O Sinal de Jonas

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Sumário
A Doutrina da Sexta-Feira ........................................................ 5
Os Comentários Bíblicos ............................................................ 6
Jonas e o Grande Peixe .............................................................. 7
O Sinal de Jonas........................................................................... 10
A Tipologia do Messias no Pentateuco ............................ 11
O Dia da Festa Bíblica .............................................................. 12
Dez Dias em Nisan....................................................................... 13
A Entrada Triunfal....................................................................... 14
Um Cordeiro Sem Mácula ....................................................... 16
A Última Ceia .................................................................................. 19
O Julgamento, Crucificação e Sepultamento .............. 21
A Ressureição ................................................................................. 22
O Erro Católico Romano .......................................................... 25
A Data da Crucificação ............................................................. 26
Apêndice A .............................................................. 29
As 70 Semanas de Daniel (Daniel 9:24-27).................. 29
O Relógio Profético de Israel .................................................. 30
Duração da Tribulação (2520 Dias) .................................. 30
O Número de Dias em um Ano "Profético" .................... 31
O Intervalo de Tempo Entre as
Semanas 69 e 70 .................................................................... 31

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O Sinal de Jonas: Três
Dias e Três Noites
Jeremy James

17 "Preparou, pois, o SENHOR um grande peixe,


para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias
e três noites nas entranhas do peixe." [Jonas 1:17].
38"Então alguns dos escribas e dos fariseus toma-
ram a palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da
tua parte algum sinal.
39Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração
má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe
dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas;
40 Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no
ventre da baleia, assim estará o Filho do homem
três dias e três noites no seio da terra."
[Mateus 12:38-40].
O Senhor Jesus disse que estaria três dias e três noites
no seio da terra. Isto é muito claro, não é? Três dias e
três noites. Mas, se Ele foi sepultado na sexta-feira e
ressuscitou no domingo, então não esteve no seio da
terra durante três dias e três noites.

A Doutrina da Sexta-Feira

A tradição ensina que o sepultamento ocorreu na


sexta-feira — porém isto está errado. Como acontece

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com muitas falsas interpretações da Palavra de Deus,
esse ensino teve origem com a Igreja Católica Romana.
Os defensores da doutrina da sexta-feira argumentam
que os judeus contavam parte de um dia como se fosse
um dia inteiro. De forma similar, eles frequentemente
considerariam parte de um ano como se fosse um ano
inteiro. Portanto, os três dias nominais — sexta-feira,
sábado e domingo — cada um constituía um dia inteiro
e poderia ser contado assim no linguajar judaico,
dando assim os "três dias".
Mas, mesmo se aceitássemos essa linha de raciocínio,
ainda não temos como explicar as "três noites", pois, de
acordo com a doutrina da sexta-feira, o Senhor Jesus
esteve sepultado por somente duas noites (a noite da
sexta-feira e a noite do sábado), não três.

Os Comentários Bíblicos

O comentarista Poole tenta contornar isto argumen-


tando que Gênesis 1:5 permite que um "dia" seja con-
tado como um dia e uma noite — "E Deus chamou à luz
Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã,
o dia primeiro." Em seguida, ele sugere que a expressão
"três dias" (parte da sexta-feira, sábado inteiro e parte
do domingo) pode validamente ser considerada com o
significado de "três dias e três noites" (embora clara-
mente não possa). Esta prestidigitação semântica é in-
digna de um ótimo comentarista como Poole e é um
modo muito inapropriado de tratar uma das principais
profecias na Bíblia.

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Barnes, Clarke, Gill, Lightfoot e outros, ao exporem
Mateus 12:40, consideram a doutrina da sexta-feira
como verdadeira com base em que, se o tempo que o
Senhor esteve sepultado não pudesse ser reconciliado
com o linguajar judaico desta forma, então os fariseus
e herodianos teriam afirmado que Jesus profetizara fal-
samente. Como essa acusação não foi feita em relação
a essa profecia — "três dias e três noites do seio da
terra" — então argumenta-se que a interpretação idio-
mática precisa estar correta. Todavia, assumindo, sem
análise adicional, que a doutrina da sexta-feira é ver-
dadeira, os comentaristas deixaram de considerar a
possibilidade que os fariseus e herodianos não afirma-
ram que a profecia de Jesus tinha falhado simples-
mente porque todos em Jerusalém sabiam de forma
contrária. Eles conheciam os relatos das testemunhas
oculares que Jesus esteve três dias completos e três
noites completas no seio da terra, exatamente como
profetizara. E, se este foi o caso, então a própria dou-
trina da sexta-feira necessariamente está errada.

Jonas e o Grande Peixe

Quando se referiu ao profeta Jonas, o Senhor Jesus


também se referiu à Nínive, a cidade à qual Jonas foi
enviado para pregar:
40 "Pois, como Jonas esteve três dias e três noites
no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem
três dias e três noites no seio da terra.
41Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta gera-
ção, e a condenarão, porque se arrependeram com

7
a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é
maior do que Jonas." [Mateus 12:40-41].
A populosa cidade de
Nínive estava desti-
nada à destruição, a
não ser que seus cida-
dãos se arrependes-
sem. Eles necessita-
vam ouvir um prega-
dor corajoso, por-
tando uma mensagem
poderosa. É claro, a
partir daquilo que Cristo diz em Lucas 11:30, que a
mensagem de Jonas foi, em grande parte, talvez até ex-
clusivamente, um testemunho de sua experiência após
ter fugido via Jope e chegado a Nínive, isto é, sua morte
no mar e sua subsequente ressurreição após passar
três dias e três noites no ventre de um grande peixe
(possivelmente um tubarão-baleia):
30 "Porquanto, assim como Jonas foi sinal para os
ninivitas, assim o Filho do homem o será também
para esta geração." [Lucas 11:30].
17 "Preparou, pois, o SENHOR um grande peixe,
para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias
e três noites nas entranhas do peixe." [Jonas 1:17].
Muitos comentaristas deixam de salientar o fato impor-
tante que Jonas morreu no mar, antes de ter sido en-
golido pelo tubarão-baleia. Aqui está como ele descre-
veu sua morte:

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5 "As águas me cercaram até à alma, o abismo me
rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça.
6 Eu desci até aos fundamentos dos montes; a
terra me encerrou para sempre com os seus ferro-
lhos; mas tu fizeste subir a minha vida da perdição,
ó SENHOR meu Deus." [Jonas 2:5-6].
É importante compreender que Jonas se afogou, que
seu corpo chegou até o fundo do mar e que ali ficou
enrolado nas algas marinhas. A alma dele deixou seu
corpo e foi "até os fundamentos dos montes", signifi-
cando o mundo do além, o mundo dos mortos, onde ele
estava destinado a permanecer. Mas, um grande peixe
engoliu seu corpo morto e o carregou até uma praia
oriental do Mediterrâneo. À medida que seu corpo co-
meçou a se deteriorar dentro do peixe, Jonas orou ao
Senhor desde o Sheol (o mundo dos mortos):
7 "Quando desfalecia em mim a minha alma, lem-
brei-me do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no
teu santo templo." [Jonas 2:7].
O Senhor ouviu a oração — "A salvação é do SENHOR"
— e o fez voltar da corrupção:
10"Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou
a Jonas na terra seca." [Jonas 2:10].
O Senhor Jesus estava comparando Sua própria morte
com a morte de Jonas. Ele profetizou que, exatamente
como o corpo morto de Jonas ficou dentro do ventre do
peixe durante três dias e três noites, Seu próprio corpo
ficaria no seio da Terra por três dias e três noites.

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Entretanto, o salmista nos diz que, ao contrário do
corpo de Jonas, o corpo de Cristo não veria a corrup-
ção: "Pois não deixarás a minha alma no inferno
[Sheol], nem permitirás que o teu Santo veja corrupção."
[Salmos 16:10].

O Sinal de Jonas
Se podemos dizer que o
Evangelho tem um sinal,
é o sinal de Jonas. Três
dias e três noites no seio
da terra. Cristo se referiu
a isto como um e único
sinal para os descrentes:

4"Uma geração má e adúltera pede um sinal, e ne-


nhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta
Jonas. E, deixando-os, retirou-se." [Mateus 16:4].
O Maligno detesta este sinal e quer degradá-lo. Como a
principal profecia que o Senhor Jesus fez a respeito de
Sua morte referencia explicitamente o tempo total em
que Seu corpo morto jazeria no sepulcro, o Maligno tem
um prazer malicioso em torná-la em um objeto de ridi-
cularização e uma fonte de confusão. Satanás sabe
que, se conseguir fazer os homens vaidosos acredita-
rem em suas mentiras, então eles nunca reconhecerão
nem aceitarão o sinal de Jonas. O próprio profeta faz
uma referência admirável à esta possibilidade quando,
na mesma passagem das Escrituras, escreveu:
"Os que observam as falsas vaidades deixam a sua
misericórdia." [Jonas 2:8].

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A Tipologia do Messias no Pentateuco

Se Jonas esteve três dias e três noites no ventre do


peixe e o Senhor Jesus comparou Sua morte com a de
Jonas, dizendo especificamente que também estaria
três dias e três noites no seio da Terra, então cabe a
nós identificar o sinal de Jonas nos eventos que estão
antes e depois da crucificação.
Todo o Antigo Testamento
fala a respeito de Cristo. O li-
vro de Levítico nos dá um re-
lato extraordinariamente de-
talhado de Sua pessoa e de
Sua condição espiritual di-
ante de Deus, Sua divindade, Sua justiça, Sua extraor-
dinária santidade e Seu papel como o único e perfeito
autor da salvação. Isto pode ser visto por meio do Ta-
bernáculo e das ofertas, o ofício do sumo sacerdote, a
mobília e as vestes, a tipologia dos sacrifícios de ani-
mais, a água da separação, o propiciatório, o altar de
bronze, o altar de ouro de incenso, o candelabro de
ouro e muitos outros elementos. O padrão anual das
festas, com seus dias prescritos a serem observados e
seus aspectos simbólicos e memoriais, eram outro
modo de a nação como um todo obter uma maior com-
preensão do Messias. Uma das mais importantes des-
sas festas era a Páscoa.
Cristo é o Cordeiro da Páscoa e o cordeiro sempre era
sacrificado na tarde no dia 14 de Nisan (o primeiro mês
no calendário litúrgico judaico). Essa festa foi obser-
vada anualmente na mesma data, por cerca de 1.400

11
anos antes de Jesus Cristo vir ao mundo. A mesma
data todo ano, uma data estabelecida por Deus no livro
de Êxodo e repetida muitas vezes em toda a Bíblia.
Se o cordeiro da Páscoa apontava toda vez para o Cor-
deiro Pascal, e sempre era sacrificado no dia 14 de Ni-
san, então — de acordo com a tipologia bíblica — o Cor-
deiro Pascal, o próprio Jesus, precisa também ter sido
sacrificado no mesmo dia.

O Dia da Festa Bíblica

No calendário judaico um dia termina às 18h00min


(não à meia-noite) e um novo dia inicia. Nossa sexta-
feira vai da meia-noite da quinta-feira até a meia-noite
da sexta-feira, mas a sexta-feira judaica inicia às
18h00min da quinta-feira e vai até às 18h00min do dia
seguinte.
As Escrituras confirmam que isto se aplica também ao
conjunto de festas definido pelo Senhor a Israel. Refe-
rindo-se à festa do Yom Kippur, ou Dia da Expiação,
elas dizem:
32 "Sábado de descanso vos será; então afligireis
as vossas almas; aos nove do mês à tarde, de uma
tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado."
[Levítico 23:32].
O Dia da Expiação cai no décimo dia do mês de Tishri,
mas tem início às 18h00min do dia anterior ("aos nove
do mês à tarde"). Isto significa, por analogia, que a Pás-
coa cai no décimo quarto dia do mês de Nisan, porém

12
tem início às 18h00min do dia anterior — o dia 13 do
mês, no fim da tarde.
Precisamos ser claros sobre este ponto para podermos
estabelecer a sequência real dos eventos que ocorreram
antes e depois da crucificação.
Sabemos que a própria sequência terminou no pri-
meiro dia da semana (que foi desde as 18h00min no
nosso sábado até as 18h00min do dia seguinte). A par-
tir disso, podemos atribuir um dia específico para cada
um dos eventos-chave na semana anterior à ressurrei-
ção, de uma maneira consistente com a narrativa dos
Evangelhos.
Os três evangelhos sinóticos — Mateus, Marcos e Lu-
cas — descrevem, em ordem cronológica ampla, os
eventos principais no ministério de Jesus. O Evangelho
de João segue uma abordagem diferente, destacando
os eventos que lançam luz sobre a divindade de Cristo.
Entretanto, o relato de João é, de longe, o mais deta-
lhado de todos, a respeito da semana ou dos dias que
antecederam a ressurreição. Isto deve indicar que os
outros relatos a respeito desse período estão, em certo
sentido, subordinados ao relato de João e devem ser
interpretados apropriadamente.

Dez Dias em Nisan

O relato tradicional da "Semana Santa" vai de domingo


a domingo, desde a entrada triunfal ("Domingo de Ra-
mos") até o Domingo da Ressurreição. Esse relato cobre
um período de oito dias.

13
No nosso calendário revisado, porém, esses eventos
ocorrem em um período de dez dias.

A Entrada Triunfal

Na semana anterior à Sua crucificação, Cristo viajou


até Jerusalém para passar a Páscoa ali, partindo da
Galileia e seguindo até os confins da Judeia, além do
Jordão [Mateus 19:1]. Grandes multidões o seguiram
[Mateus 19:2]. Durante a jornada, Ele tomou os doze
apóstolos à parte e explicou que, quando eles chegas-
sem a Jerusalém, Ele seria condenado à morte e cruci-
ficado [Mateus 20:18-19].

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O trajeto os fez passar por
Jericó, que está situada a
24 km de Jerusalém [Ma-
teus 20:29]. Jericó está a
240 metros abaixo do nível
do mar, enquanto Jerusa-
lém está a 750 metros
acima do nível do mar. Com
uma elevação total de cerca
de 1.000 metros, a jornada
de 24 km foi muito mais ár-
dua do que seria uma jornada de mesma distância por
um terreno plano e deve ter requerido cerca de um dia
inteiro de caminhada para completar.
Quando Jesus partiu de Jericó, foi seguido por grandes
multidões. [Mateus 20:29]. Atendendo aos pedidos de
dois cegos que estavam sentados junto ao caminho, Ele
os curou. Imediatamente após o relato dessa cura, Ma-
teus diz:
1 "E, quando se aproximaram de Jerusalém e che-
garam a Betfagé, ao Monte das Oliveiras..."
[Mateus 21:1].
Isto confirma que Jesus chegou às imediações de Jeru-
salém no mesmo dia em que partiu de Jericó.
Isto apresenta aos que creem no relato tradicional do
"Domingo de Ramos" um grande problema. Eles preci-
sam compactar em um único dia a longa e cansativa
jornada desde Jericó, o local de preparação da jumenta
e de seu filhote, a lenta procissão feita por Jesus desde
Betfagé até o templo, acompanhado durante todo o

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trajeto por uma grande multidão que cantava Hosana,
e a dramática expulsão de "todos os que vendiam e
compravam no templo." [Mateus 21:12].
O dia da entrada triunfal foi muito especial para Israel,
o dia da sua "visitação" [Lucas 19:44]. O Senhor Jesus
tinha reservado esse dia especial para um evento pro-
fetizado nas Escrituras. Ele não teria iniciado esse dia
com a longa jornada desde Jericó, mesmo que isto fosse
possível.
Isto significa que a jornada desde Jericó até Jerusalém
ocorreu no dia anterior ao da entrada triunfal, mas se
a entrada triunfal ocorreu em um domingo, então o dia
anterior foi um sábado — um dia de descanso no qual
não era permitido caminhar por longas distâncias.
Sabemos também que a entrada triunfal não ocorreu
no sábado, pois as multidões que deram as boas-vin-
das a Jesus e cantaram Hosanas, cortaram ramos para
pavimentar o caminho. Isto teria sido uma infração ao
sábado. Além disso, Jesus não teria derrubado as me-
sas dos cambistas e as cadeiras daqueles que vendiam
pombos no dia de sábado.
Isto significa que a entrada triunfal deve ter ocorrido
na sexta-feira, antes das 18h00min e que a jornada de
Jericó até Jerusalém ocorreu na quinta-feira.

Um Cordeiro Sem Mácula

O Senhor nos deu uma tipologia por meio da qual po-


deríamos reconhecer os eventos principais na vida de

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Seu Ungido. Ele queria que a
nação de Israel recebesse Seu
Filho e, por meio do testemu-
nho profético em Sua Palavra,
conhecesse o dia da "sua visi-
tação".
O Cordeiro de Deus tinha de
ser perfeito, sem qualquer defeito. A Escritura nos diz
que o cordeiro da Páscoa era selecionado no dia 10 de
Nisan, colocado à parte por quatro dias, geralmente na
casa da família e examinado muitas vezes durante esse
período para garantir que realmente era perfeito.
[Êxodo 12:3-6]. Jesus também, como o Cordeiro da
Páscoa, foi selecionado no início do dia 10 de Nisan, o
fim da tarde do dia de sua entrada triunfal, e permane-
ceu sob teste em um local público — o templo — du-
rante quatro dias consecutivos. Isto sugere que a en-
trada triunfal ocorreu na tarde da sexta-feira e que a
"seleção" foi feita em termos proféticos quando Jesus
chegou ao templo às 18h00min, exatamente quando o
dia 10 de Nisan estava começando:
3 "Falai a toda a congregação de Israel, dizendo:
Aos dez deste mês tome cada um para si um cor-
deiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para
cada família.
4 Mas se a família for pequena para um cordeiro,
então tome um só com seu vizinho perto de sua
casa, conforme o número das almas; cada um con-
forme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cor-
deiro.

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5 O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um ma-
cho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das
cabras.
6 E o guardareis até ao décimo quarto dia deste
mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel
o sacrificará à tarde." [Êxodo 12:3-6].
Os evangelhos registram mui-
tos detalhes das discussões e
debates que ocorreram no
templo entre Jesus e os judeus
reunidos durante os quatro
dias, de 10 a 13 de Nisan. Eles
estavam tentando encontrar
alguma fraqueza ou imperfei-
ção nEle ou em Sua doutrina,
porém não conseguiram en-
contrar falha alguma. Suas
respostas foram tão excepcionais que Mateus registra:
"E ninguém podia responder-lhe uma palavra; nem
desde aquele dia ousou mais alguém interrogá-lo."
[Mateus 22:46].
Foi durante aqueles quatro dias que o Senhor Jesus fez
Sua mais severa repreensão aos fariseus e à oca e hi-
pócrita filosofia religiosa deles. O capítulo 23 de Mateus
simplesmente troveja com indignação enquanto Ele de-
nuncia os fariseus nos termos mais fortes possíveis.
Não menos que oito vezes Ele veementemente condena
os fariseus com as seguintes palavras: "Ai de vós...!" Ao
fazer isso, Ele estava mostrando em público, no templo,
por ocasião de uma grande festa, diante da multidão

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de líderes, sacerdotes, e nobres reunidos, que Ele pró-
prio era perfeito e sem defeitos, que não tinha absolu-
tamente nenhuma das falhas e defeitos que desqualifi-
cavam os mais altos líderes religiosos daquele tempo.
Nenhuma falha ou imperfeição pôde ser encontrada
nEle; Ele era o Cordeiro da Páscoa.

A Última Ceia

No fim do dia 13 de Nisan, às 18h00min da terça-feira,


Cristo foi com Seus apóstolos compartilhar uma refei-
ção de Páscoa, isto é, uma refeição feita durante as 24
horas da Páscoa. Os aderentes da doutrina da sexta-
feira ensinam que esta foi a refeição de Páscoa prescrita
no livro de Êxodo, mas isto não pode estar correto.
Vejamos o porquê. Primeiro, o livro do Êxodo diz que a
refeição comemorativa na Páscoa deveria ser feita da
seguinte maneira:
(1) todos os participantes deveriam estar vestidos, em
prontidão para partir, com suas sandálias nos pés;
(2) a refeição deveria ser feita apressadamente, mais
uma referência à partida iminente;
(3) ela deveria ser comida com o cajado na mão, possi-
velmente em pé, outra referência à partida iminente; e
(4) ninguém deveria sair de casa antes do amanhecer.

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5 "O cordeiro, ou cabrito,
será sem mácula, um macho
de um ano, o qual tomareis
das ovelhas ou das cabras.
6 E o guardareis até ao dé-
cimo quarto dia deste mês, e
todo o ajuntamento da con-
gregação de Israel o sacrifi-
cará à tarde.
7 E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as
ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que
o comerem.
8 E naquela noite comerão a carne assada no fogo,
com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.
9 Não comereis dele cru, nem cozido em água, se-
não assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés
e com a sua fressura.
10 E nada dele deixareis até amanhã; mas o que
dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.
11 Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingi-
dos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado
na mão; e o comereis apressadamente; esta é a
páscoa do SENHOR." [Êxodo 12:5–11].
22 "Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Is-
rael, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros
para vossas famílias, e sacrificai a páscoa." [Êxodo
12:22].
Compare isto com os detalhes da Última Ceia:

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(1) não há evidência que alguém estava vestido em pre-
paração para partir, com as sandálias nos pés; na ver-
dade, Cristo lavou os pés dos apóstolos e até despiu-se
de sua capa exterior para poder fazer isso;
(2) não há evidência que a refeição foi feita às pressas;
(3) não há evidência que algum deles a comeu com o
cajado nas mãos;
(4) eles beberam vinho, o que não teria sido apropriado
para uma refeição servida com "ervas amargas"; e
(5) todos eles deixaram a casa antes do amanhecer.
A Última Ceia não poderia ter sido a refeição de Páscoa.
3 "Partiram, pois, de Ramessés no primeiro mês, no
dia quinze do primeiro mês; no dia seguinte da pás-
coa saíram os filhos de Israel por alta mão, aos
olhos de todos os egípcios." [Números 33:3].

O Julgamento, Crucificação e Sepultamento

O Senhor Jesus foi preso no Jardim do Getsêmani na


noite da terça-feira e levado diante das autoridades res-
pectivas. Como o Cordeiro da Páscoa, Ele foi submetido
à inspeção final pelas pes-
soas responsáveis por
Sua execução e, nova-
mente, nenhuma falha foi
encontrada Nele.
Após Sua morte, às
15h00min na tarde da
quarta-feira — por volta

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do horário em que os cordeiros estavam sendo mortos
— Seu corpo foi retirado do local de execução e ungido
para o sepultamento. Este procedimento deve ter de-
morado algumas horas, mas teve de ser concluído an-
tes do início do Sábado Grande às 18h00min. Assim
Jesus foi colocado na tumba pouco antes das
18h00min da tarde da quarta-feira.
O Sábado Grande — o primeiro dia da Festa dos Pães
Ázimos — impediu que os discípulos realizassem qual-
quer atividade em relação ao Seu sepultamento até as
18h01min da tarde da quinta-feira, quando o feriado
terminou. As mulheres então levaram e prepararam os
unguentos e especiarias com as quais iriam ungir me-
lhor Seu corpo. Isto deve ter tomado a maior parte das
horas diurnas de 16 de Nisan, após o que o sábado se-
manal começou (18h01min da sexta-feira, dia 16). Elas
então tiveram de esperar até as primeiras horas da ma-
nhã de domingo para completar sua tarefa. (Embora o
sábado semanal terminasse às 18h00min do sábado,
elas não conseguiriam localizar o túmulo durante o ho-
rário noturno.)

A Ressureição

A Bíblia nos diz que a ressur-


reição ocorreu no primeiro dia
da semana, que teve início às
18h00min do sábado. Prova-
velmente, a ressurreição ocor-
reu logo após o sábado sema-
nal terminar e o primeiro dia
da semana começar.

22
O corpo de Jesus esteve no sepulcro durante três dias
e três noites, desde 18h00min da quarta-feira até
pouco tempo após as 18h00min do sábado. Os dias fo-
ram dias completos e as noites foram noites completas.
Setenta e duas horas, exatamente como aconteceu com
o profeta Jonas.
Este é o sinal de Jonas, ao qual o Senhor Jesus se re-
feriu em Sua profecia.
Como o dia de Pentecostes ocorria 50 dias após a Res-
surreição, a "manhã após o sábado" na seguinte pas-
sagem é a mesma manhã que Jesus apareceu para Ma-
ria Madalena no jardim:
9 "E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
10 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando
houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e
fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das
primícias da vossa sega ao sacerdote;
11 e ele moverá o molho perante o SENHOR, para
que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sa-
cerdote o moverá.
12 E no dia em que moverdes o molho, preparareis
um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto
ao SENHOR,
13 e a sua oferta de alimentos, será de duas dízi-
mas de flor de farinha, amassada com azeite, para
oferta queimada em cheiro suave ao SENHOR, e a
sua libação será de vinho, um quarto de him.

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14 E não comereis pão, nem trigo tostado, nem es-
pigas verdes, até aquele mesmo dia em que trou-
xerdes a oferta do vosso Deus; estatuto perpétuo é
por vossas gerações, em todas as vossas habita-
ções.
15 Depois para vós contareis desde o dia seguinte
ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho
da oferta movida; sete semanas inteiras serão.
16 Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis
cinquenta dias; então oferecereis nova oferta de ali-
mentos ao SENHOR." [Levítico 23:9-16].
Esta passagem mostra que, na manhã de Sua ressur-
reição, Cristo foi as "primícias" profetizadas de todos
aqueles que ressuscitarão dos mortos para a vida
eterna, exatamente como o apóstolo Paulo declarou em
sua Primeira Epístola aos Coríntios:
20 "Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos,
e foi feito as primícias dos que dormem."
[1 Coríntios 15:20].
Quando fala a respeito daqueles que "dormem", Paulo
está se referindo a todos os cristãos professos no curso
da história que morreram na fé. A morte deles é tratada
como um sono porque, por meio da promessa da res-
surreição, os corpos deles despertarão em alguma data
futura quando Cristo — as "primícias" — os chamar
do túmulo.
A ressurreição de Cristo foi diferente da ressurreição de
Lázaro no sentido que Lázaro ressuscitou para a vida
em um corpo mortal, enquanto Cristo ressuscitou em

24
um corpo imortalizado. Como foi (e ainda é) o primeiro
a fazer isso, Ele é a longamente profetizada "primícias"
— os primeiros molhos da colheita.
No "dia de Cristo" [2 Tessalonicenses 2:2) todos aqueles
que creram Nele ressuscitarão dentre os mortos em
corpos imortalizados, seguidos de perto pelos fiéis cris-
tãos que ainda estiverem vivos em Sua vinda. Este é o
grande harpazo (ou arrebatamento) em que o Senhor
retorna para retirar os seus deste mundo. A gloriosa
colheita será seguida por outros sete anos mais tarde,
quando todos os santos que morreram durante a Tri-
bulação ressuscitarão em corpos imortalizados. Os úl-
timos incluirão também todos os santos que morreram
antes de Cristo ressuscitar do sepulcro.
Todos os cristãos devem viver
diariamente em alegre expec-
tativa dessa hora maravi-
lhosa, o grande harpazo,
quando Cristo retornar para
Sua noiva.

O Erro Católico Romano

A Igreja Católica Romana assumiu o controle das ins-


tituições do verdadeiro Cristianismo por volta do século
quarto. Entretanto, exatamente como o apóstolo Paulo
tinha profetizado, "lobos cruéis" apareceram assim que
ele saiu de cena, "não poupando o rebanho". Quando o
Maligno não consegue criar uma mentira, ele cria uma
confusão como alternativa. A crucificação na sexta-
feira, embora claramente esteja em desacordo com

25
aquilo que a Palavra de Deus revela, foi criada para pa-
recer plausível.
Encurtando o período que o Senhor Jesus esteve no
sepulcro, o Maligno fez parecer que Cristo profetizou
falsamente. Isto também levantou a possibilidade que
Jesus realmente não morreu, mas que esteve mera-
mente inconsciente ou que sofreu algum tipo de dano
cerebral por um dia, ou pouco mais.
A Igreja Católica Romana argumenta até hoje que Je-
sus esteve no sepulcro por menos de 36 horas, em vez
das 72 horas dadas nas Escrituras. Esta é apenas uma
das muitas formas que a antiga religião babilônia
zomba e blasfema do Senhor Deus da Bíblia.

A Data da Crucificação

Sabemos que Jesus foi crucificado em um ano em que


a Páscoa caiu em uma quarta-feira. Alguns sistemas de
calendário computadorizados oferecem datas possíveis
que se encaixam nesse critério, porém nem todos eles
concordam.
Entretanto, se tomarmos a profecia de Daniel, em que
ele declara que o Messias seria "cortado" após 69
"semanas" de anos desde a data do edito real para re-
construir as muralhas de Jerusalém, então a crucifica-
ção ocorreu em uma data claramente identificável.
Os detalhes da profecia de Daniel e como ela é comu-
mente interpretada são apresentados no Apêndice A.
Como os anos em questão são "anos proféticos", eles
consistem em 360, não de 365 dias. (Isto é explicado

26
no Apêndice.) Daniel disse que 173.880 dias passariam
desde o dia em que o edito foi assinado pelo rei Arta-
xerxes — 1 de Nisan (14 de março) de 445 AC — e o dia
que o Messias foi "cortado" (ou morto) [173.880 =
69x7x360 dias]. Se usarmos a calculadora on-line dis-
ponível em www.PlanetCalc.com para calcular a data
final da profecia de Daniel, quando o Messias foi "cor-
tado", descobrimos que a crucificação ocorreu na
quarta-feira, 7 de abril de 32, quando o Senhor Jesus
deveria ter cerca de 35 anos de idade.

33 "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedo-


ria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis
são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus ca-
minhos!" [Romanos 11:33].

27
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Apêndice A

As 70 Semanas de Daniel (Daniel 9:24-27)

24 "Setenta semanas estão determinadas sobre o


teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a
transgressão, e para dar fim aos pecados, e para
expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e se-
lar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo."
25 "Sabe e entende: desde a saída da ordem para
restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Mes-
sias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta
e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão,
mas em tempos angustiosos."
26"E depois das sessenta e duas semanas será cor-
tado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo
do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o
santuário, e o seu fim será com uma inundação; e
até ao fim haverá guerra; estão determinadas as
assolações."
27 "E ele firmará aliança com muitos por uma se-
mana; e na metade da semana fará cessar o sacri-
fício e a oblação; e sobre a asa das abominações
virá o assolador, e isso até à consumação; e o que
está determinado será derramado sobre o assola-
dor."
As 70 Semanas tiveram início no dia em que o rei persa
Artaxerxes assinou o decreto para permitir que os ju-
deus reconstruíssem as muralhas de Jerusalém (não o

29
templo). O ano em que esse rei foi entronizado (465 AC)
está bem estabelecido pelos historiadores. O vigésimo
ano de seu reinado foi, portanto, 445 AC. O decreto foi
assinado no mês de Nisan, de acordo com Neemias. Se-
gundo o costume judaico, o primeiro dia do mês é as-
sumido, se nenhuma data for especificada. Assim, as
70 Semanas tiveram início no primeiro dia de Nisan
(isto, 14 de março) de 445 AC.

O Relógio Profético de Israel

Semanas 1-7: O encerramento deste período pode mar-


car a morte do último profeta que escreveu o Antigo
Testamento, Malaquias, e o início do Grande Silêncio.
Semanas 8-69: No fim da semana 69 Cristo morreu ("foi
cortado") no Calvário. O relógio profético de Daniel (que
se refere apenas a Israel) foi então paralisado. O relógio
da Igreja começou em Pentecostes e continuará até o
arrebatamento ("a plenitude dos gentios"). [Cristo não
retornará a este mundo no arrebatamento, mas encon-
trará Seus santos nos ares.]
Semana 70: O relógio para a septuagésima semana re-
iniciará no dia em que o Anticristo assinar uma ali-
ança, ou tratado, de sete anos com a nação de Israel.
Isto marcará o início do período de sete anos da Tribu-
lação. Cristo retornará ao Monte das Oliveiras ao fim
da septuagésima semana (2520 dias).

Duração da Tribulação (2520 Dias)


A seguinte passagem, em conjunto com Daniel 9:27 e
12:7, permite o cálculo da duração da Tribulação:

30
2 "E deixa o átrio que está fora do templo, e não o
meças; porque foi dado às nações, e pisarão a ci-
dade santa por quarenta e dois meses.
3 E darei poder às minhas duas testemunhas, e
profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, ves-
tidas de saco." [Apocalipse 11:2-3].
A abominação da desolação ocorrerá na metade do pe-
ríodo de Tribulação de sete anos. Depois disso, as na-
ções calcarão Jerusalém durante 42 meses. Durante a
primeira metade da Tribulação, as duas testemunhas
profetizarão durante 1260 dias. Isto é equivalente a 42
meses (42x30 = 1260). Assim, a Tribulação durará por
2520 dias (1260x2).

O Número de Dias em um Ano "Profético"

Como a septuagésima semana (um período de sete


anos) é formada por anos de 360 dias (360x7=2520),
então as primeiras 69 semanas também precisam ter
sido constituídas de anos de 360 dias. Isto permite que
a data da crucificação seja calculada como sendo
quarta-feira, 7 de abril do ano 32.

O Intervalo de Tempo Entre as Semanas 69 e 70

Existem nas Escrituras outros exemplos de grandes in-


tervalos de tempo entre eventos proféticos aparente-
mente contíguos. Por exemplo, Isaías 9:6 diz:
6 "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos
deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se

31
chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."
A primeira parte foi cumprida com o nascimento de Je-
sus em Belém, porém a segunda ainda precisa ser
cumprida. Cristo somente terá o governo sobre Seus
ombros quando for aceito como rei em Sua Segunda
Vinda.
Considere também a passagem das Escrituras que
Cristo leu na sinagoga de Nazaré:
18 "O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me
ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a cu-
rar os quebrantados de coração,
19 a pregar liberdade aos cativos, e restauração da
vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a
anunciar o ano aceitável do Senhor.
20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao minis-
tro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga
estavam fitos nele.
21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu
esta Escritura em vossos ouvidos." [Lucas 4:18-21].
Observe que Ele omitiu deliberadamente a última parte
da profecia de Isaías (61:1-2) [passagem sublinhada
abaixo]:
1 "O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; por-
que o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas
aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de
coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a
abertura de prisão aos presos;

32
2 A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia
da vingança do nosso Deus; a consolar todos os
tristes." [Isaías 61:1,2].
Cristo proclamará o "dia da vingança do nosso Deus" e
"consolará todos os tristes" em Sua segunda vinda. Há,
portanto, um enorme intervalo de tempo entre esses
dois conjuntos de eventos — embora ambos estejam ci-
tados no mesmo verso das Escrituras.
Considere também Zacarias 9:9-10:
9"Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de
Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salva-
dor, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre
um jumentinho, filho de jumenta.
10 E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalém
os cavalos; e o arco de guerra será destruído, e ele
anunciará paz aos gentios; e o seu domínio se es-
tenderá de mar a mar, e desde o rio até às extremi-
dades da terra."
A primeira parte da profecia foi cumprida quando
Cristo entrou em Jerusalém montado em um jumenti-
nho, porém a segunda parte ainda precisa ser cum-
prida, quando então Cristo defenderá Jerusalém,
"anunciará paz aos gentios" e "seu domínio se esten-
derá de mar a mar... até as extremidades da terra.".
Estas últimas profecias serão cumpridas na Segunda
Vinda, exatamente como aquelas de Isaías.

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