Sistemas Elétricos de Potência
Sistemas Elétricos de Potência
Sistemas Elétricos de Potência
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Editoração
Produção de Materiais Didáticos
Capa
Toninho Cartoon
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
CONCLUSÃO......................................................................................................... 212
Apresentação
A área de Sistemas de Potência para a Engenharia Elétrica é de
extrema importância para cursos que desejam ênfase em Eletrotéc-
nica, sendo essa área uma das que mais demandam engenheiros
eletricistas atualmente, pois as empresas necessitam de sistemas
elétricos alimentados por redes de alta tensão para produzir com se-
gurança e sem interrupções, contudo, normalmente, as indústrias de
médio porte são alimentadas por sistemas elétricos de redes de mé-
dia tensão, as quais também possuem sistemas de proteção, porém
com confiabilidade reduzida. Contratos de fornecimento de energia
são elaborados com cláusulas de multas para interrupções no for-
necimento, de modo que a construção, a operação e a manutenção
desses sistemas se tornam algo de extrema importância principal-
mente para as concessionárias de serviços de eletricidade.
Introdução
A proteção de sistemas elétricos de potência se dá
principalmente através dos relés de proteção, os quais
são dispositivos que, por meio de ações elétricas, realizam
operações em sua estrutura, apresentando variações físicas
em seu estado quando ocorrem variações nas condições
do equipamento ou do sistema ao que está conectado para
proteção.
Objetivos
• Apresentar principais tipos de relés de proteção digital.
• Apresentar principais requisitos a serem atendidos por
relés de proteção.
• Apresentar princípios de funcionamentos dos principais
relés de proteção.
Esquema
• Principais tipos de relés de proteção elétrica
• Principais requisitos de relés de proteção elétrica
• Princípios de funcionamento dos principais relés de
proteção
Assim:
Também,
UNIUBE 19
Considerações finais
Introdução
Neste capítulo, serão abordados aspectos referentes
aos relés de proteção de sistemas elétricos de potência,
equipamentos imprescindíveis para garantir integridade de
instalações elétricas e proteção de vidas humanas e de
animais.
Esquema
• Princípios de Funcionamento
• Relés de Sobrecorrente
• Relés Direcionais
• Especificações e Parametrização
- Normas IEC:
Para cada uma das curvas padronizadas, existe uma equação que
relaciona t x I, em que:
Para que se tenha uma família de curva, para cada tipo de curva
(inversa, muito inversa ou extremamente inversa), deve-se especi-
ficar um valor de DT = Dial de tempo.
- Normas ANSI:
Da mesma forma, para cada uma das curvas, existe uma equação
que relaciona t x I, porém com características específicas, de modo
que, quando da parametrização, devem-se informar ao relé qual
dos padrões será adotado, IEC ou ANSI, além do tipo de curva e o
valor utilizado.
A B C D E
Extremamente Inversa 0.0399 0.2294 0.5000 3.0094 0.7222
Muito Inversa 0.0615 0.7989 0.3400 -0.2840 4.0505
Normalmente Inversa 0.0274 2.2614 0.3000 -4.1899 9.1272
Moderadamente Inversa 0.1735 0.6791 0.8000 -0.0800 0.1271
Moderadamente Inversa
Muito Inversa
Extremamente Inversa
O relé não é de ação direta, pois nesse caso teríamos circuitos elétri-
cos internos ao relé, os quais teriam que suportar altas correntes (da
ordem de dezenas de KA) com necessidade de dissipação térmica
UNIUBE 27
(relé corrente-corrente)
Em que:
Figura 13 - Conexão 0º
Considerações finais
Introdução
Continuaremos a estudar os relés direcionais nesta unidade,
analisando aqueles com características de sobrecorrente e de
potência. As muitas possibilidades dos sistemas de proteção
permitem que haja uma gama de características de relés, assim,
abordam-se neste livro as principais formas de atuação, sendo
que um estudo chamado de seletividade é que definirá, de acordo
com uma série de variáveis, quais as proteções que um sistema
de potência deverá possuir.
• Diferencial.
• A Distância.
Objetivos
• Dimensionar e especificar relés de proteção direcional
de sobrecorrente, direcional de potência, diferencial e a
distância.
• Determinar as parametrizações de funcionamento
desses relés.
• Avaliar a eficiência e a eficácia da proposição de
parametrização desses relés.
• Avaliar principais grandezas elétricas envolvidas.
• Modular apresentação de estudos de proteção.
Esquema
• Princípios de Funcionamento de relés de proteção
- direcional sobrecorrente
- direcional de potência
- diferencial
- à distância
• Especificações e Parametrização
UNIUBE 37
B Atuação IB IB IB
C Atuação IC IC IC
Fonte: o autor
38 UNIUBE
• Impedâncias
• MHO ou admitância
• Reatância
Considerações Finais
Introdução
Como estudamos anteriormente, os relés de proteção com
as características de atuação por impedância (OHM), de
reatância e de admitância (MHO) baseiam-se no princípio da
distância do ponto de defeito na Linha de Transmissão, e
esses serão alvo de nossa análise neste capítulo.
Objetivos
• Dimensionar e especificar relés de proteção de
impedância (OHM), de reatância e de admitância
(MHO).
• Determinar as parametrizações de funcionamento
desses relés.
• Avaliar a eficiência e a eficácia da proposição de
parametrização desses relés.
• Avaliar as principais grandezas elétricas envolvidas.
• Modular a apresentação de estudos de proteção.
Esquema
• Princípios de funcionamento de relés de proteção
- impedância (OHM)
- reatância
- admitância (MHO)
• Especificações e parametrização
UNIUBE 53
(FRONTEIRA): Região
de não operação.
(DENTRO DO CÍRCULO):
Região de operação.
(FORA DO CÍRCULO):
Região de não operação.
de atuação
Zona Alcance
1ª 80% a 90% de AB
2ª AB + (20% a 75% de BC)
3ª AB + BC + CD
Uma falta dupla fase à terra é vista pela unidade de proteção como
uma falta de fase, sendo assim, é de se esperar que as unidades
de falta de terra também enxerguem essa falta. Dessa forma, não
é necessário mais nenhum tipo adicional de unidade de falta para
as faltas do tipo fase-fase-terra.
Considerações finais
Introdução
Nesta unidade, serão abordados aspectos referentes à proteção
específica de equipamentos em instalações, denominados
geradores e transformadores de energia e de barramentos de
sistemas em sistemas elétricos de potência.
O sistema elétrico de potência (SEP) é um sistema extremamente
complexo e, devido a sua diversidade enorme, o conhecimento do
funcionamento de geradores, transformadores e barramentos se
faz extremamente necessário.
Equipamentos tidos como essenciais para o funcionamento do
SEP necessitam de estudos constantes e acompanhamentos
periódicos de suas grandezas elétricas, com o objetivo de
detecção prévia de falhas existentes no sistema elétrico.
O conhecimento e o acompanhamento das grandezas elétricas
envolvidas em tais equipamentos geram gráficos, relatórios e
fluxogramas que auxiliam muito em manutenções programadas
em tais equipamentos, para que não ocorram interrupções no
sistema de transmissão de energia elétrica.
Mas para que isso tudo funcione, necessitamos de profissionais
altamente qualificados, inseridos no sistema com conhecimentos
prévios para sua aplicação e desenvolvimento de melhorias e
novas tecnologias.
Objetivos
• Verificar as grandezas envolvidas no estudo dos
geradores.
• Verificar as grandezas envolvidas no estudo dos
transformadores.
• Verificar as grandezas envolvidas no estudo dos
barramentos e suas proteções.
Esquema
• Principais grandezas de funcionamento de
equipamentos
• Geradores
• Transformadores
• Barramentos
• Princípios de Proteção Específica
• Relés a sobrecorrente: de fase, neutro e à terra
• Relés direcionais
• Relés diferenciais
• Relés diversos
• Especificações e Parametrização
UNIUBE 71
a. Na armadura
• Abertura de espiras.
b. No rotor
• Abertura de espiras
• Problemas na escova.
• Transformadores categoria I
- transformadores trifásicos de 15 kVA a 500 kVA;
- ou de 5 kVA a 500 kVA monofásicos.
• Transformadores categoria II
- transformadores trifásicos de 501 kVA a 5000 kVA;
- ou de 501 kVA a 1667 kVA monofásicos.
UNIUBE 87
• Transformadores categoria IV
- transformadores trifásicos > 30000 kVA
- ou > 10000 kVA monofásicos.
• Faltas trifásicas
Copel adota:
Copel adota:
• AJUSTE DO NEUTRO
Copel adota:
Copel adota:
Considerações finais
Introdução
Nesta unidade, serão abordados aspectos referentes à
tecnologia digital de equipamentos de proteção e protocolos
de comunicação atualmente utilizados em proteções de
sistemas elétricos de potência.
Objetivos
• Apresentar as principais características de sistemas
digitais de proteção.
• Avaliar as principais grandezas elétricas envolvidas.
• Demonstrar a visão das parametrizações de
funcionamento de redes digitais de proteção.
• Avaliar eficiência e eficácia da proposição de
parametrização.
• Modular apresentação de estudos de proteção.
Esquema
• Principais Funções de Proteção Digital
• Princípios de Redes de Proteção
• IEDs – Intelligent Eletronic Devices
• Nós Lógicos
• Configuração de redes de proteção
• Protocolos de Proteção
• Especificações e Parametrização
UNIUBE 109
- RTU (Remote Terminal Unit) - cada byte contém dois dígitos hexa-
decimais, a definição do início e fim das mensagens ocorre através
de intervalos de silêncio e o método de detecção de erros é o CRC
(Cyclic Redundancy Check). Devem ter seus dados enviados em
sequência contínua.
128 UNIUBE
- NÓS LÓGICOS
Protocolo MMS
Protocolo GOOSE
Protocolo SVO
GATEWAY IEC-61850
Secção de comunicação
Endereços
<Communication>
<SubNetwork name=”S1”>
<Address>
</Address>
</ConnectedAP>
</SubNetwork>
</Communication>
UNIUBE 139
Considerações finais
Introdução
Nesta unidade, serão abordados aspectos referentes à
proteção de sistemas elétricos com foco em ocorrência de
fenômenos em sistemas de potência.
Profissionais qualificados em Proteção de Sistemas Elétricos
vêm sendo bastante requisitados no mercado de energia
elétrica, e o domínio do assunto se dá de forma setorial dada
a abrangência em sistemas elétricos, que abarcam desde
simples instalações residenciais até sistemas industriais
complexos, bem como sistemas de distribuição, transmissão
e geração de energia elétrica.
Para a efetivação da proteção específica, conhecendo-se as
grandezas elétricas de funcionamento a serem protegidas,
além da parametrização de relés de proteção para não
atuação ou atuação condicional de ação direta, direcional
ou diferencial, passa a ser de extrema importância a criação
de uma rede de comunicação entre os equipamentos,
criando uma lógica de proteção que permita também o
acompanhamento e a operação do sistema online.
Utilizam-se equipamentos normalizados que devem
apresentar funcionamento dentro de padrões estabelecidos
em normas brasileiras ABNT - Associação Brasileira
de Normas Técnicas - nas suas últimas revisões, que se
referenciam às normas IEC - International Eletrotechical
Comission - e ANSI - American National Standards Institute.
Os relés devem apresentar a maior gama de parametrização
possível e devem se adaptar às características específicas
das condições de implantação local do equipamento.
Essa gama de variações e avaliação específica com
necessidade de eficiência e eficácia de atuação de
equipamentos de proteção é que carece de profissionais
qualificados e capazes de propor soluções adequadas e que
atendam a demanda do mercado de energia elétrica.
Objetivos
• Apresentar os principais problemas de sistemas
elétricos de potência.
• Avaliar as principais grandezas elétricas envolvidas.
• Estabelecer a visão de proteção em SEP.
• Avaliar eficiência e eficácia da proposição de
parametrização.
• Modular apresentação de estudos de proteção.
Esquema
• Principais fenômenos em SEP
• Avaliação matricial de faltas em SEP
• Contingência em SEP
• Avaliação de proteção em equilíbrio elétrico x
mecânico
• Especificações e parametrização
UNIUBE 143
• Instabilidade angular.
• Instabilidade de frequência.
• Instabilidade de tensão.
• Desligamentos em cascata.
7.2.1.1 Transitória
• Afundamento de tensão.
• Desvios de frequência.
• Rejeição/corte de geração.
Em que:
ΔP = desequilíbrio de potência
K=1/D
T=M/D
• Bloqueio de LTCs.
Tem-se:
Tem-se:
Ou, associando:
UNIUBE 159
Em que:
160 UNIUBE
Assim, temos:
= Zkp x Ik
- Corrente Elétrica: Ia = 0 e Ib = - Ic
UNIUBE 167
• Corrente Elétrica: Ia = 0 e Ib = - Ic
UNIUBE 169
Para baixos valores de Z0/Z1 e para altas defasagens de φ1- φ0, te-
mos grandes variações na relação, condição dada por impedâncias
capacitivas de sequências zero e indutivas de sequência positiva,
condição normalmente dada por sistemas isolados.
UNIUBE 171
• Redes diversas:
= 0, em regime de operação
Em que:
Ta = torque acelerante
Tm = torque mecânico
Te = torque elétrico
Em que:
De:
Temos:
Teremos:
Em que:
Sistema Estável – A1 = A2
• Pa(δmax) = 0 ou Pm = Pe
Graficamente, temos:
Ocorrendo a falta:
192 UNIUBE
Na condição de estabilidade:
ou seja,
Sabendo que:
Em que:
194 UNIUBE
Passamos a ter:
e,
Considerações finais
Introdução
Neste capítulo, estudaremos as questões referentes à
localização de faltas na linha de distribuição. Inicialmente,
será realizada uma análise de como é feita a localização das
faltas nos sistemas de distribuição de energia elétrica.
Esquema
• Localização de faltas em sistemas elétricos
• Faltas de baixa e alta impedância
• Faltas de alta impedância passiva e ativa
• Técnicas de detecção de faltas em linhas de
transmissão
• Abordagem neural utilizando características
estatísticas de corrente de falta
• Método para diagnóstico de faltas em subestações
de distribuição, utilizando sistemas Fuzzy e redes de
causa e efeito
• Classificação e medição dos níveis de perturbação
em sistemas de potência por meio de Wavelet
Nos dias de hoje, empresas como a Pacific Gas & Eletrical Company
pesquisam métodos que se utilizam de inteligência artificial para de-
tecção de faltas. De fato, os novos métodos se motraram superiores
aos tradicionalmente adotados em sistemas elétricos de potência.
Esse método foi apresentado por Gaouda et al. (2002). Ele utiliza
técnica de Wavelets com a finalidade de detectar, classificar e me-
dir anomalias incidentes no sistema de distribuição.
Em que:
Considerações finais
CONCLUSÃO
Referências
CHEN, W. H.; LIU, C. W.; TSAI, M. S. On-line fault diagnosis of distribution subs-
tations using hybrid cause-effect network and fuzzy rule-based method. IEEE
Transactions on Power Delivery, vol. 15, n. 2, 2000.
KO, J. et al. Detection of high impedance faults using neural nets and chaotic de-
gree. Proceedings of Energy Management and Power Delivery, vol. 2, 1998.
WECC Reactive Power Reserve Work Group. Final Report: Voltage Stability
Criteria, Undervoltage Load Shedding Strategy, and Reactive Power Reserve
Monitoring Methodology. 1998.