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CADERNO PEDAGÓGICO 3

8º Ano

2021
Escola:

Aluno(a):
Matemática – 8ºAno – Dízimas Periódicas e Fração Geratriz.
Dízimas Periódicas e Fração Geratriz
Queridos alunos,
Hoje iremos falar das Dízimas Periódicas...Você pode estar pensando: “Com este nome estranho não deve
ser boa coisa...” Mas, fique tranquilo... É fácil, você vai ver..
Vamos supor a seguinte situação: Três irmãos se reúnem para dividir R$100,00 que ganharam cortando a
grama da casa da vizinha. Um deles propõe fazer uma divisão no papel: (CENTURIÓN e JAKUBOVIC, 2015)
10’0 3
10 33,3...
10
10
Puxa vida, esta conta não termina?
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND

Não, esta divisão não termina... é infinita. Quando o resultado de uma divisão é um número infinito, ocorre
o que chamamos de Dízima Periódica. No exemplo acima, vimos que há um “3” que se repete logo após a
vírgula, este “3” que se repete é o que chamamos de PERÍODO.
Toda Dízima Periódica é um número decimal (com vírgula), cuja parte decimal (após a vírgula) se repete
infinitamente.
Observem os exemplos abaixo:

0,33333 … → Período: 3 (se repete)

2,66666 … → Período: 6

0,285714285714 … → Período: 285714

Fonte: https://blog.professorferretto.com.br/dizimas-periodicas/

Nestes casos, vimos que o que vem após a vírgula é somente o PERÍODO, por isto chamamos estas
dízimas de Dízimas Periódicas Simples.

Agora veja os exemplos abaixo:

1,3592929292 … → Período: 92 (se repete)

1,21616161616 … → Período: 16

0,00777777 … → Período: 7

Você deve ter notado que após a vírgula há também uma parte que NÃO se repete, certo? Chamamos esta
parte de ANTIPERÍODO. Assim, estas dízimas são conhecidas como Dízimas Periódicas Compostas.

Representamos as dízimas periódicas por meio das reticências, ou seja, os três pontinhos no final. Mas
também podemos fazer um traço em cima do período para representá-las.

Veja:
Fonte: https://blog.professorferretto.com.br/dizimas-periodicas/

Os traços que aparecem em cima indicam as partes que se repetem.

As Dízimas Periódicas podem ser escritas também na forma de fração (lembrem-se de que, para
chegarmos a um número decimal, fizemos uma divisão), por tal motivo, pertencem ao conjunto dos
Números Racionais (ℚ). As frações que geram uma dízima periódica são chamadas de FRAÇÃO
GERATRIZ.
Você deve estar curioso para descobrir como encontramos a FRAÇÃO GERATRIZ... então... como saber
qual a fração que gerou dízima periódica? Temos dois métodos, vejamos:
Exemplo:
Qual a fração geratriz de 5,666...?
Método 1:
Passo 1– Iguale a dízima periódica a X
X= 5,666...

Passo 2–Multiplique o “X” e a dízima pela potência de 10 referente à quantidade de algarismos do período
10 X = 56,66 ... (a vírgula anda uma casa para frente pois somente o 6 se repete)

Passo 3 – Subtraia o passo 1 do passo 2

10 X = 56,66
- X = 5,666 9
x = 51

Passo 4 - Resolva a equação e encontre a Fração Geratriz: X= 51


9
Vamos ver outro exemplo:
Dada a dízima periódica 3,2727... encontre a fração geratriz:
X = 3,2727 (passo 1)
100X = 327,27 (passo 2) Obs.: Desta vez multiplicamos por 100
100 x = 327,27
-x= 3,2727 (passo 3)
99x = 324
X= 324 (÷ 9) =36 é a FRAÇÃO GERATRIZ (passo 4)
99 11
Para finalizar, antes de passarmos para as atividades, vou te apresentar o Método 2, que é uma forma
mais simples de encontrar a Fração Geratriz:
Método 2:
Para as dízimas periódicas simples:

0,444... = 4 O numerador corresponde ao PERÍODO.


9 O denominador será a quantidade de “noves” que corresponde ao número de
algarismos que formam o período.

0,888... = 8
9
18,777 = 18 + 0,777 (observe que separamos a parte inteira)
18 + 7 = 169
9 9

Para dízimas periódicas compostas:

0,1777... = 17 – 1 = 16 = 8 Obs.: Esta fração foi reduzida, dividimos tudo por 2.


90 90 45
O numerador corresponde ao período e ao antiperíodo “menos” o antiperíodo; (17 -1)
O denominador segue a mesma regra das dízimas simples, acrescido do “zero” que corresponde ao
antiperíodo. Como temos 7 sendo período e 1 sendo antiperíodo, vamos juntar 9 e 0.

Matemática – 8° Ano: Triângulos e Quadriláteros

TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS

TRIÂNGULO é um polígono formado por três lados

(AB, BC e CA no desenho) e três ângulos internos

(a, b e c no desenho) que somam 180°.

A representação desse triângulo é ∆𝐴𝐵𝐶.

Os vértices desse triângulo são os pontos A, B e C.

Ângulo externo é formado por um dos lados do triângulo e pelo prolongamento do lado adjacente.

A soma dos ângulos externos de um triângulo é igual a 360°.

Cada ângulo externo é igual a soma dos outros dois ângulos não adjacentes a ele.

O maior lado do triângulo está sempre OPOSTO ao maior ângulo desse mesmo triângulo.
Vamos descobrir os valores de x e y no triângulo abaixo.

# Como sabemos que a soma dos ângulos internos

de um triângulo é 180°. Podemos dizer que:

x + 55 + 90 = 180, então

x + 145 = 180

x = 180 – 145 x= 35°

E y é o ângulo externo de x, então ele é a soma dos outros dois. y = 90 + 55 = 145°

Ou ainda x + y = 180°. Se x = 35, então 180 – 35 = 145°

CLASSIFICAÇÃO DOS ÂNGULOS

Os triângulos podem ser classificados de acordo com a medida de seus lados:

EQUILÁTERO ISÓSCELES ESCALENO


3 lados com medidas iguais 2 lados com medidas iguais 3 lados com medidas diferentes

Os triângulos também podem ser classificados de acordo com a medida de seus ângulos:

ACUTÂNGULO RETÂNGULO OBTUSÂNGULO


Possui todos os ângulos com Possui um ângulo com medida Possui um ângulo obtuso, ou
igual a 90°. seja, maior que 90°.
medidas menores que 90°.

1) No triângulo ao lado, faça o que se pede:


a) Marque com caneta vermelha os ângulos internos;
b) Marque com caneta azul os ângulos externos;
c) Sendo esse triângulo equilátero e o seu ângulo  medindo 60°,
quanto medem os ângulos B e C? Escreva os valores na figura.
d) E quanto medem os ângulos externos desse triângulo?
Qual o valor da soma desses ângulos externos?

2) Na figura ao lado, o valor de x é:


(A) 10°
(B) 15°
(C) 20°
(D) 35°

3) Com relação ao exercício anterior, calcule o valor dos ângulos R e S. Depois, classifique esse
triângulo quanto à medida de seus ângulos.
4) Em cada uma das representações dos triângulos, identifique o maior lado:

a) b)

5) Na figura, o valor de x é: (Lembre-se, ângulo externo é igual à soma dos ângulos internos
não adjacentes a ele).

(A) 15°
(B) 20°
(C) 25°
(D) 30°

CONGRUÊNCIA DE FIGURAS

Dizemos que duas figuras são congruentes quando elas são idênticas no formato e no tamanho.

Exemplos:

Ângulo BAC ≅ Ângulo


DEF

Segmento AB ≅ Segmento CD
Dois polígonos são congruentes quando seus lados e ângulos internos são, respectivamente,
congruentes (possuem medidas iguais).

CASOS DE CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS

Nos triângulos apresentados, os lados e os ângulos com a mesma marcação são congruentes.

1° CASO: LAL (Lado – Ângulo – Lado)

Dois triângulos que possuem dois lados e o ângulo compreendido

entre eles respectivamente congruentes são CONGRUENTES. ∆𝐴𝐵𝐶 ≅ ∆𝐴′𝐵′𝐶′

2° CASO: LLL (Lado – Lado – Lado)

Dois triângulos que possuem os três lados


respectivamente congruentes são CONGRUENTES. ∆𝐸𝐹𝐺 ≅ ∆𝐸′𝐹′𝐺′

3° CASO: ALA (Ângulo – Lado – Ângulo)

Dois triângulos que possuem um lado e dois


ângulos adjacentes a esse lado respectivamente
congruentes são CONGRUENTES. ∆𝐴𝐵𝐶 ≅ ∆𝐴′𝐵′𝐶′
4° CASO: LAA° (Lado – Ângulo – Ângulo oposto)

Dois triângulos que possuem um lado, um ângulo adjacente e


um ângulo oposto a esse lado respectivamente congruentes
são CONGRUENTES. ∆𝐴𝐵𝐶 ≅ ∆𝐴′𝐵′𝐶′

QUADRILÁTEROS

Você já aprendeu muita coisa interessante sobre os


triângulos, agora vamos falar dos quadriláteros... Como o
nome já diz, quadriláteros são polígonos com quatro lados,
quatro vértices e quatro ângulos. Os quadriláteros mais
comuns recebem nomes especiais e são classificados

assim:

Como você já percebeu, os quadriláteros especiais são separados em dois grupos importantes, os trapézios
e os paralelogramos.

⮚ Paralelogramo é o quadrilátero que tem lados opostos paralelos.


⮚ Vamos começar analisando algumas propriedades importantes do paralelogramo. Observe:

Considere o paralelogramo BCDA. Ao traçar a diagonal BD nesse


paralelogramo, obtemos os triângulos BCD e DAB. Ao
analisarmos esses dois triângulos formados, podemos ver que:

▪ α e α ¹ são dois ângulos alternos internos formados por paralelas e portanto, apresentam a mesma
medida.
▪ os dois triângulos tem o lado BD em comum.
▪ β e β¹ também são dois ângulos alternos internos formados por paralelas.
Você lembra dos casos de congruência de triângulos? Então, pelo caso de congruência ALA podemos
concluir que os triângulos BCD e DAB são congruentes.

Cada diagonal do paralelogramo o divide em dois triângulos congruentes. A partir dessas congruências, fica
fácil entender que BC ≅ AD e AB ≅ CD. Então podemos afirmar que:

❖ Os lados opostos de um paralelogramo são iguais (congruentes).


Além disso, β = β¹ e α = α¹, ou seja, β +α é igual a β¹ + α¹, portanto:

❖ Os ângulos opostos de um paralelogramo são iguais (congruentes).


Vamos continuar analisando o paralelogramo BCDA, observe que ao
traçar as diagonais AC e BD, obtemos os triângulos BMC e AMD.
Em relação `a esses dois triângulos, podemos dizer que:

▪ β = β¹→ têm a mesma medida, pois são ângulos alternos


internos.
▪ BC e AD → apresentam a mesma medida, pois são lados opostos desse paralelogramo.
▪ θ = θ ¹→ têm a mesma medida, pois são ângulos alternos internos.
Dessas observações, podemos concluir, pelo caso de congruência ALA, que os triângulos BMC e AMD
são congruentes. Portanto, BM ≅ DM e AM ≅CM, isso significa que M é o ponto médio de AC e BD.

❖ As diagonais de um paralelogramo se cruzam ao meio (ponto médio).


Como sabemos, por definição, para que seja um paralelogramo, o polígono precisa ter lados opostos
paralelos. Sendo assim, os retângulos, losangos e quadrados são casos especiais de paralelogramos.

⮚ Trapézio é todo quadrilátero que possui um par de lados paralelos denominados base maior
e base menor.
Um trapézio pode ser classificado como trapézio retângulo, quando apresenta dois ângulos
retos; trapézio isósceles, quando os lados não paralelos são congruentes, ou seja, possuem
a mesma medida; e trapézio escaleno, quando todos os lados possuem medidas diferentes.
Existem duas propriedades que são específicas do trapézio isósceles.
❖ Em um trapézio isósceles, as diagonais são congruentes.
Sabemos que o trapézio ABCD é isóscele, então, os lados AB e CD são
iguais. E os ângulos BAD e CDA têm mesma medida. Ao traçarmos duas
diagonais no trapézio ABCD, obtemos dois triângulos (BAD e CDA). O lado
AD é comum aos dois triângulos. Dessa forma, podemos concluir que pelo
caso
de congruência de triângulos LAL, podemos afirmar que os triângulos citados são congruentes e as
diagonais do trapézio também.

❖ Em um trapézio isósceles, os ângulos internos correspondentes aos vértices da mesma


base são congruentes.
Considere o trapézio isósceles ABCD, com AD paralelo a BC. Traçando um
segmento de reta DE paralelo a AB, com E pertencente a BC, obtém-se um
paralelogramo ABED. Assim, AB é congruente a DE, pois são lados opostos
do paralelogramo.

Como ABCD é trapézio isósceles, então, AB é congruente a CD


ou seja, DE é igual a CD. Logo, o triângulo CDE é isósceles e,
portanto, os ângulos DCE e DEC são congruentes. Como AB é
paralelo a CD, o ângulo ABE é congruente ao ângulo DEC, pois
são ângulos correspondentes. Portanto, o ângulo ABC é
congruente ao ângulo DCB.
Ciências, 8º ano: Olimpíada Brasileira de Astronomia
Você já ouviu falar da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA)? Trata-se de um evento anual
realizado pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira
(AEB) entre alunos de todos os anos do Ensino Fundamental e Médio de todo o território nacional para
estimular o interesse dos jovens pela Astronomia, Astronáutica e ciências afins, promovendo
conhecimento básicos de uma forma lúdica e diferenciada. Nessa apostila, vamos estudar sobre esses
assuntos, para que você, estudante da rede municipal de Educação de Nova Friburgo, possa participar
desse evento, caso tenha interesse.
Segundo o regulamento, a edição de 2021 da OBA permitirá aos interessados que realizem a prova
virtualmente. O evento será gratuito. Além disso, haverá premiação para os que apresentarem melhor
desempenho e todos os participantes receberão certificado. Converse com seu professor ou sua
professora sobre o que cai na prova e como participar do evento.
O regulamento completo pode ser conferido em:
http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/REGULAMENTO%20DA%20OBA%20DE%202021%20VIR
TUAL%20e%20PRESENCIAL_4.pdf
A OBA é uma oportunidade muito interessante para estudarmos o universo e reconhecermos sua
grandeza e complexidade. Esperamos, com esse material, contribuir para despertar seu interesse sobre a
Astronomia e a Astronáutica.
É possível que você esteja se perguntando: Mas o que é Astronomia? E Astronáutica? Mantenha a
calma que isso tudo está explicado ao longo do texto.

Astronomia

A Astronomia é uma Ciência Natural que estuda os corpos celestes (como planetas, estrelas,
cometas e galáxias) e os fenômenos que se originam fora da atmosfera da Terra. É uma das ciências mais
antigas. Foi praticada por babilônios, persas, gregos, chineses, indianos, maias e até mesmo por povos
pré- históricos.
Desde a antiguidade, as pessoas perceberam que havia regularidade no céu. Ou seja, os
acontecimentos celestes seguiam determinados padrões. O ser humano, então, passou a relacionar o que
acontecia no céu (como o surgimento de uma estrela, por exemplo) com o que acontecia na terra (início de
um período chuvoso, por exemplo), gerando uma série de conhecimentos utilizados nas mais diversas
áreas, como a geolocalização, a navegação marítima, a previsão das estações do ano, a elaboração de
calendários, o período de plantio e de colheita, a caça, a arte e várias outras atividades.
O movimento aparente do Sol no céu, por exemplo, dura um dia. Já a inclinação do Sol no céu
muda ao longo dos meses, voltando ao grau inicial após um ano. O ciclo das fases da Lua, por sua vez,
dura um mês. Essas, e outras informações, ajudaram povos antigos a elaborarem calendários para
acompanhamento do tempo, das estações do ano, dos períodos de seca e de cheia dos rios, dos períodos
de maré alta ou baixa, entre outras possibilidades. E tudo isso facilitou a vida humana e o desenvolvimento
das sociedades.
Nova Friburgo é uma das melhores cidades brasileiras para a observação do céu. Há locais
afastados dos centros urbanos, como o Parque Estadual dos Três Picos, que nos permitem contemplar,
com certa
facilidade e muita beleza, estrelas, constelações, planetas e outros corpos e eventos celestes. Há também
um planetário, no qual são promovidos eventos de observação do céu e cursos para que qualquer
interessado possa aprender sobre o universo e sobre a história da astronáutica. Lá encontram-se réplicas
dos principais foguetes já lançados pela humanidade. Há, inclusive, uma réplica de traje de astronauta!

Mas porque os melhores locais para observação do céu são afastados dos centros urbanos?

Para que visualizemos um objeto, é necessário que a luz produzida (ou refletida) por ele chegue até
nossos olhos. Nos centros urbanos, a quantidade de luzes ao nosso redor é muito grande. Lâmpadas de
postes, de varandas, de casas e de prédios próximos, faróis de carros... Como esses objetos estão muitos
mais próximos de nós do que as estrelas e os planetas, suas luzes acabam ofuscando o brilho dos corpos
celestes, chegando aos nossos olhos antes.

Sendo assim, para que possamos


enxergar as estrelas, planetas e demais corpos
celestes, precisamos estar em um local com
pouca poluição luminosa. Imagine tentar olhar
para as estrelas estando sentado em uma
calçada como a da imagem ao lado. A luz dos
postes impediria que a luz das estrelas
chegasse aos seus olhos. Mesmo que as
estrelas sejam mais potentes que os postes, o Imagem 1: Poluição luminosa (G-light)

fato de eles estarem mais perto, faz com que


Em um local sem poluição luminosa fica
brilhem mais e ofusquem as estrelas.
muito mais fácil observar as estrelas, planetas e
demais astros e eventos celestes. Confira a
imagem ao lado, de João Francisco Ferreira,
durante o inverno no já comentado Parque
Estadual dos Três Picos. Perceba o quão
estrelado está o céu. Sem a interferência de luzes
mais próximas, a luz das estrelas e o brilho de
outros astros consegue alcançar nossos olhos.
Imagem 3: Telescópio (Oficina da Net)
Imagem 2: Céu noturno no Parque Estadual dos
Três Picos (João Francisco
Ferreira)

Para visualizações mais detalhadas, costuma


ser necessário também o uso de um telescópio, um
instrumento óptico que permite a observação de
objetos muito distantes.
Astronáutica

A Astronáutica é a ciência do voo espacial. Desenvolve técnicas e tecnologias para atuação fora da
atmosfera terrestre. O escritor francês Rosny Ainé (1856-1940) definiu a Astronáutica como “a ciência que
tem por objetivo dar ao homem a possibilidade de evadir-se da Terra e, desse modo, poder viajar por todo
o espaço celeste”.
A conquista do espaço é um desejo antigo da humanidade. Atualmente, estamos vivendo um
momento de bastante expectativa, com sondas sendo enviadas para a Lua, rovers sendo enviados para
Marte e milhares de satélites artificiais orbitando a Terra, fornecendo informações, imagens, possibilidades
de comunicação, entre outras coisas. Temos ainda as Estações Espaciais, que são estruturas concebidas
e produzidas para manter seres humanos no Espaço!
Muitas pessoas não compreendem a importância do estudo astronômico. Porém, a compreensão
sobre o solo e a atmosfera de outros planetas e corpos celestes podem nos permitir desenvolver
tecnologias que resolvam problemas aqui na Terra. É possível, por exemplo, que exista, em outro corpo
celeste, algum tipo de metal útil o suficiente para nós que valha a pena que façamos uma viagem
interplanetária para obtê- lo. Essa é apenas uma das possibilidades.
A Astronáutica é muito importante no estudo do universo porque permite que o ser humano tenha
contato, direto ou indireto, com o espaço fora da Terra. Para que esse contato aconteça, é necessário todo
um conjunto de conhecimentos que fundamente as hipóteses, teorias e tecnologias pensadas para esse
fim.
A Física é uma das disciplinas mais importantes para a Astronáutica porque desenvolveu as
noções sobre tempo, posição, movimento, trajetória, velocidade, aceleração e força. Imagine viajar da
Terra para Marte. Uma viagem dessas é totalmente diferente de uma viagem dentro da atmosfera
Terrestre.
Para sair de Nova Friburgo e ir para Belo Horizonte, por exemplo, basta conhecer o caminho a
percorrer e o meio de transporte a ser utilizado para se ter uma noção do tempo da viagem, porque ambos
os municípios permanecem parados em relação um ao outro. Mas uma viagem interplanetária precisa
levar em conta que cada planeta está em movimento (no caso em questão, tanto a Terra quanto Marte
orbitam, giram em torno, do Sol. Porém, cada planeta tem a sua trajetória para isso). Qual a velocidade de
cada planeta? De que ponto da Terra o objeto será lançado? Qual a velocidade do objeto no espaço?
Como esse objeto será guiado até Marte (ou que força o levará até lá)? Essas, e outras informações, só
são possíveis a partir da aplicação prática, baseada em muitos cálculos complexos, dos conceitos citados
no parágrafo anterior.
Embora os fundamentos teóricos, a elaboração de hipóteses e a realização de cálculos sejam
essenciais para a Astronáutica, se ela se limitasse a isso a humanidade ainda estaria limitada a atmosfera
da Terra, ou seja, ainda não teríamos conquistado o espaço. Essa conquista se deve, principalmente, a
três tecnologias: os foguetes, os satélites e as sondas. Além disso, a maior conquista da astronáutica é o
próprio astronauta: um ser humano que, graças à Ciência e a Tecnologia, consegue alcançar e se manter
no espaço.
Foguetes
Um foguete espacial é uma máquina que se desloca expelindo atrás de si um fluxo de gás a alta
velocidade. Ao expelir esse gás, o foguete é empurrado no sentido contrário ao desse fluxo. De maneira
mais simples, podemos dizer que o foguete se desloca por um motor a jato. Esse tipo de deslocamento é
necessário porque no espaço o foguete precisa se deslocar no vácuo. São utilizados, principalmente, para
enviar satélites artificiais e astronautas para o espaço.

Para um foguete conseguir vencer a força da


gravidade da Terra precisa haver um gasto de
energia imenso. Isso só é possível por meio do uso
de combustíveis especiais, altamente energéticos, e
de uma estrutura que comporte, no próprio foguete,
tanto o combustível (que fornece energia) quanto o
oxidante (que queima o combustível, permitindo que
a energia por ele armazenada seja convertida em
deslocamento). Os gases formados pela combustão
saem do foguete por uma abertura em sua parte
traseira. A estrutura básica de um foguete simples
Imagem 4: Esquema de foguete (Planetário do Rio)
pode ser observada na imagem ao lado.

O gasto energético de um foguete é tão alto que a maior parte de sua estrutura é formada para
armazenar combustível e oxidante. Apenas uma pequena porção do foguete é destinada a armazenar a
carga útil, que pode ser um material, um satélite ou uma tripulação. Embora essa estrutura não seja
economicamente agradável, é o que tem sido possível até o momento.

Satélites artificiais

Chamamos de satélite um corpo celeste que orbita


(que gira em torno) de um planeta ou de outro corpo
celeste maior. A Lua, por exemplo, é um satélite, pois
orbita a Terra. Um satélite artificial é um objeto feito pelo
homem para orbitar a Terra. A existência de um satélite,
seja natural ou artificial, só é possível devido a existência
da gravidade, uma força de atração que os diferentes
corpos exercem uns
sobre os outros.
Imagem 5: Satélite artificial (CDN Jornal Grande Bahia)
Quanto maior a massa de um corpo, maior a sua gravidade. O Sistema solar é assim definido
porque os planetas desse sistema estão unidos devido a força gravitacional do Sol, que os mantém
girando em torno dele. Os satélites artificiais, então, são lançados ao espaço em uma região na qual a
gravidade da Terra é suficiente para mantê-los girando em torno dela, sem puxá-los de volta para o planeta
nem os expulsar para o espaço.
Além de se manter em órbita, o satélite precisa se manter funcionando. Para isso, são necessárias
estruturas para obtenção de energia (como painéis solares e pilhas nucleares), controle de temperatura,
controle orbital (para eventuais deslocamentos), entre outras necessidades. Dessa forma, boa parte da
estrutura do satélite existe apenas para que ele possa se comunicar com sua base de controle (que fica na
Terra) e “sobreviver” no espaço, sendo a menor parte realmente referente a sua função (como monitorar
uma região ou permitir telecomunicações, por exemplo).

Sondas
Uma sonda é um veículo espacial enviado
para longe da Terra. Até o momento, todas as sondas
foram não tripuladas, ou seja, sem a presença de
humanos. A imagem ao lado, retirada de uma página
da NASA no Instagram, mostra a superfície de Marte
do ponto de vista da sonda Perseverance, do tipo
rover.

Existem diferentes tipos de sonda:

Imagem 6: Superfície de Marte (NASA)


● De sobrevoo (flyby): são sondas que passam perto de um determinado astro e fazem uma análise a
distância;
● Orbitadoras (orbiters): entram em órbita com o astro, se tornando um satélite artificial do mesmo;
● De impacto: colidem com o astro a ser estudado, analisando-o durante a aproximação ou durante a
colisão;
● Aterrissadoras (landers): pousam no astro, analisando-o diretamente;
● Veiculares (rovers): sondas que podem se deslocar no astro, analisando áreas maiores do que as
aterrissadoras;
● Observatório: sondas com capacidade telescópica que podem fazer observações astronômicas (de
galáxias, constelações e sistemas) sem as distorções provocadas pela atmosfera terrestre.

Astronautas matemática.

Um astronauta (ou cosmonauta) é uma


pessoa preparada para uma viagem espacial. Cada
astronauta pode desempenhar uma ou mais
funções, como comandar, pilotar, servir como
membro da tripulação ou realizar tarefas
extraveiculares (fora da nave).
A carreira de astronauta costuma exigir nível
superior completo, geralmente nas áreas de
engenharia, ciências biológicas, ciências físicas ou
Imagem 7: Selfie de astronauta (ESA)

Além da formação acadêmica, um astronauta precisa manter um bom preparo f ísico e equilíbrio
psicológico, pois os desafios de viver fora da Terra (longe da gravidade e dos confortos da sociedade)
geram enorme pressão física e mental.
História – 8º Ano - Revolução Francesa

A Revolução Francesa e seus desdobramentos

Os franceses viviam sob o Antigo Regime, uma sociedade onde o clero e a nobreza
tinham enormes privilégios e o rei se apresentava como representante de Deus na
Terra.

Naquela época a sociedade francesa estava dividida em três estados: primeiro


estado (o clero); segundo estado (a nobreza); e o terceiro estado (os camponeses,
trabalhadores das cidades e os burgueses). Esses últimos pagavam a maioria dos
impostos e sustentavam com o seu trabalho, o primeiro e o segundo estado.

A fome e o desemprego aumentavam a insatisfação dos franceses com o Antigo Regime. Diante
dessa situação o Rei convocou a Assembleia dos Estados Gerais, composta por representantes dos três
estados e cada estado e cada estado tinha direito a um voto. Então, clero e nobreza estavam certos de
que teriam o controle da situação pois, os dois juntos teriam mais votos do que o terceiro estado.

Mas não foi isso que aconteceu: o terceiro estado lançou uma campanha em favor da votação por
cabeça, ou seja, por pessoa.

Logo no início da Assembleia o rei, apoiado pela nobreza e o clero, decidiu que a votação
continuaria por estado. Os deputados do terceiro não aceitaram. Então, se reuniram e não se separaram
até que uma constituição para a França fosse elaborada.

Sabendo disso, os cidadãos de Paris saíram às ruas e


saquearam diversos locais. Com o apoio dos soldados do Exército, o
povo invadiu e tomou a Bastilha, prisão símbolo do absolutismo.

No ano de 1789, a Assembleia aprovou a Declaração dos


Direitos do Homem e do Cidadão, reconhecendo o direito à liberdade, à
segurança, à propriedade, à igualdade perante a lei e a resistir a qualquer tipo de opressão. Essa mesma
Assembleia aprovou uma constituição que incorporou a perda dos privilégios do clero e da nobreza e
limitou o poder do rei instituindo a Monarquia Constitucional.

A constituição não agradou ao Rei da França. Então, ele aliou-se aos reis da Áustria e da Prússia e
uma parte da nobreza e do clero, indignados com a perda dos privilégios, montaram um exército e
invadiram a França.

O povo, unido a Assembleia, pegou em armas para defender seu país. O Rei fugiu, mas foi
reconhecido e preso. Depois da vitória contra a Monarquia, elegeu-se uma assembleia encarregada de
elaborar uma nova constituição. Foi criada a Convenção Nacional para governar a França. A primeira
atitude da Convenção foi abolir a Monarquia e proclamar a República em 1792.
História – 8º Ano - Revolução Francesa

A Convenção abrigava quatro grupos políticos: Girondinos, Jacobinos,


Cordeliers e a Planície.

O rei Luís XVI foi acusado de traição, levado a julgamento e condenado


a execução na guilhotina.

Os Jacobinos, grupo composto pela baixa burguesia e por


trabalhadores, ocuparam a liderança da Convenção, dando início ao
Período do Terror, que em um ano executou milhares de pessoas. O grupo obteve um grande crescimento
e fortalecimento. Estabeleceram medidas como o ensino público obrigatório e o tabelamento de preços.
Tais ações desagradaram aos Girondinos, que insatisfeitos, planejaram um golpe.

De volta ao poder, os Girondinos, grupo formado pela alta burguesia, prenderam os líderes
Jacobinos e os guilhotinaram sem julgamento. Buscaram retomar o controle do processo revolucionário. O
novo governo chamava-se Diretório, tiveram muita oposição e não conseguiram conter a instabilidade
política francesa. O governo encontrava-se desmoralizado, pois alguns membros estavam envolvidos em
escândalos e corrupção.

Nesse momento, aparece a figura de Napoleão, um jovem General respeitado que seria
considerado o salvador da pátria, responsável pela queda do Diretório. O golpe passou para a História
como 18 Brumário, completava-se assim, a Revolução Burguesa. Uma nova constituição conferia plenos
poderes a Bonaparte, na figura de primeiro cônsul. Mais tarde, Napoleão coroou-se imperador dos
franceses e a trajetória do seu governo foi marcada desde o início pelas guerras, que visavam à expansão
do domínio francês.

A marinha francesa tentou invadir a Inglaterra, mas foi vencida pela esquadra inglesa. Em
compensação, por terra, o exército de Napoleão venceu inimigos mais numerosos e mais bem armados.
Em menos de dois anos, derrotou a Áustria, Rússia e a Prússia, que haviam se aliado à Inglaterra.

O governo inglês foi o maior adversário da expansão francesa e Napoleão tentou enfraquecê-los
economicamente através do seu controle por grande parte do continente europeu, a França passou a
proibir o comércio com a Inglaterra a todos os países do continente, decretando o Bloqueio
Continental. No entanto, não surtiu o efeito desejado.

A Rússia rompeu o Bloqueio e Napoleão reagiu à desobediência invadindo o país,


mas o General acabou vencido e a França invadida por um gigantesco exército
formado por Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia e assim, o General foi obrigado
a renunciar, Napoleão foi exilado na pequena ilha de Elba, na costa italiana.

As forças vitoriosas reuniram-se com a França Monárquica no Congresso de


Viena para decidir o rumo da Europa. Os novos senhores da Europa realizaram uma nova divisão do mapa
europeu.
História – 8º Ano: A independência dos Estados Unidos

Os imigrantes estão presentes na história dos Estados Unidos desde a sua origem. O primeiro
grupo foi o de puritanos ingleses, que chegaram à América em 1620 e ficaram conhecidos como “pais
peregrinos”. Depois deles, vieram também holandeses, suecos, alemães, irlandeses e franceses,
formando as treze colônias da América do Norte. No século XVII, foram levados para a região africanos
escravizados, mão de obra que sustentaria a agricultura sulista antes e depois da independência.

As colônias do norte e do centro, com clima temperado, desenvolveram a agricultura familiar, o


comércio de peles e madeira e a construção naval. As colônias do sul, com clima subtropical,
especializaram-se no cultivo de produtos agrícolas destinados ao mercado europeu, principalmente tabaco
e algodão. Os produtos eram cultivados em grandes propriedades agrícolas, em que predominava o
trabalho de escravos africanos.

Apesar das diferenças de organização social e econômica, as treze colônias tinham características
em comum: o predomínio do protestantismo, a ausência de um comando político central entre elas e a
relativa autonomia que tinham em relação à metrópole inglesa.

Beneficiadas por essa relativa independência, as treze colônias, em meados do século XVIII,
tinham uma próspera produção manufatureira, centros urbanos em expansão e uma burguesia enriquecida
com o comércio. Os colonos não pensavam na independência. Porém, as transformações resultantes das
Revoluções Inglesas e da Revolução Industrial tornaram difícil conciliar os interesses da metrópole
britânica com os da elite que se formava nas colônias.

A divergência de interesses entre colônias e metrópole ficou evidente na Guerra dos Sete Anos
(1756-1763). A origem dessa guerra estava na rivalidade comercial entre França e Inglaterra. A Inglaterra
derrotou os franceses, mas a um custo muito elevado.

Para recuperar as perdas financeiras causadas pela Guerra dos Sete Anos e aumentar o controle
sobre suas colônias, o governo britânico criou diversos impostos, que geraram muito descontentamento
entre os colonos. A imposição desses tributos não era apenas uma forma de captar recursos rapidamente;
com eles, a Coroa também pretendia frear as atividades manufatureiras nas colônias e, assim, ampliar o
mercado para os produtos britânicos. Os impostos foram usados ainda para custear e manter um exército
na América.
● Lei do Açúcar (ou Lei da Receita), de 1764: impôs o pagamento de tarifas alfandegárias sobre a
importação de melaço, vinho, café, seda e linho.
● Lei do Selo, de 1765: imposto sobre documentos legais e textos impressos (jornais, panfletos etc.).
Os documentos tinham que exibir o selo real, comprovando autorização da Coroa para sua
circulação.
● Lei do Chá, de 1773: concedeu o monopólio do comércio de chá à Companhia das Índias Orientais,
empresa inglesa que passou a distribuir esse produto para as colônias. Antes disso, os colonos
podiam comercializar o produto no mercado interno colonial.
História – 8º Ano: A independência dos Estados Unidos

Como resposta à nova lei, alguns colonos disfarçados de


indígenas lançaram ao mar o carregamento de chá de três
navios ingleses atracados no porto de Boston. Esse
acontecimento ficou conhecido como Boston Tea Party (Festa do
Chá de Boston).

Em 1774, o Parlamento britânico, buscando punir os colonos,


aprovou as chamadas Leis Intoleráveis: o porto de Boston foi
fechado ao comércio até que os colonos indenizassem a
metrópole pela carga de chá perdida; e a colônia de Massachusetts foi ocupada por tropas reais.

Profundamente indignados, líderes das colônias reuniram-se no Primeiro Congresso Continental da


Filadélfia, em 1774, que determinou o boicote aos produtos ingleses. O rompimento definitivo viria apenas
em maio do ano seguinte, após o início da guerra contra os ingleses.
Não havia consenso entre as treze colônias em torno da ideia de independência. Os colonos do sul
temiam que a separação desencadeasse revoltas internas, principalmente de escravos, que poderiam se
apropriar da ideia de liberdade e lutar pelo fim da escravidão.
A influência das ideias iluministas foram fundamentais para unir as principais lideranças coloniais na
defesa da ruptura com a Inglaterra. Dessa forma, no Segundo Congresso Continental da Filadélfia, reunido
em 1775, o voto pela separação foi vitorioso e formou-se uma comissão encarregada de redigir a
Declaração de Independência. Em 4 de julho de 1776, foi aprovada a Declaração de Independência. O
texto foi redigido sob a direção de Thomas Jefferson e teve como princípio a defesa da liberdade e da
igualdade entre as pessoas, nos moldes iluministas. No documento, defendia-se também o direito dos
indivíduos à vida e à liberdade, assim como o de resistir contra a tirania e contra qualquer governo que
desrespeitasse esses direitos.
A Declaração de Independência foi apenas o início da luta pela emancipação. A guerra contra as forças
metropolitanas estendeu-se por mais oito anos. No combate aos britânicos, os colonos receberam auxílio
militar dos franceses, holandeses e espanhóis. Somente em 1783, com a assinatura do Tratado de Paris, a
independência dos Estados Unidos foi reconhecida pelo governo britânico.
A realidade social do país nascido em 1776 expunha as contradições do discurso a favor da liberdade
e da igualdade. O direito à vida e à liberdade excluía os escravos e os indígenas. A escravidão africana foi
mantida até 1863, os indígenas continuaram sendo perseguidos e expulsos de suas terras e as mulheres
conquistaram o direito ao voto apenas no século XX.

Referência: Araribá plus: História/ organizadora


Editora Moderna: obra coletiva concebida,
desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;
editora organizadora Maria Raquel Apolinário. – 5. Ed.
– São Paulo: Moderna, 2018.

Frank & Ernest, tirinha de Bob Thaves, 2009.


Geografia – 8º Ano - Movimento de pessoas no Mundo – Parte 2

As migrações ao redor do globo


Como vimos no último caderno, as migrações são um fenômeno muito antigo, porém, bastante
presente no mundo moderno. Também vimos que são inúmeros os motivos que levam as pessoas a
deixarem seu país de origem e se fixar em outros países. Nos dias de hoje, os grandes fluxos
migratórios ocorrem, principalmente, das regiões ou países mais pobres para os mais ricos.
Pode-se dizer que os grandes fluxos migratórios internacionais vão da América Latina para
os Estados Unidos, da África para Europa e de várias partes da Ásia para os EUA, Europa, Japão e
Austrália. Não podemos deixar de citar os importantes fluxos migratórios que acontecem no Oriente
Médio.

Principais rotas migratórias do início do século XXI. https://www.ufjf.br/pur/files/2011/04/MIGRA%C3%87%C3%83O-NO-


MUNDO.pdf acessado em 25 de agosto de 2020 às 15:40.

As migrações mudaram muito com o tempo. No passado, muitos países da América Latina,
principalmente o Brasil, receberam um grande contingente de migrantes europeus. A Europa, em
meados do século 19 e início do 20, passava por uma explosão demográfica que, aliada à crise na
produção agrícola e à fome (motivadas por sucessivas guerras), impulsionaram a saída de muitos
europeus em direção a países do continente americano, movidos pelos sonhos do acesso à terra e do
enriquecimento rápido.Todavia, em meados do século XX, os fluxos migratórios internacionais se
inverteram. Muitas pessoas saem da América Latina na contramão de seus antepassados, devido a
alguns fatores de atração, como oportunidade de emprego, sonhos de enriquecimento e melhora na
qualidade de vida.
É também comum nas Américas as pessoas verem nos EUA uma oportunidade de melhorar sua
condição financeira e de sua família. A proximidade do México, Cuba, Panamá e outros países do
Caribe com o território americano fazem muitas pessoas se aventurarem em rotas perigosas para
trabalhar em fábricas e fazendas norte-americanas. E, além de cuidar de sua própria subsistência,
enviam parte da renda aos familiares que permaneceram no seu país natal.
Geografia – 8º Ano - Movimento de pessoas no Mundo – Parte 2

Como vimos, além da América Latina, outro continente de origem de muitos migrantes é a África.
A crise humanitária que hoje
assola todo o continente é a
grande responsável pela migração
dessas pessoas que tentam
acessar o continente europeu
através do mar mediterrâneo, uma
das rotas de migração mais
perigosas de todo o mundo.
Além dos africanos, muitos
árabes (que não são
especificamente do Norte da
África) tentam diariamente acessar
a Europa por essas rotas. Fugindo
de perseguições religiosas, das
guerras e conflitos políticos em seus países, esses migrantes são chamados de refugiados!

Fonte: Jornal Folha de São Paulo. Disponível em https://m.folha.uol.com.br/mundo/2015/08/1674806-conheca-os-


principais-pontos-do-plano-europeu-de-combate-a-crise-migratoria.shtml?cmpid=menupe. Acesso em 13 de agosto de 2020.

A crise migratória internacional promove uma série de problemas socioeconômicos. Por conta
de problemas financeiros enfrentados desde 2008, muitos países desenvolvidos tomaram algumas
medidas para restringir a entrada de imigrantes, como leis e até mesmo barreiras físicas, como o muro
na fronteira dos Estados Unidos com o México. Portanto, os emigrantes vêm buscando meios
clandestinos de chegaram ao seu destino.
Ao mesmo tempo, países desenvolvidos selecionam pessoas mais aptas a viver em seu
território, permitindo a entrada de profissionais qualificados e provocando a “fuga de cérebros” dos
países em desenvolvimento, ou seja, pessoas com aptidões técnicas e com maiores conhecimentos são
bem-vindas.
Um dos grandes desafios do século XXI é a convivência pacífica de diferentes culturas. Diante
do que vimos acima, a xenofobia (do grego, "xeno" = estrangeiro e "fobia" = medo), entendida como
aversão ao imigrante, tem se tornado cada vez mais forte nos países desenvolvidos. Isso devido,
basicamente, às diferenças socioculturais existentes entre pessoas de países diferentes e,
principalmente, à relação tensa entre os trabalhadores dos países ricos e os estrangeiros, vindos de
países mais pobres, que disputam os mesmos postos de trabalho.
Todavia, a melhor alternativa talvez não seja a construção de muros e elaboração de leis para
amenizar o problema migratório, mas sim a construção de um mundo mais justo e igualitário, onde as
pessoas pensem no próximo além dos seus próprios interesses.
Ensino Religioso – Anos Finais. Caderno 3 -2021 Variedade religiosa

Há uma grande variedade de religiões que se organiza de acordo com o seu próprio jeito
de reverenciar uma divindade e de se posicionar no mundo; há aquelas que receberam nomes
diferentes e seguidores próprios. Abaixo, algumas das religiões e seitas no mundo, com
relevante número de adeptos:
Afro-tradicionais - religião tradicional do continente africano. Tem como principal
característica a ausência de um livro sagrado, baseando-se em mitos e rituais que são
transmitidos oralmente. Suas crenças e costumes têm mais a ver com a experiência diária do
que com princípios morais de salvação espiritual. Apesar de se acreditar em um Deus supremo,
é dada uma atenção maior a espíritos secundários, principalmente, espíritos ancestrais, líderes
ligados a algum clã ou tribo. Com a colonização europeia, iniciada no século XVII, o contato com
o islamismo e o cristianismo alterou algumas concepções das religiões africanas tradicionais,
ocorrendo o sincretismo religioso, ou seja, a mistura de uma religião com outra. No Brasil as
religiões afro- brasileiras organizaram-se nas últimas décadas do século XIX, no período final da
escravidão. Estas se formaram em diferentes regiões e estados do Brasil e em diferentes
momentos históricos. Como exemplos delas, temos o candomblé e a umbanda.
Budismo - religião fundada por Siddharta Gautama - o Buda - na Ásia Central, por volta de
563-483 a.C., surgindo a partir do hinduísmo como um caminho individual para a salvação.
Segundo o budismo, todas as ações têm consequências. O princípio propulsor por trás do ciclo
nascimento-morte-renascimento são os pensamentos do homem, suas palavras e seus atos
(carma). Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e cultivar a própria
mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o
entendimento da realidade última - o Nirvana.
Confucionismo - doutrina ética e política fundada por Confúcio (551-479 a.C) que, por
mais de dois mil anos, constituiu o sistema filosófico dominante da China. Seu pensamento
consiste em definir as relações humanas individuais em função das instituições sociais,
principalmente família e Estado. Na verdade, o confucionismo e o taoísmo tiveram predominância
na educação e na vida intelectual da China, enquanto o budismo exerceu importante influência
na vida social.
Taoísmo - filosofia religiosa desenvolvida principalmente pelo filósofo Lao-tse (séc. VI a.C).
A noção fundamental dessa doutrina é o Tao - o Caminho - princípio sintetizador e harmônico do
Yin (feminino) e Yang (masculino). O acesso ao Caminho se dá pela meditação e pela prática de
exercícios físicos e respiratórios.
Xintoísmo – Antiga religião nacional do Japão. A partir de 500 d.C., o xintoísmo enfrentou
dura competição com o budismo, mas as duas religiões acabaram por influenciar uma à outra.
Não há um fundador, como em outras religiões. A essência desta religião são a cerimônia e o
ritual, que mantêm o contato com o divino. Costuma-se dizer que o xintoísmo possui diversos
deuses ou kamis, que se manifestam sob a forma de árvores, montanhas, rios, animais e seres
humanos. O culto aos espíritos naturais e ancestrais sempre foi fundamental para o xintoísmo.
Os 4 elementos
Secretaria Municipal de Educação de Nova Friburgo – Equipe dos Anos Finais
estão sempre presentes nas cerimônias: purificação, sacrifício, oração e refeição sagrada.

Hinduísmo - religião professada pela maioria dos povos da Índia. Cultua um grande número de
deuses e deusas e seus seguidores acreditam na reencarnação e na união com o Deus supremo
- Brama - pela libertação espiritual. Os hinduístas têm rituais diários obrigatórios e também os
não- obrigatórios, mas de enorme valor para eles, como a peregrinação a lugares sagrados,
como o rio Ganges, por exemplo.
Islamismo - religião fundada por Maomé (570-652 d.C); do islã, muçulmana. Afirma a
existência de um único Deus - Alá - e acredita que o Cristo foi um grande profeta. Maomé, no
entanto, não é cultuado em si mesmo nem considerado um intermediador entre Deus e os
homens. Para os muçulmanos, sua vida é o ponto máximo da era profética, sendo as leis do
islamismo o cumprimento das revelações anteriores feitas pelos profetas das religiões reveladas,
como o cristianismo e o judaísmo.
Judaísmo - religião do povo hebreu e a partir da qual surgiu o cristianismo. Os judeus
esperam pela vinda de um Messias. Algumas ramificações judaicas (reformistas) creem, no
entanto, que a era messiânica não envolva necessariamente uma pessoa, mas sim que se trate
de um período de paz, prosperidade e justiça na humanidade. O livro sagrado é a Bíblia judaica,
equivalente ao Antigo Testamento, porém organizada de forma diferente, chamado de Torá. É
uma religião intimamente ligada à história. As narrativas da Bíblia se baseiam numa crença bem
definida de que Deus fez uma aliança especial com o povo hebreu.
Catolicismo – desde os primórdios do cristianismo, os cristãos ocidentais eram chamados
de católicos e os cristãos orientais de ortodoxos. Entende-se, então, que a Igreja Católica é o
conjunto de igrejas que estão em comunhão com o Papa; e a Igreja Ortodoxa é o conjunto de
dioceses do Oriente cujo chefe espiritual é o Patriarca Ecumênico de Constantinopla (título
simbólico, pois as igrejas ortodoxas são independentes). A Igreja Católica Apostólica Romana
abarca o maior número de cristãos no mundo e apresenta uma rígida estrutura organizacional e
hierárquica. Possui 7 sacramentos (sinais visíveis de que Deus concede sua graça aos
humanos): batismo, crisma, eucaristia, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio.
Protestantismo – é um dos grandes ramos do Cristianismo, surgido da Reforma
Protestante ocorrida na Europa, no século XVI. Inicialmente, a partir da Reforma, surgiram as
igrejas Luterana e Reformada, mas que ao longo dos tempos foi frutificando em novas igrejas e
denominações, como os batistas, metodistas, calvinistas, presbiterianos, pentecostais, entre
outros (alguns denominados genericamente de evangélicos). Devido a essas divisões, as formas
de composição, estrutura, doutrinas, práticas e culto também podem diferir entre si. De forma
geral, a Palavra de Deus, a Bíblia (organizada diferentemente da Bíblia católica), é amplamente
estudada e seguida.
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Espiritismo/ Kardecismo – consiste num sistema filosófico-religioso cujo eixo principal é a
crença na reencarnação. A designação kardecismo deriva do pseudônimo Allan Kardec, adotado
pelo teórico da doutrina espírita francesa Leon Hipolyte Denizard Rivail (1804-69). Graças ao
mandamento do amor, os mortais podem contar, em seu processo de purificação e evolução,
com a ajuda e as orações dos espíritos de luz já desencarnados, sujeitos também eles à norma
ética máxima do kardecismo, a caridade.
GAARDER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000. Apud file:///C:/Users/Home/Downloads/ensino%20religioso%207ano.pdf
acessado em 19 de agosto de 2020 às 14:51.
Secretaria Municipal de Educação de Nova Friburgo – Equipe dos Anos Finais
Educação Física - 8 º ano Caderno 3 - 2021
Tênis de Mesa

O tênis de mesa, também chamado de ping-pong, é um esporte criado na Inglaterra, no século XIX. É
um dos esportes mais populares que existem, chegando a um número estimado de cerca de 300 milhões
de praticantes em todo o mundo.

O jogo, que é uma adaptação do tênis de quadra,


consiste na disputa de pontos entre jogadores que
golpeiam a bola com suas raquetes sobre a área de
jogo (mesa). O objetivo é impedir que o adversário
consiga realizar a mesma ação e devolva a bola para a
área de jogo.

Assim, o atleta vencedor é aquele que obtém mais


êxitos dentro do número de sets em disputa. Os sets
são disputados e vence o primeiro jogador que atingir a
marca de onze pontos ou dois pontos de vantagem, no caso de empate em dez pontos.

História do Tênis de Mesa


Criado na Inglaterra, no final do século XIX, o tênis de
mesa ganhou rápida adesão entre praticantes. O nome
original do jogo é ping-pong, mas uma empresa americana
o registrou, tornando-o uma marca.

A partir daí o jogo passou a ser chamado de tênis de mesa, mas ainda hoje, o nome ping-pong ainda é
utilizado para se referir à prática recreativa do jogo, sem fins competitivos ou oficiais.

Inicialmente, jogado com equipamentos improvisados e adaptados de outros esportes, em pouco


tempo, passou a contar com a produção de equipamentos próprios. Já em 1902, foi realizado o primeiro
torneio oficial de tênis de mesa.

Em 1926, foi criada a Federação Internacional de Tênis de Mesa (IFTT) e realizado o primeiro
campeonato mundial vencido pelos húngaros Maria Mednyansky (categoria feminina) e Roland Jacobi
(masculina).

Ao longo do tempo, o jogo se popularizou em países do leste europeu e, a partir da década de 1950,
passou a ser amplamente praticado nos países asiáticos como o Japão e a China. Desde então, esses
países possuem uma certa hegemonia no esporte.

Por ser um jogo muito rápido, em que a bola pode atingir velocidades perto dos 200 km/h, algumas
adaptações foram feitas ao longo do tempo para melhorar a jogabilidade e facilitar para os espectadores.

Em 1988, o tênis de mesa tornou-se um esporte olímpico. Em 2001, o tamanho da bola passou de 38
mm para 40 mm, aumentando a resistência do ar e diminuindo a velocidade do jogo.

No mesmo ano, os sets passaram a ser disputas de 11 pontos (antes, eram 21 pontos), buscando
reduzir o tempo de jogo.
No Brasil, o tênis de mesa se popularizou em clubes e escolas, possuindo muitos adeptos e alguns
nomes influentes no esporte.
O tênis de mesa nas Olimpíadas

O reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional veio em 1977. O tênis de mesa foi aceito no
programa das Olimpíadas. A estreia ocorreu em 1988, em Seul. Das 12 medalhas distribuídas naquela
edição, nove ficaram com atletas asiáticos. A China dominou a disputa entre as mulheres, levando ouro,
prata e bronze. No masculino, a Coreia do Sul, jogando em casa, ficou com ouro e prata, enquanto o
sueco Erik Lindh faturou o bronze. Nas duplas, a China foi ouro, Iugoslávia prata e Coreia bronze entre os
homens. Já entre as mulheres, as coreanas conquistaram a medalha de ouro. A China terminou com a
prata e a Iugoslávia com o bronze.

A partir das Olimpíadas de Pequim-2008, os jogos de duplas foram substituídos pelas disputas por
equipe. Os chineses conquistaram a medalha de ouro tanto no masculino quanto no feminino, em simples
e por equipes. O resultado se repetiu em Londres, quando os chineses dominaram os quatro eventos
novamente. Além dos quatro ouros, a China ainda faturou duas pratas na Inglaterra, justificando o status
de potência do tênis de mesa.

Tênis de mesa paralímpico

O tênis de mesa paralímpico é mais um dos esportes que surgiu com o objetivo de integrar as
pessoas com algum tipo de deficiência motora de volta à sociedade. Este também é um dos esportes
paralímpicos mais antigos de todos.
Não se sabe ao certo quando surgiu esta variante paralímpica do tênis de mesa, mas acredita-se que
tenha sido pouco depois do surgimento da versão original. Uma forma de garantirmos a sua antiguidade é
a sua presença logo nos primeiros Jogos Paralímpicos de Roma, em 1960, o qual desde então
participaram mulheres e homens e também jogando individualmente e em dupla. Desde então o esporte
todos os anos tem vindo a crescer e hoje é dos esportes paralímpicos mais praticados.

Glossário do Tênis de mesa

Backhand: golpe dado com as “costas” da mão viradas para o oponente;

Cortada: golpe ofensivo e forte, realizada com o intuito de finalizar uma disputa de ponto;

Deuce: empate em 10 a 10 em um set;

Drop shot: “largadinha” da bola junto a rede;

Match point: ponto que pode definir uma partida;

Queimada: saque em que a bola toca na rede,

Set point: ponto que pode definir um set.


Curiosidades

- Ao contrário do que muitos imaginam o esporte não surgiu no oriente e sim na Inglaterra;

- Diz-se que a classe alta do país começou a praticar o tênis de mesa como uma das alternativas pós jantar;

- Uma linha era feita por livros podia servir de rede, a parte superior de uma rolha de champanhe
seria a bola, e ocasionalmente, uma tampa de uma caixa de charutos seria as raquetes, usava-se também
esponjas, puras madeiras e lixa;

- A marca ping-pong foi registrada por Parker Brothers, que exigiu uma soma enorme de dinheiro da
Associação de Tênis de mesa dos Estados Unidos – USATT, para os direitos daquela marca. Em resposta
a comunidade deu para o esporte seu próprio nome: tênis de mesa;

- Jogadores de alto nível podem fazer jogadas com giros de até 9000 rotações por minuto;

- A velocidade alcançada após uma cortada de um atleta adulto no Tênis de mesa, geralmente
supera a velocidade de 200km por hora. Tal situação ainda é mais complicada para quem tem que
defender o golpe, pois o tempo de reação (milésimos de segundo) e a distância percorrida pela bola –
inferior a 3 metros, na maioria das vezes- são muito curtos;

- Em 1983 o tênis de mesa passa a fazer parte dos jogos Pan Americanos, disputados em Caracas,
na Venezuela;

- Atualmente, cinco atletas brasileiros ocupam posições no Top 100 do ranking mundial
masculino: Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi, Vitor Ishiy, Thiago Monteiro e Eric Jouti. Um cenário
bem diferente de dez anos atrás, por exemplo, quando o tênis de mesa brasileiro vibrava ao ter
pelo menos um atleta nessa lista.

- Entre as mulheres, Bruna Takahashi, a primeira campeã mundial do tênis de mesa


feminino do Brasil, chegou a um patamar jamais atingido por qualquer outra mesa-tenista deste
país: atualmente, está no Top 50 mundial. De quebra, tornou-se, em sua primeira
participação, a maior medalhista da história do tênis de mesa feminino nos Jogos
Pan-Americanos: foram quatro pódios em Lima, no início de agosto.

- O número 7 no mundo , Hugo Calderano é o principal nome na ITTF – Federação


Internacional de Tênis de mesa, A suada vitória de Hugo Calderano na final do torneio
individual de tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos assegurou ao brasileiro a vaga para a
Olimpíada de Tóquio. Além disso, as equipes feminina e masculina se classificaram ao vencer o
Pré-Olímpico Latino- Americano;
Artes – 8º ano: Realismo
Caro aluno, no caderno pedagógico anterior, você teve contato com o movimento artístico e literário
do Romantismo. Pôde apreciar a célebre tela “ 3 de maio ”, do pintor espanhol Francisco Goya, 1814, que
está no Museu do Prado, em Madri. Além disso, percebeu, no poema “Adeus à Europa”, de Gonçalves de
Magalhães, elementos como o amor à pátria e a exaltação à natureza. Agora, caminhando ainda pelo
século XIX, vamos conhecer mais um movimento artístico relevante para o estudo da História da Arte, o
Realismo.
A realidade e a arte
Na segunda metade do século XIX, a Europa vivia num processo crescente de industrialização e
avanços tecnológicos, mas, em contrapartida, também houve aumento de um proletariado que vivia em
situação de exploração e miséria constante. As cargas horárias exaustivas de trabalho, a fome e as
condições precárias feriam a sua dignidade humana. Então, os artistas e intelectuais, a partir da década de
1840, diante desse cenário sociopolítico conflitante, deixaram de lado temas clássicos na pintura, tais
como mitológicos, bíblicos, históricos e literários, e voltaram o seu olhar e a sua paleta de cores para o dia
a dia, para os trabalhadores, enfim, para a realidade tal como ela é. Assim, a crítica social a as denúncias
contra a opressão aos trabalhadores foram os principais temas da estética realista.
Courbet e suas pinturas sociais
Gustave Courbet (1819-1877) tinha o hábito de se reunir com o escritor, também francês, Charles
Baudelaire (1821-1867) em um bar parisiense e discutir sobre política e os temas sociais da época. Para o
pintor, a Arte era um instrumento importante de denúncia. A obra Os quebradores de pedras é considerada
sua primeira pintura realista por muitos estudiosos.

Os quebradores de pedras, Courbet,1849, óleo sobre tela, Galeria Neue Meister, Dresden.
Pinturas de animais
O interesse pela pintura de animais cresceu na estética realista. Movida pela paixão aos bichos, a pintora
francesa Rosa Bonheur (1822-1899) possuía um pequeno zoológico em sua casa, na França, onde tinha
até um leão. Os costumes da época restringiam muito a participação das mulheres na Arte e também em
outras atividades. Acredita que Rosa, para frequentar uma feira de cavalos, durante um ano e meio,
precisou se disfarçar, vestindo-se como homem? Nos tempos de hoje, é até difícil imaginar que isso tenha
acontecido. Lá, Rosa observava os animais e se inspirou para criar a obra “Feira de cavalos. ” Ao
concluí-la, foi premiada e alcançou reconhecimento internacional.

Secretaria Municipal de Educação de Nova Friburgo – Equipe de Anos Finais


25
Feira de Cavalos, Rosa Bonheur, 1853-55, The Metropolitan Museum of Art, Nova York.
Os invisíveis de Millet
O pintor francês Jean-François Millet (1814-1875) representou, em suas telas, os camponeses integrados
à natureza de forma harmônica, capturando a plenitude e a sutileza de seus movimentos, assim como
podemos apreciar na obra “As respingadeiras”. O artista não revela a face de seus personagens, pois o
que é essencial é a valorização de seu ofício, tão importante para a sociedade.

As Respingadeiras, Jean-François Millet, 1857, Museu d’ Orsay, Paris.

Angelus, Millet,1857-59, Museu d’ Orsay, Paris.

Secretaria Municipal de Educação de Nova Friburgo – Equipe de Anos Finais


26
Impressionismo
O Impressionismo foi um movimento que
revolucionou a pintura e deu início às grandes tendências
da arte do século XX. Os impressionistas buscavam
observar os diversos efeitos de a luz solar sobre os
objetos ao longo do dia para registrar na tela as variações
provocadas nas cores da natureza.
Os impressionistas estavam interessados nos
efeitos ópticos que a luz proporciona, por isso, a maioria de
suas telas eram pintadas ao ar livre. Isso conferia às obras
leveza e luminosidade.
No momento em que a pintura impressionista surgiu,
Paris, assim como outras capitais europeias, estava vivendo um período de otimismo e avanço
tecnológico, a chamada Belle Époque. A pintura foi a linguagem artística que mais se sobressaiu no
impressionismo.
Os pintores impressionistas
O primeiro contato do público com os impressionistas foi em uma exposição coletiva realizada
em Paris em 1874. O público e os críticos, porém, reagiram mal ao movimento, pois ainda se mantinham
fiéis à pintura tradicional.
Édouard Manet (1832-1883) é visto como o artista que iniciou essas pesquisas e influenciou outros
pintores. Portanto, quando surgiu um grupo de pintores propondo novas formas de enxergar a realidade e
de representá-la, os críticos conservadores ficaram perturbados e não aceitaram o novo estilo. Só na
década seguinte, os impressionistas começaram a ser compreendidos. Além de Édouard Manet, o
idealizador do movimento, temos outros nomes de destaque, entre eles:
Claude Monet: O trabalho que deu origem ao nome do movimento impressionista foi pintado por
Claude Monet, um artista de destaque entre seus contemporâneos. Monet buscava com afinco a
representação do instante, para isso, não havia tempo para dedicar-se aos detalhes, o mais importante
para ele era o conjunto final. Apreciava a pintura ao ar livre, que lhe permitia reproduzir os efeitos da luz
solar diretamente da natureza. O maior exemplo desse interesse está na série que teve como tema a
fachada da Catedral de Rouen. Ele a pintou em vários momentos do dia, registrando as diferentes
impressões que ela lhe causava.
Pierre Auguste Renoir: um dos pintores mais famosos do impressionismo. O artista buscava
transmitir em suas telas otimismo, entusiasmo e tranquilidade. Além disso, retratava os encontros da elite
francesa no final do século XIX. Podemos perceber na composição como o pintor elabora com maestria a
percepção da profundidade. Ele também se preocupa em deixar as personagens nítidas. Seus quadros
expressam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense das últimas décadas do século
XIX. Fato interessante aconteceu em 1869, quando Renoir envolveu-se em uma curiosa coincidência.
Ele e Monet pintaram a mesma cena: um grupo divertindo-se próximo a um rio. O fato, além de dar fama
às telas, mostrou bem o empenho de ambos os artistas em explorar as superfícies que refletem luz.
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27
Edgar Degas: Conhecido como "o pintor das bailarinas", Degas foi um impressionista peculiar. Isso
porque, diferente de seus contemporâneos, ele desenvolveu um estilo próprio e tinha temas de particular
interesse, como o universo do ballet. Era fascinado por retratar jovens mulheres durante apresentações de
dança, ou mesmo nos ensaios e bastidores. Ele valorizava o desenho e pintou poucas paisagens e cenas
ao ar livre: em seus quadros predominam os ambientes interiores, onde a luz é artificial. Seu grande
interesse era flagrar um momento da vida das pessoas, aprender um instante do movimento de um corpo
ou da expressão de um rosto. A tentativa de flagrar instantes revela a influência da fotografia sobre Degas.
É inegável a semelhança de alguns de seus quadros com fotos instantâneas: as pessoas são pintadas
como se estivessem sido registradas em um momento da ação que realizam, despreocupadas com a
presença do artista.
Características gerais Impressionistas
Os impressionistas perceberam que a natureza vista em seu próprio ambiente produz uma intensa
mistura brilhante de cores e tons variados que se embaralham diante de nossos olhos. As paisagens e
naturezas-mortas tinham destaque entre os temas dos impressionistas.
Em terras brasileiras, o estilo impressionista desponta pelas mãos, principalmente, de Eliseu
Visconti (1867-1944). O pintor conseguiu romper com as estruturas neoclássicas vigentes na arte e
inaugurou um caminho em direção ao modernismo no país.
Eliseu, assim como os pintores europeus, passou a estudar as nuances das cores, luzes e sombras nos
objetos e pessoas expostos à luz solar. Outros artistas também beberam na fonte do impressionismo,
como por exemplo Anita Malfatti (1889-1964), Almeida Júnior (1850-1899) e Georgina de Albuquerque
(1885- 1962).

A PASSAGEM DA LUZ EM ROUEN


A catedral de Rouen, importante cidade da
França, começou a ser erguida no final do século
XII e é uma das mais belas construções góticas
francesas. Observe na tela ao lado a variação
das cores e da aparência da fachada. A causa
dessa variação é a mudança da luz solar: Monet
fez as pinturas em diferentes momentos do dia,
comprovando sua ideia de que as cores da
natureza e dos objetos expostos ao ar livre se
modificam constantemente, dependendo da
incidência da luz do Sol.
Referência bibliográfica:
https://www.todamateria.com.br/impressionism

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28
INGLÊS – 8º ANO - CADERNO PEDAGÓGICO 3

VERBOS MODAIS CAN e COULD (Revisão)

Primeiramente, vocês sabem a diferença entre uma linguagem formal e informal? E quando a
linguagem é usada de maneira polida, educada? Reflitam sobre as perguntas e pensem no contexto
escolar e no contexto em família, ao lado de seus primos e primas, por exemplo. Há diferença? Sim. Em
um ambiente escolar, em uma sala de aula há um “código” de linguagem que deve ser seguido. Há
palavras que devem ser evitadas como, por exemplo, palavrões. Já em um ambiente mais informal, a
linguagem torna-se menos formal. Há quem fale gírias, palavrões, uma linguagem que tem a ver com a
norma culta da língua. Em inglês, isto acontece também. E é sobre informalidade, formalidade e educação
no uso da linguagem que iniciamos um aprofundamento dos verbos modais CAN e COULD.
Disponibilizamos o link a seguir para um maior aprofundamento da matéria:

https://www.instagram.com/tv/CAvgy5qDB0M/

Agora, analise o quadro abaixo:

INFORMAL (forma mais descontraída) CAN POLITE (forma mais polida, educada) COULD

Can I sit down? (Posso sentar?) Could I sit down? (Eu poderia sentar?)

Can I call you? (Posso te ligar?) Could I call you? (Eu poderia te ligar?)

Os verbos modais em inglês são uma classe pequena de verbos que são usados como auxiliares
de um outro verbo principal em uma frase. A sua característica mais importante é que entre o verbo modal
e o verbo principal não se usa o "to". Por exemplo, com o verbo comum "to want" diríamos "I want to go to
the club.", mas com o verbo modal "can" o correto seria "I can go to the club.", sem o "to" entre os verbos
can e go.

Outra característica é que, para fazer uma pergunta com um verbo modal, basta inverter o sujeito
com o verbo, ou seja, se a afirmação é "He can go to the cinema", a pergunta será "Can he go to the
cinema?"

Vamos ver o significado deles um por um:


1 – Can - O verbo modal "can" geralmente significa "poder" ou "ser capaz de" fazer algo.

● I can go there with you. (Eu posso ir lá com você.)

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● Can you cook tonight? (Você pode cozinhar hoje à noite?)

Ele também pode ser usado para falar sobre habilidades e coisas que saibamos fazer:

● Can you swim? (Você sabe nadar?)

2 – Could - O verbo modal "could" tem dois significados diferentes. O primeiro seria o condicional do
"can", algo que seria como o "poderia" em português.

Ele é muitas vezes usado em perguntas como uma versão mais formal e polida do "can". Exemplos:

● Could you help me? (Você poderia me ajudar?)


● I could do the dishes for you if you gave me some money. (Eu poderia lavar a louça para você se
você me desse algum dinheiro.)

O outro significado é o passado do "can", algo como o "podia" ou "pude" em português. Exemplos:

● I was too busy and could not come to the party. (Eu estava ocupado demais e não pude vir à festa.)

PAY ATTENTION!!!!

Nas frases negativas, a palavra NOT acompanha o verbo modal e pode aparecer na sua forma abreviada.
Então, veja:

● Can: cannot = can’t


● Could: could not = couldn’t

Examples:

● You cannot go to the club. It’s closed. (Você não pode ir ao clube. Está fechado.) = You can’t go to
the club. It’s closed.
● He could not ask Ann such favor. (Ele não poderia pedir a Ann tal favor.) = He couldn’t ask Ann
such favor.

Nas frases interrogativas, o verbo modal aparece antes do sujeito, e não do verbo principal.

Examples: *Can I eat hamburgers? (Eu posso comer hambúrgueres?)

● Could we go to the show? (Nós podemos ir ao show?)


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Na forma afirmativa, o verbo modal aparece após o sujeito da oração.

Examples: *They can swim. (Eles/Elas podem nadar.)

● You could help your sister. (Você poderia ajudar sua irmã.)

QUANTIFIERS

Os QUANTIFICADORES são pronomes que precedem e modificam os substantivos: eles têm a


função de determinar sua quantidade. Para sabermos usá-los, é preciso que conheçamos as diferenças
entre substantivos contáveis e incontáveis.
Lembramos que são chamados SUBSTANTIVOS INCONTÁVEIS, aqueles que não possuem forma
plural em inglês; ou seja, devem ser usados somente na forma singular. Ex.: money, weather, advice,
information, etc.

São chamados SUBSTANTIVOS CONTVEIS, aqueles que podem ser passados para o plural em
inglês; ou seja, podem ser usados tanto no singular quanto no plural, dependendo do que se quer dizer.
Ex.: girl, chair, friend, person, etc.

Principais quantifiers:

⮚ Some, any: Expressa ideia de quantidade indefinida. Some é usado em frases afirmativas com
substantivos incontáveis e contáveis na forma plural. Enquanto, any é usado em frases negativas e
interrogativas com substantivos incontáveis e contáveis na forma plural. Pode-se fazer uma
pergunta com some, se você pedir ou oferecer algo a alguém.

Observe os exemplos:
→Frase interrogativa com substantivo incontável
● Is there any fish in the frigde? (Há algum peixe na geladeira?)
● Would you like some coffee? (Você gostaria de tomar café?)

→Frase negativa com substantivo incontável


● I don’t have any money in my wallet. (Eu não tenho nenhum dinheiro na minha carteira.)

→Frase afirmativa com substantivo contável


● She bought some clothes. (Ela comprou algumas roupas.)
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→Frase afirmativa com substantivo incontável
● There is some fish in the fridge. (Há um pouco de/algum peixe na geladeira.)

⮚ Many, much, a lot of/lots of: Ideia de grande quantidade. Em um contexto mais formal, como a
escrita, é recomendado o uso de many e much. Além disso, many e a lot of/lots of são usados em
frases afirmativas, negativas e interrogativas, e much só é utilizado em frases negativas e
interrogativas. Outra regra importante é quanto ao uso em relação aos substantivos contáveis e
incontáveis. Many é utilizado com substantivos contáveis, e much, com substantivos incontáveis.
A lot of/lots of pode ser usado para ambos os substantivos: contáveis na forma plural e
incontáveis.

Observe os exemplos:

→Frase afirmativa com substantivo contável no plural:


● There are a lot of people in the supermarket. (Há muitas pessoas no supermercado.)

→Frase negativa com substantivo incontável


● There isn’t much food in the supermarket. (Não há muita comida no supermercado.)

→Frase interrogativa com substantivo contável


● Are there many people in the supermarket? (Há muitas pessoas no supermercado?)

→Frase afirmativa com substantivo incontável


● There is a lot of food in the supermarket. (Há muita comida no supermercado.)

⮚ Little/a little, few/a few, a bit of: Expressa uma pequena quantidade. Esses quantifiers são
utilizados principalmente em orações afirmativas. A bit of é usado em contextos mais informais do
que a little, que significa “um pouco de”, sendo usado com substantivos incontáveis. A few significa
“poucos, alguns”, sendo usado com substantivos contáveis. Few e little possuem um sentido
semântico negativo, ou seja, “algo menos do que é esperado”.

Observe os exemplos:

→Frase afirmativa com substantivo incontável


● Paul drank a little water yesterday. (Paul bebeu um pouco de água ontem.)

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→Frase afirmativa com substantivo contável
● Anna returned a few days ago. (Anna voltou alguns dias atrás.)

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Caderno Pedagógico - Atividade 3 – 8º Ano - LÍNGUA PORTUGUESA
1ª PARTE

TEXTO I - Leia a crônica a seguir:


A velha contrabandista

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela
fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da
Alfândega — tudo malandro velho — começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega
mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí
atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que
ela adquirira no odontólogo e respondeu:
— É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha
saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e
dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela
montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia
e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela
passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é
que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era
mesmo. Durante um mês seguido, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que
ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
— Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo
essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é
contrabandista.
— Mas no saco só tem areia! — insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta,
quando o fiscal propôs:
— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não
apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando
que a senhora está passando por aqui todos os dias?
— O senhor promete que não “espaia”? — quis saber a velhinha.
— Juro — respondeu o fiscal.
— É a lambreta. Stanislaw Ponte Preta

Vocabulário Muamba: fraude, roubo,


Alfândega: serviço do governo que fiscaliza negócio escuso, produto
lugares e mercadorias que chegam ao país ou contrabandeado
dele saem. Manjar(gíria): entender ou perceber

O texto lido é uma crônica. Segundo Oliveira e Araújo, "as crônicas são
gêneros textuais que transitam entre o campo jornalístico e literário. Caracterizam-se
por serem narrativas curtas, escritas em linguagem informal, com tempo baseado no
presente e personagens com características e nomes genéricos. Em geral, retratam
fatos do cotidiano, valendo-se de humor, ironia e crítica social."
(OLIVEIRA, T. A.; ARAÚJO, L. A. M. Tecendo Linguagens - Língua Portuguesa: 9º ano. 5. ed. Barueri [SP]:
IBEP, 2018. Pag. 159).

1
Depois da leitura do texto “A velha contrabandista”, responda às
questões:
1- Sobre a estrutura da narrativa, a qual é composta por situação inicial,
complicação, clímax e desfecho. O clímax é o momento de maior tensão na narrativa,
normalmente as novelas e as séries adotam essa estratégia para finalizar um episódio,
instigando a curiosidade do espectador para continuar assistindo à produção. Na
crônica lida, o clímax acontece na seguinte passagem:

a) “Aí quem sorriu foi o fiscal.”


b) “— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não
apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o
contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?”
c) “— O senhor promete que não “espaia”? — quis saber a velhinha.”
d) “— É a lambreta.”

2- Na frase “— O senhor promete que não ‘espáia’? – quis saber a velhinha.”,


verifica- se o predomínio da linguagem informal, marcada pelo emprego de palavras
de uso cotidiano, em que podem ocorrer os desvios ortográficos e de concordância,
assim como o emprego de gírias. O uso da linguagem informal aparece em

a) “— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia…”


b) “Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente.”
c) “Manjo essa coisa de contrabando pra burro.”
d) “Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém…”

3- A mensagem implícita é uma informação que não vem expressa nos


enunciados escritos e/ou orais, mas pode ser deduzida. Quando é marcada através do
emprego de algum elemento linguístico, fala-se que há um pressuposto. É o que
acontece na oração “o fiscal mandou parar outra vez.", pois o emprego da palavra
outra indica que a velhinha foi parada em momentos anteriores. Marque a alternativa
em que não ocorre uma mensagem implícita:

a) Devido à pandemia, muitas pessoas pararam de praticar exercício físico.


b) Felizmente, as pessoas começaram a se conscientizar sobre a importância do
uso de máscaras.
c) Ainda não foi confirmada a eficácia da vacina contra a COVID-19.
d) “Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies
diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos.”

(Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid . Acesso em: 06/08/2020.)


2
4- O pessoal da Alfândega — “tudo malandro velho” — começou a desconfiar
da velhinha. A expressão em negrito foi empregada no sentido conotativo, ou seja, as
palavras apresentam um sentido figurado. Essa expressão, no texto, indica que os
funcionários da alfândega são peritos em identificar o contrabando. Quando as
palavras são empregadas no sentido denotativo, elas possuem o sentido real, aquele
que aparece no dicionário. Com base nessas definições, assinale a alternativa em que
as palavras são empregadas apenas no sentido denotativo:

a) “Que a vida é trem-bala, parceiro” – Trem-bala, Ana Carolina Vilela Da Costa


b) “Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta”
c) Meu coração é uma manteiga derretida.
d) “O coração dispara / Tropeça, quase para” – Amei te ver, Tiago Iorc

5- Todo texto narrativo apresenta os seguintes elementos: narrador, enredo,


personagem, tempo e lugar. Ao contar uma história, o autor pode escolher entre o
narrador observador, aquele que apenas narra a história, por isso o foco narrativo
será em 3ª pessoa, e o narrador personagem, aquele que relata os acontecimentos e
é uma das personagens da história, portanto o foco narrativo será em 1ª pessoa. A
partir dessas informações, assinale a alternativa correta:

a) a crônica lida apresenta um narrador observador, o que pode ser percebido em


“Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás …”
b) a crônica lida apresenta um narrador personagem, o que pode ser
percebido em “— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar.”
c) a crônica lida apresenta um narrador observador e narrador personagem.
d) a crônica lida apresenta um narrador observador, o que pode ser comprovado
pelo trecho “Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.”

6- Quando os textos dialogam entre si, abordam o mesmo tema, diz-se que
ocorre a intertextualidade. A crônica em estudo só não faz intertextualidade com o
tema da seguinte charge

a) b)

Disponível em:
Disponível em: https://blogdoaftm.com.br/charge-stf-
http://www.portalnews.com.br/_conteudo/2016/06/opin derruba-prisao-apos-segunda-instancia/
iao/33492-charge.html - Acesso em 06/08/2020. Acesso em 12/08/2020.
3
c) d)

Disponível em:
Disponível em: http://ireceseven.blogspot.com/2012/07/contraba
https://marketingcinetv.wordpress.com/2010/05/16/o- ndo.htm l Acesso em 06/08/2020.
gralha-em-mais-uma-missao/
Acesso em 06/08/2020.

7- A crônica é um gênero textual flexível, por apresentar, em sua estrutura,


características de outros gêneros. Assinale a alternativa que mostra uma semelhança
entre a crônica e o conto.
a) Tanto a crônica quanto o conto são textos que evitam a linguagem informal.
b) Assim como o conto, a crônica é um texto curto.
c) A crônica e o conto são textos produzidos para serem veiculados exclusivamente
em jornais e revistas.
d) Assim como a crônica, o conto geralmente aborda aspectos do cotidiano por meio
do olhar particular do autor.

Termos essenciais da oração – Tipos de predicado


No último caderno, vimos que predicado é a parte da oração que traz uma
informação sobre o sujeito. Além disso, observamos que há verbos que indicam estado e
verbos que indicam ação.
Leia:
I- Eduardo e Mônica são simpáticos. (são: verbo de estado - característica: simpáticos)
II- Eduardo e Mônica construíram uma casa. (construíram: verbo de ação)

Essa especificidade dos verbos permite a delimitação dos tipos de predicados.

Predicado verbal – tem como núcleo um são:ser,estar,parecer,permanecer,ficar,


verbo de ação. continuar.
Ex.:
1- Joaquim [guardou o livro no armário.] 2-
[Na última semana,] os alunos [fizeram uma
atividade avaliativa.]

Predicado nominal – tem como núcleo um


nome,uma característica, a qual é chamada
de predicativo do sujeito(termo que
caracteriza o sujeito).O verbo, por indicar
um estado, tem o nome de verbo de
ligação.
Os principais verbos de ligação
Ex.:
1- Joaquim [é estudioso.]
(estudioso- predicativo do sujeito).
2- A criança [estava
feliz.] (feliz- predicativo do
sujeito).

Predicado verbo-nominal –
Possui dois núcleos:um verbo de
ação e um nome-uma
característica (predicativo do
sujeito).
Ex.:
1- Os alunos [fizeram
concentrados uma atividade
avaliativa.]
2- A criança [brincava feliz no quintal.]

4
Com base nessas informações, responda às perguntas a seguir:

8- O predicado presente em "a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí
atrás." é um predicado verbal, pois o verbo passa indica uma ação praticada pela vovó. O
mesmo tipo de predicado só não aparece em
a) “Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás…”
b) “A velhinha sorriu com os poucos dentes…”
c) “… ordenou à velhinha que fosse em frente.”
d) “Mas o fiscal ficou desconfiado ainda.”

9- Leia as frases a seguir: III- O fiscal examinava


I- "Ela montou na lambreta e foi embora" desconfiado a atitude da vovó.
II- "A senhora é contrabandista"
Marque a(s) alternativa (s) verdadeira(s):

a) Na frase I, o verbo montou indica uma ação praticada pela vovó, por isso o
predicado é verbal.
b) Na frase II, o verbo é indica uma ação praticada pelo sujeito.
c) O verbo é, presente na frase II, é um verbo que atribui uma característica ao
sujeito, sendo um verbo de ligação, portanto essa frase tem um predicado nominal.
d) A frase III possui um predicado verbo-nominal, já que apresenta como núcleos um
verbo de ação (examinava) e uma característica (desconfiado).

10- A frase “… eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço.” tem um predicado
nominal, pois
a) o seu núcleo é um verbo de ligação. d) o seu núcleo é a
b) o núcleo nada tem a ver com o tipo característica fiscal da alfândega,
do predicado. que é chamado de predicativo do
c) o seu núcleo é um verbo de ação. sujeito.

TEXTO II – Leia a história a seguir para responder às questões propostas:

11- Identifique o pronome pessoal implícito (isto é, o termo que não está escrito, mas
pode ser identificado através da terminação verbal) na seguinte fala da mãe de Calvin:
“Deixe- me ver se está com febre. ”

————————————————————————————————————————

12- Por que Calvin está preocupado em ficar doente no período das férias de verão?
————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————

5
13- Por qual motivo Calvin odeia termômetros?

————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————

14- Marque a alternativa incorreta:


a) De acordo com o contexto, a desconfiança de Calvin sobre a mãe é justificável.
b) Pode-se inferir, pelo contexto, que a mãe de Calvin queria que ele ficasse dentro
de casa, talvez para ele não provocar tumultos.
c) Em “Calvin continua febril.” e “Calvin continua na sala.”, os verbos destacados são
verbos de ligação.
d) Na frase “Eu odeio termômetros!”, o vocábulo destacado é o núcleo do predicado.

2ª parte

Vamos aprender mais sobre o Gênero Crônica?

Características da crônica

Por tratar de assuntos cotidianos e factuais, a crônica tem “vida curta”. O assunto em
pauta hoje não será o mesmo de amanhã, aspecto similar ao jornalismo, visto que ambos
buscam inspiração nos acontecimentos do dia a dia.
Com uma linguagem simples, a crônica relata de forma diferenciada as ocorrências, seja
de forma artística, em tom crítico ou com humor.

● Veja suas principais características:


● É escrita em textos curtos;
● Possui linguagem despojada e simples;
● Narra situações do cotidiano;
● Visa prender a atenção do leitor.
6
Tipos de crônica
Existem diversos tipos de crônicas – desde as apenas narrativas, passando pelas
crônicas jornalísticas até chegar em crônicas poéticas, que flertam com o literário.

Crônica narrativa - A crônica narrativa é aquela que contém apenas elementos da


narração em sua estrutura, ou seja, que apresenta personagens, tempo, espaço e enredo.
Nessas crônicas, não há longos trechos reflexivos ou argumentativos, como é comum
naquelas publicadas em jornais. O assunto da crônica narrativa é, em via de regra, um
tema vinculado ao cotidiano das cidades.

Crônica jornalística - A crônica jornalística pode ser caracterizada como um gênero que
mistura fragmentos narrativos – em geral, pequenos fatos cotidianos são contados para,
em seguida, promover-se uma reflexão sobre eles – e trechos mais longos de reflexão e
argumentação sobre o fato narrado. Por ser publicada em jornais, é esperado que o tema
da crônica jornalística seja de interesse de um grupo social e não apenas do próprio
cronista. Normalmente, os principais acontecimentos do dia ou da semana anterior são os
assuntos redigidos nas crônicas jornalísticas.

Crônica humorística - Uma das marcas das crônicas narrativas e jornalísticas é, em


geral, ter um enfoque humorístico acerca das cenas e acontecimentos cotidianos. Para
atingir esse grau de comédia, cada cronista adota um estilo particular – há aqueles que
usam da ironia para marcar sua linguagem, há outros que abordam assuntos cômicos por
natureza, ou ainda os cronistas que constroem discursos engraçados por meio de
associações inusitadas. Quanto mais original e criativa, melhor será a crônica.
https://www.portugues.com.br/literatura/a-cronica-.html/Adapitado/ Acessado em 11/03/2021

*Leia a crônica a seguir:

A tribo que mais cresce entre nós

A nova tribo dos micreiros cresceu tanto que talvez já não seja apenas mais uma
tribo, mas uma nação, embora a linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam
ao seu objeto de culto sejam quase de uma seita. São adoradores que têm com o
computador uma relação parecida à do homem primitivo com o totem e o fogo. Passam
horas sentados, com o olhar fixo num espaço luminoso de algumas polegadas, trocando
não só o dia pela noite, como o mundo pela realidade virtual.
Sua linguagem lembra a dos funkeiros em quantidade de importações vocabulares
adulteradas, porém é mais ágil e rica, talvez a mais rápida das tribos urbanas modernas.
7
Dança quem não souber o que é BBS, modem, interface, configuração, acessar e assim
por diante. Alguns termos são neologismos e, outros, recriações semânticas de velhos
significados, como janela, sistema, ícone, maximizar. Quando ouvi outro dia que “fulano é
interneteiro”, achei que era uma grave acusação.
No começo da informatização das redações de jornal, houve um divertido mal-
entendido quando uma jovem repórter disse pela primeira vez: “Eu abortei!”. Ela acabava
de rejeitar não um filho, mas uma matéria. [...]
Nada mais tem forma e sim “formatação”. Foi-se o tempo em que “fazer um
programa” era uma aventura amorosa. O “vírus” que apavora os micreiros não é o HIV,
mas uma intromissão indevida no “sistema”, outra palavra cujo sentido atual nada tem a
ver com os significados anteriores. A geração de 68 lutou para derrubar o sistema; hoje o
sistema cai a toda hora.
Alguns velhos homens de letras olham com preconceito essa tribo, como se ela
fosse composta apenas de jovens, e ainda por cima iletrados. É um engano, porque há
entre eles respeitáveis senhores e brilhantes intelectuais. Os micreiros estão em muito
boa companhia. Pelo menos três dos melhores representantes da palavra escrita que eu
conheço mantêm com o computador uma relação quase erótica: Umberto Eco, Rubem
Fonseca e Millôr Fernandes.
O autor de O nome da rosa chega ao ponto de, em nome da escrita, fazer uma
defesa apaixonada do computador. Para ele, essa máquina surgiu para salvar o texto da
extinção a que estava condenado pela TV. “Agora, na tela do computador há palavras, o
que não havia no vídeo da televisão”, ele disse. Segundo Eco, pela primeira vez na
história da escrita o homem pode escrever na mesma velocidade em que pensa, sem se
preocupar com os erros. A escritura automática, tão sonhada pelos surrealistas, seria
possível hoje graças ao computador. “O computador restitui uma civilização não somente
alfabética, mas sequencial.” [...] Sua fascinação é tal, ele [Eco] explica, “que me acontece
de escrever só pelo prazer de empregar a máquina.”
Falar mal hoje do computador é tão inútil e reacionário quanto foi quebrar
máquinas no começo da Primeira Revolução Industrial. Ele veio pra ficar, como se diz, e
seu sucesso é avassalador. Basta ver o entusiasmo das adesões.
Está bem que não se deve ser “neoconservador”, como diria o presidente.
Devemos ser modernos, se possível pós-modernos. Mas também é ridículo ficar
rendendo homenagem à arrogância e onipotência do computador como se ele fosse
tornar obsoleta a inteligência humana, como um salvador da pátria, como se fosse
resolver todos os nossos problemas, como se fosse o marco zero de uma nova
civilização, como um exterminador do futuro: “Ele vai acabar com o livro, vai acabar com o
jornal, vai acabar com isso e com aquilo”. Se a tecnofobia é obsoleta, a tecnofilia pode ser
mistificadora.
Ainda há pouco, Alvin Toffler, um especialista em choques e ondas que ficou
famoso e rico com futurologia, fez no Rio uma série de declarações que lembravam um
outro esperto futurologista, Marshall McLuhan. Tudo se resolve com a tecnologia: da
economia à educação. “O Brasil necessita investir uma enorme quantia na educação”,
aconselhou. “Mas não em soluções convencionais e sim numa infraestrutura de mídias
eletrônicas”. Alguém devia ter dito ao autor de A terceira onda que aqui é o paraíso da
mídia eletrônica e não é por falta dela que o país não aprende a ler, ao contrário.
Talvez esteja na hora de baixar um pouco a bola do computador — até porque,
com todo respeito a Millôr, Zé Rubem e Eco, ele é burro, burro como um robô, só sabe
repetir,

8
não sabe nada que você já não tenha sabido antes. Além de não ter imaginação, rejeita o
desconhecido e a originalidade. Tudo bem, é incansável, tem uma memória prodigiosa,
nenhum cérebro humano é capaz de armazenar tantas informações, faz cálculos como
ninguém, é tudo isso, mas é também um idiota, no sentido clínico, não no sentido do
insulto.
Como é que se pode confiar no discernimento de uma máquina que não é capaz de
reconhecer a palavra árvore, ou qualquer outra, se lhe faltar uma simples letra?
Experimente escrever “árvor” e dê para uma criança medianamente alfabetizada — ela
identifica na hora. Faça agora o mesmo teste com o seu quatro oito meia. Ele jamais
desconfiará que o que houve foi um pequeno erro de ortografia; é como se a palavra não
existisse.
No fundo, o computador é o personagem daquela famosa piada do próprio Millôr: “Para
bom entendedor meia palavra basta, não é becil?”
Zuenir Ventura. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. p. 56-58. (Fragmento).

1-O cronista desenvolve suas opiniões sobre o computador e alguns de seus usuários,
os micreiros. No 1o parágrafo, que descrição é feita do comportamento dessa tribo?

2-No 2o parágrafo, há uma análise da linguagem utilizada pelos usuários de computador.

a) Nesse caso, a que conclusão podemos chegar quanto à influência dessa


linguagem em nosso idioma?

b) No início, essa influência produziu algumas confusões. Explique o que causou


essas confusões com base no exemplo da jovem repórter mencionado no texto.

3-A tribo dos micreiros sofre, às vezes, certo preconceito, principalmente entre algumas
pessoas mais velhas e letradas.
a) Como o cronista comprova que esse preconceito é infundado?
9
b) Em sua opinião, por que há esse conceito de que os micreiros são pessoas
jovens e iletradas?

4-A crônica é um gênero textual que pode apresentar uma linguagem mais subjetiva,
pessoal e preocupada com a forma, quando então se identifica com a literatura, ou uma
linguagem objetiva e impessoal, mais própria do jornalismo.

a) Na crônica lida, que tipo de linguagem foi empregado?

b) No texto, o cronista utilizou a variedade padrão ou não padrão? Justifique sua resposta.

5-O cronista pode ter como objetivo divertir ou entreter o leitor, e/ou levá-lo a refletir criticamente
sobre a vida e as pessoas. Na crônica em estudo, qual foi o objetivo do autor?

6-No fim do texto, o cronista tece argumentos favoráveis e também críticos ao uso do
computador.
a) Que considerações favoráveis ele apresenta a favor do computador?

b) E quais críticas o cronista faz ao computador, na conclusão do texto?

Referência:
Oficina de redação – 4ª edição / 8ºano - Editora: Moderna Compartilha – a partir da página 95

10
Matemática – 8º Ano – Caderno Pedagógico 3 - TURMA: DATA: / _/ 2021.
ESCOLA:
ALUNO (A): PROFESSOR (A):
_

1) Classifique as Dízimas Periódicas abaixo em Simples (S) ou Compostas (C):

̅ ̅ ̅
a) 2,15 ( )
b) 0,21̅ ( )
c) 3,̅1̅8̅ ( )
d) 4,16̅ ( )
e) 0,7̅2̅4̅( )

2) Encontre pelo método 1 a fração geratriz das dízimas periódicas

abaixo: a) 3,6̅ d) 2,73̅

̅ ̅ ̅ ̅
b) 3,01̅ e) 0, 251

̅ ̅ ̅
c) 0,0̅4̅2̅ f) 0,56

3) Encontre pelo método 2 a fração geratriz das dízimas periódicas abaixo:

a) 17,8̅

b) 0,1̅
c) 1,̅1̅7̅4̅

̅ ̅ ̅
d) 0,45

4) Escreva na forma decimal as frações abaixo: (Efetue as divisões)

a) 2
3

b) 5
6
9

c) 56
90

EXERCÍCIOS SOBRE TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS

1) Os triângulos ABC e MNP são congruentes. Pelas indicações, determine o caso de congruência e as
2) Na figura abaixo N ≡ 𝑄 e MN ≡ 𝑃𝑄. Nessas condições, determine as medidas de w e z.

3) Nos paralelogramos, os ângulos opostos são congruentes. A figura a seguir é um paralelogramo. Qual
será o valor de a e b respectivamente. Assinale a alternativa correta.

a) 40 e 80
b) 30 e 100
c) 45 e 220
d) 30 e 145
e) 25 e 95

4) Calcule o valor de x e determine a medida dos ângulos internos de cada trapézio.


Dica → A soma dos ângulos internos de um quadrilátero é 360°.

a) Classificação: trapézio retângulo e escaleno. b) Classificação: trapézio isósceles

5) O trapézio da figura a seguir é isóscele. De acordo com as propriedades que aprendemos,


determine a medida dos ângulos internos.
ESCOLA: Turma: Data: / /
ALUNO(A): PROFESSOR(A):

Ciências, 8º ano: Olimpíada Brasileira de Astronomia

1 – (OBA, 2020). As lâmpadas da rua em geral são idênticas, isto


é, têm a mesma potência, por exemplo, 500 watts. Mas aquela que
está pertinho de você brilha muito mais do que outra igual, mas que
está a cinco quarteirões de você. Na figura ao lado temos a
constelação de Órion e nela temos as estrelas Alnilam (indicada pela
seta contínua – uma das “Três Marias”) e Bellatrix (indicada pela seta
tracejada). Ambas têm o mesmo brilho.
O que podemos afirmar sobre a “potência” (ou luminosidade)
destas duas estrelas e suas distâncias até nós? Coloque V
(Verdadeiro) ou F (Falso) na frente de cada afirmação abaixo.

a) Se têm o mesmo brilho e se estiverem à mesma distância, têm a mesma luminosidade. ( )

b) Embora tenham o mesmo brilho as luminosidades delas podem ser diferentes. ( )

c) Se Alnilan estiver 5 vezes mais distante que Bellatrix, então ela é mais luminosa. ( )

d) Se elas têm o mesmo brilho, então elas têm a mesma luminosidade e não importa a distância. ( )

e) Se elas têm o mesmo brilho, então elas estão à mesma distância da Terra e não importa a

luminosidade delas. ( )

f) Se têm o mesmo brilho, não importa a distância, têm a mesma luminosidade. ( )

g) Tendo o mesmo brilho as luminosidades são obrigatoriamente iguais. ( )

h) Se Alnilan estiver 5 vezes mais perto que Bellatrix, então ela é menos luminosa. ( )

i) Se elas têm o mesmo brilho e estão na mesma constelação, têm a mesma luminosidade. ( )

j) Se elas têm o mesmo brilho e estão na mesma galáxia, têm a mesma luminosidade. ( )

2 – (OBA, 2020 - adaptada). O brilho de um astro depende da distância até nós, mas a sua
luminosidade, não. Coloque F (Falso) ou V (Verdadeiro) nas afirmações abaixo.
a) O Sol é o astro mais brilhante do céu porque é a maior estrela do universo.

b) Mesmo estrelas mais quentes e maiores do que o Sol, têm menor brilho do que ele.

c) Estrelas mais quentes do que o Sol e de mesmo raio são mais luminosas do que o Sol.

d) O Sol tem o mesmo brilho visto de qualquer planeta do sistema solar.

e) Para um astronauta na Lua o Sol é o astro mais brilhante do céu, seguido pela Terra.
ESCOLA: Turma: Data: / /
ALUNO(A): PROFESSOR(A):

Ciências, 8º ano: Olimpíada Brasileira de Astronomia

2 – (OBA, 2020 - adaptada). No dia 24 de abril o Telescópio Espacial Hubble completou mais um ano em
órbita da Terra. O Hubble foi projetado nos anos 1970, mas o seu lançamento ocorreu somente em 1990.
As primeiras imagens por ele enviadas mostraram que havia um problema no seu espelho primário. Em
dezembro de 1993, a agência espacial americana (NASA) decidiu enviar uma tripulação a bordo do ônibus
espacial para consertá-lo em pleno espaço. O ônibus espacial, então, capturou o Hubble com seu braço
mecânico e durante 5 dias, 4 astronautas se revezaram em duplas realizando missões extraveiculares,
enquanto orbitavam a Terra a 600 km de altitude a 27.000 km/h. Durante cada uma dessas missões os
astronautas ficaram horas no espaço substituindo peças e componentes do Hubble. A missão foi um
sucesso, fazendo com que o Hubble nos oferecesse algumas das mais belas imagens do Universo.

Baseado nas informações dadas marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das sentenças:
a) A missão de conserto do Hubble ocorreu menos de um ano após o seu lançamento.
b) Thornton e Akers foi a dupla que mais tempo trabalhou no conserto do Hubble.
c) No total os 4 astronautas ficaram mais de 35 horas consertando o Hubble.
d) Enquanto consertavam o Hubble, os astronautas giravam em torno da Terra a 27.000 km/h.
e) O Hubble está em órbita a 27.000 km de altitude.

2 – (OBA, 2019) Em 29 de maio de 1919 houve um famoso


eclipse solar total, visível em Sobral, CE. Com ele foi possível
obter uma das primeiras comprovações da Teoria da
Relatividade Geral. Ao lado temos uma sequência de fotos de
um eclipse solar anular, similar ao que ocorreu em fevereiro de
2017 e foi visível como parcial em parte do Brasil. Coloque um X
na única afirmação correta sobre o que ocorre num eclipse do
Sol.
a) A Lua está entre o Sol e Terra.
b) A Terra está entre o Sole a Lua. d) A Terra está passando na frente do Sol.
c) O Sol está passando entre a Terra e a Lua. e) Um buraco negro está passando na frente do
Sol. Imagem: Eclipse (Associação Astronômica Deneb)
História – 8º Ano - Revolução Francesa ALUNO (A): _ _

História – 8º Ano – TURMA:

ESCOLA: PROFESSOR (A): DATA: / /2021.

1 - Sobre a sociedade francesa, às vésperas da Revolução, responda:

a) Quem, na sociedade francesa, possuía poder e privilégios?

b) Quem trabalhava para gerar riqueza e pagar impostos?

c) Qual era a composição do terceiro estado?

d) A convenção abrigava quatro grupos políticos. Qual o nome destes grupos?

2- Assinale a alternativa INCORRETA e justifique a sua escolha:

a) Gastando mais do que arrecadava, o governo de Luís XVI precisava cada vez mais de dinheiro
para equilibrar suas contas. E, ao mesmo tempo, a fome e o desemprego aumentavam a insatisfação dos
franceses com o antigo regime.

b) Diante da grave situação que a França vivia em 1789, o rei convocou a Assembleia dos Estados
Gerais. Composta de representantes dos três estados, essa Assembleia não era consultada há muitos
anos.

c) Na Assembleia dos Estados Gerais, cada estado tinha direito a um voto. Portanto, clero e nobreza
reunidos tinham dois votos contra apenas um do terceiro estado. Por isso o clero e a nobreza estavam
certos de que teriam o controle da situação.

d) Reagindo aos acontecimentos, os membros do terceiro estado lançaram uma campanha em favor
da votação por estado, e não por cabeça, isto é, por pessoa.
História – 8º Ano - Revolução Francesa

3 - Explique o que foi o Bloqueio Continental.

4 - Sobre a rivalidade entre a França e a Inglaterra no início do século XVI, marque verdadeiro ou

falso: ( ) Napoleão venceu a Inglaterra com a marinha francesa.

( ) O governo inglês foi o maior adversário da expansão francesa.

( ) E.U.A., Alemanha e Japão ajudaram a Inglaterra a vencer a França.

( ) Rússia rompeu com bloqueio e Napoleão reagiu à desobediência.

5- O trecho a seguir relata a participação das mulheres na revolução.

“Em 5 de outubro de 1789, as mulheres se levantaram e foram ao mercado, como faziam todas as
segundas- feiras, mas não encontraram pão. Decidiram ir à prefeitura para falar com o prefeito, mas ele
não estava; decidiram, então, marchar armadas até o Palácio de Versalhes, a 22 km de Paris, e trazer o rei
de volta para a capital francesa.”

Segundo o trecho, qual a reivindicação feita pelas mulheres? Qual o resultado obtido por elas?
História – 8º Ano: A independência dos Estados Unidos

1- Quais leis criadas pela Inglaterra levaram as treze colônias a romper com a metrópole?
Especifique o ano em que foram aprovadas e o que cada lei determinava.

2- O texto a seguir analisa o significado da independência dos Estados Unidos, também chamada de
Revolução Americana.

“Um dos lemas da independência, o não à taxação sem representação, era na verdade um antigo princípio
inglês usado por burgueses contra Carlos I. Tais ideias, e a Revolução como um todo, não representavam
uma ruptura com o modelo político inglês, mas sim uma quebra a ingerência da Inglaterra nos assuntos
das colônias. E a inspiração teórica por trás dessa argumentação fora toda fornecida pelo iluminismo
europeu, e num grau mais acentuado pelo liberalismo político britânico. Os próprios britânicos haviam
lutado para limitar a influência de seu rei; construíram uma teoria política com base nessa experiência. O
que as colônias fizeram, em certo sentido, foi utilizar-se dessa mesma teoria: jogar John Locke contra John
Locke.”

ZAHRAN FILHO, Geraldo Nagib. A tradição liberal dos Estados Unidos e sua influência nas reflexões
sobre política externa. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), 2005. p.33.

a. Segundo o autor, qual teria sido o significado da Revolução Americana?

b. Que ideias teriam inspirado o movimento?

c. O autor afirma que os britânicos lutaram para reduzir o poder político do rei. Que luta foi essa?

d. O caráter revolucionário da independência dos Estados Unidos foi limitado? Explique.


História – 8º Ano: A independência dos Estados Unidos

3- Em 1776, após uma série de conflitos, parcela expressiva das sociedades das Treze Colônias se
articulou no sentido de romper com o domínio inglês. Considerando-se esse processo, bem como seus
desdobramentos, é correto afirmar que:

a) notabilizou-se pela consolidação do latifúndio, o que atendia aos interesses das elites religiosas,
que se apropriaram de grandes glebas de terras.
b) caracterizou-se, desde o início, pela intransigente defesa da escravidão por parte dos americanos,
no que eram contraditados pelos interesses ingleses.
c) configurou-se como uma primeira tentativa de instalação de um regime socialista anticolonial, o que
contrariava seriamente os interesses dos comerciantes.
d) destacou-se pela repercussão internacional alcançada, tornando-se uma referência, na prática,
para outras colônias americanas.

4- Sobre as leis criadas pela Coroa britânica na segunda metade do século XVIII para ampliar o
controle sobre as treze colônias, marque verdadeiro ou falso.

( ) A Lei do Açúcar impôs tarifas alfandegárias sobre a importação de produtos como melaço e vinho.

( ) A Lei da Chibata promoveu a ampliação do valor dos africanos escravizados transportados em


embarcações inglesas.

( ) A Lei Colonial estabeleceu um valor mínimo para o pagamento de um imposto único para a Coroa
britânica.

( ) A Lei do Selo criou um imposto sobre os textos impressos e documentos legais.

( ) A Lei do Chá concedeu o monopólio do comércio do chá à Companhia das Índias Orientais.

5- O evento conhecido como Boston Tea Party (Festa do Chá de Boston) foi:

a) a aliança entre colonos do norte e colonos do sul para boicotar o envio de chá para a metrópole.
b) a elaboração da Declaração de Independência dos Estados Unidos durante o Congresso no porto
de Boston.
c) uma reação contra a lei de 1764 que impôs o pagamento de tarifas alfandegárias sobre a
importação do chá.
d) a ação repressiva da guarda britânica, que desembarcou em Boston pondo fim aos planos
emancipacionistas dos colonos.
e) uma reação dos colonos contra a lei de 1773 que concedeu o monopólio do comércio do chá à
Companhia das Índias Orientais.
Geografia – 8º ano – Caderno Pedagógico 3 - 2021 Turma: Data: / /2021

ESCOLA:

ALUNO(A): PROFESSOR(A):

1. Observe o gráfico abaixo, o mapa-múndi, presente no texto, e responda:

a) Qual o país com o maior número absoluto de


migrantes e qual é a origem deles?

b) Qual o segundo país com maior número de migrantes


e em qual parte do globo ele está localizado?

c) Escolha algum dos países ao lado e cite um fator de


atração que leva esses países a receberem milhões de
migrantes?

2. Cite dois fatores de repulsão, isto é, motivos que levam as pessoas a saírem de seu país de origem.

3. Em sua opinião, há diferenças entre migrantes e refugiados? Justifique sua resposta.

4. Observe o texto e a charge abaixo:


“O candidato republicano à Presidência dos Estados
Unidos, Donald Trump, foi ao México para se reunir
com o presidente Enrique Peña Nieto, um encontro
duramente criticado pelos mexicanos, que
desaprovam o discurso do magnata nova-iorquino.”
(G1, 31.08.2016. Disponível em: <http://goo.gl/XslVgV> .
Adaptado)
Uma das críticas dos mexicanos a Trump deve-se:
a) à sua proposta de construir uma barreira física na fronteira entre os dois países.
b) ao seu projeto de criação de uma área de livre comércio na América do Norte.
c) à sua intenção de expulsar todos os mexicanos residentes nos EUA, legais ou ilegais.
d) à sua defesa da entrada da polícia dos EUA no país vizinho, com o objetivo de lutar contra o tráfico.

5. Um dos principais tipos de migrações internacionais existentes consiste no deslocamento em


massa de profissionais qualificados e de grande conhecimento para países mais ricos. Como é chamado
este modelo de migração?
a) Êxodo Rural b) Fuga de Cérebros c) Migração Pendular c) Asilo Político

6. Leia o texto abaixo e responda


“O atentado terrorista em Barcelona, no dia 17 de agosto, deixou um saldo de 15 mortos e 130 feridos.
[...] Na tentativa de prevenir a ocorrência de novos ataques, eles aumentam o estado de vigilância sobre a
população, enquanto aconselham seus cidadãos a ser mais tolerantes com os imigrantes.
O fato, porém, é que, ao mesmo tempo em que cresce a ameaça terrorista, assistimos a um aumento
da xenofobia e da intolerância. Para o professor Samuel Feldberg, ‘a xenofobia e a intolerância têm um
objetivo específico, que pode estar ligado às consequências tanto das crises econômicas recorrentes da
última década quanto ao fenômeno dos refugiados’. Estes, por sua vez, são vítimas da radicalização
religiosa e dos conflitos nos países do Terceiro Mundo, especialmente no Oriente Médio e na África.”
(Jornal da USP, 14.08.2020. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/como-
evitar-que-o-terror-leve-a-um-aumento-da-intolerancia-e-da-xenofobia/
)

a) Segundo o texto, que fator contribui para o crescimento da xenofobia nos países desenvolvidos?

b) Você acha correto que os refugiados e imigrantes sofram com a intolerância por conta de ataques
terroristas realizados por grupos extremistas? Justifique sua resposta.
Ensino Religioso – 6º ano – Caderno Pedagógico 3 – Turma: Data: / /2021
ESCOLA:
ALUNO(A): PROFESSOR(A):

Atividades

1 - Quais das religiões citadas você conhece?

2 - Você gostaria de conhecer o sistema de crenças de alguma outra religião que não
a sua? Qual? Por que essa escolha?

3 – Livro considerado sagrado nas religiões cristãs:

a) Alcorão ou corão. b) Bíblia. c) Torá. d) Suna.

4 – Segundo as informações do texto acima, o que diferencia o budismo do xintoísmo?

Secretaria Municipal de Educação de Nova Friburgo – Equipe dos Anos Finais


Questões:

1) Onde e quando foi criado o tênis de mesa?

2) Qual é o objetivo do jogo?

3) Como se vence um jogo?

4) Qual era o nome desse esporte antes de ser chamado tênis de mesa?

5) Quando e onde o tênis de mesa passou a ser esporte olímpico?

6) Qual é o principal nome no Brasil de acordo com a Federação Internacional e qual a


sua posição no ranking mundial?

7) Complete o espaço vazio de acordo com o texto acima.


História do Tênis de Mesa / Criado na , no final do século XIX, o
tênis de mesa ganhou rápida adesão entre . O nome original do jogo
é , mas uma empresa americana o , tornando-o
uma marca.

8) Marque V para Verdadeiro e F para falso as frases a seguir e marque a opção

correta. ( ) Em 1988, o tênis de mesa tornou-se um esporte olímpico

( ) O nome original do jogo é Turbol

( ) Esporte criado na Inglaterra, no século XX.

( ) O objetivo é impedir que o adversário consiga realizar a mesma ação e devolva a bola para a
área de jogo.

A- V.V.V.V
B- F.F.F.F
C- V.F.V.F
D- F.V.F.V
E- V.F.F.V
Artes – 8º Ano – TURMA: ALUNO (A): _
ESCOLA: PROFESSOR (A): _
DATA: / / 2021.

Realismo - ATIVIDADES:

A charge, tal como a pintura realista, também se apoia na realidade, no cotidiano das pessoas, nos
problemas sociais. Agora, observe-as, atentamente, encontrando os erros e refletindo sobre eles.

13/08/2020, de Silvério ( Jornal A Voz da Serra ) 16/07/2020, de Silvério ( Jornal A Voz da Serra )

Chegou o momento de expressar sua criatividade! Busque algo na realidade e mãos à obra na criação do
seu Jogo dos Erros.

Antônio Silvério é muito conhecido no mundo do cartum. Talentoso,


discreto, friburguense com F maiúsculo, possui criatividade, sensibilidade para
transformar a realidade em arte. Autor das charges da atividade 01 e de tantas
outras, publicadas no jornal local, e, também, o criador das tirinhas de “ Urbano,
o Aposentado”, que saem no jornal “O Globo”. Aliás, se você quer apreciar mais o trabalho de nosso artista
Silvério, acesse o link e curta muito mais. https://avozdaserra.com.br/charges

Secretaria Municipal de Educação de Nova Friburgo – Equipe de Anos Finais


60
Atividade 02:
Diálogo com a pintura realista
Observe atentamente o quadro seguinte, de Gustave Courbet, pintor francês que introduziu o Realismo na
pintura.

As peneiradoras de trigo (1854 ), de Courbet.

1) A propósito do ambiente retratado no quadro, responda:


a) Como ele se caracteriza?

b) Trata-se de um ambiente próprio da zona rural ou da zona urbana? Justifique sua resposta
com elementos do quadro.

2). Observe as personagens que compõem a cena:


a) O que elas estão fazendo?

b) Para elas, o que representa o trigo?

Impressionismo
1) Escolha algum objeto dentro de sua casa ou imagem da natureza que possa admirar e a desenhe
abaixo em três momentos diferentes em cada tela:

Horário: Horário: Horário:

Secretaria Municipal de Educação de Nova Friburgo – Equipe de Anos Finais

61
2. Observe essa imagem ao lado: c) ( ) Em seus quadros predominam os
ambientes interiores, onde a luz é artificial.

a) Que artista pintou essa obra ao lado?

b) Por que o artista tinha fascínio por


bailarinas? Ele tinha alguma pretensão?
Justifique sua resposta.

03) Dentre os grandes pintores


impressionistas podemos destacar:
07) Sobre os procedimentos gerais dos
a) ( ) Monet, Manet e Renoir;
impressionistas marque Verdadeiro ou
b) ( ) Degas, Renoir e Manet;
Falso.
c) ( ) Monet, Renoir e Degas.

I. As cores e tonalidades são obtidas


04) Qual foi a cena coincidente produzida por
Renoir e Monet? pela mistura das tintas;
a) ( ) Um piquenique no parque;
b) ( ) Um passeio no zoológico; II. A pintura deve registrar as tonalidades
c) ( ) Um grupo divertindo-se próximo a um rio.
que os objetos adquirem ao refletir a luz solar
num determinado momento.
05) Sobre a obra “Fachada da Catedral de
III. As sombras devem ser escuras ou
Rouen” podemos afirmar que (...).
pretas como sempre foi representada pelos
a) ( ) Comprova que a luz não provoca nenhum
pintores até então;
efeito sobre a obra;
IV. As figuras não devem ter contornos
b) ( ) O artista a pintou em vários momentos do
nítidos, pois a linha é só uma forma encontrada
dia, registrando as diferentes impressões que lhe
causava; pelo ser humano para representar.

c) ( ) Foi um quadro produzido em estúdio à


a) ( ) F – F – F – V;
partir de uma fotografia.
b) ( ) V – V – F – F;
c) ( ) F – V – F – V,
06) Sobre o pintor Degas, marque a
alternativa correta.
a) ( ) Era francês e não participou do 08) Qual é causa da variação de cor nos
quadros impressionistas?
impressionismo pois desenvolveu um estilo
a) ( ) O jogo de luz e sombra;
diferente;
b) ( ) Mudança da luz solar;
b) ( ) Era um artista que relutava para não
c) ( ) O contorno das forma
perder a influência da fotografia;

Secretaria Municipal de Educação de Nova Friburgo – Equipe de Anos Finais


62
63
SCHOOL:

STUDENT´S NAME:

CLASS: TEACHER:

EXERCISES - CADERNO PEDAGÓGICO 3 – 8º ANO

1. Leia sobre Helen. Faça um (v ) nas atividades que ela pode fazer e um ( x ) nas que ela não pode
fazer. Depois faça o mesmo, mas dessa vez, sobre você!

2. Leia a tirinha abaixo.

(Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/357262182932123214/)

Na fala de Jon “You can have half of my sandwich” (2º quadrinho), o verbo Can está sendo usado com o
sentido de

( ) habilidade ( ) permissão ( ) possibilidade

https://www.aluralingua.com.br
3. Preencha as lacunas usando can, can’t / could, couldn’t e os verbos do quadro abaixo. Nem
todos os verbos serão usados!

ACTIVITIES Helen You


dance
play the violin
play the piano
read music
ride a horse
sing
swim

a) My grandmother was a linguist. She six languages fluently.

b) I why they haven’t phoned us yet.

c) They took us to the station so we the train to Manchester.

d) I feel tired because I last night.

e) I can play the guitar but I . My voice is terrible.


(Extracted from: CLARE, A.; WILSON, J. Total English. Pre-intermediate. Workbook. England: Longman, 2006. p. 58.)

4. Na cruzadinha abaixo, você encontrará palavras contáveis e incontáveis. Cabe a você encontrá-las
e completar os exercícios com many ou much para sabermos se há muita quantidade. Algumas palavras
como pears (contável) e coffee (incontável) estão na cruzadinha e nos exemplos. Lembrando que você
deve procurar as palavras de trás para frente, de frente para trás, de baixo para cima, de cima para baixo,
na horizontal, na vertical e transversalmente. Agora, você!
Examples: much C O F F E E
many A P P L E S

a)

b)

c)

d)

e)

f)

5. Neste exercício, temos uma receita de torta de maçã a partir de um diálogo entre Lucy e Alan.
Neste diálogo, você deverá circular o melhor “quantifier”. Você já aprendeu que dependendo da palavra
(contável ou incontável), é usado um determinado “quantifier”. Neste exercício será necessário usar os
“quantifiers” some, any, many e much. Vamos começar?!!

P A S
A L T
R N G E S
C H S E
C H I D E N
M N Y

AN APPLE PIE RECIPE

Lucy: How about making an apple pie?


Alan: Great idea! Have we got some/ any apples?
Lucy: Yes, there are some/any in this bowl. How much/many do we need?

Alan: A lot, about a kilo.


Lucy: We haven’t got enough. We can buy some/any apples in the corner shop.
Alan: And we need some/any flour, too. Look at the recipe. How much/many flour do we need?

Lucy: About half a pound. And we need some/any sour cream. So, let’s buy a small tub,too.

Alan: And how much/many eggs do we need?

Lucy: Four. And we also need some/any butter and some/any sugar. Oh, we don’t have some/any
butter.
Alan: We can buy some/any cinnamon in the shop, too.

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