APOSTILA
APOSTILA
APOSTILA
As fronteiras, ao mesmo tempo que se separam, unem e articulam, por elas passando discursos de legitimação da
ordem social tanto quanto do conflito.
CUNHA, L. Terras lusitanas e gentes dos brasis: a nação e o seu retrato literário. Revista Ciências Sociais, n. 2, 2009.
TEXTO II
As últimas barreiras ao livre movimento do dinheiro e das mercadorias e informação que rendem dinheiro andam de
mãos dadas com a pressão para cavar novos fossos e erigir novas muralhas que barrem o movimento daqueles que
em consequência perdem, física ou espiritualmente, suas raízes.
BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
2. (Enem 2020) No caso do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a ênfase está posta no traçado de uma
estratégia geral de desarticulação, não só dos inimigos reais como dos potenciais, inserida na concepção preventiva
que supõe que a mínima dissidência é um sinal de perigo e de guerra futura. Deve-se ter capacidade para responder
a uma guerra convencional tanto quanto para enfrentar um inimigo difuso, atentando simultaneamente para todas
as áreas geográficas do planeta. Trata-se, sem dúvida, da estratégia com pretensões mais abrangentes que se
desenvolveu até agora.
CECEÑA, A. E. Hegemonias e emancipações no século XXI. Buenos Aires: Clacso, 2005 (adaptado).
Tomando o texto como parâmetro, qual tendência contemporânea impulsiona a formulação de estratégias mais
abrangentes por parte do Estado americano?
a) Erradicação dos conflitos em territórios.
b) Propagação de organizações em redes.
c) Eliminação das diferenças regionais.
d) Ampliação de modelo democrático.
e) Projeção da diplomacia mundial.
3. (Enem PPL 2019) Embora os centros de decisão permaneçam fortemente centralizados nas cidades mundiais, as
atividades produtivas podem ser desconcentradas, desde que haja conexões fáceis entre as unidades produtivas e os
centros de gestão e exista a disponibilidade de trabalho qualificado e uma base técnica adequada às operações
industriais.
EGLER, C. A. G. Questão regional e a gestão do território no Brasil. In: CASTRO, I. E.; CORRÊA, R. L.; GOMES, P. C. C.
(Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
A mudança nas atividades produtivas a que o texto faz referência é motivada pelo seguinte fator:
a) Definição volátil das taxas aduaneiras e cambiais.
b) Prestação regulada de serviços bancários e financeiros.
c) Controle estrito do planejamento familiar e fluxo populacional.
d) Renovação constante das normas jurídicas e marcos contratuais.
e) Oferta suficiente de infraestruturas logísticas e serviços especializados.
4. (Enem 2019) No sistema capitalista, as muitas manifestações de crise criam condições que forçam a algum tipo de
racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm o efeito de expandir a capacidade produtiva e de renovar as
condições de acumulação. Podemos conceber cada crise como uma mudança do processo de acumulação para um
nível novo e superior.
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005 (adaptado).
A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo processo produtivo descrito no texto é a
a) associação sindical.
b) participação eleitoral.
c) migração internacional.
d) qualificação profissional.
e) regulamentação funcional.
5. (Enem 2019) Brasil, Alemanha, Japão e Índia pedem reforma do Conselho de Segurança
Os representantes do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e Japão) reiteraram, em setembro de 2018, a defesa pela
ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) durante reunião em Nova York
(Estados Unidos). Em declaração conjunta, de dez itens, os chanceleres destacaram que o órgão, no formato em que
está, com apenas cinco membros permanentes e dez rotativos, não reflete o século 21. “A reforma do Conselho de
Segurança é essencial para enfrentar os desafios complexos de hoje. Como aspirantes a novos membros
permanentes de um conselho reformado, os ministros reiteraram seu compromisso de trabalhar para fortalecer o
funcionamento da ONU e da ordem multilateral global, bem como seu apoio às respectivas candidaturas”, afirma a
declaração conjunta.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 7 dez. 2018 (adaptado).
Os países mencionados no texto justificam sua pretensão com base na seguinte característica comum:
a) Extensividade de área territorial.
b) Protagonismo em escala regional.
c) Investimento em tecnologia militar.
d) Desenvolvimento de energia nuclear.
e) Disponibilidade de recursos minerais
Gosta de tomar sorvetes Wall’s? Lava suas roupas com sabão em pó Persil? Que tal comer um lanche no
Hungry Jack’s? Você pode não saber, mas provavelmente faz ou já fez tudo isso. Esses são nomes que marcas muito
conhecidas dos brasileiros têm lá fora. Wall’s é a Kibon, Persil é o Omo, e Hungry Jack’s é o Burger King.
As diferenças existem porque, algumas vezes, os nomes são adaptados à língua. Em outros casos, marcas
locais, após serem compradas por multinacionais, passam a adotar a identidade global que aquela empresa criou
para determinada linha de produtos, como é o caso da Kibon, comprada pela Unilever em 1997.
Adaptado de economia.uol.com.br, 12/02/2016.
A utilização das marcas conforme descreve a reportagem revela a adoção da seguinte estratégia empresarial:
a) redução dos custos de produção
b) adequação aos mercados nacionais
c) padronização dos hábitos de consumo
d) diminuição dos investimentos publicitários
7. (Uerj 2018)
No gráfico, a área de cada país é proporcional à porcentagem do seu Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao
tamanho da economia global. As economias mais relevantes do mundo possuem uma parcela superior a 0,4% do PIB
global.
8. (Enem 2018) Os portos sempre foram respostas ao comércio praticado em grande volume, que se dá via
marítima, lacustre e fluvial, e sofreram adaptações, ou modernizações, de acordo com um conjunto de fatores que
vão desde a sua localização privilegiada frente a extensas hinterlândias, passando por sua conectividade com
modernas redes de transportes que garantam acessibilidade, associados, no atual momento, à tecnologia, que o
transformam em pontas de lança de uma economia globalizada que comprime o tempo em nome da produtividade
e da competitividade.
ROCHA NETO, J.M.; CRAVIDÃO, F. D., Portos no contexto do meio técnico. Mercator, n. 2, maio-ago, 2014
(adaptações).
Uma mudança que permitiu aos portos adequarem-se às novas necessidades comerciais apontadas no texto foi a
a) intensificação do uso de contêineres.
b) compactação das áreas de estocagem.
c) burocratização dos serviços de alfândega.
d) redução da profundidade dos atracadouros.
e) superação da especialização dos cargueiros.
9. (Enem PPL 2018) Existe uma concorrência global, forçando redefinições constantes de produtos, processos,
mercados e insumos econômicos, inclusive capital e informação.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
Nos últimos anos do século XX, o sistema industrial experimentou muitas modificações na forma de produzir, que
implicaram transformações em diferentes campos da vida social e econômica. A redefinição produtiva e seu
respectivo impacto territorial ocorrem no uso da
a) técnica fordista, com treinamento em altas tecnologias e difusão do capital pelo território.
b) linha de montagem, com capacitação da mão de obra em países centrais e aumento das discrepâncias regionais.
c) robotização, com melhorias nas condições de trabalho e remuneração em empresas no Sudeste asiático.
d) produção just in time, com territorialização das indústrias em países periféricos e manutenção das bases de gestão
nos países centrais.
e) fabricação em grandes lotes, com transferências financeiras de países centrais para países periféricos e diminuição
das diferenças territoriais.
10. (Uerj 2018) A empresa-rede pode realizar uma integração horizontal quando as diferentes unidades de
produção fabricam produtos finais que constituem a essência do fluxo entre unidades que estão localizadas em
países diferentes. Trata-se, na realidade, de uma especialização por produto. Um exemplo é a organização da Toyota
no sudeste asiático, cuja distribuição de unidades de produção entre Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia gera
intenso fluxo intracorporativo.
Adaptado de PIRES DO RIO, G. A espacialidade da economia: superfícies, fluxos e redes. In: CASTRO, I. e outros.
Olhares geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
O sucesso da estratégia empresarial descrita depende da seguinte característica econômica entre os países
participantes:
a) reduzidos índices de tarifas aduaneiras
b) eficientes sistemas de proteção laboral
c) elevados níveis de desenvolvimento tecnológico
d) semelhantes magnitudes de mercados consumidores
11. (Enem 2017) A diversidade de atividades relacionadas ao setor terciário reforça a tendência mais geral de
desindustrialização de muitos dos países desenvolvidos sem que estes, contudo, percam o comando da economia.
Essa mudança implica nova divisão internacional do trabalho, que não é mais apoiada na clara segmentação setorial
das atividades econômicas.
RIO, G. A. P. A espacialidade da economia. In: CASTRO, I. E.: GOMES. P. C. C.; CORRÊA, R. L. (Org. ). Olhares
geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012 (adaptado).
12. (Enem (Libras) 2017) O desenvolvimento científico digital-molecular de certa forma desterritorializou as
localizações produtivas; os novos métodos de organização do trabalho industrial também vão na mesma direção:
just in time, kamban, organização flexível.
OLIVEIRA, F. As contradições do ão: globalização, nação, região, metropolização. Belo Horizonte: Cedeplar UFMG,
2004.
As mudanças descritas no texto referentes aos processos produtivos são favorecidas pela
a) ampliação da intervenção do Estado.
b) adoção de barreiras alfandegárias.
c) expansão das redes informacionais.
d) predominância de empresas locais.
e) concentração dos polos de fabricação.
Mais de 50 empresas de 20 países, entre elas uma brasileira, foram identificadas na cadeia de suprimentos dos
dispositivos explosivos improvisados usados pelo Estado Islâmico em centenas de atentados terroristas. Além de
mercadorias controladas, itens tão simples quanto ligas de alumínio, celulares ou fertilizantes, que podem parecer
inofensivos à primeira vista, estariam na lista dos mais de 700 componentes encontrados em um levantamento
realizado ao longo de 20 meses pelo Instituto de Pesquisa de Conflito Armado.
A estratégia de ação do Estado Islâmico mencionada na reportagem apresenta semelhança com a seguinte prática
das corporações empresariais contemporâneas:
a) padronização das tecnologias
b) incorporação dos fornecedores
c) desterritorialização da produção
d) superexploração da mão de obra
14. (Enem (Libras) 2017) A difusão do termo globalização ocorreu por meio da imprensa financeira internacional, em
meados da década de 1980. Depois disso, muitos intelectuais dedicaram-se ao tema, associando-o à difusão de
novas tecnologias na área da comunicação, como satélites artificiais, redes de fibra óptica que interligam pessoas
por meio de computadores, entre outras, que permitiram acelerar a circulação de informações e de fluxos
financeiros.
RIBEIRO, W. C. Globalização e geografia em Milton Santos. Scripta Nova: Revista Electrónica de Geografía e Ciencias
Sociales, n. 124, 2002.
15. (Enem (Libras) 2017) Com um número cada vez maior de espécies ameaçadas de extinção pelo dilúvio da
economia global, podemos vir a ser a primeira geração, na história humana, que terá de agir como Noé — para
salvar os últimos pares de uma grande variedade de espécies. Ou, como Deus ordenou a Noé, no Gênesis: “E de cada
ser vivo, de tudo o que é carne, farás entrar contigo na arca dois de cada espécie, um macho e uma fêmea, para
conservá-los vivos”.
FRIEDMAN, T. L. Quente, plano e lotado: os desafios e oportunidades de um novo mundo. São Paulo: Objetiva, 2010.
Um aspecto do mundo globalizado que facilitou a ocorrência do processo descrito, na transição do século XX para o
século XXI, foi o(a)
a) integração de culturas distintas.
b) avanço técnico das comunicações.
c) quebra de barreiras alfandegárias.
d) flexibilização de regras trabalhistas.
e) desconcentração espacial da produção.
17. (Enem 2016) A mundialização introduz o aumento da produtividade do trabalho sem acumulação de capital,
justamente pelo caráter divisível da forma técnica molecular-digital do que resulta a permanência da má distribuição
da renda: exemplificando mais uma vez, os vendedores de refrigerantes às portas dos estádios viram sua
produtividade aumentada graças ao just in time dos fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar o valor
de tais mercadorias, a forma do trabalho dos vendedores é a mais primitiva. Combinam-se, pois, acumulação
molecular-digital com o puro uso da força de trabalho.
Os aspectos destacados no texto afetam diretamente questões como emprego e renda, sendo possível explicar essas
transformações pelo(a)
a) crise bancária e o fortalecimento do capital industrial.
b) inovação toyotista e a regularização do trabalho formal.
c) impacto da tecnologia e as modificações na estrutura produtiva.
d) emergência da globalização e a expansão do setor secundário.
e) diminuição do tempo de trabalho e a necessidade de diploma superior.
A análise do mapa possibilita visualizar o uso da Internet nas diversas regiões do mundo.
A principal causa para as diferenças regionais na concentração do uso dessa rede é:
a) baixa densidade demográfica
b) redução do crescimento econômico
c) descontinuidade das transmissões globais
d) desigualdade de desenvolvimento tecnológico
As alternativas propostas no Fórum Social Mundial contrapõem-se a um processo de globalização comandado pelas
grandes multinacionais e pelos governos e instituições internacionais a serviço de seus interesses, com a
cumplicidade de governos nacionais.
Disponível em: http://fsmpoa.com.br. Acesso em: 16 ago. 2013.
20. (Enem 2015) Tanto potencial poderia ter ficado pelo caminho, se não fosse o reforço em tecnologia que um
gaúcho buscou. Há pouco mais de oito anos, ele usava o bico da botina para cavoucar a terra e descobrir o nível de
umidade do solo, na tentativa de saber o momento ideal para acionar os pivôs de irrigação. Até que conheceu uma
estação meteorológica que, instalada na propriedade, ajuda a determinar a quantidade de água de que a planta
necessita. Assim, quando inicia um plantio, o agricultor já entra no site do sistema e cadastra a área, o pivô, a
cultura, o sistema de plantio, o espaçamento entre linhas e o número de plantas, para então receber
recomendações diretamente dos técnicos da universidade.
AGROPECUÁRIA
1. (Enem 2017) Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra com
pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra para os trabalhadores
escravos que conquistavam a liberdade.
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo:
Edusp, 2009.
O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de
a) reforma agrária.
b) expansão mercantil.
c) concentração fundiária.
d) desruralização da elite.
e) mecanização da produção.
2. (Enem PPL 2017) Em 1914, o preço da borracha despencou no mercado internacional; dois anos depois, 200
firmas foram à falência em Manaus. E assim acabou o sonho de quem acendia charutos com notas de 1.000 réis. A
cidade entrou em colapso.
National Geographic, n. 143, fev. 2012 (adaptado).
O processo de reforma agrária com contornos similares aos atuais se iniciou em 1985, sob o governo de José Sarney.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária disponibiliza dados sobre a forma como esse processo vem se
dando no Brasil até 2018. No que diz respeito a desapropriações, a reforma agrária ocorreu de forma mais
acentuada no primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), mas perdeu fôlego já na
metade de seu segundo mandato. O governo Lula (2004-2011) realizou muitos assentamentos, sem retomar, no
entanto, as desapropriações.
As informações do texto e a comparação dos dados dos gráficos permitem reconhecer um processo socioespacial,
para o conjunto do campo brasileiro, cujo efeito é:
a) ampliação da pecuária intensiva
b) declínio da produtividade laboral
c) manutenção da concentração fundiária
d) redirecionamento da exportação primária
4. (Enem 2020)
5. (Uerj 2020)
A violência no espaço rural, com a qual o Brasil convive há décadas, é um problema profundamente complexo por
abranger todas as regiões, diferentes atores sociais e atividades econômicas.
Identifique as duas macrorregiões do Brasil com maior número de conflitos por terra.
Indique, ainda, um tipo de conflito pela terra, existente no país, apontando os atores sociais nele envolvidos.
6. (Enem 2020) A propriedade compreende, em seu conteúdo e alcance, além do tradicional direito de uso, gozo e
disposição por parte de seu titular, a obrigatoriedade do atendimento de sua função social, cuja definição é
inseparável do requisito obrigatório do uso racional da propriedade e dos recursos ambientais que lhe são
integrantes. O proprietário, como membro integrante da comunidade, se sujeita a obrigações crescentes que,
ultrapassando os limites do direito de vizinhança, no âmbito do direito privado, abrangem o campo dos direitos da
coletividade, visando o bem-estar geral, no âmbito do direito público.
JELINEK, R. O princípio da função social da propriedade e sua repercussão sobre o sistema do Código Civil. Disponível
em: www.mp.rs.gov.br. Acesso em: 20 fev. 2013.
Os movimentos em prol da reforma agrária, que atuam com base no conceito de direito à propriedade apresentado
no texto, propõem-se a
a) reverter o processo de privatização fundiária.
b) ressaltar a inviabilidade da produção latifundiária.
c) defender a desapropriação dos espaços improdutivos.
d) impedir a produção exportadora nas terras agricultáveis.
e) coibir o funcionamento de empresas agroindustriais no campo.
7. (Enem 2020)
O conjunto representado pelo agronegócio demanda condições específicas que passam a ser exigidas dos territórios.
Como há uma elevação da formação de fluxos, materiais e imateriais, a crescente articulação com as escalas que vão
do local ao global terminam por pressionar o Estado a agir visando uma instalação no território de fixos diversos,
bem como de uma regulação específica.
LIMA, R. C.; PENNA, N. A. A logística de transportes do agronegócio em Mato Grosso (Brasil). Confins, n. 26. fev.
2016.
O mapa e o texto se complementam indicando que a expansão das rodovias se deu como resposta ao(à)
a) alteração da matriz econômica.
b) substituição do modal hidroviário.
c) retração do contingente demográfico.
d) projeção do escoamento produtivo.
e) estagnação de lavouras policultoras.
8. (Enem 2020) As estatísticas mais recentes do Brasil rural revelam um paradoxo que interessa a toda sociedade: o
emprego de natureza agrícola definha em praticamente todo o país, mas a população residente no campo voltou a
crescer; ou pelo menos parou de cair. Esses sinais trocados sugerem que a dinâmica agrícola, embora fundamental,
já não determina sozinha os rumos da demografia no campo. Esse novo cenário é explicado em parte pelo
incremento do emprego não agrícola no campo. Ao mesmo tempo, aumentou a massa de desempregados, inativos e
aposentados que mantêm residência rural.
SILVA, J. G. Velhos e novos mitos do rural brasileiro. Estudos Avançados, n. 43, dez. 2001.
CORALINA, C. Textos e contextos: poemas dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global, 1997 (fragmento).
No contexto das distintas formas de apropriação da terra, o poema de Cora Coralina valoriza a relação entre
a) grileiros e controle territorial.
b) meeiros e divisão do trabalho.
c) camponeses e uso da natureza.
d) indígenas e manejo agroecológico.
e) latifundiários e fertilização do solo.
10. (Uerj 2019) CNA calcula safra recorde de 215 milhões de toneladas de grãos em 2018
A safra brasileira de grãos poderá alcançar o recorde de 215 milhões de toneladas em 2018. Apoiada no
desempenho positivo do agronegócio e no consumo das famílias, a perspectiva para o próximo ano é de que a
economia brasileira consiga superar a recessão, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA).
A reportagem apresenta informações que são reforçadas pela tendência histórica indicada no gráfico.
Cite duas consequências socioeconômicas da mudança verificada na produtividade da agricultura de grãos no Brasil,
a partir de 1975.
11. (Enem 2019) Localizado a 160 km da cidade de Porto Velho (capital do estado de Rondônia), nos limites da
Reserva Extrativista Jaci-Paraná e Terra Indígena Karipunas, o povoado de União Bandeirantes surgiu em 2000 a
partir de movimentos de camponeses, madeireiros, pecuaristas e grileiros que, à revelia do ordenamento territorial
e diante da passividade governamental, demarcaram e invadiram terras na área rural fundando a vila. Atualmente,
constitui-se na região de maior produção agrícola e leiteira do município de Porto Velho, fornecendo, inclusive,
alimentos para a Hidrelétrica de Jirau.
Uma característica econômica comum aos quatro cultivos brasileiros nos quais os agrotóxicos são mais utilizados é a
expressiva:
a) relevância na pauta de exportação
b) participação na absorção de mão de obra
c) centralidade na alimentação da população
d) influência na desconcentração da propriedade
13. (Uerj 2018) ANISTIA DESPROTEGEU ÁREA EQUIVALENTE A QUASE DEZ ESTADOS DO RIO DE JANEIRO
Os artigos do novo Código Florestal, que flexibilizaram a legislação ambiental anterior à sua aprovação, em 2012, e
concederam até mesmo o perdão a irregularidades cometidas no passado, ganharam dos ambientalistas, no seu
conjunto, o título de anistia. Agora, essas mudanças foram quantificadas: deixaram de proteger 41 milhões de
hectares de vegetação nativa no país - área quase dez vezes maior do que o estado do Rio de Janeiro.
Adaptado de O Globo 03/06/2017.
A partir da comparação dos gráficos, aponte uma característica da estrutura fundiária brasileira.
Com base no mapa e considerando os ecossistemas florestais, nomeie o bioma com o maior percentual de redução
da área com vegetação e o bioma com o menor percentual de desmatamento, respectivamente.
14. (Enem 2018) A agricultura ecológica e a produção orgânica de alimentos estão ganhando relevância em
diferentes partes do mundo. No campo brasileiro, também acontece o mesmo. Impulsionado especialmente pela
expansão da demanda de alimentos saudáveis, o setor cresce a cada ano, embora permaneça relativamente
marginalizado na agenda de prioridades da política agrícola praticada no país.
AQUINO. J. R.; GAZOLLA. M.; SCHNEIDER. S. In: SAMBUICHI. R. H. R. et aI. (Org.). A política nacional de agroecologia
e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável. Brasília: Ipea. 2017
(adaptado).
Que tipo de intervenção do poder público no espaço rural é capaz de reduzir a marginalização produtiva
apresentada no texto?
a) Subsidiar os cultivos de base familiar.
b) Favorecer as práticas de fertilização química.
c) Restringir o emprego de maquinário moderno.
d) Controlar a expansão de sistemas de irrigação.
e) Regulamentar o uso de sementes selecionadas.
15. (Enem PPL 2018) Atualmente não se pode identificar o espaço rural apenas com a agropecuária, pois no campo
não há somente essa atividade, embora ela possa ser a mais importante na maioria das regiões situadas no interior
do país. Não é procedente se pensar no campo dissociado das cidades.
HESPANHOL, A. N. O desenvolvimento do campo no Brasil. In: FERNANDES, B. M.; MARQUES, M. I. M.; SUZUKI, J. C.
(Org.). Geografia agrária: teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular, 2007 (adaptado).
Adaptado de anistia.org.br.
Dez posseiros foram assassinados em maio de 2017 durante uma ação policial de reintegração de posse em um
acampamento na Fazenda Santa Lúcia, no Pará, segundo informações da Comissão Pastoral da Terra. A reintegração
foi realizada pelas Polícias Civil e Militar do estado.
agenciabrasil.ebc.com.br
Como indicam os episódios retratados nas reportagens, os conflitos pela posse da terra no Brasil nas últimas décadas
persistem.
17. (Enem PPL 2018) A manutenção da produtividade de grãos por hectare tem sido obtida, entre outros, graças ao
aumento do uso de fertilizantes. Contudo, a incapacidade de regeneração do solo no longo prazo mostra que,
mesmo aumentando o uso de fertilizantes, não é possível alcançar a mesma produtividade por hectare.
No contexto descrito, uma estratégia que tem sido utilizada para a manutenção dos níveis de produtividade é o(a)
a) elevação do valor final do produto.
b) adoção de políticas de subvenção.
c) ampliação do modelo monocultor.
d) investimento no uso da biotecnologia.
e) crescimento da mão de obra empregada.
18. (Enem PPL 2018) Ao longo dos últimos 500 anos, o Brasil viu suas fronteiras do litoral expandirem-se para o
interior. É apenas lógico que a Amazônia tenha sido a última fronteira a ser conquistada e submetida aos ditames da
agricultura, pecuária, lavoura e silvicultura. A incorporação recente das áreas amazônicas à exploração capitalista
tem resultado em implicações problemáticas, dentre elas a destruição do rico patrimônio natural da região.
NITSCH, M. O futuro da Amazônia: questões críticas, cenários críticos. Estudos Avançados, n. 46, dez. 2002.
Na situação descrita, a destruição do patrimônio natural dessa área destacada é explicada pelo(a)
a) distribuição da população ribeirinha.
b) patenteamento das espécies nativas.
c) expansão do transporte hidroviário.
d) desenvolvimento do agronegócio.
e) aumento da atividade turística.
Com base na análise dos mapas, indique duas mudanças político-administrativas ocorridas na região Centro-Oeste
entre as décadas de 1950 e 1990.
Cite, ainda, duas características socioeconômicas atuais da região, relacionadas à atividade agropecuária.
20. (Enem PPL 2017) A conclusão tardia e perversa para o meio ambiente é o verdadeiro desastre ecológico e
econômico ocasionado pelo plantio de café em terrenos declivosos. E o mais grave é que tal lavoura continua a ser
praticada em moldes não muito diferentes daqueles que arrasaram florestas, solos e águas no século XIX.
SOFIATTI, A. Destruição e proteção da Mata Atlântica no Rio de Janeiro: ensaio bibliográfico acerca da eco-história.
História, Ciências, Saúde, n. 2, jul.-out. 1997.
A atividade agrícola mencionada no texto provocou impactos ambientais ao longo do século XIX porque
a) reforçava a ocupação extensiva.
b) utilizava o solo do tipo terra roxa.
c) necessitava de recursos hídricos.
d) estimulava investimentos estrangeiros.
e) empregava mão de obra desqualificada.
O livro Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, documenta o drama dos despossuídos e migrantes no Brasil, ao longo
da história, sendo dedicado a milhares de famílias no país. A exposição Terra, resultante desse trabalho, passou por
40 países e mais de 100 cidades brasileiras em 1997.
Adaptado de landless-voices.org.
Nas últimas décadas, a questão agrária no Brasil estimulou diversas iniciativas de protesto e de mobilização artística
e social, como a exemplificada pela foto publicada no livro Terra.
Na atualidade, a manutenção dos conflitos agrários no Brasil é explicada pela continuidade dos seguintes aspectos:
a) concentração da propriedade fundiária e desigualdade social
b) estagnação da produtividade rural e elevação do desemprego
c) desqualificação da mão de obra assalariada e corporativismo sindical
d) crescimento populacional camponês e regionalização do progresso industrial
22. (Enem PPL 2017) A expansão da fronteira agrícola chega ao semiárido do Nordeste do Brasil com a implantação
de empresas transnacionais e nacionais que, beneficiando-se do fácil acesso à terra e água, se voltam especialmente
para a fruticultura irrigada e o cultivo de camarões. O modelo de produção do agro-hidronegócio caracteriza-se pelo
cultivo em extensas áreas, antecedido pelo desmatamento e consequente comprometimento da biodiversidade.
As atividades econômicas citadas no texto representam uma inovação técnica que trouxe como consequência para a
região a
a) intensificação da participação no mercado global.
b) ampliação do processo de redistribuição fundiária.
c) valorização da diversidade biológica.
d) implementação do cultivo orgânico.
e) expansão da agricultura familiar.
23. (Enem PPL 2017) Os produtores de Nova Europa (SP) estão insatisfeitos com a proibição da queima e do corte
manual de cana, que começou no sábado (01/03/2014) em todo o estado de São Paulo. Para eles, a produção se
torna inviável, já que uma máquina chega a custar R$ 800 mil e o preço do corte dobraria. Além disso, a mecanização
cortou milhares de postos de trabalho.
Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuárias e Agroindustrial (SBERA). Com
proibição da queima, produtores dizem que corte de cana fica inviável. Disponível em: http://sbera.org.br. Acesso
em: 25 mar. 2014.
24. (Enem PPL 2017) A segurança alimentar perseguida por cada agrupamento humano ao longo da história passa a
depender atualmente de algumas poucas corporações multinacionais que passam a deter uma posição privilegiada
nas novas relações sociais e de poder. Essa concentração de dependência no ano de 2001 se aplica a cada um dos
quatro principais grãos – trigo, arroz, milho e soja, – de forma que cerca de 90% da alimentação da população
mundial procede de apenas 15 espécies de plantas e de 8 espécies de animais.
PORTO-GONÇALVES, C.W. Geografia da riqueza, fome e meio ambiente. In: OLIVEIRA, A. U.; MARQUES, M. I. M.
(Org.). O campo no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Casa Amarela;
Paz e Terra, 2004 (adaptado).
25. (Enem PPL 2017) Empreende-se um programa de investimentos em infraestrutura para oferecer as condições
materiais necessárias ao processo de transformação do território nacional em um espaço da economia global. Nessa
configuração territorial, destacam-se hoje pontos de concentração de tecnologias de ponta. É o caso da chamada
agricultura de precisão. Nos pomares paulistas, começou a ser utilizada uma máquina, de origem norte-americana,
capaz de colher cem pés de laranja por hora, sob o controle de computadores.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do séc. XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
2. (Enem 2019)
A divisão política do mundo como apresentada na imagem seria possível caso o planeta fosse marcado pela
estabilidade do(a)
a) ciclo hidrológico.
b) processo erosivo.
c) estrutura geológica.
d) índice pluviométrico.
e) pressão atmosférica.
Equipes de resgate buscam por sobreviventes de um forte terremoto que foi registrado nesta madrugada no
centro da Itália e provocou danos severos em algumas regiões e pelo menos 159 mortes. Muitas pessoas ainda estão
debaixo de escombros, e o balanço de vítimas deve se agravar nas próximas horas. O serviço geológico dos Estados
Unidos informou que o tremor teve magnitude de 6,2 graus na escala Richter. Segundo a rede de televisão, o
epicentro foi situado entre as cidades de Perúgia e Rieti, pouco mais de 150 km a nordeste de Roma.
Analisando o mapa, as áreas do território italiano com maiores possibilidades de abalos sísmicos caracterizam-se
pela seguinte formação geológica:
a) falhas tectônicas
b) escudos cristalinos
c) bacias sedimentares
d) dobramentos antigos
5. (Enem 2017) O terremoto de 8,8 na escala Richter que atingiu a costa oeste do Chile, em fevereiro, provocou
mudanças significativas no mapa da região. Segundo uma análise preliminar, toda a cidade de Concepción se
deslocou pelo menos três metros para a oeste, enquanto Santiago, mais próxima do local do evento, deslocou-se
quase 30 centímetros para a oeste-sudoeste. As cidades de Valparaíso, no Chile, e Mendoza, na Argentina, também
tiveram suas posições alteradas significativamente (13,4 centímetros e 8,8 centímetros, respectivamente).
No texto, destaca-se um tipo de evento geológico frequente em determinadas partes da superfície terrestre. Esses
eventos estão concentrados em
a) áreas vulcânicas, onde o material magmático se eleva, formando cordilheiras.
b) faixas costeiras, onde o assoalho oceânico recebe sedimentos, provocando tsunamis.
c) estreitas faixas de intensidade sísmica, no contato das placas tectônicas, próximas a dobramentos modernos.
d) escudos cristalinos, onde as rochas são submetidas aos processos de intemperismo, com alterações bruscas de
temperatura.
e) áreas de bacias sedimentares antigas, localizadas no centro das placas tectônicas, em regiões conhecidas como
pontos quentes.
6. (Enem PPL 2017) A destruição, o transporte e a deposição de pequenos fragmentos rochosos dependem da
direção e intensidade com que este agente atua na superfície terrestre, sobretudo em regiões áridas e semiáridas,
com pouca presença de vegetação. É nesse ambiente que se verifica o constante trabalho de formação, destruição e
reconstrução de elevações de areia que recebem o nome de dunas.
LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia geral. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1995 (adaptado).
7. (Enem PPL 2017) As rochas são desagregadas e decompostas e os materiais resultantes de sua ação, tais como
seixos, cascalhos, areias, siltes e argilas, são carregados e depois depositados e, também, substâncias dissolvidas na
água podem precipitar. Em virtude de sua atuação, quaisquer rochas, independentemente de suas características,
podem ficar destacadas no relevo.
BELLOMO, H. R. et al. (Org.). Rio Grande do Sul: aspectos da geografia. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1997
(adaptado).
8. (Enem (Libras) 2017) De repente, ouve-se uma explosão. Espanto! Num instante, todos estão na rua. Espetáculo
alucinante, o topo do Vesúvio havia se partido em dois. Uma coluna de fogo escapa dali. Logo depois é a agitação.
Em volta começa a desabar uma chuva de projéteis: pedras-pomes, lapíli e, às vezes, pedaços de rochas —
fragmentos arrancados do topo da montanha e da tampa que obstruía a cratera.
GUERDAN, R. A tragédia de Pompeia. Disponível em: www2.uol.com.br. Acesso em: 24 out. 2015 (adaptado).
9. (Enem 2019) A pegada ecológica gigante que estamos a deixar no planeta está a transformá-lo de tal forma que
os especialistas consideram que já entramos numa nova época geológica, o Antropoceno. E muitos defendem que,
se não travarmos a crise ambiental, mais rapidamente transformaremos a Terra em Vênus do que iremos a Marte. A
expressão “Antropoceno” é atribuída ao químico e prêmio Nobel Paul Crutzen, que a propôs durante uma
conferência em 2000, ao mesmo tempo que anunciou o fim do Holoceno – a época geológica em que os seres
humanos se encontram há cerca de 12 mil anos, segundo a União Internacional das Ciências Geológicas (UICG), a
entidade que define as unidades de tempo geológicas.
SILVA, R. D. Antropoceno: e se formos os últimos seres vivos a alterar a Terra? Disponível em: www.publico.pt.
Acesso em: 5 dez. 2017 (adaptado).
A concepção apresentada considera a existência de uma nova época geológica concebida a partir da capacidade de
influência humana nos processos
a) eruptivos.
b) exógenos.
c) tectônicos.
d) magmáticos.
e) metamórficos.
11. (Uerj 2016) As usinas geotérmicas são uma forma alternativa de geração de energia elétrica por utilizarem as
elevadas temperaturas do próprio subsolo em algumas regiões. Considere as informações do esquema e do mapa a
seguir:
O país cuja localização espacial proporciona condições ideais para amplo aproveitamento da energia geotérmica é:
a) Islândia
b) Nigéria
c) Uruguai
d) Austrália
12. (Enem 2015) Os movimentos de massa constituem-se no deslocamento de material (solo e rocha) vertente
abaixo pela influência da gravidade. As condições que favorecem os movimentos de massa dependem
principalmente da estrutura geológica, da declividade da vertente, do regime de chuvas, da perda de vegetação e da
atividade antrópica.
BIGARELLA, J. J. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianópolis: UFSC, 2003 (adaptado).
13. (Uerj 2014) Observe na imagem uma feição de relevo em escarpa, área de desnível acentuado de altitude,
encontrada geralmente nas bordas de planalto, como os trechos da Serra do Mar no estado do Rio de Janeiro.
Utilizando a técnica das curvas de nível, uma representação aproximada dessa imagem em uma carta topográfica
está indicada em:
a)
b)
c)
d)
e)
14. (Enem 2012) As plataformas ou crátons correspondem aos terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases
de erosão. Apresentam uma grande complexidade litológica, prevalecendo as rochas metamórfi cas muito antigas
(Pré-Cambriano Médio e Inferior). Também ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de rochas sedimentares.
São três as áreas de plataforma de crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul-Amazônica e a do São Francisco.
As regiões cratônicas das Guianas e a Sul-Amazônica têm como arcabouço geológico vastas extensões de escudos
cristalinos, ricos em minérios, que atraíram a ação de empresas nacionais e estrangeiras do setor de mineração e
destacam-se pela sua história geológica por
a) apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em jazidas minerais (ferro, manganês).
b) corresponderem ao principal evento geológico do Cenozoico no território brasileiro.
c) apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que originaram a maior planície do país.
d) possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos em reservas de petróleo e gás natural.
e) serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, decorrente da variação de temperatura.
15. (Uerj 2012) O Ministério da Saúde do Haiti informou que 4.030 pessoas morreram até 24 de janeiro de 2011, em
decorrência da epidemia de cólera. A situação se agrava, pois o país ainda busca a reconstrução depois do terremoto
de 12 de janeiro de 2010, que devastou a capital Porto Príncipe e outras cidades importantes.
16. (Enem 2011) Um dos principais objetivos de se dar continuidade às pesquisas em erosão dos solos é o de
procurar resolver os problemas oriundos desse processo, que, em última análise, geram uma série de impactos
ambientais. Além disso, para a adoção de técnicas de conservação dos solos, é preciso conhecer como a água
executa seu trabalho de remoção, transporte e deposição de sedimentos. A erosão causa, quase sempre, uma série
de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo em grandes áreas.
GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização
de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007 (adaptado).
A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para evitar catástrofes em
função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue no caminho contrário a essa solução é
a) a aração.
b) o terraceamento.
c) o pousio.
d) a drenagem.
e) o desmatamento.
O Brasil viveu, na última semana, um pesadelo. O país ainda chora os 110 mortos e mais de 200 desaparecidos
deixados pela avalanche de lama da sexta-feira passada, dia 25 de janeiro, em Brumadinho (MG), causada pelo
rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale. A tragédia tem um precedente muito próximo,
também no Estado de Minas Gerais, em Mariana. Em 5 de novembro de 2015, o rompimento de duas paredes de
contenção na represa da Samarco matou 19 pessoas e deixou um irreparável rastro de destruição ambiental.
É assombroso constatar que, mais de três anos depois, o Brasil continua debatendo sobre os mesmos problemas que
ocasionaram a primeira tragédia. Mais ainda, que durante todo este tempo nada tenha sido feito para melhorar a
segurança de tais instalações. É terrível também ver como uma parte da sociedade continua demonizando a
fiscalização ambiental e militando em uma dicotomia cega e antiquada entre preservação e desenvolvimento
econômico.
O desastre de Brumadinho é uma boa oportunidade para refletir sobre uma visão muito disseminada no Brasil de
que a proteção ambiental é um entrave ao desenvolvimento. Muitos acreditam que devemos desenhar políticas
econômicas sem analisar suas consequências ambientais. Isso está profundamente equivocado. Os livros de
economia das melhores universidades do mundo já não falam mais de crescimento sem considerar os seus impactos
ambientais, que no passado eram tratados como simples “externalidades”.
Na visão antiga, qualquer forma de extrair minério é boa porque faz a economia crescer. Não entra nessa
perspectiva a análise do custo das vidas e da degradação ambiental decorrente de desastres como os de
Brumadinho ou Mariana. Se os órgãos ambientais tivessem exigido maiores investimentos da Vale na segurança das
barragens antes de conceder a licença, isso teria sido visto como um “entrave ambiental”.
VIRGÍLIO VIANA
Adaptado de brasil.elpais.com, 16/03/2019.
Nos textos são apresentados alguns dos significados dos desastres humanos e ambientais causados pelo
rompimento de barragens de rejeitos de mineração em Mariana e Brumadinho.
Os desastres mencionados indicam a permanência do seguinte critério na relação entre desenvolvimento econômico
e preservação ambiental:
a) valorização da ocupação laboral
b) primazia da acumulação capitalista
c) racionalização da produção industrial
d) retomada da desregulamentação estatal
2. (Enem PPL 2012) Na Serra do Navio (AP), uma empresa construiu uma usina de beneficiamento, um porto, uma
estrada de ferro e vilas. Entretanto, depois que as reservas foram exauridas, a companhia fechou a mina e as vilas se
esvaziaram. Sobrou uma pequena comunidade de pescadores. São 1,8 mil moradores que sofrem com graves
problemas nos rins, dores no corpo, diarreia, e vômitos decorrentes da contaminação do solo e da água por arsênio.
MILANEZ, B. “Impactos da mineração”. Le monde diplomatique. São Paulo, ano 3, n. 36. Adaptado.
3. (Enem 2010) No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e
diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país, ligando o interior ao
principal porto da região, em São Luís. Por seus, aproximadamente, 900 quilômetros de linha, passam, hoje, 5353
vagões e 100 locomotivas.
A ferrovia em questão é de extrema importância para a logística do setor primário da economia brasileira, em
especial para porções dos estados do Pará e Maranhão.
Um argumento que destaca a importância estratégica dessa porção do território é a
a) produção de energia para as principais áreas industriais do país.
b) produção sustentável de recursos minerais não metálicos.
c) capacidade de produção de minerais metálicos.
d) logística de importação de matérias-primas industriais.
e) produção de recursos minerais energéticos.
A foto acima foi realizada por Sebastião Salgado, em 1989, no garimpo de Serra Pelada. Do ponto de vista social,
ambiental e econômico, o fenômeno retratado
a) reuniu milhares de homens em busca de fortuna, o que resultou na criação, na região, de várias cidades na região
com economia diversificada.
b) é indício da sobrevivência, no Brasil, das velhas práticas de mutirão, que, por serem tradicionais, agridem menos a
natureza.
c) mostra como, no início da revolução informática, ainda se recorria ao trabalho manual em condições desumanas,
sem racionalidade produtiva.
d) abriu uma nova frente de trabalho e de produção de riqueza no estado do Pará, que se mantém até hoje, graças a
um planejamento sustentável.
e) permitiu a extração de ouro, o que elevou socialmente grande contingente populacional e contribuiu para melhor
distribuição da riqueza na região.
CLIMA
1. (Enem 2019)
No Hemisfério Sul, a sequência latitudinal dos desertos representada na imagem sofre uma interrupção no Brasil
devido à seguinte razão:
a) Existência de superfícies de intensa refletividade.
b) Preponderância de altas pressões atmosféricas.
c) Influência de umidade das áreas florestais.
d) Predomínio de correntes marinhas frias.
e) Ausência de massas de ar continentais.
2. (Enem 2019)
Há mais de duas décadas, os cientistas e ambientalistas têm alertado para o fato de a água doce ser um recurso
escasso em nosso planeta. Desde o começo de 2014, o Sudeste do Brasil adquiriu uma clara percepção dessa
realidade em função da seca.
TEXTO II
De acordo com as informações apresentadas, a seca de 2014, no Sudeste, teve como causa natural o(a)
a) constituição de frentes quentes barrando as chuvas convectivas.
b) formação de anticiclone impedindo a entrada de umidade.
c) presença de nebulosidade na região de cordilheira.
d) avanço de massas polares para o continente.
e) baixa pressão atmosférica no litoral.
4. (Enem 2018) A presunção de que a superfície das chapadas e chapadões representa uma velha peneplanície é a
corroborada pelo fato de que ela é coberta por acumulações superficiais, tais como massas de areia, camadas de
cascalhos e seixos e pela ocorrência generalizada de concreções ferruginosas que formam uma crosta laterítica,
denominada “canga”.
WEIBEL, L. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br. Acesso em: 8 jul. 2015 (adaptado).
5. (Enem 2018)
Qual característica do meio físico é condição necessária para a distribuição espacial do fenômeno representado?
a) Cobertura vegetal com porte arbóreo.
b) Barreiras orográficas com altitudes elevadas.
c) Pressão atmosférica com diferença acentuada.
d) Superfície continental com refletividade intensa.
e) Correntes marinhas com direções convergentes.
6. (Enem 2017)
No dia em que foram colhidos os dados meteorológicos apresentados, qual fator climático foi determinante para
explicar os índices de umidade relativa do ar nas regiões Nordeste e Sul?
a) Altitude, que forma barreiras naturais.
b) Vegetação, que afeta a incidência solar.
c) Massas de ar, que provocam precipitações.
d) Correntes marítimas, que atuam na troca de calor.
e) Continentalidade, que influencia na amplitude da temperatura.
7. (Enem 2017)
As temperaturas médias mensais e as taxas de pluviosidade expressas no climograma apresentam o clima típico da
seguinte cidade:
a) Cidade do Cabo (África do Sul), marcado pela reduzida amplitude térmica anual.
b) Sydney (Austrália), caracterizado por precipitações abundantes no decorrer do ano.
c) Mumbai (Índia), definido pelas chuvas monçônicas torrenciais.
d) Barcelona (Espanha), afetado por massas de ar seco.
e) Moscou (Rússia), influenciado pela localização geográfica em alta latitude.
8. (Enem 2017)
Nas imagens constam informações sobre a formação de brisas em áreas litorâneas. Esse processo é resultado de
a) uniformidade do gradiente de pressão atmosférica.
b) aquecimento diferencial da superfície.
c) quedas acentuadas de médias térmicas.
d) mudanças na umidade relativa do ar.
e) variações altimétricas acentuadas.
Os eventos extremos de curta duração, como as chuvas intensas que caíram sobre São Paulo e outras cidades
brasileiras com suas trágicas consequências, vão se intensificar com as mudanças climáticas em curso há algumas
décadas. “Na década de 1930 e, se formos um pouco mais atrás no tempo, no século XIX, não ocorriam tantos
eventos extremos de chuva como acontecem hoje na cidade de São Paulo”, diz Carlos Nobre, do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais. “Isso é mudança climática, não necessariamente provocada pelo aquecimento global”,
ressalta. O mais provável é que a maior parte dessa mudança climática tenha origem na própria Região
Metropolitana de São Paulo.
Considerando a dinâmica ambiental de grandes metrópoles, como São Paulo, as circunstâncias locais para a elevação
do índice de chuvas apontada no texto estão relacionadas ao fenômeno de:
a) ilha de calor
b) inversão térmica
c) campo de vento
d) precipitação ácida
10. (Uerj 2014) Nos mapas abaixo, são representadas as médias históricas de variação da chuva no território
brasileiro, em milímetros, por estação do ano.
Considere os seguintes climogramas:
Comparando os mapas com os gráficos, identifique as macrorregiões brasileiras nas quais predominam os climas A e
B, respectivamente. Em seguida, explique a pequena variação anual da temperatura em ambos os climas.
11. (Enem 2014) A convecção na Região Amazônica é um importante mecanismo da atmosfera tropical e sua
variação, em termos de intensidade e posição, tem um papel importante na determinação do tempo e do clima
dessa região. A nebulosidade e o regime de precipitação determinam o clima amazônico.
FISCH, G.; MARENGO, J. A.; NOBRE, C. A. “Uma revisão geral sobre o clima da Amazônia”. Acta Amazônica, v. 28, n. 2,
1998 (adaptado).
12. (Enem PPL 2012) Desde a sua formação, há quase 4,5 bilhões de anos, a Terra sofreu várias modificações em seu
clima, com períodos alternados de aquecimento e resfriamento e elevação ou decréscimo de pluviosidade, sendo
algumas em escala global e outras em nível menor.
ROSS. J. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003 (adaptado).
13. (Uerj 2012) Uma das mais promissoras formas de geração de energia é a solar, por ser limpa e renovável.
Contudo, sua disponibilidade não é homogênea, já que alguns fatores naturais possibilitam maior produção desse
tipo de energia em determinados lugares.
Analise abaixo o mapa solar do Chile, país com grande potencial de produção de eletricidade solar:
A região chilena com maior potencial para o aproveitamento da energia solar é a que possui o seguinte clima:
a) equatorial
b) desértico
c) subtropical
d) mediterrâneo
14. (Enem 2012) A interface clima/sociedade pode ser considerada em termos de ajustamento à extensão e aos
modos como as sociedades funcionam em uma relação harmônica com seu clima. O homem e suas sociedades são
vulneráveis às variações climáticas. A vulnerabilidade é a medida pela qual a sociedade é suscetível de sofrer por
causas climáticas.
AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 (adaptado).
Considerando o tipo de relação entre ser humano e condição climática apresentado no texto, uma sociedade torna-
se mais vulnerável quando
a) concentra suas atividades no setor primário.
b) apresenta estoques elevados de alimentos.
c) possui um sistema de transporte articulado.
d) diversifica a matriz de geração de energia.
e) introduz tecnologias à produção agrícola.
POPULAÇÃO
CHICO SCIENCE e Nação Zumbi. In: Da lama ao caos. Rio de Janeiro: Chaos; Sony Music, 1994 (fragmento).
A letra da canção do início dos anos 1990 destaca uma questão presente nos centros urbanos brasileiros que se
refere ao(à)
a) deficit de transporte público.
b) estagnação do setor terciário.
c) controle das taxas de natalidade.
d) elevação dos índices de criminalidade.
e) desigualdade da distribuição de renda.
As fronteiras, ao mesmo tempo que se separam, unem e articulam, por elas passando discursos de legitimação da
ordem social tanto quanto do conflito.
CUNHA, L. Terras lusitanas e gentes dos brasis: a nação e o seu retrato literário. Revista Ciências Sociais, n. 2, 2009.
TEXTO II
As últimas barreiras ao livre movimento do dinheiro e das mercadorias e informação que rendem dinheiro andam de
mãos dadas com a pressão para cavar novos fossos e erigir novas muralhas que barrem o movimento daqueles que
em consequência perdem, física ou espiritualmente, suas raízes.
BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
3. (Enem PPL 2017) No primeiro semestre do ano de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte
judicial brasileira, prolatou decisão referente ao polêmico caso envolvendo a demarcação da reserva indígena
Raposa Serra do Sol, onde habitam aproximadamente dezenove mil índios aldeados nas tribos Macuxi, Wapixana,
Taurepang, Ingarikó e Paramona – em julgamento paradigmático que estabeleceu uma série de conceitos e
diretrizes válidas não só para o caso em questão, mas para todas as reservas indígenas demarcadas ou em processo
de demarcação no Brasil.
4. (Enem 2017) Procuramos demonstrar que o desenvolvimento pode ser visto como um processo de expansão das
liberdades reais que as pessoas desfrutam. O enfoque nas liberdades humanas contrasta com visões mais restritas
de desenvolvimento, como as que identificam desenvolvimento com crescimento do Produto Nacional Bruto, ou
industrialização. O crescimento do PNB pode ser muito importante como um meio de expandir as liberdades. Mas as
liberdades dependem também de outros determinantes, como os serviços de educação e saúde e os direitos civis.
SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
5. (Enem 2019) A comunidade de Mumbuca, em Minas Gerais, tem uma organização coletiva de tal forma
expressiva que coopera para o abastecimento de mantimentos da cidade do Jequitinhonha, o que pode ser atestado
pela feira aos sábados. Em Campinho da Independência, no Rio de Janeiro, o artesanato local encanta os
frequentadores do litoral sul do estado, além do restaurante quilombola que atende aos turistas.
ALMEIDA, A. W. B. (Org.). Cadernos de debates nova cartografia social: Territórios quilombolas e conflitos. Manaus:
Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia; UEA Edições, 2010 (adaptado).
6. (Enem 2019) Tratava-se agora de construir um ritmo novo. Para tanto, era necessário convocar todas as forças
vivas da Nação, todos os homens que, com vontade de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, num
tempo novo, um novo Tempo. E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, começaram
a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos
de couro e mãos de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus-de-arara, por todas as
formas possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres e filhos
a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes
pareciam cantar saudades aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria... Terra de sol, Terra de luz…
Brasil! Brasil! Brasília!
MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. III – A chegada dos candangos. Disponível em:
www.viniciusdemoraes.com.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
No texto, a narrativa produzida sobre a construção de Brasília articula os elementos políticos e socioeconômicos
indicados, respectivamente, em:
a) Apelo simbólico e migração inter-regional.
b) Organização sindical e expansão do capital.
c) Segurança territorial e estabilidade financeira.
d) Consenso partidário e modernização rodoviária.
e) Perspectiva democrática e eficácia dos transportes.
7. (Enem 2019) O bônus demográfico é caracterizado pelo período em que, por causa da redução do número de
filhos por mulher, a estrutura populacional fica favorável ao crescimento econômico. Isso acontece porque há
proporcionalmente menos crianças na população, e o percentual de idosos ainda não é alto.
CHICO BUARQUE. Paratodos. 1993. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 29 jun. 2015
(fragmento).
9. (Enem PPL 2019) Uma ação tomada por alguns países que pode funcionar é proporcionar bolsas de estudo e
empréstimos para aqueles que querem estudar em centros universitários fora do país, com a contrapartida de que,
após a conclusão da faculdade, essas pessoas possam pagar ao governo voltando e trabalhando no país de origem.
Desburocratizar o exercício de certas profissões e incentivar centros de excelência também pode ajudar.
MALI, T. Disponível em: www.ufjf.br. Acesso em: 10 out. 2015 (adaptado).
10. (Enem 2019) A fome não é um problema técnico, pois ela não se deve à falta de alimentos, isso porque a fome
convive hoje com as condições materiais para resolvê-la.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Geografia da riqueza, fome e meio ambiente. In: OLIVEIRA, A. U.; MARQUES, M. I. M.
(Org.). O campo no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Casa Amarela;
Paz e Terra, 2004 (adaptado).
O texto demonstra que o problema alimentar apresentado tem uma dimensão política por estar associado ao(à)
a) escala de produtividade regional.
b) padrão de distribuição de renda.
c) dificuldade de armazenamento de grãos.
d) crescimento da população mundial.
e) custo de escoamento dos produtos.
12. (Enem PPL 2018) A recente crise generalizada que se instalou na primeira república negra do mundo não pode
ser entendida de forma pontual e simplória. É necessário compreender sua história, marcada por intervenções,
regimes ditatoriais, corrupção e desastres ambientais, originando a atual realidade socioeconômica e política do
Haiti.
MORAES, I. A.; ANDRADE, C. A. A.; MATTOS, B. R. B. A imigração haitiana para o Brasil: causas e desafios. Conjuntura
Austral, n. 20, 2013.
No contexto atual, os problemas enfrentados pelo Haiti resultaram em um expressivo fluxo migratório em direção ao
Brasil devido ao seguinte fato:
a) Melhores condições de vida.
b) Tratamento legal diferenciado.
c) Garantia de empregos formais.
d) Equivalência de costumes culturais.
e) Auxílio para qualificação profissional.
13. (Enem 2018) Os países industriais adotaram uma concepção diferente das relações familiares e do lugar da
fecundidade na vida familiar e social. A preocupação de garantir uma transmissão integral das vantagens econômicas
e sociais adquiridas tem como resultado uma ação voluntária de limitação do número de nascimentos.
GEORGE, P. Panorama do mundo atual. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1968 (adaptado).
Em meados do século XX, o fenômeno social descrito contribuiu para o processo europeu de
a) estabilização da pirâmide etária.
b) conclusão da transição demográfica.
c) contenção da entrada de imigrantes.
d) elevação do crescimento vegetativo.
e) formação de espaços superpovoados.
16. (Enem 2017) O fenômeno da mobilidade populacional vem, desde as últimas décadas do século XX,
apresentando transformações significativas no seu comportamento, não só no Brasil como também em outras
partes do mundo. Esses novos processos se materializam, entre outros aspectos, na dimensão interna, pelo
redirecionamento dos fluxos migratórios para as cidades médias, em detrimento dos grandes centros urbanos; pelos
deslocamentos de curta duração e a distâncias menores; pelos movimentos pendulares, que passam a assumir maior
relevância nas estratégias de sobrevivência, não mais restritos aos grandes aglomerados urbanos.
OLIVEIRA, L. A. P.; OLIVEIRA, A. T. R. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE,
2011 (adaptada).
A redefinição dos fluxos migratórios internos no Brasil, no período apontado no texto, tem como causa a
intensificação do processo de
a) descapitalização do setor primário.
b) ampliação da economia informal.
c) tributação da área residencial citadina.
d) desconcentração da atividade industrial.
e) saturação da empregabilidade no setor terciário.
17. (Enem PPL 2017) A utilização dos métodos da Revolução Verde (RV) fez com que aumentasse dramaticamente a
produção mundial de alimentos nas quatro últimas décadas, tanto assim que agora se produz comida suficiente para
alimentar todas as pessoas do mundo. Mas o fundamental é que, apesar de todo esse avanço, a fome continua a
assolar vastas regiões do planeta.
LACEY, H.; OLIVEIRA, M. B. Prefácio. In: SHIVA, V. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento.
Petrópolis: Vozes, 2001.
MEIO AMBIENTE
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Física para poetas
O ensino da física sempre foi um grande desafio. Nos últimos anos, muitos esforços foram feitos com o objetivo de
ensiná-la desde as séries iniciais do ensino fundamental, no contexto do ensino de ciências. Porém, como disciplina
regular, a física aparece no ensino médio, quando se torna “um terror” para muitos estudantes.
1
Várias pesquisas vêm tentando identificar quais são as principais dificuldades do ensino de física e das ciências em
geral. Em particular, a queixa que sempre se detecta é que 2os estudantes não conseguem compreender a linguagem
matemática na qual, muitas vezes, os conceitos físicos são expressos. Outro ponto importante é que as questões que
envolvem a física são apresentadas fora de uma contextualização do cotidiano das pessoas, o que dificulta seu
aprendizado. Por fim, existe uma enorme carência de professores formados em física para ministrar as aulas da
disciplina.
As pessoas que vão para o ensino superior e que não são da área de ciências exatas praticamente nunca mais têm
contato com a física, da mesma maneira que os estudantes de física, engenharia e química poucas vezes voltam a ter
contato com a literatura, a história e a sociologia. É triste notar que 3a especialização na formação dos indivíduos
costuma deixá-los distantes de partes importantes da nossa cultura, da qual as ciências físicas e as humanidades
fazem parte.
Mas vamos pensar em soluções. Há alguns anos, 4ofereço um curso chamado “Física para poetas”. A ideia não é
original – ao contrário, é muito utilizada em diversos países e aqui mesmo no Brasil. Seu objetivo é apresentar a
física sem o uso da linguagem matemática e tentar mostrá-la próxima ao cotidiano das pessoas. Procuro destacar a
beleza dessa ciência, associando-a, por exemplo, à poesia e à música.
Alguns dos temas que trabalho em “Física para poetas” são inspirados nos artigos que publico. Por exemplo, 5“A
busca pela compreensão cósmica” é uma das aulas, na qual apresento a evolução dos modelos que temos do
universo. Começando pelas visões místicas e mitológicas e chegando até as modernas teorias cosmológicas, falo
sobre a busca por responder a questões sobre a origem do universo e, consequentemente, a nossa origem, para
compreendermos o nosso lugar no mundo e na história.
Na aula “Memórias de um carbono”, faço uma narrativa de um átomo de carbono contando sua história, em
primeira pessoa, desde seu nascimento, em uma distante estrela que morreu há bilhões de anos, até o momento em
que sai pelo nariz de uma pessoa respirando. Temas como astronomia, biologia, evolução e química surgem ao longo
dessa aula, bem como as músicas “Átimo de pó” e “Estrela”, de Gilberto Gil, além da poesia “Psicologia de um
vencido”, de Augusto dos Anjos.
Em “O tempo em nossas vidas”, apresento esse fascinante conceito que, na verdade, vai muito além da física: está
presente em áreas como a filosofia, a biologia e a psicologia. Algumas músicas de Chico Buarque e Caetano Veloso,
além de poesias de Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade, ajudaram nessa abordagem. Não faltou
também “Tempo Rei”, de Gil.
A arte é uma forma importante do conhecimento humano. Se músicas e poesias inspiram as mentes e os corações,
podemos mostrar que a ciência, em particular a física, também é algo inspirador e belo, capaz de criar certa poesia e
encantar não somente aos físicos, mas a todos os poetas da natureza.
ADILSON DE OLIVEIRA
Adaptado de cienciahoje.org.br, 08/08/2016.
Pouco tempo atrás, o átomo de carbono foi liberado de sua prisão química. No processo de transformação industrial
do petróleo, ele foi incorporado à gasolina que era processada em uma refinaria. Não demorou muito e ele estava
participando de uma reação de queima no motor de um automóvel e rapidamente estava novamente livre na
atmosfera. A excessiva liberação desses átomos de carbono que ficaram aprisionados por milhões de anos no
subsolo é um dos maiores problemas que a humanidade enfrenta atualmente.
O gestor hospitalar Edgar Escobar comprou um carro elétrico em 2016. Ele tem um dos 4.784 veículos elétricos ou
híbridos que circulam pelas ruas do Brasil hoje. São carros e ônibus que ajudam a preservar o meio ambiente. E cerca
de 300 deles são 100% elétricos. Ou seja, a emissão de gases poluentes é zero. Todo o funcionamento do carro é
sustentado pela bateria, que pode ser carregada numa tomada dentro de casa.
O desenvolvimento de veículos elétricos é uma das medidas para enfrentar o problema apontado acima, no primeiro
texto.
A eficácia ambiental dessa medida, considerando as tecnologias comercialmente viáveis a curto prazo no mundo,
depende principalmente do seguinte fator:
a) perfil da matriz energética
b) tamanho da carga tributária
c) qualidade da rede rodoviária
d) automação da cadeia produtiva
2. (Enem PPL 2018) O Decreto Federal n. 7.390/2010, que regulamenta a Lei da Política Nacional sobre Mudança do
Clima (PNMC) no Brasil, projeta que as emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) em 2020 serão de 3,236
milhões. Esse mesmo decreto define o compromisso nacional voluntário do Brasil em reduzir as emissões de GEE
projetadas para 2020 entre 38,6% e 38,9%.
BRASIL. Decreto n. 7.390, de 9 de dezembro de 2010. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2014
(adaptado).
3. (Enem 2017) A instalação de uma refinaria obedece a diversos fatores técnicos. Um dos mais importantes é a
localização, que deve ser próxima tanto dos centros de consumo como das áreas de produção. A Petrobras possui
refinarias estrategicamente distribuídas pelo país. Elas são responsáveis pelo processamento de milhões de barris de
petróleo por dia, suprindo o mercado com derivados que podem ser obtidos a partir de petróleo nacional ou
importado.
MURTA, A. L. S. Energia: o vício da civilização; crise energética e alternativas sustentáveis. Rio de Janeiro: Garamond,
2011.
A territorialização de uma unidade produtiva depende de diversos fatores locacionais. A partir da leitura do texto, o
fator determinante para a instalação das refinarias de petróleo é a proximidade a
a) sedes de empresas petroquímicas.
b) zonas de importação de derivados.
c) polos de desenvolvimento tecnológico.
d) áreas de aglomerações de mão de obra.
e) espaços com infraestrutura de circulação.
4. (Enem 2017)
Comparando os dados das hidrelétricas, uma características territorial positiva de Belo Monte é o(a)
a) reduzido espaço relativo inundado.
b) acentuado desnível do relevo local.
c) elevado índice de urbanização nacional.
d) presença dos grandes parques industriais.
e) proximidade de fronteiras internacionais estratégicas.
5. (Uerj 2016) As imagens noturnas feitas por satélites revelam a distribuição espacial do consumo de energia
elétrica, permitindo identificar diferenças importantes entre as sociedades humanas, como no exemplo abaixo.
A imagem indica diferentes padrões espaciais do consumo de energia entre as regiões norte e sul da Península
Coreana.
Entre essas regiões, tal diferença é explicada, principalmente, por seus respectivos níveis de:
a) poderio militar
b) democracia política
c) contingente populacional
d) desenvolvimento econômico
6. (Enem PPL 2016) Os dias do Nu como um dos últimos rios de curso livre da região estão terminando. O governo
chinês surpreendeu ambientalistas este ano ao reavivar planos de construir usinas hidrelétricas em áreas remotas do
curso superior do Nu, o centro de um Patrimônio Mundial da Unesco na província de Yunnan, sudoeste da China,
que se classifica entre os lugares ecologicamente mais diversificados e frágeis do mundo. Os críticos dizem que o
projeto obrigará a remanejar dezenas de minorias étnicas nos planaltos de Yunnan e destruirá os campos de desova
de dezenas de espécies de peixes ameaçadas.
7. (Enem PPL 2015) O ícone dos conflitos que assolam a região da bacia do Xingu na atualidade é o projeto da
hidrelétrica de Belo Monte. Prevista para ser implantada no Médio Xingu, tem a capacidade de gerar, segundo os
estudos da Eletronorte, 11 mil megawatts de energia, o que faria dela a segunda maior hidrelétrica do Brasil. Entre
adesivos que refletem o teor polêmico do projeto – “Eu quero Belo Monte” e “Fora Belo Monte” –, os moradores de
Altamira, cidade polo da região onde a usina deverá ser construída, se dividem.
No texto, está apresentada a nova matriz energética do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. A
escolha por essa nova matriz prioriza o(a)
a) expansão da oferta de energia, para aumento da atividade turística.
b) uso de fontes limpas, para manutenção das condições ecológicas da região.
c) barateamento dos custos energéticos, para estímulo da ocupação permanente.
d) desenvolvimento de unidades complementares, para solução da carência energética local.
e) diminuição dos gastos operacionais de transporte, para superação da distância do continente.
9. (Enem PPL 2014) Uma maior disponibilidade de combustível fóssil, como acontece com as crescentes
possibilidades brasileiras, é fonte de importantes perspectivas econômicas para o país. Ao mesmo tempo, porém,
numa época de pressão mundial por alimentos e biocombustíveis, as reservas nacionais de água doce, o clima
favorável e o domínio de tecnologias de ponta no setor conferem à matriz energética brasileira um papel-chave na
mudança do paradigma energético-produtivo.
No texto, é ressaltada a importância da matriz energética brasileira enquanto referência de caráter mais sustentável.
Essa importância é derivada da
a) conquista da autossuficiência petrolífera pela descoberta de novas jazidas.
b) expansão da fronteira agrícola intensiva para produção de biocombustíveis.
c) superação do uso de energia não renovável no setor de transporte de cargas.
d) apropriação das condições naturais do território para diversificação das fontes.
e) redução do impacto social advindo da substituição de termelétricas por hidrelétricas.
10. (Uerj 2014) A partir de 2007, quando se anunciou a descoberta de grandes reservas do chamado “pré-sal”, o
governo brasileiro passou a defender novas regras para a exploração de petróleo no país. O pré-sal corresponde à
camada de rocha que contém petróleo e que está localizada abaixo de uma espessa camada de sal. A Petrobras
estima que no pré-sal brasileiro haja reservas em torno de 70 bilhões a 100 bilhões de barris de petróleo. Em agosto
de 2009, o ex-presidente Lula apresentou projetos para mudanças no setor petrolífero, sendo um deles a
redistribuição dos royalties. No ano de 2011, por exemplo, os royalties somaram R$ 25,6 bilhões.
A disputa pela redistribuição dos royalties do petróleo entre estados e municípios brasileiros se acirrou no final de
2012, em função de novas regras para o setor votadas no Congresso Nacional.
Essa disputa decorre diretamente da característica político-econômica do país indicada em:
a) controle da União sobre a regulação do acesso às riquezas hidrominerais
b) dependência de capitais estrangeiros no fornecimento de matérias-primas
c) monopólio da legislação federal sobre os insumos para a indústria de base
d) adequação dos padrões tecnológicos na preservação dos recursos ambientais
A ampliação do uso de fontes de energia renováveis e não poluentes representa uma das principais esperanças para
a redução dos impactos ambientais sobre o planeta.
Considerando os gráficos, a distribuição espacial da produção instalada das energias eólica e fotovoltaica é explicada,
sobretudo pela seguinte característica dos países que mais as utilizam:
a) matriz elétrica limpa
b) perfil climático favorável
c) densidade demográfica reduzida
d) desenvolvimento tecnológico avançado
12. (Uerj 2012) Uma das mais promissoras formas de geração de energia é a solar, por ser limpa e renovável.
Contudo, sua disponibilidade não é homogênea, já que alguns fatores naturais possibilitam maior produção desse
tipo de energia em determinados lugares.
Analise abaixo o mapa solar do Chile, país com grande potencial de produção de eletricidade solar:
A região chilena com maior potencial para o aproveitamento da energia solar é a que possui o seguinte clima:
a) equatorial
b) desértico
c) subtropical
d) mediterrâneo
O uso de fontes renováveis de energia passou a ser encarado como fundamental para a superação das contradições
ecológicas do modelo econômico atual. As fontes renováveis que mais contribuem para o percentual verificado na
matriz energética brasileira são:
a) solar e eólica
b) biomassa e solar
c) eólica e hidráulica
d) hidráulica e biomassa
Há 34 anos, os governos do Brasil e da Alemanha firmavam programa de cooperação que previa a construção de oito
centrais termonucleares, além de usinas de enriquecimento de urânio e de reprocessamento do combustível
nuclear.
Além das irregularidades apontadas na reportagem, o atual programa nuclear brasileiro tem como principal
problema:
a) risco de poluição ambiental
b) inviabilidade da tecnologia adotada
c) ausência de fontes de investimentos
d) indisponibilidade de mão de obra qualificada
ÁFRICA1. (Unicamp 2014) Apesar de ter começado no inverno de 2010, a chamada Primavera Árabe – uma alusão à
Primavera de Praga de 1968 – resultou de protestos por mudanças sociais e políticas no Oriente Médio e, sobretudo,
no norte da África.
Assinale a alternativa que indica corretamente o período da estação de inverno no norte da África e um país dessa
região convulsionado pela Primavera Árabe.
a) De 21 de dezembro a 20 de março; Síria.
b) De 21 de junho a 20 de setembro; Líbia.
c) De 21 de dezembro a 20 de março; Egito.
d) De 21 de junho a 20 de setembro; Irã.
2. (Unicamp 2020) Moçambique foi atingido por três ciclones tropicais entre março e abril de 2019. Ciclone tropical
é um termo geral para grandes e complexas tempestades que giram em torno de uma área de baixa pressão
formada em águas oceânicas tropicais ou subtropicais quentes. A formação de um ciclone tropical requer enormes
quantidades de calor na superfície da água, que devem atingir no mínimo 26,5 C, e ventos de pelo menos
119 km h em algum ponto da tempestade.
A partir do exposto, assinale a alternativa que explica a gênese dos ciclones tropicais na costa de Moçambique.
a) A corrente marítima das Agulhas foi responsável pelo deslocamento das águas superficiais aquecidas para áreas de
baixa pressão situadas no canal de Moçambique.
b) O clima semiárido e desértico no litoral de Moçambique faz com que as águas de sua costa estejam sempre
aquecidas, favorecendo assim a formação dos ciclones.
c) Os ciclones que atingem o litoral de Moçambique têm origem no encontro das águas quentes do Oceano Atlântico
com o Oceano Índico, no cabo da Boa Esperança.
d) A corrente marítima de Benguela foi responsável pelo deslocamento das águas aquecidas do Oceano Índico para o
canal que separa Moçambique de Madagascar.
3. (Enem 2018) No Segundo Congresso Internacional de Ciências Geográficas, em 1875, a que compareceram o
presidente da República, o governador de Paris e o presidente da Assembleia, o discurso inaugural do almirante La
Rouciére-Le Noury expôs a atitude predominante no encontro: “Cavalheiros, a Providência nos ditou a obrigação de
conhecer e conquistar a terra. Essa ordem suprema é um dos deveres imperiosos inscritos em nossas inteligências e
nossas atividades. A geografia, essa ciência que inspira tão bela devoção e em cujo nome foram sacrificadas tantas
vítimas, tornou- se a filosofia da terra”.
No contexto histórico apresentado, a exaltação da ciência geográfica decorre do seu uso para o(a)
a) a preservação cultural dos territórios ocupados.
b) formação humanitária da sociedade europeia.
c) catalogação de dados úteis aos propósitos colonialistas.
d) desenvolvimento de técnicas matemáticas de construção de cartas.
e) consolidação do conhecimento topográfico como campo acadêmico.
ÁFRICA
Conta a lenda que, na noite de 24 de novembro de 1974, as estrelas brilhavam na beira do rio Awash, no
interior da Etiópia. Um gravador K7 repetia a música dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds”. Inspirados, os
paleontólogos decidiram que a fêmea AL 288-1, cujo esqueleto havia sido escavado naquela tarde, seria apelidada
carinhosamente de Lucy.
Lucy tinha 1,10 m e pesava 30 kg. Altura e peso de um chimpanzé. 1Mas não se iluda, Lucy não pertence à
linhagem que deu origem aos macacos modernos. Ela já andava ereta sobre os membros inferiores. Lucy pertence à
linhagem que deu origem ao animal que escreve esta crônica e ao animal que a está lendo, eu e você.
Os ossos foram datados. Lucy morreu 3,2 milhões de anos atrás. Ela viveu 2 milhões de anos antes do
aparecimento dos primeiros animais do nosso gênero, o Homo habilis. A enormidade de 3 milhões de anos separa
Lucy dos mais antigos esqueletos de nossa espécie, o Homo sapiens, que surgiu no planeta faz meros 200 mil anos.
Lucy, da espécie Australopithecus afarensis, é uma representante das muitas espécies que existiram na época em
que a linhagem que deu origem aos homens modernos se separou da que deu origem aos macacos modernos. 2Lucy
já foi chamada de elo perdido, o ponto de bifurcação que nos separou dos nossos parentes mais próximos.
Uma das principais dúvidas sobre a vida de Lucy é a seguinte: ela já era um animal terrestre, como nós, ou
ainda subia em árvores?
3
Muitos ossos de Lucy foram encontrados quebrados, seus fragmentos espalhados pelo chão. Até agora, se
acreditava que isso se devia ao processo de fossilização e às diversas forças às quais esses ossos haviam sido
submetidos. Mas os cientistas resolveram estudar em detalhes as fraturas.
As fraturas, principalmente no braço, são de compressão, aquela que ocorre quando caímos de um local alto
e apoiamos os membros para amortecer a queda. Nesse caso, a força é exercida ao longo do eixo maior do osso,
causando um tipo de fratura que é exatamente o encontrado em Lucy. Usando raciocínios como esse, os cientistas
foram capazes de explicar todas as fraturas a partir da hipótese de que Lucy caiu do alto de uma árvore de pé, se
inclinou para frente e amortizou a queda com o braço.
4
Uma queda de 20 a 30 metros e Lucy atingiria o solo a 60 km/h, o suficiente para matar uma pessoa e
causar esse tipo de fratura. Como existiam árvores dessa altura onde Lucy vivia e muitos chimpanzés sobem até 150
metros para comer, uma queda como essa é fácil de imaginar.
A conclusão é que Lucy morreu ao cair da árvore. E se caiu era porque estava lá em cima. E se estava lá em
cima era porque sabia subir. Enfim, sugere que Lucy habitava árvores.
Mas na minha mente ficou uma dúvida. Quando criança, eu subia em árvores. E era por não sermos grandes
escaladores de árvores que eu e meus amigos vivíamos caindo, alguns quebrando braços e pernas. Será que Lucy
morreu exatamente por tentar fazer algo que já não era natural para sua espécie?
Fernando Reinach
adaptado de O Estado de S. Paulo, 24/09/2016.
4. (Uerj 2018)
O fóssil de Lucy foi encontrado em uma das margens do rio Awash, no interior da Etiópia, porção continental
conhecida como “Chifre da África”, marcada por problemas sociais graves.
5. (Unicamp 2016) País da África Austral que se tornou independente em 1975 após séculos de colonialismo
europeu. No período posterior à independência, a terra passou a ser propriedade do Estado, com predomínio de uso
pela população camponesa e com forte participação das mulheres na produção agrícola familiar. De 1976-1992
vivenciou intensos conflitos produzidos pela guerra civil envolvendo dois dos principais grupos armados do país.
Em 25 de abril de 1974, desabrochava, em Portugal, a Revolução dos Cravos, ação liderada pelo Movimento das
Forças Armadas (MFA) e que depôs o regime do Estado Novo, criado por Antônio Salazar, em 1933. Com a adesão
em massa da população, a resistência do regime, enfraquecido militarmente, foi praticamente nula. A população
distribuiu cravos vermelhos aos soldados, que os colocaram nos canos de seus fuzis, transformando a flor no símbolo
da Revolução de 25 de abril, como também é chamada.
7. (Uerj 2014) Uma das contradições que afetam as sociedades africanas é a não correspondência entre as fronteiras
territoriais dos diversos Estados-nacionais e as divisões entre grupos étnicos locais, como se observa no mapa
abaixo:
Na maioria dos países africanos, essa contradição provoca, principalmente, o seguinte efeito:
a) deficit comercial
b) instabilidade política
c) degradação ambiental
d) dependência financeira
8. (Unicamp 2014) No mapa abaixo estão indicados por números três países do Continente Africano. Assinale a
alternativa que apresenta corretamente a localização e características desses países.
a) Angola (1) e Moçambique (2) foram colonizados por franceses, enquanto a África do Sul (3) integra atualmente o
NAFTA.
b) Angola (3) e Moçambique (1) foram colonizados por ingleses, enquanto a África do Sul (2) integra atualmente o G7.
c) Angola (1) e Moçambique (2) foram colonizados por portugueses, enquanto a África do Sul (3) integra atualmente os
BRICS.
d) Angola (2) e Moçambique (3) foram colonizados por portugueses, enquanto a África do Sul (1) integra atualmente os
BRICS.
9. (Enem 2014) Antes de o sol começar a esquentar as terras da faixa ao sul do Saara conhecida como Sahel, duas
dezenas de mulheres da aldeia de Widou, no norte do Senegal, regam a horta cujas frutas e verduras alimentam a
população local. É um pequeno terreno que, visto do céu, forma uma mancha verde – um dos primeiros pedaços da
“Grande Muralha Verde”, barreira vegetal que se estenderá por 7000 km do Senegal ao Djibuti, e é parte de um
plano conjunto de vinte países africanos.
10. (Uerj 2013) Nos últimos anos, registrou-se crescimento das trocas comerciais entre a China e a África
Subsaariana. Observe o gráfico:
Com base na análise do gráfico e considerando as características das regiões envolvidas, a ampliação da integração
sino-africana está associada, principalmente, à seguinte estratégia econômica da China:
a) diminuição de custos de produção para a indústria alimentícia
b) manutenção do suprimento de insumos para o setor industrial de base
c) implantação de unidades fabris do segmento de bens de consumo duráveis
d) ampliação do mercado consumidor para as manufaturas de bens não duráveis
11. (Enem 2012) A singularidade da questão da terra na África Colonial é a expropriação por parte do colonizador e
as desigualdades raciais no acesso à terra. Após a independência, as populações de colonos brancos tenderam a
diminuir, apesar de a proporção de terra em posse da minoria branca não ter diminuído proporcionalmente.
MOYO, S. A terra africana e as questões agrárias: o caso das lutas pela terra no Zimbábue. In: FERNANDES, B. M.;
MARQUES, M. I. M.; SUZUKI, J. C. (Org.). Geografia agrária: teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
Com base no texto, uma característica socioespacial e um consequente desdobramento que marcou o processo de
ocupação do espaço rural na África subsaariana foram:
a) Exploração do campesinato pela elite proprietária — Domínio das instituições fundiárias pelo poder público.
b) Adoção de práticas discriminatórias de acesso a terra — Controle do uso especulativo da propriedade fundiária.
c) Desorganização da economia rural de subsistência — Crescimento do consumo interno de alimentos pelas famílias
camponesas.
d) Crescimento dos assentamentos rurais com mão de obra familiar — Avanço crescente das áreas rurais sobre as
regiões urbanas.
e) Concentração das áreas cultiváveis no setor agroexportador — Aumento da ocupação da população pobre em
territórios agrícolas marginais.
12. (Uerj 2012) No início de 2011, o mundo assistiu apreensivo e esperançoso ao sopro de inconformismo no mundo
árabe. Manifestantes contaram com a ajuda, em graus a serem precisados, de componentes cada vez mais comuns
em situações desse tipo: a internet e o telefone celular. Na Tunísia, ativistas utilizaram Twitter e Facebook para
organizar protestos. No Egito, blogs e também as redes sociais. Os episódios reaquecem o debate sobre qual é,
afinal, o potencial dessas tecnologias quando o assunto é ativismo político e opõem dois grupos de analistas: os
ciberutópicos, que acham que blogs e celulares tudo podem, e os cibercéticos, que pensam o contrário. A revolução
pode não ser tuitada, no sentido de que um Twitter só não faz a revolução. Mas as que acontecerem no século XXI, é
certo, passarão pelo Twitter e similares.
A reportagem apresenta uma reflexão acerca das possibilidades e limitações do uso das novas tecnologias no
ativismo político no mundo atual.
As limitações existentes para o emprego dessas tecnologias são justificadas basicamente pela:
a) disparidade regional quanto aos níveis de alfabetização
b) hierarquização social relativa ao acesso às redes virtuais
c) censura da mídia em função do intervencionismo governamental
d) dispersão populacional devido às grandes extensões territoriais
13. (Uerj 2010) Quinze anos depois do genocídio que vitimou mais de 800 mil pessoas, visitar Ruanda ainda é uma
espécie de jogo de adivinhação – a cada rosto que passa tenta-se descobrir quem foi vítima e quem foi algoz na
tragédia de 1994. O governo do país recorre à união do povo. O censo e as carteiras de identidade étnicas não
existem mais, todos agora são apenas considerados ruandeses. O esforço do presidente Paul Kagame em evitar um
novo conflito é tão grande que chamar alguém de “tutsi” ou “hutu” de maneira ofensiva é crime, com pena que
pode chegar a 14 anos.
Marta REIS
A presença do trauma do genocídio é o principal problema social de Ruanda, maior inclusive que a pobreza. Tratar
esse trauma coletivo devia ser prioridade número um, e não transformá-lo num tabu. A política do governo é a do
esquecimento por lei, por obrigação. Errada é a vitimização do genocídio, pois existe uma história de conflitos
anterior e posterior ao massacre.
Marcio GAGLIATO
A polêmica sobre os efeitos do genocídio de Ruanda, ocorrido em 1994, aponta para contradições dos processos de
constituição de Estados nacionais na África contemporânea.
Com base na análise dos textos, a resolução dessas contradições estaria relacionada à adoção das seguintes
medidas:
a) conciliação político-religiosa – afirmação das identidades locais
b) punição das diferenças culturais – unificação da memória nacional
c) denúncia da dominação colonial – integração ao mundo globalizado
d) reforço do pertencimento nacional – revisão das heranças da descolonização
14. (Unifesp 2008) No continente africano encontramos focos de guerras civis e entre países. No chamado Chifre da
África, nos últimos anos, foram registrados violentos conflitos entre
a) países pela definição de fronteiras, envolvendo Burundi e Ruanda.
b) países pelo acesso à água, por parte do Egito e do Sudão.
c) brancos e negros na África do Sul.
d) lideranças locais na Somália.
e) grupos étnicos em Ruanda.
Com a ligeireza habitual, em notas encurtadas pelo tédio, parte da imprensa brasileira registrou, no dia 28 de maio,
o referendo que aprovou a nova Constituição de Ruanda, um dos grotões da África profunda. O texto estabelece que
nenhum partido poderá ter mais de 50% das vagas no parlamento. Nem poderão pertencer à mesma legenda
política o presidente, o vice-presidente e o chefe do Poder Legislativo. (...)
Se o Brasil não fosse surdo às vozes da África, a imprensa teria anunciado o fato com pompas e fitas. (...)
Pouco antes do referendo, a paz entre os tutsi e os hutu parecia condenada a arder na fogueira dos ódios ancestrais.
Um governo compartilhado pode existir em democracias ultradesenvolvidas do Primeiro Mundo. Como implantar a
fórmula em Ruanda? (...)
(Adaptado de NUNES, Augusto. "Jornal do Brasil", 08/06/2003.)
Ruanda, como vários dos países africanos, viveu longos períodos de guerra civil desde sua descolonização. A
proposta de um governo compartilhado é mais uma tentativa de pôr fim aos conflitos internos e inúmeras mortes.
No que se refere às características históricas dos povos africanos, as razões para a indagação do jornalista, em
relação à sorte da proposta em Ruanda, podem ser explicadas por:
a) atraso no processo de industrialização e liberalização dos costumes
b) existência de disputas entre etnias e acesso reduzido a direitos políticos
c) influência de religiões fundamentalistas e presença de governos autoritários
d) manutenção de valores tradicionais e adoção de medidas econômicas monopolistas
16. (Uerj 2000) Ao refletirmos sobre o papel da África frente ao processo de globalização deparamo-nos com a
questão da sua exclusão no sistema mundial.
(MARY, C. P. África: De mundo exótico a periferia abandonada. ln: "Globalização e Fragmentação no Mundo
Contemporâneo". Niterói: EdUFF, 1998.)
A referida exclusão pode ser creditada, dentre outros motivos, à relação formada entre:
a) alto controle da economia por empresas nacionais - investimento significativo no mercado interno
b) grande desconexão no comércio internacional - precariedade de desenvolvimento de novas tecnologias.
c) reduzido fluxo financeiro com as potências capitalistas - interesse dos megablocos de poder na integração social
d) grande mudança da conjuntura internacional - valorização dos tradicionais produtos agrícolas de outros continentes
17. (Uerj 1997) WASHINGTON - Após décadas de ingerência e operações de socorro humanitário, os Estados
Unidos e a Europa estão congelando ou cortando os programas de ajuda à África e deixando que aquele angustiado
continente resolva seus problemas sozinhos. O duplo choque da fracassada missão de manutenção de paz da ONU
na Somália e do genocídio que o mundo se mostrou incapaz de deter em Ruanda deixou os grandes países
prestadores de ajuda praticamente esvaziados de solidariedade, paciência e dinheiro.
("JORNAL DO BRASIL", 19/03/95.)
Os países centrais parecem estar procurando se livrar da responsabilidade que tiveram pelo processo histórico que
transformou a África num continente extremamente empobrecido.
A redução dos programas humanitários e de ajuda aos países africanos também pode ser explicada pelo seguinte
aspecto:
a) permanência do sistema do apartheid em diversas nações do continente
b) enfraquecimento do poder de expansão do socialismo com o fim da Guerra Fria
c) crescimento de facções islâmicas contrárias à presença ocidental em todo o continente
d) inexistência de potências regionais participantes do processo de globalização econômica
AMÉRICA
1. (Enem (Libras) 2017) Os guaranis encontram-se hoje distribuídos pela Bolívia, Paraguai, Uruguai, Brasil e
Argentina. A condição de guarani remete diretamente para a ideia de pertencimento e para as relações de
parentesco. Daí a importância da concepção de território como espaço de comunicação. Eles têm parentes nos
diversos países e seguem se visitando regularmente. Os guaranis seguem com noções e conceitos próprios de
fronteira, uma ideia mais sociológica e ideológica, que inclui, exclui e define quem pertence e quem não pertence a
determinado grupo social.
O dilema das fronteiras na trajetória guarani. Entrevista especial com Antônio Brand. Disponível em:
www.ihuonline.unisinos.br. Acesso em: 15 ago. 2013 (adaptado).
De acordo com o texto, o processo de demarcação das terras reivindicadas por esse povo enfrenta como dificuldade
o(a)
a) valor de desapropriação das áreas legalizadas.
b) engajamento de jovens na luta pela reforma agrária.
c) escassez de zonas cultiváveis nas regiões contíguas.
d) tensão entre identidade coletiva e normatizações das nações limítrofes.
e) contradição entre sustento extrativista e desmatamento das florestas tropicais.
Tenho interesse pessoal no tempo. Primeiro, meu best-seller chama-se Uma breve história do tempo. 1Segundo, por
ser alguém que, aos 21 anos, foi informado pelos médicos de que teria apenas mais cinco anos de vida e que
completou 76 anos em 2018. Tenho uma aguda e desconfortável consciência da passagem do tempo. Durante a
maior parte da minha vida, convivi com a sensação de que estava fazendo hora extra.
Parece que nosso mundo enfrenta uma instabilidade política maior do que em qualquer outro momento. Uma
grande quantidade de pessoas sente ter ficado para trás. 2Como resultado, temos nos voltado para políticos
populistas, com experiência de governo limitada e cuja capacidade para tomar decisões ponderadas em uma crise
ainda está para ser testada. A Terra sofre ameaças em tantas frentes que é difícil permanecer otimista. Os perigos
são grandes e numerosos demais. O planeta está ficando pequeno para nós. Nossos recursos físicos estão se
esgotando a uma velocidade alarmante. A mudança climática foi uma trágica dádiva humana ao planeta.
Temperaturas cada vez mais elevadas, redução da calota polar, desmatamento, superpopulação, doenças, guerras,
fome, escassez de água e extermínio de espécies; todos esses problemas poderiam ser resolvidos, mas até hoje não
foram. O aquecimento global está sendo causado por todos nós. Queremos andar de carro, viajar e desfrutar um
padrão de vida melhor. Mas quando as pessoas se derem conta do que está acontecendo, pode ser tarde demais.
Estamos no limiar de um período de mudança climática sem precedentes. No entanto, muitos políticos negam a
mudança climática provocada pelo homem, ou a capacidade do homem de revertê-la. O derretimento das calotas
polares ártica e antártica reduz a fração de energia solar refletida de volta no espaço e aumenta ainda mais a
temperatura. A mudança climática pode destruir a Amazônia e outras florestas tropicais, eliminando uma das
principais ferramentas para a remoção do dióxido de carbono da atmosfera. A elevação da temperatura dos oceanos
pode provocar a liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono. Ambos os fenômenos aumentariam o
efeito estufa e exacerbariam o aquecimento global, tornando o clima em nosso planeta parecido com o de Vênus:
atmosfera escaldante e chuva ácida a uma temperatura de 250 C. A vida humana seria impossível. Precisamos ir
além do Protocolo de Kyoto – o acordo internacional adotado em 1997 – e cortar imediatamente as emissões de
carbono. Temos a tecnologia. Só precisamos de vontade política.
Quando enfrentamos crises parecidas no passado, havia algum outro lugar para colonizar. Estamos ficando sem
espaço, e o único lugar para ir são outros mundos. Tenho esperança e fé de que nossa engenhosa raça encontrará
uma maneira de escapar dos sombrios grilhões do planeta e, deste modo, sobreviver ao desastre. A mesma
providência talvez não seja possível para os milhões de outras espécies que vivem na Terra, e isso pesará em nossa
consciência.
Mas somos, por natureza, exploradores. Somos motivados pela curiosidade, essa qualidade humana única. Foi a
curiosidade obstinada que levou os exploradores a provar que a Terra não era plana, e é esse mesmo impulso que
nos leva a viajar para as estrelas na velocidade do pensamento, instigando-nos a realmente chegar lá. E sempre que
realizamos um grande salto, como nos pousos lunares, exaltamos a humanidade, unimos povos e nações,
introduzimos novas descobertas e novas tecnologias. Deixar a Terra exige uma abordagem global combinada – todos
devem participar.
STEPHEN HAWKING (1942-2018) Adaptado de Breves respostas para grandes questões. Rio de Janeiro: Intrínseca,
2018.
2. (Uerj 2020) OBAMA ACRESCENTA A SEU LEGADO A LUTA CONTRA A MUDANÇA CLIMÁTICA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou, em agosto de 2015, seu plano definitivo para reduzir as
emissões de dióxido de carbono na atmosfera, consideradas as principais responsáveis pelo aquecimento global. É a
primeira vez que um presidente norte-americano determina limites para as emissões das usinas de energia do país.
“A mudança climática já não é um problema das gerações futuras”, afirma o presidente num vídeo publicado em sua
página no Facebook. Nele, Obama descreve o novo plano como “o maior e mais importante passo dado pelos E.U.A.
na luta contra o aquecimento global”. As previsões mais recentes indicam graves consequências se a temperatura
global média subir 2 °C. Como Obama alerta no vídeo mencionado, seu conjunto de medidas “pode não ser
suficiente”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em junho de 2017 que o país sairá do Acordo de Paris.
Em declaração realizada nos jardins da Casa Branca, afirmou: “Para proteger a América e seus cidadãos, os Estados
Unidos se retirarão do Acordo Climático de Paris. Mas começaremos a rediscutir esses acordos em termos justos
para os trabalhadores e os contribuintes: estamos saindo, mas iniciaremos negociações para um acordo justo”. A
saída norte-americana abre precedente para que outros Estados repensem e até desistam do Acordo de 2015, algo
considerado extremamente preocupante por especialistas no assunto. Afinal, o tratado também deseja garantir que
o aumento da temperatura média global fique 2 C abaixo dos níveis da época pré-industrial, além de prosseguir
com os esforços para limitar o aumento da temperatura em até 1,5 C.
A diferença entre as posições de Barack Obama e Donald Trump, quanto aos problemas relacionados à mudança
climática na atualidade, está associada, respectivamente, aos seguintes aspectos:
a) expansão dos insumos agrícolas – incremento da indústria bélica
b) ingerência dos organismos internacionais – aprofundamento da crise financeira
c) neutralização dos desastres ecológicos – valorização da independência nacional
d) reconhecimento dos prognósticos científicos – defesa do crescimento econômico
3. (Uerj 2019)
O processo de globalização das últimas décadas vem redefinindo os fluxos de bens entre os países.
A partir do gráfico, a mudança dos locais de origem dos bens pode ser explicada pela seguinte característica do
processo de globalização:
a) difusão espacial das fontes de matéria-prima
b) integração nacional dos centros de tecnologia
c) redistribuição territorial das atividades industriais
d) concentração regional dos mercados consumidores
4. (Uerj 2018)
O atual presidente norte-americano defende uma política migratória que, segundo ele, irá reduzir os patamares do
desemprego no país.
Considerando as informações dos mapas e as características socioeconômicas dessa nação, existe fundamento para
avaliar a eficácia dessa política como:
a) alta, dado o percentual significativo de ociosidade nas unidades industriais
b) baixa, dado o índice inexpressivo de estrangeiros nas populações regionais
c) reduzida, dado o nível baixo de qualificação das ocupações dos não nacionais
d) elevada, dado o perfil terciário predominante da economia das grandes cidades
A partir da análise da tabela, uma importante mudança em processo na demografia estadunidense e a respectiva
causa associada ao grupo populacional atingido são:
a) redução de brancos − alta taxa de mortalidade
b) crescimento de negros − diminuição da emigração
c) elevação de latinos − maiores índices de imigração
d) aumento de asiáticos − grande contingente de refugiados
6. (Uerj 2018)
No mapa, o tamanho de cada país é proporcional ao apoio financeiro recebido dos Estados Unidos.
Na região do mundo onde estão localizados os quatro países mais beneficiados pelo apoio financeiro dos Estados
Unidos, o principal motivo utilizado para a concessão desse apoio é de natureza:
a) cultural
b) geopolítica
c) humanitária
d) demográfica
7. (Enem 2017) México, Colômbia, Peru e Chile decidiram seguir um caminho mais curto para a integração regional.
Os quatro países, em meados de 2012, criaram a Aliança do Pacífico e eliminaram, em 2013, as tarifas aduaneiras de
90% do total de produtos comercializados entre suas fronteiras.
OLIVEIRA, E. Aliança do Pacífico se fortalece e Mercosul fica à sua sombra. O Globo, 24 fev. 2013 (adaptado).
8. (Enem PPL 2017) “As recentes crises entre o Brasil e a Argentina mostram o esgotamento do modelo
mercantilista no Mercosul”, afirma o diretor-geral do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (Ibri). A
imposição argentina de cotas para produtos brasileiros, como os de linha branca, e a ameaça de adoção de
salvaguardas comerciais indicam que o Mercosul foi construído sobre bases equivocadas. Segundo o diretor, a noção
de que é possível exportar “sem limites” para um determinado parceiro comercial representa uma mentalidade
“fenícia”, ou seja, uma visão comercial de curto prazo.
Nas últimas décadas foram adotadas várias medidas que objetivavam pôr fim às desconfianças mútuas existentes
entre o Brasil e a Argentina. Os conflitos no interior do bloco têm se intensificado, como na relação analisada,
caracterizada pela
a) saturação dos produtos industriais brasileiros, que o mercado argentino tem demonstrado.
b) adoção de barreiras por parte da Argentina, que intenciona proteger o seu setor industrial.
c) tendência de equilíbrio no comércio entre os dois países, que indica estabilidade no curto prazo.
d) política de importação da Argentina, que demonstra interesse em buscar outros parceiros comerciais.
e) estratégia da indústria brasileira, que buscou acompanhar as demandas do mercado consumidor argentino.
Nos Estados Unidos, durante o século XIX, tal como representada no mapa, a relação entre território e nação foi
reconfigurada por uma política que
a) transferiu as populações indígenas para territórios de fronteira anexados, protegendo a cultura protestante dos
migrantes fundadores da nação norte-americana.
b) respondeu às ameaças europeias pelo fim da escravidão, integrando a população de escravos ao projeto de
expansão por meio da doação de terras.
c) assinou acordos com países latino-americanos, ajudando na reestruturação da economia desses países após suas
independências.
d) projetou o avanço de populações excedentes para além da faixa atlântica, reformulando fronteiras para o
estabelecimento de um país continental.
e) instalou manufaturas nas áreas compradas e anexadas, visando utilizar a mão de obra barata das populações em
trânsito.
10. (Enem 2ª aplicação 2014) A discreta mas contínua melhora do mercado de trabalho nos EUA deve passar
despercebida para um grupo cujo problema vai além de achar emprego: homens de 25 a 64 anos sem diploma
universitário, cuja renda, nos últimos cinco anos, caiu 20%. Com a crise, os ganhos dos menos instruídos caíram a
níveis perto da barreira da pobreza na definição do censo dos Estados Unidos (US$ 22,3mil ano para família de
quatro pessoas). O dinamismo e a mudança rápida na economia americana depreciaram as habilidades de parte dos
trabalhadores.
Dentre os fatores que contribuíram para a diminuição da renda dos trabalhadores, pode-se relacionar
a) a interferência do Estado no mercado de trabalho, privilegiando os portadores de diploma universitário.
b) as demandas da globalização, que levaram à importação de mão de obra oriunda dos países emergentes.
c) a necessidade de mão de obra qualificada, que dificulta a inserção dos trabalhadores com menos formação.
d) a opção do setor produtivo por empregar trabalhadores com maior qualificação, a fim de garantir linhas de
financiamento estatal.
e) as reformas propostas pelo Estado para o setor da saúde, privilegiando contratação de mão de obra de alta
qualificação.
A agricultura norte-americana é organizada de acordo com o modelo empresarial, o que torna o espaço
agropecuário do país fortemente vinculado à lógica econômica. O principal fator locacional que explica a posição do
Dairy Belt é a presença de:
a) sistema universitário desenvolvido
b) mercado consumidor urbano expressivo
c) rede de transporte propícia à exportação
d) topografia plana favorável à mecanização
12. (Uerj 2013) O comércio externo constitui um dos aspectos mais importantes da economia nacional em tempos
de globalização. Observe, por exemplo, o mapa abaixo, que apresenta as importações dos EUA provenientes do
continente americano em 2005.
A principal explicação para o elevado valor do intercâmbio de mercadorias dos Estados Unidos com os seus dois
principais parceiros no continente americano é a existência de:
a) acordo comercial
b) unidade monetária
c) igualdade tributária
d) infraestrutura integrada
Os eventos ocorridos no dia 11 de setembro de 2001 geraram mudanças sociais nos Estados Unidos, que
a) ampliaram o isolacionismo e autossuficiência da economia norte-americana.
b) mitigaram o patriotismo e os laços familiares em razão das mortes causadas.
c) atenuaram o xenofobismo e a tensão política entre os países do Oriente e Ocidente.
d) aumentaram o preconceito contra os indivíduos de origem árabe e religião islâmica.
e) diminuíram a popularidade e legitimidade imediata do chefe de Estado para lidar com o evento.
15. (Enem 2009) Na democracia estadunidense, os cidadãos são incluídos na sociedade pelo exercício pleno dos
direitos políticos e também pela ideia geral de direito de propriedade. Compete ao governo garantir que esse direito
não seja violado. Como consequência, mesmo aqueles que possuem uma pequena propriedade sentem-se cidadãos
de pleno direito.
16. (Enem 2008) Na América do Sul, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) lutam, há décadas, para
impor um regime de inspiração marxista no país. Hoje, são acusadas de envolvimento com o narcotráfico, o qual
supostamente financia suas ações, que incluem ataques diversos, assassinatos e sequestros.
Na Ásia, a Al Qaeda, criada por Osama bin Laden, defende o fundamentalismo islâmico e vê nos Estados Unidos da
América (EUA) e em Israel inimigos poderosos, os quais deve combater sem trégua. A mais conhecida de suas ações
terroristas ocorreu em 2001, quando foram atingidos o Pentágono e as torres do World Trade Center.
ÁSIA
ISIS
1. (Uerj simulado 2018) O QUE É E O QUE QUER O ESTADO ISLÂMICO (EI)?
O grupo estabeleceu um califado, uma forma de Estado dirigido por um líder político e espiritual de acordo
com a lei islâmica, a sharia. O EI controla hoje um território que engloba partes da Síria e do Iraque.
Apesar de estar presente só nesses dois países, o grupo prometeu “romper as fronteiras” do Líbano e da
Jordânia com o objetivo de “libertar a Palestina” e, para isso, tem pedido o apoio de todo o mundo muçulmano,
além de exigir que todos jurem lealdade a seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.
A existência da nova rede terrorista conhecida como Revolta, formada por jovens moradores de colônia
judaica da Cisjordânia, veio à tona há seis meses.
O manifesto dos extremistas da Revolta sustenta que eles “buscam o colapso do Estado de Israel”, com seu
governo democrático e seus tribunais, e a criação de um reino judeu para substituí-lo, com as leis do judaísmo,
expulsando quem não seguir esses preceitos.
Os dois casos relatados nas reportagens são exemplos do movimento social de caráter político denominado:
a) totalitarismo estatal
b) imperialismo econômico
c) extremismo nacionalista
d) fundamentalismo religioso
2. (Uerj 2020)
Entre 2014 e 2017, derrotar o Estado Islâmico (ISIS) foi uma das prioridades da política externa dos Estados Unidos.
Ao final de 2017, o ISIS foi considerado militarmente derrotado, perdendo o controle de praticamente todos os
territórios que havia conquistado na Síria e no Iraque.
A charge aponta a existência de uma incoerência entre os seguintes aspectos da política externa estadunidense no
Oriente Médio:
a) alinhamento étnico e liberdade religiosa
b) fundamento ideológico e interesse econômico
c) conservadorismo social e protagonismo ambiental
d) multilateralismo diplomático e unilateralismo bélico
3. (Uerj 2019)
A principal explicação para as diferenças entre os dois mapas, no que se refere à configuração territorial, está
indicada em:
a) predomínio numérico da etnia árabe
b) ação intervencionista do governo estadunidense
c) interferência histórica do imperialismo europeu
d) homogeneidade religiosa da população regional
4. (Enem PPL 2019)
5. (Uerj 2018) A empresa-rede pode realizar uma integração horizontal quando as diferentes unidades de produção
fabricam produtos finais que constituem a essência do fluxo entre unidades que estão localizadas em países
diferentes. Trata-se, na realidade, de uma especialização por produto. Um exemplo é a organização da Toyota no
sudeste asiático, cuja distribuição de unidades de produção entre Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia gera
intenso fluxo intracorporativo.
Adaptado de PIRES DO RIO, G. A espacialidade da economia: superfícies, fluxos e redes. In: CASTRO, I. e outros.
Olhares geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
O sucesso da estratégia empresarial descrita depende da seguinte característica econômica entre os países
participantes:
a) reduzidos índices de tarifas aduaneiras
b) eficientes sistemas de proteção laboral
c) elevados níveis de desenvolvimento tecnológico
d) semelhantes magnitudes de mercados consumidores
6. (Enem 2018) A situação demográfica de Israel é muito particular. Desde 1967, a esquerda sionista afirma que
Israel deveria se desfazer rapidamente da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, argumentando a partir de uma lógica
demográfica aparentemente inexorável. Devido à taxa de nascimento árabe ser muito mais elevada, a anexação dos
territórios palestinos, formal ou informal, acarretaria dentro de uma ou duas gerações uma maioria árabe “entre o
rio e o mar”.
7. (Uerj 2018) Compare as imagens noturnas, obtidas através de satélite de sensoreamento remoto, que mostram a
luminosidade dos principais núcleos de povoamento da Síria:
Considerando o contexto sírio no período indicado nas imagens, uma explicação para a mudança no padrão de
distribuição espacial da população é:
a) redução da expectativa de vida
b) elevação da taxa de emigração
c) aumento da insalubridade urbana
d) diminuição do índice de fecundidade
8. (Uerj 2017)
A partir da análise dos mapas, identifica-se que a diminuição da pobreza, entre 1990 e 1999, foi mais acentuada em
determinada região do mundo.
9. (Uerj 2017) Um dos fatores que impulsionaram a tecnologia da informação foi o sucesso dos profissionais
indianos nos Estados Unidos, principalmente no Vale do Silício. A saída de estudantes indianos gerou um intenso
debate dentro da Índia: emigrantes eram acusados de usarem a excelente educação recebida gratuitamente do
governo para impulsionar suas carreiras sem dar nada de volta ao país. O grosso da emigração indiana hoje vai para
os EUA, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
Apesar da crítica relatada no texto, a economia indiana também se beneficiou com a emigração de profissionais
indianos qualificados.
Para a Índia, uma consequência positiva desse processo demográfico tem sido:
a) barateamento da mão de obra local
b) recebimento de remessas financeiras
c) diminuição dos índices de desemprego
d) ampliação das exportações da indústria
10. (Uerj 2016) As imagens noturnas feitas por satélites revelam a distribuição espacial do consumo de energia
elétrica, permitindo identificar diferenças importantes entre as sociedades humanas, como no exemplo abaixo.
A imagem indica diferentes padrões espaciais do consumo de energia entre as regiões norte e sul da Península
Coreana.
Entre essas regiões, tal diferença é explicada, principalmente, por seus respectivos níveis de:
a) poderio militar
b) democracia política
c) contingente populacional
d) desenvolvimento econômico
CARTOGRAFIA
1. (Uerj 2015) Os mapas constituem uma representação da realidade. Observe, na imagem abaixo, dois mapas
presentes na reportagem intitulada Um estudo sobre impérios, publicada em 1940.
O uso da cartografia nessa reportagem evidencia uma interpretação acerca da Segunda Guerra Mundial.
Naquele contexto é possível reconhecer que essa representação cartográfica tinha como finalidade:
a) criticar o nacionalismo alemão
b) justificar o expansionismo alemão
c) enfraquecer o colonialismo britânico
d) destacar o multiculturalismo britânico
2. (Uerj 2020)
Os mapas acima, publicados em momentos distintos pela revista The Economist, representam o alcance calculado
para os mísseis balísticos da Coreia do Norte. No mapa 1, de 03/05/2003, os mísseis não atingem plenamente o
espaço continental dos Estados Unidos. O mapa 2, publicado alguns dias depois, corrige essa informação, revelando
a efetiva vulnerabilidade de todo o território estadunidense àqueles artefatos militares.
A correção das informações do mapa 1 decorre da seguinte característica desse tipo de representação da superfície
terrestre:
a) deformações resultantes da projeção utilizada
b) generalizações derivadas da simbologia gráfica
c) imprecisões decorrentes da tecnologia disponível
d) manipulações originadas da orientação ideológica
3. (Enem 2019)
A circulação dos homens pelo planeta, desde o período moderno, é baseada no menor tempo de deslocamento
entre continentes, devendo-se levar em conta a geodésica da terra.
5. (Uerj 2018) Naquele Impeìrio, a arte da cartografia alcançou tal perfeiçaÞo que o mapa de uma uìnica proviìncia
ocupava uma cidade inteira, e o mapa do Impeìrio uma proviìncia inteira. Com o tempo, estes mapas desmedidos
naÞo bastaram e os coleìgios de cartoìgrafos levantaram um mapa do Impeìrio que tinha o tamanho do Impeìrio e
coincidia com ele ponto por ponto. Menos dedicadas ao estudo da cartografia, as geraçoÞes seguintes decidiram que
esse dilatado mapa era inuìtil e naÞo sem impiedade entregaram-no aÌs inclemências do sol e dos invernos. Nos
desertos do oeste perduram despedaçadas ruiìnas do mapa habitadas por animais e por mendigos.
No conto de Jorge Luís Borges, apresenta-se uma reflexão sobre as funções da linguagem cartográfica para o
conhecimento geográfico.
A compreensão do conto leva à conclusão de que um mapa do tamanho exato do Império se tornava desnecessário
pelo seguinte motivo:
a) extensão da grandeza do território político
b) imprecisão da localização das regiões administrativas
c) precariedade de instrumentos de orientação tridimensional
d) equivalência da proporcionalidade da representação espacial
6. (Enem PPL 2017) Projeção cartográfica é uma transformação que faz corresponder, a cada ponto da superfície
terrestre, um ponto no plano.
As relações do plano de projeção à superfície projetada mostradas nas figuras são identificadas, respectivamente,
em:
a)
b)
c)
d)
e)
A projeção cartográfica do mapa configura-se como hegemônica desde a sua elaboração, no século XVI. A sua
principal contribuição inovadora foi a
a) redução comparativa das terras setentrionais.
b) manutenção da proporção real das áreas representadas.
c) consolidação das técnicas utilizadas nas cartas medievais.
d) valorização dos continentes recém-descobertos pelas Grandes Navegações.
e) adoção de um plano em que os paralelos fazem ângulos constantes com os meridianos.
8. (Uerj 2016) Compare as imagens a seguir. Na Imagem 1, apresenta-se o desenho original do perfil de uma cabeça
humana sobre uma representação possível do globo terrestre. Na Imagem 2, esse mesmo desenho é apresentado
em um planisfério elaborado com a projeção cartográfica de Mercator, que é utilizada desde o período das grandes
navegações.
Com base na comparação entre essas imagens, conclui-se que o território das Américas que tem a área mais
ampliada com o uso da projeção de Mercator é:
a) Brasil
b) México
c) Argentina
d) Groenlândia
Se considerarmos que os habitantes dos lugares situados a leste de um ponto qualquer da Terra ‘verão’ o sol ‘nascer’
antes, e os que estiverem a oeste ‘verão’ o sol ‘nascer’ depois, concluímos, ao observarmos a gravura ao lado, que
Samoa:
a) está sempre um dia à frente de Fiji.
b) submete-se ao horário legal da Austrália.
c) está sempre um dia atrás da Nova Zelândia.
d) situa-se no mesmo dia que Tonga, Fiji e Nova Zelândia.
e) define a hora local por localizar-se na Linha Internacional de Mudança de Data.
12. (Enem 2015) O Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia ensina indígenas, quilombolas e outros grupos
tradicionais a empregar o GPS e técnicas modernas de georreferenciamento para produzir mapas artesanais, mas
bastante precisos, de suas próprias terras.
LOPES, R. J. O novo mapa da floresta. Folha de S. Paulo, 7 maio 2011 (adaptado).
A existência de um projeto como o apresentado no texto indica a importância da cartografia como elemento
promotor da
a) expansão da fronteira agrícola.
b) remoção de populações nativas.
c) superação da condição de pobreza.
d) valorização de identidades coletivas.
e) implantação de modernos projetos agroindustriais.
13. (Uerj 2015) O problema básico das projeções cartográficas é a representação de uma superfície curva em um
plano. Pode-se dizer que todas as representações de superfícies curvas em um plano envolvem “extensões” ou
“contrações”, que resultam em distorções ou “rasgos”. Diferentes técnicas de representação são aplicadas no
sentido de alcançar resultados que possuam certas propriedades favoráveis para um propósito específico.
Para o propósito específico de reduzir as distorções tanto de forma quanto de área dos continentes, os resultados
mais adequados são alcançados pela seguinte projeção cartográfica:
a)
b)
c)
d)
As diferentes representações cartográficas trazem consigo as ideologias de uma época. A representação destacada
se insere no contexto das Cruzadas por
a) revelar aspectos da estrutura demográfica de um povo.
b) sinalizar a disseminação global de mitos e preceitos políticos.
c) utilizar técnicas para demonstrar a centralidade de algumas regiões.
d) mostrar o território para melhor administração dos recursos naturais.
e) refletir a dinâmica sociocultural associada à visão de mundo eurocêntrica.
15. (Uerj 2014) Observe na imagem uma feição de relevo em escarpa, área de desnível acentuado de altitude,
encontrada geralmente nas bordas de planalto, como os trechos da Serra do Mar no estado do Rio de Janeiro.
Utilizando a técnica das curvas de nível, uma representação aproximada dessa imagem em uma carta topográfica
está indicada em:
a)
b)
c)
d)
e)
A bandeira da ONU (1947), nas cores azul e branco, simboliza a união dos povos do mundo através dos seus
continentes (com a exceção da Antártida), emoldurada por ramos de oliveira, que representam a paz. A projeção
cartográfica selecionada para a representação do globo terrestre nessa bandeira é:
a) cilíndrica.
b) cônica.
c) azimutal-plana.
d) senoidal
e) cilíndrica-conforme.
17. (Uerj 2012) Parece improvável, mas é verdade: o Polo Norte Magnético está se movendo mais depressa do que
em qualquer outra época da história da humanidade, ameaçando mudar de meios de transporte a rotas tradicionais
de migração de animais. O ritmo atual de distanciamento do norte magnético da Ilha de Ellesmere, no Canadá, em
direção à Rússia, está fazendo as bússolas errarem em cerca de um grau a cada cinco anos.
O fenômeno natural descrito acima não afeta os aparelhos de GPS - em português, Sistema de Posicionamento
Global. Isso se explica pelo fato de esses aparelhos funcionarem tecnicamente com base na:
a) recepção dos sinais de rádio emitidos por satélites
b) gravação prévia de mapas topográficos na memória digital
c) programação do sistema com as tabelas da variação do Polo Norte
d) emissão de ondas captadas pela rede analógica de telefonia celular
Na tirinha, Calvin e o tigre Haroldo usam um globo terrestre para orientar sua viagem da Califórnia, Estados Unidos,
para o território do Yukon, no extremo norte do Canadá. Considerando as áreas de origem e destino da viagem
pretendida, nota-se que o tigre comete um erro de interpretação no último quadrinho.
Esse erro mostra que Haroldo não sabe que o globo terrestre é elaborado com base no seguinte elemento da
linguagem cartográfica:
a) escala pequena
b) projeção azimutal
c) técnica de anamorfose
d) convenção equidistante
19. (Uerj 2011)
Os mapas são representações da realidade confeccionados com base tanto em fundamentos técnicos quanto nos
objetivos para os quais se destinam.
Nos três planisférios acima utilizaram-se a mesma escala e a projeção de Gall-Bertin. As diferenças observadas nas
três representações da superfície terrestre são explicadas pelo seguinte fator:
a) limitação da tecnologia cartográfica
b) deformação da planificação do globo
c) estratégia da regionalização territorial
d) diversidade de perspectivas geopolíticas
20. (Enem 2004) Um leitor encontra o seguinte anúncio entre os classificados de um jornal:
Interessado no terreno, o leitor vai ao endereço indicado e, lá chegando, observa um painel com a planta a seguir,
onde estavam destacados os terrenos ainda não vendidos, numerados de I a V:
Considerando as informações do jornal, é possível afirmar que o terreno anunciado é o
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
REGIONALIZAÇÃO
1-De 23 novas hidrelétricas planejadas na Amazônia, sete serão construídas em áreas intocadas
“O governo planeja instalar na Amazônia pelo menos 23 novas hidrelétricas, além das seis já em construção na
região. [...] Sete delas, como as das bacias do Tapajós e do Jamanxim, serão feitas no coração da Amazônia, em áreas
de floresta contínua praticamente intocadas. [...]
O entusiasmo com a construção de hidrelétricas contrasta com as preocupações ambientais. O governo do estado do
Amazonas é contra.
– Não somos contra o crescimento econômico, mas ele não precisa ser predatório. O governo precisa olhar outras
soluções – diz Anderson Bittencourt, coordenador de Energia da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas”.
Um possível impacto socioambiental causado na Amazônia pela utilização da fonte de energia relatada no texto é:
a) a inundação de áreas extensas, prejudicando a fauna e a flora locais.
b) a queima de combustíveis fósseis, agravando o aquecimento global.
c) o uso de elementos radioativos, resultando no risco de acidentes nucleares.
d) a extração de recursos naturais não renováveis, provocando sua extinção na natureza.
2 “Os xiquexiques (Cactus peruvianus) são uma variante de proporções inferiores, fracionando-se em ramos
fervilhantes de espinhos, recurvos e rasteiros, recamados de flores alvíssimas. Procuram os lugares ásperos e
ardentes. São os vegetais clássicos dos areais queimosos. Aprazem-se no leito abrasante das lajes graníticas feridas
pelos sóis”.
CUNHA, Euclides Da. Os Sertões. São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda. 2002.
A paisagem mostrada na imagem pertence a uma região brasileira caracterizada pela presença de clima
a) subtropical com predomínio de solos maduros.
b) semiárido com intensa chegada de frentes frias.
c) equatorial com expressiva biodiversidade faunística.
d) tropical úmido com elevada amplitude térmica anual.
4-De acordo com a divisão do Brasil em três regiões geoeconômicas, é característica do Nordeste
a) o povoamento tardio.
b) a biodiversidade reduzida.
c) o contraste socioeconômico.
d) a carência de rios intermitentes.
5. A cidade do Rio de Janeiro, situada na Região Sudeste, será a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Sobre essa
Macrorregião Geográfica do IBGE, é CORRETO afirmar:
a) Ao longo do século XIX recebeu imigrantes asiáticos, principalmente nas atividades da cultura canavieira.
b) Possui duas sub-regiões, a do Meio Norte e a da Mata dos Cocais.
c) Apresenta baixos índices de desenvolvimento humano, se comparados aos do Nordeste brasileiro.
d) As principais atividades econômicas de todos os estados que compõem essa região estão restritas à agricultura de
subsistência e ao pastoreio.
e) Além de concentrar a maior parte da população brasileira, também concentra a maior parte da renda média da
população e ι a que mais contribui com o Produto Interno Bruto do Brasil.
6. Assinale a alternativa que contém elementos que sejam característicos apenas da região Sudeste (IBGE) do Brasil.
a) Grande população fora dos maiores centros e forte produção agrícola de exportação.
b) Predomínio econômico da agropecuária e do extrativismo vegetal e mineral.
c) A maioria da população tem origem europeia, com as menores diferenças sociais.
d) Supre as necessidades do Brasil na produção de alimentos, petróleo e carvão.
e) Tem forte índice de urbanização e a maior concentração industrial do país.
7. No auge de seus mais de quatrocentos anos, o Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos, a serem realizados
entre 5 e 21 de agosto de 2016, e dos Jogos Paraolímpicos, entre 7 e 18 de setembro de 2016. Atual centro
intelectual e cultural do Brasil, a cidade trabalha todos os dias para celebrar, em 27 dias de competições, a maior
festa do esporte mundial.
Estadual da Saúde, até 18 de novembro de 2015, o número já havia subido para 62.635, em 284 municípios (dos
417).
10.Os romances O Quinze, de Rachel de Queiróz e Vidas Secas, de Graciliano Ramos, retratam a dificuldade de
sobrevivência para os habitantes de uma grande área da região nordeste do Brasil.
A sub-região nordestina que é a mais castigada pela seca retratada nesses romances é
a) o agreste.
b) o litoral.
c) o sertão.
d) o meio norte.
e) a zona da mata.
11-O texto e a figura a seguir apresentam informações recentes sobre a transposição das águas do Rio São Francisco.
No sul do CE, obras de transposição do Rio São Francisco estão paradas. Esperança de água para lavouras e
criações é cada vez menor. Em Mauriti, as obras estão paradas há quase dois anos.
Do Globo Rural (11/07/2013)
Francisco Siqueira mora em Mauriti, extremo-sul do Ceará, e aos 53 anos de idade vislumbra desolado a obra parada
que tanto sonha ver concluída: a transposição das águas do Rio São Francisco.
Segundo o ministério da Integração Nacional, Mauriti está incluído na chamada meta 3N do projeto, no eixo norte da
transposição, onde se encontra a maior parte das obras no Ceará com 38 quilômetros de extensão. O orçamento
inicial em 2007 era de R$ 4,5 bilhões, mas atualmente o valor corresponde a quase o dobro: R$ 8,2 bilhões.
O lote 6 tem um trecho das obras paralisadas há pelo menos 1 ano e 4 meses. O canal corta pelo menos 15
localidades e de acordo com a associação dos trabalhadores rurais da região, com as obras paradas pelo menos 400
pessoas estão prejudicadas. Não há nem serviço para ocupar a mão de obra local, nem água suficiente para irrigar
plantações, consumo humano e dos animais.
A partir da análise do texto e do mapa, somada aos seus conhecimentos, julgue as afirmações a seguir como
verdadeiras ou falsas.
I. Através da transposição, as águas do Rio São Francisco chegarão a diversas bacias hidrográficas temporárias da
região Nordeste.
II. Esta obra representa a solução definitiva do problema de deficit hídrico do Sertão, pois toda esta sub-região
nordestina será contemplada.
III. Pode-se observar que o governo vem dando atenção prioritária ao programa pelo volume de dinheiro estimado para
ser aplicado na obra.
A pororoca é um fenômeno natural que ocorre quando há o encontro entre as águas de um grande rio com as águas
do oceano. No Brasil, a pororoca mais importante ocorre na Amazônia, quando as águas do rio Amazonas
encontram-se com as águas do oceano Atlântico na foz deste rio. Ocorre um forte barulho e a força do fenômeno
provoca a derrubada de árvores e alterações nas margens do rio. Durante o fenômeno, formam-se ondas que
podem atingir até 3 metros de altura e velocidade de até 20km h.
É CORRETO afirmar que o fenômeno da pororoca ocorre na macrorregião geográfica do IBGE conhecida como:
a) Norte.
b) Centro Sul.
c) Agreste.
d) Amazônia.
e) Centro-Oeste.
13-O estádio que abrigará os jogos da Copa do Mundo da FIFA à beira de uma região de flora e fauna tão riquíssima
como a do Pantanal não poderia deixar de apresentar entre suas metas a construção e manutenção de uma
estrutura sustentável, desde a concepção de seu projeto. Essa orientação está voltada para cada detalhe: a madeira
usada na edificação é certificada, os resíduos e entulhos passam por um processo de reciclagem e reaproveitamento
na própria obra e em suas vias de acesso; a qualidade do ar também é constantemente monitorada, assim como a
do solo. Assim, o apelido "Verdão" dificilmente vai ser esquecido.
14- Na maior parte do Paraná e nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul ocorre o clima subtropical, que
apresenta temperaturas médias anuais inferiores às da zona tropical e sofre maior influência das massas de ar frias.
A região também era ocupada em grande parte pelas matas ou floresta:
a) de araucárias.
b) amazônica.
c) de coníferas.
d) de cerrado.
e) de caatinga.
15-Como ocorreu na região Centro-Oeste, há um produto agrícola provocando uma verdadeira transformação
econômica nos cerrados nordestinos, principalmente nos estados da Bahia, do Piauí e do Maranhão, conforme se
pode observar nas áreas destacadas do mapa
Frio e calor são relativos. Tudo depende do padrão normal de temperatura do lugar, em cada época do ano. Maio e
Junho são períodos de frentes frias grandes e fortes que chegam a Salvador. É um mês de chuva na capital baiana e
de ventos frios, de origem polar, que baixam a temperatura junto com a chuva. Segundo o Instituto Nacional de
Meteorologia, a temperatura máxima em Salvador, nesta sexta-feira, foi de apenas 26°C. A tarde de hoje foi uma das
mais amenas na capital baiana. A passagem de uma frente fria deixou a cidade com excesso de nuvens, provocou
chuva e também levou o vento frio polar para Salvador. A menor temperatura máxima registrada este ano em
Salvador foi de 25°C, em 19 de maio. Ontem, a máxima foi de 25,3°C, a segunda mais baixa do ano.
URBANIZAÇÃO
1. (Enem 2017) Mas era sobretudo a lã que os compradores, vindos da Flandres ou da Itália, procuravam por toda a
parte. Para satisfazê-los, as raças foram melhoradas através do aumento progressivo das suas dimensões. Esse
crescimento prosseguiu durante todo o século XIII, as abadias da Ordem de Cister, onde eram utilizados os métodos
mais racionais de criação de gado, desempenharam certamente um papel determinante nesse aperfeiçoamento.
DUBY. G. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1987 (adaptado).
O texto aponta para a relação entre aperfeiçoamento da atividade pastoril e avanço técnico na Europa ocidental
feudal, que resultou do(a)
a) crescimento do trabalho escravo.
b) desenvolvimento da vida urbana.
c) padronização dos impostos locais.
d) uniformização do processo produtivo.
e) desconcentração da estrutura fundiária.
2. (Enem PPL 2019) O consumo da habitação, em especial aquela dotada de atributos especiais no espaço urbano,
contribui para o entendimento do fenômeno, pois certas áreas tornam-se alvos de operações comerciais de prestígio
com a produção e/ou a renovação de construções, diferente de outras porções da cidade, dotadas de menor
infraestrutura.
SANTOS, A. R. O consumo da habitação de luxo no espaço urbano parisiense. Confins, n. 23, 2015 (adaptado).
3. (Enem (Libras) 2017) Com o fim da Ditadura, os movimentos populares tiveram maior participação na formulação
dos programas governamentais para a reforma urbana. Porém, o direito à moradia só é expresso no corpo da
Constituição por meio de emenda, em 2000, que alterou o conteúdo do art. 6º, que trata dos direitos sociais. Na
década de 1990 começou a tramitar um projeto de lei que levou mais de dez anos para ser aprovado, tendo como
resultado o Estatuto da Cidade. Essa lei instrumentaliza os municípios para a garantia do pleno desenvolvimento das
funções sociais e ambientais da cidade e da propriedade.
HOLZ, S.; MONTEIRO, T. V. A. M. Disponível em: www.sociologia.ufsc.br. Acesso em: 7 maio 2013 (adaptado).
A aprovação do referido estatuto responde à necessidade de
a) democratização do uso do solo.
b) ampliação de áreas construídas.
c) diversificação do parque nacional.
d) expansão do transporte individual.
e) centralização de recursos financeiros.
4. (Uerj 2019) A cidade dos sonhos do arquiteto Le Corbusier teve enorme impacto em nossas cidades. Ele procurou
fazer do planejamento para automóveis um elemento essencial do seu projeto. Traçou grandes artérias de mão
única para trânsito expresso. Reduziu o número de ruas porque “os cruzamentos são inimigos do tráfego”. Manteve
os pedestres fora das ruas e dentro dos parques. Essa visão deu enorme impulso aos defensores do zoneamento
urbano e dos conceitos de superquadra. Não importava quão vulgar ou acanhado fosse o projeto, quão árido ou
inútil o espaço, quão monótona fosse a vista, a imitação de Le Corbusier gritava: “Olhem o que eu fiz!”.
Adaptado de JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
O texto expressa a crítica de Jane Jacobs a um modelo urbanístico importante ao longo do século XX. A escritora
defendia a mistura de usos no espaço urbano de forma a valorizá-lo e a fortalecer o convívio.
A cidade que apresenta o predomínio do padrão urbano criticado por Jane Jacobs é:
a) Brasília
b) Curitiba
c) São Paulo
d) Belo Horizonte
5. (Uerj 2019)
A história da Maré começa nos anos 40. No final dessa década, já havia palafitas – barracos de madeira sobre a lama
e a água. Surgem as comunidades da Baixa do Sapateiro, Parque Maré e Morro do Timbau – este em terra firme. A
construção da avenida Brasil, concluída em 1946, foi determinante para a ocupação da área, que prosseguiu pela
década de 50. Nos anos 60, um novo fluxo de ocupação teve início, quando moradores da Praia do Pinto, Morro da
Formiga, Favela do Esqueleto e desabrigados das margens do rio Faria-Timbó foram transferidos para moradias
“provisórias” construídas na Maré. O início dos anos 80, quando a Maré das palafitas era símbolo da miséria
nacional, marca a primeira grande intervenção do governo federal: o Projeto Rio, que previa o aterramento e a
transferência dos moradores das palafitas para construções pré-fabricadas. Em 1988, foi criada a 30ª Região
Administrativa (R.A.), abarcando a área da Maré. A primeira R.A. da cidade a se instalar numa favela marcou seu
reconhecimento como um bairro.
Adaptado de museudamare.org.br.
Composta hoje por 16 comunidades, a Maré é o maior complexo de favelas do Rio de Janeiro. Sua história, em parte,
está relacionada com as transformações na cidade entre meados do século XX e o momento atual.
Considerando tais transformações, a análise das fotos e do texto permite concluir que a história da Maré é marcada
pelo seguinte processo urbano:
a) estabilização das políticas públicas em regiões insalubres
b) integração das vias de transporte em logradouros periféricos
c) expansão de habitações populares em espaços desvalorizados
d) manutenção de obras de recuperação em ambientes degradados
6. (Enem PPL 2018) O Morro do Vidigal é um clássico do Rio de Janeiro. A vista dá para Ipanema e a favela é
pequena e relativamente segura. Aos poucos, casas de um padrão mais alto estão sendo construídas. Artistas
plásticos e gringos compraram imóveis ali. Os moradores recebem propostas atraentes e se mudam. Não são
propostas milionárias. Apenas o suficiente para se transferirem para um lugar mais longe e um pouco melhor. Os
novos habitantes, aos poucos, impõem uma nova rotina e uma nova cara.
NOGUEIRA, K. O que é gentrificação e por que ela está gerando tanto barulho no Brasil. Disponível em:
www.diariodocentrodomundo.com.br. Acesso em: 7 jul. 2015 (adaptado).
O texto discute um processo em curso em várias cidades brasileiras. Uma consequência socioespacial desse processo
éa
a) expansão horizontal da área local.
b) expulsão velada da população pobre.
c) alocação imprópria de recursos públicos.
d) privatização indevida do território urbano.
e) remoção forçada de residências irregulares.
8. (Uerj 2018) Considere a sequência de mapas a seguir, que apresenta a expansão da mancha urbana na cidade do
Rio de Janeiro e seu entorno em cinco momentos, tendo como base a divisão municipal atual.
O período no qual se identifica a formação de áreas conurbadas, que caracterizam a metropolização fluminense, foi:
a) 1888 a 1930
b) 1930 a 1972
c) 1972 a 1994
d) 1994 a 2007
9. (Uerj simulado 2018) As favelas do Rio de Janeiro se encontram associadas a duas localizações típicas: encostas
de morros e margens de rios e canais. A razão para a localização em encostas é econômica: trata-se de locais que, via
de regra, foram desprezados pelos privilegiados urbanos como área de residência. Quanto às margens de rios e
canais, trata-se de áreas onde é proibida qualquer construção e que por isso igualmente se apresentaram como
alternativas para a ocupação por parte da população pobre.
Alguns impactos ambientais vêm sendo observados nas áreas onde ocorrem as ocupações mencionadas no texto.
São impactos ambientais resultantes da ocupação de encostas e de margens de rios e canais, respectivamente:
a) queimada e arenização
b) deslizamento e inundação
c) intemperismo e eutrofização
d) desmatamento e desassoreamento
10. (Uerj 2018) Em uma cidade contemporânea, desenrolam-se, há muitas décadas, os processos paralelos de
atomização e massificação. Na esteira deles, a cidade foi deixando de ser um mosaico de bairros coerentes, cada um
polarizado por sua própria centralidade, até se chegar à cidade como um todo, nitidamente polarizada por seu
Central Business District (CBD – Distrito Central de Negócios), para se tornar, hoje, uma estrutura muito mais
complexa e difícil de resumir. Muitos bairros viram seus centros de comércio e serviços desaparecerem ou serem
reduzidos à irrelevância e, não raro, o próprio CBD perder prestígio e decair.
Adaptado de SOUZA, M. L. Os conceitos fundamentais da pesquisa socioespacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2015.
A transformação para a atual estrutura interna das metrópoles, descrita no texto, é evidenciada pelo seguinte
processo:
a) expansão dos shopping centers
b) redução dos movimentos pendulares
c) modernização dos transportes de massa
d) retração dos mecanismos de segregação
11. (Enem 2018) Foi-se o tempo em que era possível mostrar um mundo econômico organizado em camadas bem
definidas, onde grandes centros urbanos se ligavam, por si próprios, a economias adjacentes “lentas”, com o ritmo
muito mais rápido do comércio e das finanças de longo alcance. Hoje tudo ocorre como se essas camadas
sobrepostas estivessem mescladas e interpermeadas. Interdependências de curto e longo alcance não podem mais
ser separadas umas das outras.
BRENNER, N. A globalização como reterritorialização. Cadernos Metrópole, n. 24, jul-dez. 2010 (adaptado).
A maior complexidade dos espaços urbanos contemporâneos ressaltada no texto explica-se pela
a) expansão de áreas metropolitanas.
b) emancipação de novos municípios.
c) consolidação de domínios jurídicos.
d) articulação de redes multiescalares.
e) redefinição de regiões administrativas.
13. (Enem 2017) O fenômeno da mobilidade populacional vem, desde as últimas décadas do século XX,
apresentando transformações significativas no seu comportamento, não só no Brasil como também em outras
partes do mundo. Esses novos processos se materializam, entre outros aspectos, na dimensão interna, pelo
redirecionamento dos fluxos migratórios para as cidades médias, em detrimento dos grandes centros urbanos; pelos
deslocamentos de curta duração e a distâncias menores; pelos movimentos pendulares, que passam a assumir maior
relevância nas estratégias de sobrevivência, não mais restritos aos grandes aglomerados urbanos.
OLIVEIRA, L. A. P.; OLIVEIRA, A. T. R. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE,
2011 (adaptada).
A redefinição dos fluxos migratórios internos no Brasil, no período apontado no texto, tem como causa a
intensificação do processo de
a) descapitalização do setor primário.
b) ampliação da economia informal.
c) tributação da área residencial citadina.
d) desconcentração da atividade industrial.
e) saturação da empregabilidade no setor terciário.
O Índice de Progresso Social (IPS) varia de 0 a 100 e é calculado levando em consideração 36 indicadores. Entre
eles estão acesso a esgoto sanitário e água canalizada, mobilidade, taxa de homicídios, incidência de dengue,
mortalidade por tuberculose e HIV, homicídios de jovens negros e frequência no ensino superior. Não são levadas
em conta variáveis econômicas, como renda. Segundo Sérgio Bessermann, presidente do Instituto Pereira Passos, o
índice é uma ferramenta que ajuda a acompanhar as mudanças e a direcionar as políticas de governo.
Um dos aspectos que explica a situação das regiões administrativas com os mais baixos índices de progresso social é:
a) redução da rede de saneamento básico
b) desigualdade no acesso a vias de transporte
c) redistribuição da força de segurança pública
d) uniformização na oferta de assistência hospitalar
15. (Enem PPL 2017) Está cada vez mais difícil delimitar o que é rural e o que é urbano. Pode-se dizer que o rural
hoje só pode ser entendido como um continuum do urbano do ponto de vista espacial; e do ponto de vista da
organização da atividade econômica, as cidades não podem mais ser identificadas apenas com a atividade industrial,
nem os campos com a agricultura e a pecuária.
16. (Uerj 2017) Nas imagens, estão representadas a malha urbana da cidade de Toledo, com suas ruas estreitas de
origem medieval, e a de um bairro de Los Angeles, cidade estadunidense que se expandiu principalmente após a
Segunda Guerra Mundial.
A diferença entre as duas malhas urbanas é explicada pela relação entre dois fatores que contribuíram para a
organização desses espaços, embora em épocas bastante distintas.
17. (Enem 2ª aplicação 2016) A presença de uma corrente migratória por si só não explica a condição de vida dos
imigrantes. Esta será somente a aparência de um fenômeno mais profundo, estruturado em relações
socioeconômicas muitas vezes perversas. É o que podemos dizer dos indivíduos que são deslocados do campo para
as cidades e obrigados a viver em condições de vida culturalmente diferentes das que vivenciaram em seu lugar de
origem.
SCARLATO, F. C. População e urbanização brasileira. In: ROSS, J. L. S.
Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.
18. (Enem 2016) O Rio de Janeiro tem projeção imediata no próprio estado e no Espírito Santo, em parcela do sul do
estado da Bahia, e na Zona da Mata, em Minas Gerais, onde tem influência dividida com Belo Horizonte. Compõem a
rede urbana do Rio de Janeiro, entre outras cidades: Vitória, Juiz de Fora, Cachoeiro de Itapemirim, Campos dos
Goytacazes, Volta Redonda – Barra Mansa, Teixeira de Freitas, Angra dos Reis e Teresópolis.
O conceito que expressa a relação entre o espaço apresentado e a cidade do Rio de Janeiro é:
a) Frente pioneira.
b) Zona de transição.
c) Região polarizada.
d) Área de conurbação.
e) Periferia metropolitana.
Relacionando as informações do mapa com o processo de ocupação brasileiro, as áreas de maior precariedade estão
associadas
a) ao fenômeno da marcha para o oeste.
b) à divergência de poderes políticos locais.
c) ao processo de ocupação imigratória tardia.
d) à presença de espaços de baixo potencial produtivo.
e) a baixos investimentos públicos em equipamentos urbanos.
No mapa, são informados tanto a intensidade dos fluxos de passageiros por via aérea quanto o correspondente
movimento de passageiros em cada cidade, no ano de 2010.
De acordo com as informações, a rede de cidades do Brasil é caracterizada pelo seguinte aspecto:
a) prevalência de centro primaz
b) ocorrência de hierarquia urbana
c) constituição de áreas conurbadas
d) periferização de regiões metropolitanas
BIOMAS
1. (Enem PPL 2019) A topografia predominante no Planalto Central é a de uma região horizontal, chata, que me fez
recordar muito do Planalto Central da África do Sul: o mesmo horizonte circular, a mesma vegetação baixa e rala,
que permite à vista varrer extensões infinitas.
WEIBEL, L. Capítulos de geografia tropical e do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1979.
2. (Enem 2018) Uma pesquisa realizada por Carolina Levis, especialista em ecologia do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia, e publicada na revista Science, demonstra que as espécies vegetais domesticadas pelas
civilizações pré-colombianas são as mais dominantes.
“A domesticação de plantas na floresta começou há mais de 8.000 anos. Primeiro eram selecionadas as plantas com
características que poderiam ser úteis ao homem e em um segundo momento era feita a propagação dessas
espécies. Começaram a cultivá-las em pátios e jardins, por meio de um processo quase intuitivo de seleção”.
OLIVEIRA, J. Indígenas foram os primeiros a alterar o ecossistema da Amazônia. Disponível em:
https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 dez. 2017 (adaptado).
O texto apresenta um novo olhar sobre a configuração da Floresta Amazônica por romper com a ideia de
a) primazia de saberes locais.
b) ausência de ação antrópica.
c) insuficiência de recursos naturais.
d) necessidade de manejo ambiental.
e) predominância de práticas agropecuárias.
3. (Enem (Libras) 2017) No mês de fevereiro de 2015, foram detectados 42 quilômetros quadrados de
desmatamento na Amazônia Legal. Isso representa um aumento de 282% em relação a fevereiro de 2014. O
desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a fevereiro de 2015 atingiu 1 702 quilômetros quadrados.
Houve aumento de 215% do desmatamento em relação ao período anterior (agosto de 2013 a fevereiro de 2014).
FONSECA, A.; SOUZA JR., C.; VERÍSSIMO, A. Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (fev. 2015). Belém:
Imazon, 2015.
4. (Enem 2017)
% de chuva
Tipologia da área
retida no local escoada
Bacias naturais/florestas 80 a 100 0 a 20
Bacias com ocupação agrícola/cultivos 40 a 60 40 a 60
Bacias com ocupação residencial 40 a 50 50 a 60
Bacias com ocupação urbana pesada 0 a 10 90 a 100
A leitura dos dados revela que as áreas com maior cobertura vegetal têm o potencial de intensificar o processo de
a) erosão laminar.
b) intemperismo físico.
c) enchente nas cidades.
d) compactação do solo.
e) recarga dos aquíferos.
5. (Enem 2016) O bioma Cerrado foi considerado recentemente um dos 25 hotspots de biodiversidade do mundo,
segundo uma análise em escala mundial das regiões biogeográficas sobre áreas globais prioritárias para
conservação. O conceito de hotspot foi criado tendo em vista a escassez de recursos direcionados para conservação,
como objetivo de apresentar os chamados “pontos quentes”, ou seja, locais para os quais existe maior necessidade
de direcionamento de esforços, buscando evitar a extinção de muitas espécies que estão altamente ameaçadas por
ações antrópicas.
PINTO, P.P.; DINIZ-FILHO, J. A. F. In: ALMEIDA, M. G. (Org.). Tantos cerrados: múltiplas abordagens sobre a
biogeodiversidade e singularidade cultural. Goiânia: Vieira. 2005 (adaptado).
6. (Enem PPL 2014) Determinado bioma brasileiro apresenta vegetação conhecida por perder as folhas e ficar
apenas com galhos esbranquiçados, ao passar por até nove meses de seca. As plantas podem acumular água no
caule e na raiz, além de apresentarem folhas pequenas, que em algumas espécies assumem a forma de espinhos.
7. (Enem 2013) Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao
menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra
o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as
folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas,
imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando
rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora
agonizante…
8. (Enem PPL 2013) Com um longo histórico de desencontros, o desenvolvimento econômico e o meio ambiente
andam às turras no país. O noticiário dá a impressão de que se trata de diferenças irreconciliáveis, e talvez sejam.
CINTRA, L. A.; MARTINS, R. Revista Carta na Escola, ago. 2009 (fragmento).
Nesse início de século XXI, um exemplo dos desencontros entre natureza e economia é o(a)
a) replantio de espécies da Mata Atlântica em substituição às lavouras de café.
b) derrubada de trechos de floresta para a conclusão de viadutos na Rodovia Transamazônica.
c) expansão da fronteira agrícola na Amazônia, a fim de expandir as áreas de plantio de soja.
d) redução da Mata de Araucárias devido à urbanização descontrolada nas diferentes regiões do país.
e) diminuição do Pantanal, tendo em vista a expansão dos latifúndios, que cumprem sua função social.
9. (Enem 2011)
A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de um importante bioma brasileiro que, no entanto, já foi
bastante degradado pela ocupação humana. Uma das formas de intervenção humana relacionada à degradação
desse bioma foi
a) o avanço do extrativismo de minerais metálicos voltados para a exportação na região Sudeste.
b) a contínua ocupação agrícola intensiva de grãos na região Centro-Oeste do Brasil.
c) o processo de desmatamento motivado pela expansão da atividade canavieira no Nordeste brasileiro.
d) o avanço da indústria de papel e celulose a partir da exploração da madeira, extraída principalmente no Sul do Brasil.
e) o adensamento do processo de favelização sobre áreas da Serra do Mar na região Sudeste.
Dois pesquisadores percorreram os trajetos marcados no mapa. A tarefa deles foi analisar os ecossistemas e,
encontrando problemas, relatar e propor medidas de recuperação. A seguir, são reproduzidos trechos aleatórios
extraídos dos relatórios desses dois pesquisadores.
I. “Por causa da diminuição drástica das espécies vegetais deste ecossistema, como os pinheiros, a gralha azul também
está em processo de extinção.”
II. “As árvores de troncos tortuosos e cascas grossas que predominam nesse ecossistema estão sendo utilizadas em
carvoarias.”
Tenho interesse pessoal no tempo. Primeiro, meu best-seller chama-se Uma breve história do tempo. 1Segundo, por
ser alguém que, aos 21 anos, foi informado pelos médicos de que teria apenas mais cinco anos de vida e que
completou 76 anos em 2018. Tenho uma aguda e desconfortável consciência da passagem do tempo. Durante a
maior parte da minha vida, convivi com a sensação de que estava fazendo hora extra.
Parece que nosso mundo enfrenta uma instabilidade política maior do que em qualquer outro momento. Uma
grande quantidade de pessoas sente ter ficado para trás. 2Como resultado, temos nos voltado para políticos
populistas, com experiência de governo limitada e cuja capacidade para tomar decisões ponderadas em uma crise
ainda está para ser testada. A Terra sofre ameaças em tantas frentes que é difícil permanecer otimista. Os perigos
são grandes e numerosos demais. O planeta está ficando pequeno para nós. Nossos recursos físicos estão se
esgotando a uma velocidade alarmante. A mudança climática foi uma trágica dádiva humana ao planeta.
Temperaturas cada vez mais elevadas, redução da calota polar, desmatamento, superpopulação, doenças, guerras,
fome, escassez de água e extermínio de espécies; todos esses problemas poderiam ser resolvidos, mas até hoje não
foram. O aquecimento global está sendo causado por todos nós. Queremos andar de carro, viajar e desfrutar um
padrão de vida melhor. Mas quando as pessoas se derem conta do que está acontecendo, pode ser tarde demais.
Estamos no limiar de um período de mudança climática sem precedentes. No entanto, muitos políticos negam a
mudança climática provocada pelo homem, ou a capacidade do homem de revertê-la. O derretimento das calotas
polares ártica e antártica reduz a fração de energia solar refletida de volta no espaço e aumenta ainda mais a
temperatura. A mudança climática pode destruir a Amazônia e outras florestas tropicais, eliminando uma das
principais ferramentas para a remoção do dióxido de carbono da atmosfera. A elevação da temperatura dos oceanos
pode provocar a liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono. Ambos os fenômenos aumentariam o
efeito estufa e exacerbariam o aquecimento global, tornando o clima em nosso planeta parecido com o de Vênus:
atmosfera escaldante e chuva ácida a uma temperatura de 250 C. A vida humana seria impossível. Precisamos ir
além do Protocolo de Kyoto – o acordo internacional adotado em 1997 – e cortar imediatamente as emissões de
carbono. Temos a tecnologia. Só precisamos de vontade política.
Quando enfrentamos crises parecidas no passado, havia algum outro lugar para colonizar. Estamos ficando sem
espaço, e o único lugar para ir são outros mundos. Tenho esperança e fé de que nossa engenhosa raça encontrará
uma maneira de escapar dos sombrios grilhões do planeta e, deste modo, sobreviver ao desastre. A mesma
providência talvez não seja possível para os milhões de outras espécies que vivem na Terra, e isso pesará em nossa
consciência.
Mas somos, por natureza, exploradores. Somos motivados pela curiosidade, essa qualidade humana única. Foi a
curiosidade obstinada que levou os exploradores a provar que a Terra não era plana, e é esse mesmo impulso que
nos leva a viajar para as estrelas na velocidade do pensamento, instigando-nos a realmente chegar lá. E sempre que
realizamos um grande salto, como nos pousos lunares, exaltamos a humanidade, unimos povos e nações,
introduzimos novas descobertas e novas tecnologias. Deixar a Terra exige uma abordagem global combinada – todos
devem participar.
STEPHEN HAWKING (1942-2018) Adaptado de Breves respostas para grandes questões. Rio de Janeiro: Intrínseca,
2018.
MEIO AMBIENTE
1. (Uerj 2020) Várias mudanças ambientais interferem no ciclo biogeoquímico do carbono. Sabe-se que a maior
parte desse elemento está armazenada nas rochas e sedimentos da crosta terrestre, como indica a tabela.
Adaptado de ib.usp.br.
A exploração intensa dos recursos naturais acelera o processo de conversão do carbono encontrado em rochas e
sedimentos, em compostos de carbono que circulam nos outros reservatórios.
2. (Enem PPL 2019) Segundo o pensamento religioso de Padre Cícero Romão Batista (1844-1934), a ação humana do
camponês sobre a natureza deveria seguir alguns princípios norteadores, os quais ficaram conhecidos na cultura
popular brasileira como “os preceitos ecológicos do Padre Cícero”. Dentre esses preceitos, destaca-se:
“Não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé: deixe o mato protegendo a terra para que a
água não a arraste e não se perca a sua riqueza.”
FIGUEIREDO, J. B. A. Educação ambiental dialógica: as contribuições de Paulo freire e a cultura popular nordestina.
Fortaleza: UFC, 2007.
Comparando o pensamento do Padre Cícero com o atual conhecimento científico, pode-se encontrar elementos de
convergência, já que a prática citada contribui primariamente para evitar (o)a
a) erosão.
b) salinização.
c) eutrofização.
d) assoreamento.
e) desertificação.
Tenho interesse pessoal no tempo. Primeiro, meu best-seller chama-se Uma breve história do tempo. 1Segundo, por
ser alguém que, aos 21 anos, foi informado pelos médicos de que teria apenas mais cinco anos de vida e que
completou 76 anos em 2018. Tenho uma aguda e desconfortável consciência da passagem do tempo. Durante a
maior parte da minha vida, convivi com a sensação de que estava fazendo hora extra.
Parece que nosso mundo enfrenta uma instabilidade política maior do que em qualquer outro momento. Uma
grande quantidade de pessoas sente ter ficado para trás. 2Como resultado, temos nos voltado para políticos
populistas, com experiência de governo limitada e cuja capacidade para tomar decisões ponderadas em uma crise
ainda está para ser testada. A Terra sofre ameaças em tantas frentes que é difícil permanecer otimista. Os perigos
são grandes e numerosos demais. O planeta está ficando pequeno para nós. Nossos recursos físicos estão se
esgotando a uma velocidade alarmante. A mudança climática foi uma trágica dádiva humana ao planeta.
Temperaturas cada vez mais elevadas, redução da calota polar, desmatamento, superpopulação, doenças, guerras,
fome, escassez de água e extermínio de espécies; todos esses problemas poderiam ser resolvidos, mas até hoje não
foram. O aquecimento global está sendo causado por todos nós. Queremos andar de carro, viajar e desfrutar um
padrão de vida melhor. Mas quando as pessoas se derem conta do que está acontecendo, pode ser tarde demais.
Estamos no limiar de um período de mudança climática sem precedentes. No entanto, muitos políticos negam a
mudança climática provocada pelo homem, ou a capacidade do homem de revertê-la. O derretimento das calotas
polares ártica e antártica reduz a fração de energia solar refletida de volta no espaço e aumenta ainda mais a
temperatura. A mudança climática pode destruir a Amazônia e outras florestas tropicais, eliminando uma das
principais ferramentas para a remoção do dióxido de carbono da atmosfera. A elevação da temperatura dos oceanos
pode provocar a liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono. Ambos os fenômenos aumentariam o
efeito estufa e exacerbariam o aquecimento global, tornando o clima em nosso planeta parecido com o de Vênus:
atmosfera escaldante e chuva ácida a uma temperatura de 250 C. A vida humana seria impossível. Precisamos ir
além do Protocolo de Kyoto – o acordo internacional adotado em 1997 – e cortar imediatamente as emissões de
carbono. Temos a tecnologia. Só precisamos de vontade política.
Quando enfrentamos crises parecidas no passado, havia algum outro lugar para colonizar. Estamos ficando sem
espaço, e o único lugar para ir são outros mundos. Tenho esperança e fé de que nossa engenhosa raça encontrará
uma maneira de escapar dos sombrios grilhões do planeta e, deste modo, sobreviver ao desastre. A mesma
providência talvez não seja possível para os milhões de outras espécies que vivem na Terra, e isso pesará em nossa
consciência.
Mas somos, por natureza, exploradores. Somos motivados pela curiosidade, essa qualidade humana única. Foi a
curiosidade obstinada que levou os exploradores a provar que a Terra não era plana, e é esse mesmo impulso que
nos leva a viajar para as estrelas na velocidade do pensamento, instigando-nos a realmente chegar lá. E sempre que
realizamos um grande salto, como nos pousos lunares, exaltamos a humanidade, unimos povos e nações,
introduzimos novas descobertas e novas tecnologias. Deixar a Terra exige uma abordagem global combinada – todos
devem participar.
STEPHEN HAWKING (1942-2018) Adaptado de Breves respostas para grandes questões. Rio de Janeiro: Intrínseca,
2018.
4. (Uerj 2020) OBAMA ACRESCENTA A SEU LEGADO A LUTA CONTRA A MUDANÇA CLIMÁTICA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou, em agosto de 2015, seu plano definitivo para reduzir as
emissões de dióxido de carbono na atmosfera, consideradas as principais responsáveis pelo aquecimento global. É a
primeira vez que um presidente norte-americano determina limites para as emissões das usinas de energia do país.
“A mudança climática já não é um problema das gerações futuras”, afirma o presidente num vídeo publicado em sua
página no Facebook. Nele, Obama descreve o novo plano como “o maior e mais importante passo dado pelos E.U.A.
na luta contra o aquecimento global”. As previsões mais recentes indicam graves consequências se a temperatura
global média subir 2 °C. Como Obama alerta no vídeo mencionado, seu conjunto de medidas “pode não ser
suficiente”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em junho de 2017 que o país sairá do Acordo de Paris.
Em declaração realizada nos jardins da Casa Branca, afirmou: “Para proteger a América e seus cidadãos, os Estados
Unidos se retirarão do Acordo Climático de Paris. Mas começaremos a rediscutir esses acordos em termos justos
para os trabalhadores e os contribuintes: estamos saindo, mas iniciaremos negociações para um acordo justo”. A
saída norte-americana abre precedente para que outros Estados repensem e até desistam do Acordo de 2015, algo
considerado extremamente preocupante por especialistas no assunto. Afinal, o tratado também deseja garantir que
o aumento da temperatura média global fique 2 C abaixo dos níveis da época pré-industrial, além de prosseguir
com os esforços para limitar o aumento da temperatura em até 1,5 C.
A diferença entre as posições de Barack Obama e Donald Trump, quanto aos problemas relacionados à mudança
climática na atualidade, está associada, respectivamente, aos seguintes aspectos:
a) expansão dos insumos agrícolas – incremento da indústria bélica
b) ingerência dos organismos internacionais – aprofundamento da crise financeira
c) neutralização dos desastres ecológicos – valorização da independência nacional
d) reconhecimento dos prognósticos científicos – defesa do crescimento econômico
ROBERTO CARLOS; ERASMO CARLOS. Roberto Carlos. Rio de Janeiro: CBS, 1976 (fragmento).
O trecho da letra da canção avalia o uso de combustíveis fósseis com base em sua potencial contribuição para
aumentar o(a)
a) base da pirâmide etária.
b) alcance da fronteira de recursos.
c) degradação da qualidade de vida.
d) sustentabilidade da matriz energética.
e) exploração do trabalho humano.
6. (Enem PPL 2019) Tal como foi concebido, o desenvolvimento da Amazônia pressupunha o desmatamento. Muitas
forças foram envolvidas e constituíram uma teia de múltiplos interesses: as instituições financeiras internacionais, a
tecnocracia militar e civil, as elites regionais e nacionais, as corporações transnacionais, os madeireiros, os colonos
sem terra e os garimpeiros.
SANTOS, L. G. Politizar as novas tecnologias: o impacto sociotécnico da informação digital e genética. São Paulo:
Editora 34, 2003 (adaptado).
7. (Enem PPL 2019) As águas das precipitações atmosféricas sobre os continentes nas regiões não geladas podem
tomar três caminhos: evaporação imediata, infiltração ou escoamento. A relação entre essas três possibilidades,
assim como das suas respectivas intensidades quando ocorrem em conjunto, o que é mais frequente, depende de
vários fatores, tais como clima, morfologia do terreno, cobertura vegetal e constituição litológica.
8. (Uerj 2019)
Os 225,8 km de água enlameada que cruzam a Floresta Amazônica anunciam a tragédia adiante: megagarimpos
ilegais encravados na Terra Indígena Munduruku e na Floresta Nacional do Crepori, no sudoeste do Pará. Mas, ao
contrário do rio Doce, a destruição do remoto rio das Tropas acontece de forma oculta – menos para os índios.
Cansados de esperar uma intervenção do Estado, guerreiros e lideranças da etnia, incluindo o cacique geral, Arnaldo
Kaba, organizaram uma expedição para expulsar os garimpeiros não indígenas do local. Em seis lanchas, dezenas
viajaram armados com flechas e espingardas de caça, incluindo mulheres, crianças e idosos.
Adaptado de Folha de São Paulo, 04/02/2018.
A reportagem aborda conflitos que simbolizam as muitas diferenças culturais entre grupos na região amazônica,
como indígenas e garimpeiros, em especial no que diz respeito à relação com o ecossistema.
O uso da terra e de seus recursos nas sociedades indígenas é baseado no seguinte princípio:
a) estabilidade climática
b) preservação ambiental
c) hierarquização produtiva
d) sustentabilidade comercial
MONTE, M. et al. O rio. In: Infinito particular. Rio de Janeiro: Sony: Universal Music, 2006 (fragmento).
TEXTO II
O atrativo ecoturístico não é somente o banho de cachoeira, sentar e caminhar pela praia, cavalgar, mas conhecer a
biodiversidade, às vezes supostamente em extinção. Observar baleias, nadar com o golfinho, tocar em corais, sair ao
encontro de dezenas de jacarés em seu habitat natural são símbolos que fascinam um ecoturista. A natureza é
transformada em espetáculo diferente da vida urbana moderna.
SANTANA, P. V. Ecoturismo: uma indústria sem chaminé? São Paulo: Labur Edições, 2008.
O ensino da física sempre foi um grande desafio. Nos últimos anos, muitos esforços foram feitos com o objetivo de
ensiná-la desde as séries iniciais do ensino fundamental, no contexto do ensino de ciências. Porém, como disciplina
regular, a física aparece no ensino médio, quando se torna “um terror” para muitos estudantes.
1
Várias pesquisas vêm tentando identificar quais são as principais dificuldades do ensino de física e das ciências em
geral. Em particular, a queixa que sempre se detecta é que 2os estudantes não conseguem compreender a linguagem
matemática na qual, muitas vezes, os conceitos físicos são expressos. Outro ponto importante é que as questões que
envolvem a física são apresentadas fora de uma contextualização do cotidiano das pessoas, o que dificulta seu
aprendizado. Por fim, existe uma enorme carência de professores formados em física para ministrar as aulas da
disciplina.
As pessoas que vão para o ensino superior e que não são da área de ciências exatas praticamente nunca mais têm
contato com a física, da mesma maneira que os estudantes de física, engenharia e química poucas vezes voltam a ter
contato com a literatura, a história e a sociologia. É triste notar que 3a especialização na formação dos indivíduos
costuma deixá-los distantes de partes importantes da nossa cultura, da qual as ciências físicas e as humanidades
fazem parte.
Mas vamos pensar em soluções. Há alguns anos, 4ofereço um curso chamado “Física para poetas”. A ideia não é
original – ao contrário, é muito utilizada em diversos países e aqui mesmo no Brasil. Seu objetivo é apresentar a
física sem o uso da linguagem matemática e tentar mostrá-la próxima ao cotidiano das pessoas. Procuro destacar a
beleza dessa ciência, associando-a, por exemplo, à poesia e à música.
Alguns dos temas que trabalho em “Física para poetas” são inspirados nos artigos que publico. Por exemplo, 5“A
busca pela compreensão cósmica” é uma das aulas, na qual apresento a evolução dos modelos que temos do
universo. Começando pelas visões místicas e mitológicas e chegando até as modernas teorias cosmológicas, falo
sobre a busca por responder a questões sobre a origem do universo e, consequentemente, a nossa origem, para
compreendermos o nosso lugar no mundo e na história.
Na aula “Memórias de um carbono”, faço uma narrativa de um átomo de carbono contando sua história, em
primeira pessoa, desde seu nascimento, em uma distante estrela que morreu há bilhões de anos, até o momento em
que sai pelo nariz de uma pessoa respirando. Temas como astronomia, biologia, evolução e química surgem ao longo
dessa aula, bem como as músicas “Átimo de pó” e “Estrela”, de Gilberto Gil, além da poesia “Psicologia de um
vencido”, de Augusto dos Anjos.
Em “O tempo em nossas vidas”, apresento esse fascinante conceito que, na verdade, vai muito além da física: está
presente em áreas como a filosofia, a biologia e a psicologia. Algumas músicas de Chico Buarque e Caetano Veloso,
além de poesias de Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade, ajudaram nessa abordagem. Não faltou
também “Tempo Rei”, de Gil.
A arte é uma forma importante do conhecimento humano. Se músicas e poesias inspiram as mentes e os corações,
podemos mostrar que a ciência, em particular a física, também é algo inspirador e belo, capaz de criar certa poesia e
encantar não somente aos físicos, mas a todos os poetas da natureza.
ADILSON DE OLIVEIRA
Adaptado de cienciahoje.org.br, 08/08/2016.
Pouco tempo atrás, o átomo de carbono foi liberado de sua prisão química. No processo de transformação industrial
do petróleo, ele foi incorporado à gasolina que era processada em uma refinaria. Não demorou muito e ele estava
participando de uma reação de queima no motor de um automóvel e rapidamente estava novamente livre na
atmosfera. A excessiva liberação desses átomos de carbono que ficaram aprisionados por milhões de anos no
subsolo é um dos maiores problemas que a humanidade enfrenta atualmente.
O gestor hospitalar Edgar Escobar comprou um carro elétrico em 2016. Ele tem um dos 4.784 veículos elétricos ou
híbridos que circulam pelas ruas do Brasil hoje. São carros e ônibus que ajudam a preservar o meio ambiente. E cerca
de 300 deles são 100% elétricos. Ou seja, a emissão de gases poluentes é zero. Todo o funcionamento do carro é
sustentado pela bateria, que pode ser carregada numa tomada dentro de casa.
A eficácia ambiental dessa medida, considerando as tecnologias comercialmente viáveis a curto prazo no mundo,
depende principalmente do seguinte fator:
a) perfil da matriz energética
b) tamanho da carga tributária
c) qualidade da rede rodoviária
d) automação da cadeia produtiva
11. (Uerj simulado 2018) As favelas do Rio de Janeiro se encontram associadas a duas localizações típicas: encostas
de morros e margens de rios e canais. A razão para a localização em encostas é econômica: trata-se de locais que, via
de regra, foram desprezados pelos privilegiados urbanos como área de residência. Quanto às margens de rios e
canais, trata-se de áreas onde é proibida qualquer construção e que por isso igualmente se apresentaram como
alternativas para a ocupação por parte da população pobre.
Alguns impactos ambientais vêm sendo observados nas áreas onde ocorrem as ocupações mencionadas no texto.
São impactos ambientais resultantes da ocupação de encostas e de margens de rios e canais, respectivamente:
a) queimada e arenização
b) deslizamento e inundação
c) intemperismo e eutrofização
d) desmatamento e desassoreamento
12. (Enem PPL 2018) O Decreto Federal n. 7.390/2010, que regulamenta a Lei da Política Nacional sobre Mudança
do Clima (PNMC) no Brasil, projeta que as emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) em 2020 serão de
3,236 milhões. Esse mesmo decreto define o compromisso nacional voluntário do Brasil em reduzir as emissões de
GEE projetadas para 2020 entre 38,6% e 38,9%.
BRASIL. Decreto n. 7.390, de 9 de dezembro de 2010. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2014
(adaptado).
13. (Enem PPL 2018) O modelo de conservacionismo norte-americano espalhou-se rapidamente pelo mundo
recriando a dicotomia entre “povos” e “parques”. Como essa ideologia se expandiu, sobretudo para os países do
Terceiro Mundo, seu efeito foi devastador sobre as “populações tradicionais” de extrativistas, pescadores, índios,
cuja relação com a natureza é diferente da analisada pelos primeiros “ideólogos” dos parques nacionais norte-
americanos. É fundamental enfatizar que a transposição deste “modelo” de parques sem moradores, vindo de países
industrializados e de clima temperado, para países cujas florestas remanescentes foram e continuam sendo, em
grande parte, habitadas por populações tradicionais, está na base não só de conflitos insuperáveis, mas de uma
visão inadequada de áreas protegidas.
DIEGUES, A. C. O mito da natureza intocada. São Paulo: Hucitec; Nupaub-USP/CEC, 2008 (adaptado).
O modelo de preservação ambiental criticado no texto é considerado inadequado para o Brasil por promover ações
que
a) incentivam o comércio de produtos locais.
b) separam o homem do lugar de origem.
c) regulamentam as disputas fundiárias.
d) deslocam a diversidade biológica.
e) fomentam a atividade turística.
14. (Uerj 2018) Em meio à crise hídrica enfrentada pelo Espírito Santo, um projeto ambiental incentiva pequenos
agricultores a adotarem medidas que ajudam a recuperar nascentes. A iniciativa faz parte do projeto Olhos D’Água,
do fotógrafo Sebastião Salgado, que recuperou em sua propriedade uma área da Mata Atlântica e, por
consequência, nascentes. Os beneficiados pelo projeto não sofreram muito com a seca: nascentes das fazendas
estão cercadas com arame, o gado não chega perto, e mudas de árvores foram plantadas em volta. Até agora, mais
de 1200 nascentes já estão protegidas com esse tipo de intervenção.
O impacto da intervenção citada sobre a bacia hidrográfica local é a redução ao longo do ano da:
a) área da várzea
b) carga do aquífero
c) oscilação da vazão
d) taxa de infiltração
15. (Enem 2018) No início da década de 1990, dois biólogos importantes, Redford e Robinson, produziram um
modelo largamente aceito de “produção sustentável” que previa quantos indivíduos de cada espécie poderiam ser
caçados de forma sustentável baseado nas suas taxas de reprodução. Os seringueiros do Alto Juruá tinham um
modelo diferente: a quem lhes afirmava que estavam caçando acima do sustentável (dentro do modelo), eles diziam
que não, que o nível da caça dependia da existência de áreas de refúgio em que ninguém caçava. Ora, esse acabou
sendo o modelo batizado de “fonte-ralo” proposto dez anos após o primeiro por Novaro, Bodmer e o próprio
Redford e que suplantou o modelo anterior.
No contexto da produção científica, a necessidade de reconstrução desse modelo, conforme exposto no texto, foi
determinada pelo confronto com um(a)
a) conclusão operacional obtida por lógica dedutiva.
b) visão de mundo marcada por preconceitos morais.
c) hábito social condicionado pela religiosidade popular.
d) conhecimento empírico apropriado pelo senso comum.
e) padrão de preservação construído por experimentação dirigida.
16. (Enem 2018) A presunção de que a superfície das chapadas e chapadões representa uma velha peneplanície é a
corroborada pelo fato de que ela é coberta por acumulações superficiais, tais como massas de areia, camadas de
cascalhos e seixos e pela ocorrência generalizada de concreções ferruginosas que formam uma crosta laterítica,
denominada “canga”.
WEIBEL, L. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br. Acesso em: 8 jul. 2015 (adaptado).
HIDROLOGIA
1. (Famerp 2020)
Considerando o mapa e conhecimentos sobre a produção de energia hidráulica brasileira, pode-se afirmar que
a) o relevo de planícies explica o baixo aproveitamento hidráulico da Bacia do Amazonas.
b) a grande distância dos centros consumidores explica o alto aproveitamento hidráulico da Bacia do Paraná-Paraguai.
c) o relevo de depressões explica o baixo aproveitamento hidráulico da Bacia do Atlântico Leste.
d) a grande diversidade biológica explica o alto aproveitamento hidráulico da Bacia do Atlântico Nordeste-Norte.
e) a retração da frente pioneira explica o alto aproveitamento hidráulico da Bacia do Tocantins.
O Aquífero Guarani constitui-se em um sistema hidroestratigráfico Mesozoico, formado por sedimentos flúvio-
lacustres de idade Triássica (Formação Piramboia) e por depósitos de origem eólica de idade jurássica (Formação
Botucatu). É a denominação formal dada ao reservatório de água subterrânea doce, pelo geólogo Danilo Anton em
homenagem à nação Guarani que habitou essa região. Trata-se de um Aquífero transfronteiriço que se estende por
quatro países: Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.
Adaptado de ZANATTA, L. C. et. al. Qualidade das águas subterrâneas do Aquífero Guarani para abastecimento
público no Estado de Santa Catarina. XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, Natal, 2008.
Com base nos conhecimentos sobre o Aquífero Guarani e águas subterrâneas, assinale a alternativa correta.
a) As águas subterrâneas podem ser captadas e ter seu uso imediato no consumo diário, já que sua principal
característica é a potabilidade em toda a extensão do aquífero.
b) O conhecimento hidrogeológico deste Aquífero é amplo, o que permite uma gestão adequada de seus recursos,
possibilitando a exploração racional e equitativa por parte dos países da borda oriental.
c) Com o desenvolvimento dos planos diretores de uso do solo, todos os municípios localizados sobre o Aquífero são
obrigados a aplicar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o que garante a qualidade das águas infiltradas.
d) Os aquíferos estão protegidos da poluição, já que seu processo de formação impede que os agentes poluidores
cheguem às suas águas, o que permite manter sua qualidade.
e) Os aquíferos abastecem a região em que estão inseridos e colaboram com a dinâmica ambiental, econômica e social,
mantendo a quantidade de água subterrânea e superficial do planeta.
3. (Enem PPL 2019) No litoral sudeste, especialmente na região de Cabo Frio (RJ), ocorre, por vezes, um fenômeno
interessante, que abaixa a temperatura da água do mar a até 14 C, nos meses de janeiro e fevereiro. Isso acontece
devido ao vento, que, no verão, sopra constantemente da direção nordeste. Assim, esse vento constante empurra as
águas da superfície, que haviam sofrido insolação e, portanto, estavam aquecidas (em torno de 26 C), para o
oceano aberto. Origina-se, então, uma lacuna de água junto à costa, que é preenchida por águas profundas, bem
mais frias, que sobem e atingem a superfície. A ascensão das águas frias é chamada de ressurgência.
VIEIRA, A. C. M.; ALVES, D. S. C.; MATSCHINSKE, E. G. Influência das correntes oceânicas no clima do Brasil. Disponível
em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 10 out. 2015.
Uma importância econômica do fenômeno apresentado reside no fato de que ele favorece o surgimento de
a) recifes de corais, atraindo o turismo.
b) áreas de cardumes, beneficiando a pesca.
c) zonas de calmaria, facilitando a navegação.
d) locais de águas límpidas, favorecendo o mergulho.
e) campos de sedimentos orgânicos, formando o petróleo.
4. (Enem PPL 2019) As águas das precipitações atmosféricas sobre os continentes nas regiões não geladas podem
tomar três caminhos: evaporação imediata, infiltração ou escoamento. A relação entre essas três possibilidades,
assim como das suas respectivas intensidades quando ocorrem em conjunto, o que é mais frequente, depende de
vários fatores, tais como clima, morfologia do terreno, cobertura vegetal e constituição litológica.
“Consiste na continuidade da área continental emersa e pode atingir uma profundidade de cerca de 200 m.
Caracteriza-se por ser uma planície submersa que margeia todos os continentes, em uma extensão que varia de 70
a 1.000 km".
Fonte: MARTINS, DADA et. al. Geografia no cotidiano: ensino médio. Curitiba. Base Editorial. 2016. p. 118.
6. (Acafe 2019) O Ciclo da água é um fenômeno natural de extrema importância, mas recebe a interferência das
sociedades humana.
A respeito do ciclo da água e de suas relações com as sociedades humanas, assinale a alternativa correta.
a) O ciclo da água renova os estoques desse recurso. É importante destacar que mais de noventa por cento da
superfície terrestre é recoberta por água e, por isso, não há necessidade de preocupação com a preservação dos
recursos hídricos que são infinitos.
b) O ciclo da água é parte do que chamamos de hidrosfera. No ciclo da água existe clara relação com a litosfera, mas
não com a atmosfera.
c) O fato de o oceano estar na imagem desvalida o esquema, pois os oceanos não fazem parte do ciclo da água.
d) No ciclo da água ou hidrológico, parte da água existente na superfície terrestre (oceanos, mares, lagos, rios, etc.) e
também na vegetação vai para a atmosfera em forma de vapor de água por meio da evaporação.
Pesquisas evidenciam que a linha de praia do delta do Rio Nilo está retrocedendo da costa a uma taxa alarmante. A
água marinha ameaça solos agricultáveis e afeta milhões de pessoas.
Assinale a alternativa correta sobre fatores que podem estar relacionados à retração da linha de praia do delta do
Rio Nilo.
a) Urbanização, desmatamento e aumento de áreas úmidas costeiras, como fatores de alteração do escoamento fluvial
na bacia hidrográfica.
b) Aumento médio dos níveis dos mares pelo efeito estufa como única causa da erosão costeira.
c) Construção de barragens e de canais artificiais para o aumento do sistema distributário natural do rio.
d) Esforços de recuperação da dinâmica fluvial com a ampliação da retirada de areia do leito.
e) Manutenção das áreas úmidas costeiras e manguezais.
8. (G1 - cps 2019) O desaparecimento do Mar de Aral, considerado o quarto maior lago do mundo, na Ásia Central, é
uma das maiores catástrofes provocadas pelo homem no planeta.
Em meados do século XX, para estimular o cultivo de algodão, políticas de irrigação agressivas implementadas pelos
soviéticos transformaram 90% desse mar em um deserto em apenas 40 anos.
O que antes eram 60 mil quilômetros quadrados de água, com profundidade de 40 metros em alguns locais,
evaporou. Agora, restam apenas 10% do lago.
Os dois maiores rios da Ásia Central, que desaguavam no Mar de Aral, foram usados como fonte de irrigação dessa
cultura pelas indústrias de algodão.
Como o mar encolheu, os enormes volumes de pesticidas e inseticidas jogados no rio ao longo dos anos tornaram-se
gradualmente mais concentrados, e os peixes começaram a morrer.
O clima também começou a mudar. A chuva parou. A grama secou, e os pequenos lagos de água doce que existiam
desapareceram, bem como os rebanhos de antílopes que costumavam vagar pela área.
Marjan, uma mulher de 67 anos que vive na antiga cidade portuária de Aral, no Cazaquistão, tem saudades do
tempo anterior ao mar se transformar em um deserto.
9. (Unesp 2018) O cerrado brasileiro é conhecido como o “berço das águas” da América do Sul, pois abastece as
grandes bacias hidrográficas e reservatórios de água doce do continente.
Considerando o conhecimento sobre as águas subterrâneas, a área destacada na figura corresponde ao Sistema
Aquífero
a) Urucuia, associado às rochas sedimentares do Escudo das Guianas.
b) Guarani, constituído por rochas metamorfizadas do Escudo Atlântico.
c) Guarani, formado por rochas permeáveis da Bacia Sedimentar do Paraná.
d) Urucuia, formado por rochas basálticas do Cráton do São Francisco.
e) Cabeças, constituído por rochas ígneas da Bacia Sedimentar do Parnaíba.
Considerando a disponibilidade de água no território brasileiro, pode-se concluir que o mapa apresenta um quadro
sobre
a) a escassez hídrica, que é menor onde a oferta de água é realizada por rios intermitentes.
b) a segurança hídrica, que é maior nas bacias onde a perenidade dos rios é constante.
c) o potencial hídrico, que é maior na área meridional sob influência da evapotranspiração.
d) o estresse hídrico, que é maior nas regiões onde a densidade demográfica é alta.
e) a crise hídrica, que é menor na parcela oriental, onde a oferta de água é abundante.
11. (Ufrgs 2018) Assinale a alternativa correta sobre uso e ocupação do solo.
a) A cobertura vegetal, através das copas e da serapilheira, amplia o escoamento superficial no solo e diminui o
processo erosivo.
b) A impermeabilização do terreno urbano por edificações e pavimentações aumenta o processo de recarga do lençol
freático.
c) A cobertura vegetal diminui a infiltração e a erosão do solo.
d) As intervenções antrópicas em drenagens urbanas podem alterar seu equilíbrio dinâmico.
e) A falta de retificação de trechos de rios e a inserção de áreas úmidas intensificam as enchentes.
12. (Uerj 2018) Em meio à crise hídrica enfrentada pelo Espírito Santo, um projeto ambiental incentiva pequenos
agricultores a adotarem medidas que ajudam a recuperar nascentes. A iniciativa faz parte do projeto Olhos D’Água,
do fotógrafo Sebastião Salgado, que recuperou em sua propriedade uma área da Mata Atlântica e, por
consequência, nascentes. Os beneficiados pelo projeto não sofreram muito com a seca: nascentes das fazendas
estão cercadas com arame, o gado não chega perto, e mudas de árvores foram plantadas em volta. Até agora, mais
de 1200 nascentes já estão protegidas com esse tipo de intervenção.
O impacto da intervenção citada sobre a bacia hidrográfica local é a redução ao longo do ano da:
a) área da várzea
b) carga do aquífero
c) oscilação da vazão
d) taxa de infiltração
13. (Enem PPL 2018) Os antigos filósofos, observando o grande volume de água de rios como o Nilo, Reno e outros,
imaginavam que as chuvas eram insuficientes para alimentar tão consideráveis massas de água. Foi no século XVIII
que Pierre Pernault mediu a quantidade de chuva durante três anos na cabeceira do rio Sena. Também mediu o
volume de água do referido rio e chegou à conclusão de que apenas a sexta parte se escoava e o restante era
evaporado.
A investigação feita por Pierre Pernault contribuiu diretamente para a explicação científica sobre
a) intemperismo químico.
b) rede de drenagem.
c) degelo de altitude.
d) erosão pluvial.
e) ciclo hidrológico.
INDUSTRIALIZAÇÃO
1. (Enem 2016) Quanto mais complicada se tornou a produção industrial, mais numerosos passaram a ser os
elementos da indústria que exigiam garantia de fornecimento. Três deles eram de importância fundamental: o
trabalho, a terra e o dinheiro. Numa sociedade comercial, esse fornecimento só poderia ser organizado de uma
forma: tornando-os disponíveis a compra. Agora eles tinham que ser organizados para a venda no mercado. Isso
estava de acordo com a exigência de um sistema de mercado. Sabemos que em um sistema como esse, os lucros só
podem ser assegurados se se garante a autorregulação por meio de mercados competitivos interdependentes.
2. (Enem 2019) A reestruturação global da indústria, condicionada pelas estratégias de gestão global da cadeia de
valor dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte deslocamento do processo produtivo, até mesmo de
plantas industriais inteiras, e redirecionou os fluxos de produção e de investimento. Entretanto, o aumento da
participação dos países em desenvolvimento no produto global deu-se de forma bastante assimétrica quando se
compara o dinamismo dos países do leste asiático com o dos demais países, sobretudo os latino-americanos, no
período 1980-2000.
SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e tendências recentes. Campinas: Unicamp, n. 186, dez. 2010.
A dinâmica de transformação da geografia das indústrias descrita expõe a complementaridade entre dispersão
espacial e
a) autonomia tecnológica.
b) crises de abastecimento.
c) descentralização política.
d) concentração econômica.
e) compartilhamento de lucros.
3. (Enem 2019) No sistema capitalista, as muitas manifestações de crise criam condições que forçam a algum tipo de
racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm o efeito de expandir a capacidade produtiva e de renovar as
condições de acumulação. Podemos conceber cada crise como uma mudança do processo de acumulação para um
nível novo e superior.
A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo processo produtivo descrito no texto é a
a) associação sindical.
b) participação eleitoral.
c) migração internacional.
d) qualificação profissional.
e) regulamentação funcional.
4. (Uerj 2018) Ao longo de dois séculos de existência, as características estruturais do sistema capitalista
permanecem inalteradas. Nele, contudo, houve importantes mudanças que redefiniram as formas de produção e
consumo de bens. Essa é a razão pela qual os estudiosos reconhecem momentos distintos do capitalismo,
denominados como modelos produtivos. As campanhas publicitárias guardam forte coerência com esses modelos.
b)
c)
d)
5. (Uerj 2018) A empresa-rede pode realizar uma integração horizontal quando as diferentes unidades de produção
fabricam produtos finais que constituem a essência do fluxo entre unidades que estão localizadas em países
diferentes. Trata-se, na realidade, de uma especialização por produto. Um exemplo é a organização da Toyota no
sudeste asiático, cuja distribuição de unidades de produção entre Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia gera
intenso fluxo intracorporativo.
Adaptado de PIRES DO RIO, G. A espacialidade da economia: superfícies, fluxos e redes. In: CASTRO, I. e outros.
Olhares geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
O sucesso da estratégia empresarial descrita depende da seguinte característica econômica entre os países
participantes:
a) reduzidos índices de tarifas aduaneiras
b) eficientes sistemas de proteção laboral
c) elevados níveis de desenvolvimento tecnológico
d) semelhantes magnitudes de mercados consumidores
6. (Enem PPL 2018) Existe uma concorrência global, forçando redefinições constantes de produtos, processos,
mercados e insumos econômicos, inclusive capital e informação.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
Nos últimos anos do século XX, o sistema industrial experimentou muitas modificações na forma de produzir, que
implicaram transformações em diferentes campos da vida social e econômica. A redefinição produtiva e seu
respectivo impacto territorial ocorrem no uso da
a) técnica fordista, com treinamento em altas tecnologias e difusão do capital pelo território.
b) linha de montagem, com capacitação da mão de obra em países centrais e aumento das discrepâncias regionais.
c) robotização, com melhorias nas condições de trabalho e remuneração em empresas no Sudeste asiático.
d) produção just in time, com territorialização das indústrias em países periféricos e manutenção das bases de gestão
nos países centrais.
e) fabricação em grandes lotes, com transferências financeiras de países centrais para países periféricos e diminuição
das diferenças territoriais.
7. (Uerj 2017)
A partir da análise dos mapas, identifica-se que a diminuição da pobreza, entre 1990 e 1999, foi mais acentuada em
determinada região do mundo.
8. (Enem 2017) A diversidade de atividades relacionadas ao setor terciário reforça a tendência mais geral de
desindustrialização de muitos dos países desenvolvidos sem que estes, contudo, percam o comando da economia.
Essa mudança implica nova divisão internacional do trabalho, que não é mais apoiada na clara segmentação setorial
das atividades econômicas.
RIO, G. A. P. A espacialidade da economia. In: CASTRO, I. E.: GOMES. P. C. C.; CORRÊA, R. L. (Org. ). Olhares
geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012 (adaptado).
9. (Enem 2017) O fenômeno da mobilidade populacional vem, desde as últimas décadas do século XX, apresentando
transformações significativas no seu comportamento, não só no Brasil como também em outras partes do mundo.
Esses novos processos se materializam, entre outros aspectos, na dimensão interna, pelo redirecionamento dos
fluxos migratórios para as cidades médias, em detrimento dos grandes centros urbanos; pelos deslocamentos de
curta duração e a distâncias menores; pelos movimentos pendulares, que passam a assumir maior relevância nas
estratégias de sobrevivência, não mais restritos aos grandes aglomerados urbanos.
OLIVEIRA, L. A. P.; OLIVEIRA, A. T. R. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE,
2011 (adaptada).
A redefinição dos fluxos migratórios internos no Brasil, no período apontado no texto, tem como causa a
intensificação do processo de
a) descapitalização do setor primário.
b) ampliação da economia informal.
c) tributação da área residencial citadina.
d) desconcentração da atividade industrial.
e) saturação da empregabilidade no setor terciário.
10. (Enem PPL 2017) Está cada vez mais difícil delimitar o que é rural e o que é urbano. Pode-se dizer que o rural
hoje só pode ser entendido como um continuum do urbano do ponto de vista espacial; e do ponto de vista da
organização da atividade econômica, as cidades não podem mais ser identificadas apenas com a atividade industrial,
nem os campos com a agricultura e a pecuária.
11. (Enem 2016) A mundialização introduz o aumento da produtividade do trabalho sem acumulação de capital,
justamente pelo caráter divisível da forma técnica molecular-digital do que resulta a permanência da má distribuição
da renda: exemplificando mais uma vez, os vendedores de refrigerantes às portas dos estádios viram sua
produtividade aumentada graças ao just in time dos fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar o valor
de tais mercadorias, a forma do trabalho dos vendedores é a mais primitiva. Combinam-se, pois, acumulação
molecular-digital com o puro uso da força de trabalho.
Os aspectos destacados no texto afetam diretamente questões como emprego e renda, sendo possível explicar essas
transformações pelo(a)
a) crise bancária e o fortalecimento do capital industrial.
b) inovação toyotista e a regularização do trabalho formal.
c) impacto da tecnologia e as modificações na estrutura produtiva.
d) emergência da globalização e a expansão do setor secundário.
e) diminuição do tempo de trabalho e a necessidade de diploma superior.
12. (Enem 2015) O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior
intensidade e, ao que tudo indica, atualmente passa por uma desaceleração do ritmo de crescimento populacional
nos grandes centros urbanos.
BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais.
Disponível em: www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).
13. (Enem 2015) No final do século XX e em razão dos avanços da ciência, produziu-se um sistema presidido pelas
técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo
sistema uma presença planetária. Um mercado que utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta nessa
globalização perversa.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2008 (adaptado).
Uma consequência para o setor produtivo e outra para o mundo do trabalho advindas das transformações citadas no
texto estão presentes, respectivamente, em:
a) Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da legislação laboral.
b) Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento de associações sindicais.
c) Diminuição dos investimentos industriais e desvalorização dos postos qualificados.
d) Concentração das áreas manufatureiras e redução da jornada semanal.
e) Automatização dos processos fabris e aumento dos níveis de desemprego.
14. (Enem 2015) Um carro esportivo é financiado pelo Japão, projetado na Itália e montado em Indiana, México e
França, usando os mais avançados componentes eletrônicos, que foram inventados em Nova Jérsei e fabricados na
Coreia. A campanha publicitária é desenvolvida na Inglaterra, filmada no Canadá, a edição e as cópias, feitas em
Nova Iorque para serem veiculadas no mundo todo. Teias globais disfarçam-se com o uniforme nacional que lhes for
mais conveniente.
REICH, R. O trabalho das nações: preparando-nos para o capitalismo no século XXI. São Paulo: Educador, 1994
(adaptado).
Quer a reorganização corporativa seja o resultado de uma estratégia consciente planejada para uma mudança
racional ou apenas uma reação a uma crise interna ou externa, seu efeito geográfico pode ter várias formas
diferentes.
DICKEN, P. Mudança global: mapeando as novas fronteiras da economia mundial.
Porto Alegre: Bookman, 2010. (Fragmento)
ORIENTE MÉDIO
1. (Uerj simulado 2018) O QUE É E O QUE QUER O ESTADO ISLÂMICO (EI)?
O grupo estabeleceu um califado, uma forma de Estado dirigido por um líder político e espiritual de acordo
com a lei islâmica, a sharia. O EI controla hoje um território que engloba partes da Síria e do Iraque.
Apesar de estar presente só nesses dois países, o grupo prometeu “romper as fronteiras” do Líbano e da
Jordânia com o objetivo de “libertar a Palestina” e, para isso, tem pedido o apoio de todo o mundo muçulmano,
além de exigir que todos jurem lealdade a seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.
Adaptado de bbc.com, novembro/2015.
A existência da nova rede terrorista conhecida como Revolta, formada por jovens moradores de colônia
judaica da Cisjordânia, veio à tona há seis meses.
O manifesto dos extremistas da Revolta sustenta que eles “buscam o colapso do Estado de Israel”, com seu
governo democrático e seus tribunais, e a criação de um reino judeu para substituí-lo, com as leis do judaísmo,
expulsando quem não seguir esses preceitos.
Os dois casos relatados nas reportagens são exemplos do movimento social de caráter político denominado:
a) totalitarismo estatal
b) imperialismo econômico
c) extremismo nacionalista
d) fundamentalismo religioso
2. (Enem 2017) Palestinos se agruparam em frente a aparelhos de televisão e telas montadas ao ar livre em
Ramalah, na Cisjordânia, para acompanhar o voto da resolução que pedia o reconhecimento da chamada Palestina
como um Estado observador não membro da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo era esperar pelo
nascimento, ao menos formal, de um Estado palestino. Depois da aprovação da resolução, centenas de pessoas
foram à praça da cidade com bandeiras palestinas, soltaram fogos de artifício, fizeram buzinaços e dançaram pelas
ruas. Aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia-Geral, a resolução eleva o status do Estado palestino perante
a organização.
Palestinos comemoram elevação de status na ONU com bandeiras e fogos. Disponível em: http://folha.com. Acesso
em: 4 dez. 2012 (adaptado).
3. (Uerj 2020)
Entre 2014 e 2017, derrotar o Estado Islâmico (ISIS) foi uma das prioridades da política externa dos Estados Unidos.
Ao final de 2017, o ISIS foi considerado militarmente derrotado, perdendo o controle de praticamente todos os
territórios que havia conquistado na Síria e no Iraque.
A charge aponta a existência de uma incoerência entre os seguintes aspectos da política externa estadunidense no
Oriente Médio:
a) alinhamento étnico e liberdade religiosa
b) fundamento ideológico e interesse econômico
c) conservadorismo social e protagonismo ambiental
d) multilateralismo diplomático e unilateralismo bélico
4. (Uerj 2019)
O primeiro mapa apresenta o Oriente Médio em um cenário hipotético no qual as reivindicações de
autodeterminação das principais minorias fossem atendidas; já o segundo mostra a divisão política atual do mesmo
recorte espacial.
A principal explicação para as diferenças entre os dois mapas, no que se refere à configuração territorial, está
indicada em:
a) predomínio numérico da etnia árabe
b) ação intervencionista do governo estadunidense
c) interferência histórica do imperialismo europeu
d) homogeneidade religiosa da população regional
6. (Uerj 2018)
No mapa, o tamanho de cada país é proporcional ao apoio financeiro recebido dos Estados Unidos.
Na região do mundo onde estão localizados os quatro países mais beneficiados pelo apoio financeiro dos Estados
Unidos, o principal motivo utilizado para a concessão desse apoio é de natureza:
a) cultural
b) geopolítica
c) humanitária
d) demográfica
7. (Uerj 2018) Compare as imagens noturnas, obtidas através de satélite de sensoreamento remoto, que mostram a
luminosidade dos principais núcleos de povoamento da Síria:
Considerando o contexto sírio no período indicado nas imagens, uma explicação para a mudança no padrão de
distribuição espacial da população é:
a) redução da expectativa de vida
b) elevação da taxa de emigração
c) aumento da insalubridade urbana
d) diminuição do índice de fecundidade
8. (Enem 2018) Em Beirute, no Líbano, quando perguntado sobre onde se encontram os refugiados sírios, a resposta
do homem é imediata: “em todos os lugares e em lugar nenhum”. Andando ao acaso, não é raro ver, sob um prédio
ou num canto de calçada, ao abrigo do vento, uma família refugiada em volta de uma refeição frugal posta sobre
jornais como se fossem guardanapos. Também se vê de vez em quando uma tenda com a sigla ACNUR (Alto
Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), erguida em um dos raros terrenos vagos da capital.
JABER, H. Quem realmente acolhe os refugiados? Le Monde Diplomatique Brasil. out. 2015 (adaptado).
O cenário descrito aponta para uma crise humanitária que é explicada pelo processo de
a) migração massiva de pessoas atingidas por catástrofe natural.
b) hibridização cultural de grupos caracterizados por homogeneidade social.
c) desmobilização voluntária de militantes cooptados por seitas extremistas.
d) peregrinação religiosa de fiéis orientados por lideranças fundamentalistas.
e) desterritorialização forçada de populações afetadas por conflitos armados.
9. (Enem 2018) A situação demográfica de Israel é muito particular. Desde 1967, a esquerda sionista afirma que
Israel deveria se desfazer rapidamente da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, argumentando a partir de uma lógica
demográfica aparentemente inexorável. Devido à taxa de nascimento árabe ser muito mais elevada, a anexação dos
territórios palestinos, formal ou informal, acarretaria dentro de uma ou duas gerações uma maioria árabe “entre o
rio e o mar”.
A preocupação apresentada no texto revela um aspecto da condução política desse Estado identificado ao(à)
a) abdicação da interferência militar em conflito local.
b) busca da preeminência étnica sobre o espaço nacional.
c) admissão da participação proativa em blocos regionais.
d) rompimento com os interesses geopolíticos das potências globais.
e) compromisso com as resoluções emanadas dos organismos internacionais.
10. (Uerj 2017) Os refugiados são pessoas que escaparam de conflitos armados ou perseguições. Com frequência,
sua situação é tão perigosa e intolerável que devem cruzar fronteiras internacionais para buscar segurança nos
países mais próximos e então se tornar um “refugiado” reconhecido internacionalmente, com acesso à assistência
dos Estados, da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e de outras organizações.
ADRIAN EDWARDS
Adaptado de acnur.org, outubro/2015.
O conceito de refugiado, apresentado no texto, está diretamente associado aos problemas políticos e econômicos
que afetam diversos países na atualidade.
Nos últimos anos, a região de origem que tem contribuído com o maior número de refugiados em direção a países
da União Europeia é:
a) Leste Europeu
b) Oriente Médio
c) Extremo Oriente
d) Península Balcânica
11. (Enem PPL 2016) TEXTO I
Entre os anos 1931 e 1935, o crescimento da imigração judaica para a Palestina foi exponencial, passando de 4.000
imigrantes/ano em 1931 para mais de 60.000 em 1935. Em vinte anos, a população judaica havia passado de menos
de 10% para mais de 30% da população local.
GATTAZ, A. A Guerra da Palestina. São Paulo: Usina do Livro, 2002.
TEXTO II
Um estado semi-independente sob controle britânico foi a fórmula que a Grã-Bretanha usou para a admiração das
áreas que tomara do império turco. A exceção foi a Palestina, que eles administraram diretamente, tentando em vão
conciliar promessas feitas aos judeus sionistas, em troca de apoio contra a Alemanha, e aos árabes, em troca de
apoio contra os turcos.
HOBSBWN, E. Era dos extremos. São Paulo: Cia. da Letras, 2002.
Nos trechos, são tematizados o destino de um território no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. A
orientação da política britânica relativa a essa região está indicada na
a) criação de um Estado aliado.
b) ocupação de áreas sagradas.
c) reação ao movimento socialista.
d) promoção do comércio regional.
e) exploração de jazidas petrolíferas.
12. (Enem PPL 2015) Dubai é uma cidade-estado planejada para estarrecer os visitantes. São tamanhos e formatos
grandiosos, em hotéis e centros comerciais reluzentes, numa colagem de estilos e atrações que parece testar
diariamente os limites da arquitetura voltada para o lazer. O maior shopping do tórrido Oriente Médio abriga uma
pista de esqui, a orla do Golfo Pérsico ganha milionárias ilhas artificiais, o centro financeiro anuncia para breve a
torre mais alta do mundo (a Burj Dubai) e tem ainda o projeto de um campo de golfe coberto! Coberto e refrigerado,
para usar com sol e chuva, inverno e verão.
No texto, são descritas algumas características da paisagem de uma cidade do Oriente Médio. Essas características
descritas são resultado do(a)
a) criação de territórios políticos estratégicos.
b) preocupação ambiental pautada em decisões governamentais.
c) utilização de tecnologia para transformação do espaço.
d) demanda advinda da extração local de combustíveis fósseis.
e) emprego de recursos públicos na redução de desigualdades sociais.
13. (Uerj 2014) A Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) conta hoje com a adesão da maioria dos
estados-nacionais. O conteúdo desse documento, no entanto, permanece como um ideal a ser alcançado. Observe o
que está disposto em seu artigo XV:
portal.mj.gov.br
Desde a década de 1960, em virtude de conflitos, o direito expresso nesse artigo vem sendo sonegado à maior parte
da população pertencente ao seguinte povo e respectivo recorte espacial:
a) árabe – regiões ocupadas pela Índia
b) esloveno – distritos anexados pela Sérvia
c) palestino – territórios controlados por Israel
d) afegão – províncias dominadas pelo Paquistão
ECONOMIA
As fronteiras, ao mesmo tempo que se separam, unem e articulam, por elas passando discursos de legitimação da
ordem social tanto quanto do conflito.
CUNHA, L. Terras lusitanas e gentes dos brasis: a nação e o seu retrato literário. Revista Ciências Sociais, n. 2, 2009.
TEXTO II
As últimas barreiras ao livre movimento do dinheiro e das mercadorias e informação que rendem dinheiro andam de
mãos dadas com a pressão para cavar novos fossos e erigir novas muralhas que barrem o movimento daqueles que
em consequência perdem, física ou espiritualmente, suas raízes.
BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
O processo de reforma agrária com contornos similares aos atuais se iniciou em 1985, sob o governo de José Sarney.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária disponibiliza dados sobre a forma como esse processo vem se
dando no Brasil até 2018. No que diz respeito a desapropriações, a reforma agrária ocorreu de forma mais
acentuada no primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), mas perdeu fôlego já na
metade de seu segundo mandato. O governo Lula (2004-2011) realizou muitos assentamentos, sem retomar, no
entanto, as desapropriações.
As informações do texto e a comparação dos dados dos gráficos permitem reconhecer um processo socioespacial,
para o conjunto do campo brasileiro, cujo efeito é:
a) ampliação da pecuária intensiva
b) declínio da produtividade laboral
c) manutenção da concentração fundiária
d) redirecionamento da exportação primária
3. (Uerj 2020) Considere o perfil histórico e socioeconômico do Brasil retratado no texto a seguir.
Em 1974, final do governo Médici, o Brasil crescia como poucos países, e o salário mínimo valia muito pouco. O
ministro da fazenda da época, Delfim Netto, pedia para o povo ficar calmo: “Temos que esperar o bolo crescer para
depois distribuir os pedaços.” O bolo ficou enorme, e o povo não deu nem uma mordida! Chico Buarque, usando o
pseudônimo de Julinho de Adelaide, compôs a música
“Milagre brasileiro”:
Cadê o meu?
Cadê o meu, ó meu?
Dizem que você se defendeu.
É o milagre brasileiro.
Adaptado de DINIZ, A.; CUNHA, D. A República cantada: do choro ao funk, a história do Brasil através da música. Rio
de Janeiro: Zahar, 2014.
O gráfico que expressa, para o ano de 1989, a distribuição social da riqueza resultante da
política econômica implementada ao longo do período histórico abordado no texto é:
a)
b)
c)
d)
4. (Uerj 2020)
A partir da análise do mapa, constata-se que o uso da metáfora do “arquipélago” no título da imagem expressa a
seguinte característica da organização espacial do Brasil naquele momento:
a) reduzida integração econômica do território colonial
b) desigual distribuição regional da atividade industrial
c) excessiva diluição política do poder governamental
d) acentuada fragmentação fundiária da propriedade rural
5. (Uerj 2019)
Uma característica econômica comum aos quatro cultivos brasileiros nos quais os agrotóxicos são mais utilizados é a
expressiva:
a) relevância na pauta de exportação
b) participação na absorção de mão de obra
c) centralidade na alimentação da população
d) influência na desconcentração da propriedade
O Brasil não voltará a crescer de forma sustentável enquanto não reduzir sua desigualdade e a extrema
concentração da renda no topo da pirâmide social, diz o economista francês Thomas Piketty. Autor do livro O capital
no século XXI, no qual apontou um aumento da concentração no topo da pirâmide social nos Estados Unidos e na
Europa, Piketty agora se dedica a um grupo de pesquisas que investiga o que ocorreu em países em
desenvolvimento como o Brasil, a China e a Índia.
Para Thomas Piketty, a situação de desigualdade referida no texto dificulta o crescimento econômico nacional.
Tendo em vista a lógica do modo de produção capitalista, um motivo que explica essa dificuldade é:
a) ampliação da insegurança jurídica
b) restrição do mercado consumidor
c) intensificação do processo inflacionário
d) limitação da criatividade empreendedora
7. (Enem PPL 2019) Embora os centros de decisão permaneçam fortemente centralizados nas cidades mundiais, as
atividades produtivas podem ser desconcentradas, desde que haja conexões fáceis entre as unidades produtivas e os
centros de gestão e exista a disponibilidade de trabalho qualificado e uma base técnica adequada às operações
industriais.
EGLER, C. A. G. Questão regional e a gestão do território no Brasil. In: CASTRO, I. E.; CORRÊA, R. L.; GOMES, P. C. C.
(Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
A mudança nas atividades produtivas a que o texto faz referência é motivada pelo seguinte fator:
a) Definição volátil das taxas aduaneiras e cambiais.
b) Prestação regulada de serviços bancários e financeiros.
c) Controle estrito do planejamento familiar e fluxo populacional.
d) Renovação constante das normas jurídicas e marcos contratuais.
e) Oferta suficiente de infraestruturas logísticas e serviços especializados.
8. (Uerj 2018)
Em abril de 1996, 19 camponeses sem-terra foram mortos pela polícia militar no episódio que ficou mundialmente
conhecido como Massacre de Eldorado de Carajás, ocorrido no sudeste do Pará. Os participantes do Movimento dos
Sem Terra faziam uma caminhada até a cidade de Belém, quando foram impedidos pela polícia de prosseguir. Mais
de 150 policiais foram destacados para interromper a caminhada, o que levou a uma ação repressiva extremamente
violenta.
Adaptado de anistia.org.br.
Dez posseiros foram assassinados em maio de 2017 durante uma ação policial de reintegração de posse em um
acampamento na Fazenda Santa Lúcia, no Pará, segundo informações da Comissão Pastoral da Terra. A reintegração
foi realizada pelas Polícias Civil e Militar do estado.
agenciabrasil.ebc.com.br
Como indicam os episódios retratados nas reportagens, os conflitos pela posse da terra no Brasil nas últimas décadas
persistem.
9. (Enem PPL 2018) Ao longo dos últimos 500 anos, o Brasil viu suas fronteiras do litoral expandirem-se para o
interior. É apenas lógico que a Amazônia tenha sido a última fronteira a ser conquistada e submetida aos ditames da
agricultura, pecuária, lavoura e silvicultura. A incorporação recente das áreas amazônicas à exploração capitalista
tem resultado em implicações problemáticas, dentre elas a destruição do rico patrimônio natural da região.
NITSCH, M. O futuro da Amazônia: questões críticas, cenários críticos. Estudos Avançados, n. 46, dez. 2002.
Na situação descrita, a destruição do patrimônio natural dessa área destacada é explicada pelo(a)
a) distribuição da população ribeirinha.
b) patenteamento das espécies nativas.
c) expansão do transporte hidroviário.
d) desenvolvimento do agronegócio.
e) aumento da atividade turística.
10. (Fuvest 2020) Dois eventos marcaram a diplomacia brasileira em relação ao Oriente Médio no início de 2019.
Um deles foi o voto contra a resolução da ONU que pedia a desocupação militar das Colinas de Golã e sua devolução
à Síria. Outro evento foi o anúncio de transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, mesmo não
tendo sido levada adiante até setembro de 2019. Em relação a esses eventos, é correto afirmar que eles
representam
OS ARREPENDIDOS DO BREXIT
O britânico Will Dry, estudante de política e economia, tinha 18 anos quando votou pela saída do Reino Unido da
União Europeia (UE) no plebiscito de 2016. Dry faz parte de um grupo de arrependidos, identificados pela hashtag
“Bregret” (combinação de “Brexit” e regret, arrependimento). São eleitores que se dizem enganados pelas
promessas da campanha em defesa da retirada britânica da UE, principalmente a ideia de que o Reino Unido poderia
manter o status de inserção e influência no plano europeu e mundial sem ter de se submeter à burocracia de uma
entidade supranacional.
No âmbito das novas relações com o bloco europeu, parte da população britânica que votou a favor do Brexit não
dimensionou adequadamente a seguinte consequência dessa decisão:
a) ameaças à defesa do território
b) restrições à circulação de riqueza
c) limitações à autonomia do governo
d) riscos à continuidade da democracia
12. (Enem 2019) A reestruturação global da indústria, condicionada pelas estratégias de gestão global da cadeia de
valor dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte deslocamento do processo produtivo, até mesmo de
plantas industriais inteiras, e redirecionou os fluxos de produção e de investimento. Entretanto, o aumento da
participação dos países em desenvolvimento no produto global deu-se de forma bastante assimétrica quando se
compara o dinamismo dos países do leste asiático com o dos demais países, sobretudo os latino-americanos, no
período 1980-2000.
SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e tendências recentes. Campinas: Unicamp, n. 186, dez. 2010.
A dinâmica de transformação da geografia das indústrias descrita expõe a complementaridade entre dispersão
espacial e
a) autonomia tecnológica.
b) crises de abastecimento.
c) descentralização política.
d) concentração econômica.
e) compartilhamento de lucros.
13. (Enem 2019) A fome não é um problema técnico, pois ela não se deve à falta de alimentos, isso porque a fome
convive hoje com as condições materiais para resolvê-la.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Geografia da riqueza, fome e meio ambiente. In: OLIVEIRA, A. U.; MARQUES, M. I. M.
(Org.). O campo no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Casa Amarela;
Paz e Terra, 2004 (adaptado).
O texto demonstra que o problema alimentar apresentado tem uma dimensão política por estar associado ao(à)
a) escala de produtividade regional.
b) padrão de distribuição de renda.
c) dificuldade de armazenamento de grãos.
d) crescimento da população mundial.
e) custo de escoamento dos produtos.
14. (Uerj 2019) Os modais de transporte possuem diferentes níveis de adequação aos tipos de carga. Considere a
tabela abaixo:
De acordo com a lógica econômica capitalista, para o transporte dos produtos A e D, os modais mais adequados são,
respectivamente:
a) aéreo e ferroviário
b) rodoviário e aéreo
c) ferroviário e marítimo
d) marítimo e rodoviário
O processo de globalização das últimas décadas vem redefinindo os fluxos de bens entre os países.
A partir do gráfico, a mudança dos locais de origem dos bens pode ser explicada pela seguinte característica do
processo de globalização:
a) difusão espacial das fontes de matéria-prima
b) integração nacional dos centros de tecnologia
c) redistribuição territorial das atividades industriais
d) concentração regional dos mercados consumidores
Gosta de tomar sorvetes Wall’s? Lava suas roupas com sabão em pó Persil? Que tal comer um lanche no
Hungry Jack’s? Você pode não saber, mas provavelmente faz ou já fez tudo isso. Esses são nomes que marcas muito
conhecidas dos brasileiros têm lá fora. Wall’s é a Kibon, Persil é o Omo, e Hungry Jack’s é o Burger King.
As diferenças existem porque, algumas vezes, os nomes são adaptados à língua. Em outros casos, marcas
locais, após serem compradas por multinacionais, passam a adotar a identidade global que aquela empresa criou
para determinada linha de produtos, como é o caso da Kibon, comprada pela Unilever em 1997.
A utilização das marcas conforme descreve a reportagem revela a adoção da seguinte estratégia empresarial:
a) redução dos custos de produção
b) adequação aos mercados nacionais
c) padronização dos hábitos de consumo
d) diminuição dos investimentos publicitários
17. (Enem 2018) Os portos sempre foram respostas ao comércio praticado em grande volume, que se dá via
marítima, lacustre e fluvial, e sofreram adaptações, ou modernizações, de acordo com um conjunto de fatores que
vão desde a sua localização privilegiada frente a extensas hinterlândias, passando por sua conectividade com
modernas redes de transportes que garantam acessibilidade, associados, no atual momento, à tecnologia, que o
transformam em pontas de lança de uma economia globalizada que comprime o tempo em nome da produtividade
e da competitividade.
ROCHA NETO, J.M.; CRAVIDÃO, F. D., Portos no contexto do meio técnico. Mercator, n. 2, maio-ago, 2014
(adaptações).
Uma mudança que permitiu aos portos adequarem-se às novas necessidades comerciais apontadas no texto foi a
a) intensificação do uso de contêineres.
b) compactação das áreas de estocagem.
c) burocratização dos serviços de alfândega.
d) redução da profundidade dos atracadouros.
e) superação da especialização dos cargueiros.
BRICS
1. (Espcex (Aman) 2020) China e Índia são dois gigantes que possuem inúmeras semelhanças, como, por exemplo, o
fato de serem os países mais populosos do mundo e fazerem parte dos chamados BRICS. Apesar disso, guardam
inúmeras características que os diferenciam entre si.
Sobre as diferenças entre esses dois gigantes, podemos citar os fatos de que, enquanto:
I. a Índia baseia sua matriz energética no petróleo e na energia nuclear, a China prioriza o gás natural e o carvão
mineral.
II. a China implantou um rígido programa de controle de natalidade, a Índia não tem demonstrado a mesma
preocupação ao longo das últimas décadas.
III. a China dispõe de uma maior diversidade cultural, a Índia possui uma cultura milenar, o que lhe garante maior
homogeneidade étnica e linguística.
IV. o modelo econômico chinês privilegiou a produção industrial, a Índia está se convertendo numa economia de
serviços, na qual se destacam setores como tecnologia da informação e biotecnologia.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas, dentre as listadas acima.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) I e IV
“[Esse grupo é formado por] países emergentes de grande expressão populacional e territorial, que, por
apresentarem grande crescimento econômico e recursos produtivos, passaram a participar com maior intensidade
da dinâmica global [especialmente, na primeira década do século XXI]. (...). Esse grupo já demonstrou que tem força
econômica capaz de impor seus interesses no cenário global [pois] dispõem de consideráveis recursos econômicos,
humanos e naturais e têm obtido maior protagonismo político diante de organismos internacionais, como o FMI e o
Banco Mundial. [Visando ampliar a cooperação entre seus membros foi criado um banco de reservas emergenciais
para socorro econômico entre os participantes, se necessário]”.
Fonte: BALDRAIS, André. Ser protagonista – geografia. São Paulo. Edições SM. 2016. p. 115. Adaptado.
3. (Ufrgs 2019) O BRICS (grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que realiza cúpulas
anuais desde 2009, prevê
a) a atuação na esfera da governança econômico-financeira e também da governança política.
b) a diminuição das tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados, mas não a
livre circulação de pessoas e investimentos.
c) a formação da Cúpula da América Latina, Ásia e União Europeia e visa à integração regional, à redemocratização e à
reaproximação dos países.
d) a livre circulação de pessoas e investimentos.
e) a resolução da crise na Síria e das tensões geopolíticas na Crimeia
4. (Mackenzie 2018) Com o colapso da União Soviética, as transformações na ordem mundial e, a partir da década
de 1990, o fim da Guerra Fria, a Rússia passou a participar de uma nova agenda internacional tanto no campo
político como no militar. Atualmente, o país busca maior participação no contexto internacional e afirma-se como
potência. Apesar de enfrentar uma etapa difícil de transição da economia centralmente planejada para uma
economia de mercado – capitalista – às voltas com crises econômico-financeiras, aumento da pobreza e da
corrupção, concentração de renda e guerras separatistas, em finais da década de 1990, a Rússia passou a integrar o
G8.
LUCCI, BRANCO e MENCONÇA. Território e Sociedade no Mundo Globalizado. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 261.
I. É uma grande potência nuclear e seu imenso território dispõe de grandes reservas minerais, entre elas petróleo e
gás natural.
II. Apresenta invernos rigorosos, sobretudo em sua porção setentrional.
III. É um dos componentes dos chamados BRICS.
IV. É uma forte opositora do regime iraniano e tem evitado estreitar relações políticas com a China.
5. (Uece 2019) A China é reconhecida por ser o maior país do mundo em quantitativos demográficos e por ter a
terceira maior extensão territorial do mundo. Além disso, outros aspectos que lhe conferem notoriedade são seu
intenso crescimento econômico e sua crescente atuação política, que tornam o país um importante ator no cenário
internacional.
I. Apesar de ser um dos maiores países do mundo em termos de área, a China enfrenta problemas em relação aos seus
recursos naturais, pois boa parte de seu território é ocupada por extensos desertos, além de áreas montanhosas
muito acidentadas.
II. Desde o segmento de fontes energéticas renováveis, principalmente solar, no Chile, passando pelo pré-sal e
infraestrutura no Brasil e pelo shale gas nos Estados Unidos, a China tem realizado investimentos no continente
americano visando ampliar sua zona de influência global e atender seus interesses comerciais e estratégicos por
meio de suas empresas estatais.
III. A China integra o BRICS, grupo dos principais países em desenvolvimento composto também por Brasil, Rússia, Índia
e África do Sul, que funciona como um agrupamento geopolítico e geoeconômico de apoio aos Estados Unidos.
6. (Uece 2018) A expressão BRIC foi lançada em 2001, em referência ao conjunto de países formado por Brasil,
Rússia, Índia e China, que assumiu um papel importante na economia mundial para os cinquenta anos seguintes. O
grupo foi formalizado em 2006 e sua primeira cúpula ocorreu em 2009, e, desde então, além de ter recebido a África
do Sul como mais um novo membro, lançou um banco de desenvolvimento — The New Development Bank — e um
fundo de reservas denominado BRICS Contingent Reserve Arrangement, passando a ser conhecido no cenário
geoeconômico internacional como BRICS.
7. (Acafe 2018) “Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial” (Trecho da música Fora de Ordem,
de Caetano Veloso)
Sobre as ordens mundiais ao longo da história, marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas e assinale
a alternativa com a sequência correta.
( ) Até o início do Século XX, antes das duas grandes guerras, havia uma ordem mundial multipolar, com várias potências
coloniais rivalizando entre si, tendo o Reino Unido como a mais poderosa.
( ) A partir do final da Segunda Guerra Mundial, duas superpotências passaram a dividir a supremacia mundial: EUA e
Alemanha, no período chamado “Guerra Fria”.
( ) Em 1945 houve a queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética, inaugurando o início de uma ordem
mundial totalmente capitalista.
( ) A fundação da União Europeia e o vertiginoso crescimento econômico da China, passando a rivalizar com os EUA,
deram impulso ao estabelecimento de uma ordem mundial multipolar, a partir da década de 1990. Essa correlação
das maiores forças econômicas mundiais conta ainda com o Japão, importante potência asiática e com ascensão dos
países “emergentes”, entre eles o grupo chamado de BRICS, do qual o Brasil faz parte.
( ) Em 1999 surgiu o G20, grupo composto pelas 19 maiores economias do mundo acrescidas da União Europeia. Esse
grupo de países ricos e de países emergentes passou a constituir uma importante arena de discussões sobre
questões políticas e econômico-financeiras de interesse mundial.
a) V – V – F – F – F
b) F – V – F – V – F
c) V – F – F – V – V
d) F – F – F – V – V
8. (Acafe 2017) O mundo contemporâneo apresenta ainda muitos conflitos, alguns dos quais antigos, porém
acompanhados pela emersão de novos. Para entender a geopolítica atual é preciso considerar o jogo das potências.
9. (Unesp 2017)
10. (Uece 2017) O “banco do Brics” ou o New Development Bank – NDB – é uma iniciativa dos países que compõem
esse grupo. Dentre os seus objetivos está o auxílio aos países em desenvolvimento. Uma de suas mais importantes
iniciativas foi a recente
a) compra de campos de petróleo e gás no Brasil e no Oriente Médio.
b) criação de uma linha de crédito para o financiamento da agroindústria em Cuba e na América Latina.
c) ajuda financeira às vitimas do furacão Matthew no Haiti.
d) concessão de empréstimos para projetos sobre energias renováveis.
11. (Uefs 2016) Considerando-se o espaço brasileiro e sua organização geopolítica, é correto afirmar:
a) O início do século XX registrou a expansão das multinacionais europeias no Brasil e, após a Segunda Guerra Mundial,
a fixação, em grande escala, das empresas norte-americanas.
b) O governo Juscelino Kubitschek marcou o início do processo de industrialização com base na abertura da economia
para o capital estrangeiro, atraindo assim os investimentos de grandes empresas.
c) O Brasil, no início do século XXI, adotou o modelo econômico ideológico neoliberal, e aderiu ao projeto Área de Livre
Comércio das Américas (ALCA), ambos criados pelo Consenso de Washington.
d) O território brasileiro teve seu espaço definido desde o início do século passado, contando com fronteiras povoadas
e urbanizadas, particularmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.
e) A crise financeira atual, nos Estados Unidos e na Europa, tem contribuído para o fortalecimento dos BRICS e
permitido ao Brasil elevar o superavit comercial e alcançar grandes lucros na atividade turística com seus parceiros
desse grupo.