TCC Murilo Henrique Pfleger

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO DE JOINVILLE


CURSO DE ENGENHARIA AUTOMOTIVA

MURILO HENRIQUE PFLEGER

ANÁLISE DOS NÍVEIS DE VIBRAÇÕES DE UM TRATOR CORTADOR DE GRAMA

Joinville
2020
MURILO HENRIQUE PFLEGER

ANÁLISE DOS NÍVEIS DE VIBRAÇÕES DE UM TRATOR CORTADOR DE GRAMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como requisito parcial para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia
Automotiva, no curso Engenharia
Automotiva da Universidade Federal de Santa
Catarina, Centro Tecnológico de Joinville.

Orientador: Prof. Dr. Thiago Antonio Fiorentin

Joinville
2020
MURILO HENRIQUE PFLEGER

ANÁLISE DOS NÍVEIS DE VIBRAÇÃO DE UM TRATOR CORTADOR DE GRAMA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado para obtenção do título
de Bacharel em Engenharia Automotiva na
Universidade Federal de Santa Catarina,
Centro Tecnológico de Joinville.

Joinville (SC), 31 de agosto de 2020.

Dr. Modesto Hurtado Ferrer


Coordenador do Curso

________________________
Murilo Henrique Pfleger
Estudante

Banca Examinadora:

________________________
Dr. Thiago Antonio Fiorentin
Orientador

________________________
Dr. Marcos Alves Rabelo
1º Membro

________________________
Dr. Andrea Piga Carboni
2º Membro
RESUMO

Com o crescente aumento no uso de tratores cortadores de grama, se faz necessário


o controle dos níveis de vibração aos quais os operadores são expostos durante sua
jornada de trabalho. Neste trabalho, apresenta-se uma análise sobre os níveis de
vibração gerados pelo trator e para isso foram realizados testes a fim de caracterizar
a transmissibilidade e a geração de vibração do trator nos pontos de contato com
o operador. Estes pontos foram estabelecidos de acordo com as normas de higiene
ocupacional brasileiras referentes a vibração de corpo inteiro e vibração em mãos e
braços. Os testes foram realizados com e sem o uso de um isolador elastomérico para
isolamento da vibração, foram escolhidos cinco pontos de interesse no trator, sendo
estes, o banco, volante, assoalho, chassi e motor. A partir dos dados obtidos foram
calculados os indicadores de vibração ocupacional, de modo que se fez possível a
comparação das vibrações transmitidas para o operador com o estipulado pelas normas.
Com os resultados obtidos foi constatado que para as condições mais extremas de
operação, os valores de vibração não ficaram dentro do que a norma exige, de modo
que precauções para o melhor controle e isolamento das vibrações devem ser tomadas.
Ficou clara a diferença que o uso de um isolador de vibrações pode provocar na
transmissibilidade de vibração ao operador, onde as reduções vistas chegaram na casa
de 50% para o banco.

Palavras-chave: Vibração. Transmissibilidade. Isolador elastomérico. Trator cortador


de grama
ABSTRACT

With the growing increase in the use of lawn mowers, it is necessary to control the
vibration levels to which operators are exposed during their workday. In this study, will
be presented an analysis of the vibration levels generated by the tractor and tests were
carried out in order to characterize the transmissibility and the vibration generation of
the tractor at the contact points with the operator. Those points were established in
accordance with the Brazilian occupational hygiene standards regarding the vibration
of the whole body and vibration in the hands and arms. The tests were carried out
with and without the use of a elastomeric isolator, to isolate the vibration, five points
of interest were chosen on the tractor, being them, the seat, the steering wheel, the
floor, the chassis and the engine. From the obtained data, the occupational vibration
indicators were calculated, so that it was possible to compare the vibrations transmitted
to the operator with what is stipulated by the standards. With the results obtained it was
found that for the most extreme operating conditions, the vibration values were not fall
within what the standard requires, then precautions for the best control and isolation
of vibrations must be taken. It was clear that, the difference in the use of a vibration
isolator can cause in the transmission of vibration to the operator, this values reached
50% of reduction for the seat.

Keywords: Vibration. Transmissibility. Elastomeric isolator. Lawn mowers.


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por acompanhar-me nos momentos mais difíceis.

Agradeço aos meus pais, irmãs e família pelo amor, paciência e ajuda em todos os
momentos que mais precisei.

Agradeço a minha namorada, pelo apoio, força e paciência quando mais precisei.

Agradeço ao professor Thiago Antonio Fiorentin, pela orientação e paciência nessa


jornada, bem como todos professor que tive a alegria de encontrar no caminho da
minha graduação.

Agradeço a todos amigos que compartilharam comigo os melhores momentos e


estavam presentes nos mais difíceis, formando tão importante rede de apoio.

Agradeço a Universidade Federal de Santa Catarina, pelo ensino, pelos momentos e


pelo crescimento que tive dentro dela e que nunca irei me esquecer.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 –Ilustração da superposição de 5 ondas simples em 1 onda complexa. 14


Figura 2 –Exemplo de ondas determinística e aleatória respectivamente. . . . 15
Figura 3 –Componentes de estudo da vibração no corpo humano. . . . . . . . 16
Figura 4 –Ilustração dos eixos de referência e do posicionamento do
acelerômetro no assento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Figura 5 – Ilustração dos eixos de referência para medição em mãos e braços. 18
Figura 6 – Esquema básico de medição de vibrações. . . . . . . . . . . . . . . 21
Figura 7 – Acelerômetros piezelétricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Figura 8 – Isolador de vibrações de elastômero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 9 – Isoladores de vibrações mecânico (cima) e pneumático (baixo). . . . 24
Figura 10 – Trator utilizado nos testes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Figura 11 – Acelerômetro Bruel & Kjaer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Figura 12 – Analisador de sinais - LMS Pimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 13 – Interface para conexões do analisador LMS Pimento. . . . . . . . . 31
Figura 14 – Posicionamento do acelerômetro no volante. . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 15 – Posicionamento do acelerômetro no motor com coxim. . . . . . . . . 32
Figura 16 – Posicionamento do acelerômetro no chassi. . . . . . . . . . . . . . . 33
Figura 17 – Posicionamento do acelerômetro no assoalho. . . . . . . . . . . . . 33
Figura 18 – Posicionamento do acelerômetro no banco. . . . . . . . . . . . . . . 34
Figura 19 – Aceleração média resultante no banco. . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Figura 20 – Aceleração média resultante no motor. . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Figura 21 – Aceleração média resultante no chassi. . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 22 – Aceleração média resultante no assoalho. . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 23 – Aceleração média resultante no volante. . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Figura 24 – Comparação entre uso ou não do coxim para cada condição para o
motor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Figura 25 – Variação percentual de acordo com o uso do coxim para o motor. . . 40
Figura 26 – Comparação entre uso ou não do coxim para cada condição para o
banco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Figura 27 – Variação percentual de acordo com o uso do coxim para o banco. . 41
Figura 28 – Comparação entre uso ou não do coxim para cada condição para o
chassi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Figura 29 – Variação percentual de acordo com o uso do coxim para o chassi. . 42
Figura 30 – Transmissibilidade na ligação motor/chassi. . . . . . . . . . . . . . . 43
Figura 31 – Comparação entre uso ou não do coxim para cada condição para o
volante. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Figura 32 – Variação percentual de acordo com o uso do coxim para o volante. . 44
Figura 33 – Comparação entre uso ou não do coxim para cada condição para o
assoalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Figura 34 – Variação percentual de acordo com o uso do coxim para o assoalho. 45
Figura 35 – Fator de transmissibilidade do assento (S.E.A.T). . . . . . . . . . . . 47
Figura 36 – Aceleração resultante de exposição normalizada para a jornada curta. 49
Figura 37 – Aceleração resultante de exposição normalizada para a jornada longa. 51
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 –Fatores de multiplicação para cada eixo. . . . . . . . . . . . . . . . . 19


Tabela 2 –Ficha técnica do trator cortador de grama toyama. . . . . . . . . . . 28
Tabela 3 –Ficha técnica do motor monocilíndrico Briggs & Stratton. . . . . . . 28
Tabela 4 –Especificações do acelerômetro triaxial Bruel & Kjaer. . . . . . . . . 29
Tabela 5 –Especificações do analisador LMS Pimento . . . . . . . . . . . . . 30
Tabela 6 –Condições utilizadas nas medições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Tabela 7 –Quadro de critérios de julgamento e tomada de decisões para
vibrações de corpo inteiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Tabela 8 – Quadro de critérios de julgamento e tomada de decisões para
vibrações de corpo inteiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Tabela 9 – Jornadas adotadas para cálculo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Tabela 10 – Comparação dos dados obtidos com as normas de corpo inteiro. . . 50
Tabela 11 – Comparação dos dados obtidos com as normas de mãos e braços. 50
Tabela 12 – Comparação dos dados obtidos com as normas de corpo inteiro. . . 50
Tabela 13 – Comparação dos dados obtidos com as normas de mãos e braço. . 51
LISTA DE SÍMBOLOS

aj Aceleração instantânea na direção ’j’

amj Aceleração média na direção ’j’

amr Aceleração média resultante

are Acelereção resultante de exposição

aren Aceleração resultante de exposição normalizada

arep Aceleração resultante de exposição parcial

fj Fator de multiplicação para o eixo ’j’

m Numero de componentes de exposição diária

ni Numero de repetições da componente i ao longo da jornada de trabalho

s numero de amostras da componente de exposição

SEAT Transmissibilidade efetiva do assoalho para o assento

T Tempo da jornada de trabalho

T0 Tempo padrão da jornada de trabalho equivalente a 8 horas

t1 , t2 Instantes iniciais e finais de tempo de medição

Ti Tempo de duração da componente de exposição i


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

2 REVISÃO TEÓRICA . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1 Vibrações Mecânicas . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.1 Graus de Liberdade de Vibração . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.2 Tipos de Vibração . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.2.1 Vibração Livre e Forçada . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.2.2 Vibração Amortecida e Não Amortecida . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1.2.3 Vibração Linear e não Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1.2.4 Vibração Determinística e Aleatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2 Vibrações no Corpo Humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2.1 Vibração em Mãos e Braços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.2 Vibrações de Corpo Inteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3 Medições de Vibração Ocupacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3.1 Vibração de Corpo Inteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3.1.1 Medições em Assentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3.1.2 Medições no Assoalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.3.2 Vibração em Mãos e Braços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4 Avaliação das Vibrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4.1 Componentes de exposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4.2 Aceleração média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4.3 Aceleração média resultante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4.4 Fator de assento (SEAT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4.5 Aceleração Resultante de Exposição Normalizada (aren) . . . . . . . 20
2.5 Sistemas de Medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.5.1 Acelerômetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5.1.1 Acelerômetros piezelétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.5.2 Analisadores de sinais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.6 Isoladores de Vibração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.6.1 Principais tipos de isoladores de vibração . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.6.1.1 Isoladores de elastômeros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.6.1.2 Outros tipos de isoladores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.7 Vibrações em tratores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1 Materiais e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1.1 Trator Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1.2 Acelerômetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.1.3 Analisador de sinais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2 Posicionamentos do Acelerômetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3 Condições adotadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.4 Procedimentos de medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.1 Vibrações no Banco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2 Vibrações no motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.3 Vibrações no Chassi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.4 Vibrações no Assoalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.5 Vibrações no Volante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.6 Efeitos do coxim nos valores de aceleração . . . . . . . . . . . . . 39
4.6.1 Motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.6.2 Banco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.6.3 Chassi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.6.4 Volante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.6.5 Assoalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.6.6 Transmissibilidade no assento (S.E.A.T) . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.7 Comparação dos valores obtidos com as normas vigentes . . . 47
4.7.1 Jornada curta (aren) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.7.2 Jornada longa (aren) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

5 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
11

1 INTRODUÇÃO

A utilização de tratores cortadores de grama cresce muito devido á facilidade


proporcionada pelo seu uso, principalmente quando se tratam das manutenções de
grandes áreas, a realização desse trabalho de maneira manual pode agregar trabalho,
tempo e custo ao processo. Com relação ao uso desse equipamento, há um fator que
deve ser considerado, este é a exposição ocupacional da vibração imposta ao operador.
Vibração é qualquer movimento que se repita após um intervalo de tempo (RAO,
2009). Para realizar um estudo sobre a exposição ocupacional a vibrações, devemos
levar em consideração duas condições principais: a exposição de corpo inteiro e a
exposição em mãos e braços. Segundo Griffin (1990), a vibração no corpo inteiro é
caracterizada quando o corpo é suportado por uma superfície que está vibrando, seja
sentado, de pé ou deitado. Já vibrações em mãos e braços ou vibrações transmitidas
pela mão são caracterizadas por terem como ponto de origem as mão, porém podem
ter efeitos no corpo inteiro.
Com relação as fontes de vibração atuando no trator, serão considerados os
efeitos gerados pela rotação da lâmina de corte e pelo motor à combustão interna. Com
relação a lâmina, um dos principais fatores a serem considerados são as vibrações
torcionais no eixo e de flexão nas lâminas Segundo Turhan e Bulut (2006), quando
trata-se de turbinas geralmente as falhas ligadas a vibrações se dão nas lâminas do
rotor.
Tratando das vibrações geradas no motor, Boysal e Rahnejat (1997) explicam:

Vibrações torcionais em motores alternativos surgem devido as forças


de combustão que são periodicamente aplicadas no cilindro e as forças
inerciais de rotação [...] Outras contribuições são resultado da rotação
excêntrica do mancal, rotação descentralizada do volante [...] (BOYSAL;
RAHNEJAT, 1997, pg. 481, tradução nossa).

Visando uma melhor ergonomia para o usuário surge a preocupação com


estudar os efeitos que a exposição as vibrações podem causar no corpo humano. Para
Iida e Guimarões (2016) algumas vibrações além de interferir na realização de certas
tarefas, podem ainda causar lesões e doenças.
A exposição ocupacional à vibração em mãos e braços é associada a uma
variedade de efeitos adversos na saúde do indivíduo, sendo coletivamente conhecidos
como síndrome da vibração em mãos e braços. Já a exposição a vibração de corpo
inteiro para pessoas sentadas é associada ao aumento do risco de lesões degenerativas
12

da coluna lombar, distúrbios no sistema nervoso central, e possíveis danos nos sistemas
digestivo e genital/urinário (NEITZEL; YOST, 2002).
A fim de controlar os níveis de vibração as quais os operadores de maquinários
e ferramentas são expostos, foram criadas normas reguladoras que visam estabelecer
limites aceitáveis para as intensidades, frequências e tempo de exposição, com esse
intuito. No Brasil foi estabelecido um conjunto de normas denominado Normas de
Higiene Ocupacional (NHO), que tratam da exposição dos trabalhadores aos agentes
ambientais, sendo que as exposição a vibrações ocupacionais de corpo inteiro e
em mão e braços são abordadas respectivamente nas NHO 09 e NHO 10 (CUNHA;
GIAMPAOLI, 2013a; CUNHA; GIAMPAOLI, 2013b).
Neste trabalho, serão, a partir da utilização de um acelerômetro e um analisador
de dados, realizadas medidas experimentais no laboratório de sistemas veiculares
do Centro Tecnológico de Joinville (CTJ) da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), com o intuito de medir os níveis de vibração ocupacionais transmitidos ao
operador de um trator cortador de grama e propor soluções para atenuá-las. Para a
realização das medidas dos níveis de vibração, o procedimento técnico realizado terá
como base a norma "ISO 8041:2005 - Human response to vibration — Measuring
instrumentation"(ISO:8041, 2005).

1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho é avaliar os níveis de vibração gerados por um


trator cortador de grama, investigar suas fontes e consequências e sugerir melhorias,
visando entender e diminuir os problemas gerados pela exposição ocupacional a
vibração mecânica em condutores de tratores cortadores de grama

1.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são:


a. Identificar as fontes de vibração e seus fatores atenuantes no trator;
b. Medir os níveis de vibração gerados no trator;
c. Calcular os indicadores referentes a vibração ocupacional, de modo a quantificar
os níveis de vibração transmitidos pelo trator;
d. Analisar as normas referentes a exposição a vibrações ocupacionais, a fim de
comparar com os dados obtidos;
13

2 REVISÃO TEÓRICA

2.1 Vibrações Mecânicas

Segundo Rao (2009) pode ser definido como vibração, qualquer movimento
que se repita após um intervalo de tempo. A vibração de um determinado sistema
envolve a transferência alternada de sua energia potencial para energia cinética, e de
energia cinética para potencial.
Para definir-se um sistema vibratório pode-se utilizar três propriedades
principais, a rigidez ou elasticidade (energia cinética), a massa ou inercia (energia
potencial) e o amortecimento. O amortecimento é a propriedade ligada a perda gradual
da energia no sistema.

2.1.1 Graus de Liberdade de Vibração

Os graus de liberdade de sistema vibratório são dados pelo número mínimo de


coordenadas para definir completamente as posições de todas as partes do sistema
em qualquer instante de tempo (RAO, 2009).
Quando o sistema precisa de um número finito de graus de liberdade podemos
dizer que este é um sistema discreto, porém existem sistemas, como por exemplo
vigas, hastes ou placas finas, que tem um número infinito de graus de liberdade, isso
se deve principalmente por estes sistemas serem formados por elementos deformáveis
(elásticos).

2.1.2 Tipos de Vibração

Existem diversos tipos de classificação para vibrações mecânicas. As principais


classificações são relacionadas ao tipo de excitação, ao amortecimento, a linearidade
e a previsibilidade da excitação, estas podem ser vistas a seguir.

2.1.2.1 Vibração Livre e Forçada

Uma vibração é dita livre quando essa passou por uma excitação ou
perturbação inicial e continuou a vibrar após o término da mesma, ou seja, o sistema
vibra sem uma força externa agindo sobre ele.
Quando o sistema vibra sujeito a uma excitação externa, essa condição é
chamada de vibração forçada. Essas excitações podem, às vezes, ser representadas
19

dadas por meio de uma avaliação qualitativa, detalhada e cuidados, do processo e


das condições de trabalho, considerando diversos aspectos, como por exemplo, desde
variações do tipo de equipamento utilizado, variações na aplicação do maquinário ou
até modos de condução e operação inerentes a cada operador.
Ainda segundo Cunha e Giampaoli (2013a), quando a exposição diária
compreender duas ou mais componentes de exposição, a exposição ocupacional
diária se dá pela combinação dos dados obtidos para cada uma das componentes.

2.4.2 Aceleração média

É a raiz média quadrática (r.m.s) dos diversos valores de aceleração


instantânea (aj ), na direção j, onde j representa os eixos de referência como mostrado
nas Figuras 4 e 5, para vibrações de corpo inteiro e vibrações em mão e braços
respectivamente.
 t2 1/2
1
Z
amj = a2j (t)dt (2.1)
t2 − t1 t1

Onde t2 − t1 representa o intervalo de medição.

2.4.3 Aceleração média resultante

Corresponde à raiz quadrada da soma dos quadrados das acelerações médias,


medidas para os três eixos de referência.
q
amr = (fx amx )2 + (fy amy )2 + (fz amz )2 (2.2)

Onde amj é a aceleração média para o eixo j e fj é o fator de multiplicação


para cada eixo j, apresentados na Tabela 1, onde podemos ver os valores a serem
adotados para cada fator.

Tabela 1 – Fatores de multiplicação para cada eixo.

WBV HAV
fx 1,4 1,0
fy 1,4 1,0
fz 1,0 1,0
Fonte: Adaptada de Cunha e Giampaoli (2013a), Cunha e Giampaoli (2013b)

Estes fatores apresentados na tabela 1, são referentes ao impacto que as


vibrações no respectivo eixo resultam no operador do maquinário, de modo que, nas
vibrações de corpo inteiro, as vibrações na direção dos eixos "x"e "y"são consideradas
mais prejudiciais de acordo com a norma Cunha e Giampaoli (2013a).
20

2.4.4 Fator de assento (SEAT)

SEAT (Seat Effective Amplitude Transmissibility) é o valor que representa a


transmissibilidade efetiva que passa do assoalho ao assento. Pode ser calculado pela
equação 2.3 (ADAM; JALIL, 2017).
amrseat
SEATrms % = × 100% (2.3)
amrf loor

Valores menores que 100% representam um isolamento exercido pelo assento


na vibração transmitida até o condutor.

2.4.5 Aceleração Resultante de Exposição Normalizada (aren)

A aceleração resultante de exposição normalizada (aren) representa a


exposição ocupacional diária a qual um determinado usuário está submetido durante a
sua jornada de trabalho com relação a jornada padrão de 8 horas. O cálculo dessa se
dá por meio da equação 2.4.
r
T
aren = are (2.4)
T0
Onde, T é o tempo da jornada de trabalho em horas, T0 equivale a 8 horas e are
representa a aceleração resultante de exposição dada pela equação 2.5.
v
u m
u1 X
are = t ni arep2i Ti (2.5)
T i=1

Onde, T é o tempo da jornada diária de trabalho, m é o número de componentes


de exposição que compõe a exposição diária, ni é número de repetições da componente
"i"ao longo da jornada de trabalho, Ti é o tempo de duração da componente de
exposição "i"e arep é a aceleração resultante de exposição parcial referente a
componente de exposição "i"e pode ser calculada pela equação 2.6.
s
1X
arepi = amrik (2.6)
s k=1

Onde, s é o número de amostras da componente de exposição "i"e amrik é a


aceleração média resultante referente a amostra "k"da componente de exposição "i".

2.5 Sistemas de Medição

Segundo Rao (2009), os aspectos básicos de uma medição de vibrações


consistem no processo onde o movimento do corpo vibratório é convertido em um sinal
elétrico por um transdutor ou sensor de vibração. Na Figura 6 pode-se observar um
21

Figura 6 – Esquema básico de medição de vibrações.

Fonte: Rao (2009)

esquema básico que representa esse processo.

Ainda de acordo com Rao (2009), devido ao sinal de saída dos transdutores
ser muito pequeno, se faz necessário o uso de um instrumento de conversão de sinal
para amplificar o sinal até o valor requerido, então a saída desse conversor de sinal,
pode ser apresentada gráfica e visualmente, e armazenada para processamento e
análise.
Sobre as considerações que costumam determinar o tipo de instrumento de
medição de vibração a ser usado, Rao (2009) explica:

(1) faixas esperadas de frequência e amplitudes, (2) tamanho


das máquinas/estruturas envolvidas, (3) condições de operação da
máquina/equipamento/estrutura e (4) tipo de processamento de dados
usado [...] (RAO, 2009, pg. 345).

A partir de uma análise sobre o fenômeno de interesse do estudo é possível


assim determinar os tipos de instrumentos que devem ser utilizados.

2.5.1 Acelerômetros

A definição dada por Rao (2009) para acelerômetros é que "Um acelerômetro
é um instrumento que mede a aceleração de um corpo vibratório. Acelerômetros são
amplamente usados para medir vibração e para registrar terremotos"(RAO, 2009).
O princípio de funcionamento de um acelerômetro pode variar de acordo com
o tipo de transdutor usado na sua fabricação. Rao (2009) separa os transdutores
utilizados para medições de vibrações em quatro tipos principais, dependendo do seu
princípio de funcionamento, são esses:
• Transdutores de resistência variável: Ao ser sujeito a um movimento mecânico, é
produzida uma mudança na resistência elétrica no sensor.
• Transdutores eletrodinâmicos: Um condutor em forma de um solenoide é
movimentado em um campo magnético, gerando um sinal de tensão.
• Transdutor transformador diferencial linear variável: Um núcleo magnético é
posicionado entre três bobinas, de modo que fique livre para se movimentar
23

2.6 Isoladores de Vibração

Segundo Rao (2009), isolamento de vibração é o procedimento onde os efeitos


indesejáveis provindos da vibração são reduzidos. "Basicamente, envolve a inserção
de um membro resiliente (ou isolador) entre a massa vibratória (ou equipamento, ou
carga útil) e a fonte de vibração [...]"(RAO, 2009).

2.6.1 Principais tipos de isoladores de vibração

Existem diversos tipos de isoladores de vibração no mercado, variando de


acordo com o tipo de aplicação, massa suportada, frequências de ressonância e modo
de funcionamento.

2.6.1.1 Isoladores de elastômeros

São isoladores feitos a partir de borrachas, que utilizam das propriedades


desses materiais para dissipar a energia cinética provinda da vibração e são menos
complexos que outros tipos de isoladores. De acordo com Graham (2000):

"Isoladores feitos de elastômeros são utilizados em aplicações onde


são requeridas pequenas deflexões estáticas. Se utilizados com cargas
estáticas maiores, os elastômeros são sujeitos a fluência, reduzindo sua
efetividade com o passar do tempo."(GRAHAM, 2000, pg. 414, tradução
nossa).

Na Figura 8, pode-se observar um exemplo de isolador de vibração a base de


elastômeros.

Figura 8 – Isolador de vibrações de elastômero.

Fonte: Newport (2020b)

Os isoladores de vibrações como da Figura 8, são normalmente fornecidos


junto com as suas medidas geométricas, capacidade de carga, dureza e a aplicação
sugerida. A partir das informações do catálogo é preciso fazer a seleção do isolador,
com base nas necessidades da aplicação desejada.
24

O controle realizado por este tipo de isoladores é passivo. Segundo Lallart


(2010), os sistemas de controle passivo consistem no sistema onde não há injeção de
energia.

2.6.1.2 Outros tipos de isoladores

Além dos isoladores de elastômeros, existem modelos mais complexos


de isoladores, estes podem utilizar sistemas mecânicos, pneumáticos, hidráulicos,
elétricos ou combinações desses. Na Figura 9 pode-se observar um isolador mecânico
e um isolador de vibrações pneumático respectivamente.

Figura 9 – Isoladores de vibrações mecânico (cima) e pneumático (baixo).

Fonte: Adaptada de Newport (2020a), Newport (2020c)

Com o aumento da complexidade dos isoladores utilizados, pode-se incluir a


possibilidade ainda da utilização de um sistema de controle ativo de vibrações. De
acordo com Lallart (2010), um sistema ativo é aquele que utiliza o feedback da resposta
do sistema, por meio de sensores, para agir sobre o sistema.

2.7 Vibrações em tratores

Devido ao interesse em diminuir os efeitos prejudiciais da exposição de


vibrações aos operadores, é importante que sejam realizados estudos a fim de melhor
entender as variáveis e implicações relacionadas à vibrações em tratores. De acordo
com Cvetanovic et al. (2017), durante as operações diárias com tratores, os operadores
são exposto a diversos fatores que geram efeitos prejudiciais, um destes fatores é a
exposição a vibrações. Sobre vibrações em tratores, Cvetanovic et al. (2017) diz ainda:
25

Os impactos negativos das vibrações são evidentes especialmente


nos modelos antigos de tratores, que não estão equipados com os
sistemas apropriados de suspensão contra impactos e absorção de
vibrações. Esses tratores têm bom desempenho no trabalho, porém
não são confortáveis em termos de vibração, ou seja, eles não tem
capacidade para reduzir as vibrações aos menores níveis possíveis. [...]
(CVETANOVIC et al., 2017, pg. 117, tradução nossa).

Na literatura pode-se encontrar diversos fatores que influenciam nas


transmissões de vibração em tratores, bem como, estudos analisando o impacto destes.
Na pesquisa realizada por Cvetanovic et al. (2017), foi feito um estudo sobre a
influência do material dos assentos do trator nas vibrações de corpo inteiro transmitidas
ao operador. Para realização desse estudo foram utilizados dois tipos de tratores, onde o
autor compara os níveis de vibração ao realizar a troca do material dos bancos originais
por três diferentes tipos de bancos com materiais isolantes de vibração, foram eles:
Esponja comprimida, ar e água. Assim, Cvetanovic et al. (2017) chegou a resultados
que mostram que a mudança do material no assento pode gerar uma diminuição
considerável para os níveis de vibração transmitidos ao operador, e não deve ser
descartado como uma possível solução para diminuição da vibração ocupacional de
um trator.
A utilização de coxins para isolamento de vibrações também é uma tática
adotada para atenuar os efeitos da exposição ocupacional a vibração. No estudo
realizado por Pinho et al. (2014), foi feita a instalação de um coxim elastomérico a fim
de isolar a cabine de operação de um trator agrícola. Os resultados obtidos mostraram
que o uso do coxim resultou em uma amplificação dos níveis de vibração na faixa de
frequência entre 0 a 15 Hz, faixa essa que segundo Pinho et al. (2014) que contem
intervalos críticos para o corpo, resultando assim em uma avaliação de baixa eficiência
de amortecimento para o coxim utilizado.
Além do uso do coxim o estudo de Pinho et al. (2014) trata ainda da velocidade
de operação, do tipo de lastro (lastragem), e da profundidade de escarificação como
fatores atenuantes para a vibração, a chamada lastragem trata da distribuição de
massa nos eixos do trator. Em estudo semelhante, Sandi et al. (2018) também testa
a influência do tipo de lastro e das velocidades de operação nos níveis de vibração
no trator. Nos resultados obtidos por Sandi et al. (2018), foi possível observar que
para uma jornada de 8 horas, independente das condições os níveis de vibração estão
acima do desejado ou na região de incerteza. Outro fator que pode ser considerado na
operação de um trator é o efeito da estrada onde ele esta sendo operado, no estudo
realizado por Kabir et al. (2017), foram consideradas quatro tipos de estrada, foram
elas estradas de asfalto, concreto, terra e grama. Os testes foram realizados variando
a velocidade de operação, e os resultados obtidos mostram que para todos os tipos
estrada os níveis de vibração encontrados podem gerar riscos a saúde do operador.
26

Analisando os estudos de Cvetanovic et al. (2017), Santos et al. (2014), Sandi


et al. (2018), Kabir et al. (2017), Pinho et al. (2014) é possível perceber que os níveis
de vibração as quais os operadores de tratores são expostos podem ser prejudiciais
a sua saúde, principalmente quando em cargas horarias de trabalho elevadas. A fim
de evitar os riscos a saúde uma possível solução é diminuir o tempo de exposição
a vibrações, porém ha ainda a opção de tomar medidas para diminuir os níveis de
vibração transmitidas pelo equipamento, e isso só é possível com o auxilio de estudos
devido a complexidade dos fatores envolvidos.
27

3 METODOLOGIA

Seguindo as orientações das normas de higiene ocupacional Cunha e


Giampaoli (2013a), Cunha e Giampaoli (2013b) e a norma ISO:8041 (2005) "Human
response to vibration – Measuring instrumentation", foram estipulados os métodos e
equipamentos a serem utilizados nas medições.

3.1 Materiais e Equipamentos

Aqui estão listados os principais materiais e equipamentos utilizados para


realização das instrumentações, bem como algumas características relevantes para as
análises futuras.

3.1.1 Trator Utilizado

O trator utilizado nas medições foi o 42/7 Speed da fabricante Toyama, que
pode ser visto na Figura 10.

Figura 10 – Trator utilizado nos testes.

Fonte: O autor(2019).
28

Na Tabela 2 pode-se observar os dados técnicos referentes ao trator utilizado


como objeto de teste.

Tabela 2 – Ficha técnica do trator cortador de grama toyama.

Informações Técnicas
Monocilíndrico, 4 tempos, refrigerado à ar,
Tipo do motor
Briggs & Stratton

Potência máxima 17,5 HP

Combustível Gasolina

Rotação máxima 3400 Rpm

Capacidade do tanque 5.7 L

Sistema de partida Elétrica

Velocidade para frente 8,8 Km/h

Velocidade reversa 2,7 Km/h

Transmissão Manual 7 velocidades

Largura de corte 42"ou 1066 mm

Rodas dianteiras 15"x6"

Rodas traseiras 20"x8"


Fonte: Adaptado de Toyama (2019).

Na Tabela 3 podemos ver os dados referentes ao motor do trator, fabricado


pela Briggs & Stratton.

Tabela 3 – Ficha técnica do motor monocilíndrico Briggs & Stratton.

Informações Técnicas
Modelo: 310000/31R9070038G1
Cilindrada 30.59 ci (501 cc)

Cilindro 3.563 in (90,49 mm)

Curso 3.062 in (77,77 mm)

Capacidade de óleo - sem filtro 42 - 44 oz (1,24 - 1,30 L)

Capacidade de óleo - com filtro 46 - 48 oz (1,36 - 1,40 L)


Fonte: Adaptado de Stratton (2020)
31

Na Figura 13 é mostrada a interface de conexão de cabos e sensores no


analisador.

Figura 13 – Interface para conexões do analisador LMS Pimento.

Fonte: Adaptada de LMS (2003)

Como pode ser visto na Figura 13, o uso do analisador LMS Pimento se faz
interessante devido a possibilidade de utilizar 24 canais, possibilitando assim o uso de
até 8 acelerômetros tri-axiais, além de possibilitar a conexão direta a um computador
para análise e processamento dos dados.

3.2 Posicionamentos do Acelerômetro

Com o intuito de fazer uma caracterização mais completa possível da vibração


do equipamento foram adotados cinco pontos principais de medição, três relacionados
a transmissibilidade ao operador, sendo eles, um relacionado ao contato das mãos
com o volante, um segundo no contato dos pés com o assoalho, e um último no banco
para medir as transmissões ao condutor sentado, e dois para referência da vibração no
motor, sendo, um diretamente no motor e outro no chassi próximo ao ponto de fixação
do motor com este.
As medições realizadas no volante têm o objetivo de melhor compreender os
níveis de vibração que são transmitidos às mãos e braços do operador. Na Figura 14
pode-se observar o posicionamento do acelerômetro no volante do trator cortador de
grama.
32

Figura 14 – Posicionamento do acelerômetro no volante.

Fonte: O autor(2020).

Os níveis de vibração no motor, por ser uma das fontes principais de vibração,
pode ser utilizado para indicar a transmissibilidade da ligação motor/chassi, de modo a
melhor mensurar a ação do coxim na atenuação da vibração. Na Figura 15 pode-se
ver a disposição do acelerômetro no motor, na imagem é possível também observar o
posicionamento do coxim.

Figura 15 – Posicionamento do acelerômetro no motor com coxim.

Fonte: O autor(2020).

Para melhor compreender a transmissibilidade na ligação motor/chassi com ou


se coxim foram realizadas as medições também no chassi. Na Figura 16 é possível
visualizar o posicionamento do acelerômetro no chassi.
33

Figura 16 – Posicionamento do acelerômetro no chassi.

Fonte: O autor(2020).

As medições realizadas no assoalho são importantes, pois principalmente


no caso do implemento acoplado os níveis transmitidos aos pés do operador podem
ser elevados. Na Figura 17 pode-se observar o posicionamento do acelerômetro no
assoalho.

Figura 17 – Posicionamento do acelerômetro no assoalho.

Fonte: O autor(2020).

O banco é o maior transmissor de vibrações para o operador do trator, portanto


as medições realizadas neste são importantes para a caracterização final do trator.
Além dos níveis de vibração que chegam ao operador, também é possível definir a
transmissibilidade do assento e a eficiência do sistema de atenuação deste. Na Figura
34

18 pode-se observar o posicionamento do acelerômetro na parte inferior do banco.

Figura 18 – Posicionamento do acelerômetro no banco.

Fonte: O autor(2020).

3.3 Condições adotadas

Para realizar a caracterização da vibração no trator, foram adotadas algumas


condições de funcionamento, de modo que as medições compreendam o máximo
possível da operação do trator. Na Tabela 6 podemos ver as condições adotadas.

Tabela 6 – Condições utilizadas nas medições.

Condição Sem Coxim

1a Baixa Rotação Sem Implemento

2a Baixa Rotação Com Implemento

3a Alta Rotação Sem Implemento

4a Alta Rotação Com Implemento

Com Coxim

5a Baixa Rotação Sem Implemento

6a Baixa Rotação Com Implemento

7a Alta Rotação Sem Implemento

8a Alta Rotação Com Implemento


Fonte: Autor(2020).
35

Como visto na Tabela 6, foram adotadas oito condições de funcionamento,


alterando a velocidade de rotação do motor, o estado da lâmina entre ligada e a
utilização ou não de coxins no motor.

3.4 Procedimentos de medição

As medições foram realizadas no laboratório de sistemas veiculares do Centro


Tecnológico de Joinville (CTJ) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Para a fixação do acelerômetro foi utilizado uma ponta magnética para as
medições em superfícies metálicas e o nas superfícies não metálicas o acelerômetro foi
colado, garantindo assim uma rigidez na fixação de modo a permitir a melhor captação
dos movimentos oscilatórios.
Devido a falta de disponibilidade de equipamento os testes não foram realizados
simultaneamente em mais de um ponto. Deste modo, após o posicionamento do
acelerômetro em cada ponto, foram realizadas as medições nas duas velocidades de
rotação do motor com e sem o uso do implemento. Após serem feitas as medições nos
5 pontos, foi então feita a instalação do coxim, e as medições foram repetidas com a
mesma metodologia.
43

Como supracitado as variações quando o implemento não está acoplado


foram maiores e mostraram uma redução nos níveis de vibração de aproximadamente
36% e 30% para respectivamente baixa e alta rotação. Analisando as situações com
implemento acoplado, quando em operação em baixa rotação ocorre um aumento de
aproximadamente 7% nos níveis de, já em alta rotação ocorre uma redução de 15%.
O aumento nos níveis de vibração visto na condição de baixa com implemento,
pode ser explicado por nessa condição, o implemento ser a maior fonte de vibração
agindo sobre o chassi. Isso ocorre pois o motor em baixa rotação gera menos vibrações
que a rotação da lâmina do implemento.
Na Figura 30 pode-se observar o gráfico que representa a transmissibilidade
da ligação Motor/Chassi para cada uma das condições de teste.

Figura 30 – Transmissibilidade na ligação motor/chassi.

Fonte: O autor(2020).

Observando o gráfico da Figura 30 é possível notar que o coxim proporcionou


uma redução na transmissibilidade para todas as condições testadas, é interessante
salientar que para o caso em baixa rotação com o implemento, onde havia sido
constatada um aumento dos níveis de vibração no chassi, a transmissibilidade ainda foi
reduzida pelo uso do coxim. Isso ocorre porque os níveis de vibração no motor também
aumentaram na condição com coxim, logo o aumento no chassi é compensado para
esse indicador.
No gráfico da Figura 30, é possível ainda observar a relação entre as fontes
de vibração como dito anteriormente, isso fica claro ao observar-se a condição baixa
com implemento, onde a transmissibilidade sem coxim chegava a valores próximos de
150%, e com o uso do coxim esse valor apresentou uma pequena redução. Um valor
acima de 100% na transmissibilidade representa que o chassi esta vibrando mais do
que o próprio motor para essa condição, evidenciando a importância do implemento
como fonte de vibração para essa condição.
46

4.6.6 Transmissibilidade no assento (S.E.A.T)

A transmissibilidade do assento foi calculada com base nos níveis de vibração


no assoalho e no próprio assento e representa o quanto da vibração que chega aos pés
do operador é transmitida ao corpo dele pelo assento, possibilitando assim mensurar a
eficiência do sistema de atenuação de vibração do banco.
Na Figura 35, pode-se observar um gráfico que representa a transmissibilidade
(S.E.A.T) para cada uma das condições de testes realizadas.
48

Nos quadros das Tabelas 7 e 8 estão apresentados os critérios de


julgamento e tomada de decisões para vibrações de “corpo inteiro” e “mãos e braços”
respectivamente. A utilização destes permite uma melhor compreensão dos níveis de
vibração aceitáveis impostos ao operador, bem como a necessidade de ações para
remediar os problemas com vibrações.

Tabela 7 – Quadro de critérios de julgamento e tomada de decisões para vibrações de


corpo inteiro.

Vibrações de Corpo inteiro


aren Consideração Atuação
(m/s^2) Técnica Recomendada
No mínimo manutenção
0 a 0,5 Aceitável
da condição existente
Acima do nível No mínimo adoção de medidas
>0,5 a <0,9
de ação preventivas
Adoção de medidas preventivas
Região de
0,9 a 1,1 e corretivas visando a redução
incerteza
da exposição diária
Acima do limite Adoção imediata de
Acima de 1,1
de exposição medidas corretivas
Fonte: Cunha e Giampaoli (2013a).
Tabela 8 – Quadro de critérios de julgamento e tomada de decisões para vibrações de
corpo inteiro.

Vibrações em mãos e braços


aren Consideração Atuação
(m/s) Técnica Recomendada
No mínimo manutenção
0 a 2,5 Aceitável
da condição existente
Acima do nível No mínimo adoção de medidas
>2,5 a <3,5
de ação preventivas
Adoção de medidas preventivas
Região de
3,5 a 5,0 e corretivas visando a redução
incerteza
da exposição diária
Acima do limite Adoção imediata de
Acima de 5,0
de exposição medidas corretivas
Fonte: Cunha e Giampaoli (2013b).

Nos quadros das Figuras 7 e 8 estão apresentados as possíveis faixas para


50

As posições mais importantes para o caso do trator cortador de grama são a


do banco (Vibrações de Corpo Inteiro) e no volante (Vibrações em Mãos e Braços), e
considerando os casos críticos para essas posições que são em alta rotação, foram
elaboradas as Tabelas 10 e 11, que compara os dados experimentais com os dados
das Figuras 7 e 8 da norma, para o banco e o volante respectivamente.
Para a condição de jornada curta, de 4 horas de exposição diária, para
vibrações de corpo inteiro, pode-se observar que a inclusão do coxim fez com que
os valores obtidos para aren ficassem em um nível aceitável, enquanto sem o uso do
coxim, se faz necessária a adoção de medidas preventivas. Para vibrações em mãos e
braços os valores encontrados são aceitáveis tanto com coxim, quanto sem coxim.

Tabela 10 – Comparação dos dados obtidos com as normas de corpo inteiro.

Valor Faixa da
Condição Consideração Técnica
Experimental (m/s2 ) Norma (m/s2 )
Sem coxim 0,70 0,5 a 0,9 Acima do nível de ação
Com coxim 0,42 0 a 0,50 Aceitável
Fonte: O autor (2020)
Tabela 11 – Comparação dos dados obtidos com as normas de mãos e braços.

Valor Faixa da
Condição Consideração Técnica
Experimental (m/s2 ) Norma (m/s2 )
Sem coxim 1,82 0 a 2,50 Aceitável
Com coxim 1,47 0 a 2,50 Aceitável
Fonte: O autor (2020)

4.7.2 Jornada longa (aren)

No gráfico da Figura 37 estão representados os resultados referentes a


aceleração resultante de exposição normalizada para a condição de jornada curta.
Nas Tabelas 12 e 13 estão dispostas as comparações entre os valores para a
jornada longa e a norma.

Tabela 12 – Comparação dos dados obtidos com as normas de corpo inteiro.

Valor Faixa da
Condição Consideração Técnica
Experimental (m/s )2
Norma (m/s2 )
Sem coxim 0,99 0,9 a 1,1 Região de incerteza
Com coxim 0,59 0,5 a 0,9 Acima do nível de ação
Fonte: O autor (2020)
52

5 CONCLUSÕES

A partir do estudo realizado foi possível caracterizar os níveis de vibração do


trator cortador de grama da marca Toyama, visando entender como se da a transmissão
de vibrações ao operador. Foram realizadas as medições, seguindo as recomendações
da ISO:8041 (2005), nos pontos principais para uma caracterização completa do
equipamento, esses pontos foram no volante, assento e assoalho, de modo que os
níveis de vibração nos principais pontos de contato entre o operador e o equipamento
fossem conhecidos.
Além dos pontos de contato supracitados, também foi considerado um ponto
de interesse a ligação do motor com o chassi do trator, onde fica uma grande fonte de
vibrações no equipamento, por isso foram também realizadas medições no motor e no
chassi próximos ao ponto de fixação do motor no chassi. Levando em conta a falta de
métodos para mitigação das vibrações do motor, foi ainda feita a adição de um coxim a
fim de atenuar a transmissibilidade nos pontos de fixação do motor.
Os níveis de vibração foram medidas no domínio da frequência, com o uso
do coxim chegou-se a reduções de até 55% para o banco, 35% para o chassi, 45%
no volante, 60% no assoalho e houve um aumento nos níveis apenas para o motor,
onde ouve um aumento de 25%. Foi calculada também a transmissibilidade do assento
(S.E.A.T) que é de na média 25%, essa representa o quanto das vibrações medidas no
assoalho chegam ao assento.
Com os dados obtidos nas medições foram então realizadas comparações com
base nas normas de higiene ocupacional relacionadas a vibrações de corpo inteiro e
vibração em mãos e braços vigentes no Brasil (CUNHA; GIAMPAOLI, 2013a; CUNHA;
GIAMPAOLI, 2013b). Com as avaliações é possível observar que a implementação
do uso do coxim para atenuar os níveis de vibração apresentou um efeito positivo. Ao
comparar os níveis obtidos nos testes com as faixas previstas por norma, pode-se notar
que sem a utilização do coxim os níveis de vibração ultrapassaram os valores desejados,
podendo assim trazer danos ao operador do trator, principalmente para jornadas mais
longas. A partir do uso do coxim houve uma melhora substancial nos resultados, sendo
que para os casos com coxim foram encontrados valores ou aceitáveis ou próximos dos
aceitáveis. Ficou claro também a partir dos resultados obtidos a importância do tempo
de exposição a vibrações para a saúde do operador, sendo de extrema importância o
equilíbrio entre os níveis de vibração e o tempo de exposição.
Como sugestão para trabalhos futuros, surge a possibilidade de analisar novas
53

condições de operação do trator, como por exemplo, a operação em terrenos diferentes,


onde espera-se o surgimento de uma fonte de vibração externa, provinda do contato
dos pneus com o solo, outra possibilidade seria a realização de corte de grama,
onde a lâmina teria contato com a grama, alterando o modo de vibrar da mesma.
Outra possibilidade seria a introdução de um desbalanceamento na lâmina de modo
a simular um desgaste desta, isso geraria novos tipos de vibração devido a rotação
de uma massa desbalanceada. Uma análise interessante para ser considerada é
um aprofundamento no estudo do coxim, alterando as propriedades do mesmo e
comparando a transmissibilidade tanto no motor quanto na lâmina. Outra aspecto
interessante para análise é o estudo do isolamento do operador e não das fontes de
vibração, isso pode ser feito por meio de mudanças no sistema de suspensão do banco
e por alterações no material do assento propriamente dito.
54

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