Apostila de Pediatria e Neonatologia - 1711

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Cursos de Aperfeiçoamento e Desenvolvimento do Ensino Médio.

PEDIATRIA E NEONATOLOGIA
Auxiliar de Enfermagem
Módulo I
Profa. Solange Ortolani

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I. Conceito de Neonatologia

O termo neonatologia foi definido como “a arte e a ciência do diagnóstico e


tratamento dos distúrbios do recém-nascido. “ Alexandre Schaffer (1960).

É uma especialidade dedicada à assistência ao RN, bem como à pesquisa clínica,


sendo sua principal meta a redução da morbimortalidade perinatais na procura da
sobrevivência do RN, nas melhores condições funcionais possíveis.

1 - EXAME FÍSICO EM NEONATOLOGIA

Para avaliação global do recém-nascido é importante, além da realização da


anamnese materna e da determinação da idade gestacional, o conhecimento de
vários conceitos e peculiaridades encontradas na Neonatologia:

Definições

 Período neonatal: intervalo de tempo que vai do nascimento até o momento em


que a criança atinge 27 dias, 23 horas e 59 minutos.
 Período neonatal precoce: intervalo de tempo que vai do nascimento até o
momento em que a criança atinge 6 dias, 23 horas e 59 minutos.
 Período neonatal tardio: intervalo de tempo que vai do 7º dia até o momento
em que a criança atinge 27 dias, 23 horas e 59 minutos.
 Idade gestacional: duração da gestação medida do primeiro dia do último
período normal de menstruação até o nascimento; expressa em dias ou
semanas completos.
 Pré-termo: menos do que 37 semanas completas (menos do que 259 dias
completos).
 Prematuro tardio: de 34 semanas a 36 e 6/7sem
 Termo: de 37 semanas completas até menos de 42 semanas completas (259 a
293 dias).
 Pós-termo: 42 semanas completas ou mais (294 dias ou mais).

Peso de nascimento: primeiro peso do ou recém-nascido (RN) obtido após o


nascimento. Nos casos onde o contato “pele à pele” da primeira hora de vida foi
estabelecido, realizar a pesagem a posteriori.

 Baixo peso: peso ao nascer inferior a 2500 gramas.


 Muito baixo peso: peso ao nascer inferior a 1500 gramas.
 Extremo baixo peso: peso ao nascer inferior a 1000 gramas.

Termos usados para designar a relação peso x idade gestacional:

PIG - pequeno para idade gestacional (abaixo do 10º percentil)

AIG - é considerado adequado à idade gestacional (entre 10 e 90º do percentil)

GIG - grande para idade gestacional (acima do 90º percentil)

Condições vitais: realizada concomitantemente com as manobras de recepção do


RN quando são apreciadas a integridade cardiorrespiratória e a neuromuscular.
Para se demonstrar as condições de nascimento é estabelecido o índice de Apgar no

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1º e 5º minutos de vida que inclui a avaliação da frequência cardíaca, esforço
respiratório, tono muscular, irritabilidade reflexa e cor (Tabela 1).

Tabela 1 - Índice de Apgar

Valores de APGAR entre:

• 5 a 7: indica asfixia leve

• 3 a 4: indica asfixia moderada

• 0 a 2: indica asfixia grave

2-REFLEXOS PRIMITIVOS

Também são conhecidos como reflexos arcaicos ou primários. A seguir são


descritos os principais reflexos a serem pesquisados.

 Reflexo de sucção – consiste em um reflexo fundamental no recém-nato, surge


no 7 mês de vida fetal. É a sucção vigorosa do dedo quando introduzido na boca
do RN.
 Reflexo de preensão – pesquisa-se colocando o dedo ou um lápis no palmar ou
plantar do RN e observa-se de imediato o agarramento com energia, do objeto.
 Reflexo de Moro ou reflexo do abraço – pesquisa-se este reflexo, utilizando
estímulos como: bater palmas, batida na superfície da mesa ou segurar o bebê
pelos punhos, com a cabeça levantada alguns centímetros da mesa, sendo
então solto. A resposta deve caracterizar um “abraço” e pode ser acompanhado
em seguida de choro.
 Reflexo da Marcha: pesquisa-se segurando o RN pelas axilas, em posição
vertical, com as plantas dos pés sobre uma superfície plana e ligeiramente
inclinada para a frente. Ao inclinar o RN levemente para a frente, desenvolve
movimentos de marcha automática.
 Reflexo Tônico-cervical – Com RN em decúbito dorsal manter o tronco centrado
e promover a rotação e manutenção da cabeça para um dos lados. A resposta
normal é a extensão dos membros do lado da face e a flexão dos membros do
lado occipital.
 Reflexo de Babinski - riscando-se a parte externa da região plantar do pé para
cima,a partir do calcanhar, ocorrendo a dorsiflexão do polegar e abertura dos
demais dedos em leque.

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3- CUIDADOS IMEDIATOS AO RECÉM-NASCIDO:

Após a expulsão do recém-nato, deve-se retirar, com cuidado, as secreções da


boca e narinas com o dedo envolto em gaze.

O cordão umbilical deve ser seccionado entre duas pinças hemostáticas à boa
distância do umbigo (10 a 15 cm).

O RN deve ser recebido em campo esterilizado, com a cabeça mais baixa do que o
corpo e a nuca apoiada para evitar a deglutição do líquido amniótico e de secreção.

Colocar o RN em berço aquecido, em posição de Tredenlemburg e cabeça virada de


lado. Realizar as manobras a seguir, de acordo com as normas e rotinas do
Hospital:

1. Desobstrução das vias aéreas superiores – a aspiração da secreção é feita


utilizando uma sonda de nelaton nº 4, 6 ou 8. Agir com suavidade, evitando-se
traumatizar as mucosas, tomando o cuidado de conservar o aspirador desligado
ou introduzir a sonda pinçada entre os dedos. Deve-se ter o cuidado de aspirar
primeiro a boca e depois o nariz.
2. Oxigenação, se necessário.
3. Laqueadura e curativo do coto umbilical – a laqueadura do coto umbilical é feita
comumente utilizando clamp umbilical. O curativo é realizado, logo após, com
gaze esterilizada e solução de clorexidine.
4. Credeização - consiste na instilação ocular de uma gota de Nitrato de Prata a
1% para prevenção da oftalmia gonocócica. Este procedimento é realizado na
primeira hora de vida, tanto em parto normal quanto cesáreo (ORSHAN, 2010).
Afastam-se as pálpebras e instila-se uma gota de nitrato de prata a 1% no saco
lacrimal inferior de cada olho.
5. Identificação – Esta identificação deverá ser feita com duas pulseiras colocadas
em seu antebraço e tornozelo, sendo que a mãe recebe também uma pulseira
no antebraço. Elas devem conter informações sobre: nome completo da mãe,
número do registro materno na instituição, data e hora do nascimento e tipo de
parto (ORSHAN, 2011; HOCKENBERRY, 2006). Além disso, ainda são coletadas
as impressões plantar direita e esquerda do recém-nascido em registro próprio
da instituição, bem como a impressão plantar direita do recém-nascido e digital
polegar direito da mãe na Declaração de Nascidos Vivos (via rosa).

As atuais recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria indicam a não


necessidade de desobstrução das VAS, uma vez que o recém-nascido pode
apresentar resposta vagal, com diminuição da FC nas aspirações, sendo que a
aspiração deve ser realizada com avaliação rigorosa do recém-nascido (ALMEIDA;
GUINSBURG, 2011).

4. Características anátomo-fisiológicas do recém-nascido:

 Peso – variável entre 3250g a 3500 em média, sendo mais elevado para os
meninos do que para as meninas.
 Estatura – em geral 50cm para meninos, um pouco menor para as meninas.
 Perímetro cefálico – medida da circunferência craniana que corresponde à
metade do comprimento do recém-nascido, mais 10 cm. É de 34 a 35 cm.
 Perímetro torácico – 1 a 2 centrímetros que o perímetro cefálico.

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 Perímetro abdominal – 1 a 2 cm a menos que o perímetro torácico.
 Frequência cardíaca – 120 a 160 batimentos por minuto. Em média 140
bpm.
 Frequência respiratória – 40 a 60 movimentos respiratórios por minuto.
 Temperatura – 36,5ºC a 37ºC.

Cabeça – normalmente é grande em relação ao corpo. As suturas (fontanelas)


ainda não estão aproximadas: fontanela anterior – bregma e fontanela posterior –
lambda).

 Bossa – derrame seroso localizado entre o couro cabeludo e o periósteo. É


decorrente da apresentação cefálica ou trabalho de parto prolongado.

Olhos – geralmente fechados e edemaciados.

Pele – íntegra, lisa e corada.

 Vérnix caseoso – é uma substância gordurosa e esbranquiçada que recobre


todo o corpo do RN. Protege-a no meio líquido e ajuda a deslizar na hora do
parto.
 Eritema tóxico – são pequenas lesões eritematopapulosas esparsas, em
pequeno número e disseminadas pelo corpo. Reação ao ambiente extra-
uterino. Regride em poucos dias.
 Millium facial – são pequenos pontos brancos de gordura que aparecem na
asa do nariz. Desaparecem em uma semana. Formam-se devido a obstrução
dos folículos sebáceos, pelos detritos da descamação epitelial.
 Mancha mongólica – são áreas de coloração azul-arroxeada, que se
localizam geralmente na região lombo-sacra, de forma irregular e não tem
significado patológico. Indicam raça negra ou amarela em família.
 Lanugem – Penugem fina e longa que aparece com frequência em recém-nato a
termo e mais ainda em prematuros. Localiza-se no dorso, face e orelhas. Desaparece
na primeira semana de vida.
 Icterícia – se surgir nas primeiras 48 horas, é “patológica” e, se após o 3º dia de vida
é considerada “icterícia fisiológica”.

Tórax – É simétrico e de forma aproximadamente cilíndrica. Pode ser visualizada tumefação


das glândulas mamárias tanto em meninas, como meninos. Este aumento do volume pode
persistir por várias semanas, mesmo meses, devido a alterações hormonais.

Respiração – É do tipo abdominal, irregular e rápida.

Abdome – É globoso e tenso devido ao excesso de gases.

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 Coto umbilical – constituído por um tecido gelatinoso – a geleia de “Warton”; possui
2 artérias e 1 veia. A mumificação ocorre durante a primeira semana de vida e a
queda geralmente entre o 8º e 10º dia.

Genitais – nos meninos apresenta-se uma fimose fisiológica que até 2 anos regride, em 80%
dos casos. Podem também, decorrer aumento da bolsa escrotal, pela presença de líquidos.

Nas meninas os grandes lábios podem apresentar edemas e os pequenos lábios são
proeminentes, bem como o clitóris. Sangramento ou secreção vaginal esbranquiçada podem
ser observados cessando em poucos dias.

Membros – são curtos em comparação ao tronco.

Eliminações:

 Fezes – a primeira eliminação é denominada mecônio, com aspecto viscoso, verde-


escuro quase negro. Deve ser eliminada certa quantidade nas primeiras 24 horas de
vida, pois a ausência de eliminação deve se pensar em obstrução ou imperfuração
anal. Após 4 ou 5 dias de vida as eliminações tornam-se um tanto liquefeitas e
heterogêneas, designadas “fezes de transição”, para, em seguida, assumirem o
aspecto de fezes normais de lactente.
 Urina – o volume por micção está em torno de 15 a 20 ml e o número de micções é
bastante alterado, podendo alcançar 60 vezes em 24 horas.

4-CUIDADOS MEDIATOS

Peso – a verificação do peso ao nascer, é importante nos três primeiros dias de vida; o
recém-nascido perde de 5 a 10% do seu peso inicial e depois recupera novamente. Alteração
acima disso, deve-se investigar a causa.

Aquecimento – constitui-se uma das necessidades mais importantes do RN durante as


primeiras horas de vida, para que ele se adapte ao novo ambiente. Deverá, portanto,
permanecer em berço aquecido de 3 a 4 horas. O vérnix caseoso que recobre a pele não
deve ser removido, pois protege o RN contra o frio.

Mensurações – verificar a altura, perímetro cefálico, perímetro torácico e perímetro


abdominal.

Peso – verificar o peso, caso não tenha sido verificado no Centro Obstétrico.

Higiene corporal – após 24 horas, faz-se a primeira higiene do recém-nascido.

Administração de vitamina K – administrar 1 mg de Kanakion por via intra-muscular.

Alimentação – o único alimento do RN é o leite materno. Não dar chazinhos, nem água,
outro leite nos intervalos das mamadas.

Anotações de enfermagem:

 Verificar e anotar: temperatura corporal, frequência cardíaca e peso, diariamente;


 Anotar as eliminações (fezes, urina, vômitos);
 Alimentação: pega, sucção e deglutição;
 Aspecto do coto umbilical;
 Aspecto da pele e mucosas;
 Tipo de choro, reflexos existentes;
 Problemas respiratórios e digestivos;
 Sono.

5- BERÇÁRIO E ALOJAMENTO CONJUNTO

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1 –Área física do berçário

Conceito – A unidade do berçário tem por finalidade abrigar o recém-nascido em casos


especiais. Deve-se proporcionar à mãe uma orientação tal que lhe permita atender às
necessidades do neonato.

Os cuidados dispensados no berçário visam:

 Possibilitar a função respiratória;


 Evitar infecções;
 Ministrar alimentação adequada;
 Manter a temperatura.

É necessário na construção de uma Unidade de Berçário considerar:

a) Localização – dentro da área de maternidade, próximo ao Centro Obstétrico e de fácil


acesso aos quartos das mães, devendo ser no entanto, isolados de outros serviços;
b) Construção e capacidade: a Unidade do Berçário deve ser subdividida em: sala de
patológico, prematuros e infectados.

Cada subdivisão deve ter:

- Sala de permanência para o RN;

- sala de exames;

- Posto de enfermagem;

- Sala de orientação às mães.

Estas dependências deverão ser de material não absorvente, lavável, com todos os
cantos e rodapés arredondados para facilitar a limpeza. A construção da parede ideal é
de 1,20m, de alvenaria e daí para cima de vidro, facilitando a supervisão do pessoal e
observação das crianças.

A pintura deve ser a óleo e de cor suave, o teto, principalmente da sala de prematuros
deve ser de material que isole os ruídos; o piso, de material lavável e as janelas providas
de telas.

CARACTERÍSTICAS

A – Sala de recém-natos patológicos:

 Capacidade: 1 berço normal para cada leito obstétrico;


 1 incubadora para cada 10 ou 15 berços normais;

Obs: Nenhuma sala deverá alojar mais que 12 recém-nascidos.

A área de cada sala não poderá ser inferior a 1,80m por rn.

Espaço de 60 cm entre cada berço.

B- Sala de isolamento:

 Local destinado à criança suspeita de infecção que deverá ser prevista em cada
UB. Esta sala deverá alojar, no máximo, 6 berços e ser dotada de lavatório,
chamada de emergência e painel de vidro.

C- Sala de exames e coleta:

 Separada por parede de vidro acima um metro do piso para melhor visualização.

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 Entrada com local para a troca de avental.
 Local para exames médicos com balcão e mesa e lavatório.
 Local para cuidados de enfermagem dotado de balcão e banheira, balança,
armário.

Ventilação e umidade – ventilação adequada, temperatura e umidade controladas por


sistema completo de ar condicionado com controle de temperatura, umidade e circulação de
ar filtrando. A temperatura deve ser regulada por meio de instalação termostática.

Iluminação fluorescente – deve ser instalada de modo a ser aumentada ou diminuída de


acordo com a necessidade, assim durante a higienização e cuidados, uma claridade
adequada e durante períodos de repouso, uma ligeira obscuridade.

Equipamentos –

A Unidade do Berçário, deve conter o material e equipamentos estritamente necessários:

 Berços
 Incubadoras
 Armários par roupa limpa
 Mesas
 Pias com torneiras manobradas com o cotovelo ou pés
 Toalheiro de papel
 Dispositivo com pedal para antissepsia das mãos
 Suporte com saco removível para roupa suja
 Recipiente metálico com tampa manobrada com pedal para fraldas sujas
 Balança
 Oxigênio, ar comprimido e aspirador com régua canalizada

Incubadoras – devem obedecer as especificações de temperatura, umidade, filtro de ar, pois


a finalidade da incubadora é prover condições ambientais adequadas ao recém-nascido,
particularmente ao prematuro.

Partes e acessórios acompanhantes (principais):

1 - Conjunto suporte para soro

2 - Conjunto gabinete com duto de ar

3 - Cúpula de Acrílico (Simples Rebatida)

4 - Painel de controle Digital (AR / RN)

5 - Carrinho base

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6 - Rodízios (2 com freio e 2 sem freio)

5.1.ALOJAMENTO CONJUNTO:

Descrição: refere-se a um sistema especial de instalações em maternidades, nas quais mães


e filhos possam conviver em uma área, favorecendo, através dessa aproximação e do
contato físico prolongado, o atendimento às necessidades afetivas, sociais e biológicas da
criança e da sua mãe.

Objetivos:

 Dar continuidade ao relacionamento mãe e filho;


 Educar a mãe e o pai desenvolvendo habilidade e proporcionando segurança
emocional quanto aos cuidados do recém-nascido.

Vantagens do Alojamento Conjunto:

 Maior interação afetiva entre mãe, filho e visitas da família;


 Participação da mãe nos cuidados prestados ao RN;
 Melhoria nas atitudes paternas para com o filho;
 Redução da ansiedade da mãe e diminuição do choro do recém-nascido;
 Permissão de um regime liberal de amamentação sem rigidez de horário;
 Aumento da ejeção do leite;
 Rápido aumento ponderal do RN;
 Melhor supervisão dos cuidados com o Rn;
 Redução do risco de infecção cruzada;
 Integração das equipes de neonatologia e obstetrícia.

Atribuições do auxiliar de enfermagem:

- preparar a unidade da paciente para receber o recém-nascido;

- fazer a admissão da criança;

- realizar a pesagem diária do RN;

- prestar cuidados ao RN em casos de impossibilidade materna;

- dar continuidade ao trabalho da enfermeira no estímulo, supervisão e orientação à mãe, na


realização dos procedimentos e cuidados com o bebê, seguindo a mesma metodologia;

- auxiliar a mãe durante a amamentação;

- anotar e notificar a enfermeira as ocorrências observadas no recém-nascido;

- auxiliar no preparo da alta do RN;

- supervisionar a criança quando a mãe dorme, vai ao banheiro, etc.

Técnicas utilizadas nos cuidados de enfermagem

1) PESAGEM:
O material necessário é colocado em carrinho com balança própria para RN (até 15
kg), papel toalha, compressa de gaze, frasco com álcool a 70% e impresso próprio
para registro.
 Antes de verificar o peso do recém–nascido, certifique-se de que o ar refrigerado
encontre-se desligado ou que as janelas estejam fechadas, evitando a hipotermia do
bebê. Limpe a cuba da balança com álcool, realize a calibração da mesma e forre-a
com papel toalha.

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 Ao colocar o RN na balança, fique atento a seus movimentos na cuba, mantendo a
mão próxima, sem tocá-lo.
 Verifique o peso num momento em que haja menor atividade física do RN. Retire-o
da cuba da balança e coloque-o novamente no berço.
 O peso deve ser registrado em gramas, em impresso próprio, assim como o ganho
ou perda em relação ao peso anterior.
 Nos RNs com diagnóstico de infecção, quando não houver balança separada para
esses casos, deve ser verificado seu peso após todos os demais.

2) MENSURAÇÃO:

Verificação da estatura –
 A estatura é verificada com régua antropométrica ou fita métrica e servirá de
base para a avaliação do crescimento.
 Coloque o RN em decúbito dorsal em uma superfície plana, apoiando a parte fixa da
régua na sua cabeça e a parte móvel no calcanhar.
 Estenda as pernas do bebê, segurando em seus joelhos, mantendo a régua bem
posicionada ou a fita bem esticada e proceda à leitura.
 Registre no prontuário a altura em cm.

Perímetro cefálico (PC) –


 É a medida da circunferência da cabeça, sendo verificado com fita métrica. Servirá
de base para a avaliação do crescimento e desenvolvimento.
 É realizada com o bebê em decúbito dorsal, passando-se a fita métrica a partir da
maior saliência do osso occipital e acima das sobrancelhas (glabela).
 O PC é registrado em cm.

Perímetro torácico (PT) –


 É a medida da circunferência do tórax, sendo verificado com fita métrica, variando
em torno de 33 cm.
 O RN deve estar posicionado em decúbito dorsal, sem roupa.
 Passa-se a fita ao redor do tórax na altura dos mamilos, realizando a leitura.
 Registre em cm o PT.

Perímetro abdominal (PA) –


 É a medida da circunferência do abdômen, sendo verificada com fita métrica,
variando em torno de 35cm.
 O RN deve estar em decúbito dorsal e sem roupa.
 O perímetro abdominal é medido passando-se a fita em torno do abdome, logo acima
do umbigo.
 Realize a leitura e registre o PA em cm.

3) AFERIÇÃO DE SINAIS VITAIS:


Materiais: - termômetro digital
- relógio de pulso
- estetoscópio
- algodão e álcool a 70º

É recomendável iniciar a verificação dos sinais vitais a partir da frequência


respiratória, passando para a frequência cardíaca e por último à temperatura
corporal.

Os parâmetros de normalidade dos sinais vitais no RN são:

-Frequência respiratória - 25/60 incursões respiratórias por minuto;

-Frequência cardíaca - 120/180 batimentos por minuto;

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-Temperatura - 36, 0 a 37,0ºC (axilar).

Respiração (R) –

 Deve ser avaliada durante um minuto completo.


 Nos RN observam-se os movimentos abdominais e não os torácicos, já que neles a
respiração é realizada pelo diafragma.
 Ao verificar a respiração, devemos atentar também para sua profundidade, bem
como para a identificação de eventuais sinais de cansaço, cianose, batimentos das
asas do nariz.

Frequência cardíaca (FC) –

 Essa verificação em recém-nato é mais confiável quando realizada por meio do pulso
apical, quando colocamos o estetoscópio sobre o tórax, entre o esterno e o mamilo
esquerdo do bebê.
 A frequência do coração é contada durante um minuto, prestando- se atenção ao
ritmo e à força de pulsação.

Verificação da temperatura (T) –

 A verificação de temperatura corporal pode ser medida no reto ou na axila, sendo


recomendável a verificação de preferência na axila.
 Remover a roupa excessiva do RN, para não obter uma falsa temperatura.
 Deixar o termômetro por 1 minuto, segurando o braço do RN, enquanto aguarda o
tempo.
 Registra-se em ºC.

Atenção: Em todos os procedimentos, realizar a lavagem das mãos com água e


sabão e esfregar álcool a 70%.

4) Higiene corporal do recém-nascido:

A primeira higiene visa a retirar o excesso de sangue ou outras sujidades,


principalmente na região da cabeça, não sendo necessário retirar todo o vérnix
caseoso, pois ele será absorvido pela pele espontaneamente.

Banho de imersão:

Materiais-

 bacia ou cuba do próprio berço de material acrílico previamente limpa com água e
sabão
 sabonete líquido neutro;
 água em temperatura morna (36 ou 37º)
 toalha;
 cotonetes;
 algodão (6 bolas);
 gaze
 fralda descartável.
 luva de procedimento

O banho de imersão (na banheira ou bacia) é aquele feito quando o RN se encontra em


condições clínicas estáveis.

Por ser o tipo de banho que será feito em casa, após a alta, deve-se encorajar a participação
materna durante sua realização.

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Método:

 O RN deve ser colocado suavemente dentro da bacia de forma que fique sentado e
apoiado pelo profissional, que deverá segurá-lo com uma das mãos pela região cervical;
 Os canais auditivos podem ser protegidos com os dedos polegar e anelar da mão
utilizada para segurar o bebê pela região cervical.
 Nos dias mais frios, a limpeza da face e da cabeça pode ser feita com o bebê vestido.
 Deve-se secar bem a face e o couro cabeludo, o que previne a perda de calor pela região
cefálica que é proporcionalmente grande em relação ao resto do corpo.
 Para evitar infecções urinárias e vaginais nos RNs do sexo feminino a limpeza da
genitália deve ser realizada com movimentos descendentes do clitóris ao ânus,
afastando-se os grandes lábios e limpando cada um dos lados.
 Nos do sexo masculino, essa limpeza é realizada com movimentos descendentes do
pênis ao ânus, afastando, sem forçar, o prepúcio. Esse cuidado também evita assaduras.
 O momento de realização do banho de imersão propicia a observação direta de todo o
corpo do bebê. Sendo assim, ao registrar o procedimento deve-se também apontar toda
e qualquer anormalidade observada.

Curativo do coto umbilical:

O curativo do coto umbilical é feito diariamente após o banho ou sempre que


estiver molhado de urina ou sujo de fezes. Tem por objetivo promover a
cicatrização, por meio da mumificação e evitar a contaminação local.

O material necessário é:

 frasco com álcool a 70%, ou clorexidine 2%


 cotonete
 gaze

É importante atentar a qualquer anormalidade, como presença de sangramento, secreção


purulenta, hiperemia, edema e odor fétido.

 Método:
Llimpeza da base do coto com o cotonete embebido em álcool, fazendo movimentos
suaves e circulares.

Complicações com o coto umbilical:

Tétano umbilical neonatal -

O Tétano neonatal é uma doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que acomete o
recém-nascido (RN), nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clínica inicial a
dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante.

Transmissão:

O tétano neonatal não é transmitido de pessoa a pessoa, e sim pela contaminação do coto
umbilical com os esporos da bactéria, que podem estar presentes em instrumentos não
esterilizados e utilizados para secção do cordão umbilical, como tesoura e fios para
laqueadura do cordão. Os esporos da bactéria também podem estar presentes em produtos

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do hábito cultural das populações, utilizados no curativo umbilical, como ervas chás, pós e
pomadas, entre outros.
São fatores de risco para o tétano neonatal:

 Baixas coberturas da vacina antitetânica em mulheres em idade fértil;


 Partos domiciliares assistidos por parteiras tradicionais ou outros sem capacitação e
sem instrumentos de trabalho adequados;
 Oferta inadequada de pré-natal em áreas de difícil acesso;
 Baixa qualificação do pré-natal;
 Alta hospitalar precoce e deficiente acompanhamento do recém-nascido e da
puérpera;
 Hábito cultural inadequado, associado ao deficiente cuidado de higiene com o coto
umbilical e higiene com o recém-nascido;
 Baixo nível de escolaridade das mães;
 Baixo nível socioeconômico;
 Baixa qualidade da educação em saúde.

Tratamento:
Administração de imunoglobulina humana antitetânica ou soro antitetânico, antibiótico,
sedativos e outras medidas de suporte que o caso exigir.

Prevenção

O esquema completo e atualizado da vacina antitetânica tem uma eficácia de quase 100%
na prevenção do tétano neonatal. Além da vacina, o parto limpo, cuidados higiênicos e
adequados com o coto umbilical são fundamentais na prevenção da doença. Confira o
esquema de proteção no Calendário Nacional de Vacinação.

Onfalite:

Definição: A onfalite é uma infeção da pele e dos tecidos moles do umbigo e regiões
circundantes. Se não for tratada, pode atingir uma maior área da parede abdominal e tecidos
profundos ou causar infeção generalizada.

A idade média de aparecimento é entre os 5 e os 9 dias de vida, sendo rara nos países
desenvolvidos. Não existem diferenças entre género, embora os rapazes apresentem pior
prognóstico.

Fatores de risco:
 parto pré-termo,
 baixo peso ao nascimento,
 rotura prolongada de membranas,
 infeção materna,
 uso de catéteres umbilicais,
 parto sem assepsia e parto em casa.

Sinais e sintomas:

 drenagem purulenta ou com odor fétido através do coto umbilical


 inchaço
 vermelhidão
 vesículas e bolhas

Tratamento:

- Administração de antibióticos endovenosos por pelo menos 10 dias.

Prevenção:

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- Limpeza seca do coto umbilical com soluções antissépticas (álcool 70 e clorexidine)

http://www.pedipedia.org/artigo/onfalite

Granuloma

Definição: O granuloma umbilical é uma lesão saliente, rosada/avermelhada e com aspecto


“molhado” que geralmente se torna evidente após a queda do coto umbilical.

Na maioria dos casos desaparece sem nenhum tipo de tratamento, mas há algumas opções
terapêuticas que podem ser consideradas:

- álcool a 70º – a aplicação de álcool nestes casos não tem como objetivo a desinfecção, mas
sim ajudar a “secar” o granuloma

- aplicação de nitrato de prata – deve ser feita por um profissional de saúde para não lesar a
pele íntegra que rodeia o umbigo

-aplicação de pomada à base de “cortisona” – deve também ser prescrita por um médico e
aplicada segundo as suas indicações

-“estrangulamento” (esta tradução não é brilhante, mas não encontrei termo melhor) – esta
opção deve também ser feita por um profissional de saúde e consiste na aplicação de um fio
de sutura por baixo da base do granuloma, apertando-se posteriormente até o “estrangular”;
não dói, mas causa sempre alguma ansiedade aos pais.

Alterações anatômicas e fisiológicas do recém-nascido:

Bossa serossanguínea e céfalo-hematoma

Conceito e diferenciação:

São abaulamentos na área craniana posterior, no couro cabeludo. Ocorrem devido ao


trabalho de parto.

A bossa representa edema das partes moles na área da apresentação, não respeita o limite
dos ossos do crânio, é depressível e regride nos primeiros dias pós-parto.

No céfalo-hematoma há rompimento de vaso subperiostal secundário ao traumatismo do


parto. Sua consistência é de conteúdo líquido e restringe-se ao limite do osso, geralmente o
parietal.

Hiperbilirrunemia

14
Conceito:

Hiperbilirrubinemia é definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) maior


que 15mg/dL ou de bilirrubina direta (BD) maior que 15mg/dL, desde que esta represente
mais que 10% do valor de bilirrubina total (BT).

Esquema de Figura I: Esquema de Kramer [6]

Tratamento:

Fototerapia

É a terapia mais utilizada, mundialmente, para a prevenção e o tratamento da


hiperbilirrubinemia neonatal. Se utilizada de forma apropriada, é capaz de controlar os níveis
de bilirrubina em quase todos os pacientes, com exceção daqueles com quadros hemolíticos
graves e RN de muito baixo peso com hematomas extensos.

A eficácia depende de: causa da icterícia, concentração sérica da bilirrubina, tipo de luz
emitida e dose de radiância, medida em mw/cm2/nm.

São utilizadas lâmpadas fluorescentes, brancas (luz do dia) e azuis, ou lâmpadas halógenas.

Finalidades:

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- Transformar bilirrubina direta em indireta, a fim de ser excretada, em RNs com icterícia.

Material Necessário:

- 01 berço ou incubadora; 01 aparelho de fototerapia tradicional e/ou billispot e/ou biliberço;


01 fralda descartável; 01 termômetro; 04 unidades de gaze não esterilizadas; 01
radiômetro; 01 lençol branco; 20 cm de coban.

Preparo para fototerapia:

 Observar prescrição médica;


 Preparar o leito, forrando o colchão com lençol branco na fototerapia tradicional, no
biliberço forrar o colchão com protetor plástico para colchão de silicone;
 Ligar o aparelho de fototerapia, medir a radiância;
 Preparar o material;
 Lavar as mãos.

Execução:

 Identificar-se;
 Checar o nome e o leito do RN;
 Orientar o acompanhante quanto ao procedimento;
 Proteger os olhos do RN com óculos protetor;
 Colocar fralda, deixando-a aberta;
 Posicionar o RN no berço ou incubadora e manter a foto em uma distância acima de
40cm a partir do tórax do RN;
 Em caso de billispot, posicionar o foco na região abdominal do RN, na altura do fígado;
 Verificar temperatura do RN a cada 03 horas;
 Fazer mudança de decúbito a cada 03 horas.

Pós - Execução:

 Lavar as mãos;
 Realizar as anotações necessárias.

Avaliação:

 Avaliar condições e posicionamento do protetor ocular;


 Avaliar grau de desidratação;
 Avaliar condições cutâneas (queimaduras e bronzeamento);
 Observar aspecto das eliminações.
 Pode-se descontinuar a fototerapia para amamentação, devendo retornar até próxima
mamada.

Riscos:

 Queimaduras: interromper o procedimento e comunicar a enfermeira para avaliação da


queimadura;
 Lesão ocular: comunicar a enfermeira para avaliação;
 Bronzeamento excessivo: comunicar a enfermeira para avaliação;
 Ressecamento da pele: comunicar a enfermeira para avaliação;
 Desidratação: comunicar a enfermeira para avaliação.

16
Eritroblastose Fetal

Conceito: A eritroblastose fetal, também denominada doença de Rhesus, doença hemolítica


por incompatibilidade Rh ou doença hemolítica do recém-nascido, surge quando uma mãe
Rh- que já tenha gestado um filho Rh+ (ou que já tenha entrado em contato com sangue
Rh+, durante uma transfusão sanguínea inadequada) dá à luz uma criança com sangue Rh+.

É a incompatibilidade ABO/Rh

Sinais e sintomas:

 Anemia
 Icterícia
 Retardo mental
 Surdez
 Paralisia cerebral

Tratamento:

Exsanguíneo transfusão - está indicada quando houver necessidade de:

•Diminuir os níveis séricos de bilirrubina e reduzir o risco de lesão cerebral (kernicterus).

•Remover as hemácias com anticorpos ligados a sua superfície e os anticorpos livres


circulantes.

•Corrigir a anemia e melhorar a função cardíaca nos RN hidrópicos por doença hemolítica.

Acesso venoso: A exsanguíneo transfusão deve ser feita por intermédio de um vaso calibroso
central. Geralmente é realizada pela veia umbilical, que deverá ser cateterizada segundo
técnica descrita.

Anexo: Técnica e cuidados na exsanguíneo transfusão.

6-TRIAGEM NEONATAL (Coleta do PKU – Exame do Pezinho)

A Triagem Neonatal – Teste do Pezinho – foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS)
no ano de 1992 (Portaria GM/MS n.º 22, de 15 de Janeiro de 1992) com uma legislação que
determinava a obrigatoriedade do teste em todos os recém-nascidos vivos e incluía a
avaliação para Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito.

17
No ano de 2001, o Ministério da Saúde, através da Secretaria de Assistência à Saúde,
empenhou-se na reavaliação da Triagem Neonatal no SUS, o que culminou na publicação da
portaria ministerial (Portaria GM/MS n.º 822, de 6 de junho de 2001) que criou o Programa
Nacional de Triagem Neonatal (PNTN).

Objetivos do Programa:

 ampliação da gama de patologias triadas (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito,


Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias e Fibrose Cística);

 busca da cobertura de 100% dos nascidos vivos e a definição de uma abordagem


mais ampla da questão, determinando que o processo de Triagem Neonatal envolva
várias etapas como: a realização do exame laboratorial, a busca ativa dos casos
suspeitos, a confirmação diagnóstica, o tratamento e o acompanhamento
multidisciplinar especializado dos pacientes.

Técnica de coleta:

- Na sala de coleta, o profissional de enfermagem deve ter as fichas de exames já


identificadas.

- A seguir, preencherá as demais informações e entregará o protocolo ao responsável,


comunicando o prazo para a retirada dos resultados.

- Evite tocar nos círculos do papel-filtro, antes ou depois da coleta, para evitar a
contaminação da amostra e para não alterar as características originais do papel.

1. O acompanhante deve ficar em pé e segurar o bebê na posição vertical, com as costas


voltadas para o profissional de coleta que, por sua vez, deverá estar sentado. (fig. I)

2. Faça a antissepsia do calcanhar do bebê com algodão umedecido em álcool 70%,


massageando bem para ativar a vasodilatação. (fig. II)

Não utilize álcool iodado, mertiolate colorido ou qualquer outra substância que não tenha
sido a indicada, para não causar interferências no resultado do exame.

3. Quando o calcanhar estiver avermelhado, espere o álcool secar e puncione, com uma
lanceta de ponta fina, o local escolhido. (fig. II)

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4. Encoste o verso do primeiro círculo do papel-filtro na gota de sangue formada. Deixe o
sangue fluir naturalmente. Não faça “ordenha”, pois esta libera plasma dos tecidos vizinhos,
diluindo o sangue e tornando o material inadequado.

5. Faça, lentamente, movimentos circulares com o papel, impedindo que o sangue coagule
no calcanhar, ou no papel, durante a coleta. Permita que o sangue preencha completamente
a superfície do círculo. Nunca faça a coleta na frente e no verso do papel para preencher o

círculo. Espere que o sangue atravesse o papel naturalmente. (fig. VI)

6. Preencha todos os círculos solicitados, repetindo o procedimento anterior em um círculo


de cada vez. O preenchimento deve ser sequencial, nunca retorne ao círculo anterior.

O preenchimento total dos círculos fornecerá a quantidade de material necessário para a


realização de todos os exames.

A camada final de sangue deve ser fina e homogênea, sem excesso ou manchas.

Observadas contra a luz, as amostras bem colhidas devem ter um aspecto homogêneo e
transparente quando ainda molhadas.

7. Aplique um curativo no ferimento.

Sondagem orogástrica:

Conceito:

É a introdução da sonda para alimentação da boca até o estômago.

Indicações: é indicada para recém-nascidos, pois ainda não têm capacidade de respiração
pela cavidade oral, necessitando de manutenção das vias aéreas superiores livres e
permeáveis, e quando o calibre da sonda é maior que o usado para a faixa etária.

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Materiais e Equipamentos Necessários para a Técnica de SO:

 Sonda gástrica de tamanho apropriado (do nº. 4 ao 10) conforme indicação.


 Cordão ou fio de algodão para fixação.
 Seringas de 5 ml.
 Luva de procedimento.
 Estetoscópio
 Adesivos: microporoso e esparadrapo previamente cortado.
 Cuba rim ou bandeja.
 Saco coletor (conforme indicação médica).

Descrição do procedimento:

 - Explicar previamente o procedimento aos pais.


 - Reunir todo o material na bandeja ou cuba rim .
 - Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
 - Calçar luvas de procedimento.
 - Posicionar o RN em decúbito dorsal com pescoço semi-flexionado. Mensurar a sonda:
parte final do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e deste até o apêndice xifóide .
 - Realizar a marcação da sonda com esparadrapo no local previamente mensurado .
 - Amarrar o cordão de algodão sobre a marcação de forma centralizada .
 - Fixar o micropore sobre a pele da região da articulação da mandíbula (zigomática)
(fIntroduzir a sonda delicadamente pela cavidade oral ou nasal até a marcação
previamente estabelecida .
 - Aspirar a sonda utilizando uma seringa de 5 ml.
 - Observar a presença de resíduo gástrico, caso haja, registrar aspecto e volume e
desprezar .
 - Injetar 1 ml de ar através de movimento único.
 - Auscultar simultaneamente com estetoscópio sobre região epigástrica para confirmar o
posicionamento da sonda no estômago .
 - Aspirar o ar injetado e fechar a sonda.
 - Fixar o cordão sobre o micropore fixado na região zigomática com o auxílio do
esparadrapo cortado previamente.
 - Manter a sonda aberta ou fechada conforme a prescrição médica.
 - Colocar a data de instalação na sonda.
 - Posicionar o RN confortavelmente .
 - Recolher todo o material utilizado.
 - Retirar as luvas.
 - Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
 - Registrar o procedimento.

7- MÉTODO CANGURU

Definição:

O Método Canguru é um modelo de atenção perinatal voltado para a atenção qualificada e


humanizada que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial com uma ambiência que
favoreça o cuidado ao recém-nascido e à sua família. O Método promove a participação dos
pais e da família nos cuidados neonatais. Faz parte do Método o contato pele a pele, que
começa de forma precoce e crescente desde o toque evoluindo até a posição canguru.

Vantagens:

▶ Reduz o tempo de separação mãe/pai-filho.

▶ Facilita o vínculo afetivo mãe/pai-filho.

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▶ Possibilita maior competência e confiança dos pais no cuidado do seu filho, inclusive após a
alta hospitalar.

▶ Estimula o aleitamento materno, permitindo maior frequência, precocidade e duração.

▶ Possibilita ao recém-nascido adequado controle térmico.

▶ Contribui para a redução do risco de infecção hospitalar.

▶ Reduz o estresse e a dor.

▶ Propicia melhor relacionamento da família com a equipe de Saúde.

▶ Favorece ao recém-nascido uma estimulação sensorial protetora em relação ao seu


desenvolvimento integral.

▶ Melhora a qualidade do desenvolvimento neuropsicomotor.

Critérios do recém-nascido para Canguru:

▶ Peso mínimo de 1.600 g.

▶ Ganho de peso nos três dias que antecederem a alta hospitalar.

▶ Sucção exclusiva ao peito ou, em situações especiais, mãe e família habilitados a realizar a
complementação.

8- Complicações e anomalias mais frequentes no recém-nascido

a) Refluxo gastroesofágico (RGE)

Conceito:

Trata-se de retorno passivo e involuntário do conteúdo gástrico para o esôfago, com


tendência a refluir o conteúdo gástrico para o esôfago, agravando-se ainda mais nas
situações pós-prandiais, quando há aumento da pressão intra-abdominal, como tosse,
exercício físico, força na evacuação, choro e posição de decúbito horizontal.

Sinais e sintomas:

 Esofagite
 Estenose do esôfago
 Vômito
 Desnutrição
 Soluções
 Dor epigástrica
 Irritabilidade
 Anemia
 Broncoespasmo
 Pneumonia
 Tosse e rouquidão

Fatores predisponentes:

Vários fatores podem causar a RGE, entre eles, está a hérnia de hiato. Normalmente o
esôfago termina no estômago, pouco abaixo do hiato diafragmático. Na hérnia, a transição
esôfago-gástrica está localizada acima do hiato, o que faz com que o estômago seja
submetido à pressão do diafragma, e não o esôfago.

21
Também condições que levam à redução da pressão intratorácica e “puxam” o conteúdo do
estômago para o esôfago, como doenças pulmonares e otorrinolaringológicas.

Tratamento:

Usar as medidas preventivas, como evitar o uso de fórmulas lácteas, emprego de


mamadeiras, e amamentar de preferência com o RN em decúbito elevado.

Medicamentoso: procinéticos (domperidona), metoclopramida redutores da acidez gástrica e


cisaprida (prepulsid).

Assistência de enfermagem:

1.Orientar os pais sobre o refluxo, que na maioria dos casos o prognostico é bom e os
possíveis tratamentos;

2.Aumentar o número de refeições e fracionar a alimentação oferecida a criança, lembrando


sempre que se a criança mamar no peito, oferecer o mesmo peito até que esvazie para que
ela mame o leite de trás também;

3.Orientar se houver o uso da mamadeira, ela deve ficar sempre bem levantada, de forma
que a região do bico esteja sempre preenchida totalmente com leite. O líquido deve apenas
gotejar e não jorrar;

4.Manter o leito em 30 ou 45 grau, dependendo a severidade do caso, e em decúbito lateral


e orientar os pais que é para reduzir as possibilidades de aspiração.

5.Evitar chacoalhar ou agitar a criança durante e após as refeições;

6.Orientar os pais e a criança para a realização de higiene oral após cada episódio de
vômito;

7.Orientar os pais que evite a automedicação, e que comuniquem ao médico em caso de uso
de teofilina, aminofilina ou algum medicamento utilizados para o tratamento da bronquite;

8.Realizar balanço hidroeletrolítico;

0.Observar sinais de desidratação: prega cutânea, mucosas secas, pele ressecada, olhos
afundados e sem brilho;

10.Observar as características do vômito ou regurgitação e anotar no prontuário;

11.Observar sinais e sintomas de doença do refluxo gastresofágico, lactentes que, choram


muito, não ganha peso e apresenta vômitos frequentes, crianças com dor abdominal;

12.Orientar os pais a evitar que a criança permaneça em locais onde existam fumantes. A
nicotina espalhada pelo tabaco é poderoso relaxante da musculatura da cárdia e intensifica
potentemente o RGE.

b) Hidrocefalia

Conceito:

É caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquor, por obstrução da drenagem, excesso de


produção e deficiência de absorção no espaço subaracnóideo. O acúmulo causa aumento da
pressão intracraniana e, em crianças cuja fontanela ainda está aberta, crescimento do
perímetro cefálico.

Tratamento:

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Cirúrgico, com a colocação de uma válvula que desvia o curso liquoriano para a cavidade
abdominal (peritônio) – derivação ventrículo-peritoneal, ou mais raramente, para o átrio
direito, derivação ventrículo-atrial.

Assistência de enfermagem:

- Verificar os sinais vitais periodicamente.

- Verificar o perímetro cefálico conforme prescrito.

- Observar alterações na consciência e padrão respiratório.

- Observar mudanças de comportamento e irritabilidade.

- Realizar balanço hídrico.

- Pesar a criança diariamente.

- Manter decúbito ligeiramente elevado.

- Facilitar a permeabilidade de vias aéreas.

- Estimular a aceitação da dieta ou aleitamento materno.

c) Anomalias da medula espinhal

Espinha bífida

Conceito: Falha no fechamento da coluna espinhal, devido a anomalias do desenvolvimento


da vértebra.

A falha do fechamento pode ocorrer em qualquer nível, porém é mais comum na região
lombossacra da coluna..

Espinha bífida com meningocele

Caracteriza-se pela herniação das meninges, através de um defeito dos arcos vertebrais
posteriores. É recoberta pela pele, geralmente lombossacra.

Espinha bífida com mielomeningocele

Caracteriza-se pela herniação de meninges, raízes nervosas e parte da medula, através de


um defeito dos arcos vertebrais posteriores. É recoberta por uma fina membrana, e
representa a forma mais intensa de disrafismo envolvendo a coluna vertebral. Normalmente
localiza-se na região lombossacra.

Tratamento:

Cirúrgico

Assistência de enfermagem (ver todos os cuidados pré e pós-operatórios de crianças


submetidas a cirurgias).

d) Deformidade de Talipe

Conceito: Refere-se a um defeito congênito nos pés que afeta os tornozelos, normalmente
denominado “baqueamento do pé”.

As variedades de talipe têm seus nomes de acordo com a posição anatômica da deformidade
(inversão, eversão, ou flexão).

23
Talipe equinovaro é uma combinação de uma posição fixa de flexão para baixo e para
dentro.

Tratamento: aplicação de gesso.

Assistência de enfermagem:

- Oferecer apoio aos pais e orientar sobre o longo prazo para o tratamento surtir efeito.

- Avaliar condições da pele sob o gesso.

- Avaliar os dedos quanto a calor e cor.

- Manter o gesso seco, orientando os pais para que isso permaneça.

- Verificar pressão do gesso, em especial em torno dos orifícios do mesmo.

e) Hipospádia e epispádia:

Conceito:

Malformação em que o meato uretral termina na porção ventral do pênis, atrás da glande ou
em algum outro ponto, sem comprometimento do esfíncter.

Tratamento:

Cirúrgico: visa capacitar a criança para urinar em pé, direcionando voluntariamente o jato,
melhorar o aspecto físico.

Epispádia

Defeito no qual a uretra encontra-se localizada na parte dorsal do pênis, sem sua parede
dorsal completa, geralmente com comprometimento do esfíncter.

Tratamento: cirúrgico

f) Criptorquidia

É a condição em que um ou dois testículos não descem à bolsa escrotal.

Assistência de enfermagem à criança com distúrbios geniturinários

 Realizar balanço hídrico.


 Verificar sinais vitais frequentes.
 Observar frequência e características da diurese.
 Pesar a criança diariamente.
 Manter repouso.
 Observar aparecimento ou aumento de edema.
 Orientar quanto ao tratamento.
 Controlar restrição hídrica quando prescrito.

24
g) Atresia do esôfago

Conceito:

É uma má-formação congênita, que resulta em falha no desenvolvimento do esôfago como


uma passagem contínua e única. Pode apresentar-se com ou sem fístula traqueal.

Sinais:

 Salivação excessiva e sialorreia


 Engasgos
 Problemas respiratórios
 Retorno da alimentação pelo nariz
 Cianose
 Abdome globoso pela presença de ar (quando há fístula distal)

Tratamento:

Cirúrgico, com a interrupção da alimentação oral tão logo a má-formação seja diagnosticada.

Pode ser gastrostomia ou jejunostomia, temporária ou definitiva.

Assistência de enfermagem:

Cuidados pré e pós-operatórios

- incubadora aquecida e umidificada;

- lateralizar ou elevar a cabeceira do leito;

- administrar antibióticos de acordo com prescrição;

- administrar líquidos parenterais;

- observação constante.

- aspiração da saliva acumulada na cavidade ora;

- após a cirurgia, administrar alimentação pela sonda de gastrostomia com seringa;l

- trocar curativo diariamente da gastrostomia e toracotomia;

- manter área da esofagostomia seca;

h) Fendas labiopalatinas

Conceito: são malformações faciais, de causa genética e ambiental, em que há uma


incapacidade de fusão ou fechamento dos lábios superiores, na linha média, do palato (duro
e/ou mole), ou a combinação de ambos.

A fenda labial é visivelmente detectada ao nascimento. Já a fenda palatina é detectada pelo


exame da cavidade oral, colocando-se o dedo diretamente no palato da criança.

Complicações:

 Dificuldades de alimentação.
 Dificuldades de deglutição e sucção.
 Aspiração de conteúdo da cavidade oral para a árvore respiratória.
 Otite, podendo levar à perda de audição.
 Dificuldade de pronunciar palavras, sons nasais.

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Tratamento:

- De acordo com o grau, a localização e o tipo de fenda, na alimentação são utilizados desde
bicos de mamadeira especiais e placas palatais até sondas gástricas ou enterais.

- O tratamento envolve vários especialistas e visa o fechamento da fenda, a prevenção de


complicações e habilitação e reabilitação da criança.

Cirúrgico: reconstituição da fissura que geralmente envolve vários estágios. O prognóstico


depende da extensão e da combinação das deformidades.

Assistência de enfermagem:

Pré-operatório:

 Administrar alimentos líquidos, fracionados, utilizando bico maior e mais mole (ou
conta-gota);
 Fazer a criança eructar e colocar em posição de proclive após a alimentação;
 Limpar cuidadosamente a linha da fissura após a alimentação;
 Observar qualquer sinal de problemas respiratórios ou gastrintestinais;
 Evitar o contato da criança com pessoas com infecção.

Pós-operatório:

 Administrar alimentos líquidos, fracionados em xícara ou colheradas; lentamente em


posição de proclive;
 Limpar cuidadosamente a linha de sutura;
 Manter a criança em decúbito dorsal e lateralizada;
 Aspirar a saliva e/ou muco quando presentes;
 Fazer restrições dos braços para impedir que a criança leve a mão ou brinquedos à
boca;
 Dar atenção e carinho para mantê-la livre de ansiedade e tensão.b

9- ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Por causa da grande variedade do tamanho corporal das crianças, as medidas devem ser
dosadas, conforme peso, área de superfície e idade.

1. Técnicas de administração de medicamentos:


 Medicamentos por via oral

São os mais utilizados, por serem os de mais fácil aceitação pelas crianças e os menos
traumatizantes. Além disso, a via oral tem grande capacidade de absorção.

Materiais: copinhos, conta-gotas, colherinhas graduadas, seringa de 3ml.

Ordem de execução da medicação oral:

1 – conferir a medicação com a prescrição médica;

2 – lavar as mãos;

3- quando se tratar de medicamento sólido, deve ser triturado e diluído;

4 – identificar a criança e aproximar o material do berço;

5 – ministrar o medicamento, e se necessário, limpar a boca da criança;

6 – acomodar a criança;

7 – checar a medicação prescrita;

26
8 – acondicionar o material no local adequado;

Observação: Quando há uma recusa ou vômito, não se deve insistir repetidamente com a
medicação, procurar um intervalo para efetuar nova tentativa. Bebês recém-nascidos,
requerem ser colocados no colo, o que permite dar mais atenção, portanto responderá com
maior receptividade.

 Medicamentos por via intramuscular.

Em recém-nascidos os locais de preferência são os terços médios da coxa, face interna,


anterior e lateral. Nos lactentes, aplicam-se nos glúteos, quadrante superior externo
(direito e/ou esquerdo), vasto lateral da coxa.

Nas crianças mais crescidas, cuja musculatura já está desenvolvida, dá-se preferência
aos vasto-lateral da coxa e deltoides.

Material: seringa de 3 ou 5ml

Agulhas, de acordo com idade, peso, condição e turgidez do tecido.

RN : agulhas 13 x 5 ou 20 x 6

Técnica:

Este local inclui a área abaixo do trocanter maior até acima do côndilo femoral ou área
do joelho (todo aspecto ântero-lateral da coxa).

1. Inserir a agulha perpendicularmente à coxa.


2. A agulha e a seringa devem estar em paralelo com o solo.
3. Utilizar o tamanho correto da agulha, pois uma agulha comprida em direção póstero-
medial pode causar complicações nesse local.

 Medicamentos por via endovenosa

Esta é uma via de absorção imediata. A técnica facilita a reidratação, restituindo volumes
de líquidos e eletrólitos com maior rapidez e segurança.

Técnica:

 Observar anteriormente o local da punção (hepicrânio, braço, antebraço);


 Para puncionar veias do hepicrânio fazer tricotomia da região, envolver a criança em um
pano, com braços presos, cabeça mais baixa que o tronco para melhor visualização das
veias;
 Introduzir a agulha na pele da cabeça, quando o bisel da agulha estiver no vaso, o
sangue reflui pelo cateter, deve-se introduzir a maior parte da agulha no vaso; injeta-se
um pouco de soro para comprovar a permeabilidade da veia;
 Fixar o gelco com micropore;

27
Pontos a serem observados:

 Variar sempre os locais da punção;


 Observar o local da punção e controlar o gotejamento do soro;
 Evitar o uso de esparadrapo diretamente na pele da criança;
 Diferenciar artéria e veia antes de puncionar o vaso;
 Evitar puncionar veias localizadas nas articulações;
 Puncionar veias do pé em último caso.

 Medicamentos por via subcutânea

Técnica:

Os princípios gerais da injeção intramuscular aplicam-se no caso da injeção subcutânea. Uma


prega de pele é pinçada com firmeza entre o dedo polegar e o indicador. A agulha é inserida
na prega de pele em ângulo de 45º.

Indicação: Insulina, morfina, vacinas.

Ângulo: 90º (agulha 10 x 5)

45º (agulha maior)

Locais: parte externa dos braços, laterais da coxa e abdome.

 Medicamentos por via intradérmica

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 Indicações: BCG e PPD
 Regiões: antebraço, região anterior
 Volume: até 0,5ml
 Material: seringa hipodérmica 1ml, agulha 10 x 5
 Ângulo: 10 a 15º com bisel para cima: introduzir 3 cm.

Técnica:

Estique bem a pele. Com a agulha paralela à superfície, faça uma inserção oblíqua na
epiderme. A solução é introduzida lentamente, de modo a formar uma bolha na pele.

 Diluição de medicamentos em neonatologia

Um exemplo:

Foi prescrito Aminofilina 3mg EV; tem-se na unidade ampolas de 240mg/10ml. Como
proceder?

PM – Aminofilina 3mg EV

AP – Aminofilina 240mg/10ml

AP – DIL

PM – X

240mg _ 10 ml

3mg _ X

240mg. X = 3mg. 10ml

X = 3mg. 10ml

240mg

X = 30mg.ml

240mg

X = 0,125ml

Difícil aspirar pequeno volume, não?

Rediluindo para aumentar o volume.

240mg _ 10 ml Da ampola de 240mg/10 ml, vamos aspirar 1ml na


seringa

X _ 1 ml de 10 cc.

X.10ml = 240mg.1ml Cruza, cruza (X)

X = 240mgml Dividir ou simplificar por 10, lembrando de cortar


unidades

10ml iguais.

29
X = 24 mg Na seringa temos 1ml que corresponde a 24mg.

Tem-se agora uma nova apresentação. Lembre-se que falamos de aumento de volume com
a mesma quantidade de soluto (24mg). Agora é só aspirarmos mais 9 ml de AD completando
10ml que corresponde a 24mg. Por que completar 10ml?

Apenas para facilitar os cálculos:

Então:

24mg _ 10 ml 1ml + 9ml de AD = 10ml (seringa)

3mg _ X Uma nova AP, porém a PM é a mesma = 3mg

X. 24mg = 3mg. 10 ml

X = 30mg.ml Divide-se ou simplifica-se por 10. Lembre-se de cortar

24 ml as unidades iguais.

X = 1,25ml Resposta: Aspirar 1,25 ml na seringa

Exercícios:

1) A prescrição é de amicacina 20mg. Tenho FA de 2 ml com 200mg.


Frasco-ampola + 3ml de AD = 20mg/ml
Frasco-ampola + 8ml de AD = 10mg/ml

2) A prescrição é de benzilpenicilina G potássica 250.000UI. Tenho FA de 5.000.000UI.


Frasco-ampola (5.000.000UI) + 8ml AD = 500.000 UI/ml
1ml (500.000UI) + 4ml AD = 100.000UI/ml (pó vale 2ml)

3) A prescrição é de fenitoína 10mg. Tenho ampola de 5ml/250mg.


Fenitoína (Hidantal): ampola de 5ml / 250mg.
1 ml (50mg) + 4ml de AD = 10mg/ml

4) A prescrição é de dipirona 25mg. Tenho dipirona sódica (solução oral de 50mg/ml)

5) Foi prescrito para o paciente 5 mg de Gentamicina por via endovenosa de 12/12


horas diluídos em 20 ml de soro glicosado 5 %. No Hospital encontra-se disponível
apenas ampolas de 40 mg/ml. Como calcular e administrar este fármaco?

ENFERMAGEM EM PEDIATRIA

30
Conceito de Pediatria

É o ramo da medicina que se dedica ao ser humano em crescimento e desenvolvimento,


desde a fecundação até a adolescência.

Enfermagem Pediátrica

É um campo de estudo e de prática da enfermagem, dirigida à assistência à


criança, até a adolescência.

1- UNIDADE PEDIÁTRICA

Requisitos Gerais:

A – Fisicos:

Em comparação com outras Unidades, a Unidade Pediátrica possui setores


especiais, indispensáveis e deve ser equipada adequadamente para atender às
diversas faixas etárias.

No aspecto físico podemos destacar:

a) Sala de admissão equipada com


 Cadeiras (em material de consistência resistente e lavável);
 Bebedouro com dispositivo para crianças;
 Armários com brinquedos e revistas;
 Decoração de parede adequada a crianças;
 Mesa e material para exame físico.
b) Enfermarias conforme patologias e idades
 Berços e camas dispostos de forma a possibilitar a circulação do pessoal do
serviço;
 Mesa para troca de roupa;
 Armário para roupas;
 Lavatório;
 Suporte de soro;
 Lâmpada auxiliar.
c) Refeitório e Sala de Recreação com
 Mesa e cadeiras (em diferentes tamanhos, em material de consistência
resistente e lavável);
 Armários para guardar material de recreação;
 Suporte de soro;
 Lavatório.
d) Copa com
 Balcão para preparo dos alimentos;
 Banho-maria para aquecer as mamadeiras;
 Geladeira;
 Fogão;
 Lavatório.
e) Sala de Exame e Tratamento contendo
 Balcão com pia e água corrente;
 Porta-toalhas e sabão;
 Mesa acolchoada;
 Suporte de soro;

31
 Armários para guardar material de consumo;
 Carro de curativo;
 Balde para desprezar material sujo com tampa e pedal.
f) Banheiros com
 Banheira;
 Mesa acolchoada;
 Balança;
 Prateleiras contendo material para uso durante o banho;
 Chuveiro para crianças maiores;
 Sanitários;
 Pias;
 Hamper;
 Suporte de soro.
g) Posto de Enfermagem
h) Sala de Utilidade (DML)
i) Unidade de Isolamento
j) Instalação sanitária para funcionários
k) Sala de alto risco

Recursos Humanos

 Saúde física e mental;


 Gosto pelo trabalho com crianças;
 Responsabilidade;
 Senso de observação;
 Bom aspecto;
 Alegria;
 Jovialidade.

2- CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Definições:

Crescimento – Aumento físico do corpo, como um todo ou em suas partes e pode ser
medido em centímetros ou gramas.

Desenvolvimento – Aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada


vez mais complexas. Desenvolve controle neuromuscular, destreza e traços de caráter.
Funções que só podem ser medidas por meio de testes e provas funcionais.

2.1. Crescimento normal – No início um período de crescimento rápido seguido de um


período lento até a puberdade, onde ocorre um período de aceleração .

 Altura – o bebê cresce em média 25 cm no primeiro ano; 2º ano = 15 cm; entre 2 e


3 anos, 10 cm; 5 a 10 cm por ano, até a puberdade (9-10 anos).
 Peso – ao nascer, em média o bebê apresenta 3.300g, aos 5 meses dobra de peso e
no final do 1º ano de vida, triplica.
 Perímetro cefálico – primeiro ano cresce 12 cm.
- 1 a 2 anos – 2 cm

- 2 a 6 anos – 1 cm

Dentição – A dentição inicia-se no maxilar inferior e continua, em geral, irrompendo os


dentes inferiores antes de seus correspondentes superiores. A expulsão dos dentes

32
temporários segue também, essa ordem, assim como sua substituição por dentes
permanentes.

A erupção do 1º dente dá-se em geral, no 6º mês de vida havendo no entanto grandes


diferenças individuais.

O atraso de mais de um ano, na erupção dos primeiros dentes, pode estar ligado a
situações patológicas como:

 Mongolismo;
 Cretinismo;
 Raquitismo, etc.

Constituição dos dentes:

1ª dentição: 20 dentes e termina aproximadamente aos 3 anos de idade.

2ª dentição: 32 dentes, inicia-se aos 6 a 7 anos.

A erupção dos dentes pode vir acompanhada de febre, irritabilidade e distúrbios


gastrointestinais.

Importância dos da dentição:

- Importante para a saúde geral, crescimento e desenvolvimento;

- Atuam na mastigação, facilitando a digestão;

- São elementos fundamentais para a pronúncia das palavras (fonação);

- Grande influência na estética.

Higiene bucal:

 Limpeza da gengiva, bochecha e língua com fralda ou gaze umedecida com água
filtrada ou fervida;
 Mais tarde, com os dentes molares, limpeza com escova de dentes pequena, macia,
sem pasta;
 Recomenda-se o uso do fio dental;
 Antes dos 4 anos não usar pasta de dentes com flúor;
 A partir dos 4, pouca pasta, ensinar a cuspir;

Malefícios de bicos artificiais:

Embora utilizadas pela maioria das crianças, mamadeiras e chupetas podem causar inúmeros
danos e serem transmissores de germes e vermes. Por isto, uma série de recomendações e
normas estão sendo criadas para desencorajar o uso e controlar a publicidade destes
produtos, até então inocentes símbolos da infância.

Passo 9 - Iniciativa Hospital Amigo da Criança da OMS/UNICEF estabelece que não deve ser
dado ao lactente chuquinhas ou chupetas mesmo sendo ortodônticas.

Razões para não dar bicos artificiais;

33
 uso de bicos artificiais leva ao fenômeno "confusão de bicos", isto é, uma forma errônea de recém
nascido posicionar a língua e sugar o seio, levando-o ao desmame precoce.
 Na mamadeira ou na chuquinha, o RN empurra a ponta da língua contra o palato para deter o fluxo
do leite artificial, da água ou do soro glicosado (que são dispensáveis) e não suga, mas apenas
engole passivamente o alimento.
 Chance de ter monilíase (sapinho);
 Cárie de mamadeira;
 Veículo de transmissão de enteroparasitoses e coliformes fecais;
 Risco de otite média;
 Respirador bucal, levando a amidalites e problemas da arcada dentária; Mordidas cruzadas

A "Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes" (CNS, 1992) deixa bem
claro que os rótulos de mamadeiras, bicos e chupetas devem conter a seguinte mensagem:

"A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico".

http://www.aleitamento.com/amamentacao/conteudo.asp?cod=361

10 – ATENÇÃO Á CRIANÇA HOSPITALIZADA

Reações da criança hospitalizada:

Uma vez que as várias respostas da criança são influenciadas pelas diferentes fases de
crescimento e desenvolvimento, sua idade e nível de desenvolvimento são os fatores mais
significativos que afetam as atividades de enfermagem.

Por exemplo, um procedimento de enfermagem que envolva a invasão de um orifício do


corpo é mais traumático para uma criança de cinco anos, cuja percepção do próprio corpo é
aguçada.

Reações da criança à Hospitalização.

< 2 anos – dor,separação dos pais, ambiente estranho.

2 a 5 anos – medo do abandono, raiva dos pais, doenças paralelas ,ambiente estranho.

6 aos 11 anos – insegurança ,castigo, culpa.

Fatores que afetam a adaptação da criança à internação.

 Idade.
 Natureza da doença.
 Experiências anteriores.
 Qualidade da assistência.
 Sistema de apoio disponível.
 Papel da Equipe de Enfermagem
 Observar respostas da criança a doença e ao meio.
 Minimizar a perda de controle(restrições físicas, rotinas alteradas, regressão,
estruturação do tempo).

Pedir apoio psicológico se necessário.

Brinquedoterapia: (Ludoterapia) ou Recreação Hospitalar

Conceito:

RECREAÇÃO HOSPITALAR – RECREAL O QUE É ? RECREAÇÃO – “recreare” – “Recreação:


processo de criação e re-criação de atividades” (Netto, 1998) RECREAÇÃO DE HOSPITAL –
RECREAL –“processo de criação e re-criação de atividades lúdicas no ambiente hospitalar”

34
(Cretucci, 2003) A QUEM SE DESTINA? Pessoas e principalmente crianças hospitalizadas ou
que passam por momentos de sensibilização da saúde.

A recreação é uma necessidade para a criança em qualquer das etapas de sua vida. Ela
representa para a criança ocupação maior, comparativamente. A recreação seria para a
criança aquilo que o trabalho representa para o adulto.

Como proceder à recreação da criança hospitalizada

Antes de proceder à recreação, há necessidade de se preocupar com três pontos


importantes:

1- A dosagem das atividades recreativas devem ser de acordo com a situação do paciente:
- do ponto de vista clínico;
- traços da educação;
- preferências pessoais;
- rotina hospitalar;

2- Estimular durante as brincadeiras, atitudes divertidas e saudáveis.

3-Criar instrumentos recreativos bem como promover, facilitar, estimular nas crianças a
iniciativa de criá-los.

O material utilizado por estar acessível por ser de baixo custo, por estarem em desuso,
como:

 Rolos de papel higiênico (vazio);


 Caixa de medicamentos (vazias);
 Tubos de soro
 Meias velhas;
 Caixa de sapato;
 Lata de leite em pó
 Medidas de leite em pó;
 Colherinhas plásticas;
 Revistas com gravuras;
 Propaganda escrita e colorida (de medicamentos);
 Linhas;
 Cola;
 Pincéis improvisados (espátulas de madeira forradas nas extremidades com algodão)
 Tesoura sem ponta.

11 – PRINCIPAIS ACIDENTES NA INFÂNCIA

Para a OMS, acidente é um acontecimento independente da vontade humana,


desencadeado pela ação repentina e rápida de uma causa externa, produtora ou
não de lesão corporal e/ou mental. Os acidentes constituem uma importante causa
de morbidade e mortalidade na infância em todo o mundo.

Fatores que influenciam os acidentes;

 Sociais (nas classes sociais mais baixas há o predomínio de acidentes com fogo;
 Nas mais altas o predomínio é com água);
 Civilização (guerras e violências nas cidades);
 Culturais (liberdade dada pelas famílias;
 Condições físicas (meninas ou meninos).

Acidentes mais comuns de acordo com a faixa etária:

35
 Lactentes até 6 meses: quedas, queimaduras, sufocação, intoxicação e acidentes de
automóvel. Mais de 90% dos casos de acidentes de automóvel, quedas e asfixias
poderiam ser evitados.

 Lactentes de 7 a 12 meses: queda, queimadura, afogamento, envenenamento,


sufocação, choque elétrico e acidentes envolvendo automóvel.

 Crianças de 1 a 2 anos: quedas e ferimentos, queimaduras e choques elétricos,


afogamento e autossegurança.

 Crianças de 2 a 6 anos: quedas, ferimentos e afogamento, queimaduras,


autossegurança, envenenamento, mordida de animais e segurança no tráfego.

 Acima de 6 anos: choque elétrico, quedas e colisões, queimaduras, intoxicação e


afogamento.

 Adolescentes: afogamento, armas de fogo e vítimas urbanas.

Tabela : Medidas de prevenção contra acidentes

Acidentes Medidas de prevenção


Asfixia, sufocação e engasgo Talco= não usar e não deixar o recipiente ao alcance
da criança
Cordão ou presilha de chupeta – não devem ser
utilizados.
Sacos plásticos – manter fora do alcance da criança
Caroços de frutas, balas e pequenos objetos –
manter fora do alcance da criança
Lençóis, mantas e cobertores – manter sempre
presos ao colchão
Travesseiros – evitar a utilização, principalmente em
lactentes.
Intoxicação Dar preferência a produtos químicos cujas
embalagens disponham de tampa de segurança.
Medicamentos – devem ser administrados apenas
sob orientação médica e mantidos fora do alcance da
criança.
Derivados de petróleo – não armazenar em casa.
Plantas ornamentais (saia branca, comigo-ninguém-
pode, oficial de sala, pinhão paraguaio,etc.)-
verificar e evitar as tóxicas.
Alimentos perecíveis – devem ser conservados em
geladeira ou freezer, verificando a validade e
experimentando antes.
Elétricos Fios descascados – substitui-los imediatamente
Chaves cm fusíveis expostos – substituir por
disjuntores.
Tomadas – sempre que possível, ocultas ou com
protetores.
Corpos estranhos Grãos de cereais, chicletes, balas duras, botões,
colchetes, pregos, parafusos, agulhas, alfinetes,
moedas, medalhinhas, etc – manter fora do alcance
da criança, preferencialmente em armários fechados.
Brinquedos Não devem ser pequenos, as partes pequenas não
podem se soltar nem apresentar arestas e/ou
pontiagudas e não podem ser facilmente quebráveis.
Triciclos e bicicletas – apenas na época correta, com
aprendizado seguro e uso de capacete.
Outras causas Objetos perigosos (facas, furadores, martelos,

36
alicates, chaves de fenda, serras, etc). – manter
sempre fora do alcance da criança. Armas de fogo,
punhais e canivetes – devem ser guardados em
locais seguros e inacessíveis à criança.
Animais – não manter em casa animais com
comportamento sabidamente agressivo ou de grande
porte; manter rigorosamente em dia a vacinação;
orientar a criança a evitar contato com animais
estranhos.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Segurança da Criança e do Adolescente.
BH, MG, 2003, modificado.

Primeiros Socorros com acidentes na infância:

A – AFOGAMENTO:

Convém lembrar que uma criança pequena se pode afogar em poucos centímetros de água,
num tanque, balde ou alguidar quase vazio, ou até mesmo na banheira, durante o banho.

Retirar imediatamente a vítima de dentro de água.

• Verificar se está consciente, se respira e se o coração bate.

• Colocar a vítima de barriga para baixo e com a cabeça virada para um dos lados.

Removê-la para um lugar seco;

• Avaliar o nível de consciência;

• Avaliar o padrão respiratório: dificuldade para respirar, presença de tosse, presença de


espuma na boca ou nariz, ausência de respiração;

• Aquecer a vítima.

 Comprimir a caixa torácica 3 a 4 vezes, para fazer sair a água.

Compressão torácica no bebê (< 1 ano):

A área de compressão deve ser sobre o esterno (osso central da caixa torácica). A técnica
para compressão torácica é a seguinte:

1.Usar uma das mãos para manter a posição da cabeça do bebê;

2.Com a outra mão, comprimir o tórax com dois dedos sobre o esterno, imediatamente
abaixo da linha dos mamilos;

3.Comprimir o esterno aproximadamente de 1/3 à metade da profundidade

do tórax;

4.No fim de cada compressão, liberar a pressão sem remover os dedos do tórax, permitindo
que o esterno retorne à sua posição normal. Deve ser realizado um ritmo suave de
compressão-relaxamento, sem movimentos bruscos;

5.Se a vítima retornar à respiração espontânea, colocá-la em posição de recuperação.

Compressão torácica na criança (1 a 8 anos):

A área de compressão deve ser sobre o esterno, na linha dos mamilos. A técnica para
compressão torácica é a seguinte:

37
1.Manter a posição da cabeça de forma que seja possível aplicar as ventilações

sem ter que reposicioná-la;

2.Colocar a região hipotenar de uma mão na região entre os mamilos, sobre o esterno da
vítima. O eixo mais longo da região hipotenar da mão deve ficar sobre o eixo mais longo do
esterno;

3.Manter os dedos afastados das costelas, enquanto a palma da mão permanece sobre o
esterno, e realizar as compressões;

4.Pode-se também utilizar as duas mãos para realizar as compressões, conforme técnica
descrita para criança maior de 8 anos e adolescente (ver a seguir);

5.Possibilitar o retorno do tórax para sua posição normal após cada compressão, mas sem
afastar a mão do tórax;

6.Comprimir o tórax aproximadamente de 1/3 à metade da sua profundidade (diâmetro


ântero-posterior);

7.Se a vítima retornar à respiração espontânea, colocá-la na posição de recuperação.

- ASFIXIA, ENGASGO

Milho, feijão e amendoim são os grãos que mais causam engasgos em bebês, de acordo com
dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A obstrução das vias aéreas por corpo estranho promove o bloqueio da passagem do ar, o
que impede a vítima de respirar, podendo levar à morte.

Deve-se suspeitar de obstrução da via aérea por corpo estranho quando ocorrer:

• Início súbito de dificuldade respiratória, acompanhada de:

- Tosse;

- Náuseas (enjoos);

- Ruídos respiratórios incomuns;

- Descoloração da pele (palidez);

- Coloração arroxeada dos lábios;

- Dificuldade ou até incapacidade para falar ou chorar;

- Aumento da dificuldade para respirar, com sofrimento;

• Sinal universal de engasgo: a vítima, na tentativa de indicar um problema nas vias aéreas,
segurará seu pescoço;

• Ausência de expansibilidade do tórax: na pessoa encontrada inconsciente e sem respiração


espontânea, na qual foram aplicadas ventilações de resgate, após abertura das vias aéreas,
e não ocorreu a expansão do tórax.

MANOBRAS PARA DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS

Manobras no bebê (< 1 ano) consciente:

38
1.Segurar o bebê com a face voltada para baixo (de bruços), sobre o antebraço do
socorrista. Segurar a cabeça firmemente, apoiando a mandíbula (cuidado para não
comprimir os tecidos moles da garganta do bebê). O socorrista deve manter seu antebraço
próximo ao seu corpo, para suportar bem o peso do bebê. A cabeça do bebê deve estar mais
baixa do que o tronco e as pernas separadas, uma de cada lado do braço do socorrista;

2.Aplicar 5 golpes vigorosos no dorso do bebê, entre as escápulas, usando a região hipotenar
da outra mão;

3.Após ter dado os 5 golpes no dorso, colocar a mão livre (a que aplicou os golpes) no dorso
do bebê, segurando sua cabeça. O bebê é firmemente seguro como um sanduíche entre as
duas mãos e braços do socorrista. A palma de uma mão segura o rosto e a mandíbula,
enquanto a da outra mão segura a parte posterior da cabeça e pescoço e os antebraços
apóiam o tronco;

4.Virar o bebê em bloco, enquanto a cabeça e o pescoço são cuidadosamente apoiados, e


segurá-lo em posição supina (barriga para cima), próximo ao corpo do socorrista, que deve
manter seu antebraço apoiado na sua coxa. A cabeça do bebê deve permanecer mais baixa
do que o tronco e sempre apoiada posteriormente pela mão do socorrista;

5.Aplicar 5 compressões torácicas rápidas (como as compressões da ressuscitação


cardiopulmonar - RCP): 2 dedos colocados sobre o esterno, imediatamente abaixo da linha
dos mamilos.

Compressões abdominais rápidas (Manobra de Heimlich) na criança (1 a 8 anos) e no


adolescente consciente:

Realizar os seguintes passos para liberar as vias aéreas do escolar consciente:

1.Neste processo o escolar pode permanecer sentado ou em pé;

2.Posicionar-se em pé ou ajoelhado atrás do escolar, com os braços diretamente abaixo das


axilas, circundando o tórax do mesmo;

3.Manter suas pernas levemente afastadas para amparar uma possível queda do escolar;

4.Fechar uma das suas mãos em punho e encostar o lado do polegar contra o abdome do

escolar, na linha média, ligeiramente acima do umbigo;

5.Agarrar o punho fechado com a sua outra mão;

6.Exercer uma série de rápidas compressões no local, para dentro e para cima, na direção da

cabeça. Cuidado para não tocar nas margens inferiores da caixa torácica, pois uma força

aplicada a estas estruturas pode lesar órgãos internos;

7.Continuar as compressões abdominais sequenciais, até que o corpo estranho seja expelido
ou o escolar perca a consciência;

C- CHOQUES ELÉTRICOS:

. • Imediatamente após a interrupção da corrente elétrica, iniciar o atendimento da vítima;

• Realizar a avaliação inicial de acordo com o ABCDE;

• Manter a permeabilidade das vias aéreas;

• Cuidar das situações que ameacem a vida;

39
• Cuidar das queimaduras (ver capítulo “Queimaduras”): procurar pelas queimaduras das
regiões de entrada e de saída da corrente elétrica;

• Se o choque ocorreu em tomadas ou fios de baixa tensão e a vítima estiver consciente e


com respiração normal, encaminhá-la imediatamente ao Pronto Socorro de referência para
avaliação médica;

• Se a vítima apresentar alterações da respiração ou do estado de consciência, acionar


imediatamente o SAMU 192;

• Iniciar manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) se necessário.

C – CORTES:

Se a criança sofreu ferimento sem corte profundo, coloque gelo. Se sangrou, é preciso
comprimir o local do ferimento com um pano limpo e seco para parar sangramento, e levá-la
ao hospital. Se o corte for na cabeça, não lave e siga direto para o hospital.

Ferimentos muito sujos ou contaminados, com terra por exemplo, devem ser lavados com
água corrente. Em seguida, seque e comprima. Cortes na região dos olhos devem ser
lavados com água corrente por, pelo menos, 5 minutos.

I – INTOXICAÇÕES:

As intoxicações podem ocorrer principalmente por ingestão de produtos de limpeza,


medicamentos ou plantas, pelo contato com gases tóxicos ou fumaça, ou pelo contato da
pele com produtos químicos tóxicos.

Deve-se sempre procurar identificar qual foi o produto ingerido ou que entrou em contato
com a pele, a quantidade de produto ingerido, o horário da ocorrência e as reações que a
vítima está apresentando (vômito, diarreia, dores abdominais, etc).

ATENÇÃO: TODA CRIANÇA OU ADOLESCENTE VÍTIMA DE INTOXICAÇÃO DEVE SER


IMEDIATAMENTE ENCAMINHADA AO PRONTO SOCORRO DE REFERÊNCIA.

PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS

• Avaliar a segurança da cena do acidente;

• Realizar a avaliação inicial da vítima;

• Cuidar das alterações que ameacem a vida;

• Proceder de acordo com o tipo de acidente, conforme descrição abaixo:

Ingestão de produtos químicos, plantas ou medicamentos

• Não dar alimentos ou líquidos (inclusive leite) para a criança;

• Não tentar provocar vômito;

• Encaminhar imediatamente ao Pronto Socorro de referência;

• Se possível, levar o produto ingerido ao Pronto Socorro;

Também não ofereça qualquer produto ou líquidos à criança, como o leite. Use o bom senso
e aja rapidamente, entrando em contato com o Disque-Intoxicação da Anvisa, que funciona
24h por dia, no telefone: 0800-722-6001.

MORDEDURA DE ANIMAIS:

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• Realizar a lavagem imediata e abundante dos ferimentos com água

corrente e sabão;

• Cobrir os ferimentos com gazes (ou, na falta destas, com panos limpos) e enfaixar –

 Se houver sangramento abundante, comprimir o local e, a seguir, enfaixar com


compressão, com cuidado para não garrotear;

• Nos casos de ferimentos pequenos, superficiais, com pouco sangramento, encaminhar o


escolar para a Unidade Básica de Saúde de referência para avaliação médica;

• Em casos de ferimentos extensos, profundos ou com sangramento profuso, encaminhar o


escolar para o Pronto Socorro de referência;

• Atenção para a situação vacinal do escolar contra o tétano: verificar juntamente com a
UBS de referência;

• Colaborar com as equipes de saúde no sentido de orientar os donos do animal que o


mesmo deve ser mantido confinado e em observação por 10 dias e de checar a situação
vacinal do animal contra raiva;

• Caso a escola tenha conhecimento de que não foi possível a manutenção da observação do
animal por 10 dias, deve comunicar a UBS de referência.

Q – QUEDAS:

A primeira atitude do responsável depende da altura da queda e da criança, além do tipo de


superfície em que ela caiu - grama, areia, tapete emborrachado, que acabam amortecendo,
ou o chão.

• Nas crianças: quedas de lugares altos (geralmente 2 a 3 vezes a altura da criança), quedas
de triciclo ou bicicleta, atropelamento por veículo motor.

• Avaliar a cena do acidente;

• Acionar o SAMU 192;

• Realizar a avaliação inicial da vítima;

• Manter a estabilização manual da cabeça e do pescoço (estabilização manual da coluna


cervical) conforme Figura;

• Cuidar das alterações que ameacem a vida;

• Manter a vítima em observação constante até a chegada do SAMU 192, com atenção
especialmente voltada para alterações da respiração e da consciência;

• Manter a vítima calma e aquecida;

• Se for necessário mudar a posição da vítima, esta deve ser mobilizada em bloco, de acordo
com a técnica descrita a seguir.

QUEIMADURAS TÉRMICAS (POR CALOR):

• Avaliar a segurança da cena;

• Afastar a vítima do agente causador ou o agente da vítima, se a cena estiver segura;

41
• Se houver fogo nas roupas, apagar as chamas usando um cobertor ou qualquer tecido
grosso;

• Resfriar a área queimada colocando-a sob água corrente fria por cerca de 10 minutos (ou
utilizar compressas com gazes estéreis umedecidas com água fria ou soro fisiológico, caso a
vítima tenha sofrido outros traumas e não possa ser mobilizada);

• CUIDADO com os bebês e crianças pequenas, pois a exposição exagerada à água fria pode
causar queda da temperatura do corpo todo (hipotermia);

• Expor a área queimada cortando as roupas que não estejam aderidas;

• Retirar objetos como anéis, brincos, pulseiras, relógio, etc. desde que não estejam
aderidos à pele;

• Não perfurar bolhas;

• Não aplicar qualquer substância (pomadas, cremes, pasta de dente, óleos, clara de ovo,
etc) sobre a área queimada;

• Se houver sangramento ativo, comprimir a área e cuidar das outras lesões associadas
antes de cobrir a queimadura;

• Após o resfriamento, cobrir a área queimada com gazes estéreis secas e enfaixar;

• Manter o calor corporal com cobertor leve ou manta;

• Queimaduras de pequenas áreas do corpo: encaminhar o escolar para o Pronto Socorro de


referência após os procedimentos descritos acima;

• Queimaduras em mãos, pés, face, tórax, região genital e pescoço: acionar o SAMU 192 e
resfriar a área queimada com água fria;

• Queimaduras extensas: acionar o SAMU 192 e resfriar com água fria;

• Queimaduras em olhos: ver capítulo de “Trauma Ocular”.

42
12.

43
http://portal.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-
vigilancia/imunizacao/doc/calendario_vacinacao_set2018.pd

QUESTÕES PARA ESTUDO

1) Defina os períodos demarcados desde a concepção, até o nascimento do bebê:

Idade
gestacional: ................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................

Período
neonatal: ...................................................................................................................
.................................................................................................................................
..............

Período neonatal
precoce: ....................................................................................................................
.................................................................................................................................
.............

Pré-termo: .................................................................................................................

Prematuro tardio: .......................................................................................................

Termo:.......................................................................................................................

Pós-termo: .................................................................................................................

2) Defina os termos de acordo com o peso ao nascer:

Baixo peso: ...............................................................................................................

Muito baixo peso: .......................................................................................................

Extremo baixo peso: ...................................................................................................

3) Associe as colunas, usando os termos, de acordo com a relação peso x idade gestacional:
( ) pequeno para a idade gestacional (abaixo do 10º percentil)
( ) adequado à idade gestacional (entre 10º e 90º percentil)
( ) grande para a idade gestacional (acima do 90° percentil)
a) AIG b) GIG c) PIG
4) Explique para que serve o boletim APGAR e quais são os índices avaliados no RN.
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
5) Escreva ao lado do comportamento do RN, o reflexo pesquisado:
a) Sucção vigorosa do dedo quando introduzido na boca do
RN..................................................................................................................
b) Colocando o dedo ou um lápis no palmar do RN, observa-se o agarramento do
objeto..............................................................................................................
c) Bater palmas, bater na mesa, ou segurar o RN pelos punhos, com a cabeça alguns
centímetros levantada, sendo em seguida solto, deve caracterizar um “abraço”.

44
......................................................................................................................
d) Com o RN em decúbito dorsal manter o tronco centrado e promover a rotação e
manutenção da cabeça para um dos lados. O RN estende os membros do lado da
face e flete os membros do lado occipital. ............................................................
e) Riscando-se a parte externa da região plantar do pé para cima, ocorre a dorsiflexão
do polegar e abertura dos demais dedos em leque. ...............................................
6) Resuma, citando por ordem de atendimento, os cuidados imediatos ao RN:
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
7) Nas características anátomo-fisiológicas, dê os parâmetros normais esperados do RN:
a) Peso - .............................................................................................................
b) Estatura - ........................................................................................................
c) PC - ................................................................................................................
d) PT - ................................................................................................................
e) PA - ................................................................................................................
f) FC - ................................................................................................................
g) FR .................................................................................................................
h) T
- .................................................................................................................
8) Complete as frases abaixo, usando os termos relacionados à cabeça, olhos, face, pele do
RN:
a) As suturas (fontanelas) abertas do RN são duas: a anterior,
denominada .............................. e a posterior, a ...............................
b) Derrame seroso localizado entre o couro cabeludo e o periósteo, é chamado
de ........................................
c) Substância gordurosa e esbranquiçada que recobre todo o corpo do
RN. ................... ....................
d) Pequenas lesões eritematopapulosas disseminadas pelo corpo ...............................
e) Pequenos pontos brancos de gordura que aparecem na asa do nariz ......................
......................
f) São áreas de coloração azul-arroxeada na região lombo-sacra e indicam raça negra
ou amarela na família. ............................. .............................
g) Penugem fina e longa que aparecem em RN a termo e mais ainda em prematuros.
....................................
h) Cor amarelada da esclera e da pele nas primeiras 48 horas e pode ser fisiológica, ou
patológica. .....................................
9) Como se caracterizam no RN, os seguintes itens avaliados logo ao nascer:
a) Tórax: ............................................................................................................
b) Respiração: .....................................................................................................
c) Abdome: ........................................................................................................
d) Coto umbilical: ................................................................................................
e) Genitais: .........................................................................................................
f) Membros: ........................................................................................................
g) Eliminações: ....................................................................................................
......................................................................................................................
10) Quais são os cuidados mediatos prestados ao RN, ainda no ambiente do Centro
Obstétrico.

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............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
11) Faça uma anotação de enfermagem usando o roteiro da pg. 6 da apostila.
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
12) No berçário, a mãe tem participação parcial permitindo atender às necessidades do
recém-nascido, sob a orientação e supervisão da enfermagem.
A afirmação acima é verdadeira ( ) ou falsa ( ).
13) Por se tratarem de RN especiais (prematuros, patológicos), os cuidados dispensados no
berçário visam:
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
14) Quais os itens (materiais e equipamentos) estritamente necessários ao berçário:
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
15) Por que o Alojamento Conjunto é o melhor meio de prestar assistência ao binômio? Fale
dos objetivos, principais vantagens do AC.
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
16) Cite as atribuições do AE no alojamento conjunto.
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................

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............................................................................................................................
............................................................................................................................
17) Estude e pratique demonstrando as técnicas utilizadas nos cuidados da pesagem,
mensuração do RN, Aferição de SSVV.
18) Abaixo, segue uma tabela para colocar os materiais e o método do banho do RN.
Preencha as colunas, de acordo com a técnica na pg. 11:

Materiais Método

19) Descreva como deve ser feita a limpeza do coto, evitando contaminação e infecção:

.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................

20) No quadro abaixo, se encontram as principais complicações com o coto umbilical, associe
a complicação, com a prevenção e o tratamento adequados:

Complicação Prevenção Tratamento


Tétano neonatal

Onfalite

Granuloma

21) Coloque V ou F no parênteses, quando as afirmativas acerca das alterações anatômicas


do RN, forem verdadeiras ou falsas:

( ) A bossa apresenta edema das partes moles na área da apresentação e não respeita o
limite dos ossos do crânio.

( ) No céfalo-hematoma há rompimento de vaso subperiostal secundário ao traumatismo do


parto. Sua consistência é de conteúdo líquido e não respeita o limite do osso.

47
( ) Hiperbilirrubinemia é definida como a concentração sérica de 12 a 15mg/dL de BD e BI,
apresentada nas primeiras horas de vida.

( ) Eritroblastose fetal (doença hemolítica do RN), ocorre quando uma mãe Rh- tem um
filho Rh + , ou que já tenha entrado em contato com sangue Rh+, durante uma transfusão
sanguínea inadequada, dá à luz uma criança com sangue Rh+.

22) Quais os cuidados de enfermagem na preparação para a Fototerapia.


............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
23) O que avaliar durante o procedimento da fototerapia para evitar os riscos dela
decorrentes? Faça a correlação usando o quadro abaixo:

Riscos O que avaliar


Queimaduras

Lesão ocular

Bronzeamento excessivo

Ressecamento da pele

Desidratação

24) Na Triagem Neonatal, chamada de “Teste do Pezinho”, as doenças detectadas


precocemente auxiliam no diagnóstico precoce e tratamento para evitar complicações.
São elas: (Grife as que correspondem à triagem:
a) Tetralogia de Falot
b) Fenilcetonúria
c) Eritroblastose fetal
d) Hipertireoidismo congênito
e) Hipotireoidismo congênito
f) Anemia Hemolitica do recém-nascido
g) Fibrose cística
h) Anemia falciforme
25) Descreva os passos da coleta do PKU:
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
26) Quais as indicações da sondagem orogástrica?
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
27) Defina MÉTODO CANGURU:
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
...........................................................................................................................

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28) Cite 3 vantagens e 3 critérios para colocar o RN no método Canguru.
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................

............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
29) Associe a doença do RN, ao cuidado de enfermagem correspondente:

( )Aumentar o número de refeições e fracionar a alimentação oferecida à criança.

( )Verificar o PC conforme prescrito.

( ) Manter o leito em 30 ou 45º.

( ) Avaliar condições da pele sob o gesso.

( ) Avaliar os dedos quanto a calor e cor.

( ) após a cirurgia, administrar alimentação pela sonda de gastrostomia.

( ) Limpar cuidadosamente a linha da fissura após a alimentação.

( ) Observar a frequência e características da diurese.

(a) Atresia de esôfago (b) Hidrocefalia (c) Fendas labiopalatinas (d) RGE (e)
Criptorquidia (f) Deformidade de Talipe
30) Descreva qual a indicação da administração de cada uma das vias abaixo:
a) Medicamentos por via
oral: ...............................................................................................................
......................................................................................................................
.......
b) Medicamentos por via instramuscular:
......................................................................................................................
......................................................................................................................
c) Medicamentos por via endovenosa:
......................................................................................................................
......................................................................................................................
d) Medicamentos por via subcutânea:
......................................................................................................................
......................................................................................................................
e) Medicamentos por via intradérmica:
......................................................................................................................
......................................................................................................................
31) De acordo com as figuras abaixo, diga qual a área indicada para aplicação de injeções
intramuscular no RN e na criança:

.......................................................................................
..........................................

.................................................................................................................................

32) Descreva os vasos para o acesso venoso na administração de medicações EV, de acordo
com o local.

Hepicrânio:............................................................................................................
braço:...................................................................................................................

49
Antebraço:.............................................................................................................
MMII:....................................................................................................................
33) Dê o ângulo e o tamanho da agulha para aplicação de medicamentos por via parenteral:

Via Ângulo Tamanho da agulha


IM
SC
EV

34) Resolva os exercícios de cálculo de medicamentos da pag. 31


35) Defina:
Crescimento: .......................................................................................................

Desenvolvimento: ................................................................................................
..........................................................................................................................

36) Na tabela abaixo, estão os parâmetros do crescimento normal do recém-nascido, até os


10 anos de idade. Preencha os espaços, colocando os valores para cada fase:

Altura Crescimento (cm) Peso (gramas)


Bebê até 1º ano de vida
2º ano
Entre 2 e 3 anos
A cada ano
Até a puberdade
Peso
Ao nascer
5 meses
No final do 1º ano
Perímetro cefálico
1º ano
2 a 6 anos

37) Quando se dá e como fica a constituição dos dentes até a dentição completa?

Erupção do 1º dente se dá aos ............................. meses

Os dentes definitivos começam a erupção a partir dos .............. a ............ anos.

A 1ª dentição é constituída de .................. dentes.

A 2ª dentição é constituída de .................. dentes.

38) Descreva como deve ser feita ou auxiliada a higiene bucal na criança.
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
39) Quais são os problemas decorrentes do uso de bicos, mamadeiras e chupetas, segundo a
OMS/UNICEF?
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
40) Identifique as reações da criança hospitalizada, de acordo com a faixa etária:

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a) < 2 anos: ......................................................................................................
b) 2 a 5 anos: ....................................................................................................
c) 6 a 11 anos: ...................................................................................................
41) Pesquise qual é o papel da equipe de enfermagem com a criança hospitalizada.
42) O que sabe sobre recreação, brinquedoterapia ou ludoterapia na internação da criança?
43) Elabore um quadro com Medidas de Prevenção e Primeiros Socorros de acidentes mais
comuns na infância.
44) Responda às questões a seguir, usando o Calendário de Vacinação do Estado de São
Paulo (2018), anexo.

- J. L. S., 8 meses, compareceu à unidade básica de saúde, juntamente com sua mãe, para a
consulta de puericultura. Segundo o Calendário Nacional de Vacinação 2018, espera-se que o
cartão de vacina dessa criança contenha o registro de aplicação das seguintes vacinas:

a) hepatite B, pentavalente, vacina poliomielite inativada (VIP), pneumocócica 10 e vacina


poliomielite atenuada (VOP).

b) BCG, hepatite B, pentavalente, vacina poliomielite inativada (VIP), pneumocócica 10 e


DTP.

c) BCG, hepatite B, pentavalente, vacina poliomielite inativada (VIP), pneumocócica 10,


rotavírus e meningocócica C.

d) pentavalente, vacina poliomielite inativada (VIP), pneumocócica 10, rotavírus,


meningocócica C e DTP.

- Para facilitar a identificação da cicatriz vacinal de BCG, o Ministério da Saúde determina


que a administração seja realizada na

a) região da face anterolateral da coxa esquerda.

b) inserção inferior do músculo deltoide direito.

c) região ventro-glútea direita.

d) inserção superior do músculo vasto lateral esquerdo.

e) inserção superior do músculo braquial direito.

- Uma criança ao receber a vacina de Rotavírus Humano G1P1 por via oral, regurgitou. Nessa
situação, a dose da vacina

a) não deve ser repetida, considerando-a como dose válida.

b) deve ser repetida imediatamente, pois a dose não foi válida.

c) deve ser administrada após uma hora, desta vez por via subcutânea.

d) deve ser repetida, com a dose reduzida pela metade.

e) deve ser repetida, após a administração de um antiemético.

- Para o ano de 2018, a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI)


realizou mudanças no Calendário Nacional de Vacinação. Nesse Calendário, é ofertado aos 15
meses de idade uma vacina que imuniza, dentre outros, contra a doença varicela. Essa
vacina é a

51
a) dTpa.

b) pentavalente.

c) tríplice viral.

d) vacina dupla infantil.

e) tetra viral.

Uma mãe leva seu filho de 9 meses, com esquema de vacinação correto para a idade,
para receber a vacina indicada para esta faixa etária. De acordo com o Calendário Nacional
de Vacinação, a referida criança deverá receber, nesse dia, a dose única da vacina
a) contra Febre Amarela.

b) BCG.

c) contra Hepatite A.

d) Tetra Viral.

e) contra Hepatite B.

- Quanto ao calendário vacinal infantil, está correto, EXCETO:

a) A 1ª dose da vacina rotavírus humano G1P1 deve ser administrada quando a criança
completar 3 meses.

b) A criança deve tomar, ao nascer, as vacinas BCG e a contra a hepatite B.

c) A criança, ao completar 5 meses, deve tomar a 2ª dose da vacina meningocócica C.

d) O reforço da vacina pneumocócica 10-valente está entre uma das vacinas que a criança
deve tomar ao completar 12 meses.

- A vacina HPV está disponível para meninas e meninos, entre quais idades,
respectivamente?

a) De 8 até 14 anos e de 11 até 15 anos.

b) De 8 até 13 anos e de 11 até 14 anos.

c) De 9 até 12 anos e de 11 até 16 anos.

d) De 9 até 13 anos e de 11 até 15 anos.

e) De 9 até 14 anos e de 11 até 14 anos

- Uma criança, com quatro meses de idade, é levada por sua mãe à Unidade Básica de
Saúde para iniciar o esquema de vacinação. De acordo com o Calendário de Vacinação do
Ministério da Saúde e as recomendações vacinais, a criança deverá receber as seguintes
vacinas:

a) vacina inativada contra poliomielite, pentavalente, rotavírus, pneumocócica 10 valente e


meningocócica C.

b) vacina inativada contra poliomielite, pentavalente, BCG, pneumocócica 10 valente,


meningocócica C e varicela.

c) vacina inativada contra poliomielite, pentavalente, pneumocócica 10 valente,


meningocócica C e BCG.

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d) vacina oral contra poliomielite, pentavalente, rotavírus, pneumocócica 10 valente,
meningocócica C e BCG

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. Enfermagem Materno-Infantil – Equipe da ETECLA – Irmã Maria Turkiewicz – Diretora da


Escola Técnica de Enfermagem Catarina Labouré, Curitiba, 1995.

2. Porto, André, Viana,Dirce L. – Curso Didático de Enfermagem – Escola Almeida Santos,


7ª edição – Yendis Editora Ltda., São Caetano do Sul - SP , 2011.

3. Leifer,R.N.MA., Gloria – Princípios e Técnicas em Enfermagem Pediátrica – Santos,


Livraria Editora, 2ª edição, São Paulo, 1996

4. Figueiredo, Nébia M.A. – Práticas de Enfermagem – Ensinando a Cuidar da Criança – Ed.


Difusão, São Caetano do Sul – SP, 2003.

5. Ministério da Saúde – Atenção Humanizada ao Recém-Nascido – Método Canguru –


Manual Técnico – 3ª edição, Brasília-DF, 2017

6. Ministério da Saúde – Atenção à Saúde do Recém-Nascido – Cuidados Gerais – 2ª edição


– Vol. 1 – Brasília – DF, 2012

7. Ministério da Saúde – Atenção à Saúde do Recém-Nascido –Intervenções comuns,


Icterícia e Infecções – 1ª edição – Vol. 2 – Brasília – DF, 2011

8. APAE de São Paulo – Manual de Instruções do Teste do Pezinho – Laboratório da APAE.

9. (Portaria GM/MS n.º 822, de 6 de junho de 2001) que criou o Programa Nacional de
Triagem Neonatal (PNTN).
10. COREN-SP – Boas Práticas de Cálculo Seguro – Volume 2 – Cálculo e diluição de
medicamentos – Coren-SP, maio de 2011.

11. http://portal.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-
de-vigilancia/imunizacao/doc/calendario_vacinacao_set2018.pd

12. http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tetano-

13. http://www.pedipedia.org/artigo/onfalite

14. http://www.portaldaenfermagem.com.br/protocolos-leitura.asp?id=202

15. https://pediatriaparatodos.com/2013/06/o-que-e-um-granuloma-umbilica/

53
16. https://slideplayer.com.br/slide/9708358/”Assistência de Enfermagem à Criança
Hospitalizada” – Cláudia Ribeiro da Cruz – enfermeira.

17. https://www.amavi.org.br/arquivo/colegiados/codime/2016/Primeiros_Socorros_Manual_
Prev_Acid_Escolas.pdf

54

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