LEVANTAMENTO DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS EM UM CENTRO DE

EDUCAÇÃO INFANTIL EM GOIÂNIA – GO

Agnes de Oliveira MOTTA1

Débora Cristina da Silva LIMA2

Camila Regina do VALE2

1
Pós-graduada do curso de Especialização em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia (ETAEB) do Instituto de
Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás.
2
Professoras orientadoras do curso de Especialização em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia (ETAEB) do
Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiá[email protected]

Recebido em: 26/10/2015 - Aprovado em: 05/05/2016 - Disponibilizado em: 30/07/2016

Resumo
O resgate e a valorização do conhecimento popular acerca do uso de plantas medicinais para a saúde e sua utilização
consciente, se tornam cada vez mais necessário devido ao alto custo dos medicamentos sintéticos.A presente pesquisa
teve como objetivo identificar as espécies de plantas medicinais mais utilizadas pela comunidade escolar de um Centro
de Educação Infantil em Goiânia-Goiás e conscientizar de acordo com a literatura a comunidade escolar sobre formas
de uso, benefícios, toxicidade das plantas medicinais utilizadas. Para a realização do presente estudo foramempregadas
as seguintes estratégias: aplicação de questionários para a comunidade escolar, análise dos dados, e entrega de material
explicativo com levantamento das propriedades tóxicas e formas de uso das espécies de plantas medicinais mais usadas
pela comunidade escolar. A partirdosresultados obtidosfoi demonstradoo nível de conhecimento que a comunidade
escolar tem sobre o uso de plantas medicinais, formas de usoe efeitos adversos à saúde. Dosparticipantes na pesquisa
mais de 80% foram do sexo feminino e relataram fazer uso de plantas medicinais frequentemente em suas crianças,
onde ressaltaram também seus conhecimentos sobre plantas medicinais foram adquiridos por meio do contato familiar.
Com relação às plantas medicinais, as mais citadas foram a Mentha x villosa(hortelã),
Plectranthusbarbatus(boldo),Matricaria recutita(camomila), Vernonia polyanthes(assa-peixe),Melissa
officinalis L(erva-cidreira). Frente às doenças prevalentes da infância, a alternativa da utilização de plantas medicinais
pelas mães das crianças é uma possibilidade acessível e eficiente. Revelando assim a importância do presente estudo
que visa informar e conscientizar esses pais que utilizam plantas medicinais.
Palavras-chave: terapia natural. uso popular.educaçãoinfantil.etnobotânica. Efeito tóxico.

Abstract
The aid and appreciation of popular knowledge about the use of medicinal plants for health and its conscious use,
become increasingly necessary due to the high cost of synthetic drugs. This research aimed to identify the species of
medicinal plants most widely used by the school community at an Early Childhood Learning Center in Goiânia, Goiás
and awareness according to the literature from the school community on use, benefits and toxicity of the medicinal
plants used. To carry out this study, the following strategies were used: supplying questionnaires to the school
community, data analysis and delivery of explanatory material, studying the toxic properties and forms of use of
medicinal plants most widely practiced by the school community. The results obtained demonstrated the level of
knowledge that the school community has on the use of medicinal plants, forms of use and adverse health effects. Of
the participants in the survey, over 80% were female and reported use of medicinal plants often with their children,
which also stressed their knowledge of medicinal plants that were acquired through family contact. With respect to
medicinal plants, the most cited were Mentha x villosa (mint), Plectranthus barbatus (Indian coleus), Matricaria recutita
(chamomile), Vernonia polyanthes (Ironweed), Melissa officinalis L (lemongrass). In the face of prevalent childhood
diseases, the alternative use of medicinal plants by the children's mothers is an affordable and efficient option. Thus,
revealing the importance of this study to inform and educate these parents who use medicinal plants.
Keywords: Natural therapy. Popular usage. Children. Ethnobotany education. Toxic effect.

629
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
 1. INTRODUÇÃO medicina, para uma grande parte da
população, o tratamento com plantas
As plantas medicinais, desde o início
medicinais ainda constitui a principal
da história da humanidade, desempenharam
alternativa para o tratamento de diversas
um papel chave na cura das doenças. O
doenças, simbolizando para algumas
homem pré-histórico já as utilizava e sabia
comunidades o único recurso terapêutico
distinguir as plantas comestíveis daquelas que
existente (Maciel,2002).
podiam ajudar na cura de alguma moléstia
O conhecimento sobre as plantas
(Franceschini Filho,2004).
medicinais sempre tem acompanhado a
Os chineses, egípcios, indús e gregos
evolução do homem através dos tempos.
foram os primeiros a catalogar as ervas
Remotas civilizações primitivas perceberam a
medicinais, classificando-as de acordo com a
existência, ao lado das plantas comestíveis, de
sua forma, cor, sabor e aroma. Desta forma, as
outras dotadas de maior ou menor toxicidade
plantas foram ao longo das diversas gerações
que, ao serem experimentadas no combate às
sendo manipuladas e utilizadas para as mais
doenças, revelaram, embora empiricamente, o
diversas finalidades terapêuticas, gerando
seu potencial curativo. Esse conhecimento é
assim um rico conhecimento tradicional
mantido por meio da tradição oral, e por conta
(Lima, 2006). Alguns relatos demonstram que
deste fator, pouca informação é comprovada
no ano 3.000 a.C., na China, já se cultivava
sobre os efeitos benéficos e maléficos
plantas medicinais. Desde 2.300 a.C.
(Oliveira e Araújo,2007). No entanto, essas
egípcios, assírios e hebreus cultivavam ervas
práticas relacionadas ao uso popular de
e as traziam de outras regiões, com
plantas medicinais são o que muitas
finalidades medicinais, cosméticas, culinárias
comunidades têm como alternativa viável
e para embalsamar múmias. Na Grécia, século
para o tratamento de doenças ou manutenção
V a.C., Hipócrates em seu livro “Corpus
da saúde (Amorozo,2012).
Hipocraticum” indicava para cada
A utilização das plantas medicinais, como
enfermidade o tratamento adequado utilizando
medicamento, possui grande relevância em
plantas (Martins et al.,1994; Trindade et al.,
todo o mundo, segundo dados da Organização
2008).
Mundial da Saúde (OMS) 80% da população
Por meio da experiência e da
mundial utiliza-se de práticas tradicionais na
observação, durante longos períodos da
atenção primária à saúde, e desse total, 85%
história o ser humano aprendeu a fazer uso da
usa plantas medicinais ou preparações destas
flora para a cura de seus males (Moraeset
(Oliveira,2010).O cultivo de plantas
al.,2010). Mesmo com os avanços da
medicinais é de grande importância não só
630
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
por resgatar o patrimônio natural e cultural, aparentemente para sua defesa contra vírus,
como também por estimulara população para bactérias, fungos e animais predadores. Tais
um maior aproveitamento dos recursos substâncias vêm sendo estudadas e
terapêuticos de origem natural (Oliveira e caracterizadas. Entretanto, são poucos os
Coutinho, 2006). estudos toxicológicos e genotóxicos dessas
O conhecimento sobre plantas faz substâncias (Gasparetto,2010).
parte da cultura de muitas comunidades e é A maioria dessas plantas é utilizada
transmitido de geração em geração. Essa com base no conhecimento popular,
tradição faz parte da sua história de diversas observando-se a carência do conhecimento
regiões, havendo uma vasta riqueza para se científico de suas propriedades
investigar e documentar (Pasa, 2007). farmacológicas e toxicológicas. Muitas vezes,
Segundo Guarim Neto et al. (2010), a entretanto, as propriedades farmacológicas
valorização do conhecimento através de anunciadas não possuem validação científica,
registros e do resgate de uma cultura deve ser por não terem sido investigadas ou
incentivada e realizada com a participação comprovadas em testes pré-clínicos e clínicos.
efetiva de órgãos públicos, pesquisadores e da Além disso, é escasso o conhecimento a
população local. respeito dos constituintes responsáveis pela
Apesar da maioria das plantas terem atividade farmacológica, ou as possíveis
propriedades benéficas, muitas podem interações que envolvam as inúmeras
apresentar propriedades tóxicas e/ ou moléculas presentes no extrato da planta
genotóxicas. Por essa razão, antes de fazer (Turolla e Nascimento,2006).
uso das plantas como forma medicinal é Nas últimas décadas, tem havido um
essencial que se conheça bem o tipo de planta, crescente interesse pelo uso de plantas
a parte utilizada da mesma, sua indicação, medicinaise dos respectivos extratos na
dosagem adequada, toxicidade, para atender terapêutica, constituindo, em certas
as necessidades básicas, conhecer os riscos circunstâncias, uma ajuda nos cuidados
aos quais está sujeita e alguns cuidados para a primários de saúde e um complemento
preservação da saúde. É preciso ter terapêutico, compatível com a medicina
conhecimento sobre as características de cada convencional. Para isso, deve haver garantia
planta para utilizá-la como medicação, pois de segurança em relação a efeitos tóxicos e
algumas dessas plantas produzem substancias conhecimentos sobre efeitos secundários,
tóxicas e genotóxicas (Gasparetto,2010).As interações, contra-indicações,
plantas são capazes de produzir diferentes mutagenicidade, dentre outros e, também, a
substâncias tóxicas em grandes quantidades, existência de ensaios farmacológicos e
631
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
experimentação clínica que demonstrem interagem com a vegetação (Prance, 1987).
eficácia para este tipo de medicamento Tem grande importância para as populações
(Araújo et al.,2007). regionais em relação à exploração e manejo
A fitoterapia vem do grego therapia de recursos para obtenção de remédios,
(tratamento) e pyton (vegetal) e ficou alimentos e matérias-primas, geralmente
conhecida como o “estudo das plantas relacionados com a sobrevivência (Ferro,
medicinais e suas aplicações na cura de 2006). Ela vai além da investigação botânica,
doenças. Fitoterápico, é toda preparação uma vez que sua meta se concentra em torno
farmacêutica (extratos, tinturas, pomadas e de um ponto fundamental que é a significação
cápsulas) que utiliza como matéria-prima ou o valor cultural dos elementos da flora em
parte de plantas, como: folhas, caules, raízes, determinada comunidade humana (Pasa et al.,
flores e sementes, com conhecido efeito 2005; Souzae Felfili, 2006). Deste modo,
farmacológico (Arena,2008). interessam-nos tanto as questões relativas ao
A fitoterapia possui raízes profundas uso e manejo dos recursos vegetais, quanto
na consciência popular que reconhece, desde sua percepção e classificação pelas
a antiguidade, sua eficácia e legitimidade. populações locais.
Essa prática apresenta, portanto, Caballero (1979) compreende o estudo
grandepotencial de desenvolvimento, da etnobotânica como a interpretação do
considerando-se não somente a diversidade conhecimento, significação cultural, manejo e
vegetal que oBrasil possui, mas também que o os usos tradicionais dos elementos da flora.
uso das plantas medicinais está intimamente Para Amorozo (1996), engloba a maneira
ligado àcultura popular. O interesse a respeito como um grupo social classifica as plantas e
do conhecimento que as populações detêm as utiliza. O conhecimento tradicional sobre o
sobreplantas e seus usos têm crescido, após a uso das plantas é vasto e, em muitos casos, o
constatação de que a base empírica único recurso terapêutico disponível às
desenvolvidapor elas ao longo de séculos populações rurais de países em
pode, em muitos casos, ter uma comprovação desenvolvimento (Pasa et al., 2005; Veiga-
científica quehabilitaria a extensão destes Junior et al., 2005), tais como o Brasil.
usos à sociedade industrializada Diante desses pressupostos o presente
(Amorozo,2012). trabalho teve como objetivo identificar e
A etnobotânica analisa, estuda e avaliar a utilização de plantas medicinais,
interpreta a história e a relação das plantas nas pelas famílias das crianças assistidas por um
sociedades antigas e atuais, abordando as Centro de Educação Infantil(CEI) em
formas como diferentes grupos humanos Goiânia-Go, no sentido de informar,
632
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
conscientizar e resgatar a cultura popular na uso, parte da planta utilizada, indicação e
utilização dessas plantas como auxiliar no dosagem.
combate a doenças e fortalecimento do A preferência pelo uso de questionário
sistema inumológico das criançasdo CEI. para obtenção dos dados é devido à entrevista
estruturada representar uma forma decoleta de
2. MATERIAL E MÉTODOS dados que permite elevar o participante a
responder perguntas
2.1. Área de estudo
previamenteestabelecidas, independentemente
O presente estudo foi realizado em de ter havido contato anterior com a
umCentro Educação Infantil (CEI) população a serestudada. Isto exige do
(16°38'01.4"S 49° e 14'07.9"W), na cidade de pesquisador total domínio das questões mais
Goiânia, GO, sendo os sujeitos do presente relevantes a seremexploradas (Albuquerque,
trabalho a comunidade escolar que 2005).
compreende os professores, funcionários e Todos os participantesassinaramum
pais dos alunos da instituição. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Primeiramente, antes da realização da
2.2. Coleta e análise dos dados pesquisa, o projeto e o Termo de
Consentimento da Participação dos
A coleta dos dados etnobotânicos para Educandos pelo (a) Representante da
o desenvolvimento deste trabalho foi Entidade Associada para Realização de
realizada por meio de uma pesquisa Pesquisaforamapresentados à direção CEI a
quantitativa (questionário estruturado com fim de despertar o interesse e obter
perguntas claras e objetivas) visando garantir autorização da direção para o
uniformidade de entendimento por parte dos desenvolvimento do projeto nesta instituição
entrevistados, no intuito de levantar o de ensino.
conhecimento sobre plantas medicinais da O questionário foi entregue aos
comunidade doCEI em Goiânia. O participantes, onde participaram um total 58
questionário (adaptado de Silva e Marisco, pessoas integrantes do CEI, escolhidos de
2013)foi aplicado para os professores e pais forma anônima e aleatoriamente. Em seguida
dos alunos do CEI com o intuito de fazer um os dados obtidos foram analisados e tabuladas
levantamento sobre os tipos de plantas para uma comparação do conhecimento destas
medicinais utilizadas pela comunidade escolar plantas.
e administradasnas crianças, sua forma de A etapa finalizadora do
desenvolvimento da pesquisafoirealizada por
633
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
meio de uma palestra visando conscientizar a das plantas medicinais foi mais elaborado,
comunidade do CEI quanto as plantas pois além de citar o maior número de plantas,
utilizadas como forma medicinal, onde foi detalharam mais aspectos quanto ao modo de
realizado a entrega de material impresso, na preparo e se atentaram a relatar a limpeza das
forma de uma cartilha informativa, o material plantas antes do preparo. Enquanto que os
explicativo sobre as principais plantas homens citaram plantas mais comuns e de
medicinais utilizadas pela comunidade forma menos detalhada e relataram não fazer
escolar, seu uso correto e suas propriedades uso de plantas medicinais em suas crianças.
tóxicas.

3. RESULTADOS 1A
90%

O trabalho foi desenvolvido em um 10%

centro de Educação Infantil (CEI) na cidade
Feminino Masculino
de Goiânia. Participaram do presente estudo
um total de 58 entrevistados, sendo 90% do 1B
sexo feminino e apenas 10% do sexo 38%
26%
17% 12%
masculino (Figura 1A), a faixa etária variou 7%

de 21 a 70 anos (Figura 1B), quanto ao estado

21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 61 a 70
civil dos entrevistados, 65% eram casados,
21% solteiro e divorciados viúvos ambos
foram 7% (Figura 1C), o número de 1C
66%
participantes que não tinham filhos 21% 7% 7%
corresponderam a 5%, 29% tinham 1 filho,
Casado Solteiro Divorciado Viúvo
40% com 2 filhos, 16% 3 filhos e 5% tinham
4 ou 5 filhos, representado na (Figura 1 D), 1D
com relação a escolaridade dos entrevistados 40%
29%
16%
53% possuem ensino médio e 29% graduação. 5% 5% 5%

Os resultados do presente estudo

0 1 2 3 4 5
mostram que mais de 80% dosentrevistados
da comunidade escolar eram mulheres que
utilizam ou já utilizaram plantas medicinais
em suas crianças para o tratamento de
doenças.O conhecimento das mulheres acerca
634
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
 1E
53%

29%

7% 10%

Ensino Ensino Médio Graduação Pós-Graduação

Fundamental

Figura 1: Perfil dos entrevistados quanto ao gênero

(A); idade (B); estado civil (C); número de filhos (D)
grau de escolaridade (E).

As mulheres entrevistadas
representaram 90%, e os homens
corresponderam consequentemente à apenas
10%.
Em relação às plantas medicinais
citadas pelos entrevistados, foiobtido um total
de 177 citações referentes a 41 plantas
diferentes. A relação dos nomes populares das
plantas medicinais citadas pelos entrevistados,
assim como as partes utilizadas, forma de
preparo e indicações terapêuticas estão
listadas na Tabela 1.

635
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
Tabela 1: Relação das plantas medicinais utilizadas pela comunidade escolar do CEI, Goiânia-Go.

Forma de
Plantas citadas Nome Científico Parte utilizada Indicação
preparo
Gripe, resfriado,
Açafrão Curcuma longa Folhas Chá, Infusão
tosse, infecção
Agrião Nasturtiumofficinale Folhas e talos Chá Tosse, bronquite, asma
Alecrim Rosmarinus officinalis Folhas Chá Gripe
Alfavaca Parietaria officinalis Folhas Infusão Infecção urinária
Pressão alta, dores
Alho Allium sativum Alho Chá estomacais, antibiótico
natural
Anis Estrelado Illicium verum Flores Chá Gases e cólicas intestinais
Arnica Arnica montana Flores Compressa Reumatismo, contusões
Gripes fortes, bronquites,
Assa-Peixe Vernonia polyanthes Folhas Chá, xarope
tosses, Expectorante
Cicatrizante, dor de
Babosa Aloe vera Folhas/gel Suco
estomago,ferida
Balsamo Plectranthus Folhas Óleo Dor de ouvido
Boldo Barbatus Andrews Folhas Maceração Fígado, dor no estomago

636
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
* Continuaçäo da Tabela 1.

Cabelo de Milho Plectranthusbarbatus Cabelo milho Chá Pedra nos rins e gota
Camomila Zeamays L Flores Chá Insônia, calmante
Canela Matricaria recutita Casca e folhas Chá Gripe, aromática
Capim navalha Cinnamomum verum Folhas Chá Infecção de garganta
Capim santo Hypolytrum pungens Folhas Chá Calmante, dor de cabeça
Anti-inflamatório,
Coentro Cymbopogon citratus Raiz e Folhas Chá enxaqueca, fadiga, má
digestão
Gases, calmante, dor de
Erva Doce Coriandrum sativum L. Sementes Chá
barriga, prisão de ventre
Folhas,talos, Calmante, mal-estar, gripe,
Erva-cideira Melissa officinalis L Chá
flores dor de cabeça, cólica, gases
Hemorragia, infecção
Algodão Lippia alba Folhas Chá
Urinária
Laranja Gossypiumhirsutum L. Folhas Chá Gripe, tosse
Infecção de Garganta,
Gengibre Citrussinensis Raiz Chá e xarope
labirintite

637
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
* Continuaçäo da Tabela 1.

Guaco Zingiberofficinale Folhas Chá e xarope Expectorante, bronquite

Favacão Mikaniaglomerata Folhas Chá e banho Gripe, secreção pulmonar
Resfriado, gripe, cólicas
Hortelã Menthax villosa Folhas Chá, Infusão
estomacais
Jatobá Hymenaea courbaril Casca Chá Dor de barriga
Constipações, gripes, dores
Limão Citruslimonum Fruto Chá, suco
de garganta
Anemia, circulação,
Losna Artemisiaabsinthium L. Folhas e flores Chá
estomago
Folhas, casca,
Mastruz Chenopodium ambrosioides L. Chá Vermífugo
raiz
Úlcera, vitiligo, má
Mama-cadela Brosimumgaudichaudii Raiz Chá
circulacao do sangue
Marcela Achyroclines atureioides Folhas Chá Problemas estomacais
Mentrasto Ageratumconyzoides Folhas Chá Dor de estomago
Noz-moscada Myristicafragrans Semente Chá Cólicas, dor de barriga
Picão Bidens pilosa Toda a Planta Banho Icterícia, hepatite

638
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
* Continuaçäo da Tabela 1

Gripe, tosse, dores

Poejo Menthapulegium Folhas Chá
estomacais
Cálculos renais. Diurética,
Quebra-Pedra Phyllanthusniruri Toda a Planta Chá
anti-infecciosa
Romã Punica granatum Fruto Chá Dor de garganta
Sabugueiro Sambucusnigra Folhas Chá Dor de estomago
Sene Senna alexandrina Folhas Chá Laxante, purgativo
Depurativo, fortificante,
Sucupira Bowdichiavirgilioides Semente Maceração
tratamento de reumatismo
Tanchagem Plantago major Folhas Chá Anti inflamatório, sinusite

639
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
 O gráfico representando o número de
Tanchagem 1%
citações das plantas medicinais pelos Sucupira 1%
entrevistados corresponde apenas às plantas Sabugueiro 3%
Romã 3%
que tiveram a partir de duas ou mais citações, Poejo 4%
Figura 2. Picão 3%
Mentrasto 2%
As espécies mais citadas foram a erva-
Mastruz 2%
cideira (Melissa officinalis L.) com 18% Marcela 1%
Losna 1%
seguida da hortelã (Mentha x villosa) com
Hortelã 11%
11%e as três plantas representando 8% das Gengibre 3%
citações são o boldo (Plectranthus Folha de Laranja 1%
Folha de algodão 3%
barbatus Andrews) o Assa-Peixe (Vernonia Erva-Cideira 18%
polysphaera) e a Camomila (Chamomilla Erva Santa Maria 1%
Erva Doce 6%
recutita L.). Capim Santo 4%
Verificou-se que a maioria das plantas Camomila 8%
Boldo 8%
medicinais citadas destina-se ao tratamento de Babosa 1%
problemas referentes ao aparelho respiratório Assa-Peixe 8%
Alfavaca 1%
(20%), como gripe, tosse, bronquite,
Alecrim 3%
pneumonia e resfriados, seguido pelas Açafrão 3%

doenças do sistema nervoso (17%), e aparelho

digestivo, os problemas estomacais (13%) Figura 2: Representação das plantas medicinais mais
citadas pelos entrevistados
representados na Figura 3.

Inflamação 3%
Labirintite 2%
problemas no Fígado 5%
Queimaduras/Lesões … 2%
Vermifugo 5%
Dor de ouvido 1%
Reumatismo 5%
Anemia 2%
Dor de cabeça 3%
Calmante 17%
Cólicas infatil, gases 9%
Infecção renal, urinaria 7%
Infecção de garganta 5%
Problemas estomacais 13%
Problemas respiratórios 20%

Figura 3: Principais indicações terapêuticas citadas

pelos entrevistados

640
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
 Com relação à forma de conhecimento casa e14% e 13% obtém plantas com parentes
adquirido sobre plantas medicinais, pelos e compram as plantas em feiras livres ou
entrevistados 91% responderam ser através do mercados respectivamente (Figura 5).
contato família e apenas 4% contato com
vizinhos e ou contato com técnicos 37%
32%
(professores, médicos, enfermeiros,
biólogos),Isso evidenciando assim a 14%
13%
importância da família na transmissãodo
4%
conhecimento através da oralidade Figura 4.
. cultivo em mercado Vizinhos Parentes outros
casa

91% Figura 5: Forma de obtenção das plantas medicinais

por parte dos entrevistados.

4. DISCUSSÃO

4% 4% 2% O presente trabalho teve como

Livros objetivo identificar e avaliar a utilização de

plantas medicinais, pelas famílias das crianças
Figura4: Forma de conhecimento adquirido sobre
assistidas pelo Centro de Educação Infantil
plantas medicinais, pelos entrevistados
em Goiânia. No sentido de informar,
Sobre se a planta medicinal utilizada
conscientizar e resgatar a cultura popular na
surtiu o efeito desejado na criança, 97% dos
utilização de plantas medicinais como auxiliar
entrevistados responderam que sim. Quanto
no combate a doenças e fortalecimentos do
às plantas medicinais produzirem um efeito
sistema inumológico das crianças do CEI.
terapêutico semelhante ao dos remédios
Os resultados demostram que 98% dos
produzidos pela indústria farmacêutica 24%
participantes utilizam plantas medicinais para
responderam não e 76% dos entrevistados
o tratamento de doenças, corroborando com
responderam sim, ressaltando que o uso com
os resultados encontrados por Moraeset al.
plantas medicinais apesar de ter efeito
(2010)cujo trabalho foi sobre Etnobotânica de
semelhante é mais moroso.
plantas medicinais com alunos do ensino
médio de um colégio estadual de Tangará da
Sendo as formas de obtenção mais
Serra-MT, eMaciel (2002) que abordou o
frequente dessas plantas medicinais com
tema das Plantas medicinais direcionado a
vizinhos 37%, seguido de 32% do cultivo em
641
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
necessidade de estudos multidisciplinares, decocção não só para as partes duras ou secas
ambos demonstrando que a medicina do vegetal, mas também a fervura das folhas
alternativa é conhecida e utilizada pela frescas, porém este procedimento não é
amostra estudada. indicado para qualquer parte da planta, pois
Lorenzi e Matos, pode degradar ou eliminar princípios ativos
(2008)demonstraramque o emprego de das mesmas, inativando o efeito terapêutico
plantas medicinais para a manutenção e a do chá ou tornando-o perigoso à saúde.
recuperação da saúde tem ocorrido ao longo De acordo com Wong (2003) o uso de
dos tempos desde as formas mais simples de plantas medicinais em crianças ocorre
tratamento local até as formas diversas vezes por escolha das próprias mães
tecnologicamente sofisticadas de fabricação que, enquanto cuidadoras, optam pelo uso das
industrial. Mas, apesar das enormes plantas em momentos em que seus filhos
diferenças entre as duas maneiras de uso, em estão vulneráveis ao aparecimento de alguma
ambos os casos o ser humano percebeu, de enfermidade. Fato esse comprovado no
alguma forma, a existência de algo nas plantas presente estudo, onde as mães da comunidade
que tem a propriedade de provocar reações escolar entrevistadas fazem uso de plantas
benéficas ao organismo. medicinais em suas crianças de maneira
No presente estudo 90% dos frequente.
participantes foram do sexo feminino, em Um estudo realizado por Pontes et al
concordância com os estudos de Melis e (2006), avaliando o uso de fitoterapia para
Vieira (2007) a maior prevalência observada crianças no Distrito Federal, verificou que os
de mulheres deve decorrer provavelmente do problemas de saúde em crianças mais
papel culturalmente atribuído e frequentescitados pelas mães são os
desempenhado pelo gênero feminino nas relacionados com o aparelho respiratório
atividades domésticas e na saúde da família, como bronquite, gripe e outros. Corroborando
pois elas são as principais responsáveis pelo comos dados obtidos nopresente trabalho,
tratamento caseiro das doenças mais simples onde o problema de saúde mais frequente
através de plantas. citado para a cura, foi o relacionado às vias
O chá foi a principal forma de preparo respiratórias (resfriados, bronquite, gripe e
citada entre os participantes, (método de outros).
decocção em que as partes das plantas são As plantas medicinais, mais citadas
fervidas junto com a água). De acordo com pelos participantes no presente estudo, foram
Albertasse et al. (2010) é comum em diversas a Erva Cideira (Melissa officinalis L) 18%e o
partes do Brasil a prática dos chás feitos pela Hortelã (Mentha x villosa) 11%, esses
642
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
resultados estão de acordo com os estudos vizinhos 37%, seguido de 32% do cultivo em
realizados por Silva e Marisco (2013), em um casa e14% e 13% obtém plantas com parentes
levantamento sobre plantas medicinais em e compram as plantas em feiras livres ou
comunidade pública escolar no município de mercados respectivamente. Esses resultados
Vitória da Conquista/Ba, em que obtiveram foram um pouco diferentes dos estudos
essas mesmas espécies como as mais etnobotânicos de Almeida et al. (2009) e
conhecidas e utilizadas pela população Bernardes et al. (2011) que observaram que
avaliada, sendo também as folhas as mais os entrevistados obtêm as plantas do cultivo
citadas como a parte da planta utilizada pelos próprio. Isso pode ter sido ocasionado devido
entrevistados nas preparações. ambos estudos dos autores citados terem sidos
As folhas são tradicionalmente a parte feitos em bairros de cidades interioranas,
mais utilizada para tratamento medicinal diferente do presente estudo realizado em
popular, provavelmente por causa da cidade metropolitana.
facilidade de coleta e por estar presente na A partir dos dados obtidos no presente
planta durante a maior parte do ano (Alves et trabalho pode-se verificar que a maioria dos
al., 2008). entrevistados utilizam as plantas medicinais,
Observou-se no presente trabalho que embasado no conhecimento popular. Esses
o conhecimento sobre plantas medicinais é dados estão em acordo com os estudos de
transmitido pelos familiares, como relatado Turolla e Nascimento (2006), que observaram
por cerca de 83% dos entrevistados. a carência do conhecimento científico e de
Resultados similares foram encontrados por estudos relacionados as propriedades
Brasil (2006), onde afirma que o consumo de farmacológicas e toxicológicas das plantas
plantas medicinais tem base na tradição medicinais.
familiar, sendo transmitido oralmente por Ainda são necessários mais estudos
gerações e a difusão doshábitos e cuidados de sobre os efeitos e principalmente sobre a
saúde com a utilizaçãode plantas medicinais toxicidade das plantas medicinais, a
entre os membros da família é contínua. população de forma geral também necessita
Segundo Amorozo (2012) as práticas de mais informações, e esclarecimentos sobre
relacionadas ao uso popular de plantas o uso de plantas medicinais, qual parte da
medicinais são o que muitas comunidades têm planta deve ser utilizada em cada caso e a
como alternativa viável para o tratamento de dosagem correta, além de proceder na
doenças ou manutenção da saúde. higienização dessas plantas. Há também a
Quanto às formas de obtenção mais dificuldade na identificação das plantas
frequente dessas plantas medicinais com medicinais, uma vez que essas plantas podem
643
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
ser confundidas com outras que possuem dentre outros),que representou 20% do total
características semelhantes(Pereira e Defani, citado pelos participantes. Sendo
2009),demonstrando a importância de estudos comumproblemas de saúde das vias
que visem conscientizar a população sobre o respiratórias principalmente entre as crianças
uso correto de plantas medicinais. que frequentam o ambiente escolar, onde a
utilização de plantas medicinais em crianças é
5.CONCLUSÃO importante por ser de baixo custo e fácil
acesso, visto que muitas vezes há dificuldade
Considerando os dados levantados
no atendimento médico também para a
nesse estudo constatou-se que a comunidade
comunidade urbana.
escola do CEI em Goiânia tem acesso e
Faz-se necessários mais estudos
conhecimento a uma ampla variedade de
científicos relacionados ao assunto, para
plantas medicinais responsáveis por suprir
oferecer a só comunidade escolar e a toda
diferentes enfermidades. Mas também
população, maiores informações sobre o uso
verificou se o desconhecimento de grande
correto e consciente das plantas medicinais e
parte dos participantes quanto à toxicidade
os efeitos tóxicos e genotóxicos que algumas
das plantas, fazendo o uso indiscriminado das
plantas possuem, pois seu desconhecimento
mesmas, uma vez que para a maioria, toda
pode gerar prejuízos a saúde.
erva é tratamento natural e benéfico.
Observou-se por meio deste estudo
REFERÊNCIAS
que as mulheres, além de utilizarem com
frequência as plantas medicinais em seus
ALBERTASSE, P. D.; THOMAZ, L. D.;
filhos, disseram que ao fazer uso das mesmas ANDRADE, M. A. Plantas medicinais e
seus usos na comunidade da Barra do
surtiram o efeito desejado no tratamento de
Jucu, Vila Velha, ES. Revista brasileira
doenças. São também as maiores detentoras plantas medicinais, v.12, n.3, p.250-260.2010.
de informações acerca do uso das plantas,
ALBUQUERQUE, U. P. Introdução a
demonstrado pelo número considerável de etnobotânica. Editora. Rio de Janeiro:
Interciência,2005.
citações das plantas medicinais, onde este
conhecimento é passado de geração a geração. ALMEIDA, N. F. L.; SILVA, S. R. S.;
SOUZA, J. M.; QUEIROZ, A. P.N.;
A folha foi a parte mais utilizada da
MIRANDA, G. S.; OLIVEIRA, H. B.
planta e a decocção (chá) a principal forma de Levantamento etnobotânico de plantas
medicinais na cidade de Viçosa – MG.
preparo e o problema de saúde mais frequente
Revista. Brasileira de Biologia e Farmácia.,
observado, foi o relacionado às vias v.90, n.4, p.316-320.2009.
respiratórias (resfriados, bronquite, gripe,
644
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
ALVES, E. O.; MOTA, J. H.; SOARES, T. FRANCESCHINI FILHO, S. Plantas
S.; VIEIRA, M. DO C.; SILVA, C. B. Terapêuticas. São Paulo: Editora
DA.Levantamento etnobotânico e Organizações Andrei, 2004.
caracterização de plantas medicinais em
fragmentos florestais de Dourados-MS. FERRO, D. Fitoterapia: conceitos clínicos.
Ciência agrotécnica., v. 32, n. 2, p. 651- São Paulo: Atheneu, 502p.2006.
658.2008.
GASPARETTO, J.C., CAMPOS, F.R.,
AMOROZO, M. C.M. A abordagem BUDEL, J.M., PONTAROLO, R.Estudos
etnobotânica na pesquisa de Plantas agronômicos, genéticos, morfoanatômicos,
Medicinais. In: DI STATSI, L.C. (Org.). químicos, farmacológicos, toxicológicos e
Plantas medicinais: Arte e Ciência, um guia uso nos programas de fitoterapia do Brasil.
de estudo interdisciplinar. São Paulo: EDUSP. Revista. Brasileira. Farmacognosia. 20, 627–
p. 47-68. 1996. 640. 2010.
GUARIM NETO, G.; GUARIM, V. L. M. S.;
AMOROZO, M.C.M. Uso e diversidade de NASCIMENTO, N. P. de O. Etnobotânica
plantas medicinais em Santo Antônio do no Pantanal: o saber botânico tradicional
Leverger, MT,Brasil. Atlas pantaneiro. FLOVET/UFMT, n. 2, p. 9-17,
BotânicaBrasílica. São Paulo, v. 16, n. 2, p. Editora UFMAT: Cuiabá, MT.2010.
189-203, 2012.
LIMA, L. Fitoterápicos e usos de plantas
ARAÚJO, E.C.; OLIVEIRA, R.A.G; medicinais.Jornal da Unesp, ano XVI, n.
CORIOLANO, A.T.; ARAÚJO,E.C.Uso de 166.2006. Disponível em:
plantas medicinais pelos pacientes com <http://www.unesp.br/aci/jornal/166/farmacol
câncer de hospitais da rede pública de ogia.htm>. Acessado em: 4 Jul. 2015.
saúde João Pessoa(PB) use of medicinal
plantsbypatientswithcancer of LORENZI, H. e MATOS, F.J.A.Plantas
publichospitals.Revista Espaço para a saúde, Medicinais no Brasil: nativas e exóticas.2ª
Londrina, v.8,n.2, p.44-52, jun. 2007. editora .Nova Odessa: Plantarum, 2008.
ARENA, E. P. Guia prático de fitoterapia
em nutrição. 1ª edição. Bauru – SP: Editora. MACIEL, M. A. M. Plantas medicinais: a
Joarte, 2008. necessidade de estudos
multidisciplinares.Química Nova, v. 25, n. 3,
BERNARDES, C. A. C. G.; SILVA, F. A.; p. 429-438, 2002.
MOLEIRO, F. C. Uso de plantas medicinais
pelos moradores do bairro Cohab Tarumã, MARTINS E.R.; CASTRO D.M.;
Tangará da Serra, MT para o tratamento CASTELLANI D.C. Plantas Medicinais.
da alergia ou de seus sintomas. Imprensa Universitária, UFV Viçosa, 220 pp,
BioFarmacologia, v. 06, n. 02. 2011. 1994.

BRASIL. Departamento Nacional de MELIS, J. V. e VIEIRA, A. O. S. O

Produção Mineral. Levantamento de Conhecimento de Plantas Medicinais em
Recursos Naturais, Projeto RADAM uma Comunidade Rural de Londrina,
BRASIL. Rio de Janeiro, 1975. 428 p. 2006. Paraná. Revista Brasileira de Biociências,
Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 411-413. 2007.
CABALLERO, J. LA; BARRERA, A. La
Etnobotânica: três puntos de vista y uma MORAES, J. Q.; NUNES, J. R. S.;
perspectiva. Xalapa: INIREB, p. 27 – PINHEIRO, A. P.; PESSOA, S. P. M.
30.1979. Etnobotânica de plantas medicinais com
alunos do ensino médio de um colégio
645
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016
estadual de Tangará da Serra-MT.3ª PEREIRA, M. C.; DEFANI, M. A. (2009).
jornada científica da Unemat, Cáceres/MT Plantas Medicinais: Modificando
Brasil, 20-24 setembro, 2010. Conceitos. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals
NESTI, M. M. M.; GOLDBAUM, M. As /pde/arquivos/284-4.pdf. Acesso em 29
creches e pré-escolas e as doenças Jun2015.
transmissíveis.Jornal de Pediatria, v. 83, n. 4,
p. 299-312, 2010. PONTES, R.M.F.; MONTEIRO, P.S.;
RODRIGUES, M.C.S. O uso da fitoterapia
OMS-ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE no cuidado de crianças atendidas em um
SAÚDE. Traditional medicine: centro de saúde do Distrito Federal.Comum
definitions.Disponível em: Ciência e Saúde. V. 17, n.2. p. 129-139. 2006.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/fit
oterapicos.pdf Acessado em: 04 Jun. 2015. SILVA, T.S.S.; MARISCO, G.
Conhecimento Etnobotânico dos Alunos de
Uma Escola Pública no Município de
OLIVEIRA, C.J.; ARAÚJO, T.L. Plantas Vitória da Conquista/ BA Sobre Plantas
medicinais: usos e crenças de idosos Medicinais. Revista de Biologia e
portadores de hipertensão arterial. Revista Farmácia.v. 09, n.03, 2013.
Eletrônica de Enfermagem, v. 9, n. 1, p. 93-
105, 2007. SOUZA, C. D. & FELFILI, J. M. Uso de
plantas medicinais na região de Alto
OLIVEIRA, P. S. Plantas medicinais numa Paraíso de Goiás, GO, Brasil. Atlas
comunidade rural assentada no município Botânica Brasílica. 20(1): 135-142.2006.
de Cordeirópolis-SP: Etnofarmacologia e
Educação. 93 p. Dissertação de mestrado TUROLLA, M.S.; NASCIMENTO, E.S.
apresentada ao Instituto de Biologia da Informações toxicológicas de alguns
Universidade Estadual de Campinas, 2010. fitoterápicos utilizados no Brasil. Revista
Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 42, p.
OLIVEIRA, P. S.; COUTINHO, K. R. 289-306, 2006.
Conhecimento popular sobre plantas
medicinais: tema gerador na educação de TRINDADE, C.; SARTÓRIO, M.L.;
jovens e adultos. ETIC – Encontro de RESENDE, P.; MACHADO, J.R.Cultivo
Iniciação Científica, v.2, n.2, 2006. orgânico de Plantas Medicinais. Editora
Aprenda Fácil, Viçosa, MG, 258p, 2008.
PASA, M. C.; SOARES, J. J. & GUARIM
NETO, G. Estudo etnobotânico na VEIGA JUNIOR, V.F.; PINTO, A.C.;
comunidade de Conceição-Açu (alto da MACIEL, M. A. Plantas Medicinais: A
bacia do rio Aricá Açu, MT, Brasil). Atlas Necessidade de Estudos
Botanica Brasílica. 19(2): 195-207.2005. Multidisciplinares.Química Nova, vol.25,
429-438, 2005.
PASA, M. C. Um olhar etnobotânico sobre
as comunidades do Bambá. Cuiabá, MT: WONG, A.Os usos inadequados e os efeitos
Entrelinhas, 2007. adversos de medicamentos na prática
clínica. Jornal de Pediatria 79: p. 379-380,
PRANCE, G. T. Quantitative ethnobotany 2003.
and Amazonian conservation. Conservation
Biology. 8: 225-228.1987.

646
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 629-646, jan./jul. 2016