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FMT – FACULDADE MADRE THAÍS

Saneamento básico
Ricardo Souza Araújo
EMENTA
FMT – FACULDADE MADRE THAÍS

Sistemas de esgotamento sanitário


Ricardo Souza Araújo
Geração de esgoto

Água retirada do meio


ambiente

Água tratada fornecida


para a população

Água Utilizada nas Geração de Águas


atividades humanas Residuárias
Geração de esgoto

Água retirada do meio


ambiente

Água tratada fornecida


Tratamento de Esgoto
para a população

Água Utilizada nas Geração de Águas


atividades humanas Residuárias
Água residuária
• É a massa líquida que apresenta partículas, compostos químicos ou
microrganismos que tornam imprópria sua utilização ou
aproveitamento, requisitando, portanto, condicionamento ou
tratamento antes do reuso ou destinação final.
Água residuária
• Esgotos domésticos;
• Esgotos industriais;
• Líquidos percolados em aterros sanitários.
Definição normativa
• Esgoto sanitário (ABNT – NBR 7229/93): água residuária composta de esgoto
doméstico, despejo industrial admissível ao tratamento conjunto com o esgoto
doméstico e a água de infiltração.
definições
• Esgoto doméstico: É formado por material fecal e águas servidas
provenientes de banheiros, cozinhas, outras instalações hidro sanitárias
de residências, prédios comerciais, instalações públicas, além de
contribuições especiais de estabelecimentos de saúde. Representa o
maior volume do esgoto sanitário.
definições

• Águas de infiltração: São aquelas que, ao escoar ou infiltrar no


terreno
penetram nos coletores de esgoto, seja por juntas
mal executadas ou aberturas nos componentes da rede coletora de
esgoto.
• Esgoto industrial: É formado por efluentes de processos produtivos
e de águas de lavagem de industrias. Apresenta geralmente grande
vazão e carga poluidora.
definições

Não de deve permitir o lançamento in natura no coletor público de


despejos industriais, quando:
• Que sejam nocivos à saúde ou prejudiciais à segurança dos
trabalhos;
• Que interfiram no sistema de tratamento;
• Que obstruam as tubulações;
• Que ataquem o material constituinte da tubulação;
• Com temperaturas elevadas, acima de 45ºC.
Objetivo do tratamento de esgoto

Esgoto coletado

Evitar a transmissão de
Tratamento doenças ao homem e
minimizar os impactos
ao meio ambiente

Destinação adequada
importância sanitária
• Evitar a poluição do solo e dos mananciais de abastecimento de água;
• Evitar o contato de vetores com as fezes;
• Propiciar a promoção de novos hábitos higiênicos na população;
• Promover o conforto e atender ao senso estético.
Importância econômica

• Aumento da vida média do homem, pela redução da mortalidade em


consequência da redução dos casos de doenças;
• Diminuição das despesas com o tratamento de doenças evitáveis;
• Redução do custo do tratamento da água de abastecimento, pela
prevenção da poluição dos mananciais;
• Controle da poluição das praias e dos locais de recreação com o objetivo
de promover o turismo;
• Preservação da fauna aquática, especialmente os criadouros de peixes.
objetivo
Mapa do tratamento de esgoto no Brasil
Esgoto sanitário no mundo
• A ONU estima que morram por dia 25 mil pessoas em decorrência da
água contaminada.
• Dentre os países com nível se excelência em tratamento de esgoto,
destaca-se o Canadá.
Doenças veiculadas pela água contaminada
soluções de sistemas de esgoto sanitário
Sistema de esgotamento sanitário individual
• Caracterizado pela coleta e/ou tratamento de pequena contribuição de
esgoto sanitário proveniente de imóveis domiciliares, comerciais e
públicos de locais normalmente desprovidos de coleta de esgoto.
Solução individual para esgoto
Fossa seca estanque
Projeto de Fossa e Sumidouro
Esquema individual de fossa e sumidouro
Solução coletiva com tanques sépticos
Vantagens do sistema de fossa

• baixo custo;
• simples operação e manutenção;
• não consome água;
• recomendada p/ áreas de baixa e média densidade populacional;
• aplicável a tipos variados de terrenos;
• permite o uso de diversos materiais de construção.
Desvantagens dos sistema de fossa

• imprópria para áreas de alta densidade;


• podem poluir o subsolo;
• requer solução para outras águas servidas;
• Grande concentração de matéria orgânica, sólidos e
microrganismos.
• Desaconselhável o lançamento direto em coletores de drenagem
pluvial e em corpos d’água.
Importante comparação

Quanto maior o número de tanques sépticos,


maior serão os custos de implantação e
manutenção do sistema individual.

Tratamento de esgoto em sistemas


individuais apresentam menor eficiência do
que em sistemas coletivos.
Tipos de sistemas de esgoto sanitário – Solução
coletiva

• Sistema unitário ou combinado: Sistemas recolhem na mesma


canalização, os lançamentos dos esgotos sanitários e as contribuições
pluviais.
• Sistema separador parcial: Sistema em que uma parcela da água de
chuva proveniente de telhados e pátios são encaminhadas juntamente
com as águas residuárias.
Tipos de sistemas de esgoto sanitário

• Sistema separador absoluto: Caracterizam-se por oferecer duas redes de


canalização: uma exclusivamente para a coleta dos esgotos sanitários;
outra, para recolher as águas da chuva.
• Sistema condominial: No interior dos quarteirões e aproveitando uma
faixa criada de domínio público, são lançados os coletores de esgoto para
atendimento aos domicílios.
Desvantagens do Sistema unitário

• Dificulta o controle da poluição, onerando o tratamento, em virtude


dos grandes volumes de esgotos coletados e transportados em
épocas de cheias;
• Acarreta problemas hidráulicos nos condutos e encarece a
manutenção do sistema;
• Exige altos investimentos iniciais na construção de grandes galerias
necessárias ao transporte das vazões do projeto;
• As galerias de águas pluviais que em nosso país são executadas em
50% ou menos das vias, teriam que ser construídos em todos os
logradouros.
Desvantagens do Sistema unitário

• Tem funcionamento precário em ruas sem pavimentação, em função


da sedimentação interna de material oriundos dos leitos das vias
públicas;
• Implica em construções mais difíceis e demoradas em consequência
das suas dimensões, criando maiores dificuldades físicas e no
cotidiano da população atingida;
• Ocorrência de mau cheiro proveniente das bocas de lobo.
vantagens do Sistema separador

• Dentro de um planejamento integrado é possível a execução das obras


por etapas, construindo primeiramente a rede de maior importância
para a localidade, com investimento inicial menor;
• Menores custos, pelo fato de empregar tubos mais baratos, de fácil
obtenção e de fabricação industrial (tubos de PVC e derivados,
manilhas etc.) Facilitando a execução e reduzindo custos e prazos de
construção;
• Reduz a extensão das tubulações de grandes diâmetro, pelo fato de
não exigir a construção de galerias em todas as ruas;
vantagens do Sistema separador

• Não se condiciona e nem obriga a pavimentação das vias públicas;


• Maior flexibilidade para a disposição final das águas de origem
pluvial, pois estes poderão ser lançados nos corpos receptores sem
necessidade de tratamento.
• Reduz as dimensões das ETE’s facilitando sua operação e
manutenção em função da constância na qualidade e na
quantidade das vazões a serem tratadas.
Planejando um sistema de esgotamento sanitário

• A concepção de um projeto de esgotamento sanitário envolve todos os


estudos e conclusões necessários para a caracterização completa do
sistema a projetar:
 Identificar e quantificar todos os fatores intervenientes do sistema
(localização, estudos e projetos existentes);
 Diagnóstico do sistema existente, considerando a situação atual e futura
(população atendida por bacia);
 Pré dimensionamento das unidades do sistema, para as alternativas
selecionadas;
 Escolha da melhor alternativa mediante comparação técnica, econômica
e ambiental.
Planejando um sistema de esgotamento sanitário

 Estudos dos corpos receptores, caracterizando quanto a vazão


características, cota de inundação, condições sanitárias e usos de
montante e jusantes atuais e futuras. Observar atentamente a
Resolução 20 do CONAMA.
Sistema coletivo de esgotamento sanitário
Unidade de Coleta

Elevação

Tratamento

Destinação Final
Sistema coletivo de esgotamento sanitário
Composição do sistema convencional

• Coletor predial;
• coletores secundários;
• coletores primário;
• coletores tronco (coletor principal);
• Interceptor;
• Emissário .
Ligação predial
Deve ter no mínimo 100 mm de diâmetro e apresentar as seguintes
características:
• Ter rápido escoamento do esgoto;
• Não ter vazamento de esgoto e saída de gases;
• Não ter passagem de animais;
• Possibilitar inspeção e desobstrução em toda a instalação;
• Não prejudicar a qualidade da água em nenhuma hipótese.
Unidade coletora
Formada pelas ligações Finalidade: O rápido
prediais, coletores
afastamento do esgoto
e órgãos acessórios
que recebem e sanitário do ponto de geração
transportam o esgoto
Unidade coletora
Coletor Predial: Conjunto de tubulações e dispositivos que
interligam a instalação predial do imóvel à rede coletora

Interna, dentro da Externa, fica na área


propriedade particular, pública e é também
apresenta bacias sanitárias, denominado ligação
tubos e conexões predial
Ligação predial
• O trecho do coletor predial compreendido entre o limite do terreno
e a rede coletora de esgoto.
Ligação predial
Classificação do sistema

Coletores Secundários:
Recebem contribuição de esgoto sanitário das ligações prediais em
qualquer ponto de sua extensão e normalmente, são instalados no
passeio com pequeno diâmetro e extensão.

Coletores Primários:
São tubulações que podem receber e transportar contribuições de
esgoto de ligações prediais e de coletores secundários.
Classificação do sistema

Coletor Tronco: Quando somente recebem contribuições de coletores


Secundários;
Coletor Principal: quando é o coletor de maior
extensão na bacia de esgotamento.
Interceptor de esgoto sanitário
São canalizações destinadas a interceptar e receber o
fluxo esgotado pelos coletores.

Tendo como principais características:


• Ter o maior diâmetro da rede coletora;
• Receber essa contribuição apenas nos PV(poços e visita), não
é permitida conexões de ramais prediais;
• Amortecer a vazão provenientes dos coletores contribuintes.
Posicionamento do interceptor

Situados nas partes mais baixas da bacia de esgotamento ao longo dos talvegues
e ao longo dos cursos d’água, lagoa e oceanos, impedindo o lançamento direto do
esgoto nesses corpos d’água.
Posicionamento do interceptor
emissário

Canalização destinada a conduzir os esgotos a


um destino conveniente.
Caixas de passagens ou poços de visita

Estruturas destinadas a permitir o ingresso do operador para efetuar


serviços de inspeção e manutenção dos coletores facilitando a
inspeção e limpeza de redes de esgotos. São obrigatoriamente
necessárias em:
• Mudanças de direção do coletor;
• Mudanças de declividade da rede;
• Mudança de diâmetro dos coletores;
• Reuniões de dois ou mais trechos de coletores.
Caixas de passagens ou poços de visita

Estações Elevatórias de Esgoto (EEE)


Conjunto de equipamentos, em geral sob o abrigo de uma edificação
subterrânea, destinado a promover o recalque das vazões de esgoto
coletados a montante.

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)


Unidade destinada a dar condições ao esgoto recolhido de ser devolvido a
natureza sem prejuízo ao meio ambiente.
Sistema convencional de uma rede de esgoto
Normas técnicas
• NBR 9648/1986: Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário que
estabelece terminologia e condições gerais para esse tipo de estudo;
• NBR 9649/1986: Projetos de rede de esgoto sanitário, que estabelece
terminologias e critérios de dimensionamento;
• NB 568/1989: Projeto de Interceptores de Rede de Esgoto;
• NB 569/1989: Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto Sanitário;
• NB 570/1990: Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário.
Custos de implantação
Concepção do traçado da rede de esgoto

O traçado da rede está estritamente ligado à topografia da cidade, uma


vez que o escoamento se processa pelo caimento do terreno. Dessa
forma podem-se ter os seguintes traçados:

• Traçado Perpendicular: Em cidades


atravessadas ou circundadas por cursos de água
Concepção do traçado da rede de esgoto

• Traçado em leque: Próprio para terrenos acidentados


Concepção do traçado da rede de esgoto

• Traçado Radial ou Distrital: É o sistema característico de cidades planas


influência dos órgãos acessórios da rede no seu
traçado
influência dos órgãos acessórios da rede no seu
traçado
influência dos órgãos acessórios da rede no seu
traçado
Dimensionamento do volume de esgoto

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