Economia Empresarial Fernanda Alves

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de atividade individual

Disciplina: Economia Empresarial Módulo: Final

Aluno: Fernanda de Andrade Alves Turma: 0321-1_8

Tarefa: Atividade Individual – Empresa Alimentos saudáveis

Cenário econômico e tendências

Ano 03 Ano 04

Crescimento PIB (%) 3,09 2,34

Crescimento setor serviços (%) 2,8 3,0

consumo das famílias (%) 2,7 2,7

investimentos 55 bilhões 65 bilhões

taxa de desemprego (%) 14,6 11,9

IPCA (%) 5,01 3,60

taxa de juros/Selic (%) 5,50 6,13

taxa de câmbio 5,40 5,40

Fontes consultadas:
Os dados de PIB, investimento, IPCA, taxa de juros/Selic e taxa de câmbio foram obtidos a partir do
relatório FOCUS do Banco Central do Brasil emitido na data de 23 de abril de 2021.
O crescimento do setor de serviços e do consumo das famílias foi obtido pelo relatótio Visão Geral da
Conjuntura emitido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
A taxa de desemprego foi obtida pelo Informe Conjuntutral da CNI referente ao pirmeiro trimestre de
2021.

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Questão 1

O equilíbrio de mercado é atingido quando o lucro econômico é igual a zero. Ou seja, quando os custos totais
são iguais as receitas totais.

Para o Ano 2, a receita de vendas deveria ser:

Receita de Vendas = Custos totais = Impostos + Devoluções + custo das mercadorias vendidas + despesas
administrativas + imposto sobre o lucro.

Considerando que os outros valores da DRE não sofram alteração com a alteração da Rceita Bruta, temos:
Receitas de Vendas = 5%* Receita Bruta + 3%*Receita Bruta + 25%* Receita Bruta + 10.764 + 10%*
Receita Bruta
Receitas de Vendas = 18.884.210

Para a empresa atingir o equilíbrio a Receita de vendas deveria ser 18,9 milhões de reais.

Questão 2

Para a operação de congelados temos:

a. Receita total de vendas:


Ano 1: 2,30 milhões
Ano 2: 1,97 milhões

b. Valor do preço médio do congelado:


Ano 1: 54,76 reais / unidade
Ano 2: 54,82 reais / unidade

c. Valor da margem bruta por unidade:


Ano 1: 46,55 reais / unidade
Ano 2: 46,59 reais / unidade

Questão 3

Considerando situação de equilíbrio, os custos totais são iguais as receitas totais.


Nesse caso:
Receita Bruta = Custos totais

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Receita Bruta = Impostos + Devoluções + Custos dos produtos vendidos + Despesas administrativas +
Imposto sobre o lucro

Para o exercício, iremos considerar que não há variação nas despesas administrativas. Ou seja, os custois
com aluguéis, pessoal, segurança e marketing etc., seria mantido em 10,7 milhões de reais mesmo com a
mudança de operar apenas com o setor de congelados.
Também iremos considerar que os valores de tributos, devoluções, e impostos sobre o lucro mantenham os
mesmos valores que os demonstrados na DRE.

Como a margem líquida do produto de congelados é de 85%, os custos dos produtos vendidos é 15% da
receita bruta.
Em situação de equilíbrio o lucro é igual a zero e nesse caso não há imposto sobre o lucro.
Logo:

Receita Bruta = 5% * Receita Bruta + 3% Receita Bruta + 15% * Receita Bruta + 10.764 + 10% * Receita
Bruta

Receita Bruta = 16.065.671 reais

Como o preço médio do produto no Ano 2, já calculado na questão anterior foi de 54,82 reais / unidade, a
empresa precisaria vender em média 293 mil unidades no ano, ou seja, 24,4 mil unidades por mês.

A estratégia de vender somente refeições congeladas não parece factível, uma vez que o volume de vendas
do ano 1 para o ano 2 caiu 15% e para atingir o equilíbrio seria necessário um crescimento de 814%.

Para essa estratégia ser seguida seria necessária uma restruturação da empresa a fim de diminuir as despesas
administrativas em um valor bem considerável, e ainda assim trabalhar na área de marketing e logística para
poder aumentar as vendas dessa linha, talvez atuando em um maior raio de mercado.

Questão 4

Devido a crise econômica enfrentada no país, bem como a queda da renda familiar causada pelo isolamento
social, o governo adotou algumas medidas para auxiliar empresas em dificuldades. Estas medidas foram
tanto com políticas monetária quanto com políticas fiscais.

O benfício monetário, de crédito facilitado com taxa de juros 1% acima da taxa SELIC, não deveria ser
utilizado pela empresa, que devido aos histórico de resultados financeiros positivos poderia conseguir o
crédito necessário para quitar seus compromissos nos prazos previstos no mercado financeiro a juros menor
que o oferecido pelo governo.

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Já o benefício fiscal de redução da alíquota de impostos sobre produto alimentícios de 0,5 ponto percentual
e a possibilidade de postergação do pagamento sem cobrança de juros de mora deve ser utilizada. Esse
benfício fará com que a empresa pode usar parte do valor que seria destinado para o pagmento de impostos
para honrar seus compromissos com fornecedores e empregados, sem necessidade de recorrer ao mercado
financeiro para conseguir créditos.
Outras estratégias que a empresa poderia adoar para reequilibrar seu fluxo de caixa é reduzir suas despesas
administrativas. Do ano 1 para o ano 2 houve um aumento de 22% no gvalor total das despesas
administrativas, e elas passaram a representar 60% do valor da Receita Bruta. Esse aumento de despesa
não surtiu efeito em aumento de receita, e como as despesas não estão diretamente relacionadas aos custos
produtivos, como matéria prima e insumos, uma política de redução dessas despesas pode ajudar a balancear
o fluxo de caixa da empresa.

Parte dessas despesas está relacionada ao investimento de maquinários e benfentorias no parque fabril. Esse
investimento foi pago em 12 meses, logo no ano 3 já será possível observar a redução da despesa relacionada
a esse investimento.

Outra possibilidade para balancear o fluxo de caixa é buscar aumentar as vendas na linha de congelados. Já
observamos no exercício anterior que não é possível a empresa ser sustentável apenas com essa linha se as
despesas forem mantidas, pois seria necessário um aumento de mais de 800% no volume de vendas. Porém
como a margem do produto é alta 85%, os esforços para aumentar a participação dessa linha na receita
bruta da empresa irá ajudar na redução de custos dos produtos vendidos e consequentemente no equilíbrio
financeiro da empresa.

Questão 5

Analisando o cenário econômico atual os riscos envolvendo a busca por mercados externos seriam muitos
altos. Apesar das projeções preverem uma valor estável de câmbio, muito próximo ao praticado ao ano início
do ano 3, essas projeções não são tão seguras, visto que a crise econômica ainda não acabou e depende de
outros fatores não apenas financeiros para evoluir, por exemplo a chegada de vacinas ao país e a condução
politica no momento da crise de saúde.

Além do cenário econômico, também é necessário avaliar o cenário político, a busca por mercado externo
se daria muito próximo das eleições federais do país. No momento não há estabilidade política e a possível
substituição do presidente da república fará com que o mercado reaja de forma diferente aos investimentos
no Brasil, fazendo com que a variação cambial esteja ainda mais volátil.
Segundo Negreti (2016,13) além da variação cambial as empresas exportadoras enfrentam riscos de fluxo
de pagamentos, crédito, cambial, responsabilidade civil, produto, riscos associados às viagens efectuadas
pelos colaboradores (ou aos expatriados), continuidade de negócio, distribuição de produtos, cyber risks,
proteção da marca e reputação, entre outros.
O processo de internacionalização exige geralmente um investimento elevado, tanto ao nível dos recursos
financeiros como dos recursos humanos envolvidos. As empresas passam a ter uma maior exposição, o que
faz com que tenham de delinear estratégias de internacionalização e de gestão do risco cuidadas,
continuadas e consistentes, de forma a evitarem falhas no processo que possam comprometer o futuro da
própria empresa. (Estivalete et al, 2012)
No momento atual, a sugestão para empresa Alimentos Saudáveis é de não aumentar as despesas que
estejam relacionadas a investimento de alto risco devido ao cenário de instabilidade ecomica nacional e

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mundial. Uma possibilidade melhor seria buscar novos mercados sim, porém dentro do território nacional
onde a empresa já possue mais de 18 anos de atuação com conhecimento das políticas monetárias e fiscais,
bem como os riscos de atuação.

Questão 6

Observando os principais indicadores e projeções para o cenário econômico, observamos que há um


otimismo para o aumento o crescimento econômico do Brasil após a segunda onda de contágio com o COVID
19.
Dados do IPEA mostram que a trajetória de recuperação econômica continuou no primeito trimestre de
2021, principalmente no setor de serviços, porém o aumento de casos de COVID e as intervenções do
governo com medidas de isolamento social aumentou as incertezas em relação ao desempenho da economia
de curto prazo. O impacto negativo sobre a atividade econômica tende a ser menor que no segundo trimestre
do ano passado. (Souza Jr, Cavalcanti, Levy e Carvalho, 2021)
Segundo o último relatório da Visão Geral da Conjuntura, emitido em 30 de março de 2021 pelo IPEA, devido
o contexto de incertezas de política fiscal e relacionadas à pandemia, a previsão da Dimac/Ipea para o PIB
de 2021 é de um crescimento de 3%, com recuo de 0,5% do PIB no primeiro trimestre, na comparação com
ajuste sazonal. Para 2022, a Dimac/Ipea projeta um aumento de 2,8% para o PIB. Embora esse resultado
do ano seja inferior ao previsto para 2021, o cenário caracteriza-se pela manutenção, ao longo de 2022, da
retomada da atividade esperada para o segundo semestre deste ano.

Analisando a composição do PIB observamos que para 2021 e 2022 projeta-se um crescimento das áreas
de indústria e serviços maiores que o realizados em 2019, quando ainda não havia impacto da pandemia
mundial.
Outro indicador positivo é a previsão do aumento do consumo das famílias, mostrando uma boa expectativa
futura da economia.

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No que diz respeito à inflação de 2021, projeta-se uma variação de 4,6% do IPCA e de 4,3% do INPC. A
projeção está considerando as situações adversas em relação a surpresas inflacionárias do primeiro trimestre
além de um período de seca nas regiões produtoras de carne e leite. Outro ponto que tende ao aumento da
inflação é a aceleração dos custos de matérias-primas no mercado internacional. Porém espera-se que com
as ações nas políticas monetárias e fiscais a inflação volte a cair ao longo do ano e permaneça controlada
em 2022.

Dessa forma, para o DRE da empresa Alimentos Saudáveis, previmos um aumento na receita total, de acodo
com a previsão de crescimento do consumo das famílias, de 2,7% nos anos de 2021 e 2022.
Como a inflação tende a estabilização nos anos de 2021 e 2022, previmos uma manutenção dos custos dos
produtos vendidos em relação ao percentual da receita bruta. Além disso sugerimos que haja um aumento
na linha de produtos de congelados, que possue uma maior margem bruta, com isso haverá redução
percentual do custo de produtos vendidos. Dessa forma estimamos que os custos dos produtos vendidos
pela Alimentos Saudáveis seja 23% do valor da Receita Bruta para os próximos dois anos.

Já em relação a tributos, podemos considerar um percentual de 4,5% em 2021, visto a aprovação do


benefício fiscal de redução de 0,5 pontos percentuais, previsto no exercício. Porém assumiremos que esse
benefício não será mantido em 2023, quando a crise devido a pandemia já deverá estar reduzida.
Como explicado na questão 4, sugerimos que a empresa tenha uma redução considerável nas despesas
administrativas com novas políticas de redução de custos e com a conclusão do pagamento do investimento
realizado no ínicio de 2020. Dessa forma previmos que o valor das despesas administrativas seja igual ao
valor de 2019 corrigido apenas pela inflação do período.
Sobre essas considerações, a proposição do planjeamento estratégico para os anos 2021 e 2022 para a
empresa Alimentos Saudáveis, segue abaixo no quando de demostração de resultados:

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

Previsões econômicas

Alimentos Saudáveis

em R$ mil

Ano 02 - Ano 04 -
itens Ano 03 - estimado
realizado estimado

receita bruta (RT) 17.940 18.424 18.921,5

tributos 897,0 5% 829,1 4,5% 946,1 5%

devoluções 538,2 3% 552,7 3% 567,6 3%

receita líquida (RL) 16.504,8 92% 17.042,6 92,5% 17.407,8 92%

custo dos produtos


4.485 25% 4.237,5 23% 4.351,9 23%
vendidos¹

margem bruta (MB) 12.019,8 67% 12.804,1 69,5% 13.055,9 69%

despesas
10.764 60% 8.901,5 48,3% 9.204 48,6%
administrativas²

impostos sobre o lucro 1.794 10% 1.842,4 10% 1.892,1 10%

resultado líquido (538,2) (3%) 2.060,2 11,18% 1.959,8 10,4%

Com essas previsões podemos observar que o Resultado líquido da empresa Alimentos Saudáveis ficaria
positivo para os anos de 2021 e 2022. A queda entre aos anos se dá pelo encerramento do subsídio de
redução de tributos previsto para 2023 e pela infação aplicada as despesas administrativas.
Dessa forma, se a empresa aplicar o planejamento estratégico de redução de despesas, atrelado ao aumento
da linha de congelados e ao crescimento previsto da economia nacional para os próximos anos, a empresa
alcançará o objetivo de alcançar o equilíbrio financeiro para nos próximos anos poder voltar a apresentar
crescimento sustentável.

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