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GRAÇA

DIVINA
E EGO
GRAÇA
DIVINA
E EGO

HÉLIO
COUTO

São Paulo, PDF grátis • 2020


© Hélio Couto
Obra registrada na Biblioteca Nacional
1a edição: PDF • 2020
***
GRAÇA
DIVINA
E EGO
***

Rua dos Pinheiros, 1076 cj 52 • Pinheiros


CEP 05422-002 – São Paulo – SP – Brasil
Tel 011 3812-3112 e 3812-2817
www.linearb.com.br

***
Capa
Alice Barbosa

Edição
Linear B Editora

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP


C871 Couto, Hélio
Graça divina e ego / Hélio Couto. – São Paulo: Linear B
Editora, 2020. PDF. 31 p.
ISBN 978-85-5538-286-4
1. Metafísica. 2. Causalidade. 3. Harmonia Cósmica.
4. esenvolvimento Pessoal. 5. Mecânica Quântica. 6.
Ressonância Harmônica. 7. Espiritualidade. 8. Graça Divina.
Ego. 9. Evolução Espiritual. I. Título.

CDU 111 CDD 110


Catalogação elaborada por Regina Simão Paulino – CRB-6 - 1154
graça divina e ego

E sse é um assunto extremamente impor-


tante e que precisa ser bem compreendido
para que se possa ter o benefício que a graça
propõe.
A Graça Divina atua o tempo todo, não
acontece uma hora aqui outra hora ali, com
uma pessoa sim, com a outra não. Isso é o
tempo todo, a Centelha Divina emana a graça,
que também pode entrar na vida da pessoa
através de um livro, um filme, um evento, uma
pessoa, N maneiras o Todo tem à disposição
para transmitir a Graça Divina, um presen-
te para todos os seres que deixam e que estão
preparados para receber, é uma onda, uma fre-
quência X que é direcionada para cada pessoa,
cada ser. Para essa onda ser assimilada, é claro
que o receptor tem que estar disponível para
entrar em fase com a onda que está chegando.
É por essa razão que, por mais que o
Todo derrame a Graça Divina em todos, no
Universo inteiro nem sempre ela é bem recebi-
da, que a Graça Divina, evidentemente, tem o
Graça Divina e Ego

paradigma do Todo, e o paradigma do Todo é


algo muito particular e muito diferente do que
a maioria das criaturas pensa.
Então a pessoa quer um presente, mas de
acordo com o ego dela a pessoa não quer um
presente do Todo, ela quer um presente de
acordo com o próprio ego e isso dificulta ex-
tremamente dar o presente para a pessoa, por
quê? Porque o Todo não tem como dar o pre-
sente que o ego da pessoa quer, vê se fica claro
isso, a pessoa quer o impossível, porque o para-
digma do Todo é alegria e amor, amor e alegria,
compaixão. Esse é o paradigma, essa é a onda
da graça, como que se a pessoa impusesse o
ego querendo que seja diferente disso, diferen-
te de alegria, de amor, de compaixão, diferen-
te do que o Todo é, a pessoa não quer o Todo,
ela quer o ego, então não tem como a Graça
Divina entrar na vida da pessoa. A pessoa pode
estar necessitada de N maneiras e não recebe,
porque o ego está impondo que tem que ser da-
quele jeito que a pessoa quer, isso é impossível,
é por essa razão que às vezes ouve-se: “Deus
não me escuta, Deus não está vendo o que
estou passando, Deus morreu”, essas coisas
assim, como se Deus fosse cego, mudo.
O Todo tem uma limitação, alegria, amor,
compaixão. Esse é o problema e o ego da

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Hélio Couto

pessoa quer “vamos fazer o mal para alguém”.


É isso que o ego quer, o ego quer a Graça
Divina para prejudicar alguém, aí não recebe,
porque é impossível. Então essa questão do pa-
radigma é crucial, porque se o seu paradigma
não bate, não é idêntico ao do Todo, não tem
como a Graça Divina entrar na vida da pessoa.
A pessoa pode até receber ajuda terrestre, mas
ela ignora, ela não dá a mínima, ela desfaz, ela
abusa, ela manipula, ela sabota e o Todo atra-
vés de alguém está tentando ajudar a pessoa,
apesar do ego da pessoa, mesmo apesar do
ego, continua tentando ajudar.
Se a pessoa não tem uma frequência que
possa entrar em fase com o Todo, o Todo
envia uma pessoa com a frequência que possa
ser reconhecida pela pessoa que Ele está ten-
tando ajudar, e mesmo assim a pessoa recusa,
leva vantagem, “acho que quem está ajudan-
do é um otário, é um bobo, que dá para passar
para trás” o quanto você quiser, coisas desse
tipo. Então, por mais que o Todo dê alterna-
tivas de recursos e meios para a pessoa cres-
cer, evoluir, poder chegar o mais perto possível
Dele, a pessoa recusa.
Tem a graça pessoal e tem a graça, digamos
assim, planetária cósmica. Por enquanto esta-
mos falando da graça pessoal. Você tem um

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Graça Divina e Ego

problema e pede ajuda. A ajuda vem sempre,


inevitavelmente, mas cai nessa situação que es-
tamos explicando, é preciso que o ego deixe
passar a graça, mas você se lembra daque-
la pessoa que falou: “eu não rezo porque eu
não tenho certeza se a vontade Dele é igual
à minha vontade, então não rezo”. Esse é um
exemplo perfeito de um ego que não cede um
milímetro.
E isso vocês estão vendo depois de milha-
res e milhares e dezenas, centenas de milha-
res de anos, continuam não aceitando a graça,
porque tem que ser do jeito que querem.
Todos os problemas seriam resolvidos num
estalar de dedos se a pessoa deixasse, então
quando se fala que precisa ajudar a fulano,
beltrano para eles acordarem, é muito mais
complicado do que se pensa, porque eles não
estão dormindo, é o ego. Se a pessoa recebe
uma ajuda, seja lá o que for, o que ela pensa,
muitas vezes? “Consegui passar para trás,
é um otário”, como faz? A pessoa está dor-
mindo? Não, a pessoa está muito acordada,
mas está acordada para o próprio ego, para
impor aquilo que quer, a própria vontade, em
cima da Centelha Divina, que está tentando
ajudar. Todas as sabotagens que a pessoa faz
são em função disso, a Centelha Divina está

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tentando que a pessoa caminhe para chegar ao


Todo, e para chegar ao Todo é preciso crescer
muito, em todas as áreas, todas as áreas. Aí
vem aquela questão, “estar no mundo e não
ser do mundo”. Sabe o 0 ou 1? Só pode ser
0 ou pode ser 1, não pode ser 0 e 1, que é o
problema do Gato de Schrödinger, lembra?! O
gato está morto, está vivo, nem morto, nem
vivo ou morto e vivo, quatro situações, e en-
quanto não abrirmos a caixinha não sabere-
mos o que está acontecendo com o gato, isso é
mecânica quântica.
Então, o que a pessoa precisa expandir, cres-
cer, evoluir, saltar é gigantesco, passo a passo,
mas o salto é gigantesco, porque a pessoa está
presa na caixinha do paradigma de um plane-
ta qualquer, ainda não avançado – avançado
quer dizer mais próximo do Todo, não é avan-
çado tecnologicamente, porque isso não signi-
fica nada.
Há doze mil anos, já se tinha chegado a
um convívio pacífico, a uma graça planetária,
doze, vinte, trinta, cinquenta mil anos atrás,
trezentos mil anos atrás, já existia isso. E como
aquilo tudo foi destruído? Porque o ego de al-
gumas pessoas não aceitava a Graça Divina
que mostrava que desta forma funciona bem
para todos, paz, harmonia, alegria, amor,

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Graça Divina e Ego

crescimento, evolução... “não, não, não está


bom”, não é do jeito que eles querem, então os
ários invadiram o norte da Índia e destruíram
tudo que já estava funcionando.
A Graça Divina, em termos práticos, já fun-
cionou em larga escala neste planeta e foi des-
truída. E a graça continua sendo derramada,
mas a partir do momento em que houve essa
mudança catastrófica a graça vem sendo repe-
tidamente recusada, porque se o paradigma do
Todo fosse aceito, não existiria nenhum pro-
blema, literalmente, só crescimento, evolução,
aprendizado, cada vez mais trabalho, estudo,
bibliotecas, mais conhecimento, mais inte-
riorização, mais meditação, mais colapso da
função de onda e os seres iriam se transfor-
mando, em larga escala, em seres de luz, isso
se a graça fosse aceita.
Quando a graça é aceita numa pequena
aldeia, um pequeno grupo de aldeias, tudo
isso que nós estamos falando é real. Isso ainda
existe, por incrível que pareça, isso ainda
existe no planeta Terra. É um verdadeiro mi-
lagre que ainda exista isso, provando que na
prática é possível, não é que tudo isso seja uma
abstração, uma teoria, um sonho, um delírio,
uma alucinação de algum místico, não. Existe
isso funcionando no planeta Terra, portanto

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Hélio Couto

é mais do que possível isso ser realizado. Já


se chegou a esse local na perfeição? Não, nem
todo mundo está evoluindo, mas o meio, o
entorno, a filosofia e a visão de mundo estão
perfeitamente adaptadas para receber a graça
divina continuamente e não recusar a graça
divina, como é o caso do resto, praticamente,
do resto do planeta.
É possível vivenciar isso, mas para isso é
preciso limpar a sombra e a sombra é o re-
sultado de um paradigma errado. Se o para-
digma da pessoa não coincidir com o paradig-
ma do Todo, ela criará sombra, ela jogará as
coisas continuamente na sombra e a sombra,
você sabe, é uma energia viva e atuante que
vai crescendo, crescendo, crescendo até um
ponto em que o inconsciente já não compor-
ta mais tanta sombra. Então a sombra começa
a vazar na vida diária da pessoa, na vida prá-
tica, e é quando começam a acontecer os atos
falhos, os “ops”, o tempo todo, porque aquilo
vaza por todos os poros da pessoa, porque não
é possível um ser recusar a ajuda do Todo, a
Graça Divina infinitamente, impossível, pura
lógica, ok?
Digamos que o ser é uma pequena bolinha
de energia e o Todo é o Universo inteiro, então

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Graça Divina e Ego

como é que vai caber o Todo dentro dessa


bola? Lógico, então a bolinha vai enchendo,
enchendo, enchendo, enchendo até um ponto
que começa a vazar sombra por todos os poros
da bolinha.
Tudo aquilo que foi reprimido, tanto negati-
vo, quanto positivo, deveria crescer e se recusa
a crescer, jogou para sombra, toda sabotagem
vai para a sombra, todo sentimento negativo
que não é conscientizado, isto é, não se deixa
vir para o consciente e não se elabora, resol-
ve, cura, transforma, vai para sombra. Isso sig-
nifica que muitos sentimentos inconscientes
são jogados na sombra, sem nem o conscien-
te da pessoa perceber. Por quê? Por causa do
paradigma, o paradigma da pessoa, a visão de
mundo “acredito em tais coisas”.
Tudo aquilo que não combina com o que
a pessoa acredita ela joga automaticamen-
te para a sombra, então como que a pessoa
saberá que tem sombra? Pelo resultado da
vida dela, simples, pelo resultado. A árvore e
os frutos, pelo resultado a pessoa sabe. Como
que está a vida dela? Se está crescendo, produ-
zindo, alegre, feliz etc., pelo resultado. Se está
passando necessidade, se está cheia de dívidas
etc., pelo resultado a pessoa sabe o quanto que
ela foi armazenando de sombra. Toda sombra

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é contra o Todo, é contra a luz, se fosse luz


não virava a sombra, é porque a pessoa, por
um motivo ou outro, ela age, pensa, sente de
forma contrária à essência do Todo.
Como é que eu vou saber como é o Todo
para não fazer isso? Simples, e olha que nós
falamos de doze mil anos atrás. Se você olhar
Sócrates, Buda, Lao Tse, o mestre Jesus, são
todos de dois mil a dois mil e quinhentos atrás,
isto é, há muito pouco tempo, na mesma época,
todos, e nós estamos falando de doze mil anos
atrás, percebem? A Graça Divina já tinha fun-
cionado, já estava funcionando doze mil anos
atrás, aí estragaram tudo e foram estragando,
estragando, até que se chegou a uma situação
em que era preciso haver uma intervenção e
que essas pessoas aparecessem no planeta para
ensinar, ensinar, ensinar, ensinar o quê? Como
o Todo é, como o Todo pensa, como o Todo
age, como o Todo é.
Vejam que levou bastante tempo, mais ou
menos, uns dez mil anos esperando que hou-
vesse uma oportunidade de poder explicar
tudo aquilo que eles explicaram. Por que não
pôde ser antes? Tentou-se três mil e trezentos
anos atrás, também não deu, vocês imaginem
se fosse há cinco mil anos. Por que não veio
há oito mil anos, sete mil anos, seis mil anos?

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Graça Divina e Ego

Porque era impossível, não seriam aceitos de


forma alguma e era preciso um mínimo de
tempo para que pudessem explicar como o
Todo é. Já estava funcionando, mas aí depois
que teve toda a invasão foi necessário esperar
tudo isso, e aí tudo bem. Dois mil e quinhen-
tos anos atrás, quatrocentos, dois mil vieram
explicar o Todo, mostrar e vivenciar e a partir
daí o planeta tornou-se o paraíso celestial, aca-
baram-se as guerras, os estupros, virou o céu
na Terra.
Percebam os dois mil anos de história para
trás, tudo que aconteceu e continua aconte-
cendo. É como se não tivessem estado aqui. Se
nós olharmos os seis mil anos atrás, cinco mil,
quatro, três, é como se não tivesse tido nenhu-
ma instrução, nada, ignora-se completamente,
na prática, a Graça Divina – a Graça Divina
mandou Sócrates, o que fizeram e assim por
diante.
Até que ponto a Graça Divina tem que agir
para acordar determinadas pessoas, se esses
seres de luz não foram suficientes, como faz?
Essa é a questão agora, agora dos tempos
modernos. Essa é a questão que está se ana-
lisando nas instâncias superiores, que plane-
ja o tempo todo como fazer um planeta evo-
luir, não faltam recursos, claro, entendi, então

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Hélio Couto

criatividade, meios de se diversificar o envio


da Graça Divina de N maneiras, é feito, está
sendo feito. Como sempre depende de o ego
das pessoas receberem de boa vontade ou
não. O tempo que isso levará? Depende de o
ego da maioria aceitar ou não. Os problemas
podem continuar por muito tempo? Podem,
podem continuar. Vejam quantos milênios, os
problemas estão aí, os mesmos, hein, vejam
quantos milênios, incontáveis, então os pro-
blemas podem continuar por mais muitos mi-
lênios? Podem, podem, por quê? Um milênio,
termos cósmicos, é um piscar de olho, menos
até, então um milênio para uma pessoa é bas-
tante coisa, mas um milênio cósmico, um giro
terrestre em volta do Sol, é nada.
Então os problemas podem continuar por
muito tempo, é uma má notícia, é uma rea-
lidade, mas sabe aquela situação em que não
se pode explicar nada da realidade porque as
pessoas não querem saber a realidade, querem
ter uma visão cor-de-rosa, toda artificial da
realidade e que não querem saber nada do
mundo real, mas elas estão vivendo no mundo
real? Estar no mundo, sem ser do mundo, elas
estão no mundo. Elas têm todos os problemas
do mundo. Os que não são do mundo não
têm esses problemas, mas aqueles que estão

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Graça Divina e Ego

no mundo e são do mundo, os problemas do


mundo, então esses problemas todos desses
milênios passados permanecem. É só ver as
notícias dia a dia no mundo todo, ler histó-
ria, tudo igual, tudo permanece e tudo pode
permanecer assim por muito tempo ou, sabem,
né, quando tinha pouca população, os proble-
mas eram menores, agora tem muita popula-
ção, os problemas são maiores, à medida que
isso aumentar, aumentar, aumentar, os proble-
mas ficarão maiores, é lógico. Antigamente,
você andava na rua, tinha pouco carro, agora
você vê o que que acontece hoje, imagina daqui
a dez anos, vinte, trinta, cinquenta, a não ser
que os problemas sejam resolvidos e a não ser
que a Graça Divina seja aceita, a não ser que o
paradigma divino seja aceito, já falamos, para
saber se o paradigma divino é assim ou assado,
é só olhar o resultado, só, só isso. Não está
funcionando? Tem algo errado com aquilo e
qual é o parâmetro definitivo de comparação
para saber se está funcionando ou não está
funcionando?
O Todo, “ah, mas eu não quero viver do
jeito que o Todo quer”. Bom, então você tem
um problema seríssimo, porque não tem como
sair do Todo. O Todo é tudo o que existe,
tudo, portanto, não tem para onde ir, não tem

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Hélio Couto

fronteira para passar para o outro lado, não


existe, é por essa razão que mesmo todas as
mitologias, ao longo da história, explicando
exatamente isso, a maioria nunca quis saber
disso, nunca quis entender isso. E continua fa-
lando que não se sabe. Isso que nós estamos
explicando, que não se sabe.
Você tem os arquétipos e depois dos arqué-
tipos? Não se sabe. Equem criou os arquéti-
pos? Não se sabe. Como os arquétipos apa-
receram? Não se sabe, mas se sabe que os
arquétipos existem. Por quê? Porque as pes-
quisas, a vida diária, mostra que a pessoa está
debaixo de determinado arquétipo, vivendo a
vida dela de acordo com aquela emanação que
vem do alto. Arquétipo A, B, C, D, E, F, G,
tem N. Isso para quem estuda certa área da
psicanálise ficou mais do que evidente, então
eles, até certo ponto, já aceitam arquétipos,
isso foi desde sempre, desde sempre.
Não teve um dia na face da Terra em que os
seres que estavam aqui não acreditavam que
existiam arquétipos, porque eles viam na práti-
ca como a vida funciona, então a prática mos-
trou que tem o arquétipo A, B, C, D, E, F, G,
H, I, J em todo planeta, em todas as tribos, em
todas as civilizações, todos chegaram à mesma
conclusão, toda a mitologia do planeta inteiro,

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Graça Divina e Ego

é isso, a história dos arquétipos e a explicação


de como tudo isso surgiu, de como tudo isso
é. E o que foi feito disso? O que foi feito com
toda a mitologia que já houve neste planeta,
o que foi feito com o conhecimento dos nati-
vos americanos, as quinhentas nações, o que
foi feito com aquilo? E na Índia? E no Egito? E
os incas? E assim por diante.
Estamos explicando a mesma coisa que a
cem mil anos, trezentos mil anos, já se sabia, já
tinha sido explicado e os problemas persistem,
por quê? Porque continuamos em termos de
civilização recusando a Graça Divina e acha-
mos que a Graça Divina é um favor especial
para fulano, beltrano, ciclano, porque enten-
der e aceitar que a Graça Divina é derramada
a todos o tempo todo, e que as pessoas estão
recusando, isso é muito impactante, é muito
problemático de assimilar essa ideia, de que o
Todo derrama, e se você acha um livro numa
biblioteca ou lhe emprestam, ou conhece uma
pessoa que o ajuda até que “né, pode ser que
seja uma Graça Divina que tenha aparecido
isso na minha vida, essa indicação, esse em-
prego”, mas e se o pneu do carro furar? Dá
para aceitar que é uma Graça Divina? Furou
o pneu, para chegar atrasado, pois é, aí é que
está, a coisa é muito complexa. Quando fura

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Hélio Couto

o pneu do carro, também é a Graça Divina,


quando tem outro problema, também é a Graça
Divina, se apaga a luz e ficou preso no eleva-
dor, é a Graça Divina. Se teve uma enchente,
levou tudo, é a Graça Divina, porque tudo que
acontece é para o crescimento da pessoa. O
Todo pensa em crescimento, evolução e expan-
são, complexidade, aumento da complexida-
de, exponencialmente, vitalmente. Então o X
é, se a pessoa flui com a fluência divina, furar
o pneu não tem problema nenhum – troca o
pneu, pronto, resolvido. Seja lá o que for, seja
a tragédia que for, não importa, porque está
dentro da Fluência Divina, é outra visão de
mundo, não importa, a pessoa solta o que tem
pelo caminho e flui, os que vão contra são os
que têm problema, os que fluem, passam pelos
problemas o mais facilmente possível, é uma
poeira, uma poeira, porque estão fugindo com
o Todo, aceitam a graça.
Agora, se põe obstáculo à graça, a sombra
crescerá e os problemas crescerão, aumenta-
rão, aparecerão, portanto, às vezes o pneu fura
pela Graça Divina e às vezes o pneu fura pela
sombra, tem duas possibilidades. O Universo é
um lugar muito complexo e muito simples ao
mesmo tempo, e aí como é que vou saber se
estou de um lado ou do outro lado? Simples.

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Graça Divina e Ego

Qual é o sentimento dominante? É isso, senti-


mento dominante na sua vida, é isso, o ruído
de fundo, emocionalmente falando, se para
agitação externa, o de fundo lá, mais fundo,
o que que tem aqui embaixo, o que que tem?
Alegria? Não, então problema, porque aqui
embaixo teria que só ter alegria, porque esse
é o Todo. Então se você descer, descer, descer,
forma de falar, aqui embaixo só vai ter alegria,
amor, compaixão.
Enquanto não chegou a esse ponto ainda
temos a caminhar, então é preciso crescer, cres-
cer e evoluir, evoluir, evoluir, mas para isso é
preciso confiar que o Todo é amor e alegria,
que o Todo derrama graça sem parar, mas não
está percebendo? Então o problema não está
no Todo, o problema está na onda que não
consegue entrar, porque Ele está derramando o
tempo todo, no Universo inteiro. Não tem um
segundo que o Todo não derrame a solução de
todos os problemas, no Universo inteiro.
Vamos dar um pequeno exemplo. Temos
um fato histórico, a última ceia, todos estão
sentados à esquerda, à direita, o Mestre pegou
o pão, partiu e foi distribuindo, não houve
problema nenhum, ninguém ficou preocupa-
do que não ia ter pão, que ia faltar pão. O
pão é a Graça Divina, ele pegou o pão para

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Hélio Couto

todo mundo, não faltou para ninguém, por


quê? Porque havia uma coisa chamada ordem,
ordem, vocês viram, logo perceberão aonde
isso chega, ordem, meia dúzia para cá, meia
dúzia para lá, vai passando, vai passando, nin-
guém de lá tentou tomar o pão daqui, nem os
daqui tomar o pão de lá e avançar antes, nada
disso, tudo na santa ordem. Teve pão para
todo mundo, ótimo. Agora pensa o seguinte,
se for ego, trezentas pessoas quisessem invadir
o local da última ceia, para tomar o pão, para
pegar o pão. Imagina. Claro, poderia se fazer a
multiplicação dos pães de novo, mas seria caó-
tico, certo? Porque trezentas pessoas queren-
do invadir uma sala para pegar o seu pedaço
antes dos outros seria muitíssimo complica-
do. Ia faltar o pão? Não, não iria faltar pão.
E faltar a Graça Divina? Não iria faltar Graça
Divina, claro, nunca, mas ficaria uma coisa
muito complicada de administrar. Esta é uma
questão do ego extremamente importante.
As pessoas, essas trezentas pessoas que
querem invadir a última ceia para pegar o pão-
zinho, elas estão preocupadas só em comer o
pão, isto é, o alimento terrestre, ou elas estão
pensando que através do pão, da Graça Divina,
elas estão no caminho da iluminação. Essa é
uma questão extremamente importante.

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Graça Divina e Ego

Conseguir o pão terrestre é uma coisa, mas


qual é o objetivo de conseguir o pão terrestre?
O que esse pão faz? Ele germinará em quê?
Ele propiciará em quê? Será que a pessoa en-
xerga que aquele pão é um instrumento de ilu-
minação? Essa é a questão principal. É por
essa razão que precisa ter ordem. A energia do
Todo é derramada infinitamente e não falta-
rá nada para ninguém. Ninguém ficará sem,
podiam ser quinhentas pessoas, cinco mil pes-
soas, cinquenta mil pessoas, ia ter pãozinho
para todo mundo, mas é preciso estar, ter uma
ordem para distribuir o pão, senão é um caos
e caos vocês já sabem onde é que é, lá embai-
xo, aí, caos. Lá vocês já sabem como é que é.
É difícil conseguir o pãozinho, por quê? Sabe
aquele velho ditado “quem pode mais, chora
menos”? É isso aí, a lei do mais forte, essa
também, então, mas na luz é preciso ordem,
organização, só isso, não vai faltar pãozinho
para ninguém, mas e em segundo lugar a coisa
mais importante, que aquilo é um alimento de
iluminação, tanto é que logo em seguida o que
Ele falou? Este é o meu corpo que é dado por
vós e este é o meu sangue, literalmente.
E o que é? Vamos reduzir o pão e o sangue
a moléculas, prótons, quarks, vácuo quânti-
co, Bóson de Higgs e outro campo que colide,

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Hélio Couto

que gera massa, isso aqui sai daqui, do Vácuo


Quântico.
Quando se falou “este é o meu corpo”, quer
dizer, isso aqui é o Vácuo Quântico, só que não
podia falar desse jeito, lógico, então fala-se
“este aqui é o pão, este aqui é o sangue”, mas o
que estava sendo distribuído? O Todo, literal-
mente, a onda do Todo, a onda do Todo con-
tinua sendo distribuída pelo Universo inteiro.
Então, vocês veem, esse é um exemplo per-
feito da situação, vocês veem que é indispen-
sável se quer ser feliz, alegre, felicidade, esse
estado de ser, sem a Graça Divina é impossí-
vel, literalmente impossível, porque a Graça
Divina é alegria, é o amor, é a abundância,
é a prosperidade, é tudo de bom que pode
existir.
Se a gente não deixa isso entrar, o oposto é
o que teremos, a falta disso, a escassez e aí a
luta na escassez, a batalha, a invasão, a con-
quista e assim por diante, e tudo isso por causa
de um entendimento do paradigma. Por que
tem que invadir e tomar o outro? Faltará? Tem
que escravizar o outro por quê? Faltará?
E aí nós temos a seguinte situação. Como
nessas civilizações que acham que faltará, então
tem que invadir, tomar, escravizar, cria-se ou
tem-se uma ideia de que a coisa, dessa forma

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Graça Divina e Ego

de invadir etc., que funciona, para alguns. Por


quê? Isso aí é absolutamente lógico e matemá-
tico, se eu, qualquer ser, escravizo cem, o custo
é praticamente zero, e o lucro é praticamente
tudo e todo meu.
Como seres humanos, todos os seres são in-
teligentes, esse cálculo foi feito desde que se
desceu da árvore. Se nós tomarmos o outro,
escravizarmos o outro e, evidentemente, foi
isso que começou a acontecer em larga escala,
larga escala, então vocês olham todas as civi-
lizações, o número de escravos em relação aos
livres era uma coisa enorme, isto é, toda aquela
civilização era baseada no trabalho escravo,
veja Roma, por exemplo, Atenas. Atenas, se
não me engano, tinha quarenta mil cidadãos
livres, o resto era escravo.
Então se constroem todas essas obras gi-
gantescas em cima de quê? Do trabalho es-
cravo, é lógico, maximiza todo lucro e mini-
miza os custos. Qualquer criancinha de três
anos de idade consegue entender essa fórmu-
la e quando fica grande faz a mesma coisa, é
só olhar dez, doze, cinquenta mil anos atrás,
em todo lugar, sempre foi isso. Tudo foi isso,
foi feito em cima dessa visão de mundo, tudo,
literalmente, foi feito em cima dessa visão de
mundo, desse paradigma.

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Hélio Couto

Agora, este é o paradigma do Todo? Não


é. Esse paradigma funciona? A longo prazo,
médio prazo? Não funciona, só dá problemas
e mais problemas e mais problemas. É só uma
questão de tempo para os problemas aumen-
tarem. Se nós considerarmos que Roma desde
a Espanha até a Palestina, até a Gália no norte
da África tinha cento e vinte milhões de pes-
soas morando ali, no Império Romano, cento
e vinte milhões, no auge. Tudo isso, toda essa
estrutura dependendo do trabalho escravo.
Relativamente isso funcionava? Por quê?
Porque eram cento e vinte milhões. A cidade
de Roma funcionava, em termos, por quê?
Tinha um milhão de habitantes, pouco mais
que isso aqui.
Essas coisas funcionaram durante algum
tempo neste planeta porque tinha pouquíssi-
ma gente. Hoje, vocês estão vendo.
Então essa estrutura, aquilo que havia, que
estava montado para funcionar no Império
Romano, exponenciada, isto é, mil e seiscentos
anos depois, porque acabou em quatrocentos,
mil e seiscentos anos depois, nós temos sete
bilhões e tanto, indo para oito.
Agora é a mesma estrutura, o que tinha
para os cento e vinte milhões agora está im-
plantada para sete bilhões, e aí os problemas

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Graça Divina e Ego

estão aí. O que funcionava, em termos, para


cento e vinte milhões, para sete bilhões ficou
bastante complicado de funcionar.
Quando os ários invadiram e começaram a
pegar os primeiros escravos há doze mil anos,
para uma tribo ária funcionava, só não pensa-
ram que dali a doze mil anos eles teriam um
probleminha na mão de sete bilhões para oito,
ou para nove, eles só não pensaram nisso, da
mesma forma que atualmente também não se
pensa, como será daqui a dez bilhões, quinze
bilhões, vinte bilhões, trinta bilhões.
Há doze mil anos, eles não tinham capa-
cidade de pensar? A mesma que tem hoje, a
mesma. Eles não tinham um paradigma que
funcionasse? Tinham, e os ários não tinham um
outro paradigma de escravizar? E os ários não
fizeram esses cálculos todos que nós estamos
mostrando? Claro que fizeram, é o óbvio.
Senão por que eles não fizeram uma parceria?
Tinha a tribo ária e tinha a tribo aqui no norte
da Índia. Por que que eles não fizeram acordos
comerciais, troca justas? Era simples. Por que
precisava escravizar toda essa tribo aqui, ex-
terminar e genocídio etc.? Por quê? Não dava
para conviver em paz? O planeta era pequeno,
tribos de quinhentas pessoas, porque é o que
havia, mais ou menos, trezentas, quinhentas

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Hélio Couto

pessoas, é um número funcional, numa tribo.


São tamanhos que funcionam. Além disso,
você já começa a ter questões sociológicas
complicadas de gerir e aí fica muito difícil,
porque para você chegar a um grupo de pes-
soas, tipo vinte e cinco mil pessoas, que vivem
em total paz e harmonia, é preciso muita evo-
lução, muita, extrema evolução, portanto doze
mil anos atrás ainda não havia o conceito para
se poder pôr vinte e cinco mil pessoas vivendo
em paz e harmonia, para isso foi preciso espe-
rar oito, dez mil anos até que eles viessem há
dois mil e quinhentos anos, dois mil e quatro-
centos, porque foi em cima desses ensinamen-
tos de dois mil e quatrocentos, dois mil anos
atrás é que essas vinte e cinco mil pessoas pu-
deram viver em paz e harmonia, sem ninguém
escravizar ninguém, hoje na face da Terra,
mas mesmo – se vocês olharem a mitologia,
vocês verão – mesmo com o conhecimento que
eles tinham naquela época era possível fazer
isso, paz e harmonia. Só que um lado tem um
paradigma pacífico e o outro lado tem um pa-
radigma de invasão, de conquista e de escravi-
dão. Deu no que deu, está aí.
Tem solução? Tem solução, tem solu-
ção, claro. Experimenta falar, comentar com
alguém que a solução está doze mil anos atrás,

26
Graça Divina e Ego

para toda esta parafernália eletrônica que


temos hoje, experimenta comentar que a so-
lução estava lá atrás, onde não existia nada
disso, mas existia paz e harmonia, alegria e
amor, sem nenhuma parafernália moderna.
Como será classificado? Já sabem né?
Agora imagine que se queira manter esta
parafernália crescente e que se queira ter paz,
harmonia, prosperidade, alegria, amor, ima-
gine, tenta imaginar se é possível isso sem a
Graça Divina. Em seis mil anos, acredita-se
que houve trinta anos sem guerra, isto é, não
se tem documentos.
Pensa. Como achar a solução para oito,
nove bilhões, dez bilhões, vai pondo, paz, har-
monia, alegria, amor, conhecimento, prosperi-
dade sem o Todo. Então, você já sabe a res-
posta, né? Isso tudo já foi pensado, não tem
solução, lógico, não tem solução. Esses objeti-
vos são ilusões totais sem o Todo, impossível,
paz, harmonia, impossível sem a Graça Divina,
sem mudar o paradigma para incluir o Todo e
deixar o Todo dirigir literalmente, impossível.
Então aí é inevitável que se chegue à se-
guinte conclusão: já se deu por perdido o jogo,
quem pensa ou não assim? Já se deu por per-
dido o jogo, é assim mesmo e “deixa rolar”,
como se fala, ou não é assim que os nossos

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Hélio Couto

companheiros lá debaixo pensam? Não, lá


embaixo eles ainda pensam, uma parte ainda
pensa que vai conquistar o Universo, aquela
história Star Wars, o Imperador, o Império vai
se expandindo, expandido, exatamente assim
que eles pensam, o plano deles é conquistar o
Universo material, incluindo o astral, onde eles
já estão no astral, então eles querem o astral,
mais a terceira dimensão.
Evidentemente que alguns deles já devem
ter pensado que tem uma Quinta Dimensão,
alguns já devem ter pensado e desconfiado que
existe isso, porque se existe três, quatro, mecâ-
nica quântica, fala de onze, eles já devem ter
pensado que pode ser que tenha uma quinta,
sexta, sétima, oitava, então com certeza alguns
dentre eles são ambiciosos o suficiente para
pensar em conquistar também as demais di-
mensões. Parece incrível? Mas é a realidade,
eles pensam assim e aí é nesse ponto a que
chega quando se tem um paradigma contrário
ao Todo, quando não se aceita a Graça Divina.
“Ai, mas então a coisa vai chegando e vai che-
gando a esse ponto em que eles estão lá em-
baixo?” É, porque se é contra, contra, contra,
ad infinitum, complicado né? Muito compli-
cado. Muito complicado para eles, eviden-
temente. Você está vivo, você não tem como

28
Graça Divina e Ego

desaparecer, não tem como sair da situação


que está, não se diverte, porque nessa situa-
ção o divertimento já perdeu a graça, então só
sobra uma única motivação, a conquista, es-
cravizar, conquistar o Universo, certo? Para ter
o que pensar na vida, para ter o que fazer na
vida. Caso contrário eles ficam como? Pensa,
lá numas cavernas sem fazer nada? Isso é in-
fernal, ficar sem fazer nada, sem poder, não
tem biblioteca, não tem, não pode estudar, não
pode trabalhar, ajudar nem pensar, é infernal,
realmente. A situação deles é uma coisa catas-
trófica, terrível.
Então como é que eles usam o tempo?
Conquistando, infernizando todos os demais,
porque eles querem conquistar o Universo,
então eles têm que trabalhar, isso eles fazem,
trabalham dia e noite para conquistar o plano
deles, conquistar o Universo, que ainda não
entenderam como funciona isto aqui. Mas eles
não entenderam, paciência, isso é explicado
para eles continuamente, não é por ignorân-
cia, não, que é explicado continuamente como
o negócio funciona e não tem outra saída, não
tem saída para cá, é só para cá que o rio corre,
mas não adianta. Sem Graça Divina não vai ter
felicidade, mas não adianta, resistem, resistem

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Hélio Couto

e resistem. E surtam, surtam, quando escutam


uma coisa dessas, surtam.
Vocês veem que aqui ajudar é uma coisa
muito complicada, porque o ego não quer, não
quer e não quer, “tem que ser do jeito que eu
quero”. Você pode tentar ajudar de todas as
formas, portanto tem que ser uma ajuda in-
teligente, uma compaixão inteligente, porque
não adianta.
Enquanto não parar para pensar, não evolui,
e como que faz para parar para pensar? O
método normal é a sombra, pela sombra para
pensar porque aí é problema, problema, pro-
blema. Isso que continua recebendo, a Graça
Divina que está ajeitando, a coisa para não ser
um desastre total, mas problemas e problemas
e problemas. Isso criado pela própria pessoa,
não é castigo, não tem nada disso, a própria
pessoa criou o problema, e aí colhe aquilo
que plantou, isso é inevitável, plantar é livre,
colher é obrigatório, então apesar de tudo isso
o Todo continua mandando Graça Divina.
Os problemas poderiam ter solução num
estalar de dedos se a pessoa deixasse. Depois
que o problema ficou enorme, aí quer um mi-
lagre enorme? Não tem problema com mila-
gre enorme, não tem problema de tamanho de
milagre. O problema é se houve uma mudança

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Graça Divina e Ego

interna que justifique o milagre enorme. Esse é


o problema. Se a pessoa internamente mudou,
se ela mudou, ela mudou a frequência, pode
entrar em fase, ela pode receber a graça, o mi-
lagre enorme acontece, a porta abre etc., mas
isso é se a pessoa mudou realmente, se não é
tática, não é técnica, não é manipulação, não é
jeitinho etc. É se realmente mudou. Isto é, fa-
lando de outro jeito, se pôs o joelho, se pôs
os dois joelhos no chão, que é simplesmente
se tem humildade ou não, porque colocar o
joelho no chão sem ter humildade não signi-
fica nada, é se tem humildade para aceitar a
orientação do Todo.
E isso para o ego é uma coisa terrível. É por
isso que se fala que enquanto tem ego não tem
solução. Enquanto o ego não desaparece, é
uma forma de explicar a coisa, não existe solu-
ção. Por quê? Normalmente o ego quer, porque
quer e porque quer. Se você pegar, ao longo da
história, esses grandes invasores, conquistado-
res, genocidas etc. e perguntar para eles: “por
que você fez tal coisa?” O que eles respondem?
“Porque eu posso”, sempre falaram isso.
“Porque eu posso”, aí faz, pois é... Qual é o
freio? Poder é uma coisa, e fazer é outra. Eles
não tinham um freio interno para avaliar isso?
Claro que tinham. Todo ser tem a Centelha

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Hélio Couto

Divina dentro de si. Todo ser. Então o ser


sabe, ele pode porque ele tem força para inva-
dir a outra tribo, escravizar todo mundo, mas
ele não deve fazer isso, porque é contrário à
Centelha Divina que está dentro dele, é contrá-
rio ao paradigma do Todo. E esta questão do
“posso, mas não devo” é o que está no ar até
hoje e continuará no ar ad infinitum.
Obrigado.

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