Trigo No Me Tria

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Matemática

Trigonometria 1
SISTEMA COC DE ENSINO

Direção-Geral: Sandro Bonás


Direção Pedagógica: Zelci C. de Oliveira
Direção Editorial: Roger Trimer
Gerência pedagógica: Luiz Fernando Duarte
Gerência Editorial: Osvaldo Govone
Gerência Operacional: Danilo Maurin
Gerência de Relacionamento: Danilo Lippi
Ouvidoria: Regina Gimenes
Conselho Editorial: José Tadeu B.
Terra, Luiz Fernando Duarte, Osvaldo
Govone e Zelci C. de Oliveira

PRODUÇÃO EDITORIAL
Autoria: Jeferson Petronilho
Editoria: Clayton Furukawa, José F. Rufato,
Marina A. Barreto e Paulo S. Adami
Coordenação editorial: Luzia H. Fávero F. López
Assistente Editorial: George R. Baldim
Projeto gráfico e direção de
arte: Matheus C. Sisdeli
Preparação de originais: Marisa A. dos Santos
e Silva e Sebastião S. Rodrigues Neto
Iconografia e licenciamento de texto:
Cristian N. Zaramella, Marcela Pelizaro
e Paula de Oliveira Quirino.
Diagramação: BFS bureau digital
Ilustração: BFS bureau digital
Revisão: Flávia P. Cruz, Flávio R. Santos,
José S. Lara, Leda G. de Almeida e
Maria Cecília R. D. B. Ribeiro.
Capa: LABCOM comunicação total
Fechamento: BFS bureau digital

Rua General Celso de Mello Rezende, 301 – Tel.: (16) 3238·6300


CEP 14095-270 – Lagoinha – Ribeirão Preto-SP
www.sistemacoc.com.br
CAPÍTULO 01 RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO
Sumário RETÂNGULO
1. Introdução
7
7
2. Seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo 7
3. Outras razões trigonomé-tricas: cotangente, secante e cossecante 8
4. Seno, cosseno, tangente e cotangente de ângulos complementares 8
5. Seno, cosseno e tangente dos ângulos notáveis 13
6. Identidades trigonométricas 16

CAPÍTULO 02 ARCOS E ÂNGULOS 20


1. Introdução 20
2. Graus, grados e radianos 20
3. Conversões 23

CAPÍTULO 03 O CICLO TRIGONOMÉTRICO 27


1. Introdução 27
2. Números reais no ciclo trigonométrico 27
3. Seno, cosseno e tangente no ciclo trigonométrico 31
4. Redução ao primeiro quadrante: simetrias 36
5. Equações trigonométricas na primeira volta 39

CAPÍTULO 04 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE ARCOS 44


1. Introdução 44
2. Adição de arcos 44
3. Diferença de arcos 45
4. Arco duplo 49
5. Transformação em Produto 51

CAPÍTULO 05 TRIGONOMETRIA DOS NÚMEROS REAIS 53


1. Introdução 53
2. O arco trigonométrico 53
3. Expressões gerais 55
4. Equações trigonométricas com solução em R 60

CAPÍTULO 06 INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 65


1. Inequações trigonométricas na primeira volta 65
2. Inequações trigonométricas em R 67

CAPÍTULO 07 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 72


1. Introdução 72
2. Função Seno 72
3. Função Cosseno 73
4. Função tangente 74
5. Gráficos de funções trigonométricas 77
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 91
Capítulo 01 93
Capítulo 02 104
Capítulo 03 108
Capítulo 04 117
Capítulo 05 125
Capítulo 06 131
Capítulo 07 133

GABARITO 144
Teoria
Trigonometria Matemática

CAPÍTULO 01 RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

1. Introdução Aplicado ao nosso triângulo, e escrito em lin-


guagem matemática, o teorema seria expres-
Definiremos algumas relações e números obti-
so como segue:
dos a partir dos lados de triângulos retângu-
los. Antes, porém, precisamos rever algumas a2 = b2 + c2
de suas propriedades.
A figura 1 apresenta um triângulo em que um 2. Seno, cosseno e tangente de
de seus ângulos internos é reto (de medida um ângulo agudo
π A figura 2 ilustra um triângulo retângulo co-
90° ou rad ), o que nos permite classificá-lo
2 nhecido como triângulo pitagórico, classifica-
como triângulo retângulo. ção devida ao fato de que, segundo a tradição
C grega, por meio dele Pitágoras enunciou seu
teorema.
a β
b C
α β
B c A 5 3
Figura 1
α
Lembremo-nos de que, qualquer que seja o B
4 A
triângulo, a soma dos seus três ângulos inter-
nos vale 180°. Logo, a respeito do triângulo
Figura 2
ABC apresentado, dizemos que:
α + β + 90° = 180° ⇒ α + β = 90° De fato, as medidas de seus lados (3, 4 e 5 uni-
dades de comprimento) satisfazem a senten-
Com isso, podemos concluir:
ça 52 = 32 + 42.
1) que os ângulos α e β são complementares,
isto é, são ângulos cujas medidas somam 90°; Apesar de nos apoiarmos particularmente no
triângulo pitagórico, as relações que iremos
2) uma vez que são complementares, ambos definir são válidas para todo e qualquer triân-
terão medida inferior a 90°. gulo retângulo. Apenas queremos, dessa for-
Portanto, dizemos que todo triângulo retângu- ma, obter alguns resultados que serão compa-
lo tem um ângulo interno reto e dois agudos, rados adiante.
complementares entre si. Definimos seno, cosseno e tangente de um
PV-13-11

De acordo com a figura, reconhecemos nos la- ângulo agudo de um triângulo retângulo pelas
dos b e c os catetos do triângulo retângulo e relações apresentadas no quadro a seguir:
em a sua hipotenusa.
cateto oposto ao ângulo
Lembremo-nos de que a hipotenusa será sem- seno do ângulo =
hipotenusa
pre o lado oposto ao ângulo reto e, ainda, o cateto adjacente ao ângulo
lado maior do triângulo. Podemos relacioná- cos seno do ângulo =
hipotenusa
los através do Teorema de Pitágoras, o qual
enuncia que o quadrado sobre a hipotenusa cateto o
opos
posto ao ângulo
tan gente do ângulo =
de um triângulo retângulo é igual à soma dos cateto adjacente ao ângulo
quadrados sobre os catetos (sic) ou, em lingua-
jar moderno, a soma dos quadrados dos cate- Com base nessas definições, o cálculo de
tos é igual ao quadrado da hipotenusa de um seno, cosseno e tangente do ângulo α, por
triângulo retângulo. exemplo, fornecerão os seguintes valores:

7
Matemática Trigonometria

3 almente, valores constantes, desde que calcu-


sen α = = 0,6 lados para os mesmos ângulos.
5
4 Em outras palavras, seno, cosseno e tangen-
cos α = = 0,8 te são funções apenas dos ângulos internos
5 do triângulo retângulo, e não de seus lados.
3
tg α = = 0,75
4 3. Outras razões trigonomé-
Ao que acabamos de ver, aliemos um conheci- tricas: cotangente, secante
mento adquirido da Geometria. Ela nos ensina e cossecante
que dois triângulos de lados proporcionais são
semelhantes. Além das razões com que trabalhamos até
aqui, são definidas a cotangente, secante e
Se multiplicarmos, então, os comprimentos cossecante de um ângulo agudo de triângulo
dos lados de nosso triângulo por 2, teremos retângulo por meio das relações entre seus la-
um triângulo pitagórico semelhante, com os dos, conforme quadro a seguir:
novos lados (6, 8 e 10) igualmente satisfazen-
do o teorema de Pitágoras. cotg do ângulo =
cateto adjacente ao ângulo
Na figura 3, apresentamos o resultado dessa cateto oposto ao ângulo
operação, em que mostramos o triângulo ABC, secc do ângulo =
hipotenusa
já conhecido na figura 1, e A1BC1. cateto adjacente ao ângulo
C1 hipotenusa
cossec do ângulo =
cateto oposto ao ângulo
5 β
Por exemplo, para um triângulo retângulo de
C lados 3, 4 e 5 unidades de comprimento, tería-
6 mos, para o ângulo α:
5 β
3 4 C
cotg α =
3
α 5 5 β
B A A1 sec α = 3
4 4 4
5 α
Observemos que os ângulos α e β permane- cosec α =
cem sendo os ângulos agudos internos do tri- 3 B 4 A
ângulo recém-construído.
Lançando mão das medidas dos novos lados 4. Seno, cosseno, tangente e
A1B, BC1 e A1C1 (respectivamente 8, 10 e 6 cotangente de ângulos
PV-13-11

unidades de comprimento), calculemos, para complementares


o ângulo α, os valores de seno, cosseno e tan-
Já foi visto que em todo triângulo retângulo os
gente:
6 ângulos agudos são complementares.
sen α = = 0,6 C
10
8
cos α = = 0,8 b β
10 a
6
tg α = = 0,75 α
8 B
Nosso intuito, na repetição dessas operações, c A
é mostrar que, independentemente de o triân-
α + β = 90°
gulo ser maior ou menor, as relações definidas
como seno, cosseno e tangente têm, individu-

8
Trigonometria Matemática

Sabemos ainda que:


Arco sen cos tg
b c
sen α = sen β = 19° 0,3256 0,9455 0,3443
a a
c b 20° 0,3420 0,9397 0,3640
cos α = cos β =
a a 21° 0,3584 0,9336 0,3839
b c
tg α = tg β = 22° 0,3746 0,9272 0,4040
c b
c b 23° 0,3907 0,9205 0,4245
cotg α = cotg β =
b c
24° 0,4067 0,9135 0,4452
Verifica-se facilmente que: 25° 0,4226 0,9063 0,4663
sen α = cos β; cos α = sen β;
26° 0,4384 0,8988 0,4877
tg α = cotg β cotg α = tg β.
27° 0,4540 0,8910 0,5095
Tabelas de razões trigonométricas
28° 0,4695 0,8829 0,5317
Arco sen cos tg
29° 0,4848 0,8746 0,5543
0° 0,0000 1,0000 0,0000
30° 0,5000 0,8660 0,5774
1° 0,0175 0,9998 0,0175
31° 0,5150 0,8572 0,6009
2° 0,0349 0,9994 0,0349
32° 0,5299 0,8480 0,6249
3° 0,0523 0,9986 0,0524
33° 0,5446 0,8387 0,6494
4° 0,0698 0,9976 0,0699
34° 0,5592 0,8290 0,6745
5° 0,0872 0,9962 0,0875
35° 0,5736 0,8192 0,7002
6° 0,1045 0,9945 0,1051
36° 0,5878 0,8090 0,7265
7° 0,1219 0,9925 0,1228
37° 0,6018 0,7986 0,7536
8° 0,1392 0,9903 0,1405
38° 0,6157 0,7880 0,7813
9° 0,1564 0,9877 0,1584
39° 0,6293 0,7771 0,8098
10° 0,1736 0,9848 0,1763
40° 0,6428 0,7660 0,8391
PV-13-11

11° 0,1908 0,9816 0,1944


41° 0,6561 0,7547 0,8693
12° 0,2079 0,9781 0,2126
42° 0,6691 0,7431 0,9004
13° 0,2250 0,9744 0,2309
43° 0,6820 0,7314 0,9325
14° 0,2419 0,9703 0,2493
44° 0,6947 0,7193 0,9657
15° 0,2588 0,9659 0,2679
45° 0,7071 0,7071 1,0000
16° 0,2756 0,9613 0,2867
46° 0,7193 0,6947 1,0355
17° 0,2924 0,9563 0,3057
47° 0,7314 0,6820 1,0724
18° 0,3090 0,9511 0,3249
48° 0,7431 0,6691 1,1106

9
Matemática Trigonometria

Arco sen cos tg Arco sen cos tg

49° 0,7547 0,6561 1,1504 70° 0,9397 0,3420 2,7475

50° 0,7660 0,6428 1,1918 71° 0,9455 0,3256 2,9042

51° 0,7771 0,6293 1,2349 72° 0,9511 0,3090 3,0777

52° 0,7880 0,6157 1,2799 73° 0,9563 0,2924 3,2709

53° 0,7986 0,6018 1,3270 74° 0,9613 0,2756 3,4874

54° 0,8090 0,5878 1,3764 75° 0,9659 0,2588 3,7321

55° 0,8192 0,5736 1,4281 76° 0,9703 0,2419 4,0108

56° 0,8290 0,5592 1,4826 77° 0,9744 0,2250 4,3315

57° 0,8387 0,5446 1,5399 78° 0,9781 0,2079 4,7046

58° 0,8480 0,5299 1,6003 79° 0,9816 0,1908 5,1446

59° 0,8572 0,5150 1,6643 80° 0,9848 0,1736 5,6713

60° 0,8660 0,5000 1,7321 81° 0,9877 0,1564 6,3138

61° 0,8746 0,4848 1,8040 82° 0,9903 0,1392 7,1154

62° 0,8829 0,4695 1,8807 83° 0,9925 0,1219 8,1443

63° 0,8910 0,4540 1,9626 84° 0,9945 0,1045 9,5144

64° 0,8988 0,4384 2,0503 85° 0,9962 0,0872 11,4301

65° 0,9063 0,4226 2,1445 86° 0,9976 0,0698 14,3007

66° 0,9135 0,4067 2,2460 87° 0,9986 0,0523 19,0811

67° 0,9205 0,3907 2,3559 88° 0,9994 0,0349 28,6363

68° 0,9272 0,3746 2,4751 89° 0,9998 0,0175 57,2900


69° 0,9336 0,3584 2,6051 90° 1,0000 0,0000 ----
PV-13-11

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. CPCAR-MG
Um avião decola de um ponto B sob inclinação de um ângulo de 15° com a horizontal. A 2 km
de B encontra-se a projeção vertical de C do ponto mais alto D de uma serra de 600 m de altura,
conforme figura a seguir.
D

15°
B C

Dados: cos 15° ≅ 0,97, sen 15° ≅ 0,26, tg 15° ≅ 0,27

10
Trigonometria Matemática

É correto afirmar que: Os centros das rodas estão a uma distância PQ


a. não haverá colisão do avião com a serra igual a 120 cm e os raios PA e QB medem, res-
pectivamente, 25 cm e 52 cm.
b. haverá colisão do avião com a serra an-
tes de alcançar 540 m de altura De acordo com a tabela, o ângulo AÔP tem o
c. haverá colisão do avião com a serra em seguinte valor:
D a. 10°
d. se o avião decolar a 220 m antes de B b. 12°
mantendo a mesma inclinação, não ha- c. 13°
verá colisão do avião contra a serra d. 14°
Resolução Resolução
D
120 cm Q
P 52 cm
C
x O 25 cm
A B
15°
B C
2.000 (I) AÔP = CP Q = a
x 52 − 25
tg 15° = sen α = ⇒ sen α = 0,225
2.000 120
x Observando a tabela, temos: a = 13°
0,27 =
2.000 Resposta
x = 540 m
C
Resposta 03. UFPA
B No triângulo retângulo da figura temos:
02. UERJ 1
I. sen t =
Observe a bicicleta e a tabela trigonométrica. 2

II. sec t = 5
2
III. tg t = 2
B
PV-13-11

1
Ângulo
seno cosseno tagente
(em graus)
t
10° 0,1736 0,9848 0,1763 A 2 C
11° 0,1908 0,9816 0,1944
As afirmativas verdadeiras é (são):
12° 0,2079 0,9781 0,2126 a. I
13° 0,2250 0,9744 0,2309 b. II
c. III
14° 0,2419 0,9703 0,2493
d. II e III
e. I, II e III

11
a)
Matemática Trigonometria

Resolução Resolução
B a) D
T

1 C

t
A 2 C B A
 ≅ CTD
ABD  (retos)

x2 = 22 + 12 ⇒ x = 5  é ângulo comum,
CDT

1 5 portanto, semelhantes
sen t = = ⇒ I) F
5 5 pelo crritério ( A ⋅ A ∼ ).

5
sec t = ⇒ II) V b) D
2
1
tg t = ⇒ III) F 10 + a
2
b+r
Resposta
θ
B B A
10
04.

Em um dia de sol, uma esfera localizada sobre b+r 1 D a
um plano horizontal projeta uma sombra de tgθ = = tg θ =
10 metros, a partir do ponto B em que está 10 2 r
T
apoiada ao solo, como indica a figura. b+r = 5 b → 1 a
=
D a 5 + 2a = 5 θ 2 r
T r = 2a
Raio de luz a ( 5 +2 = 5 ) C b=a 5
C 5 (2 − 5)
a= ⋅
2 + 5 (2 − 5)
10 m
B sombra A a = 5 5 − 10 ⇒ r = 2 ⋅ (5 5 − 10) = 10 5 − 20
Portanto, o raio é 10 5 – 20 metros.
Sendo C o centro da esfera, T o ponto de tan-
PV-13-11

gência de um raio de luz, BD  um segmento


que passa por C, perpendicular à sombra BA, e
admitindo A, B, C, D e T coplanares:
a. justifique por que os triângulos ABD e
CTD são semelhantes;
b. calcule o raio da esfera, sabendo que a
1
tangente do ângulo BÂD é .
2

12
Trigonometria Matemática

5. Seno, cosseno e tangente Primeiramente, vamos calcular os comprimen-


dos ângulos notáveis tos da diagonal do quadrado (identificada na
figura 4 por d) e a altura h, do triângulo equi-
Uma vez definidos os conceitos de seno, cosse- látero (figura 5).
no e tangente de ângulos agudos internos a um
triângulo retângulo, passaremos a determinar Uma vez que as regiões sombreadas nas figuras
seus valores para ângulos de grande utilização são triângulos retângulos, podemos aplicar o teo-
em diversas atividades profissionais e encontra- rema de Pitágoras em cada um deles.
dos facilmente em situações cotidianas.
Para o meio-quadrado, temos que:
Por exemplo, na Mecânica, demonstra-se que
o ângulo de lançamento, tomado com relação à d 2 = a2 + a2 ⇒ d 2 = 2 · a 2
horizontal, para o qual se obtém o máximo al- ∴d=a 2
cance com uma mesma velocidade de tiro, é de
45°; uma colméia é constituída, interiormente, Quanto ao triângulo equilátero, podemos es-
de hexágonos regulares, que por sua vez, são crever o seguinte:
divisíveis, cada um, em seis triângulos equilá- 2
teros, cujos ângulos internos medem 60°; fa-   2
2 =   + h2 ⇒ h2 = 2 − ⇒
cilmente encontram-se coberturas de casas,  2 4
de regiões tropicais, onde não há neve, com
ângulo de inclinação definido nos 30°, etc. 3 2  3
⇒ h2 = ⇒∴h =
Vamos selecionar, portanto, figuras planas em que 4 2
possamos delimitar ângulos com as medidas cita-
das (30°, 45° e 60°). Para isso, passaremos a tra- Sabemos, agora, que o triângulo hachurado
balhar com o quadrado e o triângulo equilátero. no interior do quadrado tem catetos de me-
Observemos, na figura 4 e na figura 5, que a dida a e hipotenusa a 2 . Para o outro triân-
diagonal de um quadrado divide ângulos inter- gulo sombreado, teremos catetos de medidas
nos opostos, que são retos, em duas partes de   3 , enquanto sua hipotenusa tem
45°, e que o segmento que define a bissetriz e
2 2
(e altura) de um ângulo interno do triângulo
equilátero permite-nos reconhecer, em qual- comprimento .
quer das metades em que este é dividido, ân- Passemos, agora, ao cálculo de seno, cosseno
gulos de medidas 30° e 60°. e tangente dos ângulos de 30°, 45° e 60°.

A. Seno, cosseno e tangente de 30° e 60°


d a Tomando por base o triângulo equilátero da
figura 5 e conhecendo as medidas de seus la-
dos, temos:
45°

a
 1 1
sen 30° = 2 = ⋅ =
PV-13-11

Figura 4
 2  2
 3
h 3
30° cos 30° = = 2 =

  2
h  
 2 1 3 3
tg 30° = 2 = 2 = ⋅ = ⋅ =
h  3 2  3 3 3 3
60°
2

2  3
Figura 5 h 3
sen 60° = = 2 =
  2

13
Matemática Trigonometria

 Os resultados que obtivemos nos permitem


 1 1 definir, a seguir, uma tabela de valores de
2
cos 60° = = ⋅ = seno, cosseno e tangente dos ângulos notá-
 2  2 veis, que nos será extremamente útil.
 3
h 3 2 30° 45° 60°
tg 60° = = 2 = ⋅ = 3
  2 1
1 2 3
2 2 sen
2 2 2
B. Seno, cosseno e tangente de 45°
3 2 1
Com base no quadrado representado na figura 4, cos
2 2 2
de lados a e diagonal a 2 , podemos calcular:
a a 1 2 2 3
sen 45° = = = ⋅ = tg 1 3
d a 2 2 2 2 3
a a 1 2 2
cos 45° = = = ⋅ =
d a 2 2 2 2
a
tg 45° = = 1
a

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Vunesp
a. 30 3 d. 80 3
Um pequeno avião deveria partir de uma cida- b. 40 3 e. 90 3
de A rumo a uma cidade B ao norte, distante
60 quilômetros de A. Por problema de orien- c. 60 3
tação, o piloto seguiu erradamente rumo ao
oeste. Ao perceber o erro, ele corrigiu a rota, Resolução
fazendo um giro de 120° à direita em um pon- B
to C, de modo que o seu trajeto e o trajeto que
deveria ter sido seguido, formaram, aproxima-
damente, um triângulo retângulo ABC, como
y
mostra a figura.
60
B (norte)
PV-13-11

120°
α
C x A

Trajetória (AB) = AC + BC
tg 60° = 60 = 3 ⇒ AC = 20 3 km
120° AC 2
60 3
sen 60° = = ⇒ BC = 40 3 km
(oeste) C A AC 2
Trajetória (AB) = 60 3 km
Com base na figura, a distância em quilôme-
tros que o avião voou partindo de A até chegar Resposta
a B é: C

14
Trigonometria Matemática

02. UFPE 03. Fatec - SP


Considere os triângulos retângulos PQR e PQS De dois observatórios, localizados em dois
da figura a seguir: pontos X e Y da superfície da Terra, é possível
P enxergar um balão meteorológico B, sob ângu-
los de 45° e 60°, conforme mostrado na figura
abaixo.
B

60° 30°
Q R S h

Se RS = 100, quanto vale PQ? 45° 60°


a. 100 3 X Y

b. 50 3 Desprezando-se a curvatura da Terra, se 30 km


c. 50 separam X e Y, a altura h, em quilômetros, do
balão à superfície da Terra é:
d. 50 3
3 a. 30 –15 3
e. 25 3 b. 30 + 15 3
c. 60 – 30 3
Resolução
P
d. 45 – 15 3
e. 45 + 15 3
β
Resolução
B

α α
60° 30°
Q R S
h
100

 = α e RPS
Considerando os ângulos SRP  =β , 45° 60°
temos: X P Y
h 30 – h
a + 60° = 180° ⇒ a = 120° e b + a + 30° = 180°
30
⇒ b + 120° + 30° = 180° ⇒ b = 30°
PV-13-11

O triângulo RPS é isosceles com PR = RS = 100, h


tg 60°= = 3 ⇒
então: 30 − h
P
⇒ h = 30 3 − 3 h ⇒
100 ( )
⇒ h 1 + 3 = 30 3 ⇒

(
⇒ h = − 15 3 1 − 3 ⇒ )
60° PQ ⇒ h = 45 − 15 3
sen 60° = ⇒ PQ = 50 3
Q R 100
Resposta
Resposta D
B

15
Matemática Trigonometria

04. FGV Resolução


Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede Com base no enunciado, constroi-se a figura:
15 e um ângulo mede 60°. A soma das medi-
das dos catetos vale: 60° 15
x
a. 15(1 + 3) 30°
4 y
15
b. x 1 x 15
4 sen 30° = ⇒ = ⇒x=
15 2 15 2
c. 15(1 + 3) y y 3 15 3
cos 30° = ⇒ = ⇒y=
15 15 15 2 2
d.
2 15(1 + 3)
∴x + y =
2
e. 15(1 + 3)
2 Resposta
E

6. Identidades trigonométricas Vamos verificar agora como se relacionam


as razões trigonométricas que já estudamos.
É comum a necessidade de obtermos uma ra-
Para isso, faremos uso do triângulo ABC apre-
zão trigonométrica, para um ângulo, a partir
sentado na figura A, retângulo em A.
de outra razão cujo valor seja conhecido, ou
mesmo simplificar expressões extensas envol- Aplicando as medidas de seus lados no teore-
vendo várias relações trigonométricas para ma de Pitágoras, obtemos a seguinte igualda-
um mesmo ângulo. de:
Nesses casos, as identidades trigonométricas b2 + c2 = a2
que iremos deduzir neste tópico são ferramen- Dividindo os seus membros por a2, não altera-
tas de grande aplicabilidade. remos a igualdade. Assim, teremos:
Antes de demonstrá-las, é necessário que defi- 2 2
namos o que vem a ser uma identidade. b2 c2 a2  b  c
+ 2 = 2 ⇒  +  =1
a a a
2  a   a
Identidade em uma ou mais variáveis é toda
igualdade verdadeira para quaisquer valores a
Observemos que as frações entre parênteses
elas atribuídos, desde que verifiquem as con-
podem definir, com relação ao nosso triângu-
dições de existência da expressão.
lo, que:
PV-13-11

2 2x2 + 4 sen2 α + cos2 α = 1 e cos2 β + sen2 β = 1


Por exemplo, a igualdade x + = é
x 2x
uma identidade em x, pois é verdadeira para Podemos afirmar, portanto, que a soma dos
todo x real, desde que x ≠ 0 (divisão por zero é quadrados de seno e cosseno de um ângulo x
indeterminada ou inexistente). é igual à unidade, ou seja:
C sen2 x + cos2 x = 1

a β
b Expliquemos o significado da partícula co,
que inicia o nome das relações cosseno, co-
α tangente e cossecante. Ela foi introduzida por
B c A Edmund Gunter, em 1620, querendo indi-
Figura A car a razão trigonométrica do complemento.

16
Trigonometria Matemática

Por exemplo, cosseno de 22° tem valor idênti- Tais inversões ocorrem também em se tratan-
co ao seno de 68° (complementar de 22°). do das relações seno, cosseno, secante e cos-
Assim, as relações cosseno, cotangente e cos- secante. Vejamos:
secante de um ângulo indicam, respectiva-  b  c
mente, seno, tangente e secante do comple- sen α = a cos α = a
mento desse ângulo.  e 
Assim, indicando seno, tangente e secante cosec α = a sec α = a
 b  c
simplesmente pelo nome de razão, podemos
dizer que Teríamos encontrado inversões semelhantes
se utilizássemos o ângulo β.
corrazão x = razão (90° – x) Dizemos, assim, que, para um dado ângulo x:
1
Facilmente podemos concluir, com base no tri- sec x =
cos x
ângulo apresentado na figura A, que:
sen α = cos β sen β = cos α 1
cosec x =
tg α = cotg β tg β = cotg α sen x
sec α = cossec β sec β = cossec α
desde que seja respeitada a condição de os
denominadores dos segundos membros des-
Façamos um outro desenvolvimento. Tome- sas identidades não serem nulos.
mos um dos ângulos agudos do triângulo ABC,
da figura A, por exemplo, α. Dividindo-se sen Passaremos à exemplificação de situações em
α por cos α, obtemos: que poderão ser empregadas as identidades
aqui demonstradas, ão sem antes apresentar,
b de forma resumida, o resultado das demons-
sen α a b a b trações com que nos detivemos aqui, o que
= = ⋅ = = tg α
cos α c a c c faremos no quadro exibido a seguir.
a

De forma análoga, o leitor obterá o mesmo re- 1) sen2 x + cos2 x = 1


sultado se tomar o ângulo β. Dizemos, portan-
to, que, para um ângulo x, tal que cos x ≠ 0: 2) corrazão (x) = razão (90° – x)

sen x 3) tg x =
sen x (cos x 0)
tg x = cos x
cos x
1 cos x
PV-13-11

Podemos observar, também, que a razão b , 4) cotg xx = = (sen x ≠ 0)


c tg x sen x
que representa tg α, se invertida (passando a 1
c 5) sec xx = (cos x ≠ 0)
), vem a constituir cotg α. Em virtude disso, cos x
b
e aproveitando a identidade enunciada ante- 1
riormente, podemos dizer que para todo ân- 6) cosec xx = (sen x ≠ 0)
sen x
gulo x de seno não-nulo:
1 cos x
cot g x = =
tg x sen x

17
Matemática Trigonometria

Outras Identidades trigonométricas b) Mostre que cossec2 x = cotg2 x + 1.


a. Demonstre que sec2 x = tg2 x + 1 Resolução
Resolução Usando o mesmo mecanismo desenvolvido no
Desenvolveremos a demonstração a partir do exemplo anterior e com o apoio das identida-
primeiro membro da identidade apresentada, des trigonométricas deduzidas nessa seção,
procurando chegar à expressão dada no se- podemos dizer que, para sen x ≠ 0,
gundo membro. 1 sen2 x + cos2 x
cossec2x = = ⇒
Lembremos que: sen2 x sen2 x
sen x sen2 x cos2 x
1. tg x = ⇒ cossec2x = + +⇒
cos x sen2 x sen2 x
2. sen2 x + cos2 x = 1
cossec2 x = cotg2 x + 1 (c.q.d)
1
3. sec x = , respeitando-se, para 1 e
cos x Observação – As identi dades demonstra-
3, a condição de que cos x 0. Portanto: das nos exemplos a e b são denominadas
1 sen2 x + cos2 x identidades trigonométricas auxiliares.
sec2 x = = ⇒ Ao quadro-resumo anterior, podemos ane-
cos x
2 cos2 x
xar, então, as identi dades.
sen2 x cos2 x
⇒ sec2 x = + ⇒ 7) sec2 x = tg2 x + 1 (cos x ≠ 0)
cos2 x cos2 x
8) cossec2 x = cotg2 x + 1 (sen x ≠ 0)
sec2 x = tg2 x + 1 (c.q.d)

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 1 3
III. cotg x = =
Calcular cos x, cotg x, tg x, cossec x, sabendo- tg x 4
4 1 5
se que x é um âgulo, tal que sen x = . IV. sec x = =
5 cos x 3
Resolução
1 5
Sendo 0 < x < 90° V. cossec x = =
4 sen x 4
Sendo sen x =
5
PV-13-11

I. sen x + cos x = 1
2 2
02. UF-GO
16 tg a + tg b
+ cos2 x = 1 Simplificando a expressão: ,
25 cotg a + cotg b
9 3 obtém-se:
cos2 x = ⇒ cos x = , a. tg a · tg b
25 5
b. cotg a · cotg b
pois cos x > 0.
c. tg(a + b)
4 d. cotg(a + b)
sen x 5 4
II. tg x = = = e. tg a· cotg b
cos x 3 3
5

18
Trigonometria Matemática

Resolução 04. UFSCar-SP


O valor da expressão 2 − sen x − tg2 x é:
2
tg a + tg b tg a + tg b tg a + tg b
= = = cos x
2
cotg a + cotg b 1 1 tg a + tg b a. –1
+
tg a tg b tg a ⋅ tg b b. –2
tg a ⋅ tg b c. 2
= ⋅ (tga + tgb) = tg a ⋅ tg b
(tg a + tg b) d. 1
e. 0
Resposta Resolução
A
2 − sen2x 2 − sen2x sen2x
03. USF E= − tg 2 x= − ⇒
cos2 x cos2 x cos2 x
Seja k o número real que satisfaz simulta-
2 − 2 sen2x 2 ⋅ (1 − sen2x) 2 cos2 x
neamente as equações sen x = (k – 1) 2 ⇒E = = = =2
cos2 x cos2 x cos2 x
2 e cos x = 2 − 3k . O valor de k é:
Resposta
1
a. C
2
b. 3 05. FGV-RJ
A função trigonométrica equi­valente a
1
c. 3 ou sec x + sec x
2 é:
1 cossecx + cos x
d. –
2
a. sen x
e. 1 b. cotg x
3 c. sec x
Resolução d. cossec x
Como sen2x + cos2x = 1 ⇒ e. tg x
[(k − 1) 2 ]2 + [( 2 − 3 k )2 = 1 ⇒ Resolução
⇒ 2 ⋅ (k − 1)2 + (2 − 3 k) = 1 ⇒ 1 1 + senx ⋅ cos x
+ sen x
sec x + sen x cos x cos x
⇒ 2(k2 − 2k + 1) + 2 − 3 k = 1 ⇒ = = =
cossec x + cos x 1 1 + senx ⋅ cos x
+ cos x
⇒ 2 k2 − 7k + 3 = 0 sen x sen x
PV-13-11

1 + sen x ⋅ cos x sen x sen x


Resolvendo a equação, temos: k = 3 (não con- = ⋅ = = tg x
cos x 1 + sen x ⋅ cos x cos x
1
vém) ou k =
2 Resposta
1 E
∴ k = , pois, para k, tal que k = 3, resultaria
2
sen x = 2 2 > 1 .

Resposta
A

19
Matemática Trigonometria

CAPÍTULO 02 ARCOS E ÂNGULOS


1. Introdução Entretanto, para medirmos o mesmo arco em
unidades angulares, aplicaríamos um conceito
Trigonometria é uma palavra derivada do gre-
simples e importante da geometria, que define
go, em que trigonos, equivalente a triângulo,
um ângulo central como aquele que tem seu
e metrein, equivalente a mensuração, revelam
vértice sobre o centro de uma circunferência,
suas origens, ligadas ao estudo das relações
como indicado na figura 2 pelo ângulo α.
entre os lados e ângulos de triângulos.
B
Mas antes de nos iniciarmos em seus funda-
mentos, é necessário que revisemos alguns
conceitos importantes.
Vamos considerar, para isso, a circunferência
da figura 1a. Definimos como arco de circun-
ferência cada uma das partes em que ela é di-
vidida por dois de seus pontos. A
B Figura 2

A B Notemos que seus lados determinam sobre


a circunferência os pontos A e B e, sobre ela,
A tomemos o menor arco AB  . Dizemos que a
figura 1a figura 1b medida do arco é igual à medida do ângulo
central que o determina ou que:
Num caso particular, apresentado na figura 1b,
se esses pontos forem coincidentes, determi-  ) = α
m( AB
nam-se um arco nulo e um arco de uma volta.
Daremos ênfase, neste capítulo, aos sistemas Como consequência disso, poderemos utilizar
de mensuração de arcos e ângulos, alguns de- as mesmas unidades angulares para medirmos
les definindo suas unidades de medição como tanto arcos de cincunferência quanto ângulos
determinada fração de uma volta. Essas unida- formados por um par de semirretas.
des serão denominadas de angulares. Porém,
a medida de um arco pode ser feita também 2. Graus, grados e radianos
em unidades lineares. Imaginemos, por exem-
plo, um ciclista percorrendo um trecho circular Os sistemas de unidades angulares definidos
de um pista no decorrer de certa competição. para a medição de arcos e ângulos mais utiliza-
Suponhamos que ele tenha cumprido, na cur- dos atualmente são o circular e o sexagesimal,
que expressam suas medidas em radianos e
PV-13-11

va, um total de 50 m. Dizemos, portanto, que


o comprimento do arco de circunferência em graus, respectivamente, existindo também
descrito pelo ciclista é de 50 m. Dessa forma, o sistema centesimal, no qual é definida a uni-
 foi expressa em unidades li- dade grado.
a medida de AB
neares. Passemos agora às suas definições.

A. 2.1. Graus
Por definição, 1 grau é o arco equivalente a
B
O A 1
da circunferência, ou seja, em um arco de
360
volta completa, ou de uma volta, cabem 360°.

20
Trigonometria Matemática

B 83° 30' 39''


+ 12° 43' 45''
95° 73' 84''
A’ A Como as quantidades em minutos (73’) e se-
gundos (84”) excedem 60 unidades, podemos
fazer
73’ = 60’ + 13’ = 1° 13’ e
B’ 84'' = 60” + 24” = 1’ 24”, ou seja,
73’ 84” = 1° (13 + 1)’ 24” = 1° 14’ 24”
Figura 3
Logo, a soma dos arcos será dada por:
Observando a figura 3, notamos que as retas
  α + β = 96° 14’ 24”
AA ' e BB' perpendiculares entre si, dividem
a circunferência em quatro arcos de mesma Montemos agora a operação de diferença en-
medida, referentes a quatro ângulos centrais tre os arcos fornecidos:
retos. 83° 30' 39''
Com isso, concluímos que: – 12° 43' 45''
1 ângulo reto = 90°
2 ângulos retos = 180° Verificamos aqui que existem minuendos menores
que os subtraendos (30’ < 43’ e 39” < 45”), o que
3 ângulos retos = 270°
nos levaria a resultados negativos ao operar-
4 ângulos retos = 360° mos minutos e segundos.
Um artifício simples para contornarmos essa
O grau comporta ainda os submúltiplos minu- dificuldade é “emprestarmos” 1° e 1’ do mi-
to (’) e segundo (”), de forma que nuendo e transformá-los em 60 minutos e 60
segundos, respectivamente, adicionando-os,
1° = 60’ e 1’ = 60” em seguida, às quantidades já existentes dos
mesmos submúltiplos.
Devemos ressaltar que, apesar de terem no- Teremos, dessa forma, a seguinte operação:
mes idênticos, os minutos e segundos que
usamos na quantificação de tempo não têm α = 83° 30’ 39” ⇒
nenhuma correlação com os minutos e segun-
dos que acabamos de definir como submúltiplos α = (83° – 1)° (30 + 60 – 1)' (39 + 60)''
do grau, a não ser por constituírem também um
Assim, α = 82° 89’ 99”
PV-13-11

sistema sexagesimal de unidades. Veremos mais


adiante, por exemplo, que o arco descrito pela ex- A diferença entre α e β pode ser calculada
tremidade do ponteiro dos minutos, no transcur- operando-se separadamente as quantidades
so de um minuto, não mede 1’, mas sim 6°. em graus, minutos e segundos, como fizemos
Exemplo na adição e apresentamos a seguir:
Se α e β são arcos que medem, respectiva- 82° 89' 99'
mente, 83° 30’ 39” e 12° 43’ 45”, determinar – 12° 43' 45''
as medidas de α + β e α – β: 70° 46' 54''
Resolução
Para calcularmos a soma dos arcos dados, de- Obtemos, portanto,
vemos operar em separado as quantidades em α – β = 70° 46’ 54”
graus, minutos e segundos, como exibido a seguir:

21
Matemática Trigonometria

B. Grados Imagine que o arco AB foi retirado. da figura


5. O segmento AB obtido, tendo comprimen-
Definimos como 1 grado o arco equivalente a
to igual ao raio da circunferência, indica que
1
da circunferência, isto é, em uma circun-  ) = 1 rad. Podemos dizer, portanto, que a
m( AB
400
medida de um arco, em radianos, equivale ao
ferência ou arco de uma volta cabem 400 gr. número de vezes que o comprimento do raio
B cabe nesse arco, ou seja, sendo e R os com-
primentos do arco e do raio da circunferência,
respectivamente, temos:

A’ A α=
R

Lembramos que o comprimento de uma cir-


cunferência de raio R é dado por 2πR. Utilizan-
do a relação apresentada acima, para calcular
B’
em radianos a medida do arco de uma volta,
Figura 4 dividimos o comprimento da circunferência
Tomando-se por base a figura 4, é fácil con- pelo seu raio, isto é:
cluir, portanto, que: 2πR
α= ⇒ α = 2π rad
1 ângulo reto = 100 gr R
2 ângulos retos = 200 gr B
3 ângulos retos = 300 gr
4 ângulos retos = 400 gr

A unidade grado, como sistema de mensu- A' A


ração centesimal de arcos e ângulos, não foi
usada com a mesma intensidade com que se
usa hoje, em vários países do mundo, a uni-
dade do sistema métrico decimal, na medição B'
de comprimentos, áreas e volumes, utilizando
potências de 10 para definição de múltiplos e Figura 6
submúltiplos.
Com esse resultado e com o auxílio
Em virtude de seu desuso, deixamos de dedi- da figura 6, podemos dizer que:
car-lhe maior atenção.
PV-13-11

π
C. Radianos 1 ângulo reto = rad
2
Um radiano é definido como o arco cujo com-
primento é igual ao do raio da circunferência 2 ângulos retos = π rad
onde tal arco foi determinado. 3π
3 ângulos retos = rad
B' 2
B
4 ângulos retos = 2 π rad
A
R Não podemos esquecer que π é um número
real, de valor aproximadamente igual a 3,14.

Figura 5

22
Trigonometria Matemática

Observação – Um arco ou ângulo medido x 2πR 2π ⋅ 4


= ⇒x= ⇒
no sistema circular (em radianos) resulta em 30° 360° 12
um número adimensional, uma vez que ele
é fruto da divisão feita entre comprimentos 2π
de arco e de raio, com o cancelamento de x= cm ≅ 2,1 ccm
cm
3
suas unidades. A utilização de rad acompa-
nhando os valores das medidas de ângulos e
arcos é uma convenção, indicando o sistema 3. Conversões
de mensuração utilizado. Em relação à unidade de medidas de arcos e
ângulos, observar a tabela seguinte:
Exemplos
Arcos Graus Grados Radianos
1. Na circunferência da figura, de raio 9 cm,
determinou-se, com os lados do ângulo cen- π
tral α, um arco de comprimento 10,8 cm. Cal- 1 reto 90° 100 gr rad
cular, em radianos, a medida de α: 2

2 retos 180° 200 gr π rad


α 10,8 cm 3 retos 270° 300 gr rad
2
9 cm
4 retos 360° 400 gr 2 π rad

Para converter as medidas de arcos de uma


Resolução unidade para outra, é suficiente a aplicação de
De acordo com a definição de radiano, temos uma regra de três simples, tomando-se para
isso qualquer das equivalências exibidas na
 10, 8 tabela anterior.
α= = ⇒ α = 1,2 rad
R 9 Em relação aos menores valores, não fracioná-
rios, sugerimos a utilização da relação seguin-
2. Na figura abaixo, conhecidos o raio de 4 cm
te:
do arco de circunferência e o ângulo central de
30°, calcular o comprimento, em cm, do arco 180° = 200 gr = π rad
por ele determinado sobre a curva:
Exemplos
1. Transformar 45° em radianos e grados:
30° x
Resolução
PV-13-11

45° α 45°⋅ π rad


4 cm = ⇒α= ⇒
180° π rad 180°
Resolução π
α = rad
Podemos responder ao que foi pedido com o 4
uso da simples regra de três. 45° α 45°⋅ 200 gr
= ⇒α= ⇒
Sabemos que um arco de volta completa mede 180° 200 gr 180°
360° e tem comprimento 2πR, em que R é o α = 50 gr
raio da circunferência.
Logo, sendo x o comprimento procurado, te-
remos:

23
Matemática Trigonometria

Uma outra forma de realizar essa conversão


2. Converter 2π rad para graus:
é substituir π rad por 180°, como mostrado
3
abaixo:
Resolução
2π 2π 2 ⋅ 180°
rad α= rad = ⇒ α = 120°
3 α 2 ⋅ 180° 3 3
= ⇒α= ⇒ α = 120°
π rad 180° 3

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 02. UFBA
A ilustração abaixo representa arcos de circun-
ferências concêntricas, determinadas pelo ân- D
gulo central de 30°. Determine os comprimen- B
tos, em cm, de x e , indicados na figura.
π
6
A C
O

π
30° 
3
x
1
Na figura, têm-se dois círculos de raios 3 cm e
5 cm. Sendo s o comprimento do arco AB  e
1
Resolução s2 o comprimento do arco CD , então o valor
Converter 30° para radianos s2 – s1 é aproximadamente, em cm, igual a:
30° α π a. 0,52 c. 1,57 e. 4,71
= ⇒ α = rad
180° π rad 6 b. 1,05 d. 3,14

Aplicar a relação α = para o arco de menor Resolução
raio: R
Sendo s1 = α · r1 e s2 = α · r2, tal que, r1 = 3 cm,
π π
 π 3 r2 = 5 cm e α = , temos:
α = ⇒ = ⇒ x = 2 cm 6
PV-13-11

R 6 x
 π 3π
Aplicar a mesma relação ao arco de maior raio s1 = 6 ⋅ 3 = 6
e usar o resultado anterior: 
s = π ⋅ 5 = 5 π
π  π  3π  2 6 6
= ⇒ = ⇒=
6 x +1 6 3 6 Logo:
π
 = cm 5π 3π π 3,14
2 S2 − S1 = − ⇒ S2 − S1 = ≈ ≅
6 6 3 3
π
x = 2 cm e  = cm ≅ 1, 05 cm
2
Resposta
B

24
Trigonometria Matemática

03. A questão se prende à determinação do nú-


Entre as 16 h e 17 h, os ponteiros de um re- mero de minutos passados após às 16 h, em
lógio formam um ângulo de 65°. Aponte o(s) que o ângulo entre os ponteiros forma 65°.
horários(s) exato(s) indicado(s) pelo relógio. Chamemos de m esses minutos decorridos
após as 16 h. Teremos, assim, condições de es-
Resolução crever os arcos x e z em função de m.
Comecemos por prever as possíveis situações Com efeito, se em cada 5 minutos o ponteiro
dos ponteiros. Eles poderão formar 65° estan- maior percorrer um arco de 30°, poderemos
do o ponteiro maior (dos minutos) antes ou montar a seguinte regra de três:
depois do ponteiro das horas, como indicam
as figuras a seguir: z m
= ⇒z = 6m
Caso 1 30° 5 min

11
12
1
Quanto ao ponteiro das horas, sabemos que
y ele percorre 30° a cada 60 minutos.
10 2
z x m m
Assim, = ⇒x=
9 65° 3 30° 60 min 2
x Passemos agora à análise, caso a caso, dos ar-
8 4
cos apresentados nas figuras anteriores.
7 5
6 Caso 1

Caso 2 x + y – z = 65° ⇒ m + 120° – 6 m = 65° ⇒


2
12 11m
11 1 ⇒ = 55° ⇒ m = 10 min
2
10 2

y Caso 2
z
z – (x + y) = 65° ⇒ 6 m – m – 120° = 65° ⇒
9 3
x 2
8 65° 4
11 m 370
7
6
5 ⇒ = 185° ⇒ m = min
2 11
Entre as 16 e 17 h, os ponteiros terão forma-
Nas ilustrações acima, considere: do entre si um ângulo de 65° nos horários de
x → arco “varrido” pelo ponteiro das horas 370
desde as 16 h até o instante em questão. 16h10 min e de 16 h min.
11
PV-13-11

y → arco compreendido entre as marcações


12 e 4 do relógio. 04. Unesp
z → arco “varrido” pelo ponteiro dos minutos O menor ângulo formado pelos ponteiros de
desde a marca 12 do relógio até o instante con- um relógio às 14 horas e 20 minutos é:
siderado. a. 8°
Para ambos os casos, y é facilmente calculado b. 50°
fazendo-se:
c. 52,72°
y = 4 · 30° = 120° d. 60°
e. 62°

25
Matemática Trigonometria

Resolução Seja a o menor dos ângulos formados entre o


ponteiro das horas e dos minutos e β a medida
do ângulo descrito pelo ponteiro das horas em
20 minutos. Assim, temos:
60 min – 30°
β 20 min – b, daí, b = 10°
α Como a + b = 60°, resulta que a = 50°
Resposta
B

PV-13-11

26
Trigonometria Matemática

CAPÍTULO 03 O CICLO TRIGONOMÉTRICO


1. Introdução Na figura 2, surge o ciclo trigonométrico com
centro na origem dos eixos e raio unitário.
As limitações que o triângulo retângulo im-
s
põe à utilização das razões trigonométricas 2º Quadrante 1º Quadrante
1 B
que estudamos até aqui são notórias: seus
ângulos internos, passíveis de aplicação a es-
1
sas relações, são agudos.
C A
Veremos que as razões trigonométricas, –1 O 1 r
aplicadas agora aos arcos de uma circunfe-
rência, manterão as mesmas propriedades
que demonstramos ser válidas quando uti-
–1 D
lizadas com ângulos agudos. 3º Quadrante 4º Quadrante

Inicialmente, deveremos definir uma circun-


ferência, em especial, sobre a qual inter- Figura 2
pretaremos as nossas já conhecidas razões
trigonométricas.
Tal circunferência receberá o nome de circun- Como consequência, os pontos de interse-
ferência trigonométrica ou ciclo trigonométrico. ção da circunferência com o par de eixos,
indicados na figura por A, B, C e D, terão co-
Imaginemos, primeiramente, um sistema de ordenadas dadas, respectivamente, por (1, 0),
coordenadas cartesianas, como indicado na (0, 1), (–1, 0) e (0, –1).
figura 1.
Esses pontos dividem o ciclo tri­gonométrico
Nos eixos r e s, perpendiculares entre si, cada em quatro arcos congruentes, aos quais dá-se
ponto corresponde a um número real e vice- o nome de quadrantes, numerados a partir de
-versa: cada número real tem um ponto asso- A no sentido anti-horário.
ciado em cada uma das retas. À interseção dos
eixos, faremos corresponder o número zero, Por convenção, A, B, C e D são apenas limi-
tanto para o eixo r, das abscissas, como para tadores dos quadrantes, não pertencendo a
o eixo s, das ordenadas, constituindo o que é nenhum deles, por exemplo, D é ponto que
chamado de origem dos eixos coordenados. separa o 3º do 4º quadrante, mas não lhes
s
pertence.

2. Números reais no ciclo


b P (a,b) trigonométrico
PV-13-11

Há pouco, referimo-nos à associação entre


pontos de uma reta e números reais. Definida
a origem de um eixo, um número real x cor-
responderá a um de seus pontos que diste |x|
da origem.
0 a r Assumindo a reta real da figura 3, se x > 0, o
Figura 1 ponto estará à direita de 0. Caso contrário, tal
Deste modo, qualquer ponto do plano assim ponto estará localizado à esquerda de 0.
determinado pode ser representado por um Na ilustração, representamos os pontos asso-
par de números reais, chamado de par or- ciados aos números – 3 , –1, 0, 1, 2, 3 e π, a
denado. O ponto P, na figura, terá então as título de exemplo.
coordenadas (a, b), sendo a a abscissa de P e
b a sua ordenada.

27
Matemática Trigonometria

O ponto P, determinado de acordo com o


− 3 –1 0 1 2 3 π apresentado anteriormente, associado a um
número real x, é denominado de imagem de x
Figura 3 no ciclo trigonométrico.
Procederemos semelhantemente no ciclo tri- Lembremos que o comprimento da circunfe-
gonométrico. A cada número real x faremos rência trigonométrica pode ser calculado por
corresponder um ponto sobre a circunferên- C = 2πR, sendo R o seu raio.
cia, de tal forma que: Como ele tem por medida uma unidade, o
• o ponto A esteja associado ao número comprimento do ciclo trigonométrico será
x = 0; igual, portanto, a 2π unidades. Como decor-
• um número real x seja associado a um rência, temos que:
ponto P, tal que o comprimento do arco • um arco de uma volta (ou de medida 2π
 seja igual a |x|; rad) terá comprimento 2π unidades;
AP
• um arco de comprimento |x|, no ciclo
 será determinado,
• se x > 0, o arco AP trigonométrico, terá medida |x| rad.
sobre o ciclo, no sentido anti-horário;  , sobre o ciclo
 será definido no Assim, a medida de um arco AP
se x < 0, o arco AP trigonométrico, é igual ao módulo do número
sentido horário, como indicamos na fi- real x do qual P é a imagem.
gura 4.
s

A
r

Figura 4

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. π
PV-13-11

2 B
No ciclo trigonométrico, identificar as imagens
π
dos números reais 0, , π, 3π e 2π.
2 2
Resolução C 0 A
No ciclo ilustrado a seguir, o ponto A é imagem π 2π
dos números 0 e 2π, enquanto B, C e D são
π 3π
imagens, respectivamente, de , π e .
2 2 3π D
2

28
Trigonometria Matemática

02.
Localizar, no ciclo trigonométrico, as imagens
dos números reais dados nos itens que se- 5π
guem: 6
a. x = 1 A

b. x = π
4

c. x =
6
π
d. x = – d) No sentido horário, iniciando de A, percor-
3 π
remos um arco de comprimento (ou de me-
Resolução 3
dida 60°)
a) No sentido anti-horário, percorremos um
arco de comprimento igual ao do raio (ou de
medida 1 rad) a partir do ponto A.

1
A

A
– π
3

03.
Um pentágono regular é inscrito no ciclo
b) Igualmente no sentido anti-horário, a par- trigonométrico, conforme representa a fi-
tir de A, percorremos um arco de comprimen- gura a seguir. Considerando x ∈  tal que
π 0 ≤ x < 2π, determine os valores de x de forma
to (ou de medida 45°)
4 que os vértices do pentágono sejam suas ima-
gens no ciclo.

π
4
PV-13-11

c) A partir do ponto A, descrevemos um arco Resolução


5π Os arcos do ciclo limitados por dois vértices
de comprimento (ou de medida 150°), no
6 consecutivos do pentágono regular têm com-
sentido anti-horário. primento:

29
Matemática Trigonometria

figura: um aparelho (de altura desprezível) co-


2π  comprimento do arco de uma volta 
locado no solo, a certa distância da torre, emi-
5  nº de vértices 
tiu um raio em direção ao ponto mais alto da
torre. O ângulo determinado entre o raio e o
π/2 2º π
solo foi de α = radianos. A seguir, o apare-
3
lho foi deslocado 4 metros em direção à torre
3º 1º
e o ângulo então obtido foi de b radianos, com
A tg β = 3 3 .
É correto afirmar que a altura da torre, em me-
4º 5º tros, é:

Numerando seus vértices a partir de A, no


sentido anti-horário, teremos, para o segundo
α β
deles, a imagem de π . Dessa forma, podemos
2
associar a cada vértice os números reais x da- a. 4 3 c. 6 3 e. 8 3
dos a seguir:
b. 5 3 d. 7 3
Primeiro vértice
π 2π π Resolução
x= − =
2 5 10

Segundo vértice h

π π
x= 3 β
2 4m X

Terceiro vértice π
Sabendo-se que α = e tgβ = 3 3 , temos:
π 2π 9 π 3
x= + =
2 5 10  h  h
tgα = 4 + x  3 = 4 + x h = 3 (4 + x ) (I)
Quarto vértice   
9π 2π 13π tgβ = h 3 3 = h h = 3 3 x (II)
x= + =  x  x
10 5 10
PV-13-11

Igualando as equações:
Quinto vértice
13π 2π 17π 3 · (4 + x ) = 3 3 x
x= + =
10 5 10 4 3 + 3x = 3 3∴ ( 3)
Assim, os valores reais de x pedidos compõem 4 + x = 3x
o conjunto solução: 2x = 4 ⇒ x = 2
S= {
π π 9π 13π 17π
; ; ;
10 2 10 10 10
; } Substituindo em II, temoss
h = 3 3 ⋅2 ⇒ h = 6 3m
04. Resposta
Para se calcular a altura de uma torre, utili- C
zou-se o seguinte procedimento ilustrado na

30
Trigonometria Matemática

3. Seno, cosseno e tangente MP MP


sen x = = ⇒ MP = sen x
no ciclo trigonométrico OP 1
Definimos seno, cosseno e tangente para um OM OM
cos x = = ⇒ OM = cos x
ângulo agudo interno de um triângulo retân- OP 1
gulo como razões entre seus lados. MP sen x
Para que possamos aplicar tais relações a tg x = =
OM cos x
quaisquer ângulos (nulo, reto e obtuso) e tam-
bém a quaisquer arcos contidos no ciclo tri- De fato, as medidas dos segmentos MP e OM
gonométrico, é necessário que façamos uma podem ser dadas pelas coordenadas (positivas,
redefinição desses conceitos. no caso) de P: respectivamente, sen x e cos x.
Observando a figura 5, consideremos a circun-
Além disso, reconhecemos na relação MP a
ferência trigonométrica, de centro O(0, 0) e OM
raio unitário. Notamos que a reta t a tangencia sen x
identidade tg x = , que já foi demonstra-
no ponto A, de coordenadas (1, 0). cos x
s t da.
T Essa identidade ainda é reconhecível como con-
P
sen x x
sequência da semelhança dos triângulos OMP e
1
OAT. Com certeza, podemos afirmar que
M
O cos x A r
AT MP AT sen x
= ⇒ = ⇒ AT = tg x
OA OM 1 cos x
De fato, a medida do segmento AT pode ser
dada pela ordenada de T (positiva), que a tg x.
Procurando ampliar as noções de seno, cosse-
Figura 5 no e tangente para arcos do ciclo, imaginemos
Imaginemos um ponto P, no primeiro quadran- o ponto P, da figura 5, movimentando-se no
te, imagemno ciclo de um número real x. A sentido positivo de giro por sobre a circunfe-
rência, o que ilustramos nas figuras 6a a 6b.
semirreta OP intercepta a reta t no ponto T. Notemos que o ponto T movimenta-se tam-
Definimos, então: bém por sobre a reta t.
s t
sen x → ordenada de P
T
cos x → abscissa de P P
tg x → ordenada de T
x
PV-13-11

Assim, o ponto P terá coordenadas O r


(cos x, sen x) e o ponto T coordenadas (1, tg x).
Em virtude das definições que vimos, referimo-
nos aos eixos r, s e t, respectivamente, como
eixos dos cossenos, dos senos e das tangentes.
É necessário, porém, reconhecer que as razões Figura 6a
antes definidas continuam válidas.
Para isso, notemos o triângulo retângulo OMP
(destacado na figura 5), oriundo da construção
que acabamos de fazer. Considerando x como
um número real positivo, podemos dizer que o
ângulo MÔP tem medida x. Assim:

31
Matemática Trigonometria

s t s t
P

π x = 3π
x= 2
2

O r O r

(não existe ponto T) P


(não existe ponto T)
Figura 6b
Figura 6f
s t
s t

P x
x
O r
O r
T
P
T

Figura 6c
Figura 6g
s t s t

x=π x = 2π
T P=T
P O r O r

Figura 6d Figura 6h
PV-13-11

s t Da sequência de ilustrações, podemos con-


cluir que, se x é arco com extremidade no:
• primeiro quadrante (figura 6a), todas as co-
x T ordenadas de P e T são positivas, ou seja,
O r sen x > 0, cos x > 0, tg x > 0
P
• segundo quadrante (figura 6c), o ponto P
possui ordenada positiva (sen x > 0) e abscissa
negativa (cos x < 0), sendo também negativa a
Figura 6e ordenada de T (tg x < 0);

32
Trigonometria Matemática

• terceiro quadrante (figura 6e), as coordena- sen x = 0


das de P são negativas (sen x < 0 e cos x < 0), 
enquanto T tem ordenada positiva (tg x > 0); cos x = −1
• quarto quadrante (figura 6g), P tem orde- 3π
• x = (figura 6f), temos
nada negativa (sen x < 0) e abscissa positiva 2
(cos x > 0), e o ponto T tem ordenada negativa sen x = −1
(tg x < 0). 
cos x = 0
É possível ainda inferir que, para
• x = 0 ou x = 2p (figura 6h), temos: É importante observar que é impossível quan-
tificar o valor da tangente para arcos de medi-
sen x = 0 π 3π
 da x = (figura 6b) e x = (figura 6f), uma
cos x = 1 2 2
π vez que não há interseção entre a reta t e a
• x = (figura 6b), temos semirreta .
2
sen x = 1 As tabelas a seguir resumem o que verificamos
 a respeito dos sinais das razões trigonométri-
cos x = 0 cas nos diferentes quadrantes, além dos va-
lores para seno, cosseno e tangente de arcos
• x = π (figura 6d), temos notáveis da primeira volta, com extremidades
nos limites desses quadrantes:

Sinais

1º Qte 2º Qte 3º Qte 4º Qte

sen x + + – –

cos x + – – +

tg x + – + –

Valores

0° 90° 180° 270° 360°


(0 rad) ( π rad) (p rad) ( 3π rad) (2 p rad)
2 2
PV-13-11

sen x 0 1 0 –1 0

cos x 1 0 –1 0 1

tg x 0 ∃ 0 ∃ 0

33
Matemática Trigonometria

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. π π π
d. cos , cos , cos
Calcular o valor da expressão: 6 4 3
sen 90°⋅ cos 180° + cos 0°⋅ sen 270° π π π
E= e. cos2 , cos2 , cos2
sen 0° + tg 180°⋅ cos 270° + cos 0° 6 4 3

Resolução Resolução
1 ⋅ (−1) + 1 ⋅ (−1) a) 1 , 2 , 3 → Não forma uma PG
2 2 2
E= = −2
0 + 0⋅0 + 1 · 2 · 3
02. Mackenzie-SP 2
10
O maior valor que o número real b) 1 , 2 , 3 → Não forma uma PG
sen x 4 4 4
2−
pode assumir é: 3 ·2 ·3
2
a. 20
3 c) 3 , 1, 3 → Forma uma P.G.
3
b. 7
3 · 3 · 3
c. 10
04. Fatec-SP
d. 6
A que quadrante pertence x, se x ∈ ]0, 2p[ e
e. 20 sen x · cos x > 0 e tg x · sec x < 0?
7 Resolução
Resolução sen x · cos x > 0
O maior valor ocorre quando sen x = 1, cos x > 0
10 10 10 30 Ambos positivos 
Logo, = = = =6 sen x > 0
sen x 1 5 5
2− 2− ou
3 3 3
cos x < 0
Resposta Ambos negativos 
sen x < 0
D
PV-13-11

1
03. tg x ⋅ sec x < 0 ⇒ tg x ⋅ <0
cos x
Dentre as sequências dadas, aquelas que for-
mam uma progressão geométrica é a sequên- O sinal será negativo se tg x > 0 e cos x < 0 ou
cia:
tg x < 0 e cos x > 0
π π π
a. sen , sen , sen
6 4 3
π π π
b. sen2 , sen2 , sen2
6 4 3
π π π
c. tg , tg , tg
6 4 3

34
Trigonometria Matemática

Conclusão
Como as duas condições devem ser satisfeitas,
x ∈ 3º quadrante.
Resposta 5 4=y
x ∈ 3º quadrante
05. Cesgranrio-RJ x
3 3π
Se o cos x = e < x < 2π , então tg x vale: 3
4 2
52 = 32 + y2 ⇒ y = 4
a. − 4 4
3 x ∈ IV quadrante ⇒ tg x = −
3 3
b. −
4 Resposta
c. 5 4
tg x = −
3 3
06. Fuvest-SP
d. 7 O menor valor de
1
com x real, é:
4 3 − cos x
e. – 7 a.
1
4 6
Primeira Resolução
2 b. 1
 3 4
sen2x + cos2x = 1 ⇒ sen2x +   = 1
 5
c. 1
9 16 6
sen2x + = 1 ⇒ sen2x =
25 25 d. 1
4 e. 3
sen x = ± . Como x ∈ IV quadrante sen x < 0, Resolução
5
4 Supondo cos x = 1, temos:
logo sen x = – .
5 1 1
= = 0, 5
4 3−1 2

sen x 4
tg x = = 5 =− Supondo cos x = – 1, temos:
cos x 3 3
1 1
5 = = 0,25
PV-13-11

3 − (−1) 4
Segunda Resolução
1
Podemos construir um triângulo retângulo ∴ o menor valor é de .
4
que atenda às condições do problema sem
nos preocuparmos com os sinais. Encontrado Resposta
o valor da incógnita, observamos o quadrante B
definido no problema para determinarmos o
sinal da incógnita.
Resolução
3 cateto adjacente
cos x = =
5 hipotenusa

35
Matemática Trigonometria

4. Redução ao primeiro Uma vez que os pontos a que nos referimos


quadrante: simetrias podem ser escritos como: P (cos x, sen x) e
P1 (cos (π – x), (sen π – x)), obtemos as seguin-
Na figura a seguir, apresentamos um ponto P tes identidades:
do ciclo trigonométrico, imagem de um núme-
ro real x ou, simplesmente, extremidade de sen (π – x) = sen x
um arco no primeiro quadrante. cos (π – x) = – cos x
Os pontos P1, P2 e P3, pertencentes à circunfe-
rência, são simétricos de P em relação ao eixo Observemos, ainda, que os pontos T e
das ordenadas, à origem dos eixos coordena- T1, interseções da reta t respectivamen-
 
dos e ao eixo das abscissas, respectivamente. te com OP e OP1, têm ordenadas simétri-
s cas. Como T e T1 podem ser escritos como
T (1, tg x) e T1 (1, tg (π – x)), deduzimos que:
(π – x) P1 P
tg (π – x) = – tg x
x
0 r B. Simetria em relação à origem
dos eixos coordenados
(π + x) P2 P3 (2π – x) Os pontos P e P2 , representados na figura a
seguir, simétricos em relação à origem dos ei-
xos coordenados, têm abscissas e ordenadas
Notemos também que, sendo P imagem de simétricas.
um arco de medida x, teremos: sen x tg x
s t
• P1 como imagem de um arco de medida T = T2
π – x; P
• P2 como imagem de um arco de medida
π + x; π+x x
• P3 como imagem de um arco de medida 0 r cos x
2 π – x ou de medida – x.
Analisemos agora, caso a caso, as simetrias en- P2
contradas para P. (π + x)

A. Simetria em relação ao Uma vez sendo possível representar P e P2


eixo das ordenadas por meio dos pares ordenados (cos x, sen x) e
Na figura a seguir, vemos que os pontos P e P1, (cos (π + x), sen (π + x)), respectivamente, po-
demos então afirmar que:
PV-13-11

simétricos em relação ao eixo das ordenadas,


têm ordenadas iguais e abscissas simétricas.
sen x tg x
s t sen (π + x) = – sen x
cos (π + x) = – cos x
(π – x) T
P1 P 
π–x  interseções da reta t com as retas OP e
As
x
OP2 resultam em pontos T e T2 , congruentes e,
r
cos x consequentemente, de ordenadas iguais.
0
Como T e T2 podem ser escritos na forma T
(1, tg x) e T2 (1, tg (π + x)), dizemos que:
T1 tg (π + x) = tg x

36
Trigonometria Matemática

C. Simetria em relação ao Escrevendo T e T3 como T (1, tg x) e


eixo das abscissas T3 (1, tg (2π – x)), é correto dizer que:
Vemos, na figura a seguir, os pontos P e P3, tg (2π – x) = – tgx
simétricos em relação ao eixo das abscissas.
Notamos que suas abscissas são iguais e suas O ponto P3 do ciclo pode ainda ser extremi-
ordenadas, simétricas. dade do arco de medida (–x). Os resultados
sen x tg x
anteriores, portanto, podem ser reescritos na
s t forma:
T
P
sen (–x) = – sen x
2π – x x cos (–x) = cos x
cos x tg (–x) = – tg x
0 r

Em resumo, pelo que verificamos aqui, pode-


P3 T
mos dizer que dois arcos com medidas entre 0
2π – x 3
e 2π rad, determinados no ciclo trigonométri-
Escrevendo esses pontos na notação: co a partir de sua origem:
• têm senos iguais se forem simétricos
P (cos x, sen x) e P3 (cos (2π – x), sen (2π – x)),
em relação ao eixo das ordenadas (eixo
facilmente podemos concluir que:
dos senos);
sen (2π – x) = – sen x • têm cossenos iguais se forem simétri-
cos (2π – x) = cos x cos em relação ao eixo das abscissas
(eixo dos cossenos);
Os pontos T e T3, oriundos das interseções da • têm tangentes iguais se forem simétri-
 
reta t com as retas OP e OP3, respectivamen- cos em relação à origem dos eixos coor-
te, possuem ordenadas simétricas. denados.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. III. conhecidos os valores de seno, cosseno e
Calcular seno, cosseno e tangente dos arcos a tangente do arco determinado no primeiro
seguir: quadrante, expor a resposta, mantendo ou
invertendo sinais, de acordo com a simetria
a. 150° obtida.
PV-13-11

b. 5π sen x
4 s t tg x
c. 300° T
150° P' P
Resolução
Para respondermos ao que se pede, daremos 150°
os seguintes passos: 30°
cos x
I. determinar no ciclo trigonométrico a extre- O r
midade do arco;
II. buscar, no primeiro quadrante, o ponto si-
métrico ao ponto localizado; T’

37
Matemática Trigonometria

sen 150° = sen 30o sen 300° = – sen 60°


1 3
sen 150° = sen 300° = −
2 2
cos 150° = – cos 30°
cos 300° = cos 60°
cos 150° = – 3 1
2 cos 300° =
2
tg 150° = –tg 30° tg 300° = –tg 60°
3 tg 300° = − 3
tg 150° = –
3
02.
b) sen x  
s t tg x Se x é um arco determinado no 1º quadrante,
T = T’ tal que tg x = 0,75, calcule:
P a. sen (π – x)
π
b. cos (π + x)
4 Resolução
cos x
0 r Calculemos primeiramente os valores de seno
e cosseno de x, que serão positivos, pois x é

arco do primeiro quadrante.
4 P'
Com o auxílio das identidades estudadas no
capítulo 2, teremos:
5π π 1
sen = −sen sec2 x = tg2 x + 1⇒ = 1,5625
4 4 cos2 x
5π 2 cos2 x = 0,64 \ cos x = 0,8
sen = −
4 2 sen2 x + cos 2x = 1 ⇒ sen2 x = 0,36
5π π \ sen x = 0,6
cos = − cos
4 4 a) sen (π – x) = sen x
5π 2 sen (π – x) = 0,6
cos =−
4 2
b) cos (π + x) = – cos x
5π π
tg = tg cos (π + x) = – 0,8
4 4
5π 03. UEL–PR
tg =1
O valor da expressão
PV-13-11

4
c) sen x cos ( 2π ) + sen ( 3π ) + tg( 5π ) é:
tg x 3 2 4
s t
T a. 2 − 3
P 2
1
b. –
300° 60° 2
cos x
0 r c. 0
1
d.
2
P'
T’ e. 3
2

38
Trigonometria Matemática

Resolução Podemos dizer que:


1
cos ( 2π ) = – cos ( π ) = − a. nenhuma delas é correta.
3 3 2 b. apenas uma delas é correta.
sen ( 3 π ) = –1 c. apenas duas delas são corretas.
2 d. apenas três delas são corretas.
tg ( 5π ) = tg ( π ) = 2 / 2 e. todas são corretas.
4 4
Resolução
cos ( 2π ) + sen ( 3π ) + tg ( 5π ) =
3 2 4 (1) Falsa, pois sen π = sen 5π
6 6
1 2 2 3 2 −3
− −1+ = − = (sen x = sen (π–x))
2 2 2 2 2
(2) Verdadeira (cos x = – cos (π–x))
Resposta (3) Verdadeira (tg x = tg (π+ x))
A (4) Verdadeira, pois
04. FGV–SP
Das igualdades: 1 1 1
cossec x = ⇒ =
sen x sen π sen 5π
π 5π
(1) sen = −sen 6 6
6 6
Resposta
π 5π
(2) cos = − cos D
6 6
π 7π
(3) tg = tg
6 6
π 5π
(4) cosec = cosec
6 6

5. Equações trigonométricas Pelo que vimos, podemos dizer que uma


na primeira volta equação trigonométrica é toda igualdade de-
pendente de uma incógnita aplicada a uma ou
É necessário que, primeiramente, saibamos o mais razões trigonométricas.
que vem a ser uma equação trigonométrica.
Vamos entendê-la nos seguintes exemplos: Se a expressão, porém, for satisfeita para qual-
quer valor substituído na incógnita, ela passará a
• A igualdade cos2 x = 1 – sen2 x é uma
PV-13-11

se chamar identidade trigonométrica.


identidade em x, uma vez que ela é vá-
lida para a medida de todo e qualquer Uma vez que há uma infinidade de formas em
arco que venha a substituir x. que essas equações podem se apresentar, ire-
mos estudar alguns tipos básicos, aos quais
1
• A expressão sen3 x = − é uma equa- podem ser reduzidas as equações mais com-
8 plexas.
ção em x, ou seja, não é todo e qual-
quer arco de medida x que apresenta o A. Equação da forma sen x = a
cubo do seu seno igual a –1/8. Portan- Como os pontos do ciclo têm ordenadas limi-
to, x passa a ser a incógnita da equa- tadas entre –1 e 1, essa equação só apresenta
ção, cuja solução será o conjunto de solução para valores de a tais que a ∈ [–1, 1].
valores de x que a satisfazem. Podemos, nesse intervalo, encontrar a tal que
a = sen α, isto é:

39
Matemática Trigonometria

sen x = a ⇒ sen x = sen α


Os números x e α apresentam mesmo seno α
se, e somente se, suas imagens no ciclo trigo-
nométrico são coincidentes ou simétricas em
relação ao eixo das ordenadas. a
–1 O 1 cos x
sen x
1
π–α α 2π – α
a

O Figura 12

Pelo que observamos na figura 12, podemos


afirmar que, para 0 ≤ α < 2π:
–1 x = α

Figura 11 cos x = cos α ⇒ ou
 x = 2π − α

De acordo com a figura, dizemos que, para
0 ≤ α < 2π:
C. Equação da forma tg x = a
x = α
 Equações dessa forma têm solução para qual-
sen x = sen
sen α ⇒ ou
quer valor de a, real.
x = π − α
 Sendo α tal que a = tg α, podemos dizer que:
tg x = a ⇒ tg x = tg α
B. Equação da forma cos x = a Os arcos x e α apresentarão a mesma tangente
Os pontos que compõem a circunferência trigo- se, e somente se, suas imagens no ciclo trigo-
nométrica têm abscissas (ou valores possíveis de nométrico forem coincidentes ou simétricas
cosseno para os arcos por eles definidos) limita- em relação à origem dos eixos coordenados
das entre –1 e 1. Logo, esse tipo de equação só (diametralmente opostas).
tem solução se a é tal que a ∈ [–1, 1]. tg x
Nesse intervalo, podemos encontrar a tal que a
α
a = cos α, isto é,
cos x = a ⇒ cos x = cos α
Os números x e α apresentarão o mesmo cos- O
PV-13-11

seno se, e somente se, suas imagens no ciclo


trigonométrico forem coincidentes ou simétri-
cas em relação ao eixo das abscissas. α+π

Figura 13

De acordo com a figura, para 0 ≤ α < 2π, é cor-


reto dizer que:
x=a
tg x = tg α ⇒ ou
x = a+ π

40
Trigonometria Matemática

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Sabendo que 1 é o valor do seno de
Sendo 0 ≤ x < 2π, resolver as equações: 2
a. sen x = 1 π , com base na circunferência trigonomé-
b. sen x = 0 6
1 trica verificamos que – 1 é o valor de seno
c. sen x = − 2
2
que se refere às imagens dos arcos π + π
Resolução 6
π
a)  sen x e 2π – , ou seja:
π 6
1 2 7π 11π
x= ou x =
6 6
02. FGV-SP
2
Resolva a equação sen x = em que 0 ≤ x ≤ 2π.
2
Resolução
sen x

No ciclo trigonométrico anterior, podemos ver 3π π


4 4
que: x = π 2
2 2
b)  sen x

π 0 π 3π
O S={ , }
4 4
03.
Para arcos x tais que 0 ≤ x ≤ 2π, determinar o
conjunto solução da equação
A partir do valor 0 do eixo dos senos, deter-
PV-13-11

2sen2 x + sen x – 1 = 0
minamos, no ciclo trigonométrico, como raízes
os arcos: Resolução
x = 0 ou x = π Podemos, inicialmente, simplificar a equação
fazendo y = sen x
c) sen x
Dessa forma, teremos a equação enunciada
π reescrita na forma 2y2 + y – 1 = 0
1
6 Aplicando a fórmula de Bhaskara, encontra-
2
mos as raízes:
y = −1 ⇒ sen x = −1
–1 
2  1 1

6
11π y = 2 ⇒ sen x = 2
6

41
Matemática Trigonometria

sen x sen θ = 0 e cos θ = − 1


 3π
5π ou ⇔ θ = π ou θ =
π 2
sen θ = − 1 e cos θ = 0
6 6 
1
Resposta
2
E
05. PUC-SP
A soma das raízes da equação cos x + cos2 x = 0;
–1 3π
0 ≤ x ≤ 2π, em radianos é:
2
a. π c. 3π e. 5π
No ciclo trigonométrico, respeitando o inter- b. 2π d. 4π
valo de validade da incógnita x, encontramos:
π 5π 3π Resolução
x= ou x = ou x = cos x + cos2 x = 0 ⇒ cos x · (1 + cos x) = 0
6 6 2

Logo, S = {
π 5π 3π
, ,
6 6 2 } cos x = 0 ou 1 + cos x = 0 ⇒ cos x = –1
π
2

04. Unesp
cos x π cos x
Determinando m, de modo que as raízes da –1
equação x2 – mx + + m + m2 = 0 sejam o seno
e o cosseno do mesmo ângulo, os possíveis 3π
valores desse ângulo no 1o ciclo trigonomé- 2
trico são: π 3π
Soma = + + π = 2π + π = 3π
a. 0 ou π 2 2
Resposta

b. ou 2π
2 C
c. π ou 2π
06. Fuvest-SP
π 3π
d. ou Determinar os valores de x, no intervalo de
2 2
0 ≤ x ≤ 2, que satisfazem a equação

e. π ou sen (px) + cos (px) = 0.
2
Resolução
Resolução
Como 0 ≤ x ≤ 2 ⇒ 0π ≤ xπ ≤ 2π ⇒ 0 ≤ πx ≤ 2π
PV-13-11

Sendo sen θ e cos θ, 0 ≤ θ < 2π, as raízes da


equação: Se sen (px) + cos (px) = 0, para cos (px) ≠ 0.

sen θ + cos θ = m
sen (πx)
⇒ + 1 = 0 ⇒ tg(πx) = −1
 cos(πx)
sen θ ⋅ cos θ = m + m
2

sen
⇒ sen2 θ + cos2 θ = tg

= (sen θ + cos θ) – 2 · sen θ · cos θ ⇒


2 3π
4
⇒ 1 = m2 – 2 · (m + m2) ⇔ m2 + 2m + 1= 0 ⇔
⇔m=–1 0
cos

Logo, a equação dada é x2 – (– 1)x + (– 1) +


(– 1)2 = 0 ⇔ 7π
⇔ x2 + x = 0 ⇔ x = 0 ou x = – 1 e, portanto: 4

42
Trigonometria Matemática

Logo Resolução
3π 3 1 + tg2 x = cos x
πx = ⇒x=
4 4 1a solução:
ou sen2 x cos2 + sen2 x
7π 3 1+ = cos x ⇒ =
πx = ⇒x= cos x
2 cos2 x
4 4 = cos x ⇒ cos3 x = 1 ⇒ x = 0 ou x = 2π
07. Mackenzie-SP 2a solução:
A equação 1 + tg2 x = cos x tem uma solução Lembrando que 1 + tg2 x = sec2 x, temos:
1
pertencente ao intervalo: sec2 x = cos x ⇒ = cos x ⇒ cos3 x = 1
cos2 x
 π 3π 
a.  ;  Assim:
4 4 
 3π   7π 9 π 
b.  π;  2π ∈  , 
 4 4 4 
Resposta
c.  7π ; 9π 
 4 4  C

d.  ; π 
 4 

e.  3π ; 7π 
 2 4 
PV-13-11

43
Matemática Trigonometria

CAPÍTULO 04 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE ARCOS


1. Introdução D
Neste módulo, o objetivo é de suprir a necessi-
dade de obtenção de razões trigonométricas a
para ângulos não notáveis a partir de valores
conhecidos de seno, cosseno e tangente de
outros que, combinados em operações algé-
bricas, transformem-se nos ângulos deseja- B
dos. C
Os resultados que serão demonstrados a par-
tir de ângulos agudos internos de triângulos
retângulos poderão ser utilizados em ângulos b
a
de medida superior a 90°, encontrados em tri- O H A
ângulos obtusângulos, e em arcos de circun-
ferência. Figura 1

Na geometria demonstramos que, se um ângulo


2. Adição de arcos tem seus lados perpendiculares aos lados de ou-
Apresentamos na figura 1 três triângulos re- tro ângulo, eles terão a mesma medida. Assim,
tângulos, OAB, OCD e OHD, em que temos não é difícil notar que, na construção apresenta-
hipotenusa unitária. Dessa forma, temos OB = da na figura acima, os ângulos AOB  e CDH são
OD = 1.  
tais que AOB = CDH = α , uma vez que os lados
Observemos que a soma dos ângulos a e b, CD e DH. são, respectivamente, perpendiculares
agudos e internos, respectivamente dos tri- aos lados OB e DH. do outro.
ângulos OAB e OCD, compõe o ângulo inter-
Na figura 2, a partir do ponto C, traçamos os
no de medida a + b do triângulo OHD. A partir
segmentos CR e CS, perpendiculares respecti-
dele, podemos definir seno e cosseno de a +
vamente a OA e DH. Montamos, assim, dois
b como:
novos triângulos retângulos, OCR e CDS, desta-
CS CS cados na ilustração. Observemos que os triân-
sen a = = ⇒ gulos agora formados têm um ângulo interno
CD sen b de medida a.
CS = sen
sen a ⋅ senb Dessa forma, temos:
• no triângulo CDS:
OH OH
cos(a + b) = = ⇒ CS CS
OD 1
PV-13-11

sen a = = ⇒
cos (a + b) = OH CD sen b
CS = sen a ⋅ senb
A partir do triângulo OCD podemos calcular DS DS
seno e cosseno do ângulo b como: cos a = = ⇒ DS = senb ⋅ sen a
CD senb
CD CD
senb = = ⇒ CD = senb • e no triângulo OCR:
OD 1
OC OC CR CR
coss b = = ⇒ OC = cos b sen a = = ⇒ CR = sen a ⋅ cos b
OD 1 OC cos b

OR OR
cos a = = ⇒ OR = cos a ⋅ cos b
OC cos b

44
Trigonometria Matemática

D Em resumo, para dois ângulos a e b, temos que:


sen (a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a
a cos (a + b) = cos a · cos b – sen a · sen b
tg a + ttg b
tg (a + b) = [cos((a + b) ≠ 0]
1 − tg a ⋅ ttg b
B
C 3. Diferença de arcos
S
Seja sen (x – y) = sen [x + (–y)]
b Aplicando-se a fórmula já conhecida, temos:
a
O H R A
sen (x – y) = sen x · cos (–y) + sen (–y) · cos x
e, utilizando a redução ao 1º quadrante
Figura 2
cos (–y) = cos y e sen (–y) = –sen y, temos:
Vimos anteriormente que sen (a + b) = DH. Ob- sen (x – y) = sen x · cos y + (–sen y) · cos x, assim:
servando a figura 2, podemos reescrever essa
expressão como: sen (x – y) = sen x · cos y – sen y · cos x

sen (a + b) = CR + DS ⇒ • Seja cos (x – y) = cos [x + (–y)]


sen (a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a Aplicando-se a fórmula já conhecida, temos:
cos [x +(– y)] = cos x · cos (–y) – sen x · sen (–y)
Como cos (a + b) = OH e com base na figura 2,
temos também que: e, utilizando a redução ao 1º quadrante
cos (–y) = cos y e sen (–y) = –sen y, temos:
cos (a + b) = OR – CS ⇒
cos (x – y) = cos x · cos y – sen x · (–sen y), assim:
cos (a + b) = cos a · cos b – sen a · sen b
cos (x – y) = cos x · cos y + sen x · sen y
Desde que cos x ≠ 0, para um ângulo x é válida
sen x Para deduzirmos a tangente da diferença, utili-
a identidade tg x = . zamos o mesmo procedimento:
cos x
Por meio dela, portanto, podemos deduzir a tg (x – y) = tg [x + (–y)] e, aplicando a fórmula
tangente da soma de ângulos a e b como mos- da adição de arcos,
tramos a seguir: tg x + tg
tg(− y)
tg(x − y) =
n (a + b)
sen 1 − tg x ⋅ tg
tg(− y)
tg (a + b) = ⇒
PV-13-11

cos (a + b) mas, pela redução ao 1º quadrante:


sen a ⋅ cos
cos b + ssen
en a ⋅ cos a tg (–y) = –tg y
tg (a + b) =
coss a ⋅ cos
cos b + sen
sen a ⋅ ssenb Logo,
Dividindo-se numerador e denominador da tg x − ttg y
fração obtida por cos a · cos b, obtemos: tg(x − y) =
1 − tg x ⋅ ttg y
sen a ⋅ cos b senb ⋅ cos a
+ Portanto, para dois ângulos a e b, concluímos que:
coss a ⋅ cos b coss a ⋅ cos b
tg (a + b) = ⇒ sen (a – b) = sen a · cos b – sen b · cos a
sen a ⋅ cos b senb ⋅ cos a
+ cos (a – b) = cos a · cos b + sen a · sen b
cos a ⋅ cos b coss a ⋅ cos b
tg a + tg b tg a − ttg b
tg (a + b) = tg(a − b) = [cos((a − b) ≠ 0]
1 − tg a ⋅ tg b 1 − tg a ⋅ ttg b

45
Matemática Trigonometria

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 02.
Calcular o valor de seno, cosseno e tangente Sendo x e y ângulos agudos e sabendo-se que
de 75°. 3 1
sen x = e cos y = , calcular o valor de
Resolução 4 4
Podemos escrever 75° por meio da soma de seno e secante de (x + y).
30° + 45°. Resolução
Com o auxílio das expressões de seno, cosseno Antes de mais nada, será necessário calcular
e tangente da soma, temos que: sen y e cos x. Assim, teremos, por meio da
• sen 75° = sen (30° + 45°) ⇒ identidade sen2 a + cos2 a = 1 e sabendo que os
sen 75° = sen 30° · cos 45° + sen 45° · cos 30° ângulos são agudos, os seguintes resultados:
• sen2 x + cos2 x = 1
1 2 2 3
⇒ sen 75° = ⋅ + ⋅ ⇒ 3 13
2 2 2 2 cos2 x = 1 – =
16 16
2+ 6
⇒ sen 75° = 13
4 ∴ cos x =
4
• cos 75° = cos (30° + 45°) ⇒
• sen2 y + cos2 y = 1
cos 75° = cos 30° · cos 45° – sen 30° · sen 45° ⇒ 1 15
sen2 y = 1 – =
3 2 1 2 16 16
cos 75° = + − ⋅ ⇒
2 2 2 2 15
∴ sen y =
6− 2 4
cos 75° =
4 Aplicando-se os valores conhecidos na expres-
• tg 75° = tg (30° + 45°) são do seno da soma, obtemos:
sen (x + y) = sen x · cos y + sen y · cos x
tg 30° + tg 45°
tg 75° = ⇒
1 − tg 30°⋅ tg 45° 3 1 13 15
sen (x + y) = ⋅ + ⋅ ⇒
3 3+ 3 4 4 4 4
+1 3
tg 75° = 3 = 3 ⇒ sen (x + y) = (1 + 65)
3 3− 3 16
1− ⋅1
PV-13-11

3 3
3+ 3 3+ 3 Para conhecermos o valor de sec (x + y), pode-
tg 75° = ⋅ ⇒ mos dizer que:
3− 3 3+ 3
tg 75° = 2 + 3

46
Trigonometria Matemática

1 Resolução
sec (x + y) = ⇒
cos (x + y) Régua

1 60° 2m
sec (x + y) =
cos x ⋅ cos y − sen x ⋅ sen y 75°
x
15° Escarpa h
1 d
sec (x + y) = ⇒ 1,6m 1,6m
13 1 3 15
⋅ − ⋅
4 4 4 4
a) x Como tg 15° = tg (45° –30°)
16 13 + 3 5 tg 15° =
sec (x + y) = ⋅ ⇒
13 − 3 5 13 + 3 5 d tg 15° − tg 30°
x tg 15° =
16( 13 + 3 5) 2− 3 = 1 + tg 45° tg 30°
sec (x + y) = ⇒ d
−32
13 + 3 5 13 + 3 5 x = d(2 − 3) (I)
sec (x + y) = ⇒−
2 2 x+2 I 3 d(2 − 3) + 2
tg 30° = → −
d 3 d
03. Unicamp-SP 3d = d − 3 3 + 6
De uma praia, um topógrafo observa uma pe-
quena escarpa sobre a qual foi colocada, na (
d= 4 3 −6 )
vertical, uma régua de 2 m de comprimento.
Usando seu teodolito, o topógrafo constatou d=
3(2 3 + 3)
que o ângulo formado entre a reta vertical que
passa pelo teodolito e o segmento de reta que
(2 3 ) − 3 (2 3 + 3)
une o teodolito ao topo da régua é de 60°, en- d = ( 2 3 + 3) m
quanto o ângulo formado entre a mesma reta
vertical e o segmento que une o teodolito à b) De (I) ⇒ x = (2 3 + 3) ⋅ (2 − 3 ) → x = 3
base da régua é de 75°. Sabendo que o teodo-
lito está a uma altura de 1,6 m do nível da base h = x + 1, 6 ⇒ h = ( 3 + 1, 6 ) m
da escarpa, responda às questões abaixo.
a. Qual é a distância horizontal entre a
reta vertical que passa pelo teodolito e 04.
a régua sobre a escarpa? Sabendo que tg a = 3 e tg b = 2, calcule
b. Qual é a altura da escarpa? cotg (a – b)
Régua Resolução
PV-13-11

Como a cotangente de um ângulo correspon-


60° 2m de ao inverso de sua tangente, podemos fazer
75° 1
cot g(a − b) = ⇒
Escarpa tg(a − b)
1,6m 1 + tg a ⋅ tg b 1 + 3 ⋅ 2
cot g(a − b) = = ⇒s
tg a − tg b 3−2
cot g(a − b) = 7

47
Matemática Trigonometria

05. Mackenzie-SP 07.


Calcular: y = sen (123° + a) – sen (57° – a) Calcule a área do triângulo abaixo.
Resolução C
sen (123° + a) = sen 123° · cos a + sen a cos 123°
sen (57° – a) = sen 57° · cos a – sen a · cos 57°
Como 123° = 180° – 57°, então sen 123° = sen 57° 4
e cos 123° = – cos 57°.
Então:
75°
y = (sen 123° – sen 57°) cos a –
A B
– (cos 123° + cos 57°) sen a
y = 0 · cos a – 0 · sen a = 0 Resolução
Resposta
AB × BC
y=0 Área =
2
06. Fuvest-SP BC
sen 75° =
No triângulo retângulo ABC, os catetos AB e AC 4
medem 2 + 3 e 1, respectivamente. Seja D
um ponto de AB tal que AD = AC. Calcule tg
(α + β), em que α e β são respectivamente as BC = 4 · sen 75°
medidas de ADC  e ABC
 .
BC = 4 · sen (30° + 45°)
Resolução BC = 4(sen 30° · cos 45° + sen 45° · cos 30°)
B 1 2 2 3
BC = 4 ⋅  ⋅ + ⋅
β 2 2 2 2 
1+ 3
D BC = 2 + 6
α AB
cos 75° =
1 4
AB = 4 · cos 75°
C 1 A
AB = 4 · cos (45° + 30°)
1 AB = 4 · (cos 45° · cos 30° – sen 45° · sen 30°)
tg α = = 1
1  2 3 2 1
PV-13-11

1 AB = 4 ⋅  ⋅ − ⋅ 
tg β =  2 2 2 2
2+ 3
AB = 6 − 2
1 3+ 3
tg (α + β) =
1+
2 + 3 = +
2 3
Área =
( 6− 2 )( 6+ 2 ) = 4 =2
1 1+ 3 2 2
1 − 1⋅
2+ 3 2+ 3
Resposta
3+ 3 3 −1 2 3 Área = 2 u.a.
= ⋅ = = 3
3 +1 3 −1 2

Resposta
3

48
Trigonometria Matemática

4. Arco duplo Resumindo, as expressões que definem seno,


cosseno e tangente de um arco duplo são:
Para deduzirmos seno, cosseno e tangente
para o dobro de um arco, utilizaremos as ex- 1) sen 2a = 2 · sen a · cos a
pressões deduzidas para a soma de arcos, fa- 2) cos 2a = cos2 a – sen2 a
zendo, simplesmente, b = a. 2 tg a
3) tg 2a = [cos 2a ≠ 0]
1 − tg2 a
Assim, teremos:
Observação
sen (a + b) = sen (a + a) = sen 2a ⇒
Lembrando que sen2 a + cos2 a = 1, a expressão
sen 2a = sen a · cos a + sen a · cos a ⇒
de número dois pode assumir outras formas.
sen 2a = 2 sen a · cos a 1) cos2 a = 1 – sen2 a e
cos 2a = cos a – sen a
2 2
cos (a + b) = cos (a + a) = cos 2a ⇒
Então:
cos 2a = cos a · cos a – sen a · sen a ⇒
cos 2a = cos2 a – sen2 a cos 2a = 1 – 2 sen2 a

2) sen2 a = 1 – cos2 a e
tg (a + b) = tg (a + a) = tg 2a ⇒
cos 2a = cos a – sen a
2 2

2 tg a Então:
tg 2 a =
1 − tg2 a
cos 2a = 2 cos2 a – 1

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. sen 2θ = 0,96
Sabendo que um ângulo θ tal que • cos 2θ = cos2 θ – sen2 θ ⇒
π cos 2θ = 0,64 – 0,36 ⇒
0 < θ < tem seno igual a 0,6, determine os
2 cos 2θ = 0,28
valores de seno, cosseno e tangente de 2θ.
2 tgθ
Resolução • tg 2θ = ⇒
1 − tg2θ
Conhecido sen θ = 0,6, uma vez que θ é agu-
do, poderemos calcular cos θ e tg θ através 2 ⋅ 0, 75 1, 5
das seguintes identidades: tg 2θ = = ⇒
PV-13-11

1 − 0, 5625 0, 4375
• sen2 θ + cos2 θ = 1 ⇒ tg 2θ ≅ 3, 43
0,36 + cos2 θ = 1 ⇒
02. Mackenzie-SP
cos2 θ = 0,64 ∴ cosθ = 0,8
senθ Se cos 15°, cos(a) e cos 75° formam, nessa or-
• tg θ = ⇒ dem, uma progressão aritmética, o valor de
cos θ cos(a) é:
0, 6
tg θ = ⇒ tg θ = 0, 75 2 3 e. 4
0, 8 a. c.
3 4 6
Utilizando as expressões que deduzimos para 4
b. 6 d.
o dobro de um ângulo, teremos:
3 6
• sen 2θ = 2 sen θ · cos θ = 2 · 0,6 · 0,8 ⇒

49
Matemática Trigonometria

Resolução Resolução
Do enunciado (cos15°, cos a, cos 75°) e uma PA. x
sen
Usando a média aritmética: (
2⋅ − cos x + cot g x ⋅2
)2
x
cos
2 · cos a = cos 15° + cos 75° 2
=
(2 · cos a)2 = (cos 15° + sen 15°)2 x x
cos + sen2
2

4cos2a = cos215° + 2 sen15° · cos 15° + sen215° 2 2


2 x
4cos2a = 1 + sen30° cos
2
1 3
4cos2a = 1 + ∴ cos2 a = x x
2 8 = (cot g2x − cos x) ⋅ 2 ⋅ sen ⋅ cos =
3 2 6 2  2
Como cos a > 0, temos cos a = ⋅ =   
2 2 2 4 sen x
Resposta = cot g2x ⋅ senx − cos x ⋅ senx =
D = cot gx(cot gx ⋅ senx − sen2x) =
03. PUC-SP = cot gx(cos x − sen2x)
No intervalo [0, 6p], a equação trigonométrica
cos (2x) + 2 sen2x + 2 = 0: Resposta
a. possui uma infinidade de raízes. A
b. possui exatamente duas raízes. 05. Fuvest-SP
c. não possui raízes reais.
O número real x, com 0 < x < p, satisfaz a equa-
d. possui uma única raiz. ção log3(1 – cos x) + log3 (1 + cos x) = – 2
e. possui exatamente três raízes. Então, cos2 x + senx vale:
Resolução 1 7 10
a. c. e.
cos (2x) + 2 sen2 x + 2 = 0 3 9 9
1 – 2 sen2 x + 2 sen2 x + 2 = 0 2 8
b. d.
3 = 0 (absurdo) 3 9
Logo, a equação não possui raízes reais. Resolução
Resposta log3 (1 – cos x) + log3 (1 + cos x) = –2
C log3 [(1 – cos x) · (1 + cos x)] = –2
04. ITA-SP 1
log3 (1 – cos2x) = –2 ⇒ 1 – cos2x = ⇒
A expressão 9
PV-13-11

  11   x ⇒ cos2x = 8
2 sen  x + π + cot g2x  tg 9
  2   2
x 1
1 + tg2 sen2x =
2 9

é equivalente a: 1
Como 0 < x < p, temos: sen x =
a. [cos x – sen2 x] cotg x 3
cos 2x + sen x = cos2x – sen2x + sen x
b. [sen x + cos x] tg x
8 1 1 10
c. [cos2x – sen x] cotg2 x cos 2x + sen x = 9 − 9 + 3 = 9
d. [1 – cotg2 x] sen x Resposta
e. [1 + cotg2 x] [sen x + cos x] E

50
Trigonometria Matemática

5. Transformação em Produto Exemplo


Em muitas ocasiões, é útil transformar somas Fatorar:
algébricas do tipo sen p + sen q , sen p – sen q, a) sen 40° + sen 20°
cos p + cos q em produtos. Para tanto, retomamos
as seguintes fórmulas de adição e subtração: b) sen 20° – sen 10°
sen (A + B) = sen A · cos B + sen B · cos A (I) c) cos 80° + cos 20°
sen (A – B) = sen A · cos B – sen B · cos A (II) d) cos 70° – cos 50°
cos (A + B) = cos A · cos B – sen A · sen B (III) e) cos 50° + sen 80°
cos (A – B) = cos A · cos B + sen A · sen B (IV) f) 1 + cos 20°
Então temos: Resolução
I + II: a) sen 40° + sen 20° =
sen (A + B) + sen (A – B) = 2 sen A · cos B  40° + 20°   40° − 20° 
= 2 sen   ⋅ cos   ⇒
I – II:  2 2
sen (A + B) – sen (A – B) = 2 sen B · cos A
III + IV: sen 40° + sen 20° = 2 sen 30° · cos 10°
cos (A + B) + cos (A – B) = 2 cos A · cos B b) sen 20° – sen 10° =
III – IV:  20° − 10°   20° + 10° 
= 2 sen   ⋅ cos   ⇒
cos (A + B) – cos (A – B) = –2 sen A · sen B  2 2
Vamos considerar, agora:
sen 20° – sen 10° = 2 sen 5° · cos 15°
A + B = p c) cos 80° + cos 20° =

A − B = q  80° + 20°   80° − 20° 
= 2 cos   ⋅ cos   ⇒
 2 2
Resolvendo este sistema, encontramos:
p+q p−q cos 80° + cos 20° = 2 cos 50° · cos 30°
A= eB =
2 2 d) cos 70° – cos 50° =
Substituindo nas quatro igualdades obtidas,  70° + 50°   70° − 50° 
= −2 sen   ⋅ sen   ⇒
encontramos:  2 2
 p + q  p − q cos 70° – cos 50° = –2 sen 60° · sen 10°
senp + sen
sen q = 2 sen   ⋅ cos 
 2   2  e) cos 50° + sen 80° =
 p − q  p + q = cos 50° + cos 10° =
senp − sen
sen q = 2 sen  ⋅ cos 
 2   2 
PV-13-11

 50° + 10°   50° − 10° 


= 2 cos   ⋅ cos   ⇒
 p + q  p − q  2 2
coss p + cos q = 2 coss  ⋅ cos 
 2   2 
cos 50° + sen 80° = 2 cos 30° · cos 20°
 p + q  p − q
oss p − cos
co cos q = −2 sen  ⋅ sen 
 2   2  f) 1 + cos 20° = cos 0° + cos 20° =
 0° + 20°   0° − 20° 
= 2 cos   ⋅ cos  ⇒
que são as fórmulas de fatoração.  2 2 
cos 0o + cos 20o = 2 cos 10o · cos(–10°)
mas cos(–10°) = cos 10°
Assim: 1 + cos 20° = 2 cos2 10°

51
Matemática Trigonometria

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. −sen(3x) ⋅ sen(−2x)
= =
Simplificar a expressão. sen(2x) ⋅ cos(3x)

E=
sen 40° + sen 10°
=
(
−sen 3x ⋅ − sen 2x ) = sen3x = tg (3x)
cos 15° sen 2x ⋅ cos 3x cos 3x

Resolução Resposta
 40° + 10°   40° − 10°  D
2 sen 
  ⋅ cos  
2 2
E= 04. PUC-SP
cos 15°
Transformando-se em produto a expressão
2 sen 25° ⋅ cos 15°
E= sen 70o + cos 30o, obtém-se:
cos 15°
a. 2 cos 25° cos 5° c. 2 sen 25° cos 5°
E = 2 sen 25° b. 2 sen 25° sen 5° d. 2 cos 25° sen 5°
02. ITA-SP
Transformar em produto y = sen3x + senx. Resolução
Resolução sen 70° = cos 20°, logo:
y = sen 3x + sen x sen 70° + cos 30° = cos 20° + cos 30° =
 3x + x   3x − x   20° + 30°   20° − 30° 
y = 2 ⋅ sen  ⋅ cos  ⋅ cos 
 2   2  2 cos 
 2

  2

4x 2x Mas cos (–5) = cos 5, logo:
y = 2 ⋅ sen ⋅ cos
2 x
sen 70° + cos 30° = 2 cos 25° · cos 5°
y = 2 ⋅ sen 2x ⋅cos x
Resposta
03. FEI-SP A
cos x − cos(5x)
Simplificando-se , tem-se: 05.
sen(5x) − sen x
Transformar em produto a expressão abaixo.
a. tg x y = sen2 x –sen2 3x
b. sen x Resolução
PV-13-11

c. cos x
y = (sen x + sen 3x) · (sen x – sen 3x)
d. tg 3x
e. nra  x + 3x   x − 3x 
y = 2 ⋅ sen  ⋅ cos  ⋅
 2   2 
Resolução
 x − 3x   x + 3x 
⋅2 ⋅ sen  ⋅ cos 
cos x − cos(5x)
=  2   2 
sen(5x) − sen x
 x + 5x   x − 5x  y = 2 sen 2x · cos (–x) · 2 sen (–x) · cos 2x
−2 sen  ⋅ sen 
 2   2  y = [2 sen 2x · cos 2x] [2 sen (–x) · cos (–x)]
= =
 5x − x   5x + x  y = sen 4x · sen (–2x)
2 sen  ⋅ cos 
 2   2  como sen (–2x) = – sen (2x), temos:
y = – sen 4x · sen 2x

52
Trigonometria Matemática

CAPÍTULO 05 TRIGONOMETRIA DOS NÚMEROS REAIS


1. Introdução 1º) Ao número real 1 associa-se o ponto P do
ciclo trigonométrico.
Já foi visto que, para cada número real
2π < x < 2π, pode se associado um ponto do 2º) Ao ponto P, associam-se os números reais:
ciclo trigonométrico. No entanto, neste capí- 1 = 1ª determinação positiva
tulo, ampliaremos esta correspondência para
todos os números reais, rompendo a barreira 1 + 2π = 2ª determinação positiva
da primeira volta. 1 + 4π = 3ª determinação positiva
Desta forma, sendo x um número real tal que 1 + 6π = 4ª determinação positiva
x ≥ 2π ou x ≤ –2π, para associarmos a x um -----------------------------------
ponto P do ciclo trigonométrico, tomamos
um arco de medida |x| radianos, a partir da 1 – 2π = 1ª determinação negativa
origem A, no sentido anti-horário ou horário, 1 – 4π = 2ª determinação negativa
conforme x > 0 ou x < 0, respectivamente.
1 – 6π = 3ª determinação negativa
O ponto P encontrado é chamado extremida-
de de x no ciclo trigonométrico e as coordena- -----------------------------------
das de P são dadas por (cos x, sen x).
2. O arco trigonométrico
Com a associação de um número real x, com  em radia-
um ponto P do ciclo trigonométrico podemos Sendo a0 a medida de um arco AP
fazer as seguintes definições: nos, tal que 0 ≤ a0 < 2π, dizemos que a0 é a
primeira determinação positiva de P.
cos x = abscissa de P
É chamado de arco trigonométrico o conjunto
sen x = ordenada de P dos números a do tipo:
sen x
tg x = , desde que cos x ≠ 0 a = a0 + K ⋅ 2
π , eem
m que K ∈
cos x 1 volta
cos x
cotg x = , desde
desde que sen x ≠ 0
que sen Assim:
sec x
1 k = 0 ⇒ a = a0 (primeira determinação positiva
Sec x = , desde que cos x ≠ 0 de P)
cos x
1 k = 1 ⇒ a = a0 + 2π (segunda determinação
ssec x =
cosse , desde
desde que sen x ≠ 0
que sen positiva de P)
sen x
k = 2 ⇒ a = a0 + 4π (terceira determinação po-
sitiva de P)
PV-13-11

A cada número real x associa-se um único pon-


to do ciclo trigonométrico, no entanto, a cada -----------------------------
ponto do ciclo trigonométrico, pode-se asso- k = –1 ⇒ a = a0 – 2π (primeira determinação
ciar infinitos números reais, que chamamos de negativa de P)
determinações de cada ponto.
k = – 2 ⇒ a = a0 – 4π (segunda determinação
Exemplo negativa de P)
P1 -----------------------------
Sendo a0 a medida de um arco AP  em graus,
A tal que 0° ≤ a0 < 360°, dizemos que a0 é a pri-
meira determinação positiva de P.
É chamado de arco trigonométrico o conjunto
de números a do tipo:

53
Matemática Trigonometria

a = a0 + K ⋅ 360
° , o
onde K ∈ 27 8 27π 3π 8π
1 volta
= + 3⋅
3 3 4 4 4
k = 0 ⇒ a = a0 (primeira determinação positiva
de P) 27π
rad = 4ª determinação positiva de um
k = 1 ⇒ a = a0 + 360° (segunda determinação 4
positiva de P) ponto P
k = 2 ⇒ a = a0 + 720° (terceira determinação
positiva de P) 3π
rad= 1ª determinação positiva de P
---------------------------- 4
P ∈ 2ª quadrante
k = – 1 ⇒ a = a0 – 360° (primeira determinação
negativa de P) 2π
4
k = – 2 ⇒a = a0 – 720° (segunda determinação P
negativa de P) 4π
----------------------------- 4 A
Dado um número a, sabemos que ele é uma
determinação de um ponto P do ciclo trigono-
métrico; para encontrarmos o ponto P, deve-

mos inicialmente descobrir o número de vol- 4
tas contido em a e, assim, achamos a primeira
determinação de P. 3. – 2.000°
Exemplos Cada volta do ciclo tem 360°
1. 980° 2.000 360
Cada volta do ciclo tem 360°, então:
200 5 − 2.000° = −200° − 5 ⋅ 360°
980° 360° 980° = 260° + 2 ⋅ 360°
– 2000° = 6ª determinação negativa de um
260° 2 ponto P.
980° = 3ª determ. positiva de um ponto P –200° = 1ª determinação negativa de P
260° = 1ª determ. positiva de P P ∈ 2º quadrante
P ∈ 3º quadrante –270°
90°
P
PV-13-11

–180° A
180° A

–90°
P 270° 4. − 20π rad
3
2. 27π rad 6π
4 Cada volta do ciclo tem 2π rad = rad.
3

Cada volta do ciclo tem 2π rad = rad , então: 20 6 20π 2π 6π
4 − = − − 3⋅
2 3 3 3 3

54
Trigonometria Matemática

20π 41 12 41π = 5π + 3 · 12π


− rad = 4ª determ. negativa de um ponto P 5 3 6 6 6
3
sen x

= 1ª determ. negativa de P
(41π
6 (
− 5π π
3 6 6
P ∈ 3º quadrante
–4,5π
3

–3π
3 A
41π 5π π 1
sen = sen = sen =
6 6 6 2
P
–1,5π 37π
3 2. Calcular cos
4
Observações 37 8 37π = 5π + 4 · 8π
5 4 4 4 4
1) Sendo x0 um número real, tal que 0 ≤ x0 < 2π,
dizemos que x = x0 + k · 2π, k ∈ , é expressão
geral dos reais associados a um ponto P (extre-
midade de x0) do ciclo trigonométrico. π
4
Exemplo
cos x
Os números reais associados ao ponto P da fi-
gura podem ser expressos por:
(37π
4 ( 5π
P  π rad 4
 
3 
A 37π 5π π 2
cos = cos = − cos = −
4 4 4 2

3. Expressões gerais

x=
π
+ k ⋅ 2π
A. Expressão geral dos reais
PV-13-11

3 associados a um ponto
Seja o número real x0 uma primeira determi-
2) Quando temos que calcular uma razão trigono-
nação (positiva ou negativa) de um ponto P do
métrica de um número real (arco medido em radia-
ciclo trigonométrico.
nos) maior que 2π ou menor que –2π, devemos
inicialmente descobrir a primeira determina-
P(x0)
ção do ponto associado ao número real.
Exemplos
A
1. Calcular sen 41π
6

55
Matemática Trigonometria

As outras determinações de P são: 4. Expressão geral dos reais associados ao


..., x0 –4π, x0 –2π, x0, x0 + 2π, x0 + 4π, ... ponto B’:
Para representarmos todos os termos da pro-
gressão aritmética, de razão 2π, formada pelas
determinações de P, usamos a expressão:
x = x 0 + k ⋅ 2π ; k ∈ 

Exemplos
1. Expressão geral dos reais associados ao 3π B'
2
ponto A:

x= + k ⋅ 2π; k ∈

2
A Observação
Também poderia ser
π
x=− + k ⋅ 2π ; k ∈ 
2

x = 0 + k ⋅ 2π; k ∈

B. Expressão geral dos reais associa-
2. Expressão geral dos reais associados ao
dos a extremidades de um diâmetro
ponto B: Seja o número real x0, uma primeira determi-
π nação (positiva ou negativa) do ponto P ou do
2 B ponto Q, extremidades de um diâmetro do ci-
clo trigonométrico.

Q
π
x = + k ⋅ 2π; k ∈

2
PV-13-11

As determinações de P ou Q são dadas por:


3. Expressão geral dos reais associados ao ..., x0 –3π, x0 –2π, x0 –π, x0, x0 + 2π, x0 + 3π, ...
ponto A’:
Para representarmos todos os termos da progres-
são aritmética, de razão π, formada pelas deter-
minações de P ou Q, usamos a expressão:

A' x = x 0 + k ⋅ π , k ∈
π
Exemplos
1. Expressão geral dos reais associados aos
pontos A ou A’:
x = π + k ⋅ 2π; k ∈

56
Trigonometria Matemática

C. Expressão geral dos reais


associados a pontos que dividem
a circunferência em partes iguais
A' A
Consideremos os pontos P1, P2, P3, ..., Pn que
O
dividem o ciclo trigonométrico em n partes
iguais.
Seja o número real x0 uma primeira determi-
nação (positiva ou negativa) de um dos n pon-
x = 0 + k ⋅ π , k ∈
∈ tos considerados.
2π P3 P2
2. Expressão geral dos reais associados aos n
pontos B ou B’: P4 P1

π
2 B
Pn
Pn–1

As determinações dos pontos são:


2π 2π 2π
B' ...x 0 − 3 ⋅,x0 − 2 ⋅ ,x0 − ,x0 ,
n n n
π 2π 2π 2π
x= + k ⋅ π; k ∈
∈ x 0 + , x 0 + 2 ⋅ , x 0 + 3 ⋅ ,...
n n n
2

3. Expressão geral dos reais associados aos Para representar todos os termos da progres-
 tem medida
pontos M ou N, sabendo que AM
são aritmética, de razão 2π , formada pelas
3π n
rad .
4 determinações dos pontos, usamos a expres-
são:
3π 2π
4 M x = x0 + k ⋅ , k ∈

n
A Exemplos
1. Expressão geral dos reais associados aos
PV-13-11

pontos A, B, A’ ou B’:
N
B


x= + k ⋅ π; k ∈

4 A' A
O

Observação
π B'
Também poderia ser x = − + k ⋅ π , k ∈
4

x = 0 +k⋅ , k ∈

4

57
Matemática Trigonometria

2. Expressão geral dos reais associados aos Exemplo


pontos M1, M2, M3, M4 ou M5, vértices de um Expressão geral dos reais associados aos pon-
pentágono regular, sabendo que AM1 tem me- tos P e P’, aritméticos em relação ao eixo dos
π
dida rad :
senos, sabendo que AP  tem medida π rad.
6
6
M2

M1 π
M3 6 π
A 5π
P' P 6
6
A
M5
M4

π 2π
x= + k ⋅ , k ∈
6 5 Poderia ser usada a expressão:
Observação π π
x= + (−1)k ⋅ , k ∈
Existem outras expressões gerais que podem 6 6
ser utilizadas, no entanto preferimos ignorá-
No entanto, usamos:
-las, substituindo-as por uma união de expres-
sões aqui representadas. π 5π
x= + k ⋅ 2π ou x = + k ⋅ 2π , k ∈ 
6 6

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 02.
Dê a primeira determinação positiva dos arcos Considerando a figura abaixo (ABCDEF é um
a. 1.200° hexágono regular),
b. –1.020° M
C B
c. 37π
3
Resolução D A
PV-13-11

a) 1.200° 360° ⇒1ª determinação positiva: 120°


120° 3
E F
N
b) – 1.020° 360° ⇒ – 300 ° + 360° = 60°;
−300° − 2 1ª determinação positiva: 60° dar a expressão geral dos reais associados aos
6π pontos:
c) 37π 2π ⇒ 37π a. A
3
3 b. M
3 6
π c. C
3 d. A ou D
1ª determinação positiva: π e. B ou E
3

58
Trigonometria Matemática

f. B ou F Resolução
g. A ou M ou D ou N π ;k = 3
h. A ou B ou C ou D ou E ou F 1 2
k = 4; 2π π ;k = 2
3 3 3
Resolução 2
k = 5; 5π π ;k = 1
6 1 6
a) (k∈): k · 2p 2

b) (k∈): π + k · 2p k = 6; π
0 ;k = 0
0
2 0 2π ;k = 12
–1
c) (k∈): 2π + k · 2p k = 7; 7π
6 2
11π ;k = 11
6
3 – 3
k = 8; 4π 2 5π ;k = 10
d) (k∈): kp 3 –1 3π 3
2
k=9
π
e) (k∈): +k·p  3 1 1 3 
3 A =  −1, − , − , 0, , ,1
 2 2 2 2 
π
f) (k∈): ± + k · 2p
3 Resposta
B
g) (k∈): kπ
2 04.
Se a = 840° e b = 28π , calcular:
kπ 3
h) (k∈):
3 a. sen (a + b)
03. b. tg (a – b)
O número de elementos do conjunto Resolução

{ }
28π 6π
kπ 840° 360°
A = x |x = sen , k ∈ é 3 3
6
120° 2 4π 4 4π
a. 6 = 240°
3 3
b. 7
a) sen (a + b) = sen (120° + 240°) = sen 360° =
c. 8
= sen 0° = 0
d. 9
b) tg (a – b) = tg (120° – 240°) = tg (–120°) =
PV-13-11

e. 10
= tg 240° = tg 60° = 3

59
Matemática Trigonometria

4. Equações trigonométricas Assim:


com solução em R π k ⋅ 2π
x= +
18 3
A. Introdução
ou
Já estudamos equações trigonométricas bus-
cando as soluções na primeira volta do ciclo 5π 2π
x= + k ,k ∈ 
trigonométrico. Agora que sabemos represen- 18 3
tar todos os números reais associados a um ou
mais pontos do ciclo trigonométrico, podemos
ampliar o universo das equações para todo o 2. Resolver em : sen 8x = sen 4x
conjunto R.
Resolução
B. Equação da forma sen x = sen α 8x = 4x + k · 2π
Os números x e α apresentam o mesmo seno ou
se, e somente se, suas imagens no ciclo trigo- 8x = π – 4x + k · 2π
nométrico forem coincidentes ou simétricas
em relação ao eixo das ordenadas. Assim:
sen x π π π
x = k ⋅ ou x = +k⋅
2 12 6

π−α α 3. (Cesgranrio-RJ) Sendo k∈, as soluções da


 π
equação sen  x +  = 1 são da forma:
 3

a. π + 2kπ
6
π
b. + kπ
6
Dessa forma, concluímos: π
c. + 2kπ
sen x = sen α ⇔ 3
 x = α + k ⋅ 2π π
d. − kπ
 3
ou
 x = π − α + k ⋅ 2π ,k ∈  π kπ
 e. −
6 3
Exemplos
PV-13-11

Resolução
1
1. Resolver em : sen 3x =
2  π
sen  x +  = 1
Resolução  3
sen
1
sen3x = ⇒ sen3x = sen π 1
2 6
Então:
3x = π + k · 2p
6
ou
3x = p – π + k · 2p
6

60
Trigonometria Matemática

π π 2π 2π k ⋅ 2π
x+ = + k ⋅ 2π , k ∈ 3x = ± + k ⋅ 2π ⇒ x = ± +
3 2 3 9 3
π π
x = − + k ⋅ 2π , k ∈
2 3 {
S = x ∈ |x = ± +
2π k ⋅ 2π
9 3
, k ∈ }
3π − 2π
x= + k ⋅ 2π , k ∈
6
π 2. Resolver em : cos (3x) = sen (2x)
x = + k ⋅ 2π , k ∈
6 Resolução
π 
Como sen (2x) = cos  − 2x , podemos es-
Resposta 2 
A crever:
π 
cos (3x ) = cos  − 2x
2 
C. Equação da forma cos x = cos α Assim:
Os números x e α apresentam o mesmo cosse-
no se, e somente se, suas imagens no ciclo tri- π 
3x = ±  − 2x + k ⋅ 2π
gonométrico forem coincidentes ou simétricas 2 
em relação ao eixo das abscissas. ou seja
π π 2π
3x = − 2x + k ⋅ 2π ⇒ x = + k ⋅
α 2 10 5
ou
π π
cos x 3x = − + 2x + k ⋅ 2π ⇒ x = − + k ⋅ 2π
2 2
π 2π
S = {x ∈ | x = + k ⋅ ou
−α 10 5
π
x = − + k ⋅ 2π , k ∈}
2
Dessa forma, concluímos:
cosx = cosa ⇔ x = ± a + k · 2p, k ∈
3. Resolver em : cos (3x) + sen x = 0
Exemplos
Resolução
1. Resolver em : 2 cos (3x) + 1 = 0
PV-13-11

cos (3x) + sen x = 0 ⇒ cos (3x) = –sen x


Resolução
1 Lembrando que sen (–x) = –sen x, temos:
2cos (3x) + 1 = 0 ⇒ cos (3x) = – cos (3x) = sen (–x)
2
π
No entanto: sen(–x) = cos [ – (–x)] =
2π 1 2
como cos = − , podemos escrever:
3 2 π
= cos[ + x]
2
 2π 
cos(3x) = cos  
 3 Assim, podemos escrever:
π
Assim: cos(3x) = cos ( + x)
2

61
Matemática Trigonometria

Então: tg x = tg α ⇔ x = α + k π, k ∈ Z
π  Exemplos
3x = ±  + x + k ⋅ 2π
2  3
1. Resolver em : tg(2x) = −
ou seja : 3
π π Resolução
3x = + x + k ⋅ 2π ⇒ x = + k ⋅ π
2 4
ou 5π 3
Como tg =− , podemos escrever:
π π kπ 6 3
3x = − − x + k ⋅ 2π ⇒ x = − +
2 8 2  5π 
π tg(2x) = tg   , então:
S = {x ∈  | x = + k ⋅ π ou  6
4 5π 5π kπ
π kπ 2x = + kπ ⇒ x = +
x=− + ,k ∈} 6 12 2

{ }
8 2 5π kπ
S = x ∈ |x = + , k ∈
12 2
D. Equação da forma tg x = tg α
Os números x e α apresentam a mesma tan-  x
2. Resolver em : tg(x) − tg   = 0
gente se, e somente se, suas imagens no ciclo   2
trigonométrico forem coincidentes ou simétri-
cas em relação à origem dos eixos coordena- Resolução
dos (diametralmente opostas).  x  x
tg(x) − tg   = 0 ⇒ tgx = tg  
tg x  2  2
α Assim :
x x
x = + kπ ⇒ = kπ
2 2
ou seja x = 2 kπ
π+α S = {x ∈ |x = 2kπ , k ∈}

Dessa forma, concluímos:

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
PV-13-11

01. Cesgranrio-RJ
e. 5π + 2kπ ou 7π + 2kπ; k ∈ Z
As soluções reais da equação 12 12
 5π  1
sen  2x −  = são: Resolução
 6 2
 5π   π
5π sen  2x −  = sen   ⇒
a. π + 2kπ ou + 2kπ; k ∈ Z  6  6
6 6 5π π
5π 2x − = + 2kπ ou
b. π + 2kπ ou + 2kπ; k ∈ Z 6 6
2 6 5π π
π 2x − = π − + 2kπ
c. + 2kπ ou 5π + 2kπ; k ∈ Z 6 6
3 3 π 5π 5π 5π
2x = + + 2kπ ou 2x − = + 2kπ
d. π + 2kπ ou 11π + 2kπ; k ∈ Z 6 6 6 6
12 12

62
Trigonometria Matemática

10π 03.
2x = π + 2Kπ ou 2x = + 2kπ
6 Resolver: tg(3x) = 3
π 5π Resolução
x = + kπ ou x = + kπ
2 6 tg (3x) = tg (π/3)
Resposta tg x
3
B
y
02. UEL-PR
2
As soluções reais da equação cosx = − são: π
2
3
π 7π
a. + 2kπ ou + 2kπ com k ∈ x
4 4
3π 7π π
b. + 2kπ ou + 2kπ com k ∈ π+
4 4 3
3π 5π
c. + 2kπ ou + 2kπ com k ∈
4 4 π
3x = + kπ
d. π + 2kπ ou 7π + 2kπ com k ∈ 3
6 6 π π
x = +k
5π 11π 9 3
e. + 2kπ ou + 2kπ com k ∈

Resolução
6 6
{
S = x ∈ |x =
π
9
π
+ k ⋅ ; k ∈
3 }
04. Mackenzie-SP
Dê a expressão geral dos arcos x para os quais
3 π 2 (cos x + sec x) = 5:
π− =
4 4 4 π
a. 2 kπ ±
cos x 3
− 2 2 π
5
π+ = 2 2 b. kπ +
4 4 3
π
c. 2kπ ±
3
π
PV-13-11

d. kπ +
 3π   5π  6
cos x = cos   ou cos x = cos  
 4  4 e. kp + p
3π 5π Resolução
x= + k ⋅ 2π ou x = + k ⋅ 2π com k ∈
4 4
2 (cos x + sec x) = 5
Resposta  1 
2  cos x + =5
C  cos x 
Obs.: Uma resposta bem mais elegante seria  cos2 x + 1 
3π 2 =5
x = ± + k ⋅ 2π ; k ∈   cos x 
4
2 cos2x – 5 cos x + 2 = 0

63
Matemática Trigonometria

cos x = y ⇒ 2y2 – 5y + 2 = 0 b) Para o primeiro dia, o valor máximo da


y = 2 ou y = 1 π 3π 
2 função H(t) = 15 + 5 sen  t +  ,ocorre
1 ou cos x = 2 (não convém)  12 2
cos x =
2 π 3π 
quando sen  t +  = 1 ⇒ t = 12.
 12 2
 π
cos x = cos   Assim, a temperatura máxima atingida foi de
 3
15 + 5 = 20 oC e ocorreu às 3 + 12 = 15h.
π
x=± + 2kπ 06. PUC-SP
3

{ }
O conjunto solução da equação
π π
S = x ∈ |x = ± + 2kπ |k ∈ sen (2x) + sen (2x – ) = 0 para 0 < x < π é:
3
{ }
4
π 9π
a. ;
Resposta 16 16
A b. ∅

{ }
05. Vunesp
π π
Uma equipe de agrônomos coletou dados da c. x ∈  | x = + k ; k ∈
temperatura (em oC) do solo em uma determi- 16 12
nada região, durante três dias, a intervalos de
1 hora. A medição da temperatura começou a
ser feita às três horas da manhã do primeiro dia
d. {}
π
4
(t = 0) e terminou 72 horas depois (t = 72). Os
dados puderam ser aproximados pela função
{ }
e. π , 3π
4 4
π 3π 
H(t) = 15 + 5 sen  t +
 12  , em que t indica Resolução
2
o tempo (em horas) decorrido após o início da  π
sen(2x) + sen  2x −  = 0 ⇒
observação e H(t) a temperatura (em oC) no  4
instante t.  π  π
π 3π  sen(2x) = −sen  2x −  = sen(2x) = sen  −2x − 
a. Resolva a equação sen  t +  = 1,  4  4
para t∈[0,24].  12 2
π  π
b. Determine a temperatura máxima atin- 2x = −2x + + 2kπ ou 2x = π −  −2x −  + 2kπ
4  4
gida e o horário em que essa tempera-
π π
tura ocorreu no primeiro dia da obser- 4x = + 2kπ ou 0x = π − + 2kπ (impossível)
vação. 4 4
PV-13-11

π kπ
Resolução x= +
16 2
a) Temos: π
k=0⇒x=
16
π 3π  π
sen  t +  = sen 9π
 12 2 2 k=1⇒x=
16
π 3π π 17π
t + = + 2 kπ ⇒ t = 24k − 12; k ∈ k =2⇒x = > π (n.c.)
12 2 2 16
Como t ∈ [0,24], V = {12}.
S= { }
π 9π
;
16 16
Resposta
A

64
Trigonometria Matemática

CAPÍTULO 06 INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS


1. Inequações trigonométricas Exemplos
2
na primeira volta 1. Resolver a inequação sen x > , com
2
As inequações trigonométricas assemelham- 0 ≤ x < 2π.
-se, em sua apresentação, às equações trigo-
Resolução
nométricas: envolvem a incógnita em razões
como seno, cosseno e tangente ou em outras sen x
razões que podem facilmente ser expressas
em função daquelas. 33π π
4 4
Porém, o que distingue inequações das equa- 2
ções é o comparecimento de desigualdades (< 2 0
ou >) no estabelecimento das relações. 2π
Estudaremos, a partir de agora, os casos prin-
cipais de inequações trigonométricas, nos
quais todas as demais poderão ser expressas
após desenvolvimento adequado.

A. Inequações do tipo A partir das indicações feitas no ciclo, temos


como solução o conjunto:
sen x < a ou sen x > a
Pelo valor a, no eixo das ordenadas (ou dos
senos), pertencente ao intervalo [–1, 1], tra-
{ π
S = x ∈ | < x <
4

4 }
çamos uma reta paralela ao eixo das abscissas
(vide figura 1). 2. Para 0 ≤ x < 2π, definir o conjunto solução da
sen x 1
inequação sen x ≤ .
2
Ordenadas
maiores Resolução
que a
a A inequação apresentada pode ser desenvolvi-
da como mostrado a seguir:
Ordenadas
menores 1 1 1
que a sen x ≤ ⇒ − ≤ sen x ≤
2 2 2

sen x
PV-13-11

5π π
Figura 1 6 6
1
Após isso, destacamos os pontos do ciclo cujas 2 0
–1
ordenadas são maiores (ou menores, depen- 2
dendo da inequação fornecida) que a. 7π 11π
A resposta é dada pelo(s) intervalo(s) de arcos 6 6
definidos no ciclo, lido(s) no sentido anti-horá-
rio a partir da origem dos arcos.
A partir do ciclo ilustrado acima, podemos
dizer que o conjunto solução da inequação
enunciada é:

65
Matemática Trigonometria

π Do ciclo trigonométrico acima, obtemos o


S = {x ∈  | 0 ≤ x ≤ ou conjunto solução:
6

6
≤x≤

6
ou
11π
6
≤ x < 2π} { π
S = x ∈ | < x <
2

2 }
ou então : 2
2. Resolver cos x ≥ , sendo que 0 ≤ x < 2π.
 π  5π 7π   11π  2
S = 0,  ∪  ,  ∪ , 2π  Resolução
 6   6 6   6 

B. Inequações do ti po π
cos x < a ou cos x > a 4

No eixo das abscissas (ou dos cossenos), loca-


0
lizamos o valor a (a ∈ [–1, 1]) e por ele traça- cos x
mos uma reta paralela ao eixo das ordenadas, 2 2π
2
como apresentado na figura 2.

4
Abscissas Abscissas
menores maiores
que a que a

a Segundo o ciclo trigonométrico ilustrado aci-


cos x ma, percorrendo os intervalos nele definidos
a
no sentido anti-horário a partir da origem dos
arcos, temos:

Figura 2
{
S = x ∈  |0 ≤ x ≤
π
4
ou
o u

4
≤ x < 2π }
Em seguida, destacamos os pontos do ciclo cujas C. 1.3. Inequações do ti po
abscissas são maiores (ou menores) que a.
tg x < a ou tg x > a
No sentido anti-horário, a partir da origem dos
Identificamos, no eixo das tangentes, o ponto
arcos, anotamos o(s) intervalo(s) que compre-
de ordenada a, conforme exibido na figura 3.
endem os pontos do ciclo que conformarão a
resposta. Pontos de
ordenada
Exemplos maior tgx
que a
1. Para 0 ≤ x < 2π, resolver a inequação
PV-13-11

cos x < 0. a
Resolução
π 2π
2 Pontos de
ordenada
menor
que a
0
cos x
O 2π
Figura 3

Em seguida, traçamos a reta que passa por esse



ponto e pelo centro do ciclo trigonométrico,
2
identificando, no ciclo, a região cujos pontos,

66
Trigonometria Matemática

ligados ao centro, determinam retas que inter- Pelo que vemos nas indicações feitas no ciclo
ceptam o eixo das tangentes em valores maio- trigonométrico ilustrado, podemos dizer que:

{ }
res (ou menores) que a.
5π 3π
Após isso, sempre no sentido anti-horário a S = x ∈ | ≤x<
4 2
partir da origem dos arcos, anotamos o(s)
intervalo(s) que formará(ão) a resposta.
3. Para arcos x tais que 0 ≤ x < 2π, resolver a
Exemplos
inequação tg2x – 3 · tg x < 0.
3 Resolução
1. Para 0 ≤ x < 2π, resolver tg x <
3 Fazendo y = tg x, podemos reescrever a ine-
Resolução quação enunciada como:

π y2 – 3 · y < 0
tgx
2
A expressão de 2º grau (y2 – 3 · y) tem raízes
π
3 dadas por y = 0 ou y = 3 . Além disso, o coe-
6 3
ficiente de y2 é positivo. Portanto:
0
2π y2 – 3 · y < 0 ⇒ 0 < y < 3
Uma vez que y = tg x, deveremos resolver a
7π inequação 0 < tg x < 3 .
6 3π
2 tgx
π 3
Conforme observamos no ciclo acima, temos: 3

π
S = {x ∈  |0
| ≤x< ou
o
6 π 0
π 7π 3π 0
<x< ou
o u < x < 2π}
2 6 2

2. Resolver tg x ≥ 1, para π < x < 2π. 4π


3
Resolução
tgx Conforme as indicações feitas na ilustração
π
4
acima, temos como conjunto solução

{ }
PV-13-11

π 4π
S = x ∈  |0 < x < ou
o u π<x<
1 3 3

2. Inequações trigonométricas em R
5π Para resolver inequações trigonométricas em
4 R, primeiro determinamos as soluções no
3π intervalo [0; 2π] conforme foi visto, depois
2 acrescentamos 2, kπ para incluir as demais
soluções.

67
Matemática Trigonometria

Exemplos:
2 π
1. Resolver sen x > .
2 4
sen x
3π π
4 4 0
cos x
2 0 2 2π
2 2
0
0 2π 7π
4

No intervalo [0; 2π] a solução é:


π 7π
0≤x< ou < x ≤ 2π
π 3π 4 4
No intervalo [0; 2π] a solução é < x <
4 4
A solução geral é:
A solução geral é:
π
π 3π 2 kπ ≤ x < + 2π ou
+ 2kπ < x < + 2kπ , k ∈ 4
4 4 7π
+ 2kπ < x ≤ 2π + 2 kπ
4
2
2. Resolver sen x <
2 que pode também ser representada por:
sen x 7π  π
3π π + 2kπ < x <  2π +  + 2 kπ
4 4 4  4
2
2 ou ainda por:
0
π π
0 2π − + 2kπ < x < + 2 kπ , k ∈
4 4

2
4. Resolver cos x <
2

No intervalo [0; 2π] a solução é:


PV-13-11

π
π 3π
0≤x< ou < x ≤ 2π 4
4 4

A solução geral é:
cos x
π 0 2
2 kπ ≤ x < + 2π ou 2
4
3π 7π
+ 2π < x ≤ 2π + 2 kπ , k ∈
4 4

π 7π
2 No intervalo [0; 2π] a solução é: <x<
3. Resolver cos x > 4 4
2

68
Trigonometria Matemática

A solução geral é:
6. Resolver tg x < 3.
π 7π
+ 2kπ < x < + 2kπ , k ∈ 3
4 4
π tg x
2
5. Resolver tg x > 3
3 3
π 3
π tg x 6 0
2
3
3

π 6
6 0 3π
2

6 No intervalo [0; 2π] a solução é:
3π π π 7π
2 0≤x< ou < x < ou
6 2 6
No intervalo [0; 2π] a solução é: 3π
< x ≤ 2π
2
π π 7π 3π
< x < ou <x<
6 2 6 2 A solução geral é:
A solução geral é: π 7π
+ 2kπ < x < + 2kπ ou
π π 2 6
+ 2 kπ < x < + 2kπ ou 3π  π
6 2 + 2kπ < x <  2π +  + 2kπ , k ∈
2  6
7π 3π
+ 2kπ < x < + 2kπ ,k ∈
6 2 Podemos resumir colocando:
Esta solução pode ser resumida por: π 7π
+ kπ < x < + kπ , k ∈
π π 2 6
+ kπ < x < + kπ , k ∈
6 2

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
PV-13-11

01. UEL-PR
x 1 c. π ≤ x ≤ 5π
A inequação sen   ≥ , em que 0 ≤ x ≤ q π , 3 3
 2 2
d. ≤ x ≤ π
π 3
é verdadeira se, e somente se: 4 4
a. 3π ≤ x ≤ 2π
4 e. π ≤ x ≤ π
6 2
b. ≤ x ≤ 4 π
π
2 3

69
Matemática Trigonometria

Resolução
sen x { π
S = x ∈ | ≤ x <
3

3 }
Resposta
5π 1 π
6 2 6 D
03.
Resolva a inequação 2 sen2x < sen x; x ∈ 
Resolução
2 sen2 x – sen x < 0

π x 5π π 5π
≤ ≤ ⇒ ≤x≤
6 2 6 3 3 1
+ 0 2 +
Resposta

C
02. FGV-SP
π
Resolvendo-se a inequação 2cos x ≤ 1 no inter- S = {x ∈  |2kπ < x < + 2kπ ou
valo [0; 2π] obtém-se: 6

+ 2kπ < x < π + 2kπ; k ∈}
a. π ≤ x ≤ π ou 3π ≤ x ≤ 5π 6
3 3 2 3
π 04. FCMSC-SP
b. x ≥ A equação x2 + 2 x + cos q = 0 com 0 ≤ q ≤ p
3
não admite raízes reais se, e somente se:
c. π ≤ x ≤ π π
3 a. 0 ≤ θ <
3
d. π ≤ x ≤ 5π
3 3 b. π < θ ≤ π
3 2
1
e. x ≤
2 c. π ≤ θ ≤ π
2
Resolução d. π < θ < 2π
1 6 3
PV-13-11

2 cos x ≤ 1 ⇒ cos x ≤ π π
2 e. < θ ≤
6 4
Resolução
π
3 x2 + 2 x + cosq = 0
D = ( 2 )2 – 4 · 1 · cosq
cos x
1
2
D = 2 – 4 cosq
Para não admitir raízes reais, temos ∆ < 0,
–π = 5π logo:
3 3

70
Trigonometria Matemática

2 – 4 cosq < 0 ⇒ – 4 cosq < –2 (– 1) ⇒ 05.


1 Resolva a inequação |tg x| ≤ 1 para x ∈ .
⇒ 4 cosq > 2 ⇒ cosq >
2 Resolução
No intervalo 0 ≤ q ≤ p, temos: |tg x| ≤ 1 ⇔ – 1 ≤ tg x ≤ 1
π
0≤θ≤ tg x
3 3π 1
4 π
π 4
3

cos x


5π 4
3 5π
–1
4
Resposta
π
A S = {x ∈  |2kπ ≤ x ≤ + 2kπ ou
4
3π 5π
+ 2kπ ≤ x ≤ + 2kπ ou
4 4

+ 2kπ ≤ x ≤ 2π + 2kπ; k ∈}
4
PV-13-11

71
Matemática Trigonometria

CAPÍTULO 07 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS


1. Introdução sen x
Vimos que, dado um número real x, podemos sen x = 1 (máximo)
destacar um ponto P do ciclo trigonométrico e
a este ponto é associado um único valor para
o seno e o cosseno, que são chamados de sen
x e cos x.

P (cos x, sen x)
sen x = – 1 (mínimo)
sen x
A
cos x Assim, o conjunto imagem de f(x) = sen x é:
Im = [–1, 1]

III. Gráfico
Para construirmos o gráfico da função
Com base nessa ideia, definem-se as funções
definida por f(x) = sen x, vamos mon-
trigonométricas com domínios no conjunto
tar uma tabela para os arcos notáveis
dos números reais e imagens obtidas com o
e, usando as propriedades de simetria,
auxílio do ciclo trigonométrico.
teremos o gráfico para todo conjunto
dos reais.
2. Função Seno
Assim:
A. Função elementar f(x) = sen x
π π π π 3π
Denomina-se função seno a função que asso- x 0 π 2π
cia a cada número real x o número y = sen x. 6 4 3 2 2
I. Domínio
1 2 3
Como sen x é definido para todo x real, sen x 0 1 0 –1 0
dizemos que o domínio de f(x) = sen x é 2 2 2
o conjunto .
Localizando no plano cartesiano os pares
D= (x, sen x), temos:
PV-13-11

y
II. Conjunto Imagem
3
Sabemos que o sen x assume valor má- 2
ximo igual a 1, quando x é um número 1
real que representa um arco com pri- 2
π 2
meira determinação , e valor míni- x
2 πππ π π 3π 2π
1
mo igual a –1, quando x representa um 2
643 2 2

arco com primeira determinação 3π . –1

72
Trigonometria Matemática

Observação
A curva do gráfico correspondente ao intervalo de 0 a 2π é chamada de senoide e o gráfico da função
f(x) = sen x para x ∈  é uma sucessão de senoides.

IV. Período
Antes de estudarmos o período da função f(x) = sen x, vamos ver a definição de função
periódica:
Uma função y = f(x), definida no domínio D, é chamada função periódica se existe um número
positivo p que satisfaz a igualdade f(x + p) = f(x) para todo x ∈ D. O menor valor de p que verifica essa
condição é chamado de período da função.

Sabemos que sen(x + 2π) = sen x, então o período da função f(x) = sen x é 2π. Isto explica o fato
de o gráfico ser uma repetição de senoides de 2π em 2π.
y

x
–2π 0 2π 4π 6π

V. Paridade II. Conjunto Imagem


Antes de estudarmos a paridade da Sabemos que o sen x assume valor má-
função f(x) = sen x, vamos ver as defini- ximo igual a 1, quando x é um número
ções de função par e função ímpar. real que representa um arco com pri-
meira determinação 0 (zero), e valor
Uma função y = f(x), definida no do- mínimo igual a –1, quando x representa
mínio D, é chamada função par se um arco com primeira determinação π.
f(–x) = f(x) para todo x ∈ D, e fun-
ção ímpar se f(–x) = –f(x) para todo
x ∈ D.
cos x = –1 cos x = 1
Sabemos que sen (–x) = – sen (x), então a fun- (mínimo) (máximo)
ção f(x) = sen x é uma função ímpar.
cos x

3. Função Cosseno
PV-13-11

A. Função elementar f(x) = cos x


Denominamos função cosseno a função que as-
socia a cada número real x o número y = cos x.
I. Domínio Assim, o conjunto imagem de f(x) = cos x é:
Como cos x é definido para todo x real, Im = [–1, 1]
dizemos que o domínio de f(x) = cos x é
o conjunto R.
D=

73
Matemática Trigonometria

III. IGráfico
Para construir o gráfico da função definida por f(x) = cos x, vamos montar uma tabela
para os arcos notáveis e, usando as propriedades de simetria, teremos o gráfico para todo
conjunto dos reais.
Assim:

π π π π 3π
x 0 π 2π
6 4 3 2 2

3 2 1
sen x 0 0 –1 0 1
2 2 2

Localizando no plano cartesiano os pares (x, 4. Função tangente


cos x), temos:
A. Função elementar f(x) = tg x
3 1
Sabemos que a tangente de um número real
2 2
π 3π é a razão entre o seno e o cosseno desse real.
1 2 2 2 sen x
π
x Assim: tg x = , cos x ≠ 0
2 πππ 2π cos x
–1 6 4 3 π
Dessa forma, para todo real x, x ≠ + kπ ,
2
k ∈ , a tangente existe e é única.
Observação Então, podemos definir a função:
A curva do gráfico correspondente ao intervalo
de 0 a 2π é chamada de cossenoide e o gráfico
da função f(x) = cos x para x ∈  é uma suces-
são de cossenoides.
{
f : x ∈ |x ≠
π
2 }
+ kπ ,k ∈  →

→ R tal que f(x) = tg x


IV. Período
I. Domínio
Sabemos que cos(x + 2π) = cos x, então
o período de f(x) = cos x é 2π. Isso expli- Como tg x existe quando cos x ≠ 0, en-
ca o fato de o gráfico ser uma repetição tão o domínio da função f(x) = tg x é:
de cossenoides de 2π em 2π.
y {
D : x ∈ |x ≠
π
2
+ kπ ,k ∈  }
PV-13-11

x II. Imagem
–2π 0 2π 4π
Como sabemos, a tangente de um nú-
–1
mero real pode assumir qualquer valor
real.
V. Paridade Assim:
Sabemos que cos (–x) = cos (x), então a Im = ]–∞, ∞[
função f(x) = cos x é uma função par.

74
Trigonometria Matemática

III. Gráfico
O gráfico da função f(x) = tg x pode ser obtido a partir de uma tabela com os arcos notáveis
e, por propriedades de simetria, obtemos a curva para todo x pertencente ao domínio.

π π π π 3π
x 0 π 2π
6 4 3 2 2

3
tg x 0 1 3 ∃ 0 ∃ 0
2

y
Observações
3
π 3π
3 1 1) O gráfico não tem imagens para x = ,
3 2 2
x π 3π
πππ π π 3π 2π etc., ..., isto é, para x = , .
643 2 2 2 2
2) A curva compreendida entre x = 0 e x = π é
uma tangentoide e o gráfico de f(x) = tg x é obti-
do pela repetição sucessiva de tangentoides de
π em π.

IV. Período
Como tg(x + π) = tg x, para qualquer x pertencente ao domínio, o período da função
f(x) = tg x é p = π.
V. Paridade
Como f(x) = tg x e f(–x) = tg (–x) = – tg (x), então f(–x) = –f(x). Dessa forma, a função
f(x) = tg x é ímpar.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. FGV-SP Resolução
O gráfico abaixo representa a função:
PV-13-11

y 3π y = sen x
2
0 π π 2π
1 2

0 π π 3π 2π x y
2 2
1
a. y = |tg x| y = | sen x |

b. y = |sen x| 0 π π 3π 2π x
c. y = |sen x|+|cos x| 2 2
Resposta
d. y = sen 2x
e. y = 2 sen x B

75
Matemática Trigonometria

02. Mackenzie-SP
A intersecção dos gráficos das funções seno e A função real de variável real que melhor cor-
tangente para 0 < x < π: responde a esse gráfico é:
a. é vazia. a. y = cos x
b. contém um, e um só ponto. b. y = sen x
π
c. contém o ponto de abscissa c. y = cos 2x
4
d. contém mais de um ponto. d. y = sen 2x
e. depende da escala usada. e. y = 2 sen x
Resolução Resolução
Sendo y = a + b trigo (mx + n), temos:
y y = tg x trigo = cos ou trigo = sen
1 Imagem = [–1, 1] ⇒ a = 0 e b = 1
y = sen x

π π x 2π
Período = p ⇒ = π ⇒ m = ±2
–1
2 m
Logo, y = cos 2x ou y = sen 2x
Como para x = 0, temos que y = 0, então:
π y = sen 2x
Lembre-se de que para 0 < x <
2 Resposta
sen x tg x D
P 04. FAAP-SP
T
sen x tg x Para cada t ∈ [0, π], A(t) = 1 – cos t representa
x a área sob o gráfico de f (acima do eixo dos x)
dada por f(x) = sen x (ver figura 1). Baseado
nisso, a área sob o gráfico de f (acima do eixo
π π
dos x) com x ∈  ,  (vide figura 2)
4 2

sen x é ordenada do ponto P e tg x é ordenada y


de T ∴ tg x > sen x.
Resposta
A
PV-13-11

03. PUCCamp-SP 0 t π x
Observe o gráfico a seguir.
y
y
1

0 x
4 6 4 3 2 0 π π π x
4 2
–1
vale:

76
Trigonometria Matemática

1  π  π
a. 1 − 2 d. Área = A   − A  
2 2  2  4
3 e. 2 π   π
b. Área = 1 − cos −  1 − cos   
2 2 2   4
c. 1  π  π 2 2
Área = cos   − cos   = −0=
 4  2 2 2
Resolução
A área pedida, segundo as informações do Resposta
enunciado, é dada por: E

5. Gráficos de funções trigonométricas


A. 5.1. Função f(x) = a + sen x
O número a, adicionado ao sen x, altera a paridade e a imagem da função y = sen x
Assim, sendo a ≠ 0 função f(x) = a + sen x fica sem paridade (nem par e nem ímpar), pois
a + sen x ≠ a + sen (–x) e – (a + sen x) ≠ a + sen (– x).
Quanto ao conjunto imagem, cada uma das imagens de y = sen x deve ser acrescida de a e o con-
junto imagem de f(x) = a + sen x é
Im = [– 1 + a, 1 + a]

Assim, o gráfico de f(x) = a + sen x pode ser obtido deslocando-se o gráfico de y = sen x de a uni-
dades, para cima ou para baixo, conforme o valor de a seja positivo ou negativo.
Exemplos
1. Analisar a função f(x) = 2 + sen x quanto ao domínio, imagem, gráfico, período e paridade.
Resolução

Domínio: D = R Paridade: sem paridade


Imagem : Im = [–1 + 2, 1 + 2] ⇒ Im = [1, 3] Período: p = 2π
Gráfico: abaixo
y
PV-13-11

3
y = 2 + sen x
2

1
y = sen x
0 x
π π 3π 2π
2 2
–1

77
Matemática Trigonometria

2. Analisar a função f(x) = –1 + sen x quanto ao domínio, imagem, gráfico, período e paridade.
Resolução
Domínio: D = 
Imagem: Im = [–1–1, 1–1]Im = [–2, 0]
Gráfico:
y

1
y = sen x
0 x
π π 3π 2π
2 2 y = –1 + sen x
–1

–2

Paridade: sem paridade


Período: p = 2π

B. Função f(x) = b sen x


O número b (b≠0), multiplicado ao sen x, altera a imagem da função y = sen x. Cada uma das ima-
gens de y = sen x deve ser multiplicada por b e o conjunto imagem de f(x) = b sen x é:
Im = [– b, b]

Assim, o gráfico de f(x) = b sen x continuará sendo uma senoide, porém de amplitude alterada
para o intervalo [–b, b].
É importante acrescentar que, quando o valor de b é negativo, todas as imagens ficarão inverti-
das, isto é, a senoide ficará invertida, conforme podemos observar no 2º exemplo a seguir.
Exemplo
Analisar a função f(x) = 3 sen x quanto ao domínio, imagem, gráfico, período e paridade.
Resolução y
3
Domínio: D = 
PV-13-11

Imagem : Im = [–3, 3]
Gráfico: ao lado 3π
2 2π
Paridade: x
0 π π
2
f(–x) = 3 sen (–x) = –3 sen x = –f(x).
Assim, f(x) é ímpar.
–3
Período: 2π

C. Função f(x) = sen (mx)


O número m, multiplicado ao arco x, altera o período da função y = sen x
Assim:

78
Trigonometria Matemática

mx = 0 ⇒ x = 0 (início de uma senoide)



mx = 2π ⇒ x = (final de uma senoide)
m

Como m pode ser negativo, dizemos que o período de f(x) = sen (mx) é p =
m

Exemplos
1. Analisar a função f(x) = sen (2x) quanto ao domínio, imagem, gráfico, período e paridade.
Resolução
Domínio: D = 
Imagem : Im = [–1, 1]
Gráfico: abaixo
Paridade:
f(–x) = sen (–2x) = –sen (2x) = –f(x), assim:
f(x) é ímpar.

Período: p = =π
2
2π π
y Período: p = =
2
1
y = sen (2x)
0 π
x
π 3π 2π
2 2
–1
y = sen x
Período p = π

 x
2. Analisar a função f(x) = sen   quanto ao domínio, imagem, gráfico,período e paridade.
 2
Resolução  −x   x
f(−x) = sen   = −sen  
Domínio: D =   2  2
PV-13-11

Imagem : Im = [–1, 1] \ f(–x) = – f(x) ⇒ f(x) é ímpar


Gráfico: abaixo

Paridade: Período: p = = 4π
1
2
y
1
y = sen x
0
x
π 3π 4π

–1
π y = sen ( x )
2

79
Matemática Trigonometria

D. Função f(x) = sen (x + n)


O número n, acrescido ao arco x, altera o gráfico da função y = sen x, deslocando todos os seus
pontos, para a esquerda ou para a direira,conforme o valor de n seja positivo ou negativo.
Exemplos
 π
1. Analisar a função f(x) = sen  x +  quanto ao domínio, imagem, gráfico, período e paridade.
 4
Resolução
Domínio: D = 
Imagem : Im = [–1, 1]
Gráfico:
π π
x+ = 0 ⇒ − (início de uma senoide)
4 4
π 7π
x + = 2π ⇒ (final de uma senoide)
4 4

y
1 y = sen x



4 4
x
0 2π

–1
π
y = sen (x + )
4

Paridade:
 π  π  π  π
sen  − x +  ≠ sen  x +  e sen  −x +  ≠ −sen  x + 
 4  4  4  4

Então, f não tem paridade.


Período: p = 2π
PV-13-11

π
2. Analisar a função f(x) = sen  x −  quanto ao domínio, imagem, gráfico, período e paridade.
 4
Resolução
Domínio: D =
Imagem: Im = [–1, 1]
Gráfico:
π π
x− = 0 ⇒ x = (início de uma senoide)
4 4
π 9π
x − = 2π ⇒ x = (final de uma senoide)
4 4

80
Trigonometria Matemática

y
1
π
y = sen ( x − )
4
0 2π x

π
4
–1 4

y = sen x

Período: p = 2p
Paridade:
 π  π  π  π
sen  − x +  ≠ sen  x −  e sen  −x +  ≠ −sen  x −  , então, f não tem paridade.
 4   4   4   4

E. Função f(x) = a + b sen (mx + n) (b ≠ 0 e m ≠ 0)


Após o estudo dos subitens B, C, D e E, concluímos que, para a função
f(x) = a + b sen (mx + n), temos:
Domínio: D = 
Imagem: Im = [–b + a, b + a]
Gráfico:
n
mx + n = 0 ⇒ x = − (começo da senoide)
m
2π n
mx + n = 2p ⇒ x = − − (final da senoide)
m m
Devemos lembrar que a amplitude da senoide fica determinada pelo conjunto imagem da função
e não podemos esquecer que, se b < 0, a senoide ficará invertida.
Paridade:
Devemos calcular f(–x) e comparar com f(x):
f(–x) = f(x) ⇒ função par
PV-13-11

f(–x) = –f(x) ⇒função ímpar


f(–x) ≠ f(x) e f(–x) ≠ – f(x) ⇒ função sem paridade

Período: p =
m
Exemplos
1. Analisar a função f(x) = 1 + 2 sen (2x) quanto ao domínio, imagem, gráfico, período e paridade.
Resolução
Domínio: D = 
Imagem: Im = [–2 + 1, 2 + 1] ⇒ Im = [–1, 3]
Gráfico:

81
Matemática Trigonometria

2x = 0 ⇒ x = 0 (começo da senoide)
2x = 2π ⇒ x = π(final da senoide)
y
3

x
0 π π
–1 2

y = 1+2 sen (2x)

Paridade: não tem paridade


f(x) = 1 + sen(2x)

f(−x) = 1 − sen(2x)

Período: p = =π
2

 π
2. Analisar a função f(x) = −1 − 2 sen  x +  quanto ao domínio, imagem, gráfico, período e pa-
 3
ridade.
Resolução Gráfico:
Domínio : D =  π π
x+ = 0 ⇒ x = − (começo da senoide)
Imagem: 3 3
−b + a = 2 − 1 = 1 π 5π
 ⇒ Im = [ −3,1] x+ = 2π ⇒ x = (final da senoide)
b + a = −2 − 1 = 3 3 3
PV-13-11

y
y = -1-2 sen (x+π/3)
1
–π
3 0 x

-1 3

-3

82
Trigonometria Matemática

Paridade: não tem paridade 2π 2π


Período: p = = =π
  π |m| 2
f(x) = −1 − 2 sen  x + 3  Gráfico:

f(−x) = −1 − 2 sen  − x + π   π
  
3 2x − π = 0 ⇒ x = 2 (começo da cossenoide)

2π 2x − π = 2π ⇒ x = 3π (final da cosseno
oide)
Período: p = = 2π  2
1

F. Função y

f(x) = (a + b cos (mx + n)) (b ≠ 0 e m ≠ 0)


Após um estudo análogo feito com a função
seno nos subitens B, C, D e E do item anterior, 5
concluímos que, para a função:
f(x) = a + b cos (mx + n), temos: 3
y = 3 + 2cos(2x – π)
Domínio: D = 
Imagem: Im = [–b + a, b + a] 1
x
π π 3π 2π
Gráfico: 2 2
n
mx + n = 0 ⇒ x = − (começo da cossenoide)
m
G. Função f(x) = a + b tg (mx + n)
2π n
mx + n = 2π ⇒ x = − (final da cossenoide) (b ≠ 0 e m ≠ 0)
m m
Domínio
Devemos lembrar que a amplitude da cosse-
noide fica determinada pelo conjunto imagem Para que exista f(x), é preciso que
da função e não podemos esquecer que, se cos (mx + n) ≠ 0.
b < 0, a cossenoide ficará invertida.
Isto acontece quando:
Paridade: devemos calcular f(–x) e comparar
com f(x): π
mx + n ≠ + kπ , k ∈
f(–x) = f(x) ⇒ função par 2
f(–x) = –f(x) ⇒ função ímpar Assim:
f(–x) ≠ f(x) e f(–x) ≠ – f(x) ⇒ função sem pa-
ridade. {
D = x ∈  |mx + n ≠
π
2
+ kπ ,k ∈ }
PV-13-11


Período: p =
m Período
Exemplo As funções do tipo f(x) = a + b tg (mx + n) têm
como gráfico uma sucessão de tangentoides.
Analisar a função f(x) = 3 + 2 cos(2x – π)
quanto ao domínio, imagem, período e gráfi- Assim:
co. −n
Resolução mx + n = 0 ⇒ x = (início da tangentoide)
m
Domínio: D =  −n π
Imagem: Im = [–2 + 3, 2 + 3] = [1, 5] mx + n = π ⇒ x = + (final da tangentoide)
m m

83
Matemática Trigonometria

Então, o período p será: Resolução


 −n π  −n π a) x − π ≠ π + kπ ⇒ x ≠ 3π + kπ , k ∈
p=  + − = , 4 2 4

{ }
 m m m m

ou seja, D = x ∈ |x ≠ + kπ , k ∈
4
π
p= π π
m b) p = = ⇒p = π
m 1
Exemplos
 π π
1. Dada a função definida por início: x − 4 = 0 ⇒ x = 4
f(x) = 1 + 2 tg 2x, determinar: gráfico 
final: x − π = π
a. domínio;  4
b. período.
y
Resolução
π π kπ
a) 2x ≠ + kπ ⇒ x ≠ +
2 4 2
Assim:

{
D = x ∈ |x ≠
π kπ
+ ,k ∈ 
4 2 }
π π
b) p = = x
m 2 π π 3π π 5π
4 2 4 4
2. Dada a função definida por
 π
f(x) = −3 − 2 tg  x +  , determinar:
 2 ⎛ π⎞
y = tg ⎜ x − ⎟
⎝ 4⎠
a) domínio;
b) período.
Resolução
π π
a) x + ≠ + kπ ⇒ x ≠ kπ H. Outras funções
2 2
PV-13-11

Assim: H.1. Função f(x) = a + b cotg(mx + n) (b ≠ 0 e


m ≠ 0)
D = {x ∈| x ≠ kπ, k∈}
Estudaremos o domínio e o período das fun-
π π ções definidas por f(x) = a + b cotg (mx + n), com
b) p = = ⇒p = π
m 1 b≠0em≠0
3. Dada a função definida por Domínio:
cos(mx + n)
 π Como cotg (mx + n) = , devemos
f(x) = tg  x −  , determinar: sen (mx + n)
 4
c. domínio; ter sen (mx + n) ≠ 0, ou seja, mx + n ≠ k π
d. período; Assim:
e. gráfico. D = {x ∈ | mx + n ≠ k π, k ∈}

84
Trigonometria Matemática

Período: Período:

O período de f(x) = a + b cotg (mx + n) é O período de f(x) = a + b sec (mx + n) é p = .
π |m|
p= H.3. Função f(x) = a + b cosec
m (mx + n) (b ≠ 0 e m ≠ 0)
H.2. Função f(x) = a + b sec (mx + n) (b ≠ 0 e Estudaremos o domínio e o período das fun-
m ≠ 0) ções definidas por f(x) = a + b cosec (mx + n),
com b ≠ 0 e m ≠ 0.
Estudaremos o domínio e o período das fun-
ções definidas por f(x) = a + b sec (mx + n) com Domínio:
1
b ≠ 0 e m ≠ 0. Como cosec (mx + n) = , devemos
sen (mx + n)
Domínio:
ter cosec (mx + n) ≠ 0, ou seja, mx + n ≠ k π
Como sec (mx + n) = , devemos ter
Assim:
cos (mx + n) ≠ 0, ou seja:
π D = {x ∈| mx + n ≠ k π, k ∈}
mx + n ≠ + k π.
2 Período:
Assim: 2π
π O período de f(x) = a + b cossec (mx + n) é p =
D = {x ∈ | mx + n ≠ + k π, k ∈} |m|
2

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 02.
Esboçar o gráfico e dar o domínio, a imagem e Esboçar o gráfico e dar o domínio, a imagem e
o período das funçoes: o período da função:
π
a. sen x y = sen  x − 
b. y = 3 + sen x  4
Resolução
Resolução
y = sen x
y
1

x
0 π π 3π π 5π 3π 7π 2π 9π
4 2 4 4 2 4 4
PV-13-11

–1
y = sen (x – π/4)

D=
Im = [–1; 1]
a) D =  p = 2π
Im = [–1; 1]
p = 2π
b) D = 
Im = [2, 4]
p = 2π

85
Matemática Trigonometria

03. Mackenzie–SP 05.


O período da função dada por Obter o domínio, a imagem e o período das
funções e esboçar seu gráfico
y = sen  2x − π  é:
 a. cos x
4
b. y = cos (2x)
a. p
b. 2p Resolução

c. π y y = cos (2x)
4 1
π
d.
2
x
0 π π 3π 2π
π 2 2
e.
8
–1
y = cos x
Resolução
 π a) D = ; Im = [–1; 1]; p = 2π
y = sen  2x − 
 4 b) D = ; Im = [–1; 1]; p = π
k = 2 (coeficiente de x), logo, 06. PUC-SP
Na figura abaixo, tem-se o gráfico de uma fun-
2π 2π
p= = ⇒p = π ção f, de  em , definida por f(x) = k · sen mx,
k 2
em que k e m são constantes reais, cujo perí-
Resposta 8π
odo é .
A 3
y
04. UPF-RS
O conjunto imagem da função f :  → , defi-
nida por f(x) = 2 sen x – 3, é o intervalo: 2 A

a. [–1; 1]
b. [–5; 5] x
c. [–5; 1]
d. [–1; 5] –2 B
PV-13-11

e. [–5; –1] A reta que contém os pontos A e B determina


Resolução com os eixos coordenados um triângulo cuja
a = –3; b = 2 área, em unidades de superfície, é:
a. 2p
Im = [–b + a, b + a] = [–2 + (–3); 2 + (–3)]=
=[–5, –1] 13π
b.
Resposta 6
c. 7 π
E
3
d. π
5
2
e. π
8
3

86
Trigonometria Matemática

Resolução Resolução
Q 1 
f(x) = 4 cos  x + 3
4 

2
3 (
A 2 ,2
k=
1
(coeficiente de x), logo
4
2π 2π
6 8 p= ⇒p = ⇒ p = 8π
3 3 k 1
P
2 4 4
3 3
Resposta
–2 A
3 (
B 6 ,–2
08. Unesp
A relação y = A + 0,6 sen[ω(t – 7)] exprime a
profundidade y do mar, em metros, em uma
doca, às t horas do dia, 0 ≤ t ≤ 24, na qual o
−2 − 2 −4 −3
mAB = ⇒ mAB = ⇒ mAB = argumento é expresso em radianos.
6 π 2π 4π π
− a. Dado que na maré alta a profundidade
3 3 3 do mar na doca é 3,6 m, obtenha o valor
de A.
−3  2π 
y −2 =  x −  b. Considerando que o período das marés
π 3
é de 12 horas, obtenha o valor de ω.
−3x
y= +4 Resolução
π
a) Sabe-se que na maré alta a profundida-
Q ⇒ x = 0 ⇒ (0 , 4 )
de é máxima. A função assume valor máximo
 4π  para:
P ⇒ y = 0 ⇒  , 0
 3  sen [w (t – 7)] = 1, logo, 3,6 = A + 0,6 ⇒ A = 3 m
4π b) Sendo T o período da função y = A +
⋅4
8π +(0,6 sen [w (t – 7)) ⇒ y = 3 + 0,6 · sen (wt · 7w)
A= 3 ⇒A=
2 3 2π 2π π 1 π
T= ⇒ 12 = ⇒ w = ⋅ = ⋅ h−1 ⇒
Resposta w w 6 h 6
E π −1 π
w= ⋅ h ou w = − ⋅ h−1
07. UFES 6 6
PV-13-11

1 
O período da função: f(x) = 4 cos  x + 3 é: 09. Unitau-MG
4 
a. 8 π Indique a função trigonométrica f(x) de domi-
nio R; Im=[–1,1] e período π que é represen-
b. 7 π
tada, aproximadamente, pelo gráfico a seguir:
c. 6 π
y
d. 3 π
1
e. 2 π
2
0 x

–1

87
Matemática Trigonometria

a. y = 1 + cos x Resolução
b. y = 1 – sen x π π kπ
c. y = sen (–2x) 2x ≠ + kπ ⇒ x ≠ + com k ∈
2 4 2
d. y = cos (–2x) Logo,

{ }
e. y = – cos x π kπ
D = x ∈ |x ≠ + ,k ∈ 
Resolução 4 2
Como não há nenhuma alteração na imagem I= 
da função trigonométrica, devemos conside- Resposta
rar as alternativas c, d e e. D
1) Perceba que na abscissa o valor da função é 11. Unifesp
O, tratando-se de uma função seno.
Considere a função
2) Sendo o período da função igual a p e
 π
y = f (x ) = 1 + sen  2πx −  , definida para
2π  2
T= ⇒ m = 2 ∴m = ±2
m todo x real.
3) Pelo gráfico, percebemos que é a. Dê o período e o conjunto imagem da
uma senoide invertida, por exemplo, função f.
b. Obtenha todos os valores de x no interva-
  π  π lo [0, 1], tais que y = 1.
sen  2  −   = sen  −  = 1 e aparece no
  4  2
Resolução
gráfico com a imagem 1, portanto têm-se  π
Considere f (x ) = 1 + sen  2πx −  :
 2
  π
sen  2 ⋅  −   = −(−1) = 1 . Além disso, 2π
  4 a) Período = = 1;

– sen(2x) = sen (–2x).  π
− 1 ≤ sen  2πx −  ≤ 1 ⇒
 2
Resposta
 π
C ⇒ 0 ≤ 1 + sen  2πx −  ≤ 2 ⇒ 0 ≤ f (x ) ≤ 2 ⇒
 2
10. Mackenzie-SP ⇒ Im = [ 0, 2]
O domínio e o conjunto imagem da função de- b) x ∈[ 0,1]
finida por y = tg 2 x, sendo D o domínio e I o π

conjunto imagem, são representados por: 1 = 1 + sen  2πx −  ⇒
 2

{ }
PV-13-11

π  π
a. D = x ∈  | x ≠ e I= * ⇒ sen  2πx −  = 0 ⇒
4  2

{
b. D = x ∈  | x ≠
π
4
e x≠

4 }
e I= * ⇒ 2πx −

1
π
2
= kπ; (k ∈ )

k 1
⇒ 2x − = k ⇒ x = + ; (k ∈ )
c. D =  e I =  2 2 4

{ }
1
π kπ Se K = 0 ⇒ x =
d. D = x ∈  | x ≠ + ,k ∈  e I =  4
4 2 3
Se K = 1 ⇒ x =
e. D =  e I =  4
∴S = ; { }
1 3
4 4

88
Trigonometria Matemática

12. Mackenzie-SP 13. FGV-SP


A função real definida por f(x) = k · cos (px), Em uma cidade frequentada por viajantes
k > 0 e p ∈  tem período 7π e conjunto ima- em férias, estima-se que o número de pes-
gem [–7, 7]. Então, k · p vale: soas empregadas dependa da época do
a. 2 ano e pode ser aproximada pela função:
N = 10 + 2sen (2px) em que N é o número de
2
b. pessoas empregadas (em milhares) e x = 0 re-
7 presenta o início do ano 2005, x = 1 o início do
c. 14 ano 2006 e assim por diante.
d. 7 O número de empregados atinge o menor va-
7 lor:
e.
2 a. no início do 1º trimestre de cada ano.
Resolução b. no início do 2º trimestre de cada ano.
f(x) = k cos (px) c. no início do 3º trimestre de cada ano.
2π 2 d. no início e no meio de cada ano.
Período = 7 π ⇒ = 7π ⇒ p = ±
p 7 e. no início do 4º trimestre de cada ano.
Imagem = [ −7, 7] e k > 0 ⇒ k = 7 Resolução
 2 A função N depende exclusivamente do valor
k ·p = 7 ·  ±  = ±2 da função seno, logo, o menor valor é atingi-
 7
do para o mínimo valor de sen (2px), ou seja,
Resposta 3π 3
sen (2px) = – 1, logo 2πx = + 2kπ , x = + k .
A 2 4
Conclui-se assim que o menor número de em-

pregados ocorre no início do 4º trimestre de

cada ano.
Resposta

E
PV-13-11

89
Matemática Trigonometria

ANOTAÇÕES

PV-13-11

90
Exercícios Propostos
Título temático do livro Matemática

CAPÍTULO 01
01. UFC-CE O valor de y (em metros) em função de θ é:
Na figura a seguir, o triângulo ABC é retângulo a. y = 3 sen θ
em B. O cosseno do ângulo BAC é: b. y = 3 sen θ + 3
C c. y = 3 tg θ
d. y = 3 cos θ
13 e. impossível de ser determinado.
5 03. Etec - SP
O acesso a um edifício é feito por uma escada
A B de dois degraus, sendo que cada um tem 16 cm
de altura. Para atender portadores de necessi-
dades especiais, foi construída uma rampa.
a. 12 Respeitando a legislação em vigor, a rampa
13 deve formar, com o solo, um ângulo de 6°,
b. 11 conforme figura.
13 Dados
c. 10 sen 6º = 0,10
13
cos 6º = 0,99
d. 6
13 c
e. 1
13 6°

02. FAAP-SP A medida c do comprimento da rampa é, em


A figura a seguir mostra um painel solar de 3 metros, igual a:
metros de largura equipado com um ajustador a. 1,8
hidráulico. À medida que o Sol se eleva, o pai-
b. 2,0
nel é ajustado automaticamente de modo que
os raios do Sol incidam perpendicularmente c. 2,4
nele. d. 2,9
e. 3,2
PV-xx-x1

04. Fuvest-SP
θ B
l No triângulo ABC, tem-se que AB > AC, AC = 4 e
ine
Pa 3
cosC = . Sabendo-se que o ponto R pertence ao
3m 8
BR 4
segmento BC e é tal que AR = AC e = ,
Y BC 7
Ajustador calcule:
hidráulico
θ θ a. a altura do triângulo ABC relativa ao
A C lado BC.
x b. a área do triângulo ABR.

93
Matemática Título temático do livro

05. Vunesp 08. Mackenzie-SP


Um ciclista sobe, em linha reta, uma rampa Verifique, diretamente na figura, que
com inclinação de 3 graus a uma velocidade
 α senα
constante de 4 metros por segundo. A altura tg   =
do topo da rampa em relação ao ponto de par-  2  1 + cos α .
tida é 30 m.
Topo da rampa (0,1)
Ponto de partida
30 m A

Use a aproximação sen 3º = 0,05 e responda: α
o tempo, em minutos, que o ciclista levou para C O B (1,0)
percorrer completamente a rampa é.
01. 2,5
02. 7,5
03. 10 09. UFBA
04. 15 Na figura, os triângulos MNP e MNQ são
retângulos com hipotenusa comum MN, o
05. 30 triângulo MNP é isósceles e seus catetos
06. UFAM medem cinco unidades de comprimento.
Se um cateto e a hipotenusa de um triângulo re- P Q
tângulo medem 2a e 4a, respectivamente, então
a tangente do ângulo oposto ao menor lado é:
a. 2 3 α
3 M N
b.
3 1
Considerando tga = e a área de MNQ igual
c. 3 3
6 a x unidades de área, determine o valor de 4x.
20 10. Mackenzie-SP
d.
20 Na figura, quaisquer que sejam α e β, senθ é
sempre igual a:
e. 3 3

07. Unopar-PR α
Se um cateto e a hipotenusa de um triângulo re-
PV-xx-x1

tângulo medem a e 3a, respectivamente, então


o cosseno do ângulo oposto ao menor lado é:

a. 10 β θ
10
a. cos β
b. 2 2
3 b. sen 2α
1 c. sen 2β
c.
3 d. cos α
e. cos 2β
d. 2
3
e. 2 2

94
Título temático do livro Matemática

11. Unesp
c.a
Dois edifícios, X e Y, estão um em frente ao ou-
tro, num terreno plano. Um observador, no pé α
do edifício X (ponto P), mede um ângulo α em
0
relação ao topo do edifício Y (ponto Q). Depois
disso, no topo do edifício X, num ponto R, de
forma que RPTS formem um retângulo e QT
seja perpendicular a PT, esse observador mede
um ângulo β em relação ao ponto Q no edifício O círculo C, concêntrico ao disco em O, passa
Y. pelos centros dos furos e tem diâmetro igual a
Sabendo que a altura do edifício X é 10 m e que 8 polegadas.
3tg α = 4tg β, a altura h do edifício Y, em metros, é: A partir das informações dadas, pode-se afirmar
Q que a medida da distância entre os centros de
dois desses furos é igual ao produto da medida
do:
R β S Y h α
a. raio do círculo C pelo seno de
2
10 m X α
b. diâmetro do círculo C pelo cosseno de
α 2
P T α
(Figura fora de escala) c. diâmetro do círculo C pelo seno de
2
a. 40 α
3 d. raio do círculo C pelo cosseno de
2
b. 50
4 14. Fumec-MG
c. 30
d. 40 Num triângulo, a tangente de um dos ângulos é
e. 50 1,05 e a soma dos comprimentos dos catetos é
41. O comprimento da hipotenusa é, portanto:
12. PUC-RS
a. 31
Dois segmentos, AB e AC, medem, respectiva- b. 28,5
mente, m e n unidades de comprimento e for-
mam entre si um ângulo de medida α. A área c. 29,7
do triângulo ABC é expressa por: d. 29
a. m · n e. 31,4
2 15. Ufla-MG
PV-xx-x1

b. m · n
2 2
O triângulo HMN é retângulo em H. Sabendo-se
2 que m + n = 14 e que tg a = 4 , o valor correto
m · n · senα 3
c. para a hipotenusa h é:
2
d. m · n · sen 2α N

e. m · n · cosα h
2 m
α
13. Unir-RO M n H
Uma metalúrgica deseja produzir discos com a. 3 d. 5 2
três furos equidistantes entre si, conforme b. 2 e. 10
figura dada.
c. sen α

95
Matemática Título temático do livro

16. FAAP-SP Sendo conhecidas as medidas de k e dos ângu-


No triângulo retângulo ABC abaixo, têm-se los α e β, x é igual a:
AB = 8 cm e BC = 10 cm.
a. k · (sec α + cossec β).
Sendo AD a altura relativa à hipotenusa,
calcule AD e AC. b. k · (tg β – tg α).
C c. k·(senα + senβ)
D senα + senβ

d. k
A B cotg α - cotg β

17. Fuvest-SP e. k·(cotg α + cotg β)


Na figura abaixo, a reta s passa pelo ponto 19. UFPE
P e pelo centro da circunferência de raio R,
interceptando-a no ponto Q, entre P e o cen- Os cientistas de um navio de pesquisa mediram
tro. Além disso, a reta t passa por P, é tan- o ângulo de elevação do pico de uma ilha vul-
gente à circunferência e forma um ângulo a cânica, obtendo 25,6°. Avançando o navio mais
com a reta s. Se PQ = 2R, então cos a vale: 1.100 m na direção do pico, efetuaram outra
t
medida do ângulo de elevação, obtendo 31,2°,
como representado na figura a seguir. Indique a
s P
soma dos dígitos da altura do pico da ilha, em
α
Q metros, em relação ao nível do mar. Despreze a
curvatura da terra. (Dados: use as aproximações
cotg (31,2°) = 1,65 e cotg (25,6°) = 2,09).
a. 2
6

b. 2
3
25,6° 31,2°
c. 2 1.100 m
2

d. 2 2 20. Efoa-MG
3
Dois observadores, A e B, estão situados a
3 2 1 m de uma das margens paralelas de um rio
e.
5 e conseguem ver uma pedra P sobre a outra
margem. Com seus teodolitos (aparelho usado
PV-xx-x1

18. FMTM-MG para medir ângulo), eles medem os ângulos


Músculos cujas fibras são curtas e inclinadas PÂB = α e PBA  = β. Sabendo que AB = 54m,
relativamente a um tendão no seu centro são tg a = 4 e tg β = 5, a largura do rio, em metros,
chamados de pinados. O estudo do movimento é:
do tendão de um músculo pinado é equivalente
à determinação de x em uma situação como a a. 109
descrita nos triângulos a seguir: b. 115
c. 129
k d. 105
e. 119
α β
x

96
Título temático do livro Matemática

21. a. 3( 3 + 2) u.c.
Nos triângulos retângulos apresentados nos itens
b. ( 3 + 1) u.c.
abaixo, são fornecidos um ângulo interno e a me-
dida de um de seus lados. Determine as medidas c. 3 3 u.c.
incógnitas indicadas pelas letras.
d. 3( 3 + 1) u.c.
a. x e. (3 3 − 1) u.c.
24. Vunesp
60° 10 cm Ao chegar de viagem, uma pessoa tomou um
táxi no aeroporto para se dirigir ao hotel. O
percurso feito pelo táxi, representado pelos
b. segmentos AB, BD, DE, EF e FH, está esboçado
na figura, em que o ponto A indica o aeropor-
45° to, o ponto H indica o hotel, BCF é um triângulo
y retângulo com o ângulo reto em C, o ângulo no
2 cm vértice B mede 60° e DE é paralelo a BC .

F 3,3 km
H
c. D E
3 cm z 1 km

30° 2 km 60°
A B 3 km C

22. UERGS-RS Assumindo o valor 3 = 1, 7 e sabendo-se que


Analise a figura a seguir. AB = 2 km, BC = 3 km, DE = 1 km e FH = 3,3 km,
C determine:
a. as medidas dos segmentos BD e EF em
a quilômetros;
18
b. o preço que a pessoa pagou pela corrida
30°
A c B (em reais), sabendo-se que o valor da
corrida do táxi é dado pela função
Usando 3 = 1, 73, a medida do cateto c, no y = 4 + 0,8x, sendo x a distância per-
triângulo ABC, está entre: corrida em quilômetros e y o valor da
corrida em reais.
a. 28 e 29.
PV-xx-x1

b. 29 e 30. 25. Unicamp-SP


c. 30 e 31. Caminhando em linha reta, ao longo de uma
praia, um banhista vai de um ponto A a um
d. 31 e 32.
ponto B, cobrindo a distância AB = 1.200 me-
e. 32 e 33. tros. Quando em A, ele avista um navio parado
23. EFC-CE em N de tal maneira que o ângulo NÂB é de
60° e, quando em B, verifica que o ângulo NBA
Sejam a, b e q os ângulos internos de um tri-
é de 45º.
ângulo. Se as medidas desses ângulos são di-
retamente proporcionais a 1, 2 e 3, respecti- a. Faça uma figura ilustrativa da situação
vamente, e a bissetriz do ângulo b mede duas descrita.
unidades de comprimento (u.c.), a medida do b. Calcule a distância que se encontra o
perímetro desse triângulo é: navio da praia.

97
Matemática Título temático do livro

26. Unifor-CE 29. PUC-SP


Na figura abaixo, as retas r e s são paralelas Abílio (A) e Gioconda (G) estão sobre uma
entre si e AB = 2 cm. superfície plana de uma mesma praia e, num
r s dado instante, veem, sob respectivos ângulos
de 30º e 45º, um pássaro (P) voando, conforme
é representado na planificação abaixo.
130° P
C A

100°

30° 45°
A G

240 m

B Considerando desprezíveis as medidas das


alturas de Abílio e Gioconda e sabendo que,
A medida do segmento AC , em centímetros, é:
naquele instante, a distância entre A e G era
a. 4 de 240 m, então a quantos metros de altura o
b. 2 3 pássaro distava da superfície da praia?
c. 3 a. 60( 3 + 1)
d. 2 2
b. 120( 3 − 1)
e. 2
27. Fuvest-SP c. 120( 3 + 1)
Os vértices de um triângulo ABC, no plano d. 180( 3 − 1)
cartesiano, são: A:(1,0) B:(0,1) C:(0, 3 ).En-
tão, o ângulo BÂC mede: e. 180( 3 + 1)
a. 60º
30. Vunesp
b. 45º
Duas rodovias retilíneas A e B se cruzam for-
c. 30º mando um ângulo de 45º. Um posto de gasoli-
d. 18º na se encontra na rodovia A, a 4 km do cruza-
e. 15º mento. Pelo posto passa uma rodovia retilínea
C, perpendicular à rodovia B. A distância do
28. UTFPR
posto de gasolina à rodovia B, indo através de
Um pedestre curioso decide calcular a altura C, em quilômetros, é:
de uma torre da avenida, num plano horizon-
PV-xx-x1

tal. Com um canudo de papel e um transferi- a. 2


dor, ele estima que o ângulo formado entre a 8
linha horizontal que passa tangente à sua ca-
beça e a linha que liga a sua cabeça ao topo b. 2
da torre é de 30º. Andando 50 m em direção à 4
torre, o ângulo passa a ser de 60º. Em quantos
metros, aproximadamente, a altura da torre c. 3
excede a altura desse pedestre curioso? 2
Dado: 3 = 1, 73 d. 2
a. 25,00 d. 50,00 e. 2 2
b. 35,25 e. 86,50
c. 43,25

98
Título temático do livro Matemática

31. Mackenzie-SP 34. UFTPR


Na figura, a medida da bissetriz AD é: Num projeto hidráulico, um cano com diâme-
A tro externo de 6 cm será encaixado no vão
triangular de uma superfície, como ilustra a
2 figura abaixo. Que porção x da altura do cano
4α permanecerá acima da superfície?
α α x
B D C
6 cm
a. 2 d. 2
b. 1 3
c. 5 e. 3 8 cm
3 60°
32. Mackenzie-SP
Uma estação E, de produção de energia elé- 1
trica, e uma fábrica F estão situadas nas mar- a. cm
gens opostas de um rio de largura 1 km. 2
3 b. 1 cm
Para fornecer energia a F, dois fios elétricos se c. 3 cm
ligam a E, um por terra e outro por água, con- 2
forme a figura. Supondo-se que o preço do me-
tro do fio de ligação por terra é R$ 12,00 e que π
d. cm
o metro do fio de ligação pela água é R$ 30,00, 2
o custo total, em reais, dos fios utilizados é: e. 2 cm
F
35. CPCAR
Um avião está voando em reta horizontal à altu-
ra 1 em relação a um observador O, situado na
projeção horizontal da trajetória. No instante to,
2
fio

é visto sob ângulo α de 30° e, no instante t1, sob


ângulo β de 60°.
60°
E fio 1
1 km
a. 28.000
b. 24.000
c. 15.800 1
PV-xx-x1

d. 18.600 β
e. 25.000 α
O ?
33. Mackenzie-SP
Na figura abaixo, determine o valor de AB.
A distância percorrida entre os instantes t0 e t1 é:
A

a. 3 c.
2 3
30° 3 3
b. 3 − 1 d. 3 − 1
50 2
60°
B

99
Matemática Título temático do livro

36. Fuvest - SP 38. Fuvest-SP


Na figura, ABC e CDE são triângulos retângulos, O triângulo ABC da figura a seguir é equilátero
AB = 1, BC = 3 e BE = 2 DE. Logo, a medida de de lado 1. Os pontos E, F e G pertencem, respec-
AE é: tivamente, aos lados AB, AC e BC do triângulo.
Além disso, os ângulos AFE  e CGF
 são retos e a
C
medida do segmento AF é x.
C
D
E
G

F
A B x
A E B
a. 3
2 Assim, determine:
b. 5 a. a área do triângulo AFE em função de x;
2 
b. o valor de x para o qual o ângulo FEG
c. 7 também é reto.
2 39. Fatec-SP
d. 9 Na figura a seguir, os ângulos assinalados têm
2 as medidas indicadas. Se XY = 5m, então a me-
dida de AB, em metros, é igual a:
e. 11
A
2
37. Unifenas-MG
Observe a figura, onde B = 60o , C = 45o e

AB = 2m. O lado a do triângulo ABC é:


A

2m h
45°
60°
PV-xx-x1

60° 45° 60°


B C 30°
D X Y
a
a. (5 5)
a. (1 − 3) m 2
b. b. (5 10)
3m
c. (1 + 3) m 2
c. 5 3
d. (1 + 2 3) m
d. 5 5
e. (1 − 2 3) m e. 5

100
Título temático do livro Matemática

40. UERJ 43. Mackenzie-SP


B C O valor de k, para o qual
(cos x + sen X) 2+ k·sen x·cos x – 1 = 0 é uma
identidade, é
l l a. – 1
b. – 2
c. 0
A D d. 1
e. 2
A figura acima representa um quadrado ABCD
e dois triângulos equiláteros equivalentes. 44. UFSCar-SP
O conjunto das soluções em r e θ do sistema
Se cada lado desses triângulos mede 2 cm, cal-
cule o lado do quadrado ABCD. de equações {
r · senθ = 3 para r > 0 e
r · cosθ = 1
41. UEMS 0 < θ < 2 é:
A expressão
sen2 x
, em que cos x ≠ 1, é a. {2, π }
1 − cos x 6
igual a: π
a. 1 b. {1, }
3
b. cos x c. {2,1}
c. 1 + cos x d. {1,0}
d. sen x
e. {2, π }
e. sen x + cos x 3
45. UFRN
Dica: fatoração de a2–b2 = (a+b) · (a–b)
A expressão (secx – tgx) (secx + tgx) é equivalente
42. UFRGS-RS
a:
Se tg θ = 3 e 0 < θ < 90°, então o valor de cos θ é: a. – 2
b. – 1
10 k c. 0
3k d. 1
k ∈+
e. 2
θ 46. UFPA
1k Qual das expressões abaixo é idêntica a
PV-xx-x1

1 1 − sen2 x
a. ?
10 cot gx · senx

b. 3 a. senx
10 b. cosx
c. 3 c. tgx
10 d. cossecx
e. cotgx
d. 10
10 47. UFTPR
e. 1 Seja o número real m que satisfaz simulta-
neamente as condições senx = 1 − m2 e

101
Matemática Título temático do livro

cos x = m+1, com 0°<x<90°. Com base nes- a. 1


ses dados, é correto afirmar que tg x é igual a: b. –1
a. 0 c. 0
b. 1 d. tg x
c. 3 e. sec2 x
3 53. UFC-CE
d.
3 Sejam x = r senф cosθ, y = r senф senθ e z= r cosф,
e. não existe. onde 0 ≤ ф ≤ π e 0 ≤ θ ≤ 2π. Então, x2 + y2 + z2 é
48. UECE igual a:
a. r2
Para valores de x tais que cosx ≠ 0, a expressão
sec2x – tg2x é igual a: b. r2senθ
a. 0 c. r2cosф
b. 1 d. r2senф
c. sen2x 54. UFAM
1 − tg 4 x
d. cos2x A simplificação de , é:
cos4 x − sen4 x
49. UEL - PR
π a. cosec4x
Para todo número real x, tal que 0 < x < , a
sec x + tg x 2 b. cos4x
expressão é equivalente a:
cos x + cotg x c. sen4x
a. (sen x) · (cotg x) d. sec4x
b. (sec x) · (cotg x) e. cotg4x
c. (cos x) · (tg x) 55. UFAM
d. (sec x) · (tg x) Associe as expressões equivalentes das duas
e. (sen x) · (tg x) colunas e assinale a alternativa correspondente
à associação correta:
50. Cefet-MG
A. 1 (1) sen x + cos x
2 2
1 − tg2 x
A expressão trigonométrica , em que cos x
2
1 − sec2 x cos x
B. sec x (2) tg x + 1
2
sec x ≠ ± 1, equivale a:
C. sec2x – 1 (3) 1
a. – tg2x
D. cosec2x – cotg2x (4) tg2x
b. – cotg2x
PV-xx-x1

c. 1 – tg2x a. A2, B1, C3, D4


d. 1 – cotg2x b. A3, B1, C4, D2
e. cosec2x c. A2, B3, C4, D1
51. d. A2, B1, C4, D3
Prove que (1 + cotg2x)·(1 – cos2x) = 1 para todo e. A2, B4, C1, D3
x real, em que sen x ≠ 0. 56. Ibmec - SP
52. Udesc 1 − sen2 (θ) 1 − cos2 (θ)

π tg 2 (θ) + 1 cot g2 (θ) + 1 é
A expressão mais simples para Se θ = , então
3 cos (θ) − sen2 (θ)
2
 1 
1+  − sec2 x é:
 cos2 x · cosec2 x  igual a:

102
Título temático do livro Matemática

a. 0 59.
b. 3 Num triângulo ABC, retângulo em A, seja D a
8 projeção de A sobre BC . Sabendo-se que o
segmento BDmede 1 cm e que DAC  mede θ
c. 3 graus, então a área do triângulo ABC vale:
4
a.  sec θ · tgθ
2

d. 3 2
2 2
e. 1 b. sec2 θ ·tgθ
2
57. Fuvest- SP π 2
c. secθ · tg2 θ
Se α está no intervalo [0, ] e satisfaz 2
2
1 2
sen4 α − cos4 α = , então o valor da tangente d. cos s ec θ · cotgθ
4 2
de α é:
 2
e. cossec2 · θ cotgθ
a. 3 2
5
5 60. Uneb-BA
b.
3 Sabe-se que x é um ângulo agudo e que
3 2m
c. sen x = , com 0 < m < 1. Nessas condi-
7 m2 + 1
ções, o valor de tg x é:
7
d.
3 a. 2m
5 1 − m2
e.
b. m + 1
2
7
2m
58. Unesp
c. 1 − m2
Se x e y são números reais tais que
1 + m2
cos3 x − 2 · cos x + sec x , então: m+1
y= d.
cos x · sen2 x m−1
a. y = sec2x
b. y = tg2x
PV-xx-x1

c. y = cos2x
d. y = cossec2x
e. y = sen2x

103
Matemática Trigonometria

CAPÍTULO 02
61. ESA-MG b.
A transformação de 9° em segundos é:
0
a. 540"
b. 22.400"
c.
c. 32.400"
d. 3.600" 0
e. 560"
62. UFPA d.
Qual a medida, em radianos, de um arco de
0
135°?
a. π
4 e.
b. π
2 0
c. π
3
4 65. AFA-SP
d. π
De 2h45min a 4h35min, o ponteiro das horas
de um relógio percorre, em radianos:

e. 11π
4 a.
36
63. UFPB
π
A medida, em radianos, de um ângulo de 2°3' é: b.
3
a. 41π 5π
3.600 c.
18
23π
b.
1.800 d. 6π
41π 66. UEMS 5
c.
360
PV2D-13-14

O menor ângulo formado pelos ponteiros de


41π um relógio às 17 horas, em radianos, é:
d.
180
a. 6π
5
e. 23π
3.600 b. π
64. UFRGS-RS 3π
c.
5
Dentre os desenhos abaixo, aquele que repre-
senta o ângulo que tem medida mais próxima d. 5π
de 1 radiano é: 3
a. 5π
e.
6
0

104
Trigonometria Matemática

67. Unicamp-SP
Um relógio foi acertado exatamente ao meio- m
-dia. Determine as horas e os minutos que es- 1c
tará marcando esse relógio após o ponteiro 1 rad
menor ter percorrido um ângulo de 42°.
68. Unimep-SP
Das 16h30min até as 17h10min, o ponteiro
a. π – 1
das horas de um relógio percorre um arco de:
b. π + 1
a. 24°
c. 2π – 1
b. 40°
d. 2π
c. 20°
e. 2π + 1
d. 18°
69. 73. Mackenzie-SP
Os ângulos de medidas θ e y são tais que O segmento OA descreve um ângulo de 30°
θ + γ = 45° e θ – γ = 19°35’30”. Calcule θ e γ. em torno da origem, como indica a figura.
Adotando π = 3, a distância percorrida pelo
70. Fuvest-SP ponto A é:
O ângulo agudo formado pelos ponteiros de y
um relógio à 1 hora e 12 minutos é:
a. 27°
3 A
b. 30°
c. 36°
d. 42° 30°
e. 72°
0 4 x
71. UFPB
a. 2,5
Enquanto conversavam sobre matemática,
Vicente perguntou ao Ronaldo: “Se meu carro b. 5,5
tem rodas de 0,35 m de raio, quantas voltas c. 1,7
dará uma delas num percurso de 70p m?” A d. 3,4
resposta correta será:
e. 4,5
a. 100
b. 101 74. Mackenzie-SP
PV2D-13-14

c. 112 O ponteiro dos minutos de um relógio mede


d. 125 4 cm. Supondo p = 3, a distância, em centíme-
tros, que a extremidade desse ponteiro per-
e. 198 corre em 25 minutos é:
72. Vunesp a. 15
Em um jogo eletrônico, o “monstro” tem a for- b. 12
ma de um setor circular com raio 1 cm, como c. 20
mostra a figura. A parte que falta no círculo é
a boca do “monstro”, e o ângulo de abertura d. 25
mede 1 radiano. O perímetro do “monstro”, e. 10
em cm, é:

105
Matemática Trigonometria

75. CPCAR 77.


O diâmetro dos pneus das rodas de um carro Duas circunferências concêntricas em O têm, so-
mede, aproximadamente, 50 cm. O número  e CD
bre si, determinados os arcos AB  pelo ân-
de voltas dadas pelas rodas desse carro, ao gulo central α, conforme ilustra a figura a seguir.
percorrer uma estrada de 300 km, está mais
próximo de:
D
Dado: π = 3,14 B
a. 2 · 103 c. 2 · 107 0 α
b. 2 · 105 d. 2 · 109 A C
76. Fuvest-SP
O perímetro de um setor circular de raio R e
ângulo central medindo α radianos é igual ao 4
Sabendo-se que α = rad, que o segmento AC
perímetro de um quadrado de lado R. Então, 5
 tem 30 cm
tem medida 20 cm e que o arco CD
α é igual a:
π π de comprimento, determine:
a. d. 2
3 3 a. a medida do segmento OA;
.
b. 2 e. π b. o comprimento do arco AB
2
c. 1

78. Mackenzie-SP

Linha de chegada
para corridas de 300 m

r r

Posições de partida
para corridas de 300 m
PV2D-13-14

k d d d

Sentindo das corridas


A figura representa uma pista não oficial de atletismo, com 4 raias para corridas, cujas curvas são
determinadas por semicircunferências. Cada raia tem largura igual a 2 m e os atletas devem percorrer
300 m sobre as linhas, conforme as setas indicam na figura. Sendo r = 10 m e adotando π = 3, o valor
de k + d é:
a. 248 m d. 244 m
b. 247 m e. 240 m
c. 245 m

106
Trigonometria Matemática

79. Mackenzie-SP 80. FGV-SP


Percorrendo uma estrada de 20 m de largura, É uma hora da tarde; o ponteiro dos minutos
um veículo inicia um retorno em um ponto A, coincidirá com o ponteiro das horas, pela pri-
utilizando a trajetória circular da figura, cujo meira vez, aproximadamente, às:
raio é 20 m. Se nessa rotatória a velocidade a. 13h5min23s
máxima permitida é de 20 km/h, o menor
b. 13h5min25s
tempo necessário para que esse veículo per-
corra o arco AB é: (adote p = 3) c. 13h5min27s
d. 13h5min29s
B 20 m e. 13h5min31s
20 m
A

a. 12 seg d. 25 seg
b. 18 seg e. 22 seg
c. 15 seg
PV2D-13-14

107
Matemática Trigonometria

CAPÍTULO 03
81. Fuvest-SP 85. Unifor-CE
Dentre os números a seguir, o mais próximo Na figura a seguir, tem-se o triângulo OAB, ins-
de sen 50° é: crito em um ciclo trigonométrico. (R = 1)
a. 0,2
y
b. 0,4
c. 0,6
d. 0,8 B
e. 1,0
82. Ibmec-SP
É correto afirmar que: x
O A
a. tg 1 < sen 1 < cos 1
b. sen 1 < tg 1 < cos 1
c. cos 1 < tg 1 < sen 1
d. cos 1 < sen 1 < tg 1
e. sen 1 < cos 1 < tg 1
83. Mackenzie-SP Se o ponto B é a extremidade do arco de medida
I. sen 2 > sen 3 4π
− rad, o perímetro do triângulo OAB, em
II. sen 1 > sen 30° 3
unidades de comprimento, é:
III. cos 2 > cos 3
Relativamente às desigualdades acima, é cor- a. 2 + 3
reto afirmar que:
b. 3 + 3
a. todas são verdadeiras.
b. todas são falsas. c. 1 + 2 3
c. somente I e II são verdadeiras. d. 2 + 2 3
d. somente II e III são verdadeiras. e. 4 + 2 3
e. somente I e III são verdadeiras. 86. PUC-SP
84. UTFPR 2a − 1
A afirmação cosx = é verdadeira se, e
Suponha que a expressão P = 100 + 20 sen(2πt) 5
descreve de maneira aproximada a pressão
PV2D-13-14

somente se, a é tal que:


sanguínea P, em milímetros de mercúrio, de
uma certa pessoa durante um teste. Nessa ex- a. –1 > a ou a > 1
pressão, t representa o tempo em segundos.
b. –1 ≥ a ou a ≥ 1
A pressão oscila entre 20 milímetros de mer-
cúrio acima e abaixo dos 100 milímetros de c. –2 ≥ a ou a ≥ 3
mercúrio, indicando que a pressão sanguínea
d. –2 ≤ a ≤ 3
da pessoa é 120 por 80. Como essa função tem
um período de 1 segundo, o coração da pessoa e. –4 ≤ a ≤ 6
bate 60 vezes por minuto durante o teste.
a. Dê o valor da pressão sanguínea dessa 87. UFPB
pessoa em t = 0 s; t = 0,75 s. 2π
O seno e o cosseno de são, respectivamente,
b. Em que momento, durante o primeiro 3
segundo, a pressão sanguínea atingiu iguais a:
seu mínimo?

108
Trigonometria Matemática

90. UEL-PR
π π
a. sen e – cos A medida α de um ângulo é igual ao triplo da
3 3 medida do seu suplemento. Nessas condições,
π π tg α é igual a:
b. – sen e cos
3 3 2
π π a. 1 d. −
c. sen e cos 2
3 3
2 e. – 1
π π b.
d. cos e sen 2
3 3 c. 0
e. nenhuma das respostas
88. CPCAR 91. Mackenzie-SP
Observe a figura seguinte, sabendo-se que o Sejam f(x) = 2 – cos x, com 0 ≤ x ≤ 2p, M o
raio do arco AB é igual a 1. valor máximo de f(x) e m o seu valor mínimo.
M
y O valor de é:
2m
3 1
A a. d.
2 6
C 2
D b. e. 3
3
1
30° c.
0 E B x 3

A área do trapézio retângulo BCDE vale: 92. Fuvest-SP


Qual das afirmações abaixo é verdadeira?
a. 3
24 a. sen 210° < cos 210° < tg 210°
b. cos 210° < sen 210° < tg 210°
b. 3
18 c. tg 210° < sen 210° < cos 210°
d. tg 210° < cos 210° < sen 210°
3 e. sen 210° < tg 210° < cos 210°
c.
12
93. UFOP-MG
3
d. No círculo trigonométrico representado na fi-
PV2D-13-14

6
gura abaixo, temos α = 120°.
89. Fuvest-SP
Os valores máximo e mínimo da função
1
f(x) = 1 − sen2 x são, respectivamente: α
2 A
a. 2 e 1
b. 1 e 0
c. 1 e 1
2
d. 2 e 0 M
1
e. 2 e
2 O valor de (AM)2 é:

109
Matemática Trigonometria

96. FGV-SP
a. 1
3 Os valores numéricos da expressão:
b. 3 17
3 A = ∑ (cos x)n = 1 + cos x + cos2 x + ... + cos17 x
0
c. 3
π
d. 3 para x = 0, x = e x = π , são, respectivamente:
2
94. Unesp
A figura mostra a órbita elíptica de um satélite a. 18, 1 e 0
S em torno do planeta Terra. Na elipse estão b. 17, 0 e 1
assinalados dois pontos: o ponto A (apogeu), c. 18, 0 e 1
que é o ponto da órbita mais afastado do
d. 18, 1 e 1
centro da Terra, e o ponto P (perigeu), que é
o ponto da órbita mais próximo do centro da e. 17, 1 e 0
Terra. O ponto O indica o centro da Terra e o 97. FGV-SP
ângulo PÔS tem medida a, com 0° ≤ a ≤ 360°.
a. Para que valores de m a equação na
(satélite) S
α incógnita x, 2sen x – 1 = 3m, admite so-
lução?
b. Dois lados de um triângulo medem 10 cm
(apogeu) A P (perigeu)
O cada um. Qual a medida do ângulo for-
mado por esses lados, de modo que re-
sulte em um triângulo de área máxima?

98. ITA-SP
A altura h, em km, do satélite à superfície da
Terra, dependendo do ângulo a, é dada aproxi- Sejam f e g duas funções definidas por:
madamente pela função 3sen2 x −1
 1
 7.980  f(x) = ( 2 )3sen x −1 e g(x)=  
h =  −64 +  · 10
2  2
 100 + 5 cos α 
A soma do valor mínimo de f com o valor mínimo
Determine: de g é igual a:
a. a altura h do satélite quando este se en- a. 0
contra no perigeu e também quando se
encontra no apogeu. b. − 1
4
b. os valores de a, quando a altura h do
PV2D-13-14

c. 1
satélite é de 1.580 km.
4
95. Unesp 1
d.
Se A = sen(6), então: 2
e. 1
a. 3 < A < 1 d. 2 < A < 3
2 2 2 99. Unifesp
b. −1 < A < − 2 e. −
2
<A<0
Com base na figura, que representa o círculo
2 2 trigonométrico e os eixos da tangente e da co-
2 -tangente:
c. 0 < A <
2

110
Trigonometria Matemática

(tgα)
c. (1 − senα) ·
C 2
1 A
(cot gα)
B co tg x d. (1 − senα) ·
2
(senα)
e. (1 − senα) ·
α 2
101.
1 Simplifique a expressão:
cos(π − α) · sec(− α) · tg(2π − α)
E=
π 
sen  − α  · cot g(π − α) · sec(2π − α)
tg x 2 

102. UFRR
a. calcule a área do triângulo ABC, para
π O ângulo x, do primeiro quadrante e medido
α= ;
3 π  3
em radianos, é tal que sen  − x = . Po-
b. determine a área do triângulo ABC, em 2  2
π π de-se afirmar que o valor de cos (π – x) é:
função de α, < α < .
4 2 − 3
a.
100. Fuvest-SP 2
b. −1
Na figura a seguir, a reta r passa pelo ponto
T = (0,1) e é paralela ao eixo Ox. A semirreta 2
Ot forma um ângulo a com o semieixo Ox c. 0
(0° < a < 90°) e intercepta a circunferência 1
trigonométrica e a reta r nos pontos A e B, d.
respectivamente. 2
3
y e.
2
t
T 103. Cesgranrio-RJ
r
B π π 3
Se 0 < a < , < b < π e sen a = sen b = ,
A 2 2 5
então a + b vale:
PV2D-13-14

α a. π
0 x
b. 3π
2

c.
5
A área do ∆TAB, como função de α, é dada
por: d. 5π
(cos α) 3
a. (1 − senα) ·
2 6π
e.
(senα) 5
b. (1 − cos α) ·
2

111
Matemática Trigonometria

104. Mackenzie-SP 106. Fuvest-SP


3 3π
No triângulo retângulo da figura, AQ = 2AP. En- Se tg x = e π < x < , o valor de cos x – sen x
tão, sen (α + 3β) vale: 4 2
é:
A
2
a.
β 3
b. 1
6

P
α c. 2
Q 5
1
2 d.
a. – 4
2 1
e. −
3 5
b. –
2
1 107. FEI-SP
c. – 12 3π
2 Sabendo que tg(x) = e que π < x < , po-
5 2
1
d. demos afirmar que:
2 −5
a. cot g(x) =
e. 3 12
2 13
b. sec(x) =
105. UFRN 5
A figura a seguir é composta por dois eixos −5
perpendiculares entre si, X e Y, que se inter- c. cos(x) =
13
ceptam no centro O de um círculo de raio 1, e
12
outro eixo Z, paralelo a Y e tangente ao círculo d. sen(x) =
no ponto P. A semirreta OQ, com Q pertencen- 13
te a Z, forma um ângulo a com o eixo Y.
108. Fuvest-SP
Y Z π
Se a é um ângulo tal que 0 < α < e sen α = a,
Q 2
então tg (π – α) é igual a:
α −a
a.
PV2D-13-14

O 1 − a2
P X
a
b.
1 − a2

1 − a2
Podemos afirmar que o valor da medida do c.
a
segmento PQ é:
d. −(1 + a )
2
a. sec a
b. tg a a
c. cotg a e. −(1 + a )
2

d. cos a a

112
Trigonometria Matemática

109. Fuvest-SP 2 10
c. tg x = −
Na figura abaixo, o quadrilátero ABCD está ins- 3
crito numa semicircunferência de centro A e 3 10
raio AB = AC = AD = R. d. tg x = −
2
A diagonal AC forma com os lados BC e AD
e. nenhuma das relações anteriores é ver-
ângulos α e β, respectivamente.
dadeira.
Logo, a área do quadrilátero ABCD é:
112. UFPB
C B
α Se tg θ = –3 e θ é um arco do 4º quadrante,
D então:
β R 3 2
a. sen θ =
A 4
R2 2
a. (sen2α + senβ) b. cos θ =
2 4
R2 1
b. (sen2α + sen2β) c. cotg θ =
2 3
R2 d. sec θ = − 2 2
c. (cos 2α + sen2β)
2 e. nenhuma das respostas anteriores
R2
d. (senα + cos β) 113. Uneb-BA
2
R2 Se x pertence ao intervalo (0;π/2) e tg x = 2,
e. (sen2α + cos β) então cos x vale:
2
3
a.
110. UFPB 2
Se senx ≠ 0 e cosx ≠ 0, a expressão b. 2
sen(180o − x) 2
é igual a: 1
cot g(270o − x) · cos(270o − x) c.
2
a. cotg x
d. 5
b. cossec x 5
c. –cotg x
e. 3
PV2D-13-14

d. tg x 5
e. sec x
114. UFPB
111. UFPB
A relação sen(x + 90 ) é igual a:

2 10 senx
Se sen x = e x está no segundo quadran-
7
te, então: a. tgx
6 10 b. –tgx
a. tg x =
7 c. –cotgx
6 10 d. cotgx
b. tg x =
49 e. secx

113
Matemática Trigonometria

115. Cesgranrio-RJ 120. UFPE


Se cosx = a, então cos(11π – x) vale: O PIB (Produto Interno Bruto, que representa
a. a d. –2a a soma das riquezas e dos serviços produzidos
por uma nação) de certo país, no ano 2000 + x,
b. –a e. π – a é dado, em bilhões de dólares, por:
c. 2a πx
P(x) = 500 + 0,5x + 20 cos , em que x é um
inteiro não negativo. 6
116. UEBA
Se a medida x de um arco é 8 radianos, então: a. Determine, em bilhões de dólares, o
valor do PIB do país em 2004.
a. senx > 0 e cosx > 0
b. Em períodos de 12 anos, o PIB do país
b. senx > 0 e cosx < 0
aumenta do mesmo valor, ou seja,
c. senx < 0 e cosx < 0 P(x + 12) – P(x) é constante. Deter-
d. senx < 0 e cosx > 0 mine esta constante (em bilhões de
e. senx = 0 e cosx = 0 dólares).
117. FEI-SP Obs.: cos (x + 2π) = cos x
π 121. PUC-MG
Se 0 < x < , é válido afirmar-se que:
4
π A soma das raízes da equação cos x – cos2x = 0,
a. sen  − x  = sen x 0 ≤ x ≤ 2π, em radianos, é:
2 
b. cos (π – x) = cos x a. π
b. 2π
c. sen (π + x) = sen x
π c. 3π
d. sen  − x  = cos x d. 4π
2 
e. cos (π + x) = sen x e. 5π
118. Vunesp 122. Mackenzie-SP
2ab A soma de todas as soluções da equação
Se tg (x) = , em que a > b > 0 e 0° < x < 90°, tg a + cotg a = 2, 0 ≤ a ≤ 2π é:
a2 − b2
então o valor de sen (x) é: 5π
a.
a. b 4
a 2π
b.
b 3
b.
a+b c. π
3
a−b 2
PV2D-13-14

c.
a+b 7π
d.
4
d. a − b
2 2
e. π
7
a + b2
2
3
2ab 123. Fuvest-SP
e.
a2 + b2 A soma das raízes da equação sen2x – 2cos4x = 0,
119. UEL-PR que está no intervalo [0, 2π], é:
A expressão cos  3π + x é equivalente a: a. 2π
 2  b. 3π
a. –sen x d. cos x
c. 4π
b. –cos x e. sen x
d. 6π
c. sen x · cos x
e. 7π

114
Trigonometria Matemática

124. UFRJ 128. UFPE


A equação x2 – 2x cos θ + sen2 θ = 0 possui raízes Sabendo-se que sen2x – 3sen x · cos x + 2cos2 x = 0,
reais iguais. temos que os possíveis valores para tg x são:
Determine: θ, 0 ≤ θ ≤ 2π a. 0 e – 1
125. UFAC b. 0 e 1
O número de soluções da equação sen2 x = cos2 x, c. 1 e 2
no intervalo [0, 2π], é: d. – 1 e – 2
a. 4 d. 1 e. – 2 e 0
b. 2 e. 5 129. Unicamp-SP
c. 3 Considere a função:
126. Fuvest-SP S(x) = 1 + 2sen x + 4(sen x)2 + 8(sen x)3 para
π
Se α está no intervalo  0,  e satisfaz x ∈.
 2
1  π
a. Calcule S   .
sen α – cos α = , então o valor da tan-
4 4
 3
4
gente de α é: b. Resolva a equação: S(x) = 0, para
x ∈ [–2π, 2π].
3
a.
5 130. Fuvest-SP
Ache todas as soluções da equação
b. 5 sen 3 x · cosx – 3senx · cos 3 x = 0 no inter-
3 valo [0, 2π].
131. Fuvest-SP
c. 3 π
7 No intervalo ≤ x ≤ π, a equação
2
d. 7 1 − sen2 x + cos x = – 2:
3
a. não admite solução.
e. 5 3π
b. admite solução x = .
7 4

127. Fuvest-SP c. admite solução x = .
π 3
O dobro do seno de um ângulo q, 0 < θ < , 5π
2 d. admite solução x = .
PV2D-13-14

igual ao triplo do quadrado de sua tangente. 6


Logo, o valor de seu cosseno é: e. admite solução x = π .

2 132. Mackenzie-SP
a.
3 As raízes da equação tg(x + π) = cotg x, perten-
centes ao intervalo [0, 2π], têm soma:
3
b.
2 a. 3π
2
c. 2 b. 2π
2
1 c. 9π
d. 2
2
d. 3π
3
e.
3 e. 4π

115
Matemática Trigonometria

133. UTFPR 138. Mackenzie-SP


O número de raízes da equação π 
cos(x) − 2 sen(x) cos(x) = 0, no intervalo Em  ,2π , as soluções reais da equação
2 
[0, 2π], é igual a:
1 8
a. 0 sen(x) + − = 0 são em número de:
8 9
b. 1
a. 5
c. 2
b. 4
d. 3
c. 3
e. 4
d. 2
134. Vunesp
e. 1
Considere as funções f(y) = 1 − y2 , para y ∈, 139. Fatec
–1 ≤ y ≤ 1, e g(x) = cos x para x ∈. O número
de soluções da equação (fog)(x) = 1, para O conjunto solução da equação
0 ≤ x ≤ 2π, é: 2cos2x + cos x – 1 = 0,
a. 0 no universo U = [0, 2π], é:
b. 1 π 5π
a. { , π , }
c. 2 3 3
d. 3 π 5π
b. { , π , }
e. 4 6 6
135. Mackenzie-SP π π
c. { , , π}
Das alternativas, assinale aquela que contém 3 6
um valor de x tal que 2sen x = 4cos x. π π 2π 5π
d. { , , π , , }
π 6 3 3 3
a. 0 < x <
6 π 2π 4 π 5π
π e. { , , π , , ,2π}
b. π < x < 3 3 3 3
6 4
π π 140. FGV-SP
c. < x <
4 3 Se a é a menor raiz positiva da equação
π π (tgx – 1) · (4 · sen 2 x – 3) = 0, então o valor
d. < x < de sen 4 a – cos 2 a é:
3 2
π a. 5
e. < x < π 16
PV2D-13-14

2 b. 0
136. Fuvest-SP 1
c. –
4
Determine as soluções da equação:
3
(2 cos2 x + 3 sen x) · (cos2 x – sen2 x) = 0, que d.
estão no intervalo [0,2p]. 2
1
137. UFMG e. –
2
Determine todos os valores de x pertencentes
ao interavalo (0, π) que satisfazem a equação
3 tg x + 2 cos x = 3 sec x.

116
Trigonometria Matemática

CAPÍTULO 04
141. UFU-MG 144. Vunesp
sen 17 · cos 13 + cos 17 · sen 13 + Na figura, ABCD é um retângulo, BD = 6 cm, a
+ cos 73 · cos 17 − sen 73 · sen 17 + medida do ângulo ABD é α = 30°, a medida do
ângulo AED é β e x = BE.
tg 31
+ tg 14 D C
+ é igual a:
1 − tg 31 · tg 14
5
a.
2 A E B
1 Determine:
b. a. a área do triângulo BDE, em função de x;
2
c. 0 b. o valor de x, quando b = 75°.
1 145. Unifesp
d. −
2
A expressão sen (x – y) cos y + cos (x – y) sen y
3 é equivalente a:
e.
2 a. sen (2x + y)
142. UFPE b. cos (2x)
As raízes da equação x2 – 3x + 2 = 0 são tg α e c. sen x
tg β. Pode-se afirmar que tg(α + β)é igual a: d. sen (2x)
a. 3 e. cos (2x + 2y)
b. 2 146. Mackenzie-SP
c. –2 A soma dos valores inteiros de k para que a
d. –3 equação 3 sen x + cos x = k − 3 apresente
soluções reais é:
e. 0 a. 7 d. 15
143. Mackenzie-SP b. 10 e. 20
Se, no triângulo retângulo da figura, tem-se c. 13
3 147. Fuvest-SP
cos α = , então o valor de sen (2α + 3β) é:
4 Nos triângulos retângulos da figura, AC = 1 cm,
BC = 7 cm, AD = BD. Sabendo que: sen (a – b) =
= sen a · cos b – sen b · cos a, o valor de sen x é:
PV2D-13-14

β
α D
12 cm
C
a. 3 x
4
A B
3
b. −
4 4
2 d.
c. 2 a.
2 5
3 1
d. − 2 b. 7 e.
50 50
3
1 3
e. − c.
2 5

117
Matemática Trigonometria

148. Fuvest-SP Se sen 10° + cos 10° = a, a área do triângulo


Na figura abaixo, as circunferências têm centros ABC é igual a:
5 a. a 2 d. a2 2
A e B. O raio da maior é do raio da menor;
4  b. 2a2 e. 2 2
P é um ponto de intersecção delas e a reta AQ c. 2a 2
é tangente à circunferência menor no ponto Q. 151. UFPB
Calcule o valor da expressão
P sen 11 · cos 34 + sen34 · cos 11
Q cos 57 · cos 12 + sen57 · sen 12
152. Fazu-MG
Considere as expressões: A = cos x + cos y e
B A B = sen x – sen y. Sendo x + y = 120°, o valor
de A2 + B2 é:
a. 2
b. 2 · sen x · sen y
c. cos2x – cos2y
Calcule: d. 4
 )
a. cos (ABQ e. 1
 )
b. cos (ABP 153. AFA-SP
 )
c. cos (QBP O valor da expressão cos 15° + sen 105° é:
6+ 2 c. 6 + 2
149. UFMA a.
4 2
Sabendo que β é um ângulo tal que
6− 2
d. 6 − 2
2 sen(β – 60°) = cos (β + 60°), então tgb (tan- b.
gente de β) é um número da forma a + b 3, 4 2
em que: 154. AFA-SP
a. a e b são reais negativos. No triângulo retângulo ABC, os catetos AB e AC
b. a e b são inteiros. medem, respectivamente, 2 + 2 e 2. Seja D
c. a + b = 1. um ponto de AB, tal que AD = AC. Se α e β são,
respectivamente, as medidas de ADC  e ABC ,
d. a e b são pares.
então tg (α + β) é
e. a2 + b = 1.
a. 2 − 1 c. 2 2 − 1
150. Mackenzie-SP
PV2D-13-14

b. 2 + 2 d. 2 2 + 1
A circunferência da figura tem raio 2 e centro O. 155. Mackenzie-SP
Na figura, tg α vale:
B

2
55°
A C
O
α
30°

118
Trigonometria Matemática

Se o ponto B dista 20 metros de C e 150 metros


a. 1 de D, a medida do ângulo CÂD corresponde a:
3
a. 60°
b. 2
3 b. 45°
1 c. 30°
c.
3 d. 15°

d. 3 159. ESPM-SP
4 A hipotenusa de um triângulo retângulo mede
2 2 e forma 15° com um de seus catetos. A
e. soma das medidas dos catetos é igual a:
3
a. 2
156. UECE
b. 3
2 85 π  π
Se senθ = , < θ < π, então 2 + tg  θ −  c. 3
85 2  4
é igual a: d. 2 + 1
3 5 e. 3 + 1
a. c.
7 7
160. Vunesp
4 6
b. d. a. Demonstre a identidade:
7 7
157. Fuvest-SP  π
2 · sen  x −  = senx − cosx
π  4
Seja x no intervalo  0,  satisfazendo a equa-
 2 b. Determineosvaloresdem∈ paraosquais
2 3 a equação 2 · (senx − cosx) = m2 − 2
ção tgx + sec x = .
5 2 admite soluções.
Assim, calcule o valor de: 161. Unifesp
a. sec x; Se x é a medida de um arco do primeiro qua-
 π drante e sen x = 3 cos x, então sen(2x) é igual a:
b. sen  x +  .
 4
a. 5
158. UERJ 5
Um holofote está situado no ponto A, a 30 b. 3
metros de altura, no alto de uma torre per- 5
PV2D-13-14

pendicular ao plano do chão. Ele ilumina, em 1+ 5


movimento de vaivém, uma parte desse chão, c.
do ponto C ao ponto D, alinhados à base B, 5
conforme demonstra a figura. d. 4
5
A
e. 3
2

B C D

119
Matemática Trigonometria

162. Fuvest-SP 165. Mackenzie-SP


3
No quadrilátero ABCD, em que os ângulos  e No triângulo ABC, temos AB = AC e senx = .
C são retos e os lados têm as medidas indica- 4
Então, cosy é igual a:
das, o valor de sen B é:
A
A
y
2x
x

B D

x
2x
x
C
B C

a. 5 a.
9 1
5 d.
16 8

b.
2 5 b. 3 e. 3
5 4 16

c.
4 c. 7
5 9
166. Ibmec-SP
2
d.
5 O triângulo ABC é isósceles (figura), com
AB = AC = 1. Se BH é a altura relativa ao lado
e. 1
AC, então a medida de HC é:
2 a. sen a · cos a d. 1 – sen2a
163. Fuvest-SP b. 2 cos a – sen a e. 2 · sen2a
O valor de (tg10° + cotg10°) sen20° é: c. 1 – cos2a
1 B
a.
2
b. 1
M
c. 2
5
PV2D-13-14

d. a
2 a
e. 4 A H C

164. UECE 167. ITA-SP


Se x é um arco do primeiro quadrante tal que sen θ
A expressão 0 < θ < π, é idêntica a:
x 1 + cos θ
tg = 7 , então senx é igual a:
2  θ  θ
a. sec   d. tg  
 2  2
a. 7 c.
7
8 4  θ  θ
b. cosec   e. cos  
 2  2
b.
7 d. 7
3 θ
6 c. cotg  
 2

120
Trigonometria Matemática

168. Vunesp 171. Fuvest-SP


Numa fábrica de cerâmica, produzem-se lajotas A figura representa um quadrado ABCD de
triangulares. Cada peça tem a forma de um triân- 5
lado 1. O ponto F está em BC , BF mede ,o
gulo isósceles, cujos lados iguais medem 10 cm 4
e o ângulo da base tem medida x, como mostra
ponto E está em CD e AF é bissetriz do ângulo
a figura.
 . Nessas condições, o segmento DE mede:
BAE
10 cm
A B
x

a. Determine a altura h(x), a base b(x) e a F


área A(x) de cada peça, em função de
sen x e cos x.
b. Determine x, de modo que A (x) seja D E C
igual a 50 cm2.
169. ITA-SP 3 5 11 5
a. d.
Seja a ∈ [0, p/2], tal que sen a + cos a = m. 40 40
Então, o valor de y = sen 2a/(sen3a + cos3a) 7 5 13 5
será: b. e.
40 40
a. 2(m2 – 1) / m(4 – m2)
b. 2(m2 + 1) / m(4 + m2) 9 5
c.
c. 2(m2 – 1) / m(3 – m2) 40
d. 2(m2 – 1) / m(3 + m2) 172. Fuvest-SP
e. 2(m2 + 1) / m(3 – m2)
O triângulo ACD é isósceles de base CD e o seg-
170. Fuvest-SP mento OA é perpendicular ao plano que con-
As retas r e s são paralelas e A é um ponto en- tém o triângulo OCD, conforme figura:
tre elas que dista 1 de r e 2 de s. Considere A
um ângulo reto, de vértice em A, cujos lados
interceptam r e s nos pontos B e C, respectiva-
D
mente. O ângulo agudo entre o segmento AB
O
e a reta r mede a.
C
PV2D-13-14

B r
α
A  = 1,
Sabendo-se que OA = 3, AC = 5 e sen OCD
3
então a área do triângulo OCD vale:
2 2
s a. 16 · d. 64 ·
C 9 9

a. Calcule a área do triângulo ABC em fun- 2 2


b. 32 · e. 80 ·
ção do ângulo a. 9 9
b. Para que valor de a a área do triângulo 2
c. 48 ·
ABC é mínima? 9

121
Matemática Trigonometria

173. FGV-SP 180. PUC-SP


A função f(x) = 16 · (senx) · (cosx) assume valor Transformando-se em produto a expressão
máximo igual a: sen 70° + cos 30°, obtém-se:
a. 16 d. 8 a. 2 cos 25° cos 5°
b. 12 e. 4 b. 2 sen 25° sen 5°
c. 10 c. 2 sen 25° cos 5°
174. Unicamp-SP
d. 2 cos 25° sen 5°
A hipotenusa de um triângulo retângulo mede
1 metro e um dos ângulos agudos é o triplo 181.
do outro. A expressão E = sen 40° + sen 10° também é
a. Calcule os comprimentos dos catetos. igual a:
b. Mostre que o comprimento do cateto a. 2 sen 15° cos 25°
maior está entre 92 e 93 centímetros. b. 2 cos 25° sen 25°
175. FGV c. 2 sen 25° cos 15°
a. A medida da diagonal de uma face de d. 2 sen2 25°
um cubo mede 6 ⋅ 5 cm. Quanto mede e. 2 sen 15° cos 15°
a diagonal desse cubo? 182. UFRJ
b. Sabendo-se que cosx = k, obtenha em Seja A = sen 24° + sen 36°, o valor de A é igual a:
função de k o valor de cos4x. a. cos 6° d. cos 5°
176. Fuvest-SP b. sen 4° e. sen 8°
ABC é um triângulo retângulo em A e CX é bis- c. cos 24°
setriz do ângulo BCA, onde X é ponto do lado 183. UFJF-MG
AB. A medida de CX é 4 cm e a de BC , 24 cm. sen 30 − sen 80
Calcule a medida de AC. Simplifique: y =
sen 10 + sen 40
177. Fuvest-SP 184. Mackenzie-SP
Sejam x e y números reais positivos tais que Simplificando-se cos 80° + cos 40° – cos 20°,
π 1 tem-se:
x + y = . Sabendo-se que sen (y – x) = , o
2 3 a. zero
valor de tg2y – tg2x é igual a: b. sen 20°
3 1 c. 1
a. d.
2 4 d. 1
5 2
PV2D-13-14

1
b. e. 185. UFRN
4 8
1 Sabendo-se que cos x + sen x = a, calcule y =
c. cos3x + sen3x.
2
178. Unicamp-SP 186. UTFPR
Ache todos os valores de x, no intervalo [0, 2π], A expressão sen 80° – sen 10° + sen 20° – sen 70°
é equivalente a:
2+ 3
para os quais senx + cosx = . a. 6 · tg 5
2
b. 3 · sen 5
179. UFES
c. 6 · cos 10
Determine todos os valores de θ para os quais
d. 3 · sen 10
1
sen3θ · cosθ – senθ · cos3θ = . e. 6 · sen 5
4

122
Trigonometria Matemática

187. 193. Fuvest-SP


π 5π
A expressão E = cos a + 1 é tal que: Os números reais sen , sen a e sen for-
12 12
 a  a mam, nesta ordem, uma progressão aritméti-
a. E = 2 cos2   d. E = sen  
 2  2 ca. Então, o valor de sen a é:
a  a 1 6
b. E = cos2   e. E = 2sen   a.
4 d.
 2  2 4
c. E = cos (2a) 3 3
b. e.
188. FEI-SP 6 2
Simplificando-se
cos x − cos(5x) , tem-se: 2
sen(5x) − senx c.
4
a. tg x c. cos x
194. FEI-SP
b. sen x d. tg 3x
Transformando a expressão: sen(a) + sen(b)
189. Fuvest-SP cos(a) + cos(b)
Considere a função onde existir, temos:
sen x − sen 5x a. sen (a + b)
f(x) = sen x · cos x + .
2 1
b.
Resolva a equação f(x) = 0 no intervalo [0, π]. cos(a + b)
190. Fuvest-SP a+b
Considere a função f(x) = sen x + sen 5x. c. cot g( )
2
a. Determine constantes k, m e n, tais que
a+b
f(x) = k · sen(mx) · cos (nx). d. t g( )
2
b. Determine os valores de x, 0 ≤ x ≤ π,
tais que f(x) = 0 1
e.
191. Ibmec-SP sen(a + b)
Qual o valor máximo da função f(x) = sen (x) + 195. ITA-SP
cos (x) com x � [0, 2π]? 4π
a. 0 Se os números reais a e b, com , a + b =
b. 2 d. 2 3
2 0 ≤ α ≤ β, maximizam a soma sen α + sen β,
c. 2 então α é igual a:
e. 2 2
π 3 5π
192. UEL-PR d.
PV2D-13-14

a. 8
4π 2π 3
A expressão cos + cos é equivalente a:
15 15 2π 7π
b. e.
π π 3 12
a. 2sen · cos
5 15 3π
c.
π π 5
b. 2 cos · cos
5 15 196. ITA-SP
2π 2π
c. 2 cos · cos Obtenha todos os pares (x, y), com x, y � [0, 2π],
5 15 tais que:
2π 2π
d. −2sen · cos 1
5 15 sen(x + y) + sen(x − y) =
π π 2
e. −2 cos · cos sen x + cos Y = 1
5 15

123
Matemática Trigonometria

197. ITA-SP 199. Mackenzie-SP


Sendo a e b dois arcos complementares tais Resolva a equação sen x + cos x = 2.
que 0 < a < π , 0 < b < π e cos a + cos b = 3 200. ITA-SP
2 2 sen a − sen b A soma de todas as soluções distintas da equa-
12a ção cos(3x) + 2 · cos(6x) + cos(9x) = 0, que estão
calcule o valor de y = sen2b – cos .
5 π
no intervalo 0 ≤ x ≤ , é igual a:
198. Fuvest-SP 2
A medida x, em radianos, de um ângulo satisfaz a. 2π 7π
π 23π d.
< x < π e verifica a equação sen x + sen 2x + b. 6
2 12
sen 3x = 0. 13π
9π e.
Assim: c. 12
6
a. determine x;
b. calcule cos x + cos 2x + cos 3x.

PV2D-13-14

124
Trigonometria Matemática

CAPÍTULO 05
201. Unifor-CE O valor 2de 2seu determinante é:
a.
Reduzindo-se ao primeiro quadrante um arco 2
de medida 7.344°, obtém-se um arco cuja
medida, em radianos, é: 3 3
b.
2
a. π
3 3
c.
π 2
b.
2
2π d. 1
c.
3
d. π
4
e. 0
5
9π 206.
e.
10 Sejam os conjuntos:
202. UFU-MG
86π 11π  kπ 
Simplificando-se a expressão 2 cos − 3tg , A = { y ∈  / y = sen   ,k ∈ } e
3 4  3
obtém-se:
a. – 4  kπ 
B = { y ∈  / y = cos   ,k ∈ }
b. −2 3  3
c. 1 + 3 Então, o número de elementos de A ∩ B é:
d. 4 a. 1
e. 2 b. 2
c. 3
203.
d. 4
π k · π
Sendo A = {y ∈  / y = sen  +  ,k ∈ }, e. infinito.
4 2 
o número de subconjuntos diferentes que o 207.
conjunto A admite é: Forneça a expressão geral dos arcos com as ex-
a. 2 tremidades assinaladas.
PV2D-13-14

b. 4 a.
y
c. 8
d. 16
π
e. 32 3
204. Fuvest-SP
x
Dados os números reais expressos por cos (–535°)
e cos 190°, qual deles é maior?
205. ITA-SP
Seja a matriz:
cos 25 sen 65 
 
sen 120 cos 390 

125
Matemática Trigonometria

b. 2
y b. ±
2
1
c. ±
π 2
6
x 1 3
d. ± ou ±
2 2
1
e.
2

210.
c.
y Unindo os pontos que são extremidades dos
π π
arcos dados pela expressão + k · (k ∈ Z),
6 4
obtemos um:
4π a. quadrilátero.
11 x b. quadrado.
c. pentágono regular.
d. octógono regular.
e. pentadecágono regular.
211. UTFPR
7π 8π 20π 10π
Os arcos cujas medidas são , , e
3 5 9 3
d. têm extremidades, respectivamente, nos se-
y guintes quadrantes:
a. terceiro, primeiro, primeiro e quarto.
b. primeiro, segundo, quarto e primeiro.
c. segundo, primeiro, primeiro e segundo
x d. primeiro, quarto, primeiro e terceiro.
e. primeiro, segundo, terceiro e quarto.
212. Fuvest-SP
PV2D-13-14

Determine os valores de x, no intervalo de


0 ≤ x ≤ 2, que satisfazem a equação sen
(πx) + cos (πx) = 0.
208. Mackenzie-SP 213. FGV-SP
Dê o domínio e o conjunto imagem da função Em certa cidade litorânea, verificou-se que a
definida por y = tg 2x. altura da água do mar em um certo ponto era
209. dada por f(x) = 4 + 3 cos  πx  , em que x repre-
 6
π senta o número de horas decorridas a partir
Sendo x = (−1)k + kπ , k ∈  , então sen x é
6 de zero hora de determinado dia, e a altura
igual a: f(x) é medida em metros.
3 Em que instantes, entre 0 e 12 horas, a maré
a. ± atingiu a altura de 2,5 m naquele dia?
2

126
Trigonometria Matemática

a. 5 e 9 horas 218.
π
b. 7 e 12 horas Sendo x = + kπ ∈ , os valores possíveis de
6
c. 4 e 8 horas
4senx são:
d. 3 e 7 horas
a. 1 e 4
e. 6 e 10 horas 4
214. FGV-SP b. −2 e 1
Determine os valores reais de x de modo que 2
sen(2x) − 3 cos(2x) seja máximo. 1
c. 2 e −
215. 2
A igualdade sen x = 0 é válida para: 1
d. 2 e
π 2
a. x = + kπ; k ∈
2
e. 16 e 2
b. x = kπ; k ∈
c. x = 2 kπ; k ∈
π 219. ITA-SP
d. x = + 2 kπ; k ∈ π
2 Seja f:IR→IRdefinidapor f(x) = 77 sen 5  x+  
π π  6 
e. x = + k ; k ∈ e seja B o conjunto dado por B = {x ∈ IR : f(x) = 0}.
2 2
Se m é o maior elemento de B ∩ (–∞, 0) e n é o
216. menor elemento de B ∩ (0, +∞), então m + n é
A igualdade cos x = 0 é válida para: igual a:
π
a. x = + kπ; k ∈
2 a. 2π
15
b. x = kπ; k ∈
b. π
c. x = 2 kπ; k ∈ 15
π
d. x = + 2 kπ; k ∈ c. −π
2 30
π π d. −π
e. x = + k ; k ∈
2 2 15
217.
e. π
−2
PV2D-13-14

A igualdade tg x = 0 é válida para: 15


π
a. x = + kπ; k ∈
2 220. ITA-SP
n
b. x = kπ; k ∈
c. x = 2 kπ; k ∈
A soma ∑ cos(α + kπ), para todo α � [0, 2π],
k=0

π vale:
d. x = + 2 kπ; k ∈ a. – cos(α) quando n é par.
2
π π b. – sen(α) quando n é ímpar.
e. x = + k ; k ∈ c. cos(α) quando n é ímpar.
2 2
d. sen(α) quando n é par.
e. zero quando n é ímpar.

127
Matemática Trigonometria

221. Mackenzie-SP
c.  π + kπ , k ∈
O menor valor positivo de α para que o sistema 6 4 
(sen α) x − y = 0 π kπ
 d.  + , k ∈

x + (4 cos α) y = 0 8 4 
tenha mais de uma solução é igual a: π kπ
e.  + , k ∈
a. 75°  12 4 
b. 105°
c. 120° 226. ITA-SP
d. 165° Quais os valores de x que satisfazem a equação
x
e. 225° cos x – cos = 2?
2
222. Cefet-PR
a. − π ≤ x ≤ − π
O conjunto solução da equação tg2 x = 3tg x é: 2 2
a. {x ∈  |x = kπ} b. x = kπ, k ∈ Z
b. 3 c. x = (k + 1)π, k ∈ 
 π  d. x = (2k + 2)π, k ∈ 
c. x ∈  | x = kπ ou x = + kπ , k ∈ e. x = (4k + 2)π, k ∈ 
 3 

{ }
5π 11π 227. Fatec-SP
d. ,
6 6 Se x é um número real tal que sen2 x – 3 sen x = –2,
então x é igual a:
e. x ∈  | x = − π kπ , k ∈

π
 4  a. + kπ , k ∈
2
223. Unimontes-MG 3π
b. + kπ , k ∈
Quantas soluções reais tem a equação 2

 π c. + 2kπ , k ∈
2 cos   − 3 = 0 no intervalo [–π, 4π]? 2
 2 π
d. + 2kπ , k ∈
a. 5 soluções 2
b. 4 soluções π
e. + kπ , k ∈
c. 3 soluções 4
PV2D-13-14

d. Infinitas soluções
224. 228. Uniube-MG
Resolva em  a equação: sen3x + cos4x = 1 Medindo-se t em horas e 0 ≤ t < 24, a sirene de
225. uma usina está programada para soar em cada
O conjunto solução de (tg2x –1) (1 – cotg2 x) = 4,  πt 
instante t, em que sen   é um número in-
kπ  6
x≠ , k ∈ Z é: teiro. De quantas em quantas horas a sirene
2
π kπ da fábrica soa?
a.  + , k ∈ a. De seis em seis horas.
3 4 
b. De quatro em quatro horas.
b.  π + kπ , k ∈ c. De três em três horas.
4 4  d. De oito em oito horas.

128
Trigonometria Matemática

229. Vunesp A temperatura, em graus celsius (°C), de uma


π câmara frigorífica, durante um dia completo,
Determine um valor de n ∈ *, tal que seja
n das 0 hora às 24 horas, é dada aproximada-
solução da equação: mente pela função:
8 cos4 θ – 8 cos2 θ + 1 = 0 π  π 
F(t) = cos  t − cos  t , 0 ≤ t ≤ 24
230. Cefet-PR  12  6 
A solução da equação trigonométrica com t em horas. Determine:
sen (5x) + sen (x)
= 1 , com k ∈  é: a. a temperatura da câmara frigorífica às
cos (3π − 2x)
2 horas e às 9 horas (use as aproxima-
( = conjunto dos números inteiros)
ções 2 = 1, 4 e 3 = 1, 70 );
7π 11π 
a. x ∈R |x = 2kπ + ou x = 2kπ +  b. em quais horários do dia a temperatura
 6 6  atingiu 0 °C.
 π 234. Vunesp
b. x ∈R | x = 2kπ +  1
 6 Dada a equação cos(4x) = − :
5π  2

c. x ∈R |x = 2kπ + 
 6 a. verifique se o ângulo x pertencente ao
3
1º quadrante, tal que sen(x) = satis-
d. x ∈R | x = 2kπ + 7π ou x = 2kπ + 11π  2
 3 18 3 18  faz a equação acima;
 2kπ π 2kπ 5π  b. encontre as soluções da equação dada,
e. x ∈R | x = + ou x = + 
 3 18 3 18  em toda a reta.
235. Vunesp
231. AFA-SP
No hemocentro de um certo hospital, o núme-
A função real f(x) = sen2x + cos x tem valor
ro de doações de sangue tem variado periodi-
máximo em:
camente. Admita que, neste hospital, no ano
a. x = (2k + 1)π, k ∈  de 2001, este número, de janeiro (t = 0) a de-
zembro (t = 11), seja dado, aproximadamente,
1 pela expressão:
b. x = (k ± )π, k ∈ 
6  (t − 1)π 
S(t) = λ − cos 
1
c. x = (2k + )π, k ∈   6 
2
com l uma constante positiva, S(t) em milhares e
PV2D-13-14

1
d. x = (2k ± )π, k ∈  t em meses, 0 ≤ t ≤ 11. Determine:
3 a. a constante l, sabendo que no mês de
232. PUC-MG
fevereiro houve 2 mil doações de sangue;
A solução geral da equação cos2x = 1, onde k é
um número inteiro qualquer, é: b. em quais meses houve 3 mil doações
de sangue.
π
a. x = + 2kπ 236. AFA-SP
2
b. x = (2k + 1)π O conjunto solução, em R, da equação (cos x
c. x = kπ (sen 2x) = (sen x)(1 + cos 2x) é:
kπ a. Ø
d. x =
2 b. R
e. x = π + 4kπ c. {x ∈  | x = 2kπ ± π/2, k ∈ }
233. Vunesp d. {x ∈  | x = 2kπ ± π/3, k ∈ }

129
Matemática Trigonometria

237. Unesp 240. Mackenzie-SP


Em uma pequena cidade, um matemático mo- Determine a solução em R da equação
delou a quantidade de lixo doméstico total (or-
gânico e reciclável) produzida pela população, 1 1 1 1 1 1
− − +3= + +
mês a mês, durante um ano, através da função sen2 x cos2 x tg2 x cot g2 x sec2 x cossec2 x

π 4π 

{ }
f(x) = 200 + (x + 50)cos  x − 
3 3 a. x = π + k · 2π , k ∈
4
onde f(x) indica a quantidade de lixo, em to-
neladas, produzida na cidade no mês x, com  kπ 
1 ≤ x ≤ 12, x inteiro positivo. Sabendo que b. x = , k ∈
f(x), nesse período, atinge seu valor máxi-  2 

{ }
mo em um dos valores de x no qual a função π
π 4π  c. x = + k · π , k ∈ ou
cos  x −  atinge seu máximo, determine 3
3 3
o mês x para o qual a produção de lixo foi má-
xima e quantas toneladas de lixo foram produ- { x= −
π
3
+ k · π , k ∈ }
zidas pela população nesse mês.
 π 
238. Cesgranrio-RJ d. x = + k · π , k ∈ ou
 4 
Resolva a equação |senx| = tgx.
 π− π + k · π , k ∈
239. FEI-SP e. xx == + k · π , k ∈  
Resolva a equação cosx – sen2x = 1.  64 

PV2D-13-14

130
Trigonometria Matemática

CAPÍTULO 06
241. FGV-SP 5π 11π 
a.  ; d.  2π ; 5π 
Resolvendo-se a inequação 2 cos x ≤ 1 no inter-  3 6   3 6 
valo [0, 2p], obtém-se:
 4π  5π
e.  ;2π 
π π 3π 5π b.  π;   3 
a. ≤ x ≤ ou ≤x≤  3 
3 2 2 3
4 π 3π
π c.  ; 

b. x ≥  3 2
3
π 246. PUC-SP
c. ≤ x ≤ π
3 A solução da inequação
d. ≤ x ≤ 5π
π
sen x − 2
3 3 > 0, no conjunto 0 ≤ x ≤ 2π,
1 cos 2x + 3 cos x − 1
e. x ≤ é:
2 π 5π
a. < x < c. 2π < x < 4 π
242. 3 3 3 3
x 2 π
a. Resolva: cos ≤ para x � [0, 2π]. b. < x < π d. Ø
2 2 6
2
b. Resolva: sen2x < − para x � [0, π]. 247. Fuvest-SP
2
Determine os valores de x no intervalo ]0, 2π[
3 para os quais cos x ≥ 3 sen x + 3 .
c. Resolva: tg x ≤ para x � [0, 2π].
3
248. Fuvest-SP
243. FGV-SP a. Expresse sen 3α em função de sen α.
A solução da inequação 2 · cos x > cos x, no
2
b. Resolva a inequação sen 3α > 2 senα
intervalo [0, π], é: para 0 < α < π.
π π 249. Vunesp
a. 0 ≤ x ≤ ou < x ≤ π 1
4 2 O conjunto solução de cosx < , para 0 < x < 2π,
π 2π 2
b. 0 < x ≤ ou ≤x<π é definido por:
3 3
π 2π 4π 5π
a. < x < <x<
PV2D-13-14

π 2π ou
c. 0 < x < ou <x<π 3 3 3 3
6 3 π 5π 7π 11π
b. < x < ou <x<
d. π < x < 2π 6 6 6 6
4 3 π 2π 4 π 5π
c. <x< e <x<
244. Fuvest-SP 6 3 3 3
1 2 π 5π 7π 11π
Resolva a inequação ≤ sen θ · cos θ < , d. < x < e <x<
4 2 6 6 6 6
sendo 0 ≤ θ ≤ π, θ em radianos. π
e. < x < 2 π 4 π 11 π
e <x<
6 3 3 6
245. Mackenzie-SP
Para que a equação x2 + 4x – 8 sen θ = 0 tenha, 250. UFF-RJ
em x, duas raízes reais e distintas, θ poderia
assumir todos os valores do intervalo: Determine o(s) valor(es) de x � que satisfaz(em)
à desigualdade cos2 x ≥ 2 (sen x + 1).

131
Matemática Trigonometria

251. PUC-SP 256. Mackenzie-SP


Determine o conjunto solução da inequação Determine o domínio f(x) = sen (3x) para
0 ≤ x ≤ π.
1  π .
cos 2x < no intervalo
2 0; 2  257. Unifesp
 π 
252. Ufla-MG A função D(t) = 12 + (1,6) · cos  (t + 10)
 180 
Os valores de x com 0 ≤ x ≤ 2π que satisfazem fornece uma aproximação da duração do dia
 1 (diferença em horas entre o horário do pôr do
à desigualdade  sen x −  (sen x – 2) ≤ 0 são: Sol e o horário do nascer do Sol) numa cidade
 2
do Sul do país, no dia t de 2010. A variável intei-
π π 6π ra t, que representa o dia, varia de 1 a 365, sen-
a. 0 ≤ x ≤ d. ≤x≤
2 4 4 do t = 1 correspondente ao dia 1o de janeiro e t
π 3π = 365 correspondente ao dia 31 de dezembro.
b. ≤x≤π e. π ≤ x ≤ O argumento da função cosseno é medido em
2 2
radianos. Com base nessa função, determine:
π 5π
c. ≤ x ≤ a. a duração do dia 19.02.2010, expressando
6 6 o resultado em horas e minutos;
253. Unicamp-SP b. em quantos dias no ano de 2010 a
Considere dois triângulos retângulos, T1 e T2, duração do dia naquela cidade foi
cada um deles com sua hipotenusa medindo 1 menor ou igual a doze horas.
cm. Seja α a medida de um dos ângulos agu- 258. UFSCar-SP
dos de T1 e 2 α a medida de um dos ângulos
As coordenadas dos vértices do triângulo ABC
agudos de T2.
num plano cartesiano são A(– 4, 0), B(5, 0) e
a. Calcule a área de T2 para α = 22,5°. C(sen θ, cos θ). Sendo θ um arco do primeiro
b. Para que valores de α a área de T1 é menor quadrante da circunferência trigonométrica, e
que a área de T2? 9
sendo a área do triângulo ABC maior que , o
254. Fuvest-SP 4
domínio de validade de θ é o conjunto:
π
No intervalo 0 ≤ x ≤ determine o conjunto
2 a.  π , π  d.  0, π 
solução:  3 2   4 
a. da equação sen 2x – cos x = 0; π π e.  0, π 
b.  , 
b. da inequação sen 2x – cos x > 0.  6 3   3 
255. Unesp (Modificado) c.  0, π 
PV2D-13-14

1  6 
O conjunto solução de cosx < para 0 < x < 2π
2
é definido por: 259. ITA-SP
π 2π 4 π 5π Determine os valores de θ ∈ [0, 2π] tais que
a. <x< e <x< logtg(θ) esen(θ) ≥ 0.
3 3 3 3
b. π < x < 5π ou 7π < x < 11π 260. ITA-SP
6 6 6 6  −π π 
Determine todos os valores α ∈  , tais
π
c. < x < 2 π
ou
4 π
<x<
5π  2 2 
3 3 3 3 que a equação (em x) x 4 − 2 4 3x2 + tgα = 0
π 5π 7π 11π
d. < x < e <x<
6 6 6 6 admita apenas raízes reais simples.
π 2π 4π 11π
e. < x < ou <x<
6 3 3 6

132
Trigonometria Matemática

CAPÍTULO 07
261. FGV-SP a. 2 e –1 d. 2 e 1
O gráfico abaixo representa a função: b. 1 e –1 e. 1 e –2
y c. 3 e 1
265. Unifor-CE
Os gráficos das funções f e g, de R em R, defini-
1 2
das por f (x ) = x e g(x) = sen x:
π
0 π π 3π 2π x a. não têm pontos comuns.
2 2 b. interceptam-se em um único ponto.
c. interceptam-se no máximo em dois
a. y = |tg x| d. y = sen 2x pontos.
b. y = |sen x| e. y = 2 sen x d. têm infinitos pontos comuns.
c. y = |sen x|+|cos x| e. têm somente três pontos comuns.
262. 266. UEG-GO modificado
Esboce o gráfico da função: y = –1 + tg x Dada a função real f(x) = |cos x|, faça o que
se pede:
263. Vunesp-SP
Observe o gráfico: a. Determine a imagem do conjunto
y

A = 0, , π ,
2

2 }
, 2π pela função f.

2 b. Esboce o gráfico de f para 0 ≤ x ≤ 2p.


π
6 267. UEPB
0 π π 2π x
3 2
As funções seno e cosseno são representadas,
3
–2 respectivamente, por duas curvas chamadas
de senoide e cossenoide. De acordo com o
gráfico a seguir, os valores de x que satisfazem
a desigualdade sen x > cos x são:
Sabendo-se que ele representa uma função
trigonométrica, a função y(x) é: y
a. –2 cos (3x) d. 3 sen (2x)
PV2D-13-14

b. –2 sen (3x) e. 3 cos (2x) 1


c. 2 cos (3x) 5π
264. Acafe-SC 4
0 π π π 3π 2π x
O gráfico a seguir representa a função 2
4 2
f(x) = a + b cos x, 0 ≤ x ≤ 2π. Os valores de a e b,
respectivamente, são: –1
y

3 a. d. x > p

b. e.
1

0 π 2π x c. x < p

133
Matemática Trigonometria

268. Unifor-CE 272. Mackenzie-SP


Para x, a função definida por f(x) = sen x tem: y
π
a. um valor máximo para x = 0. 2
1
b. um valor mínimo para x = π. π 3π 4π
π 3π 2π
c. somente valores positivos se 4 4
–1
d. valores negativos se
e. três raízes. A figura mostra os esboços dos gráficos das
 x
269. Fuvest-SP funções f(x) = sen   e g(x) = cos(mx). Então:
 k
A figura a seguir mostra parte do gráfico da a. m = 2k d. m = k
função: 1
b. |m| = k e. |m| = – k
1 2
c. |m| = k
3
2
273. UFPB
2π 4π Considere a função f : [0,2π] ⇒ , defina por
1
y = f(x) = [sen x + cos x – sen (–x) – cos (–x)].
2
O gráfico que melhor representa essa função é:
–2
a.
y
a. sen x 1
π
b. 1 2
2 3π
c. 2 sen x 2 x
0 π 2π
d. 2 sen 2x –1
e. sen 2x 2
–1
270. PUC-RS
O conjunto imagem da função f definida por b.
f(x) = sen (x) + h é [–2, 0]. O valor de h é: y
a. p d. 0
b. –2 e. 1 1
c. –1
PV2D-13-14

x
271. Mackenzie-SP 0 π π 3π 2π
2 2
Se k e p são números naturais não nu- –1
los tais que o conjunto imagem da função
f(x) = 2k + p · cos (p · x + k) é [– 2,8], então o
período de f(x) é: c.
a. 2π d. π
y

3 7 1
π
b. e. 2π x
5 7 0 2π
c. π
2
–1
5

134
Trigonometria Matemática

d. c.
y y
4
1
1 2
2 x
–4 –2 0
–1 0 π 3π 2π
2 4 x
2 π 2
2 –2
–1
–4

e. d.
y y
4
1
3π 2
2 x
0 π π 2π –4 –2 0 2 x
4
2
–1 –2

–4

e.
274. PUC-RS y
A representação gráfica da função f dada por 4
π
f(x) = 2 sen (x + ) –2 é:
2 2
a. 2
y –4 –2 0 4 x
4 –2

2 –4

–4 –2 275. Unifesp
0 2 4 x Seja a função f:  → , dada por f(x) = sen x.
–2 Considere as afirmações seguintes.
PV2D-13-14

–4 01. A função f(x) é uma função par, isto é,


f(x) = f(–x), para todo x real.
02. A função f(x) é periódica de período 2π,
b. isto é, f(x + 2π) = f(x), para todo x real.
y 03. A função f(x) é sobrejetora.
4  π 3  π
04. f ( 0 ) = 0, f   = e f  = 1
 3 2  2
2
São verdadeiras as afirmações:
–4 –2 a. 1 e 3, apenas.
0 2 4 x b. 3 e 4, apenas.
–2 c. 2 e 4, apenas
d. 1, 2, e 3, apenas.
–4 e. 1, 2, 3 e 4.

135
Matemática Trigonometria

276. Ibmec-SP a.
Uma função f(x) é chamada de: y

• função par, se f(−x) = f(x), para todo x per-


tencente ao domínio de f(x). 2

• função ímpar, se f(−x) = −f(x), para todo x 0 x


pertencente ao domínio de f(x). – 2 π 3π 5π 7π 9π
4 4 4 4 4
É correto afirmar que:
a. f(x) = sen(x) é uma função par.
b. f(x) = cos(x) é uma função ímpar. b.
c. o produto de duas funções ímpares resul- y
ta numa função ímpar.
2
d. o produto de uma função ímpar por
uma função par resulta numa função 0 x
par. – 2 π π 3π 2π 5π
e. o produto de duas funções pares resul- 2 2 2
ta numa função par.
277. FGV-SP c.
O período da função dada por y

 π
y = 3 · sen  2πx +  é: 2
 2
a. 1 0 x
2 – 2 π π 3π 2π 5π
π 2 2 2
b.
2
c. 2π d.
y
d. 1
π 2
e.
4 0 x
PV2D-13-14

– 2 π
278. Fatec-SP π 3π 2π 5π
2 2 2
O gráfico que melhor representa a função f, de
 em , definida por f(x)=cos x – sen x está na
alternativa: e.
Dados: y
 a+ b  a − b
cos a – cos b = – 2 · sen  · sen 
 2   2  2

 a − b  a+ b 0 x
sen a – sen b = 2 · sen   · cos 
 2   2  – 2 π 3π 5π 7π 9π
4 4 4 4 4

136
Trigonometria Matemática

279. PUC-SP 2h
Então, cos é igual a:
O gráfico seguinte corresponde a uma das 3
funções de  em  a seguir definidas. A qual 3
delas? a. –
2
t(x)
2
b. −
2 2
1
c. –
1 2
1
d.
–π x 2

4 4
3
e.
2
a. f(x) = sen 2x + 1
282. Mackenzie-SP
b. f(x) = 2 sen x
Em [0, 2p], a melhor representação gráfica da
c. f(x) = cos x + 1 função real definida por
d. f(x) = 2 sen 2x (2 − sen2 x − sen4 x)
f(x) = é:
e. f(x) = 2 cos x + 1 (3 − cos2 x)
280. Fuvest-SP a.
y
Foram feitos os gráficos das funções
f(x) = sen(4x) e , para x no intervalo 2
(0; 2π). O número de pontos comuns aos dois 1
gráficos é:
a. 16 0 π 2π x
b. 8
c. 4 b.
d. 2 y

e. 1
PV2D-13-14

1
281. Vunesp
Sabe-se que h é o menor número positivo para π 2π x
0
o qual o gráfico de y = sen (x – h) é:
y
c.
y
–3π π
–2π 2 2 2π
π
–π –π 3π x 1
2 2

0 π 2π x

137
Matemática Trigonometria

d.  π 1  1
y a.  ,  c.  π, 
 2 3  3
 π 2  2
2 b.  ,  d.  π, 
 2 3  3
1
285. Inatel-MG
0 π 2π x
Dadas as curvas y = 2x2 e , as-
e.
sinale, dentre as afirmações a seguir, a verda-
y
deira.
2 a. Elas não se interceptam.
b. Elas se interceptam numa infinidade de
1 pontos.
c. Elas se interceptam em dois pontos.
0 π 2π x
d. Elas se interceptam em um único pon-
283. to.
O número de turistas de uma cidade pode ser 286. Mackenzie-SP
modelado pela função y
πx
f(x) = 2,1 + 1,6 sen   , onde x representa
 6
o mês do ano (1 para janeiro, 2 para fevereiro,
3 para março, e assim sucessivamente) e f(x)
o número de turistas no mês x (em milhares).
a. Determine quais são os meses em que x
a cidade recebe um total de 1.300 tu-
ristas.
b. Construa o gráfico da função f, para x
real, tal que x ∈ [1, 12], e determine a A partir dos gráficos de
diferença entre o maior e o menor nú- 1
mero de turistas da cidade em um ano. f(x) = sen x e g(x) = + cos x , esboçados no
2
284. AFA-RJ intervalo [0, 2p], considere as afirmações:
Na figura a seguir, tem-se a representação grá- I. A equação f(x) = g(x) apresenta uma
PV2D-13-14

fica da função real f(x) = 2 sen x para x ∈ [a, g]. única solução nesse intervalo.
2  9π   9π 
y II. f  > g
 10   10 
A h E
III. Nesse intervalo, para todo x, tal que
g(x) < 0, temos f(x) > 0.
B D F g
a 0 x Então:
a. I, II e III são verdadeiras.
C G b. I, II e III são falsas.
c. somente I é verdadeira.
d. somente II é verdadeira.
É correto afirmar que o baricentro do triângu-
lo DEF é o ponto: e. somente III é verdadeira.

138
Trigonometria Matemática

287. PUC-SP 288. Vunesp


y Do solo, você observa um amigo numa roda-
-gigante. A altura h, em metros, de seu ami-
go em relação ao solo é dada pela expressão
π
2 h(t) = 11,5 + 10 sen  ( t − 26 ) , em que o tem-
 12 
po t é dado em segundos e a medida angular
–2π –π π 2π x em radianos.
–2 a. Determine a altura em que seu amigo
estava quando a roda começou a girar
(t = 0).
A figura acima é parte do gráfico da função:
b. Determine as alturas mínima e máxi-
x x ma que seu amigo alcança e o tempo
a. f(x) = 2 sen d. f(x) = 2 cos
2 2 gasto em uma volta completa (perío-
b. f(x) = 2 sen 2x e. f(x) = 2 cos 2x do).
c. f(x) = 1 + sen 2x

289. UFMT
Em um determinado ciclo predador–presa, a população P de um predador no instante t (em me-
ses) tem como modelo

e a população p de sua fonte básica de alimento (sua presa) admite o modelo


2π t
p = 15.000 + 5.000 cos
24
O gráfico a seguir representa ambos os modelos no mesmo sistema de eixos cartesianos.

Ciclo predador/presa
Presa Predador

p= 15.000 + 5.000 cos 2πt


24
PV2D-13-14

20.000
População

15.000

10.000

5.000
P= 10.000 + 3.000 sen 2πt
24
3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60
Tempo (em meses)

Em relação ao ciclo predador–presa acima, assinale a afirmativa incorreta.

139
Matemática Trigonometria

a. Os modelos P e p têm o mesmo perío- y


do de 24 meses.
b. A maior população de predadores, nes- 1
P Q
se ciclo, é 13.000.
2– 3
c. Em t = 48 meses, a população de preda- –1 0 1 2 3 4 5 6

7 8 9 x
dores é igual à de presas. –1
d. A média aritmética entre os valores da –2
menor população de presas e a menor –3
de predadores, nesse ciclo, é 8.500. –2 – 3
e. No início do ciclo predador–presa (t = 0),
existem 10.000 predadores e 20.000
presas. Em tais condições, a distância entre P e Q é:
290. UEPA 4π
a. d. 2p
Os praticantes de cooper balançam seus bra- 3
ços ritmicamente, enquanto correm, para 3π 9π
b. e.
frente e para trás, descrevendo uma oscilação 2 4
3
completa em de segundo, conforme figura 5π
4 c.
a seguir. O ângulo θ varia em função do tempo 3
t, em segundos, aproximadamente, de acordo
292. PUC-SP
com a equação:
Na figura abaixo, tem-se o gráfico de uma função
f, de  em , definida por f(x) = k · sen m x, em
que k e m são constantes reais e cujo período
Movimento dos braços para trás e para frente 8π
é .
3 y
Eixo Eixo A
2

–2 B

O valor de f  29π  é:
PV2D-13-14

θ  
θ 3 
a. – 3 d. 2
Tomando por base os dados anteriores, pode-
mos afirmar que o maior valor assumido pelo b. – 2 e. 3
ângulo θ é: c. – 1
a. 15° d. 30°
b. 20° e. 45° 293. UFU-MG
c. 25° O número de soluções da equação
291. FGV-SP x2 – x – cos (x) = 0, x ∈ , é igual a:
O gráfico indica uma senoide, sendo P e Q dois a. 2 c. 0
de seus interceptos com o eixo x. b. 1 d. 3

140
Trigonometria Matemática

294. UEL-PR d.
O gráfico que representa a função y :  → , y
y = 2|cos 2 x| + 1 é:
4
a. 3
y
2
4
1
3
–6 –4 –2 0 2 4 x
2 6
–1
1
–2

–6 –4 –2 0 2 4 x
6
–1 e.
–2 y

4
b. 3

y 2

4 1
–2
3 0 x
–6 –4 2 4 6
2
–1
1 –2

–6 –4 –2 0 2 4 x
6
–1 295. Mackenzie-SP
–2 Na figura, temos os esboços dos gráficos das
funções f e g. Se g(x) = sen (πx) e f é uma fun-
ção polinomial de segundo grau, então f(3) é
c. igual a:
a. 22 d. 28
PV2D-13-14

y
b. 24 e. 30
4 c. 26
3 y
2
f(x)
1

–6 –4 –2 0 2 4 x
6 g(x)
–1
x
–2

141
Matemática Trigonometria

296. Unesp a. Encontre os valores de A e B para que a


função f satisfaça as condições dadas.
Considere os gráficos das funções y = sen (x) e
y = sen (2x) em um mesmo plano cartesiano. b. O número A é chamado valor médio da
Dê o número de intersecções desses gráficos, função. Encontre o menor t positivo no
qual f assume o seu valor médio.
para x no intervalo [0,2π].
298. Unifesp
297. Unifesp
Seja f a função (determinante) dada por
À procura de uma função y = f(t) para represen-
tar um fenômeno físico periódico, cuja variação , com x real.

total de y vai de 9,6 até 14,4, chegou-se a uma a. Num sistema cartesiano ortogonal, cons-
trua o gráfico de y = f(x).
função da forma ,
b. Determine os valores de x para os quais
com o argumento medido em radianos.
.

299. Unifor-CE
Uma pessoa inspira e espira a cada 3 segundos. O volume de ar nos pulmões de uma pessoa varia
entre um número mínimo de 2 litros e um máximo de 4 litros. A função

f (t) = 3 + sen  t
 3 
representa o volume de ar, nos pulmões da pessoa, em função do tempo t. Qual o gráfico que
melhor representa essa função?

a. b.
y y

5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
PV2D-13-14

–5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 t –5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 t
–1 –1
–2 –2
–3 –3

142
Trigonometria Matemática

c. e.
y y

5 5
4 4
3 3
2 2
1 1

–5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 t –5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 t
–1 –1
–2 –2
–3 –3

d. 300. ITA-SP
y O conjunto imagem e o período de
f(x) = 2 sen2 (3x) + sen(6x) – 1 são, respectiva-
mente:
5
a. [–3,3] e 2 π
4
3 b.
2
1 c.

–5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 t d.
–1
–2 e.
–3
PV2D-13-14

143
Matemática R: Trigonometria

GABARITO DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS


Capítulo 01 10. D 26. B 32. A
01. A 11. D 27. E 33. AB = 75
02. A 12. C 28. C 34. B
03. E 13. C 29. B 35. C
04. 14. D 30. E 36. C
55
a. AH = 15. E 31. B 37. C
2
16. AC = 6 cm; AD = 4,8 cm 38.
b. S ABR = 55 17. D x2 3
a. Área =
05. A 18. E 2
06. B 19. 2 + 5 + 0 + 0 = 7 1
b. x =
07. B 20. E 5
39. A
08. 21.
40.
a.
(
 = 6 − 2 3 = 2 3 − 3 cm )
41. C 46. B
42. D 47. C
b.
43. B 48. B
44. E 49. D
45. D 50. D
x 51. 1 o
membro =
cos α =
1 c.
⇒ cos α = x (1 + cot g2 x ) · (1 − cos2 x ) =
22. D
y  cos2 x 
 1 + sen2 x  · (sen x ) =
sen α = 2
1 23. D
⇒ sen α = y 24.
 sen2 x + cos2 x 
a. EF ≈ 1,7 km   ⋅sen x = 1
2

b. O valor da corrida é de sen2 x


R$ 13,60.
PV-13-14

= 1 (2o membro)
25.
a. 52. C
53. A
 α y 54. D
tg   =
 2 1 + x 55. D
 α sen α 56. E
⇒ tg   =
 2  1 + cos α 57. B
58. B
15
09. 4 x = 4 · = 30 59. B
2
(
b. x = 600 · 3 − 3 m ) 60. A

144
Trigonometria R: Matemática

Capítulo 02 89. C 114. D


61. C 90. E 115. B
62. C 91. A 116. B
63. A 92. B 117. D
64. B 93. D 118. E
65. A 94. 119. E
66. E a. h = 2.000 Km 120.
67. O ponteiro das horas (me- b. α = 90° ou α = 270° a. 492 bilhões de dólares
nor) percorre 0,5°/min. 95. E b.
96. A ∴P (x + 12) − P ( x ) =

97.  πx 
= 500 + 0, 5· x + 6 + 20 ·cos  
1  6
a. − 1 ≤ m ≤
3   πx  
68. C b. α = 90o − 500 + 0, 5· x + 20   =6
  6 
69. g = 12°42'15'' e q = 32°17'45'' 98. D
99. 121. D
70. C
a. 122. C
71. A
123. C
72. E A área do triângulo ABC
73. A 1  3 − 1 π 3π 5π 7π

74. E
é igual a :
2  3 
· ( )
3 −1 , 124. θ =
4
ou
4
ou
4
ou
4
125. A
75. B 2 3 −3 126. B
ou seja, .
76. B 3 127. B
77. (tg α − 1) 2
128. C
a. R = 17,5 cm b. S = 129.
2 tg α
b. d = 14 cm a.
100. D
78. E
101. E = – tg2 α  π
79. B S  =4+4 3
102. A  3
80. C
103. A b.
Capítulo 03
PV-13-14

{ }
104. C
81. D −5π − π 7π 11π
105. C V = , , ,
82. D 6 6 6 6
106. E
83. A 107. C 130.

{ }
84. 108. A π π 2π 4 π 3π 5π
a. P(0,75) = 180 mmHg S = 0; ; ; ; π; ; ;
109. A 3 2 3 3 2 3
b. t = 0,75 s
110. C 131. A
85. A
111. C 132. E
86. D
112. E 133. E
87. A
113. D 134. C
88. A

145
Matemática R: Trigonometria

135. D
136.
 π  3 10
b. sen  x +  =
 4 10
{
178. S = π ; π ; 7π ; 4 π
6 3 6 3 }
{ }
7π 11π π 3π 5π 7π 158. B 3π π
S= ; ; ; ; ; 179. θ = + K· K ∈ Z
6 6 4 4 4 4 159. C 8 2
180. A

{ }
π 5π 160.
137. S = ;  π 181. C
6 6 a. 2 · sen  x −  =
 4 182. A
138. E
= senx − cos x c. q. d cos 55°
139. A 183. y = −
140. C cos 15°
b. − 2 ≤ m ≤ 2
184. A
Capítulo 04 161. B
162. C 185.
141. E
142. D 163. C  3 − a2 
cos3 x + sen3 x = a 
143. B 164. C  2 
144. 165. D
3x 186. E
a. SBDE = 166. E
2 187. A
167. D
b. x = 6 · ( )
3 − 1 cm 168.
188. D
189.
145. C a. h (x) = 10 sen x
146. D
147. C


b.
b (x) = 20 cos x
A (x) = 100 · sen x · cos x
2x = 90° ⇒ x = 45°
S = 0,{ π
2
π 5π 7π
, π, , ,
9 9 9 }
148. 190.
( ) =
a. cos ABQ
4
5
169. C
a.
170.
( )
 =2
b. cos ABP
5
a. k
m
2
3
2
3
–2
–3
–2
–3
2 n –2 2 2 –2
S ABC =
( ) = 8 + 3 21
c. cos QBP
25
sen2α
π 2π π 3π
, π, e
b. SABC mínima para a = 45° b. 0, ,
149. B 3 3 4 4
171. D 191. C
PV-13-14

150. A 192. B
172. B
151. 1 193. D
173. D
152. E 194. D
174.
153. C 2+ 2 2−2 195. B
a. me m
154. D 2 2
155. C b. demonstração 196.  π , π  ;  π , 5π  ;
 6 3  6 3 
156. A 175.
 5π π   5π 5π 
a. 3 30 cm  ,  ;  , 
6 3 6 3
157. b. 8 k2 – 8 k + 1
5 3
a. secx = 176. AC = 3 cm 197.
2 2
177. A

146
Trigonometria R: Matemática

198. c. 
2π 224. S =  x ∈  |x = kπ ou
a. x = 4 π Kπ 
3 x = + , K ∈ π 
b. cos x + cos 2x + cos 3x = 0 11 2 225. D x = 2 + 2Kπ , K ∈ 
199. x = 45° + k · 360°, K ∈ d. 226. D
200. E π 2π
x = + K· , K ∈ 227. D
10 5
Capítulo 05 228. C
201. D 208. 229. n = 8
202. E  π Kπ  230. D
D = x ∈  / x ≠ + , K ∈ 
203. B  4 2  231. D
Im = 
204. cos(– 535o) = cos (175o) = 232. C
= cos (185o) 209. C 233.
Observando o ciclo trigono- 210. D a. 0,35 oC e – 0,70 oC
métrico, percebemos que cos
211. D b. 0h, 8h, 16h, 24h
190o > cos 185o
205. E
206. C
212. S = { }
3 7
,
4 4
234.
a. Verificação
213. C π π
207. b. ± + K· ,K ∈ 
5π 6 2
a. 214. x = + kπ, k ∈  235.
12
2π 215. B a. λ = 3
x = + 2Kπ, K ∈ 
3 216. A b. maio e novembro
b. 217. B 236. B
5π 218. D 237. Outubro produzindo 260
x = + Kπ , K ∈  ou
6 219. E toneladas.
π 220. E
x = − + Kπ , K ∈  238. S = {x ∈/x = Kp, K ∈ }
6 221. B
239. S = {x ∈/x = K· 2p, K ∈ }
222. C
223. C 240. D

Capítulo 06
PV-13-14

241. D
242.
 π 
a. S =  x ∈ | ≤ x ≤ 2π 
 2 
5π 7π 
b. S = x ∈ | <x< 
 8 8 

π π 7π 3π
c. S = x ∈ |0 ≤ x ≤ ou < x ≤ ou

< x ≤ 2π 
 6 2 6 2 
243. A

π 7π π 7π
244. < 2θ < ⇒ <θ<
6 6 12 12

147
Matemática R: Trigonometria

245. D  π 
260. α ∈  0, 
246. A  3 
 3π 11π 
247. S =  x ∈ | ≤ x ≤
6  CAPÍTULO 07

 2
248. 261. B
a. sen(3α) = 3senα – 262.
4sen3 α y = – 1 + tg x
b.
y
 π
α ∈ |0 < α < 6
S=
ou 5π < α < π
 6
- π/2 0 π/2 π 3π/2 2π x
249. A
-1

250. x = + 2Kπ, K ∈ 
2
π π
251. S = x ∈ | < x < 
 6 3 263. B
252. C 264. A
253. 265. E
1 1
a. A T = · sen 90° = 266.
2
4 4 a. Im = {0, 1}
1
b. cos 2 > e 0 < 2 < 180°
2 b.
254.

{ }
a. π , π
2 6

b.  π , π 
 6 2 
255. C
256.
PV-13-14

 π
x ∈  / 0 ≤ x ≤ 3  267. B
D( f ) =  
ou 2 π 268. E
≤x≤π 
 3  269. B
257. 270. C
a. D (50) = 12 horas e 48 271. C
minutos
272. B
b. 181 dias
273. E
258. E
274. C
 π π   5π 
259. ∴θ ∈ ,  U π ,  275. C
4 2  4 

148
Trigonometria R: Matemática

276. E y
277. D
8
278. D
279. A 6

280. B 4
sen 2x
281. C 2
P 3π
1 Q S
282. B 2
O π π R 2π x
283. 2
–2 sen x
a. x = 7 + K · 12 ou x = 11
+ K · 12
2 Há 5 pontos de intersecção (O, P, Q, R, S)
b. P = ∴ p = 12π
1 297.
6 a. \ A = 12 e |B| = 2,4 ou |B| = – 2,4
284. D b. Temos que o menor t positivo é = 15.
285. C 298.
a. f(x) = cos2 x – sen2 x
286. D
f(x) = cos(2x)
287. A
288. 1
f(x)
a. ⇒ h (0) = 6,5 m
b. hmín. = 1,5 m
hmáx. = 21,5 m π π 0 π π 3π π
− −
p = 24 segundos 2 4 4 2 4
289. C
290. B –1

291. C
b.
292. B
293. A
294. D ∴ cos(2x) = ± 1
295. B
PV-13-14

296. A
De acordo com o esboço dos
gráficos das funções citadas:
π
2 x = k · π, com K ∈  ⇒ x = k · , com k e 
2
299. A
300. C

149
Matemática R: Trigonometria

ANOTAÇÕES

PV-13-14

150
Trigonometria R: Matemática

ANOTAÇÕES
PV-13-14

151
Matemática R: Trigonometria

ANOTAÇÕES

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Trigonometria R: Matemática

ANOTAÇÕES
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Matemática R: Trigonometria

ANOTAÇÕES

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Trigonometria R: Matemática

ANOTAÇÕES
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Matemática R: Trigonometria

ANOTAÇÕES

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Trigonometria R: Matemática

ANOTAÇÕES
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Trigonometria R: Matemática

ANOTAÇÕES
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Matemática R: Trigonometria

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