Monita Secreta Edição F1964
Monita Secreta Edição F1964
Monita Secreta Edição F1964
PROPAGANDA LIBERAL
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(Instrucções secretas dos jesuítas)
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PROPAGANDA LIBERAL
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(Instrucçôes secretas dos jesuítas)
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Duas palavras
A Monita secreta que hoje vê a
luz da publicidade e em que se acham
eompendiadas as instrucções secretas
dos jesuítas, teve a sua ultima edição
cm Portugal, em 1881, devido á lou-
\'avel iniciativa de Carrilho Videira,
director da Jiibliothrcn rcjjKÒlicaua ão-
•mocmtica, á qual bastantes serviços de
propaganda deveu em tempos o par
tido liberal avançado.
Depois d'essa data, a Monita se
creta não teve,—salvo erro—no nosso
paiz, nem no Brazil, outra vulgarisa-
eão, que não fosse em jornaes e alma-
naehs, mas isso mesmo por uma forma
incompleta e quasi innetieaz pois que
alem de não serem publicados na inte
gra os interessantissimos eapitulos que
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PROLOGO
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salvo a dos cartuxos, em virtude do
isolamento e silencio em que vivem e
o Papa assim lh'o confirmou
Ha que ter extremo cuidado em que
estas advertências não caiam em mãos
de estranhos, para que lhes não dêem
uma interpretação má por inveja á
nossa instituição. Sc tal succedesse,
do que Deus nos livre, deve negar-se
que os sentimentos da • Sociedaih', se
jam estes, fazendo com que assim o
affirmem os que por sciencia certa se
sabe que tudo ignoram, ou oppondo-
Ihes as nossas instrucções geraes e
regras, "impressas ou manuscriptas.
Oe superiores devem sempre inves
tigar cuidadosamente c com prudência,
se alguns dos nossos revelou a estra
nhos estas instrucções secretas e a
pessoa alguma se lhe permittirá. a co
pia, nem para si, nempara outrem, sem
consentimento do Geral, ou jielo menos
do provincial; e se se duvida que al
guém não c capaz de guardar segredo
despedir-se-ha. '
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CAPITULO I
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terras que se possuam junto a qualquer
eollet^io estejam em nome de outros
aftastados, o que impedirá que os prini-
cipes e magistrados saibam a quanto
mcntam as rendas da Sociedade.
tí." Que os nossos não percorram
senão as cidade ricas com intenção
d'abi residir, em forma de collegios;
jjorque o fim da nossa Sociedade é
imitar Nosso Senhor Jesus Christo, o
qual SC demorava mais em Jerusalém
o apenas passava pelos logares menos
importantes.
7." A's velhas viuvas ha que enca
recer-lhes a nossa extrema pobreza,
l)ara lhes extorquir quanto dinheiro se
possa.
8.° Que só o provincial, em cada
l)rovincia, saiba a quanto ascendem os
nossos haveres; mas que a somma do
thesouro da Comjxodiia, em Roma,
seja um mysterio e segredo.
9." Que os nossos nas suas conver
sações preguem e digam que veem a ensi
nar as creanoas, a soccoi'rer os pobres
gratuitamente e sem distineção de pes
soas, de sorte que não são como as
outras ordens; um encargo para os
povos.
14
CAPITULO II
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19
CAPITULO III
CAPITULO IV
CAPITULO V
26
'!'V, CAPITULO VI
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4^Síí^(\4.í,
27
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tagens do estado de viuvez e os in-
commodos do matrimônio, os perigos
em que se envolveria o os que princi
palmente lhe dizem respeito.
9.° Pódom também propur-se-lhe,
de quando em quando, com destreza,
uniões pelas quaes se saiba que tem
repugnância, e julgando-se que haja
alguma que lhe agrade, deve-se con-
vemtel-a que é pessoa de maus costu
mes, atim de sentir repugnância pelas
segundas nupcias.
10." Quando se tiver a certeza de
que está disposta a conservar a viu
vez, deve recommcndar-se-lhe a vida vviJr
espiritual, mas não a religiosa, cujos
incommodos ha que demonstrar-lhe. O * .-.'Ai
confessor procederá de modo que faça
prompto voto de castidade, por dous
ou tres annos, a fim de fechar por com
pleto a porta ás segundas nupcias; fei
to isso deve impedir-sc-lhe a conmven-
cia com homens e que não se distraia
nem com os seus parentes, nem com
os seus amigos, sob pretexto de mais .
estreitamente a unir a Deus. Com re
lação aos ecclesiasticos que visitem a
viuva ou que ella visite, se não se pu
derem excluir todos, deve tratar-se de
que receba só os recommendaclos pelos
nossos, ou os que dependem d'estes.
11.° Quando chegue este caso deve
suavemente induzir a viuva a que faça
boas obras, e sobretudo dê esmolas,
sempre debaixo da direcção do seu pa
dre espiritual, pois importa que se
aproveite habilmente a disposição es
piritual; as esmolas mal empregadas
I são muitas vezes a causa de diversos
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peccados, ou os alimentam, de sorte
que pouco fructo se tira d'ellas.
tegoria.
Se tiverem feito voto de casti-
dade, deve fazer-se com que o i-eno-
vem duas vezes por anno, concedendo-
. lhes n'esse dia um honesto recreio com
os nossos.
4." E' preciso visital-as freqüentes
vezes, entretendo-as agradavelmente e
distrahindo-as com historias espirituaes
e gracejos, conforme a inclinação de
cada uma.
õ.° Não se devem tratar com mui
to rigor na coníàssão, para não se abor
recerem, logo que se não tema perder
a sua sympathi^, que outros tenham
adquirido. E' necessário ponderar esta
circumstancia com muito discernimen
to, visto a inconstância das mulheres.
6." Eeve evitar-se habilmente que
visitem outras igrejas e que assistam
ás festas religiozas, principalmente ás
dos frades, repetindo-lhes com freqüên
cia, que todas as indulgências conce-
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poi* ultimo comprõmettel-os-hão a faze-
i-em cxercicios espirituaes, pára que
se decidam •áoerca' do estado de vida
que querem escolher. - l :
' 4:- Os nossos farão com que os-jo
vens tenham percéptores-lig-ados á >§0-
ci&ladif^ que os vigiem e exhortem.' Se '• r
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resistirem, porém, ha que prival-òs de
diversas çousas para que a \dda lhes
aborreça ; sua niãe'mostrar-lhesdia os r,.*f
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inconvenientes da familia; por fim-se
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não se puder leval-os a entrarem de
bom grado' na nossa Sociedade^ enviar-
sédião aos collegios distantes^-sob pre
texto de estudarem, fazendo com que
as mães os não; aearinhem,-e adulan-
do-os pelo contraHo os nossos, afim de
llios conquistarem a affeição.
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CAPITULO X
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CAPITUÍLQ'XII . r
Quaes as pesáoas que devem con-
sefvar-se na SOCIEDADE-
QAPiTÜLO XIII
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se
desdizerem, a Sociedad,- e elles
no estado de fazer oque 1K-.
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CAPITULO XIV
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CAPITULO XVI
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CAPITULO XVJI
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IMPRENSA AFRICANA
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