AIA - Aula 4

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Avaliação de Impactos Ambientais

Avaliação de Impactos Ambientais

Lei 6938/81
Art 9º, III

Conama 001/86
EIA / RIMA

Conama 237/97
Licenças
Avaliação de Impactos Ambientais

Conama 237/97 - Licenças


Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma
atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença
requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório
ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de
área degradada e análise preliminar de risco.
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Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer
forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão
ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1º- Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades


relacionadas no Anexo 1, parte integrante desta Resolução.
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Art. 4º - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se
refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e
atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:
I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na
plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de
conservação do domínio da União.
II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou
mais Estados;
IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material
radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e
aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;
V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica.
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Art. 5º - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento
ambiental dos empreendimentos e atividades:
I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de
conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;
II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de
preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro
de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais
ou municipais;
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais
Municípios;

IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou
convênio.
Avaliação de Impactos Ambientais
Avaliação de Impactos Ambientais
Avaliação de Impactos Ambientais
Avaliação de Impactos Ambientais

FASE II
Estudo
Completo (EIA)
FASE I (se necessário)

• Escopo;
• Avaliar a situação de base;
•Compreender as atividades • Identificar e escolher alternativas;
propostas; • Identificar e caracterizar os impactos
•Categorizar; potenciais das atividades propostas e cada
•Conduzir a avaliação alternativa;
preliminar (se necessário). • Desenvolver o plano de Mitigação e
Monitoramento;
• Comunicar e documentar.
Avaliação de Impactos Ambientais
FASE I FASE II
Compreender Categorizar a
Conduzir uma PROVÁVEIS
a atividade atividade
Avaliação IMPACTOS
proposta COMEÇAR
ATIVIDADE É DE Preliminar SIGNIFICANTES
Baseado na UM
Uma AIA ADVERSOS
Por que esta natureza da RISCO ESTUDO
MODERADO OU rápida,
atividade está atividade que AIA
DESCONHECIDO simplificada POUCO
sendo nível de revisão COMPLETO
usando PROVÁVEL
proposta? ambiental é
ferramentas IMPACTOS
O quê está indicada?
simples ADVERSOS
sendo
proposto? SIGNIFICANTES

ATIVIDADE DE BAIXO RISCO PARAR o


(ou a sua natureza tem poucas probabilidades processo
de trazer impactos adversos significativos) AIA
ATIVIDADE É DE ALTO RISCO
(ou cuja natureza é muito provável de trazer
impactos adversos significantes)
Avaliação de Impactos Ambientais
FASE I

TODOS processos AIA começam com a compreensão “do QUÊ?” e “POR


QUE?” está sendo proposto.

Devemos compreender o objetivo de desenvolvimento para identificar


alternativas ambientalmente saudáveis

“Se não compreendo isso, não posso avaliar!”


Avaliação de Impactos Ambientais
FASE I
Categorizar cada atividade
Baseada na natureza da atividade, que nível de análise ambiental será indicada?

CATEGORIZAÇÃO é o processo de perguntar uma série


de questões básicas acerca da natureza da atividade.

Estas questões:
•NÃO precisam análise.
•NÃO precisam conhecimento detalhado acerca dos locais propostos, técnicas
ou métodos.
Exemplos de questões: A atividade envolve:
• Construção de estradas?
• Irrigação em larga escala?
• Introdução de culturas não nativas ou agroflorestais?
Avaliação de Impactos Ambientais
FASE I
Categorização classifica a atividade em CATEGORIA DE RISCO:
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FASE I
Conduzir uma avaliação preliminar
Um estudo AIA rápido e simplificado usando ferramentas simples

O objetivo de uma Avaliação Preliminar serve


para fornecer documentação e análise que:

• Permita o preparador determinar se impactos adversos significativos tenham muita


probabilidade de acontecer;

• Permita ao revisor concordar ou discordar com as determinações feitas pelo preparador;

• Estipula a mitigação e monitoramento para os impactos adversos.


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FASE I
A avaliação preliminar apresenta três possíveis
Delineamento típico de uma conclusões para cada atividade analisada:
avaliação preliminar
1. Introdução (Objetivo de •O projeto não é suscetível de trazer impactos
Desenvolvimento, lista das adversos significativos (o processo AIA acaba)
atividades)
2. Descrição da situação de base •Com a mitigação e monitoramento o projeto
3. Avaliação dos impactos apresenta poucas probabilidades de trazer um
ambientais potenciais impacto adverso
4. Mitigação e monitoramento
5. Conclusões e Recomendações •O projeto apresenta grandes probabilidades
de trazer impactos adversos significativos
(estudo AIA completo é necessário)
Avaliação de Impactos Ambientais
FASE I

A implementação de medidas desenhadas


para reduzir os efeitos indesejáveis de
uma ação proposta sobre o ambiente
Avaliação de Impactos Ambientais
FASE I
IDENTIFICAR, PREDIZER E JULGAR
Numa avaliação preliminar existem 3 passos para chegar a CONCLUSÕES:
Avaliação de Impactos Ambientais
FASE II

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) tem objetivos e estrutura semelhantes à avaliação


preliminar.

• Análise dos impactos ambientais é muito mais detalhado;

• Alternativas devem ser definidas formalmente. Os impactos de cada alternativa


devem ser identificados e avaliados, e os resultados comparados.

• Participação pública é em geral obrigatória.

• Uma equipe profissional de AIA é geralmente necessária.


Avaliação de Impactos Ambientais
FASE II

Envolvidos no EIA

Promotor da Atividade (geralmente contrata/conduz o EIA)


Agências Reguladoras
Autoridades da Revisão
Público em Geral

A consulta pública é somente NECESSÁRIA para EIA.


Contudo, é sempre boa prática para as avaliações preliminares pois:
• A previsão de impactos é FACILITADA por uma consulta pública. Julgar a significância
é muito difícil sem esta consulta.
• Transparência e acessibilidade requer uma completa abertura em relação aos
envolvidos
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FASE II
EIA e outras formas de AIA:
PREVISÃO:

Resolução 01 CONAMA – 1986 – EIA / RIMA

Ao citar apenas EIA, surge dúvida a cerca de ser ou não a única forma de Avaliação de Impacto
Ambiental. Freia o avanço de políticas ambientais de licenciamento ambiental.

CRFB 1988 – Art. 225 – EIA / RIMA

Deixa clara e exigência de EIA em apenas atividades de significativo impacto ambiental, cabendo
as demais as outras formas de avaliação.

Resolução 237 CONAMA – 1997 – Licenciamento Ambiental.


Avaliação de Impactos Ambientais

 No Brasil, a lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938/81), instituiu o Estudo
de Impacto Ambiental (EIA) como um de seus instrumentos

 O Decreto 88.351/83 regulamentou aquela Lei e determinou que o EIA deveria ser
realizado segundo critérios básicos, estabelecidos pelo CONAMA, o que viria a ocorrer
em 1986, através da sua Resolução 001/86.
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FASE II

IMPACTO: do latim impactus – significa CHOQUE ou COLISÃO, do particípio passado do verbo


impingere, no sentido de impingir a força.
Em regra toda atividade humana pode causar danos ao meio ambiente. Poluição zero é mito
moderno.
Artigo 1º e 3º da CRFB. Direitos fundamentais da sociedade humana.
Atividades de impacto insignificativo – Dispensadas de Avaliação de Impacto.
Atividades de baixo impacto - AIA
Atividades de impacto significativo – EIA/RIMA
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FASE II
Objetivo – antecipar aos fatos e consequências do empreendimento.
1. Transparência administrativa
2. Consulta aos interessados consistentes
3. Motivação da decisão ambiental
4. Permitir uma ponderação entre os benefícios de um projeto e seus custos ambientais, normalmente
não computados nos seus custos econômicos.
5. Proteger o ambiente para as futuras gerações;
6. Garantir a maior amplitude possível de usos, benefícios dos ambientes não degradados, sem riscos
ou outras consequências indesejáveis;
7. Preservar importantes aspectos históricos, culturais e naturais de nossa herança nacional; manter a
diversidade ambiental;
8. Garantir a qualidade dos recursos renováveis; introduzir a reciclagem dos recursos não renováveis;
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FASE II

Pressuposto do IEA – significativa degradação.

1. Alto custo.

2. Complexidade.

3. Usado com prudência e razoabilidade.

4. Art. 2º Res. Conama – Hipóteses exemplificativas. “Tais como...”. Outras hipóteses podem ser
determinadas pelo órgão ambiental. Reitero, com razoabilidade. As constantes do rol
“devem” e não “podem”. Obrigatoriedade.
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FASE II
PROJETOS SUJEITOS A ELABORAÇÃO DE EIA-RIMA
 Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
 ferrovias;
 portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
 aeroportos;
 oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;
 linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
 obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos;
 extração de combustível fóssil;
 extração de minério, inclusive os de classe II;
 aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
 usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte da energia primária, acima de 10MW;
 ...
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FASE II
Momento da preparação do EIA – antes de qualquer obra e concessão de licença. O nome é
“estudo prévio de impacto ambiental”.

Objetivo: influenciar o mérito da decisão administrativa.

Após a atividade ou licença, perde o valor legal e administrativo.

Alternativas Locacionais – econômica e ambiental. Exemplos: Manabi, em Linhares. Jurong, em


Aracruz.
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FASE II
DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DO EIA/RIMA
CARACTERIZAÇÃO
DO
EMPREENDIMENTO
ÁREA DE
INFORMAÇÕES INFLUÊNCIA
GERAIS
EIA DIAGNÓSTICO
AMBIENTAL

ANÁLISE DOS
PROGRAMA DE IMPACTOS
MONITORAMENTO AMBIENTAIS

MEDIDAS
MITIGADORAS
RIMA
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FASE II
ENCADEAMENTO DE AÇÕES NO EIA
O EIA deve ser um processo sequencial, começando
com a descrição do sistema natural e antrópico,
prosseguindo na análise dos efeitos de projetos de
desenvolvimento sobre eles e, finalmente,
apresentação de alternativas e de medidas visando
minimizá-los ou mesmo eliminá-los. Tudo de forma
que se possa tomar uma decisão, política, sobre o
projeto
Avaliação de Impactos Ambientais
FASE II

EIA E PARTICIPAÇÃO POPULAR


O EIA é exatamente valioso, por contribuir para uma
maior informação imparcial sobre um determinado
projeto, permitindo que o público possa orientar
mais corretamente sua posição em relação a ele,
com menos emotividade, sabendo eliminar a
influência tanto de grupos políticos como de grupos
econômicos
Avaliação de Impactos Ambientais
ALTERNATIVAS AO PROJETO

 O EIA deve considerar, como um de seus principais aspectos, as


alternativas do projeto (CONAMA 001).
 Entre as alternativas deve ser avaliada a de não execução do projeto.
 Devem ser discutidas alternativas locacionais (pouco realizado no Brasil)
 E ainda, alternativas tecnológicas, de processo, de disposição final de
resíduos, de tratamento de efluentes, de fontes de energia etc.

Boa alternativa a menos impactante

Mas com interesse social e econômico


Avaliação de Impactos Ambientais
Informações Gerais Identificação, localização e informação geral do empreendimento
Caracterização do
Planejamento, implantação, operação e desativação da obra;
Empreendimento
Área de Influência Limitação da sua área geográfica, representando-a em mapa;
Diagnóstico Ambiental Caracterização ambiental da área antes da implantação do empreendimento;
Expõe as interações e descreve as interrelações entre os componentes bióticos,
Qualidade Ambiental
abióticos e antrópicos do sistema, apresentando-os em um quadro sintético;
Meio Físico, Meio Biótico, Meio Antrópico, sua pormenorização dependerá da
Fatores Ambientais relevância dos fatores em função das características da área onde se desenvolverá o
projeto;
Análise dos Impactos Identificação e interpretação dos prováveis impactos ocorridos nas diferentes fases
Ambientais do projeto.
Medidas que visam minimizar os impactos adversos e maximizar os impactos
Medidas Mitigadoras
positivos
Plano com época em que deverão ser adotadas as medidas, prazo de duração, fator
Plano de Monitoramento
ambiental específico a que se destina e responsabilidade pela sua implantação.

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