Fundamentos Da Enfermagem em Uti
Fundamentos Da Enfermagem em Uti
Fundamentos Da Enfermagem em Uti
2 ABRANGÊNCIA .......................................................................................... 3
3 DEFINIÇÕES .............................................................................................. 3
13 BIOSSEGURANÇA ............................................................................... 25
15 DESCARTE DE RESÍDUOS.................................................................. 26
16 AVALIAÇÃO .......................................................................................... 27
1
18 Assistência de Enfermagem .................................................................. 33
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 47
2
1 REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE
TERAPIA INTENSIVA - AMIB
Fonte: ensino1.hospitalsiriolibanes.com.br/
1.1 Objetivo
2 ABRANGÊNCIA
3 DEFINIÇÕES
3
3.1.1 Alvará de Licenciamento: Documento expedido pelo órgão sanitário
competente Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, que libera o funcionamento
dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de Vigilância Sanitária.
3.1.2 Centro de Terapia Intensiva (CTI): o agrupamento, numa mesma área
física, de mais de uma Unidade de Terapia Intensiva.
3.1.3 Enfermeiro assistencial: enfermeiro legalmente habilitado, que presta
assistência direta ao paciente e acolhimento do familiar participante.
3.1.4 Enfermeiro coordenador: enfermeiro legalmente habilitado, responsável
pela coordenação da equipe de enfermagem.
3.1.5 Eventos Adversos Graves (EAG): ocorrência clínica desfavorável que
resulte em morte, risco de morte, hospitalização ou prolongamento de uma
hospitalização preexistente, incapacidade significante, persistente ou permanente.
3.1.6 Familiar Participante: representante da rede social do usuário que garante
a integração com a equipe profissional dos serviços de saúde.
3.1.7 Humanização da atenção à saúde: valorização da dimensão subjetiva e
social, em todas as práticas de atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o
compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às questões de
gênero, etnia, raça, religião, cultura, orientação sexual e às populações específicas.
3.1.8 Índice de Gravidade: valor que reflete o grau de disfunção orgânica de um
paciente.
3.1.9 Médico diarista: profissional médico, legalmente habilitado, especialista
em medicina intensiva, responsável pelo acompanhamento diário dos pacientes e pela
garantia de continuidade do plano de tratamento de cada paciente;
3.1.10 Médico plantonista: profissional médico, legalmente habilitado, que
presta assistência sob regime de plantões.
3.1.11 Médico intensivista: profissional médico, legalmente habilitado,
especialista em medicina intensiva, capacitado para o tratamento de doenças agudas
ou crônicas que levem a grave disfunção dos principais órgãos ou sistemas do corpo
humano.
4
Fonte: encrypted-tbn3.gstatic.com
5
3.1.19 Unidade de Terapia Intensiva Especializada: aquela destinada à
assistência a pacientes selecionados por tipo de doença, como as UTI Coronarianas,
UTI Neurológica, entre outras.
3.1.20 Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI-N): destinada à assistência
a pacientes com idade de 0 a 28 dias.
3.1.21 Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-P): destinada à assistência
a pacientes com idade de 29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este limite definido de acordo
com as rotinas hospitalares internas
3.1.21 Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Mista (UTI-Pm): destinada à
assistência a pacientes recém-nascidos (0-28 dias) e pediátricos (29 dias a 14 ou 18
anos, limite este definido de acordo com as rotinas hospitalares internas).
4 CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS
Fonte: www.amib.org.br
4.1 O serviço de saúde em que a UTI está inserida deve possuir alvará de
licenciamento atualizado, expedido pela vigilância sanitária local.
4.1.1 A Unidade de Terapia Intensiva que tenha CNPJ próprio deve requerer
junto à vigilância sanitária o alvará de licenciamento próprio (ver Medicina Nuclear).
6
4.2. O estabelecimento de saúde em que a UTI está inserida deve estar inscrito
no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e manter atualizada a
quantidade de leitos de UTI existentes.
4.3 É obrigatória à existência de Unidade de Terapia Intensiva em todo hospital
terciário, e nos secundários que apresentem capacidade igual ou superior a 100 leitos,
bem como nos especializados. (MS)
4.3.1 É obrigatória a existência de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal nos
hospitais que realizem mais de 4000 partos por ano (1 leito para cada 80 recém-
nascidos/ano com peso de nascimento abaixo de 2500g).
4.4 O número de leitos da Unidade de Terapia Intensiva em cada hospital deve
corresponder a um mínimo de 6% do total de seus leitos, não podendo ser inferior a
05 (cinco) leitos por unidade. (MS)
4.5 O Hospital Materno-Infantil que realiza pré-natal e parto de gestantes de
alto risco deve ter Unidades de Tratamento Intensivo Adulto e Neonatal (MS) e RDC
36/2008
4.6 O serviço de saúde, público ou privado, deve prever e prover os recursos
humanos e materiais necessários à operacionalização das Unidades de Terapia
Intensiva.
Fonte: 2.bp.blogspot.com
7
4.7 A Unidade de Terapia Intensiva deve ter profissionais qualificados, com
treinamento específico, atendendo aos requisitos mínimos deste Regulamento
Técnico.
4.8 Todos os profissionais da UTI devem ser vacinados em conformidade com
a legislação vigente ou contra doenças epidemiologicamente importantes.
4.8 A equipe da UTI deve implantar e implementar ações de farmacovigilância,
tecnovigilância, hemovigilância e vigilância do controle de infecção e eventos 5
adversos, conforme definidas pelo Programa de Controle de Infecção e Eventos
Adversos (PCIPEA). (ver com Gipea)
4.9 A equipe da UTI deve notificar os casos suspeitos, surtos e eventos
adversos à coordenação do PCIPEA no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas,
colaborando na investigação epidemiológica e na adoção de medidas de controle.
4.10 A equipe da UTI deve orientar os familiares e acompanhantes dos
pacientes, quando houver, em ações de controle de infecção e eventos adversos.
5 INFRAESTRUTURA FÍSICA
Fonte: uploads-anchieta-br.s3-sa-east-1.amazonaws.com
6 RECURSOS HUMANOS
Fonte: enfermageme.com.br
9
6.1.1 Um Médico Coordenador (MC), legalmente habilitado, com título de
especialista em medicina intensiva, específico para a modalidade de assistência da
UTI sob sua responsabilidade (adulto, neonatal ou pediátrica);
6.1.1.1 O MC pode assumir a responsabilidade por, no máximo, 02 (duas) UTI;
6.1.1.2 Em caso de UTI Neonatal, o MC poderá ter título de especialista em
Neonatologia ou em Medicina Intensiva Pediátrica;
6.1.1.3 A UTI deve contar com um MC substituto para responder em caso de
impedimento do RT, atendendo aos mesmos requisitos de formação profissional
deste;
6.1.2 Um médico diarista para no máximo 10 (dez) leitos ou fração (ver), com
título de especialista em medicina intensiva específico para a modalidade de
assistência da UTI na qual está lotado;
6.1.2.1 Nas unidades que dispõe de um número máximo de 10 (dez) leitos, o
Médico Coordenador pode exercer cumulativamente a função de médico diarista;
6.1.2.2 Em caso de UTI Neonatal, o diarista pode ter título de especialista em
Neonatologia ou em Medicina Intensiva Pediátrica.
6.1.3 Um médico plantonista, exclusivo da unidade, para no máximo 10 (dez)
leitos ou fração, por turno;
6.1.3.1 O médico plantonista que presta assistência ao paciente neonatal e
pediátrico deve ter formação em pediatria;
6.1.4 Um enfermeiro coordenador, responsável pela coordenação da equipe de
enfermagem, exclusivo da unidade na qual está lotado, capacitado para atendimento
em terapia intensiva e com experiência de, no mínimo, 03 (três) anos de trabalho no
tipo de UTI que estará coordenando.
6.1.4.1 O enfermeiro coordenador deverá contar com um substituto para
responder em caso de impedimento, atendendo aos mesmos requisitos de formação
profissional do enfermeiro coordenador.
6.1.5 Um enfermeiro assistencial, exclusivo da unidade, para no máximo 05
(cinco) leitos ou fração, por turno;
6.1.6 Um fisioterapeuta, exclusivo da unidade, para no máximo 10 (dez) leitos
ou fração, por turno;
10
6.1.7 Um técnico de enfermagem exclusivo da unidade, para no máximo 02
(dois) leitos, por turno;
6.1.8 Um auxiliar administrativo exclusivo da unidade;
6.1.9 Um funcionário responsável pelo serviço de limpeza, exclusivo da
unidade, por turno;
7 COMPETENCIAS/RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES
Fonte: www.institutokern.com.br
12
7.6 A UTI deve contar com a presença, em tempo integral, do médico
plantonista, do enfermeiro assistencial, do fisioterapeuta e dos técnicos de
enfermagem do turno.
8 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Fonte: www.hospitalmoriah.com.br/
8.1 A UTI deve manter disponível na unidade, para uso exclusivo, de acordo
com a faixa etária e peso do paciente os seguintes itens:
8.1.1 cama com ajuste de posição, grades laterais e rodízios ou berços com
ajuste de posição, grades laterais e rodízios (para serviços pediátricos) ou incubadora
com parede dupla ou berço de terapia intensiva (para serviços neonatais): 01(um) por
leito;
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8.1.2 equipamento para monitoração contínua de eletrocardiograma (monitor
cardíaco): 01(um) por leito, com reserva operacional de 01 (um) equipamento para
cada 10 (dez) leitos;
8.1.3 equipamento para monitoração de pressão arterial não invasiva (monitor):
01(um) por leito, com reserva operacional de 01 (um) equipamento para cada 10 (dez)
leitos;
8.1.4 equipamento de oximetria de pulso: 01(um) por leito, com reserva
operacional de 01 (um) equipamento para cada 10 (dez) leitos;
8.1.5 equipamento para monitoração de pressão invasiva: 01 (um) para cada
05 (cinco) leitos, com reserva operacional de 01 (um) equipamento para cada 10 (dez)
leitos;
8.1.6 ventilador pulmonar mecânico microprocessado: 01(um) por leito, com
reserva operacional de 01 (um) equipamento para cada 05 (cinco) leitos, sendo que
cada equipamento deve dispor de, no mínimo, 02 (dois) circuitos;
8.1.7 equipamento para ventilação mecânica não invasiva: 01(um) para cada
05 (cinco) leitos quando o ventilador pulmonar mecânico microprocessado não possuir
recursos para realizar a modalidade de ventilação não invasiva;
8.1.8 equipamentos de interface facial para ventilação pulmonar não invasiva,
adaptáveis às idades dos pacientes, 02 (duas) para cada 05 (cinco) leitos para a UTI
adulto ou pediátrica e 02 (duas) para cada 02 (dois) leitos para a UTI neonatal ou
mista;
8.1.9 ressuscitador manual do tipo balão auto-inflável com reservatório e
máscara facial: 01(um) por leito, com reserva operacional de 01 (um) para cada 05
(cinco) leitos;
8.1.10 conjunto de nebulização em máscara: 01(um) por leito;
8.1.11 máscara facial que permita diferentes concentrações: 01 (um) para cada
02 (dois) leitos, exceto para os serviços neonatais;
8.1.12 equipamento para infusão contínua e controlada de drogas (bomba de
infusão): 03 (três) por leito, com reserva operacional de 05 (cinco) equipamentos para
cada 10 (dez) leitos, sendo que, em caso de nutrição enteral, deve ser reservada uma
bomba de infusão específica para esta finalidade;
14
8.1.13 termômetro: 01(um) por leito;
8.1.14 estetoscópio: 01(um) por leito;
8.1.15 capnógrafo: 01 (um) por unidade;
8.1.16 material de emergência para reanimação, composto por carro ou maleta
de emergência, contendo medicamentos, ressuscitador manual com reservatório,
máscaras, 10 laringoscópio completo, tubos endotraqueais, conectores, máscaras
laríngeas, cânulas de Guedel e fio guia estéril: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou
fração;
8.1.17 aparelho desfibrilador e cardioversor, 01 (um) para cada 10 (dez) leitos
para a UTI-Adulto e 01 (um) para a UTI-Pediátrica ou mista e 01 (um) para a UTI-
Neonatal;
8.1.18 marcapasso cardíaco temporário, eletrodos e gerador: 01 (um) para a
UTI adulto e 01 (um) para a UTI pediátrica ou mista;
8.1.19 aspirador a vácuo portátil: 01 (um) por unidade;
8.1.20 eletrocardiógrafo portátil: 01 (um) para cada 20 leitos, exceto UTI-
Pediátrica, Mista ou Neonatal, que deverão ter acesso a este equipamento no próprio
hospital 24 horas por dia;
8.1.21 negatoscópio: 01 (um) por unidade, exceto quando a UTI utilizar
radiologia digital;
8.1.22 oftalmoscópio: 01 (um) por unidade;
8.1.23 otoscópio: 01 (um) por unidade;
8.1.24 equipamento para aferição de glicemia capilar: 01 (um) por unidade;
8.1.25 fitas para aferição de, glicemia capilar, glicosúria e densidade urinária;
8.1.26 material de intubação traqueal, um conjunto de laringoscópio com
lâminas e cânulas endotraqueais de tamanhos variados: 01 (um) para cada 05 (cinco)
leitos;
8.1.27 material para diálise peritoneal em sistema fechado;
8.1.28 material para drenagem torácica em sistema fechado;
8.1.29 material para punção pericárdica;
8.1.30 material para curativos;
8.1.31 material para flebotomia;
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8.1.32 material para acesso venoso profundo;
8.1.33 material para punção lombar;
8.1.34 material para drenagem liquórica em sistema fechado;
8.1.35 material para cateterismo vesical de demora em sistema fechado;
8.1.36 material para traqueostomia;
8.1.37 foco cirúrgico portátil;
8.1.38 relógio visível para todos os leitos;
8.1.39 geladeira, exclusiva para guarda de medicamentos, com monitorização
e controle da temperatura, 01 (uma) por unidade; 8.1.40 balança portátil: 01 (uma) por
unidade;
Fonte: 1.bp.blogspot.com
16
8.2.4 fita métrica: 01 (uma) por leito neonatal;
8.2.5 balança: 01 (uma) para a unidade;
8.2.6 material para cateterismo umbilical e sanguíneo transfusão.
8.2.7 capacetes ou tendas para oxigenoterapia.
17
9 ACESSO A RECURSOS ASSISTENCIAIS
Fonte: www.saobernardoaparthospital.com.br
9.1 O hospital em que a UTI está inserida deve garantir que o paciente receba
assistência, por meios próprios ou terceirizados, na própria unidade, aos seguintes
serviços:
9.2 O hospital em que a UTI está inserida deve dispor, na própria estrutura
hospitalar, por meio próprio ou terceirizado, dos seguintes serviços diagnósticos e
terapêuticos:
9.2.1 serviço radiológico convencional;
9.2.2 serviço de ecodopplercardiografia, com especialidade pediátrica para os
pacientes pediátricos e neonatais;
9.2.3 serviço de eletroencefalografia;
9.2.4 assistência cirúrgica geral.
9.3 O hospital em que a UTI está inserida deve garantir o acesso aos seguintes
serviços diagnósticos e terapêuticos, na sua estrutura ou em outro estabelecimento,
por meio de acesso formalizado:
9.3.1 assistência cirúrgica cardiovascular, com especialidade pediátrica;
9.3.2 assistência cirúrgica vascular
9.3.3 assistência cirúrgica neurológica;
9.3.4 assistência cirúrgica ortopédica;
9.3.5 assistência cirúrgica urológica;
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9.3.6 assistência cirúrgica buco-maxilo-facial;
9.3.7 assistência radiológica intervencionista;
9.3.8 serviço de tomografia computadorizada.
10 PROCESSOS ASSISTENCIAIS
Fonte: www.caldeiraodopaulao.com.br
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10.3 As assistências nutricional, farmacêutica, psicológica, fonoaudiológica, de
assistência social e de terapia ocupacional devem estar integradas às demais
atividades assistenciais prestadas ao paciente.
10.4 A avaliação de outros profissionais envolvidos na assistência ao paciente
quando realizada, deve ser registrada, assinada e datada em prontuário, de forma
legível.
10.5 Todo paciente internado em UTI tem que ser avaliado por meio do Sistema
de Classificação de Severidade de Doença para a previsão da mortalidade.
10.5.1 O SAPS III (Simplified Acute Physiology Score) é o índice prognóstico
escolhido para determinação da estimativa de mortalidade em UTI adulto, o PRISM II
(Pediatric Risk of Mortality) ou o PIM (Pediatric Index of Mortality) em UTI pediátrica e
o CRIB II (Clinical Risk Index for Babies) em UTI neonatal.
10.5.2 O Médico Coordenador da UTI deve correlacionar a mortalidade geral
de sua unidade com a mortalidade geral esperada de acordo com o escore utilizado.
10.5.3 Os registros destes dados devem estar disponíveis em local de fácil
acesso, inclusive para auditoria externa.
10.6 A equipe da UTI deve proceder ao uso racional de antimicrobianos,
estabelecendo protocolos de forma interdisciplinar com as equipes de Controle de
Infecção e de Farmácia Hospitalar.
10.7 A equipe da UTI deve monitorar e manter registros dos eventos sentinela
que possam indicar a má qualidade da assistência, tais como extubação acidental,
perda de cateter venoso e úlceras de pressão e estabelecer medidas de controle ou
redução dos mesmos.
10.8 A atenção ao paciente grave internado em qualquer unidade do hospital é
de responsabilidade da referida unidade, podendo haver suporte técnico da equipe da
UTI.
21
11 TRANSPORTE DOS PACIENTES
Fonte: rtgespecializacao.com.br
22
11.2 Em caso de transporte intra-hospitalar, o paciente deve ser transportado
com o prontuário, com o registro de todas as informações relativas ao seu quadro
clínico, procedimentos e evolução durante o transporte.
11.2.1 No transporte de pacientes intubados e sob ventilação mecânica, a
equipe deverá ter em sua composição pelo menos 1 médico, 1enfermeira e 1 técnico
de enfermagem.
11.3 Em caso de transferência inter-hospitalar, o paciente deverá ser
acompanhado de um relatório de transferência, o qual será entregue no local de
destino do paciente;
11.3.1 O relatório de transferência deve conter, no mínimo:
11.3.1.1.1 dados referentes ao motivo de internação na UTI, incluindo
diagnósticos.
11.3.1.1.2 dados referentes ao período de internação na UTI, incluindo
principais intercorrências, realização de procedimentos invasivos, infecção por
germes multirresistentes, transfusões de sangue e hemoderivados, tempo de
permanência em assistência ventilatória mecânica invasiva e não-invasiva, realização
de diálise e exames diagnósticos.
11.3.1.1.3 dados referentes à alta e ao preparatório para a transferência,
incluindo prescrições médica e de enfermagem do dia, especificando aprazamento de
horários, doses e cuidados administrados antes da transferência; data de realização
e tipo de curativo, quando couber; perfil de monitorização hemodinâmica, equilíbrio
acidobásico, balanço hídrico e sinais vitais das últimas 24 horas.
11.4 Todo paciente grave deve ser transportado com o acompanhamento
contínuo de um médico e de um enfermeiro, ambos com habilidade comprovada para
o atendimento de urgência e emergência.
11.5 O transporte do paciente deve ser realizado de acordo com o manual de
normas, rotinas e procedimentos estabelecido pela equipe da UTI, em conformidade
com este Regulamento Técnico
23
12 PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO
Fonte: www.cesumar.br
24
12.8 Os saneantes para uso hospitalar e os produtos usados nos processos de
limpeza e desinfecção devem ser utilizados segundo as especificações do fabricante
e estar regularizados junto à ANVISA, de acordo com a legislação vigente.
12.9 As UTI que realizam processamento de produtos para a saúde devem
atender às seguintes regulamentações:
12.9.1 RE/ANVISA n. 2.606/2006, que dispõe sobre as diretrizes para
elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos
médicos;
12.9.2 RE/ANVISA n. 2.605/2006, que estabelece a lista de produtos médicos
enquadrados como de uso único, proibidos de serem reprocessados;
12.9.3 RDC/ANVISA n. 156/2006, que dispõe sobre o registro, rotulagem e
reprocessamento de produtos médicos.
13 BIOSSEGURANÇA
Fonte: saudeblog.com.br
15 DESCARTE DE RESÍDUOS
Fonte: www.hospitalalianca.com.br
27
17 DISPOSITIVOS E MEDIDAS FUNDAMENTAIS EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
Fonte: www.google.com
28
Nestes últimos anos, ocorreram sofisticações nos sistemas de monitorização e
no próprio cateter e, como resultado, temos a mais segura e relativamente fácil
assistência hemodinâmica à beira do leito do paciente.
Logo a enfermagem tem seu papel específico a desempenhar com relação ao
que está envolvido na Monitorização Hemodinâmica.
17.2 Indicação
29
Situações circulatórias complexas (ex: reposição volêmica, do grande
queimado).
31
Via balão (vermelha)
Situado a 1 cm do orifício distal, quando insulflado progride com a corrente
sanguínea encravando num dos ramos menores da artéria pulmonar e, avalia, quando
insulflado e ligado a um transdutor a pressão de encravamento capilar pulmonar
(PECP).
Via do termistor
Localizado na extremidade do cateter, permite avaliar o débito cardíaco por
meio de termodiluição. Para determinar o débito cardíaco, injecta-se pela via proximal
um “bólus” de 10cc de SF a uma temperatura pré-conhecida, o termômetro detecta a
alteração da temperatura, transmitindo-a ao aparelho medidor que converte em um
1/min. Efectuam-se 3 medidas consecutivas, considerando-se a sua média o débito
cardíaco no momento.
O CSG permite avaliar os seguintes parâmetros hemodinâmicos:
Frequência cardíaca
É uma das variáveis mais fáceis de ser obtida para avaliação do estado
hemodinâmico. É um componente do débito cardíaco; é um determinante
importante do tempo de enchimento diastólico e do volume diastólico final.
A frequência cardíaca pode ser palpada ou obtida pelo monitor de ECG.
Pressão atrial direita (PVC)
Pressão de enchimento atrial direito ou pressão venosa central (PVC),
tanto em mmHg ou cm de H2O, é obtida através de um acesso venoso
central. No cateter de artéria pulmonar podemos utilizar a via proximal.
Este valor nos informa sobre a função ventricular direita.
O valor normal da PVC situa-se entre 8 e 12 cmH2O, quando o ponto zero é
fixado na linha axilar média, com o paciente em decúbito dorsal.
Pressão arterial média
A manutenção de uma pressão mínima é necessária para a perfusão
coronariana e tecidual.
PAM = PAS +(PAD x 2)
3
32
Onde:
PAS = Pressão Arterial Sistolica
PAD = Pressão Arterial Diastólica
PAM = Pressão Arterial Média
18 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
18.1 Pré-monitorização
33
Antes das medições lavar o cateter com soro, heparinizado através do
sistema de flushing, nivelar e calibrar o transdutor;
A seringa de insuflação deve estar sempre ligada a via de entrada para
o balão;
Renovar sistemas, conexões e soluções de acordo com protocolos do
serviço;
Fazer penso do local de inserção, diariamente e em SOS;
Observar local de inserção;
Valorizar e estar atento a queixas do doente;
Posicionar e calibrar o equipamento para obter leituras corretas;
Identificar o sistema;
18.4 Conclusão
19 GASOMETRIA ARTERIAL
35
sangue arterial, o laboratório pode determinar as concentrações de oxigênio e de
dióxido de carbono, assim como a acidez do sangue, que não pode ser mensurada
em uma amostra de sangue venoso.
Valores Normais de uma Gasometria Arterial são:
pH 7,35 a 7,45
PO2 80 a 100
mmHg
PCO2 35 a 45 mmHg
BE -2 a +2
HCO3 22 a 28 mEq/L
SatO2 >95%
36
Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilando, e se o
pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose Respiratória.
HCO3- => As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem
desencadear desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos.
Se o HCO3- estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o paciente
está em Alcalose Metabólica.
Se o HCO3- estiver menor que 22 mEq/L com desvio do pH < 7,35, o paciente
está em Acidose Metabólica.
37
SatO2 = 99%
Manifestações Clínicas:
A principal característica clinica é a hiperventilação. Em casos graves, pode ser
observado tetania com sinais de Chvostek e de Trousseau, parestesia circumoral,
acroparestesia, câimbra nos pés e mãos resultante de baixas concentrações de Cálcio
ionizado no soro.
pH = 7.58
PaO2 = 50
PaCO2 = 23
HCO3 = 22
BE = +5
SatO2 = 87%
38
19.3 Acidose e Alcalose Metabólica
Manifestações Clínicas:
pH = 7.32
39
PaO2 = 89
PaCO2 = 38
HCO3 = 15
BE = -7
SatO2 = 97%
Manifestações Clínicas:
A manifestação clínica na alcalose metabólica pode vir acompanhada de
história recente de perda excessiva do conteúdo gástrico, administração de altas
doses de diurético de alça ou sobrecarga de álcali em pacientes com falência renal,
irritabilidade, hiperexcitabilidade, confusão mental, as vezes semelhante a intoxicação
alcoólica, bradipnéia, cianose às vezes extrema, fraqueza muscular, redução do
peristaltismo gastrointestinal e poliúria, sugerem depleção associada de K+ . Tetania
pode ocorrer devido à diminuição de cálcio ionizado no soro
40
19.5 Mecanismos Compensatórios na Acidose e Alcalose
Parada cardiorrespiratória
41
A PCR pode ser definida como uma condição súbita e inesperada de deficiência
absoluta de oxigenação tissular, seja por ineficiência circulatória ou por cessação da
função respiratória;
Em qualquer uma das situações, ou na presença de ambas, poderão ocorrer
danos celulares irreparáveis em poucos minutos, devendo-se ter em mente que lesões
cerebrais graves e irreversíveis ocorrem logo após os cinco minutos de PCR.
42
Assistolia
Nenhuma atividade elétrica ventricular (traçado isoelétrico);
Sem contração muscular e sem débito cardíaco.
Assistolia:
43
22 RECONHECIMENTO DA PARADA CARDÍACA:
Desfibrilação:
A fibrilação ventricular é o ritmo inicial mais frequente na morte súbita,
O único tratamento efetivo é a desfibrilação,
Para cada minuto de retardo há redução da chance de sucesso de 7% a
10% sem RCP e de 3% a 4% com RCP
Ocorre rápida conversão para assistolia.
A desfibrilação é a ação prioritária quando o desfibrilador estiver
disponível.
45
Choque único (não mais 3 choques com progressivos aumentos do nível de
energia), RCP por 2 minutos (5 ciclos de 30 compressões para 2 ventilações) após o
choque antes de nova pesquisa de pulso.
Afastar as pás ou eletrodos alguns centímetros da unidade geradora de
marcapasso definitivo ou desfibrilador implantável (revisão das unidades após
choque).
Ressaltando:
46
BIBLIOGRAFIA
INS – Brasil Infusion Nurses Society, organizadora, Diretrizes práticas para terapia
intravenosa. São Paulo: Marketing Solutions; 2008
MUNIZ ECS, Thomaz MCA, Kubota MY, Ciancil, Sousa AMC. Utilização da escala
de coma de Glasgow e escala de coma de Jouvet para avaliação de nível de
consciência. Rev Esc Enferm USP 1997.
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