Apostila PCM
Apostila PCM
Apostila PCM
Muitas pessoas imaginam que implantar um programa de PCM é algo difícil e caro. Vejamos
como responder a estas dúvidas:
Grau de Dificuldade
Custo
Existem várias maneiras de se implantar um programa de PCM, entretanto a mais ágil e segura é
através de um software de planejamento de manutenção. Desta forma é criado um elo perfeito
entre a flexibilidade e a agilidade do software unido a gama de recursos do programa de PCM.
Vamos agora discutir sobre conceitos básicos de manutenção para então entrarmos de fato no
assunto PCM. Veremos agora quais são os 3 principais tipos de manutenção aplicadas na
Indústria.
Essas intervenções têm como principal objetivo manter os dispositivos em pleno funcionamento e
garantir que todas as suas funções sejam desempenhadas de forma eficaz e com alta
confiabilidade.
Ao longo da história, a manutenção sofreu muitas modificações até chegar aos mais sofisticados
processos existentes atualmente. Com o passar dos anos, novas tecnologias foram incorporadas e
processos, técnicas e procedimentos foram desenvolvidos.
Tudo isso fez com que as intervenções para reparos se tornassem mais eficazes e rápidas. Dentre
as diversas linhas e diferentes tipos de manutenção, existem três que possuem maior destaque a
aplicação: a manutenção corretiva, a manutenção preventiva e a manutenção preditiva.
Cada uma delas possui uma forma de aplicação e um momento certo para ser realizada. Todos os
engenheiros, supervisores e coordenadores de manutenção sabem que todas elas são necessárias
para que as máquinas e os equipamentos mantenham-se seguramente em operação.
Caso você tenha alguma dúvida sobre esses três principais tipos de manutenção, não se preocupe!
Vamos apresentar, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre cada um deles. Confira!
Manutenção Corretiva
Esse tipo de manutenção é o mais antigo dos três, pois existe desde antes da Segunda Guerra
Mundial, quando a indústria não era mecanizada e quando todos os reparos eram realizados
somente quando existiam quebras.
Como o próprio nome diz, a manutenção corretiva atua nos equipamentos para corrigir falhas,
quebras ou defeitos, realizando intervenções que façam com que as máquinas retornem à operação
normal.
Manutenção Corretiva não Planejada: correção de uma falha aleatória em que não existe
tempo para agendamento e preparação do serviço de reparo a ser realizado. É representada
por correções de quebras que mantêm máquinas fora de operação. São caras, demandam
tempo e levam a perdas de produção ou serviços.
A Manutenção Corretiva não possui vantagens, pois ela visa somente corrigir falhas e retornar os
equipamentos ao seu pleno funcionamento.
Manutenção Preventiva
Esse tipo de manutenção é muito conhecido e amplamente utilizado. A manutenção preventiva
tem como objetivo evitar quebras e o aparecimento de falhas em máquinas e componentes.
As tarefas preventivas são realizadas de forma periódica, sendo cumpridas antes que surjam
avarias e falhas ocorram, garantindo que as máquinas mantenham seu funcionamento eficaz e de
forma confiável.
Todos os procedimentos preventivos são programados e devem ser realizados de forma periódica,
seguindo um intervalo previamente determinado — geralmente estipulado pelo fabricante do
equipamento ou pela própria empresa que o utiliza.
Geralmente, as intervenções preventivas são realizadas de acordo com o uso da máquina, levando
em consideração fatores como horas de uso, quilometragem, ciclos de operação e outros.
Por ser uma manutenção totalmente planejada, os supervisores não são surpreendidos. Isso evita
quedas de rendimento, paradas para reparos e, principalmente, diminui os custos da manutenção.
É muito importante saber que essa alternativa não diminui as trocas de componentes em um
determinado equipamento, mas que permite que a vida útil dele seja maximizada. Dentre as
principais vantagens da manutenção preventiva, pode-se destacar:
Manutenção Preditiva
O último tipo de manutenção é o mais moderno dos três. A manutenção preditiva é definida pelas
atuações que são feitas nas máquinas de acordo com alterações em parâmetros de controle e
perdas de performance.
Ela é conhecida na Engenharia de Manutenção como um método que tem a finalidade de indicar,
por meio de softwares e equipamentos, as condições de funcionamento e desempenho de uma
máquina em tempo real.
Por meio desse controle de parâmetros e métricas é possível que os responsáveis pela manutenção
monitorem a degradação dos equipamentos, percebam perdas de rendimento e determinem as
intervenções em momentos propícios. Tudo isso evitará que ocorram perdas para a empresa.
Ou seja, ela dispensa que os equipamentos sejam inspecionados fisicamente. Não são necessárias
paradas e desmontagens, por exemplo. Dentre as principais vantagens da manutenção preditiva,
pode-se destacar:
É importante que os supervisores e coordenadores de manutenção saibam que isso não elimina
totalmente as intervenções corretivas. Quebras acontecem e nem sempre podem ser previamente
detectadas. Por isso, é importante conhecer todos os tipos de manutenção e saber quando utilizar
cada um deles de forma a maximizar o uso das máquinas.
Dentro deste contexto, manter a produtividade alta exige que o tipo de manutenção dos ativos seja
cuidadosamente escolhido e aplicado. Qual método se aplica melhor à companhia:
manutenções corretivas, preventivas ou preditivas?
Quer saber mais sobre esta metodologia e suas vantagens? Então continue acompanhando a leitura
deste artigo, pois é exatamente sobre isso que ele trata. Confira!
Breve histórico
A RCM teve seu início há mais de 25 anos em indústrias aéreas, por meio da análise das políticas
de manutenção da aviação civil. No início dos anos 1970, os primeiros conceitos da RCM foram
desenvolvidos e documentados em trabalhos científicos, expandindo-se então para os mais
diversos ramos de atividades.
Esse método de manutenção tem como paradigma a “preservação da função do sistema”. Estão
entre as principais preocupações operacionais: analisar falhas; probabilidades de recorrências;
definição de procedimentos; critérios de priorização baseados em fatores econômicos e práticas
eficientes e seguras envolvendo o custo-benefício no combate às falhas.
N casos favoráveis / N casos possíveis, tal que o valor seja menor ou igual a 1
Sendo o valor representado por 1 a indicação de que haverá, com certeza, a ocorrência do
problema e o valor representado por 0 indicando a probabilidade nula de o evento acontecer. Esse
índice de probabilidade pode ser expresso por valores entre 0 a 10, ou em porcentagem de 0 a
100%.
As características das falhas possuem seis tipos básicos, que podem ser diagnosticados por
distintas curvas, representadas abaixo no gráfico “Falhas X Tempo”:
Ao responder com precisão a essas sete perguntas, é possível evidenciar o que cada ativo em
revisão realiza em seu contexto de produção e quais ações devem ser tomadas para que ele tenha
continuidade e eficiência produtiva.
É evidente também a ampliação da vida útil dos equipamentos, visto que cada componente do
sistema terá a manutenção necessária para cumprir satisfatoriamente a sua função. Além disso,
melhorias do desempenho operacional em função da maior disponibilidade dos equipamentos e
otimização do custo-benefício da área de manutenção surgem como vantagens da metodologia.
Por fim, a Manutenção Centrada na Confiabilidade gera ganhos significativos em outras áreas da
companhia. Quando se extrapola a análise dos resultados após a implementação da metodologia, é
possível notar, a médio e longo prazos:
maior confiabilidade;
maior segurança;
melhoria na qualidade dos produtos;
ausência de danos ao meio ambiente;
maior custo eficaz (quando assegura-se, por meio de práticas acertadas de manutenção, que
o capital investido tenha o melhor retorno).
Confira abaixo alguns dos indicadores mais utilizados para medir a eficiência de um plano de
RCM dentro de uma companhia:
Todos esses indicadores aumentam a confiabilidade dos processos, mas para que isso seja
verdadeiro, é necessário que eles sejam coletados e medidos de forma precisa. E é aí que
os softwares de automação atuam no âmbito da Manutenção Centrada na Confiabilidade.
Com as inspeções periódicas são obtidas informações utilizadas para programar manutenções
pontuais, normalmente com custos reduzidos. Por exemplo, quando se nota que a vibração do
equipamento está aumentando de forma incomum. Você programaria uma parada de manutenção
para resolver o problema ou esperaria que o equipamento fosse danificado? Sem a inspeção
provavelmente a segunda opção seria “escolhida”.
Com o histórico de ocorrências é possível descobrir os padrões por trás das ocorrências e
consequentemente evitá-las no futuro.
Qual é o tempo médio de manutenção de cada equipamento? Houve algum desvio pontual? Se
houve, qual foi o motivo e qual foi o custo adicional causado por este desvio? São perguntas que
podem ser respondidas com um histórico de tempos de atendimento.
Qual foi o equipamento que gerou o maior custo de manutenção em determinado período?
Baseado no custo de manutenção atual, vale a pena substituir algum equipamento problemático?
Passar dias criando um relatório ou gráfico é um desperdício de tempo e recursos da empresa. Para
isso defina quais são as informações mais importantes, crie indicadores que lhe deem essas
informações de forma rápida e gráfica. Utilize os softwares disponíveis como seu aliado.
Com essas informações levantadas, basta organizar tudo em uma planilha e fazer um esboço
visualmente adequado para que fique claro qual a ordem das etapas da manutenção. É importante
ter em mente que todos os funcionários envolvidos com a área manutenção podem, em algum
momento, ter contato com o documento. Por isso, ele deve ser simples e fácil de entender.
Algumas outras características específicas do cronograma voltado para a manutenção devem ser
destacadas. Falaremos de cada uma delas de forma mais aprofundada a seguir.
Assim como em diversas outras questões ligadas à gestão, o cronograma de manutenção deve se
adequar às características específicas de cada empresa. Por mais que seja importante tomar como
guia o funcionamento padrão de certas ferramentas, elas devem se adaptar para atender às
demandas da empresa, e não o contrário.
É por isso que o cronograma deve especificar momentos específicos para esse tipo
de processo e outros mais frequentes (diários ou semanais) para manutenção
preventiva e preditiva.
AS FASES DO PLANO
A previsão do tempo disponível e necessário, por sua vez, deve ser pensada de
forma coletiva. É fundamental envolver até mesmo os responsáveis pela produção
na tomada de decisão, já que eles estão mais familiarizados com a rotina de cada
máquina e saberão quais as reais possibilidades de parada.
Para entendermos a questão da previsão e controle dos recursos de mão de obra numa equipe de
manutenção precisamos compreender o conceito de Homem x hora.
Símbolo: Hh
É a soma das horas aplicadas por cada pessoa de uma equipe envolvida num trabalho.
José trabalhou 6 horas por dia, durante 3 dias. Um total de 18 homens-horas. Ou 18 Hh.
Um trabalho de 160 Hh, com cada participante trabalhando 8 horas por dia, precisará de 4 dias
para terminar se forem 5 pessoas trabalhando. Com 4 pessoas, a duração total aumentará para 5
dias. Para ser feito em dois dias precisa de uma equipe de 10 pessoas.
O custo médio do homem-hora de uma equipe de 2 pessoas onde uma ganha R$ 20,00 por hora e a
outra R$ 10,00 / h é de 15,00 R$ / h. O custo da equipe toda é de 30 R$ / h
Em uma equipe de 6 pessoas, o custo por hora de uma é R$ 5,00, de outras 2 é R$ 7,00 e das 3
restantes é R$ 4,00. O custo médio do homem-hora ou Hh é (5,00+2x7,00+3x4,00) / 6 = 5,17 R$ /
h, ou R$ 5,17 / Hh.
Por fim, defina o tipo de manutenção e o nível de criticidade de cada item do Plano . No
primeiro caso, os mais comuns são manutenção preventiva, corretiva, preditiva e corretiva
planejada. É uma questão que varia de empresa para empresa, mas é interessante ter essa
referência.
Já em relação ao nível de criticidade, fica a critério dos supervisores. Em algumas empresas, ele
pode estar relacionado ao grau de uma falha. Certos fatores ajudam na avaliação desse
parâmetro: segurança e meio ambiente, qualidade e produtividade, oportunidade, taxa de
ocupação, frequência de quebra, manutenibilidade etc. Riscos ao meio ambiente ou à segurança,
por exemplo, indicam um nível de criticidade mais alto.
O Plano de manutenção pode, ainda, incluir diversas informações relevantes, de acordo com as
necessidades da empresa. Alguns exemplos são a análise de riscos e as diretrizes de mudança, de
comunicação e de integração entre áreas. O foco é garantir não só uma boa execução como um
gerenciamento eficiente dos processos de manutenção.
Organização, por si só, é uma grande melhoria de processos. Ela evita imprevistos, erros humanos,
desperdícios e vários outros prejuízos que podem ser causados por uma dinâmica bagunçada. No
caso da manutenção, ela chega ao nível de até mesmo diminuir o estresse dos técnicos e dar mais
segurança para a realização das tarefas.
Os processos, ao serem descritos detalhadamente, são realizados com maior cuidado. É
importante que os técnicos e operadores em geral sejam treinados e conscientizados sobre a
importância de seguir os procedimentos. Serviços paliativos deixam de fazer parte da rotina da
manutenção, algo que quem trabalha na área sabe que é um grande problema.
Como você pode ver, o Plano de manutenção é um instrumento que parte de um princípio
simples, se adapta à realidade da empresa e traz enormes benefícios após sua implementação.
Definindo suas etapas com inteligência e levando sempre em conta as características das
máquinas, da linha de produção e dos recursos disponíveis na manutenção, é possível desenvolvê-
lo com tranquilidade e colher os frutos rapidamente.
Lembre-se de que ele deve fazer parte da rotina da gestão. Por isso, verifique quais são as
ferramentas que a empresa para dar suporte ao seu funcionamento e avalie se a adoção de um
software não pode potencializar ainda mais sua capacidade de controle dos processos.
ʝʝ MTBF, ou Mean Time Between Failures: monitora o tempo médio entre as falhas e é
fundamental para que se conheça a confiabilidade de um sistema e eficácia da manutenção;
ʝʝ MTTR, ou Mean Time To Repair: monitora o tempo médio para o conserto de um sistema
que apresenta falha, o que avalia a eficiência das manutenções corretivas;