Mauss Manual de Etnografia
Mauss Manual de Etnografia
Mauss Manual de Etnografia
~
\ ~
'~( ~- ~~
U""a, I;liblioteca moderna
MANUAL
',," >- \, ;
ql.Le p 'r oporciona jà C":I
::JC 1'~
' '
~wa vis~o de conjunto '~ rT'1
r- ' ..:
. ....
~ • ~ .~r "
, '
DE :ETNOGRAFIA
3:
I >-
ofia à Religião, 1 c:::::
C'-I '
i's/~ HistÓria,
iI C'-I
I,'
" -::
,,
-, I MARCEL MAUSS
~!
!
t:~l
, ,~o.
'l
.t.~
't'"
I ~, , cfN : .'.:-...
I ..,.. :. #
~, ,~ f~ .
'- ~ . ..;
Jos6 'Antunes ' Ed.251 ~ ,~ O
~
.'.)
...
:ar- -:le ") ,- "
"' ~}
. .;;'~~~~ '. (1)
~ '....:,
rp
~ '"
--- I ..
11\
lIIl
~J1lj \~
j'\" -;f/~~ ,
~' -:--.
-
l
BIBLIOTECA PóRTICO
dirigida por JORGE DE SAMP AJO MANUAL
DE ETNOGRAFIA
Tradução:
MARIA LUíSA MAIA
Distribuição no Brasil :
LIVRARIA MARTINS FONTES
Praça da Independência, 12 - Santos s. P.
Composto e impresso em Setembro de 1972 na
Tipografia Nunes, Lda. - Porto EDITORIAL PóRTICO
LISBOA
~, -
r
l
['eferoote mnto às sooiedad.~ afiricamaJ.S OOIIllO àJs amenica:nas,
ooeâruicaJs ou IeUiI"OjpeiaJs.
A .soLução que adoptámos - rebonl2.Jr sem os müiClJifiallr °
teXIto 'e a biblJiografia - pode ,pameoer fácil. De qUaJlq.UJer modo,
juugamos ror a.s:silIll IUIIll rr'ef,reXlO do esta.do dos 1!10SlS0LS col!1heci-
menrbos 001 1939. Tailvez a ú1tJima Jiçã:o do Manual, aMavés do
!1Jex,tofala:do, reja II1eSltIDtuir-OOLS, leIlevoada como uma fOIÍ'ografia
1
<ctJremócW>, a rimagem de lUIIll mestre cuja t'OltaU mepoodência
de es.píru,to \só era ~§oola,da :peàa geruerosádade: os aJOOOlS de
MauSlS Illã:o !lhe devem apenas a sua fornnação profislSliornaJ.. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1967.
o ourso aqui publ:icado l1esp~~, a problemas
d~f~~~.s~. observar e~a&Sjjj~~ .os.·· fenóme:nós
DENISE PAULME S'OCliaJIJs-:-·. - ---,.- --..-- .
.,1.. .- fudenia l!1ã:o L5Ie ver Inestas rlições senão 'UIIll amol!1toooo de
Directora de Estudos na :@cole Prati-
que des H'<liutes :@tudes, W· secstion. poI1II!JOOODelS ÚI!1Úbe]s. Na.. ' ~o.llI1l:MQi~
' .' . , Ir su õe, - ou ' ~~IIll, a biome"::--
rum, qUie prooura ,estabelecer a ourva de 11'.e,paaitição das ~dadelS,
supõe a te statística e o cáLcuLo de Iprobabiiliidadtes; o IOOturdO ,d as
cores, OOIIll COil1h.IeomootoiS de física., lexli ge a ;pmtJica. das esoalas
de CheVireul e de Broca. Oqu.e pode jpareceu- ponmenores múte]s
é na ;l1eaill:dade um OOil1densamento de Ip rindpios.
O campo dOLS nossos lelStUldlOLS está li!lllJi,tadoàs l.'>ocieciadJes qUJe
povoalIll aIS colônias fra:ncesas e às sociedades do mesmo estádio: o
que pa~naJI:-toda~ha:mad~dtnitj~..(1).
----Dentro ~res;rn,~~õ.es . _ IQiOOC~l1iaJs
~~. OOl!lI SllJituüiL.cioo~~~.Jie._~rqu['1o\S detSlSa~.20~~'\.... D. .'
mrus O.li 1Il'!i~ . ,~ ~/ (2"1
"A' ci~ia letll1Ü1I'Ó!!J:.c; 1 ~-1?~Uf.iIIll. a · OIhsletrvaç.ã:o .,das lSoc:.e- , '
~~~,o-.f:JOb~ ~_O. _Q..cQnhecimento dos fuctOlS soS~~~ :'1Reg';'s>ta
~..
/,
() i
lo· +. .
e:ss'cs DaoOOls, se llleo~!Jea~'"Íestad~bica e ,pubLica
dooUIDelItOOls que o1lerooem. o máximo de oenteza. üetll1ógrato
devle tJer a preocupação .eLe ser exaoto, com;pleto; ~-..o.....
~~..ia,Qros._~'é? ~s. .LSUaIS--<fclações-•.entre .Jsi~ . ()"'reIlJtJi.dto .~
~OIrçães~ilAês-ª-es.
. " , ' - ão ~na ciência em ' "'i,ca......Qjência~ít
COil'S A L9oo1o ogla. a etll1()1logia desorilltliva
~em que se sej~ lSitm' I' • '0 0 'e~~g~~,~toniado:, e&~.:
tí5 .~~~ . de ev~r- ' a ' '1100 de
. ,uma ,c:()C!iNl~<!e. ,;lsIS:o l!1ao Slgn:ifiidC :qUJe, por ,UIffi ,laJdo, a
'-----'";::::;:--~--:::::
8 9
j
- -.,--
-
seus penigos. · -- - .--
A iUe_or~_J\Je~epOOdeiro. p~cl.JÍ:D.cimr à investJigação
_",~~~ ,~gO da obs~~~:~~_
N~(HUIl~>. Nao [email protected]~_ ~.._"ãi5e_ iP01f<i~le_ 1Se_.J\I'U; nao !ter
çom ',í.ia:ri ·objieotiVQ_~em'~,~~ç?:o. A oiênaia__~eID::::gs' i~;mtídàs,
qué~~Édam, IniãSqUJe .penIIlÜJt~ g;~__se.~ciãm os faoJ~s.
qillWquer ~Q!1a.lt Nao ~_. ~~,taJr. mo
S1P--!xaM~:]:.
P~~§r.-v.iY.c~L~~ ..~_ ~~e-Mldígena_J~:,sool~~~
A ,teonia ,tem IUm :valor «(hemístico», ,um valor de' descoberta. tcitemunhoo. Des,colll~lffiIS -4ifalIlca, «de p,rero», lÍ[}Jglês
Os falsos a priori da escola de Viena valeram-nos uma bela proglirrI;-6rc:-;Gmconvenóe:ntes do emprego de ,pallacvras comoreitiço,
oo1heirta de faotos. tantã, etc.). MU1ÍJuos lIermoo es~i,aJ1i.za.dQs_6ão . .ÍJIlJtJm,du,zívcis. Se
I O jovem etIIlógrafo que" paDte-iP'iJra _o .caJl1!l)o . ,de trabalhos- - se ltIiver que J:JeiOOíifêi;'-a- ffif,pretes, empregar o matis :piossível 'O
~ve '&I~er o que já ·$ãl)é": -a .fúm....de ...trazer .à lSuperfíoÍle._o. .que método ~iJoló~ioo, faZJoodo escrever a ,prÓtPria ,frase, sem LSIi'Sotema
t;~~da nao se sabe, oombioodo. Um bom eXiemplo é o dos ItJrabaJlhos de CaIMaway
:-- Os faotos oociais !São IPr.ime1ro hiiSltónicos, po[ltanM> ~nrev,er sobre os Amazulll (2). Este método dá documentos no estado /
síve1$ e ti,nref.utáve1s. EXJeIIliP1o: a fuga de um exéroito (quantos bruto, lSU1SCeptívcis de '\lJID es.tI\l,do repousado num gabinete. / . ,;
soldados, que fizeram eles, papel dos chcles, dos homens, eltc.).
O f,enómeno sooiaJ. é, a>1t~m disso, IUm .oonómeno LS/:mu,),tâtneam.çm,te Füoam as &fiicUildadJes materiais qu:e lS1e vencerão: . < _)(:j~ ,Ij 1! ")
d'y_fi!.c.to e de ideal, de regra : ná ma'l1ufact' ura~de=:~Js,j~;
tam-se nove jarras em cada dez; noü~ros lõCâ,r ;"ão consel"Vadas
C" 1'1y
1) Rleoor1renoo_ ajl!~Qx:m.aOOJ.1eIS...coosciootes-;-que- ;toonam-ruí i' -I
dez em cada dez oerâmicas. Neste ú1tlimo caoo deixa. de haver m_emónia os a.ro11Iteoimootos; .. lPçodem .oocontJrar.-.&e ._OO.!~ /: CO,}
diferença entre o facto e a [}JODIDa.
._ . -_o' _ .ou..iool:j,~osos, __
os•' fUrioionánios 'jl\lJfídicos sacerd~tes.
........_ _fcici- /
A estatistica iP'enmi~e aJcança:r~ ,uma oerteza como atinda cenros, M"alUItos. .. ' I _~ '.-i -
não LSle oonheceu emhiJStória. L~o,ramos o númem dOiS lescravos
em Roma, mlllS sabemos quantos rPoSlSui Tombuctu . . 2) Co1Jeccionando e cartJaJogalllOO os Objectos.-D~~~ / ,1tf"(7 / /(9['
Acrescootemos que a ~W!~raf1a não é ~ oiênc1a históJ:1ÚCa OQ!lstiltJui em iI!1'~tos....caros-·-a.·IPI,"9va--d'O·-faot.o-soo ' :. ~ . /:
p.ràp.~ti.<3.ment,e 4.i1:a._no_~tíi~~~-que o~cto~ C3Jt~tl.m.e!lJtos--é-!\:llI!l--doo__mellw~illJ.:mos.. ' {(" . ."...
nela lPella- ttdem. Cf.:Q'llOI?-?la::. ~Jo:~~ ,oom,pnelende, nJO en-
tanto, lu ma painte @SitémJ:Cá que COOiSIlJSttra em estabeleoer a
pMá 00 cla~..~~~1áJogo -de· ,r1tos.·_ -
---~ .- ,.t'/'
:..F
_I" r') :
/A ' f < ..
. ...
- - - - - - -' -' /. j .
..:/ J "'"")
história do JPOvoorrnooro humanü: iffiÇ<l1S n1egra, aunaoola, etc. Ris- ~. ~ /, ;'
.« tónia que a Ietnolo~1a não LSIe lencontra actu:almoote lem condições Principios de observação /.'> -t_"'íJ
L . 1 ... . . de descrever senão em J:imites estIieiros; mas a nosm ciência r
•. '- .r,_ s~á}.~êrvalr ,u m méto~e.gúí~~ ~ Prooul'all"-lSe-á a objeottivOOade l1aJntO na ex.posição como na / ,.:-:~
r:"\ _ A eÚl).9grafu-rem.~~mea,lmente vallo~~e-RIDda
meIiitâf em comparações 1de~~:.!iãO,de cUittumas. O crtiténio
observação. DizleCQ_qlJe._lS1e_..sahe.._It.U:d~Lo _.que - ISC-$be,-6ó·-~e '-::,~
,---.. ~ dó ,faero arqueo1ógiCõ,'-õ-iiscri:tõ- n(}s esltraiirLts---.de--601o, &erá o
se~~. _.E:'\n~~tOOicas-OlL.de_~ )~.;)-=
qll!.e_~ IJIil~r '.':CA'§_pemgooas..- ..
úntico a daJr ,um YaJlor aIOs onitérioo ouItu:rall, JinguÍlStico, etc. Por .' U~ métoêto de mba,lho será o método fi!loló~ioo, que
exemplo, a existência da .flauta de Pã em toda a estrada do COIlISistilirá em !l'eOOlhe~~~ro.mentJe_C9J!l,ttoIS .. _OO~~
Pacífuco (crtitéruo cuLt\l['a,j) só penrnite afil1l1Ja[" IUma COmUQlJLdadJe II:1ÍaJI1ItJes (por eXJemplo: a prtimcim ledição dos contos de Gl'.imm);
eLe civilização ipOxque é corrobora:da por descobertas de cerâ- <k;pOilS, as_.It1ra:dúções _JeS.pecffiicas_.de _cada..-ruldeia.,_·~_-ºlL~
micas (crtiténio rurqueológico); donde se ,t oma J1egí:timo af,i11Il13Jr oada :farrI)J!'.~. Trabalho por ~~ enorme, eXitremamente oom-
que toda. a lestrada do 'Pacífii.co, ruS6lim como roda a es.trnda do p!e"5Gô:-No1:rur fuS tinVIe5!ti'gaÇOOS ,ficitalS, aJS que não foram tenrni-
Merutoorâtneo, gorou Ide uma ci~i,jjzação comum. nadaIS, rodas as difiouldades 00 que se ,r efere aos oodivíduos.
.f..
(
,. .
10 11
MONTA!NDON (Goorges). UOlogénese cultureZle. Paris, 1923. Livro
a utilizar com cuidado.
Exaustão. - Não descu,rar nenhum ponmenor WOIr emmpLo: POWELL (J. V.). Sociology, or the science of institutions. American
no es.uudoda pl1eparação de um filtro, anotar as col!1dições de A:Il!throp ologist, n . s., I, Julho e Out. 1899, W . 475-509;
colhe~t:a de cada uma das ervas mál?iioaJS). É precioo l!1ão só des- 'P'P. 695-745.
PREUS·S (K. T.) . Lehrbuch der Volkerkunde. Leirpzig, 1885-1890.
orever /tudo, ffiaJS proceder a ,urrna anáJlÍ!se em .profl.l!IlfC!üdade, Livro 4:inimitável:so, mas sem ·r eferências e com poucas indi-
onde !Se ,eWckmoiaJrá o vailor do observa:dor, o seu géIllÍJO socioló- cações de fontes.
gico. E&tJudar a illeXJico~rafiÍ!a, as Irelações ootre as classes nOtmÍ- SCHURTZ (H. ). Voelkerkunde. Leipzig-Viena, 1903.
illlJis e os objeotos; os fienámenos jmídúcos, os al!1JiinaÍlS heráLdicos, THURNWALD (R.). Die menschliche Gesellschaft in i ihren ethno -
soziologischen Grandlagen, 3 rt. BeI"lim e Leipzig, 1931. 3 tomos
etc. Na enUilllJeraçãü de moordições ritJuaús; jUI!1>tau- exempLos de bastante precisos, dando um quadro para cada grupo de uma
decisões C<l.ISIuÍ:Sl1iicas, ~refel1eIlJtes a eSISaJS ,mtel1dúçães. civilização. Ideias hoas, !demão difícil.
Na eXdJosüção dos factos observados, p.roouIDalr-se-á a olaDeza TAYLOR (E. B.) . .AJrtigo «Anthrorpology:so na 14.' ed. da British
e a sohrieda:dJe. P,!a:n:os gráfiioos e es.ffiJtÍ:SltioaJs ip oderão substJ~tu6r Encyclopaedia. Foi editado serparadiaall'eD!te; Primitive Culture.
n. ed. Londres, 1921.
com val!1 tJagem mu:~tal5 páJgÍlnaS de ItJeXitO.Plllr<l. a ,patriootcla, dar
l
VIERKANDT (A.). Handworterbuch der Soziologie. Stuttgart, 1931.
árvores geneaJógicas, oom ll1;omenclauura dos ipa;l1en~es:oos . Só WAITZ (TH.). Anthropologie der NaturvOlker.
em llllilItél1Í!a de .provas nos deve.nros mos1irarfiacundos, mu1tiiPLi:oa;r WUNDT (W. ). Voelkerpsychologie. Lei.pzig, 1900-1909.
os ltIeSitJernunhos, l!1ão 't emer as ooedota:s 'llIeffi os 'P0rmeno~es W'lSSlJER (Clark) . Man and Culture. Londres 'e Nova Iorque, 1923.
dos trabalhos e diüeuldades lexpemÍJIn:ent:a.das para a observação.
Qa;da fiaeto citado será sem.pre JocaWizado (l!1úllIlie da ,povoação,
da família, do ÜJndlÍvLduo observados) e da~do; dau- ,todas as QUESTIONARIOS
OÍIrcunstâncias da observação, sah'o 00 caSlO de ·uma es~
demorada do obS'elrvaoor l!1a :I1e§ião. FOUGART (G.). Questionnaire préliminaire d'ethnologie africaine.
Editado pela SociéJté de Géogro,phie, Oairo, 1919.
KELlJER (A . Galloway) . Queries in ethnography. Nov·a Iorque,
Londres, Bombaim, 1903.
TRATADOS GERAIS LABOURET (H.). P.lan de monographie régionale. Outre-Mer, Pa-
ris, 1.° t rim. 133.2, iPp. 52-89.
LUSCHAIN (H. von). Anleitung lür ethnographische Beobachtungen
BASTIAN (A.). Die Cultur!.<nder des alten Amerika. Berlim, 1878, und Sammlungen in AlrUGa und Oceanien. BeI"lim, 1904, 3.' ed.
1889, 3 vols. MAUSS (!MareeI). Fragment d'un plan de sociologie descriptive.
BOA!S (-Franz) . Handbook 01 American Indian languages .. . Annales de sociologie, iParis, série A, fase . I, Ip-p . l -56.
W 'a shington, 1911-12; The Mind of Primitiv Man. Nova Iorque, Notes and Queries do Royal Anthropologiool [nstitute de Londres,
1911. 5.' ed. 1929.
BUSCHAN (Georg). Illustrierte Volkerkunde .. . StuttgJaI"t, 1922- POWELL '(J.). Questionnaire, 20th Annual report of de Bureau
-1926. VoI. 1 : Amerlka, Afr.ika; voI. 2: Australien und Ozeanien; of American Ethnology, Washington, 1898-1899.
voI. 3 : Europa. Questionnaire de l':&cole Française d'Extrême Oriento Comrposé par
DENIKER (J. ). Les Races et les peuples de la terre . Paris, J.926 iMo MAUSIS et ,exrr>llqué ipiar le (!olonel BONIF ACY.
(2.' ed.). Con tinua a ter va10r. REAJO (C. H. ) . Questionnaire ethnographique pour le Congo . Bri-
GOLDEN\ViElISER (A. A.). Early civiUzation, an introdution to 1Jish Mus eum. Londres, 1904.
anthropology. Heidelberg, 1910; Ethnologie in Anthropologie
de ,S,c hwa;lbe e Fischer. Leipzig, 1923.
HADDON (A. C. ). Les Races humaines et leur répartition géogra-
phique, ed. 'r evista e corrigida pelo autor, trad. ,por A. van NOTAS
Gennep, Paris, 1927.
KROEBER (A. L.). Anthropology. Nova Iorque e Londres, 1923. (1) S6 os australianos e os habitantes da Terra do Fogo seriam
LOWIE (R. H.). 'T raité de sociologie primitive, rtrad. do inglês. v,e rdadeiros .p rimitivos. Os negros estão no estádio em que Tá:cito
Paris, 1936. observou os Germanos. Os habitantes das florestas do Oamarão
MARETT (R R) . Anthropology. Londres, 1914.
13
12
e do Congo possuem um arco que se considera mU!IJto (primitivo;
na re3Jlidiade, é wna mâqina 'e não uma f.erraanenta, mâquina. que
pressupõe wn estádio jã milltoadiantado. Os Moi de .AnnIaIm são
arcaicos e proto-hist6ricos. O conjunto da Asia setentrionllJl possui
uma grande civdUzação esqulmóide e mongo16ide.
(2) CALLAWAY (H.). The religiou8 system o/ the Amazulu.
Londres e Cabo, 1870.
14 15
Jogy. E:&te t:rabaJlho, ex,tmopdÜIl:àJriamoote C011tclelll\5ado, a11100 é compl1eende a demografia e a geografia humana, de tirrn.po,r,tâtncia
insuficiente (1) . cap1tal. À geograillia humana. 'vem ,}untar~se a tecnomorjologia .
. '. C: :'".' .:,~ . A:>_~n:sbruções que aq;w publicamos ~est~-s:e a adminil$-
C,.;j .;,. ;' t~d~re:s, _~os~~esprov:j,dos .~J~~ç~.'P.:.?~wna~,tJ~u- H . A fl'siologia soda!. ~ os~enÓrnenQ!S em 'si mes-
, . -.~ w~".ea!ª. q.,LJe.. ~~e5l:~ha:@.9.w.?? "Jill.e.A~~~~!:.MUlu.e.:S.e.. r@~ m~~e já não na massa ma..teDia,l :Ílnscr,Ílta.
um }rn..:~~,l~? . ~1eJ.lI\lediáT.io. _~,bpe... :lIi.Ol '<;;s,uudo.,_.ex.~.o..-.e,,- um , . CO aqUll, se~ood:o ó""OOÚ 'graJU de mrutJeniaJJ1dad:e.. as técnicas,
' estÚJdo . woosi'vo da população considem.OO!.- _~.tud:o __.es'S..L.W__ ou :seja todas as artes e ofícios da produçáQ \Soem 'exçeJ?çi~p:
~das:;P~s.~ª~sâ~~n~. ~~~e.~~~~~2-9.i~~_~l.-ãD res- a gueDm é a.<,m:~~~~~.B:!I~f._.~._-~ lÍin~r~..?~,,:!:!ã.!1.~,,_;t~~·
pe1IlJa: . ",..• . ~Cã7(~~~i!L~rf- máxlÍlIIlO as ciências; não.. .~~ q~Lq~~
_ .~"-áS' <trabaUhos etJnográfiCOtS ofier,eoeuIl com demasiada ire- ~~#.4~-~1~~::~~@;ã J~r~i~~,~~ct?§ .s:~I~::<;;lijiit~oo1Je ._desr
q:uê'iteiã"" o a:spe~{Le:Uíiíã.-c,~ji@ÜjJ:~;- ·iomd,eito: ;·éi,uele- que prowda de OlOOCJaS. 'A estétIca e auU1-oo mmto !IIlaIterurul, mesmo
se-lÍ!nilJeressa" pelâ museogrâfm. ~rá desCUiI'alr 1Judo o que não for "qfiaJnOO"" párece m~õ li-deail: a es.t6uica ,plásuica em !p'Q1UCO difere
cuLtum. I!llilJteDial;um ou'tro, !es,peciatl,i2Ja,oo 'no lestuloo das oneligiões, da ,t~ca. Ca:~a Vlez ~enQS !ID~, mas dÍlr.i~por~
só verá culitos, lSallItuámios e magia; Ou:tDO observa"rá a OIrg3.Jni- ~~ oo1ectlN~~...!P1~.E~.!..,!I-:::Jm~...!f!_Q;$JI~,_ÇQgUp
zação social e só falará de clãs e tótemes: outro, ainda, só irá nLbenta.ç~~I'9._qtt..e, :se,,~nç.o~tra.".~ .:w-~~3!:_ 6l;I1~.8~,~ .......
procumar os funómooos eoooómiros. '~~~@~.: ~.91n.!a da ecOOiQt.llllia e dÍlr1~in,cJ:o-a!._~o,
~dor ~.~"_ ~ .,pJro,púJ:çõe.s .
fen:óm.MOS ,Uirf~ e moraÍls. allis · a religião e a
ge'!fl. q,U!e,.,a.quu..oo~vo1ta.,a..:eDtCQD;tIa:r-.... ~-~ -
~:~~_.!:~~~--t) .
UI. Fenómenos. erais. - oÍls leLa línoua vêm OIS fen' -.
. - Plano de estudo de uma sociedade menos mOCfÕloglcos. ,por e~em.p o a soci:txia' ~ em gerall, O?
\ ,
. ~~~~~~r~~&-.:.da j'J;ihe~o~s os fenó-
Demogrr-af,i'a menos z·nternaclOnalS: ' ,. { . oe qUie uma soole-
po e wr ll~st:a;r as ~'u:as ov,eJhas prura rrnr--1~
1. Morfologia social.......... .. . ..
I Geografia humana
TecnomorfQlogia q"'tre-1l~~ce ,Ol(rentre~i6r.ibos"'~gêlreS;oq1feOOíiP1aoa -
IUIIUapaz mwmaoionall mUiiJtas vezes a longo prazo. A ciVlilização
Técnicas
Estética é lu m fenómeno :mternacionatl. O 'estudo dos DenÓme.l1os de oivi-
n. F.isiologia .......... .. .. .. .. ...... .. Economia ilúzação COilIlJ'Orta o estudo da internacionaLização de cer,tos
iDireito
COSIÚllllDeS, de certos objootos. Hnalmelll,te vêm OIS renómenos pro-
Religião
Ciêncitas pr.iamente gel'alÍJs, ou etologia colectiva, o estuoo do caráoter.
,.!C \ .. i pLS:i001ogia politJica IIlaciom,1 e suas ,rela.ções com os felllómenos
Língua " " psicológioOts, oslie.l1ómeno-s bj.Ü'ló~iICO'S (exempo\.o·: 'relação entre a
IlI. Fenômenos gerais ... .. .. ... ... . Fenómenos nacionais /\ " ·:~~.l; ·
Fenómenos internacionais limpeza le a mortal1dade - ou não-mortalidade).
Etologi'a colecti:va BnCOOJúrar-se-á aqui um oento número de 'iffltnuções musoo-
gráficas a oprqpóSliÍlo da morliologia oocia,J, por 'um ,lado, e da
téooica e da es.t6tica, pOtr oUJt:ro. O IÍIll'v:eJntámio dos ohj!e ctos eco-
Morfologia social. - ~~ciedade co~põe~ de
L nómicos, de dÍlr:eito el'eli~ião compl'etar:á o 'Plano de um es.tUiOO
·UJ:ruum~~ .
O estJudo dessa somedade ooimo--rrna:ssa-hurrrtama le IDUtSeográfico, que es.t:as páginas ÜJn,plici,tamente contêm. A mu-
no seu carm~;tÜ:Íoq:u;seCliãiIDáã-inõrlôIO.gia 'sooia!, -que - soograjjila de 'U IIUa 'soo1eoode coolsàste em estabelecer os arqwV06
--_ .-----..--._---~- ~- -- "--- maberi:ais deSiSa sociedade - OIS museus são arqUiÍvos.
16
17
2
+ ~
T
,
l11lpo''''de civiJ.i:mçã;tr:~1~ço~,_ de: museu .con tlÍ!l1uam a . ~er -o 1 õ15~ITfl.@U~g~5.W:',~p~Q,~ ..QUtr.QTQ'1stmçao esta bastante
ÚIlIico meio
.
Ide 'êsêrev:~ 'a..hilstórua.
- "'~.
- ~ ."
arbi'urál1ia, lUJIlla Ivez que a vida social não compoPta MImam
~ .
.~ ~ 19
( - ,.,.;;~~ o
,'/1'~
18 {; .r ,-
I · ···
.j,
.... •
~()J )
CS: O""fl'v . ' .
J
-- , (i ~ .
/ .... Z-- í( '
,_ ) i "
( : •I . j ." . ; L-"""'iç. .iJ , -,(
. f ' ·v ->. ;~.,.
J
"
./ '-"0"
..: .'"
},
.5 5~'" t ~ _ .,- "_~
: f..,. ,ê...
-.
;"
;.~
,,~ . . (' ; .; -~ 1 ~
elen:nOOlto puraunembe m(\JreniaJ ou morM. A mÚJs'i.ca, a,fltJe dQ I1deal pa,ra ~tJe registo m(\Júeri.ail, [lOCQ'l100f-&e-á ainda aos métodos
7 ôo- nm:piU,pavel~ag~<.·,~b~éili ' ~obrê"õs" -j}úm'oos da fQrma' ffiaíjS fotográLioo e fonográfico.
física po:ssíve1. . .... , -- -.'".~.. . .
.- - ", P'·
2) Método fotográfico. - TooQS OS objectos dev:ean ser
Os métodos de observação ma1:Jel1ial compreendem: fOltografu(fos, ide pl1eferência sem pose,:. A ,tJele1iotogffiflapermir-
-tJ1~bllêiTviisões-'íde" Cõiii-:----"7 rávelS. N(\Jü :Se l$erVl~r dQS
1) O método morfológico e cartográfico. - O pnimeiro m rapa; os em ~is:es -quentes e lem ,pa~sêSl',riios, l11,ean"
[pOil1lto, 11110 lestJudo de uma LS:ociedade, COil1JSlis,tJe em sa..ber de que dos lIDiesmOS fiLmes; le, em pnincipio, proceder lO m9Cis cr-àpida-
é que 'se fa:la. ,Para. 'Í;sISo rtraçar-se-á a caJl1tograftia oompleta da men,tJe !possível:.
tSOciedade übserv:ada, ,tJrahailhQ mu~\:aJs 'veres dãí:oiJl: 'UJl11a socie- . ~ooca ~e rtJ~mrãQ demasiadas _~.[.raf,iaJS, ~on;!an,tü q:ue
dade oculPasempre um ,espaço dcterminado, que não é o da ~J~.J9&1S....~eJ)I@§ . e.. ~MlO~(!Jl~ . ~~l:l~::Jl9@".J~
scdedade v~Zlinha. 6a..J.()(a,r'~~XU?~.9()~Yll:t:e todos os JQmi", / dr]s.laJÍ'l.Ol3.. E:S.~ IlIIl:d:ioaÇoes devem ser :lil1Olmd:as l ~ont<?Ltt:9..< !~~.=-
em 9;UJe ~~ ,1Jim r roDl"t0~~ Ip r,esenffi d~L~dti~9LlJJD&-que--per. "·cóõi'ó-~i!,[ii.-·-· - · -- " __. ._... .............--...... .
"-'-' ~" , .~ --.
tênçam aIO g'wpo esotutdado, oom lO seu J]ú~~~_ü•..II.l.Ya.l1er9 .4Q:s~ ~~··o··ooêina plel1ffi~tJirá que ~e fQtografe a v1da. Nã:o ;esqueoer
:~~b1~p~~, .uS~2.. ~~~~.ªifel1(!!~~"~~$,,.:Çl9~2!O;Q- jião há a ester,eoronia. Fú'i Ipossível ,nhlmar r,epregentações dramáticas
boa--,-~tigaçao-&Q!.ç!9'.lQgi..9!.~g~ Imc~da em menos de f\lffi all1Q. l11a Libéria, a !tral11Slumâtncia de trihos tÍil1, ~ei;ras il1JO Aures wgelino.
~r%)g.@fi~~,~ " ",~~~~9x,. ~~to~ra!I@:JiêC\')e\~ ,~CQ!!lltJeúdn'
basta saber que esta ou aqu1ela ,trubo conta dQi§. QY....Jtrês...Q
[):w A gravação ool11'Ográtiico e lO 1",egi,sto em f,~lmes OOI11'Ocr-os per-
m~tir-nos-ãQ ooIltStatar a entrada do moodo moraI no mundo ma-
iiireínbrOs:-·e-:'"º'f~Qi~~~~ âis.1i:&.wU. -Recoflrer-5e-â rerm pUtI1o.Poosemos ,p0I1tail1to ao ,probl:ema do regi&tü moraU.
ã.q:u:i'~~ió · fu.~tQl~;gealll1ienrtJo ,~ranfàisto <pa[ll ..o-.m,a;pa.:.jn:
ven~~.pes~QaS . SídK CEêãJl•.&itnu: C0&IIS.....~IPO'lOO.çiQ.."'. 3) Método fonográfico. - Re§~to fol11ográfico e em fi'hlnes
1ãifi1áS ,paU~o,t?,s, .. o~!e~r2.s;~~~~g@fJÂ-desses .. ~l~§.. ,-~~..~ OOIlOtrOS. ~egiSttar-se·á
l11ão iSÓ a voz hUtIIl~, l!11aJS orüda a unúslÍCa,
~~Umra grande famHia do Sudã:o é ~ra1mente uma grande an.otandQ lO :ooter de pés e m~os. Após ca,da IregiSttQ, 1~'SCl1ever
-f:áffií.Jia 'indiv,isa, Ir,e;pa"l1uida em tomü de um lPáJtio; ,um clã habi- os ,tJeXttos e, ~e possível, dar a sua Itradução com comen,táriQ.
tará um bairro. Vêem·se a'$!sÍill1 apar,ecer Logo IIIl:a.terialImente eSJtru- Não basta :registrur, é preciso poder ['epet:~r.
!Juras 0900iais muito eleva;das. Bm,preg'alr sempre q:uefor possívd
as fotograti~ t~radas de avüão. 4) Método filol6gico. _ IPressupõe o conhecimento da lín-
",,:,~~t?$~grát~ ,e. demográfica -.é--indispensável; poi:s- gua Illndigena. P.rocOOer-se-á a luma ,recolha comp1:eta de todos os
é a ' e .00 tOao' OI ·,tmba:lhO.. ·-··_~ reXttQS ()Iuvüd!Os, mduindQ os illlaIÍ6 vulgares, que !IllUl11ca são os
. '.,. ilick. determinação d:e uana @raI11de famíLia:, de cada olã que meil1iOS 1tm;p0rtan,tJes. T!rail1iSICrever ,todas aIS palavras ,indigenas :na
compõe a nação, encontra-<s.e assrn isolada: nesta allura, poderá oogua illndígooa, cor.tail1!do as paJa.v-ras, o que é muwto difíci,!.
proceder~se ao tÍil1'V1ootánio de cada C<l.tSa, de cada sail1Jtuámi:o, Anotar-6e-á música; se se t ra:ta'r de linguas tónicas, anQltar as
desde lOS aJllÍcerces taJté aIO t1Jeotü: M. ~enhaJrdt descobmu deste patlav,ras com um tSimJ. fooétJi.co qutaJlquer.
modü lO rotem, 1110 ómü do 'teato das habitações melanésWas da TootaJr-;se-á OOCOIJlJtrar an,t:olQgia,s mdí,genas le ,inrofl!11.adores
Nova Caledónia. OOipalles de dar uma !tradição constante. Um meiQ de a,prooder
O lin\nent!.ário deve 6:er completo, com tlJOica,llização exacta, a língua da região cons'iste em 'Deoorrer às bíbLias já tpublioada,s em
pOlI" lidades, sexü te ol:as.s:e. O método de :iJnven.táIr.i:o componta il"egiães de Jl1IÍtSiSões. ,Patra meia rtJeXito, datr ,todos os oOilll'ootários
IUJma cartografia ,pnec.iLsa de cada Jocal, oode lSão ~eunidos os ,possíveis 'mdi§enas - l11ão os fiQI$ISOS. Excelootes teXlemplos de
objectJos: ,p1anos de casas, plall10s de taJIlida.res, se os hoU'v:er. publicações são os que dão os livros de M. Leenhardt (5).
O IregiSlto material atSsitm obtid:o cons,t1tullirá a ba Sie lindis- Em prmcípio, lO ,regi&to ~iIológico deve ser feito pa'la'Vra por
pensável de ltodü lO :trabalhü. paJav.ra, oom a tP<l'lavrn. poil1tuguesa pOlI" ohaü'xo da pailavra úntdí-
20
21
. ..J
p13IS Jtamb.é.uL~ !fixação dOl,5 incLivÍocLuoL!cte.n:tmJl~,s massas
gena; nada de rviolação da siIlltaxe Lindígena, nada de «conroo-
ções» na nossa tradução: 1M a (calgarav,iada» o mús direc.ta-
meIlJte possÍVlel. À tradução j:ustalllÍnoor jOOJtéllr-<se-á um ,texto em ------o etnÓgrafu' que Jt:raba-lhaJr de um modo 'eJQtenslivo nãd
r
!b.§ue ronhecimen~o ip.,dG.vidu<lJLtem "uma," util.idade_,co:I1S~cLe.ráy.el
pof1tuguês que dê a ãmpressão do teXlto iJIJ.digena. Se se acr:es- poderá empregar estes métodos. Quando muito, poderá enten-
centa:r a'lguma ,padavua, iPÔ-Ja eIl,b re aspas; !II1Ja,rOOlr a ,Hnha do der-se com oertos coLonos ou admionilstradores q:ue colabol'aJrão
,tJe~to mdígena no I~to ,portug:uês. AHenação COIITI,p1eta. .oom. ele à dilstâ:noia le Tecolherão os ,faotoiS in~eres5aJ11Jbes . A van.
Anotar os v:ersos :incLical!lJdo as croogas e as br;eves, os ,tempos ta'gem de uma ,exPQdição que seja composta pür vários mem.
fortes 'e os ,~em.pos traoos. bros .surge aqllli de Lonrna mlliÍJto olara. A compa,ração, sempre
Exemplos mu~to bons dessas !publioações são, além dos iJndilspensáveI, poderá ser '{àoiJmwJte opera,da por Itrês ou qU3.Jtro
l,iv,ros de M. Leenha,rdt, os trabalhos de Tha']bitzer (O) sobre a oolegas que otrabMhem em momentos diJierentes da 'lida Jtnibal.
Gronelândia e os de MaEnowski sobre os Trobriand (1). PélIra ser precisa, ,uma observação deve ,s'er completa : onde,
por quem, quando, como, por que se faz ou foi feita esta ou
aquela ooisa. ~rata~ de ,rt1p~lJ.zk a 'v.ida iodIgí<níL.....lIlãO de.
5) Método sociológico. - Con.sistirá an'tes d e tudo na
biSitória ,da_§od~da,de. Um b()m-mõdelo' dié" '~mha,lho" a segulT
~-f' o'1i:Yro de R. Monta-gne sobre os Berberes (8). ---
prooed~r por IÍmpnessoes; d~Csé:<es le não mostl'uários.
_-_.__- -
.... . ..... ...
~._~~ ---- -~ .
_ '!'o~e.~á _f:lZ)er~~_ até.. a;o .. pOJ:Il1:~o.'r. a histórm deuI!11a,.J;~i~ TIPOS DE Ml1:TODOS DE INVESTIGAÇÃO
remontan.Qo ;pelo mooO\S ._ a ,tJrês. Oou quawo " gerações"atrás,_ 9u '"
.~lSeja . ~ . lO? ou 150~:., __J?a.:~ ÜSSO, ,'~~nr9gar:_os , vclhOoS,,-ouR BROWN (A. R.).The Andaman Islan4ers. Londres, 1922.
: memona e geralmen1ê milito. exactrir;"Bb.CO!Ili~,~.r.:,se·- á...4~extr.em.-ª"_ Census of Jn4ia. Quadros e informações. Um volume [:lor 'E stado.
Um volume sobre a tndia em conjunto, 1903.
precisão nas .]oca.]izaçôes. ,geo:gráf~ca,Le) ... ·". _ - FlRTH (R. W . ). Primitiv Economics of the New Zealan4 Maori.
- -- - - A sooiJedade"-com:põe-Sle sempre ' de subgr.u~: JtÚbos, dãs, Lond~es, 1929; We, the TiklYPia. Londres, 1936.
fraotl'ialS. ai.dà'Jtml~cfestes ",gJ.:up:os deVé~ecto de ~ HUN'l'ER (,M onica). ReacNon to conquest . (Africa do 'Sul). Oxford,
estudo; ã--õr,gã;ii[iàÇ30_,fflil;i;~,!".: ~~Q~,,:;a~verâ5m-:éSq~~:kfã:--...:rlí:cto 1936.
i<sso- ' 'está :regiJs,tado. _ lPro~undamen~e ,gravadiO '-[iá- memónia dos
JUNOD (H. A.). Moeurs et coutumes des Bantous. Paris, 1936.
MALINOWSKI (B.). Argonauts of de Western Pacifico Londres,
mnenessados. Fa,r-Se-á assim o estu:do da"s histÓriaS -di '''fumiilif~. 1922; La vie sexuelle des sauvages du Nord-Ouest de la Méla-
,' ; r> . Um método I9l1pe.~!~r . ~...jLriiM()d~..:~g~~:I~?~!_.~~l e ,,_roii~íi~')ín nésie, trnd. do inglês. Paris, 1933.
I ~ ,' , 1Jraçar a geneaJogla..de, ,todos,..os",mdlyx(J,\liQS__ [lt?<?~~,dos. , N'º..@s- MiILLS (J. P.) . The Loto. Nagas. Londres, 1922.
RIVERS (W. H. Z.). The Veddas. 1911 .
.-,.' ( . [~'t ,,; <te-pa.rentes, nOIJl1~,u:!.~,.~!La.d:os, lSurgirãoimedía1all1],'~nte. _ As_!rj§.:._~ SKEAT (W. W . ) and BLAGDEN (E. O.). Pagan races of the Malay
V ~i.~: (ónias ,mdividuajsl9~r.ão....~~~Câàa~:.oo!'~r.~e~á_ q~ em denew;i:- _ Peninsula. Londres, 1906, 2. voI.
:' -.' fiada época, e nã,Q,) D:OutJra . qualquer, determinado~omem _ çha- -'
<" ma'Va a outro .lSeu .. l~rmão..__ ' " --.~" <~-.J:;. Ver também sobre a América do Norte todos os relatórios
da ,Smirt:hsonian Institution de Washington: Reports to the secre-
;, - . O método auuobio~ráf,ico, qUle consiste em pedk a lSua bio- tlary; annuaJl reports of the Bureau of American Ethnology to the
j grania a certos :indí-genas, IlJJtilizado por Railin, deu exoe1ootes secretary oi Jtrue . .. ; Bureau of American Ethnology. Boletins.
M OS- i~ '~-esU'ltados (10).
rJi:.)./;:-/ As infor:mações a-ssim obtidas 6erão cotejadas com a ajuda
, dasestatísuÍICas. É a~sj,m que as gooealogiJaJs ;recolli~cLalS por NOTAS
Thumwa1d nas ~lhas de Salomão IreVlelam, no Illúmero de fale-
(1) CUSHING (Frank Hami1ton ) . Outlines of Zuni creation
oimentos, mais de 8 % de mortes violentas (11). myths. U . S . BUI"eau of Amerioan Ethnology. 13th annua;l Report,
F'Í:na1lanente, s6 e~-..easo , _no\S dev:eI1emos servir . do.- .pp. 321-447.
~,tenrogM~ri~. O"êiiiR~~g simu;Lt~ díes~ ~ife~enj)es mét<?~~,?S - Id. A Study of Pueblo Pottery as illustrative of Zuni
'iiffipe;rln1tir-~OOIlllSlga'"'cb.egarr- nao 66 à ruxaçao das 1lllil5oSª~, culture growth. U. IS. Bureau of Amerjcan Erthnology, 4th annual
r
22 23
}t , ...
,'i /''':~.
repO'rt, ipp. 467-521. - ID. Zuni fetiches . U. S. Bureau O'~ American
EthnolO'gy. 30th ann ual repO'rt. - STEVENSON (Mathllde CO'xe) .
Ethnobotany of the Zuni Indians. U. S . Buveau of AmeI1ican
EthnO'IO'gy, 30th repoI't. - Id. The religious life of the Zuni child.
_ Id. The Sia. Bureau oi American Ethnology, 11 rtJh. ann. re.p.
- Id. The Zuni indians. Thedr mythO'IO'gy, fraJtern.itie.s and cere-
mO'nies. U. S. Bureau O'f Amer. TthnO'. 23rd ano ,r ep.
(2) Cf. MAUSS (Marcel). DivisiO'ns et prO'PO'rtions des divi-
sions de la sO'c iologie, Année sociologique, N . S., H, 19.24-2'5,
3
PiP. 98-173 e Id. Fragment d'un plan de sociO'logie génerale descrip-
tive. ClassificatiO'n et méthO'des d'O'bserv3JtiO'n des phénomênes géné-
ro.ux de la v1e soc.iJale dans les SO'ciétés de type a:rchaique (iPhénO'mê- MORFOLOGIA SOCIAL
nes généraux s'p écifiques de la v ie intérieure de la soclété). Anna les
SO'ciO'IO'giques, série A. SO'ciO'IO'gie générale, :f5asc. 1, 1934. PO'de
igualmente cO'nsu1tar-se: BROWN (A. R.). The Mehods O'f ethno-
logy and social anthropology. SOUith African JournM O'f Sci!ence. Cha~~~Sle oodedad9 lum grupo social geLalmente ..ÉEJ9~
XX, pp. 124-247: e THURNWALD (R.). Probleme der Volkerpsy -
chologie und Soziologie. Zeitschr~ft f. VolkerpsycholO'gie und SO'-
nado por .si mesm.fl.!!J!J42LQ1!!!.J:lNi.....maior ou menor. . _fI'}_OL sé!f!!1!.!:.e
ziolO'gie, 1925, I, 1-20. ~fzC~r:and.e._ .P1!l.a.... conter grupos secundários cUlo
(3) ExemplO' deste tr ·.balhO' em SOUSTELLE (Jacques). La .,....-.
muumo e, d' . ndo geraimente
OIS, vI'Ve -- num oc mz 0, tendo
. -iuu:I.
culture matérielle des Lacandon. Journal de la SO'cie1Jé des Amé,r i- . zngu a cOnstztUIÇao e muitas vezes uma tradiç~
=isbes, 1937. ~pr{ã;::::-------
(4) MAUNIER (René). La construction collective de la maison
en Kabylie. Paris, Institut d'EthnolO'gie, 1926. A mais notável d~ficuldade a enfrenta'r 'e auatrap,assar, no
(5) LEENHARDT (M.). Notes d'ethnologie néo -calédonienne.
~ decorrer do estudo, é a determinação do grupo social analisado.
Paris, Institut d'E1thnologie, 1939; Documents néo-calédoniens, Pa- EJlec~~vamente, não nos devemos fiar ~o oome qUle a lSIi mesmos
ris, Institut d'EthnO'logie, 1932; Vocabulaire et Grammaire de la , r se dão lOS 'indigenas, nome que na IlIlaJioIr pe.:I1te das vezes signi-
langue Houailou, Paris, InstitU!t d'EthnoIO'gie, 1935; Gens de la ~t "'~.;{I-_ fica: homem, nohre, etc., ou é tirado de 'u ma .particuJarJdade
grande Terre, Paris, Gallimard, 1935.
(6) THALBITZER (W-illiam) . Légendes et chants esquimaux tL'{,ÚL,,: :l:inguística; ao .passo qUle os ~omes dados ,pelos e5tJra.ngekos são
du Groenland tI1ad. dO' dinamarquês, Paris, LerO'ux, 1929: ver igual- llI1U1btaJs vezes ,tJermos de dJesptreZO. EriSltJern doilS E1~~~ra detJer- . ..
mente The Ammasalik Eskimo. Contributions to the ethnology jJl.~ minaU:UJ...gggpaiIIl:ento: o habitaty a ltõg;uiO - .
of the East Greenland Natives. Copenhague, 1923; i:n tWO' parts,
2.a ,pa rt., n, O' 1 e 2. - H . THURllúN, Un the Eskimo Music.- /íM .T.
.{..~ J.' .:! : ~ .. . .
~ ... .r::
W. THALBITZER ·a nd H. THURIDN. Melodies from East Greenland, 1) o habitat. O rOOl1Iwtório COffiUJIll a :UJIll gl1upo de homens
ill.O 3. - W. THALBITZER. Language and Folklore.
(7) MALINOWSKI (B.). Ver especialmente Coral Gardens and
~:J,/~i'lt" relaJtJivamente 'OOll§X~~iFr~~§:'~~:Çf~:jp~r'-lf~§QcTg'
their magic. Londres, 1935.
~ vutgáifffiê'nte si~IlIifk;a,tli'Vo de 'UIIllã' oociedade. No :entanto, este
(S) 1'.10NTAGNE (RO'bert). V i llages et kabas berberes. Paris, 0 . c111téruo mootra-'se por YeZJeS ÜIIlsuficioote: países mtJeüros COlIDO
Alcan, 1930. 1'&:1[.... " o Sudão <São co\nSl~~tuídQS !por povos amaJ1ga.mooos desde o sé-
(9) EstudO' da constituiçãO' ashanti emRATTRAY. Ashanti J ./ : culo XII; 001 Daomé, UtIIl poder f'oo1 oootraJ pôde coostiltUli,r por
law and constitution. OxfO'rd 1929.
(10) Cf. RDIN (P.). The' Winnebago tribe. 37th Annual Report obrJgações -de IÍlribUltos uma urndade tSÕmentte tPOJí.tJiea, dJeixatndo
of the Bureau O'f America n EthnO'logy. WashingtO'n, 1923. UJIDa aJUltooomia quase comp],eta às ,urihos LSubmetJidas, De resto,
(11) THURNWALD (R.). Adventures of a tribe in New Guinea a dim1nui,ção das oooiedades qUle sobr.evli vem no mterior é sufi·
(The Tjimundo). Essays presented tO' C. G. Seligman. LO'ndres, 1934. oientOOlJeIlIte ola,ra pa:ra qUle o oriltér.i:o do ltenritóni:o seja bom.
25
- -- - _._ - _ ._.
")-"r -;--, /: ;,~ - -;I~
'~/ " '--,, - !{" /,; /, .' ,
/
eXl~tência de ,raízes comuns na origem de grupos muiJto va:s.tos nos...J3imlmoore.... OS povos pa&tores e~uarrLde.9~ç~es de
OOffipIica a tinvestigação. Será ,prudente, pofltail1to, a-:ecoI1I'eIr aos g<lJn4e, ª,mp1~tu~y:'1nIe~!aJgens,,;Se_Não, -.esgotàndo.
linguistas. O nomadismo ,podie-obsierva:f;~~
aqUJi ao_yl_vo.
O empI1ego destJes dois meios pDãe fom'ecer determilllaçães ' - .----ÀnoÇãõ--aa- l,n~tr@J~Aade sérá su b~ll~llui,*__eIIl.-IDu:i,tos ~
suficientes. A das se aoI1escentarã,o as mdicaçOO.s ,tiradas dos pelà ·noç~':de-Hperé~r:so_~ ~~~~~r19f]j~h~~__g§__~us wtinej.
renÓInenos j,midicos, da e~temsã'O do poder cootraJ, dos oUJ1tos rárioo. Será a,s sim,pr:é:lOiso_ anotar para cada grupo _n~!:L'~_ÓJL:s:ua
naoiooaás, das lironteilras lei ,também das :mdicações [1evelad:as ,por locallização lIDoment~ea, 'l!1Í.áS-'- todà- a 19ua,ánea __de _..per:cUJrso..
SÍ:Ilruis exteDior,es: traJe, cabe1eilra, ItatJua,~ens, leite. F3Jr-lSe-á figura,r militas 'V'leZJes -a _:1()iIlga, ....:.<lj~t.~---ºÍ?:~ U5 Peu,l na Áfir:ica ooidental,
a descI'ição de ,todos e&geS &iIllais à cabeça do trabalho. lOS Maswi na África ol"ÍlentaJ. e, duma. maneira geraJ, todos os
A difiouJdade em dôteI1IDinllir o grllJ)o ,sociaJ expl:ica-1Sie pela povos ,pastores que viv'eI!l1 ao ,lado de ,povos não pa:.SltODes, lSerão
mexiffiência da ooção nas soci:edades ,pIÜilIlii.tivas. A nação só aqui serv'os e cam:p0ll1:eses, noubro JOcall consti:tUiLrão a classe
exJi&te numa iPM1te da Bun0p3. moderna, :onde a lS:QoiO'lo~ia mos- dominante.
,tira que mesmo a ,u[]ificação ,inooI'ior é il'Ielativa. PràJticamente, 'O
etnó~rafo só conSltata in'~erferênciaJS entre gDUpOS :e 3Jgnu;pamen- Ao mapa_de. ('}ljOO novooção serão j.ootos:
",-~>-' ~- ~~---~-~
tos ,remporá11ios, vall"iaJ!1do de zero ao mliiniro. Ponmto, não
se dev,erá imagina,r urna sociedade suda'nesa ou banta, lS,egu'indlO - Um mapa dos ter;;:.enos agrícolas çl~_-pas.[çl.$em e de
UlIIl 'tJi,po europeu :e situada n'O tempo e 00 espaço, uma 'VIez que -!,!lií1SiimL1!§a.-" ~~~oa,r~~ã:~lgI~ .~ ~~ét(; à
a paz e a guerra são ex.oI.U1Sivrus de ,u ma perfeita mtJe~I1~da.de. ~_~<:t' ·f1,?rf:"[email protected]~~--e';:;:IiNif._~~o-, ~"--'~>
Na ,prática, é prudente rtoIDalr um .gDupO de população den- q.üe _coodilOlona a VlI:da ooclaJl, oom_omLtl;r as "rol~s huma-
tro de uma deteI1IDmada sociedade e, nela, um nÚimero ,limiJtad.'O nas: _9ú1~Úira:s;-pa1f~g"ªS:~:Caças, ,po'I1iQS:&é~-,p~wn=~._
de 1ocailii.dades de orgaruização evidentJemen,te comum. O oOOer- caça, Joc:a:is_de iPescit;....a.notar-~e-ão ,também as ~ta~s
'Vador que lÚ~ver gooto pelo estiUdo de conjunto junltará um catá- , . de"'-Cãi;ã: · 'QJesª; ,:_~ºlheita~-ã-- -va:r~ç~odas "1õea.Liiâç5es
" l
;.t .J;~
~. ,-...,.., segu:ndo . ~ ' ;eSlta çQes;- --_· _" -, .,-~ , .. . .... .
Jogo estr~to, loca1, dos factos estudados. , -- _.:-":r::'.:- " . ... .... .....
' ~_ :"' _ --~
26 27
/
.,:; ..;.....
,
")o,/y /
j;:;:;' . \; .,
V ,.,'-" ' .,r L,' .< 'Ji,;,,;,. ~,
da iOOonl()[D;OiTfuJogia, ou~.. s:Q!!l~
:0 .; Nota'f-se-á a ili~ção das div:oosa:s a§JOifierações que se
sucederam !Ila região desde a Idad'e doIS Metuis; nOll11eadamente,
j:~~e~~~~ºª-~,o~__:-~~ as estações neoHt1oaJs ,t:estJemull1hal!11 l\J[l1a ferramenta mu~tO' a;per-
>t~/O~~~d~eoJ]l~_-baseo-gecgr~
-dá" v.i.da \$0001: mar...moJP.Io~~~~goa:·:-::- o f.eiçooda: dioobrava:r com o. machado de ~ecLra e de qoo,lquer
~ ," '/~ -' ~.!!_~~l,le.. o...hO!lllL~.. ~2GP~eDiJIIieflJ~~ocess:id~es I~p~ rorma. qlUJe não :pelo fogo ,põe um grande problema l3.!0 est:lbe-
-\
jv~ t c,-" qUJe lSe adapta de ooteIIDhl1a:da forma a . determinaâo 00110 e
/L'U ' ~; mui,1:aIs Vlezes o .procura? Será; '!l?élõ"coilltráJrio, porqUé' Sie' ei:iOOn.:.
~ecianeIliro das 'VIiras ,dJe oomooicação.
Bis pofitalIl,to ~eDffiÍnado O' esbudo ca:DtográLico da socieda.cJ,e,
fram num determinado solo que 05 homens :se adaptam a ele? esúOOiO l>iJmuLtâmleamoote es1âl!ico e dÍlllâmico, h'lUl1a!Il() e não
As duas pergootas f:a21em -se IsUmuJtânJearrnooteo 'P<iJrece-me certo humano.
,"',: q'UJe o. faotor população e o. faotoi' >técnica de uma deterrrnJi!Ill3.!oo RJootam aIS YWIjja~ões no ~em.P9· 91m3 Isocied3d-e ~ morre,
. ,: . J pop~çã,oo rondJiaioillem tudo, num dado solo. Uma ~o.cLificaçãJO a ~uã ~déllde ~~~~~r._!0ad~..!_sr~~s!cE....:p:~.iJl':'C.~P.iQ."':9:l,l:~ o DJJlkh~im
' . :. ' , l1aJS ,toomca.s pode ailtera,r compLetamente a adaptaça;o ao ruJo. roi--o-prtl@e]fo ~~Lg!~~~~W.Q-~9-~.
Por eXiemplo, a :iI!1dústr.ia mineilra do :fieDDO na LO:!1fa,me, que -ffiurutos. Uma oociledade jP,ode morDer CO'IIl,.. a -iIl1Ú'r.te iCLe o '~
tOMOU possível ll1ão a ,pre&ooça Ida piiJóte de :fier.r.o. lIIlaS a des- ~e~empfõ: "õS~TãSmãi1iosr pode a,i,nda ser 2Y.h'k
cober.ta dios .proce:SlSOs que lPermiJtem a ex,ploração tClieSlsle miné- iIÜZaJOã.ciii]ã,db momento.. 'CeJremplo: os Lobí<là~'f.ri:Cã-õoiden
do. Durante séculos, o carvão Vle~taJ oorv~u iP'l'ra a IP'Deipa:ra- táÍ) e ['~11~i~iQbI1e.o:b~difeDeIl!te..s.i.._ g9_. ~glg~e.ra:r.-~. a
çãJo do lierro porque se i~oa-ava a l1:écIl1ioa. dJoSOOIffi<OS de ,tem- ~?ãiS5õõie~~,,~o..f:oIJman:..llIIIl--cinJeç:E~~.: ROll11a é um cÍllle-
pera:uu,m mUiÍlto ,elevada que p'ôDmirtJia que se, em.p.Degasse coque ciOOiõlfé'dJversa:s oidl3.!delas: ailipina, tl<lJtini:etrusca e g~ega. JeDu-
oomo. combUSotívd. Noutm zona, os traj-oo>tOlS de "grancLes dills-
rtânoiaJs dOIS Esquirrnós serWn ilimpo&Sív:eis I>em. o umiak, o .gralllde
sail:ém, oidade da pureza semÍlta, abl1igava anJ1:Jigos Cananeus,
ba:rc.o munido de 'Demos. IsraeliJtas e H1DiDa~. A descr.ição de GJ.;Dtago em Salammbô é
Tudo listo determina, !Sem que ,tal se po,ssa ip,rev1er com _,o r m'tufidoote il1:este ,pOIl1Jt'O.
a:núeoedência, rrnorfoJogias .dJUipla:s le IDr.ipJa:s: O'S EsqUJimós oonhe- i r' li M-e,..ir~~Qy,hlmmtOl$ :AA p:QPUilacãQ de~rã'O ser ,estll!dados g)a
cem uma dupla morfologia (l). Os habitantes do vale <i9.l3:.~, /Ji..~ - v hiStóríia: histórüa das anJi@rações que são an.JÜtas 'yelies...de g)I"M1de
~ Suíça~ ,u,ma liDipla morlO'lOgiJa: v;jll100s e 'dLm;poo 111:0 vaJ:e, ,::' ããiFph'fooe '~e~L~~~~es [>~ÍIIl~ias) ·~.:PI~f:?- de ~
caJIJJ;próSna ooCói9ta°-x:lao1Il1o.rut:áll1ba, grandes C<lIIIlIPI01S ' chetiôs -de3iiá ~do-mclhlor,-em ceDtolS ~Sr._lPoo:era:JevaJl'~-uma....iPo:pulaçao
'U9 cimo, fazem deles ~iffilu1tâneamente hor,uicuilitoÍ1es"'-eí~stones,
,<
A
I
: '~.. '
rO;:fl.l . ; ~ a erIlJ1gmr.
-0---·-------- ~
com aésLocâ.'çãO· compLetá de toda · a" po'yoo.çãQ~41t5: yerãõ--é-:::-;-du- ,,1 ' ( " , '::-" _V''"'Es,oo:aã?ení''' pormenOlf os processos de erni'g)ração e imigra-
'a-a:núe ,DOOO o. anJO', dJeslooáções inQO,~pJe>~, dos hombnsque"'vãô __ 1 ção, e5lSa filtragem die ,uma oocieoode pa,m ou,ura. É ,todo o
cuidaJr das suas 'V'lnbaJS. . . . · . 0. ---- -."""-__~~. -o---
\ ;graJIlIde Iprob1:ema ooloo:ial que aqui se [põe, aSSim COiIllO o pro-
Urna. VieZ .dJefill1,id3:'~ ,llJs..., agl0>merãÇoo'S';-'-a~ua densida;.ci~ ..a.;s blema de rrnãO'",de-obra.
" ,"suas ['~ções -~l . <> .ro~; · estu;dar~~{).. ~•. ~es-enD&.~glo,, QUaTIlto aos lIllovGeIlJtos à superfícbe dlo wl0, são ooman-
" '~> meraçoes. Relaçoes IIiIlISCI'lItas -ll1o--ooJD,.... 9:~~,de~ume~. dados pela gue~ra, a paz, o povoamento, a tecIlJomorfologia, os
. o. moote-Jlas técnicaJS. _ S~o ;pDimciro as 'vias~~~' {ma-
, fenórnooos Illa,tu;ra;is, em espeoil3.!l bio-sooiológicos. O que domilina
~ o paS e, ~Otõgfãif,jHíS ~cLe àVlião) Il1~S qu~~~ a 'IDt~~§aJde , ,i::! n~rrii>JnJtn...il~ Álimoa
" ~
~; 'o~O-.ltràDlro-e-Jamb~VuagOO . °m---ru-o ~e
\\ a ..;~
h:]__~QI'~ .'" _ . --.-'---.____ ~ e_a Ipresenra <:lã IDOI5ca
,,,,. ser um O'bstáoulo absol,UJtJO em teanpo de 'em. ,e ser, !pelo eOIl1- o~::~~-~_. ~.o..9~~!~~L~~~ tran~ontarrn ~
[l100.ca ..... ~.-?" ~ ~-- '
0
I _ Itrámio. lU!Illa V1a comeroia"! lexcdeIlJúe e lSuperuor a ,roda a 'via / .. '( 0 , . ' -
, ~ ~ terrestre lem ,ueIDlP0 de estiagem. O m8Jr não. é lOOl ..ooOO1áoolo: . .... O~o ~oÇlu.#í.br~ !I1~ura~rye$et:aJis e all1-irrna~s, as epidymias,,~
\~ 'o "~ t~~.é.-.uma.-X§,:~_.soaJ1~:.ca.çAq'o .'S?}~t~ desde ep'.iwotia!~, , estã:o , em relação com-,os' últimos problemas relativo,; ~ ~ '"
/'}./ ~
(, ! ~ ''..( I
,
T '-' - - '
~ .<
I do 0010 le daVlida de uma oociedarcLe ll1um rda:do solo. dessa
Vlida mO'vrillIlenrtada. Item um 1Il1tel1es:se capiltal. Qll.a!lquler soere-
darcLe 'Vi'Ve rIl;UIlIl meio I!D8.rIÍs V'8JSto que ela le centos eLementos NOTAS
fuIll,darmerut:alks da vida oooiaU teXiplicam-se 1l100000000000000ente pela pre-
sença. nas :fironrteiras da oooied~de estudada. de uma O'UJtra (1) MA USS (M. ). Essai sur les variations saisonnieres des
oocied3Jde. 'Mesmo nos AUlstmll:ianos. mesmo nos TasllIl.ânôos. sociétés es7dmos. Année sociologique 1904-1905.
(2) HOERNL:E: (·].1:rs. R. F . A .). The Expression of the social
há os (mós» e os outros. PortaJnrto. reVlilta;r '8JS explicaçoos d:ndi- value of Water among the Nama of South West Afr.i ca. South
'VIiduaús : O' observador ,estJrangeilfO n'llilca saberá qual é a causa .Nf.rioan Joumnal oi SCience, 1923, .pp. 5l4-526 .
de IUIlIl fen6meno: o seu papeI iliim1ta,r-se-á ao megisto desse
fenómeoo.
Em 1JUoo ,i~to. as 'oolaçÇ>es.-entre--os--funómenQs maiJs, m3Jte-
ria1s e os f~óm~~,~~ais ~1r1tua:is--~~~cada ãoo~
Ver, por ' exemplO'; o'''ll1éjÍo=-ltraOOlho~~a
l categoria da água lllOS· Nama--Ho'toolõte~U1~ (2) .
(!~.v Nunca lSe ISa,be oll1ide-..:.Leva_ º.!!l~fenómeno....s.'Q~e
~ .. dadre f.aci as l!IlaI!as e par.t irá Iboda . ~r: ~~
moodo melhor... · . ' . .., .-.' )
.~~irrrl. n~~SL~qu~~_ m0:3'l ao ~~~os
matenal1s, e V:lce-ver,c;a._.
30 31