Motores Eletricos
Motores Eletricos
Motores Eletricos
Setembro
de 2020
MOTORES ELECTRICOS
EDIÇÃO RMZ
AUTOR: MARITO TONITO MÁRIO
18 DE SETEMBRO DE 2020
Índice:
1 – Motores elétricos.................................................................................. 3
1.1 - Histórico ....................................................................................... 3
1.2 - Universo tecnológico dos motores................................................ 5
1.3 - Componentes dos motores elétricos............................................ 6
1.3.1 - Rotor..................................................................................... 6
1.3.2 - Estator................................................................................... 7
1.3.3 - Mancais................................................................................ 8
1.3.4 - Sistema de refrigeração....................................................... 9
1.3.5 - Sistema de lubrificação....................................................... 9
1.4 - Tipos de motores elétricos............................................................ 10
1.4.1 - Motores síncronos ................................................................ 10
1.4.2 - Motores Assíncronos............................................................ 11
1.5 – Principio de funcionamento dos motores elétricos....................... 12
1.6 – Particularidade dos motores elétricos........................................... 15
1.7 – Motores monofásicos.................................................................... 17
1.7.1 Aplicações do motor monofásico............................................ 17
1.7.2 Principais características dos motores monofásicos............... 17
1.7.3 Motor monofásico de arranque capacitivo.............................. 18
1.8 - Motor assíncrono de indução trifásico.......................................... 21
1.8.1 Considerações gerais.............................................................. 21
1.8.2 Conceito e constituição........................................................... 21
1.8.3 Conjugado............................................................................... 21
1.8.4 Funcionamento........................................................................ 22
1.8.5 Características de motor trifásico........................................... 23
1.9 - Motor de corrente contínua........................................................... 27
1.9.1 Tipos de motor CC ................................................................ 33
1.9.2 Comutação ............................................................................ 35
1.9.3 Reação do induzido ............................................................... 35
1.9.4 Dicas de manutenção ............................................................ 37
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1. Motores Elétricos
1.1 Histórico
O ano de 1866 pode ser considerado, em termos práticos, como o ano de nascimento da
máquina elétrica, pois foi nesta data que o cientista alemão Wemer Siemens inventou o
primeiro gerador de corrente contínua auto-induzido. Entretanto, deve-se mencionar que
esta máquina elétrica, que revolucionou o mundo em poucos anos, foi o último estágio
de um processo de estudos, pesquisas e invenções de muitos outros cientistas, durante
quase três séculos.
Em 1600 o cientista inglês William Gilbert publicou, em Londres, a obra intitulada "De
Magnete", descrevendo a força de atração magnética. O fenômeno da eletricidade
estática já havia sido observado pelo grego Tales, em 641 AC, ele verificou que ao
atritar uma peça de âmbar com pano esta adquiria a propriedade de atrair corpos leves,
como pêlos, penas, cinzas etc.
A primeira máquina eletrostática foi construída em 1663, pelo alemão Otto Guericke, e
aperfeiçoada em 1775 pelo suíço Martin Planta.
O físico dinamarquês Hans Christian Oersted, ao fazer experiências com correntes
elétricas, verificou ao acaso, em 1820, que a agulha magnética de uma bússola era
desviada de sua posição norte-sul quando esta passava perto de um condutor no qual
circulava corrente elétrica. Esta observação permitiu a Oersted reconhecer a íntima
relação entre magnetismo e eletricidade, dando assim o primeiro passo em direção ao
desenvolvimento do motor elétrico.
O sapateiro inglês Williarn Sturgeon - que, paralelamente à sua profissão, estudava
eletricidade nas horas de folga - baseando-se na descoberta de Oersted constatou, em
1825, que um núcleo de ferro envolto por um fio condutor elétrico transformava-se em
imã quando se aplicava uma corrente elétrica, observando também que a força do ímã
cessava tão logo a corrente fosse interrompida. Estava inventando o eletroímã, que seria
de fundamental importância na construção de máquinas elétricas girantes. Mas as
experiências com o magnetismo e a eletricidade não cessaram. Em 1832, o cientista
italiano S. Dal Negro construiu a primeira máquina de corrente alternada com
movimento de vaivém. Já no ano de 1833 o inglês W. Ritchie inventou o comutador,
construindo um pequeno motor elétrico onde o núcleo de ferro enrolado girava em torno
de um imã permanente. Para dar uma rotação completa, a polaridade do eletroímã era
alternada a cada meia volta através do comutador. A inversão da polaridade também foi
demonstrada pelo mecânico
parisiense H. Pixii ao construir um gerador com um imã em forma de ferradura que
girava diante de duas bobinas fixas com um núcleo de ferro. A corrente alternada era
transformada em corrente contínua pulsante através de um comutador.
Grande sucesso obteve o motor elétrico desenvolvido pelo arquiteto e professor de física
Moritz Herrnann Von Jacobi - que, em 1838, aplicou-o a uma lancha.
Somente em 1866 Siemens construiu um gerador sem a utilização de imã permanente,
provando que a tensão necessária para o magnetismo podia ser retirada do próprio
enrolamento do rotor, isto é, que a máquina podia auto-excitar-se.
O primeiro dínamo de Werner Siemens possuía uma potência de aproximadamente 30
watts e uma rotação de 1200rpm. A máquina de Siemens não funcionava somente como
gerador de eletricidade. Podia também operar como motor, desde que se aplicasse aos
seus bornes uma corrente contínua.
2
Em 1879, a firma Siemens & Halske apresentou, na feira industrial de Berlim, a
primeira locomotiva elétrica, com uma potência de 2kW. A nova máquina de corrente
contínua apresentava vantagens em relação à máquina a vapor, à roda d'água e à força
animal. Entretanto, o alto custo de fabricação e sua vulnerabilidade em serviço (por
causa do comutador) marearam-na de tal modo que muitos cientistas dirigiram suas
atenções para o desenvolvimento de um motor elétrico mais barato, mais robusto e de
menor custo de manutenção.
Entre os pesquisadores preocupados com esta idéia destacam-se o iugoslavo
Nicola Tesla, o italiano Galileu Ferraris e o russo Michael Von Dolivo Dobrowolsky.
Os esforços não se restringiram somente ao aperfeiçoamento do motor de corrente
contínua, mas também se cogitou de sistemas de corrente alternada, cujas vantagens já
eram conhecidas desde 1881.
Em 1885, o engenheiro eletricista Galileu Ferraris construiu um motor de corrente
alternada de duas fases. Ferraris, apesar de ter inventado o motor de campo girante,
concluiu erroneamente que motores construídos segundo este princípio poderiam, no
máximo, obter um rendimento de 50% em relação à potência consumida. E Tesla
apresentou, em 1887, um pequeno protótipo de motor de indução bifásico com rotor em
curto-circuito. Também este motor apresentou rendimento insatisfatório, mas
impressionou de tal modo a firma norte-americana Westinghouse, que esta lhe pagou
um milhão de dólares pelo privilégio da patente, além de se comprometer ao pagamento
de um dólar para cada HP que viesse a produzir no futuro. O baixo rendimento deste
motor inviabilizou economicamente sua produção e três anos mais tarde as pesquisas
foram abandonadas.
Foi o engenheiro eletricista Dobrowolsky, da firma AEG, de Berlim, que, persistindo na
pesquisa do motor de corrente alternada entrou, em 1889, com o pedido de patente de
um motor trifásico com rotor de gaiola. O motor apresentado tinha uma potência de 80
watts, um rendimento aproximado de 80% em relação à potência consumida e um
excelente conjugado de partida. As vantagens do motor com rotor de gaiola em relação
ao de corrente contínua eram mercantes: construção mais simples, silencioso, menor
manutenção e alta segurança em operação. Dobrowolsky desenvolveu, em 1891, a
primeira fabricação em série de motores assíncronos, nas potências de 0,4 a 7,5kW.
3
1.2 Universo tecnológico dos motores elétricos:
4
1.3 Componentes dos motores elétricos
1.3.1 Rotor
• Rotor bobinado
5
1.3.2- Estator
É parte fixa do motor e não gira durante o seu funcionamento, nele ficam alojadas as
bobinas de campo. O estator é responsável pela criação de um campo magnético que
influencia o motor. É constituído de um conjunto de chapas de ferro-silício contendo
ranhuras longitudinais. O número de ranhuras varia de acordo com a rotação do motor,
potência e tipo de bobinado.
Fig. 3 – Estator
Observação: Utilizam-se chapas de ferro silício por ser o silício um excelente condutor
magnético e isolante elétrico. Nessas condições, o conjunto de chapas de ferro silício
transforma-se em um núcleo magnético. As chapas finas, isoladas eletricamente e
prensadas umas às outras, reduzem as correntes parasitas, diminuindo os efeitos
térmicos provocados pelas correntes de Foucault.
1.3.3- Mancais
Mancais de Rolamento
6
Quando necessitar de mancal com maior velocidade e menos atrito, o mancal de
rolamento é o mais adequado.
Mancais de Deslizamento
Para assegurar o bom funcionamento dos motores, devem ser tomadas as seguintes
precauções:
7
Nos motores de pequena potência, a lubrificação inicial na montagem é prevista de
modo a assegurar um número elevado de horas de funcionamento. Às vezes, a reserva
de graxa é suficiente para toda a vida útil do equipamento.
Os motores elétricos podem ser de corrente alternada (CA) e de corrente contínua (CC).
Os motores mais utilizados são os de corrente alternada, devido ao seu reduzido custo
de fabricação e manutenção, além da facilidade de alimentação, uma vez que a energia
comercial é gerada em CA.
Os motores de corrente alternada são de dois tipos: síncrono e assíncrono.
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Necessidade de excitação na partida
Sistema complexo de acionamento e controle
Alto custo de fabricação
O motor síncrono não tem partida própria, necessitando, portanto, que o rotor seja
arrastado até a velocidade síncrona por um meio auxiliar. Existem motores em que a
partida é dada por condutores em gaiola embutidos na face dos pólos do rotor. Inicia-se
a partida como motor de indução e no momento certo excita- se os pólos do rotor e o
motor entra em sincronismo.
A partir do momento que os enrolamentos localizados nas cavas do estator são sujeitos
a uma corrente alternada, gera-se um campo magnético no estator,
consequentemente, no rotor surge uma força eletromotriz induzida devido ao fluxo
magnético variável que atravessa o rotor. A f.e.m. induzida dá origem a uma corrente
induzida no rotor que tende a opor-se à causa que lhe deu origem, criando assim um
movimento giratório no rotor.
Como podemos constatar o princípio de funcionamento do motor de indução
baseia-se em duas leis do eletromagnetismo, a Lei de Lenz e a Lei de Faraday
Lei de Faraday: "Sempre que através da superfície abraçada por um circuito tiver
lugar uma variação de fluxo, gera-se nesse circuito uma força eletromotriz induzida. Se
o circuito é fechado será percorrido por uma corrente induzida".
9
Lei de Lenz: "O sentido da corrente induzida é tal que esta pelas suas ações magnéticas
tende sempre a opor-se à causa que lhe deu origem".
Examinando o que acontece com as linhas de força magnética numa situação em que se
têm dois campos magnéticos defasados de 90º, observa-se que:
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Fig.7 - princípio de funcionamento do motor
Em seguida, saem pelo pólo Norte, também do campo magnético da espira, entrando
finalmente pelo pólo Sul do eletroímã.
Nota-se que, com isso, haverá um desvio no sentido das linhas força magnética.
Portanto, numa situação em que existem dois campos magnéticos defasados de 90º
haverá um desvio das linhas de força magnética.
As linhas de força magnética procuram sempre manter a sua trajetória entre o pólo
Norte e o pólo Sul o mais curto possível. Dessa forma, nessa situação, elas agem como
se fossem tiras de elástico sob pressão, ou seja, as linhas de força magnética forçam a
espira a girar no mesmo sentido para o qual foi impulsionada inicialmente.
11
Fig.10 - Princípio de funcionamento do motor
Com isso, a espira receberá um forte impulso. Como as bobinas dos eletroímãs estão
sendo alimentadas por corrente alternada, à medida que a espira é impulsionada, estará
havendo a variação na corrente que circula pelas bobinas.
Como a espira está girando na velocidade aproximada de variação do campo magnético,
quando ela tiver dado 1/4 de volta, estará havendo também a inversão do sentido da
corrente elétrica pelas bobinas. Haverá, então, a inversão da polaridade dos eletroímãs,
o que acarretará o surgimento de linhas de força magnética no sentido contrário ao
anterior. Conseqüentemente, com 1/4 de volta, o campo magnético formado pela espira
desaparecerá por completo.
Porém, à medida que a espira vai girando até completar meia volta, irá surgindo um
novo campo magnético que será máximo a 90º do campo magnético dos eletroímãs.
Haverá novamente um desvio das linhas de força do campo magnético dos eletroímãs,
resultando, como no caso anterior, um ovo impulso na espira.
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Fig.13 - Princípio de funcionamento do motor
Os motores elétricos, como já foi visto, apresentam partes que são fixas
(eletroímãs) e urna parte móvel (espira) que tem um movimento de rotação.
Essas partes são chamadas, respectivamente, estator e rotor.
No motor elétrico de CA, uma corrente elétrica é aplicada às bobinas dos eletroímãs
(estatores). Embora não exista ligação elétrica alguma entre essas bobinas e a espira
(rotor) surge, na espira (rotor), uma corrente elétrica induzida que, por sua vez, cria um
campo magnético induzido responsável pelo movimento do rotor. Por essa razão, esses
motores são chamados motores de corrente alternada do tipo indução.
Portanto
Então, pode-se afirmar que, neste caso, a velocidade de variação dos campos
magnéticos no estator é correspondente a 120 vezes por segundo.
A variação do campo magnético do estator é tão rápida que pode-se imaginar que o
campo magnético praticamente descreve um movimento de rotação para a esquerda ou
para a direita a uma velocidade de 60 rotações por segundo. Nessa rotação, o campo
magnético arrasta consigo o rotor.
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A velocidade do campo magnético do estator pode ser chamada de velocidade de
sincronismo ou velocidade síncrona (ns), e pode ser calculada através da seguinte
fórmula:
Onde:
ns = velocidade síncrona em rpm - 120 = constante
f = freqüência da rede elétrica
P = número de pólos do motor
Por exemplo, num motor alimentado com uma tensão elétrica de 6OHz, tendo
dois pólos magnéticos, qual será o número de rpm desse motor?
Solução:
Para facilitar o estudo deste conteúdo, foi dito, até aqui, que o rotor acompanha a
velocidade de rotação do campo magnético do estator, ou seja, se o campo magnético do
estator está a uma velocidade de rotação de 60 vezes por segundo, o rotor estará girando
a uma velocidade de 60 voltas por segundo. Porém, esta não é a realidade porque, para
que o rotor gire, é necessário que ocorra nele uma indução. Essa indução, por sua vez,
provocará o aparecimento de um campo magnético defasado do campo magnético do
estator.
E, para que haja indução no rotor, sua velocidade de rotação não pode ser igual à
velocidade de rotação do campo magnético do estator. Se o rotor acompanhar a
velocidade de rotação do campo magnético do estator, deixará de haver nele a indução
de corrente. Sem indução (e sem campo magnético defasado), o rotor perde velocidade.
Girando a uma velocidade um pouco menor, o rotor terá novamente corrente induzida e
campo magnético defasado.
Consequentemente:
14
onde:
S = escorregamento
ns = velocidade síncrona
nr = velocidade do rotor
Por esse motivo, os motores de corrente alternada do tipo indução são chamados
assíncronos.
Motor de corrente alternada, monofásico, é aquele projetado para ser alimentado por
circuitos de corrente monofásica ou bifásica.
Os motores monofásicos são empregados geralmente quando a carga não exige grande
potência. Esses motores podem ser de vários tipos, segundo as respectivas aplicações.
c) universal - é o único tipo de motor monofásico que pode ser alimentado por tensão
contínua ou alternada. É utilizado em equipamentos como liquidificadores,
furadeiras, enceradeiras e eletrodomésticos em geral.
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Tensão - Em volts. Quando o motor trabalha com duas tensões, ambas são
gravadas na placa. Normalmente, os motores trabalham em 110 e 22OV;
1- Enrolamento de trabalho
2- Interruptor centrífugo
3- Enrolamento de partida
4- Capacitor de partida
16
Fig.15 - Princípio de funcionamento do motor monofásico
17
Fig.17 - Conexões elétricas do motor monofásico em 110V
• Potência: 3 HP
• Pólos: 2
• Frequência: 60 Hz
• Conjugado: 6,04 Nm
• Tensão: 110/220 V
• Carcaça: G56H
• RPM: 3480
• In: 30,8/15,4 A
• Rendimento (100%): 78,5
• F.P. (100%): 0,83
• Isolamento: F
• Ruído: 50 dB(A)
• Corrente a vazio: 15,0/7,50 A
• Ip / In: 7
Apresenta algumas desvantagens, sendo uma delas a de não poder variar a sua rotação
sem a utilização de equipamentos especiais.
18
1.8.2 Conceito e constituição
Estator - composto por um pacote de chapas de ferro silício onde são alojadas as
bobinas de campo. Envolvendo o estator, encontra-se a carcaça do motor, que é
a estrutura-suporte do conjunto. A função do estator é produzir um campo
magnético girante.
O cilindro é montado sobre um eixo que transmitirá a energia mecânica gerada pelo
motor.
1.8.3 Conjugado
19
Nesse gráfico, são observados:
1.8.4 Funcionamento
O campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente que no momento
circula por ela. Se a corrente for nula, não haverá formação de campo magnético; se ela
for máxima, o campo magnético também será máximo.
Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120º, os três
campos magnéticos apresentam também a mesma defasagem.
20
1.8.5 Características do motor trifásico
É a tensão para a qual o motor foi projetado. Pelas normas, o motor deve ser capaz de
funcionar satisfatoriamente com tensões de até 10% acima ou abaixo da nominal, desde
que a freqüência da rede seja igual à tensão nominal. Caso haja simultaneamente
variação de tensão e freqüência, haverá alteração no funcionamento do motor.
As tensões trifásicas mais encontradas nas instalações industriais são 220, 380 e 44OV.
Porém, são encontradas indústrias de origem ou influência norte-americana que
especificam motores para 230, 460 e 575V.
A grande maioria dos motores elétricos chega ao mercado consumidor com terminais
religáveis, para funcionar, pelo menos, em duas redes de tensões diferentes.
Esse tipo de ligação exige seis terminais no motor, o que permite comutar o motor em
dois fechamentos: triângulo (Δ) - para a menor tensão - e estrela (Y) - para a maior
tensão.
O valor da segunda tensão corresponde ao valor da primeira multiplicada por √3.
Observação: As tensões acima de 600V (por exemplo, 380/66OV e 440/76OV) não são
consideradas de baixa-tensão. As tensões maiores servem apenas para indicar que o
motor pode ser ligado em sistema de partida estrela e triângulo.
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Diagrama de ligação
Os motores trifásicos, para que possam ser ligados às diversas tensões para as quais
foram fabricados, apresentam, na sua caixa de ligações, três, seis, nove ou 12 terminais.
Os terminais saem dos enrolamentos e poderão ser fechados de acordo com o diagrama
gravado na placa. Os motores podem ter seus terminais identificados por número, como
por exemplo:
• Entrada da bobina - 1, 2, 3, 7, 8 e 9;
• Saída da bobina - 4, 5, 6, 10, 11 e 12.
Na ligação em estrela, o final das fases se fecha em si, e o início se liga à rede.
Na ligação em triângulo, o inicio de uma fase é fechado com o final da outra e essa
junção é ligada à rede.
22
Os motores trifásicos podem dispor de 3
6, 9 ou 12 terminais para a ligação do
estator à rede elétrica. Assim, eles
podem operar em uma, duas, três ou
quatro tensões, respectivamente.
Todavia, é mais comum encontrar
motores com 6 e 12 terminais.
Os motores trifásicos com seis terminais só podem ser ligados em duas tensões uma a
√3 vezes maior do que a outra. Por exemplo: 220V/38OV ou 440/76OV.
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Observação: Os terminais dos motores podem ser também identificados através de
letras:
Entrada - u, v, w;
Saida - x, y, z.
É a freqüência da rede para a qual o motor foi projetado. Os motores, pelas normas,
devem funcionar satisfatoriamente com uma variação de freqüência de até 5% acima ou
abaixo da freqüência nominal.
Um motor projetado para freqüência de 5OHZ, quando alimentado por uma rede de
freqüência igual a 6OHz, tem a corrente de partida e o conjugado diminuídos em
aproximadamente 17% e a sua velocidade nominal aumentada em 20%.
É o fator que, aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que pode ser
aplicada continuamente ao motor sob condições especificadas pelo fabricante.
É a capacidade de sobrecarga contínua. Ou seja, uma reserva de potência que dá ao
motor capacidade de suportar melhor o funcionamento em condições desfavoráveis.
Rendimento (n)
É o dado que expressa as perdas no motor elétrico. Trata-se de uma relação matemática
entre a potência de saída - que é a potência efetiva transformada em potência mecânica
no eixo -e a potência de entrada - que é a potência absorvida da rede elétrica.
Essa relação pode ser representada através da seguinte expressão matemática:
Pe = In.Vn.cosΦ.√3
Onde:
In = corrente nominal
Vn = tensão nominal
cosΦ = fator de potência
√3 = fator do circuito trifásico
Onde:
N = rendimento
Pe = potência de entrada
Ps = potência de saída
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O resultado é um dado percentual como, por exemplo, um rendimento igual a
0,90, que equivale a 90%.
É muito importante que o motor apresente alto rendimento, porque quanto maior for o
rendimento do motor, menores serão:
As perdas;
O aquecimento;
A potência absorvida da linha;
O custo de consumo por hora de funcionamento.
Os equipamentos elétricos são fabricados com certo grau de proteção, de acordo com a
sua finalidade de uso. Os tipos de proteção podem ser (contra
contatos acidentais);
25
Tab.2
Classes de isolação
CLASSE TEMP. ºC
A 105
E 120
B 130
F 155
H 180
26
Velocidade nominal (RPM)
É a corrente que o motor absorve da rede quando funciona com a potência, tensão e
freqüência nominais. O valor da corrente nominal depende do rendimento (n) e do fator
de potência (cosΦ) do motor, e é expresso em ampéres (A).
onde:
In = corrente nominal
P = potência em watt
√3 = fator de multiplicação do circuito trifásico 3 =
Vn = tensão nominal
cosΦ = fator de potência
n = rendimento
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Fator de potência (cosΦ)
Quando o motor entra em funcionamento, absorve da rede uma potência aparente (Pa),
também chamada de potência disponível. Essa potência é transformada em:
Quando a corrente elétrica entra num motor elétrico assíncrono (tipo gaiola), ela se
decompõe em duas modalidades de atuação, porque um tipo chamado: corrente reativa
ou magnetizante forma um campo magnético no enrolamento do estator do motor e o
outro tipo faz girar o rotor deste mesmo motor fornecendo energia
ativa(mecânica)capaz de acionar uma máquina operatriz, produzindo, portanto,
trabalho.
Diante disso, verificasse que a corrente total ou aparente ficará mal aproveitada todas as
vezes que a corrente reativa aumentar, isto é, à medida que o ângulo Φ for crescendo.
Neste caso, os reflexos na rede elétrica serão os seguintes:
28
Pelas placas de identificação das características dos motores elétricos, é fácil verificar
que normalmente eles são fabricados para trabalhar com um fator de potência cosΦ =
0,85, a não ser os motores de má qualidade ou de pequeno porte, cujo fator de potência
é mais baixo.
Não sendo possível uma operação de máquinas absolutamente equilibrada em relação à
sua carga - porque é difícil manter um fluxo de fabricação uniforme - evidentemente
haverá variações no fator de potência e, para mantê-lo igual ou acima de 0,85, haverá
necessidade de se colocar, no circuito, um banco de capacitares. Assim, haverá uma
redução na corrente total consumida, com aproveitamento de uma parte da corrente
desperdiçada.
• Potência: 7,5 HP
• Pólos: 4
• Frequência: 60 Hz
• Conjugado:30,2 Nm
• Tensão: 220/380 V
• Carcaça: 112M
• RPM: 1.740
• In: 20,0/11,6 A
• Rend (100%): 88,0
• F.P. (100%): 0,82
• Isolamento: B
• Ruído: 58 dB(A)
• Corrente a vazio: 10,0/5,79 A
• Ip / In: 7
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A figura abaixo mostra como aparece o movimento girante em motores de CC.
Podemos observar que a corrente que circula pela espira faz este movimento nos dois
sentidos: por um lado, a corrente está entrando e, por outro, saindo. Isso provoca a
formação de duas forças contrárias de igual valor (binário), das quais resulta um
movimento de rotação (conjugado), uma vez que a espira está presa à armadura e
suspensa por mancal.
Essas forças não são constantes em todo giro. A medida que o condutor vai se afastando
do centro do pólo magnético, a intensidade das forças vai diminuindo.
Nos motores, para que haja força constante, as espiras colocadas nas ranhuras da
armadura devem estar defasadas entre si e interligadas ao circuito externo através do
coletor e escova, conforme figura a seguir.
30
A força eletromotriz induzida, por ser de sentido contrário à tensão aplicada, recebe o
nome de força contra-eletromotriz (fcem).
Assim como acontece com os geradores, os motores também são classificados segundo
o tipo de ligação de seus campos, ou seja: motor de CC em série, motor de CC em
paralelo, motor de CC misto.
Esse tipo de motor é indicado para casos em que é necessário partir com toda a carga.
Por isso, eles são usados em guindastes, elevadores e locomotivas, por exemplo.
Como tendem a disparar (aumentar a rotação), não é recomendável que esses motores
funcionem a vazio, ou seja, sem carga.
31
Esse tipo de motor apresenta características comuns ao motor em série e ao motor em
paralelo.
Assim, seu arranque é vigoroso e sua velocidade estável em qualquer variação de carga.
Pode também partir com carga.
1.9.2 Comutação
32
Fig.27 – Comutação do motor CC
Para que o motor ou o gerador não sejam danificados, devido ao faiscamento, o curto
deverá ocorrer quando a bobina estiver passando pela zona neutra do campo magnético,
já que neste ponto não há tensão induzida.
Nas máquinas de CC, quando não circula corrente no induzido, o campo magnético
produzido pelas bobinas do estator é constituído por linhas retas, e a densidade do fluxo
é praticamente uniforme.
33
Fig.28 – Induzido do motor CC
Quando uma corrente é aplicada ao induzido com uma fonte externa qualquer e se
interrompe a corrente das bobinas do estator, o campo magnético produzido no induzido
será constituído por linhas concêntricas.
Isto pode ser observado, quando analisamos a figura abaixo que indica os sentidos dos
campos magnéticos do estator do rotor.
34
Em conseqüência, ocorre uma redução das linhas nos campos magnéticos das
extremidades A' e D' e uma intensificação nas extremidades B' e C'. Todavia, a
intensificação em B' e C' não compensa a redução que se verifica em A' e D'. Isto se
deve à saturação magnética que provoca a redução do fluxo magnético total.
Binário de
Tipo Arranque Velocidade Utilização
Excitação
separada Fraco Constante Rodar
Variável Aparelhos
Série Elevado (embala em Elevatórios Tração
vazio) mecânica
Máquinas de
Shunt Fraco Constante
Ferramentas
Composto Aparelhos
Elevado Pouco Variável
Cumulativo Elevatórios
Máquinas de
Composto Ferramentas
Fraco Constante
Diferencial Máquinas de
Tecidos
A inspeção das escovas, bem como das molas dos porta-escovas deve ser feita
cuidadosamente a fim de mantê-las em ótimo estado.
35
Todo o material isolante exterior é em alumínio tendo como grande vantagem a
dissipação do calor.
36
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AUTOR: MARIO.TONITO.MARITO
EDICAO: RMZ
18 DE SETEMBRO DE 2020
ALUSIVO AO MEU ANIVERSARIO
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