência ou de Infantaria da Academia da Força Aérea, foi o Brigadeiro-Intendente Ref José
Antônio dos Santos Raposo.

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