Estatuto Dos Militares de MT
Estatuto Dos Militares de MT
Estatuto Dos Militares de MT
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2005
D.O. 15.12.05.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 4º O militar estadual de carreira é aquele que está inserido nos quadros previstos
nesta lei complementar e, paulatinamente, vai galgando as graduações ou postos,
conforme requisitos estabelecidos em lei especifica.
Art. 5º São de exercício exclusivo dos militares do Estado as atribuições previstas nesta
lei complementar.
Art. 7º As carreiras militares estaduais são caracterizadas por uma atividade continuada
e inteiramente devotada às finalidades das instituições militares estaduais, privativa do
pessoal da ativa, iniciando-se com o ingresso na respectiva corporação e obedecendo a
seqüência de graus hierárquicos.
Art. 9º Sede é todo o território do município ou, quando for o caso, dos municípios
vizinhos, quando ligados por freqüentes meios de transportes, dentro do qual se
localizam as instalações de uma Unidade Militar Estadual.
CAPÍTULO II
DO INGRESSO E DA CARREIRA
Seção I
Do Ingresso
§ 1º O curso de formação constituirá uma das fases do concurso público fazendo jus o
aluno a uma bolsa (estudantil) com valor definido em lei, e estando este sujeito a todas
as normas e regulamentos da carreira militar.
Seção II
Das Carreiras Militares Estaduais
Subseção I
Do Nível Hierárquico Superior
Subseção II
Do Nível Hierárquico Médio
Art. 13 O nível hierárquico médio das carreiras militares é formado por praças das
instituições militares estaduais.
CAPÍTULO III
DO CARGO MILITAR, DAS SUBSTITUIÇÕES, DA FUNÇÃO MILITAR E DA
ESTABILIDADE
Seção I
Do Cargo Militar
Art. 14 Cargo militar é aquele que só pode ser exercido por militar estadual em serviço
ativo e que se encontra especificado nos Quadros de Organização das Corporações
estabelecidos nesta lei complementar.
§ 2º Os cargos são providos por militares que satisfaçam aos requisitos de grau
hierárquico e de qualificação exigidos para o seu desempenho previstos nesta lei
complementar.
Parágrafo único O disposto neste artigo também se aplica aos militares que forem
nomeados ou designados para exercerem cargos e funções privativas de militares de
grau hierárquico superior.
Seção III
Da Função Militar
§ 1º As funções de natureza militar somente poderão ser exercidas nos órgãos descritos
nos incisos do presente artigo.
§ 5º O militar estadual nomeado para o cargo de natureza militar será agregado, não
acarretando abertura de vagas para efeito de promoção.
CAPÍTULO IV
DA ESTABILIDADE DO MILITAR
CAPÍTULO V
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Art. 26 Posto é o grau hierárquico do oficial conferido por ato do Governador do Estado,
Art. 29 Os alunos dos Cursos de Formação de Soldado, Cabo e Sargentos PM/BM serão
considerados praças em situação especial.
CAPÍTULO VI
DA ÉTICA, DOS VALORES E DOS DEVERES DOS MILITARES ESTADUAIS
Seção I
Art. 34 Os militares devem ter conduta compatível com os preceitos éticos desta lei
complementar e, em especial, com as seguintes disposições:
I - os atos dos militares deverão ser direcionados para a preservação da credibilidade
das instituições militares estaduais;
II - o trabalho desenvolvido pelos militares estaduais junto à comunidade deve ser
entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar;
III - os atos dos militares verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional;
IV - os militares não podem omitir ou falsear a verdade, ainda que contrária aos
interesses da própria pessoa interessada ou da administração pública estadual;
V - os militares devem trabalhar em harmonia com a estrutura organizacional,
respeitando seus companheiros e cada concidadão.
Seção II
Dos Valores Militares
Seção III
Dos Deveres do Militar Estadual
Subseção I
Dos Deveres Fundamentais
Subseção II
Dos Deveres para com os Membros das Instituições Militares Estaduais
Art. 37 São deveres do militar para com os demais membros das instituições militares
do Estado de Mato Grosso:
I - abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras dos
seus superiores, pares, companheiros e subordinados.
II - evitar desentendimentos com seus pares;
III - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de
cooperação;
IV - prestar ao superior hierárquico as honras e deferências que lhes são devidas;
V - tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.
Seção IV
§ 1º A violação dos preceitos da ética e dos valores militares estaduais será mais grave
quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer, consistindo em
agravante para o efeito de punição.
CAPÍTULO VII
DO COMPROMISSO DO MILITAR ESTADUAL
Art. 40 O compromisso a que se refere o artigo anterior terá caráter solene e será
prestado na presença de tropa, tão logo o militar estadual tenha adquirido um grau de
instrução compatível com o perfeito entendimento de seus deveres como integrante das
instituições militares estaduais, conforme os seguintes dizeres: “Ao ingressar na(o)
Polícia Militar do Estado de Mato Grosso/Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato
Grosso, prometo regular a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me
inteiramente ao serviço militar estadual, à preservação da ordem pública e a segurança
da comunidade, mesmo com o risco da própria vida”.
CAPÍTULO VIII
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
CAPÍTULO IX
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES DO MILITAR ESTADUAL
Art. 50 A violação da ética, das obrigações e dos deveres do militar estadual constituirá
crime, contravenção penal ou transgressão disciplinar, conforme dispuser esta lei
complementar, o Regulamento Disciplinar e a legislação penal militar.
Art. 52 O militar submetido a processo administrativo que, por sua atuação, demonstrar
possibilidade de interferência no curso dos trabalhos, será afastado de suas funções
militares, em caráter cautelar e provisório, durante o decurso da apuração do fato.
§ 2º O militar afastado das funções, nas condições mencionadas neste artigo, estará
privado do exercício de qualquer outra função militar estadual até a solução final,
ficando à disposição do órgão de pessoal de sua instituição, podendo apenas exercer
serviços internos em unidade militar a ser designada.
Art. 53 Cabe ao militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, inclusive
nas missões expressamente determinadas, pelas ordens que emitir ações e omissões
que venha a praticar.
§ 2º A violação da disciplina militar estadual será tanto mais grave quanto mais elevado
for o grau hierárquico daquele que a cometer, configurando agravante.
CAPÍTULO X
DO CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO E DO CONSELHO DE DISCIPLINA
Art. 54 O oficial PM/BM que presumivelmente seja incapaz de permanecer como militar
CAPÍTULO XI
DOS DIREITOS, DAS PRERROGATIVAS E DO SUBSÍDIO
Seção I
Dos Direitos e Prerrogativas
Art. 57 São direitos e prerrogativas dos militares estaduais, nas condições e nas
limitações previstas nesta lei complementar:
I - garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e
deveres a ela inerente, quando Oficial PM/BM;
II - uso das designações hierárquicas;
III - ocupação de cargo correspondente ao posto ou graduação;
IV - promoção;
V - transferência para a reserva remunerada ou reforma;
VI - férias, afastamentos temporários do serviço e licenças;
VII - exoneração e exclusão voluntária;
VIII - porte de arma, quando em serviço ativo;
IX - descanso obrigatório, conforme escala de serviço;
X - ajuda de custo;
XI - transporte;
XII - creche para seus filhos, nos mesmos moldes estabelecidos para os servidores civis
do Estado;
XIII - ser mantido em dependência ou sala especial, de estabelecimento militar, quando
preso, antes da sentença condenatória transitar em julgado;
XIV - ser recolhido em unidade prisional militar, em virtude de sentença condenatória
transitada em julgado por crime militar ou cometido no exercício da atividade
profissional, enquanto não vier a ser decretada perda da função pública;
XV - prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado,
no território estadual, quando em serviço de caráter urgente;
Art. 58 O militar estadual tem livre ingresso e trânsito, quando em serviço, em qualquer
recinto público ou privado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do
domicílio e os demais direitos e garantias individuais.
Subseção I
Das Diárias
Art. 61 A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade
quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede.
Art. 63 O pagamento de diária deverá ser antecipado tendo em vista o prazo provável
do afastamento, segundo a natureza e a extensão dos serviços a serem realizados,
podendo ser feitos nas próprias unidades de despesas, desde que haja numerário para
tanto.
Art. 68 O servidor militar que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer
motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias.
Subseção II
Do Regime de Trabalho
Subseção III
Da Ajuda de Custo
Parágrafo único Não se enquadra nas disposições do inciso II deste artigo a licença
para tratamento da própria saúde.
Art. 74 A ajuda de custo não será restituída pelo servidor militar ou seus beneficiários
quando:
I - após ter seguido destino, for mandado regressar;
II - ocorrer o falecimento do servidor militar, quando já se encontrar no destino.
Subseção IV
Do Transporte
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se ao inativo, quando designado para exercer função
na atividade.
Subseção V
Da Etapa Fardamento
§ 1º O auxílio previsto neste artigo será concedido, sob forma de adiantamento, para
reposição, ao servidor militar que permanecer mais de 04 (quatro) anos no mesmo
posto ou graduação.
Art. 80 O servidor militar que perder seus uniformes em qualquer sinistro ou em viagem
a serviço, receberá outra indenização.
Seção II
Do Subsídio
Seção III
Da Gratificação Natalina
Parágrafo único A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como
mês integral.
Seção IV
Art. 83 O militar fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acumuladas até o
máximo de dois períodos, mediante comprovada necessidade de serviço.
§ 1º Independente de solicitação será pago ao militar estadual, por ocasião das férias,
adicional de 1/3 (um terço) do subsídio correspondente ao período de suas férias
regulamentares.
§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral
para efeito de indenização.
§ 2º É facultado ao militar estadual converter 1/3 (um terço) de suas férias em abono
pecuniário, desde que requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência do
seu início.
Seção V
Da Pensão e dos Beneficiários
Art. 89 Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de
que tenha resultado a morte do militar estadual.
Art. 90 Será concedida pensão provisória por morte presumida do militar estadual, nos
seguintes casos:
I - declaração de ausência;
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não
caracterizado como em serviço;
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de
segurança.
Seção VI
Da Assistência Médico-Hospitalar e Auxílio Funeral
Parágrafo único As despesas decorrentes do auxílio funeral serão custeadas por meio
do Fundo Estadual de Segurança Pública - FESP, no caso da Polícia Militar, e do Fundo de
Reequipamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso - FREBOM, no
caso do Corpo de Bombeiros Militar, de acordo com as respectivas leis específicas.
Seção VII
Das Condições de Elegibilidade
Seção VIII
Do Sistema de Promoção
Subseção I
Disposições Gerais
Seção IX
Dos Afastamentos Temporários do Serviço e das Licenças
Subseção I
Dos Afastamentos
Subseção II
Das Lideranças
Art. 101 A licença para tratar de interesse particular é a autorização para afastamento
total do serviço pelo prazo de até 02 (dois) anos, consecutivos ou não, concedida ao
militar estadual com mais de 05 (cinco) anos de serviço, mediante requerimento.
§ 1º A licença será concedida uma única vez e com prejuízo do subsídio e da promoção,
bem como da contagem do tempo de efetivo serviço.
Art. 102 A licença para tratamento de pessoa da família poderá ser concedida pelo
Comandante-Geral ao militar por motivo de doença, mediante perícia médica, em pai,
mãe, filhos ou cônjuge de que não esteja legalmente separado, desde que prove ser
indispensável sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada simultaneamente
com o exercício de suas funções, pelo prazo de 03 (três) meses, renováveis até o
período máximo de 02 (dois) anos, com subsídio integral do seu posto ou graduação.
Parágrafo único Cabe à autoridade que conceder a licença verificar sua necessidade,
por meio de sindicância, e acompanhar sua fruição.
Art. 103 A licença para tratamento de saúde será concedida ao militar a pedido ou ex-
offício, pelo Comandante-Geral, após perícia médica, sem prejuízo de nenhuma natureza
aos seus vencimentos.
§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo
antecipação por prescrição médica.
§ 4º No caso de aborto não criminoso atestado por médico, a militar terá direito a 30
(trinta) dias de repouso remunerado.
Art. 106 À militar estadual que adotar ou obtiver guarda judicial de criança de até 01
(um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada, para
ajustamento do adotado ao novo lar.
Art. 107 É assegurado o direito à licença para o desempenho de cargo de direção nas
associações representativas de integrantes das instituições militares estaduais com ônus
para o Estado.
Art. 108 A licença para qualificação profissional dar-se-á com prévia autorização do
Governador do Estado, por meio de publicação do ato no Diário Oficial do Estado.
Art. 109 A licença para concorrer a cargo eletivo é devida ao militar que com menos de
10 (dez) anos de tempo de efetivo serviço se candidate a cargo eletivo.
Parágrafo único O militar em licença para a disputa a cargo eletivo não fará jus ao
subsídio correspondente ao seu posto ou graduação no período em que permanecer
afastado.
CAPÍTULO XII
DO DESLIGAMENTO, DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA, DA
REFORMA E DA INCAPACIDADE
Seção I
Do Desligamento ou Exclusão do Serviço Ativo
Art. 111 A transferência para a reserva remunerada ou reforma não isentam o militar
de indenização dos prejuízos causados à fazenda estadual ou a terceiros, nem o
pagamento de pensões decorrentes de sentença judicial.
Seção II
Da Transferência para a Reserva Remunerada
Parágrafo único O militar que contar com mais de 30 (trinta) anos de contribuição, do
sexo masculino, e 25 (vinte e cinco) anos, do feminino, poderá ser transferido, a pedido,
para reserva remunerada com o subsídio integral.
Art. 115 O militar que contar com mais de 25 (vinte e cinco) anos de contribuição se do
sexo masculino e 20 (vinte) anos se do sexo feminino, poderá ser transferido a pedido,
para reserva remunerada com subsídio proporcional ao tempo de contribuição, desde
que conte respectivamente com mais de 20 (vinte) e 15 (quinze) anos se serviço na
Polícia Militar ou no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso.
Art. 116 O militar que não tenha sido promovido nos últimos 06 (seis) anos, e conte
com no mínimo 25 (vinte e cinco) e no máximo 30 (trinta) anos de contribuição se do
sexo masculino, e no mínimo 20 (vinte) e no máximo 25 (vinte e cinco) anos se do sexo
feminino, será transferido compulsoriamente para a reserva remunerada com subsídio
proporcional ao seu tempo de contribuição quando o número de vagas de seu posto ou
graduação estiver completo, devendo este ser escolhido pelo Governador dentre aqueles
que contem com mais de 15 (quinze) anos na corporação.
Art. 117 A transferência para reserva remunerada poderá ser suspensa na vigência do
estado de guerra, estado de defesa, estado de sítio ou em caso de mobilização.
Art. 118 O oficial da reserva remunerada poderá ser convocado para o serviço ativo,
por ato do Governador do Estado, para compor Conselho de Justificação ou para ser
encarregado de Inquérito Policial Militar, na falta de oficial da ativa em situação
hierarquicamente superior à do oficial envolvido.
§ 1º O oficial convocado nos termos deste artigo terá os mesmos direitos e deveres
conferidos ao oficial da ativa de igual situação hierárquica, exceto quanto à promoção
que não concorrerá, e contará com acréscimo esse tempo de serviço desde que haja
contribuição previdenciária.
Seção III
Da Reforma
Art. 120 Anualmente, no mês de março, o órgão de pessoal das corporações organizará
a relação dos militares estaduais que tenham atingido a idade limite de permanência na
reserva remunerada, a fim de serem reformados.
Seção IV
Incapacidade
§ 2º O militar da ativa que for julgado incapaz, definitivamente, por um dos motivos
estabelecidos nos incisos I, II e III, será reformado com a remuneração calculada com
base no subsídio correspondente ao grau hierárquico que possuía na ativa.
CAPÍTULO XIII
DA DEMISSÃO E OUTRAS FORMAS DE DESLIGAMENTO
Seção I
Da Demissão e Exoneração
§ 1º No caso do oficial PM/BM ter concluído qualquer curso ou estágio de duração igual
ou superior a 06 (seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por conta do
Estado de Mato Grosso, e não tendo decorrido mais de 03 (três) anos de seu término, a
exoneração só será concedida mediante indenização de todas as despesas
correspondentes ao referido curso ou estágio, acrescidos, se for o caso, das condições
previstas no inciso II deste artigo e das diferenças de vencimentos.
§ 3º O oficial exonerado não terá direito a qualquer remuneração, sendo a sua situação
militar definida pela Lei do Serviço Militar, recebendo, a partir de então, a denominação
de reservista de 2ª classe, devendo a seção de pessoal providenciar a regular
identificação.
Seção II
Da Perda do Posto e da Patente, da Declaração de Indignidade ou
Incompatibilidade com o Oficialato
Art. 124 O Oficial que houver perdido o posto e a patente será demitido ex-officio, sem
direito a qualquer remuneração ou indenização, e terá a sua situação militar definida
pela Lei do Serviço Militar.
Art. 125 O Oficial perderá o posto e a patente se for declarado indigno do oficialato ou
com ele incompatível por decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.
Seção III
Da Exclusão
§ 2º Poderá ser concedida a exclusão ao praça sem estabilidade, desde que seja paga
indenização das despesas feitas pelo Estado com a sua preparação e formação.
§ 4º O militar estadual excluído não terá direito a qualquer remuneração e sua situação
militar será definida pela Lei do Serviço Militar, salvo as verbas indenizatórias previstas
em lei.
Art. 128 O direito de exclusão a pedido poderá ser suspenso na vigência de estado de
guerra, calamidade pública, perturbação da ordem interna, estado de defesa, estado de
sítio ou em caso de mobilização.
Seção IV
Da Exclusão a Bem da Disciplina
Art. 131 A exclusão do praça a bem da disciplina acarreta a perda do seu grau
hierárquico e não o isenta das indenizações dos prejuízos causados à fazenda estadual
ou a terceiros, nem das pensões decorrentes de sentença judicial.
Seção V
Art. 132 A deserção do militar estadual acarreta uma interrupção do serviço militar,
com a conseqüente demissão, para oficial, ou exclusão do serviço ativo, para o praça.
Seção VI
Do Falecimento e do Extravio
Art. 133 O falecimento do militar da ativa acarreta interrupção do serviço militar com o
conseqüente desligamento e exclusão do serviço ativo, a partir da data da ocorrência do
óbito.
Art. 134 O extravio do militar estadual da ativa acarreta interrupção do serviço militar
estadual com o conseqüente afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data
em que o mesmo for oficialmente considerado extraviado.
§ 1º A exclusão do serviço ativo será feita 06 (seis) meses após a agregação por motivo
de extravio.
CAPÍTULO XIV
DA AGREGAÇÃO, DA REVERSÃO E OUTRAS MEDIDAS
Seção I
Da Agregação
Art. 136 A agregação é a situação temporária durante a qual o militar da ativa fica
§ 4º A agregação a que se refere as alíneas “a”, “c”, “d” e “e” do inciso III do § 1º é
contada a partir do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar o
respectivo evento.
§ 5º Nos casos previstos no inciso III e alíneas “b”, “f”, “g”, “h” e “i” do § 1º é contada a
partir da data indicada no ato que torna público o respectivo evento.
§ 6º Nas hipóteses das alíneas “j” e “l” do inciso III do § 1º é contada a partir da data
de posse no novo cargo até o regresso à corporação a que pertence ou transferência ex-
officio para a reserva, conforme previsto em lei.
Seção II
Da Reversão
Art. 138 Reversão é o ato pelo qual o militar agregado retorna à atividade fim tão logo
cesse o motivo que determinou a sua agregação.
Seção III
Do Ausente e do Desertor
Art. 140 É considerado ausente o militar que, por mais de 24 (vinte e quatro) horas
consecutivas:
I - deixar de comparecer à sua unidade militar estadual, sem comunicar qualquer motivo
de impedimento;
II - ausentar-se, sem licença, da unidade militar estadual onde serve ou local onde
deveria permanecer.
Art. 141 O militar é considerado desertor nos casos previstos na legislação penal
militar.
Seção IV
Do Desaparecimento e do Extravio
Art. 143 O militar que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido por mais
de 30 (trinta) dias, será oficialmente considerado extraviado, inclusive se estiver na
inatividade.
Seção V
Da Readaptação
Parágrafo único A readaptação será homologada pela perícia médica estadual, através
de junta pericial.
Seção VI
Da Reintegração
Art. 147 A reintegração é o retorno à atividade do militar que, reformado por invalidez,
por laudo pericial expedido pela perícia médica estadual, tiver declarados insubsistentes
os motivos determinantes da reforma.
Art. 149 Não poderá ser reintegrado o militar estadual que atingir as idades limites
estabelecidas por esta lei complementar.
CAPÍTULO XV
DO TEMPO DE SERVIÇO E SUA CONTAGEM
Seção I
Da Contagem do Tempo de Serviço e da Data de Inclusão
Art. 151 O militar começa a contar o tempo de serviço a partir da data de sua inclusão
na corporação.
Art. 153 Tempo de efetivo serviço nas corporações militares do Estado de Mato Grosso
é o espaço de tempo, computado dia-a-dia, entre a data de inclusão, nomeação ou
matrícula e a data limite estabelecida para a contagem ou a data de desligamento do
serviço ativo.
§ 1º Será também computado como tempo de efetivo serviço, o tempo passado dia-a-
dia pelo militar estadual da reserva remunerada que for convocado, designado ou
nomeado para o exercício de funções militares, na forma desta lei complementar, desde
que haja contribuição previdenciária.
§ 2º Ao tempo de efetivo serviço de que trata este artigo, apurado e totalizado em dias,
será aplicado o divisor 365 (trezentos e sessenta e cinco), para a correspondente
obtenção dos anos de efetivo serviço.
Art. 154 Anos de serviço é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço a que se
refere o artigo anterior e seus parágrafos, com os acréscimos do tempo de contribuição
passado em atividade de natureza privada regulada por lei federal vinculada à
previdência social.
Parágrafo único Será também computado como anos de serviço o tempo de serviço
público federal, estadual, distrital ou municipal, prestado pelo militar estadual
anteriormente à sua nomeação, matrícula, inclusão e reinclusão, desde que haja
contribuição previdenciária.
Art. 156 O tempo que o militar vier a passar afastado do exercício de suas funções, em
conseqüência de ferimentos sofridos em decorrência do serviço ou de moléstia adquirida
no exercício de qualquer função militar, será computado como se ele o tivesse passado
no exercício da função.
CAPÍTULO XVI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Do Ensino nas Instituições Militares Estaduais
Art. 160 As instituições militares do Estado de Mato Grosso manterão sistemas próprios
de ensino, com a finalidade de formar, capacitar, preparar, especializar, aperfeiçoar e
treinar os militares estaduais, bem como proporcionar assistência educacional aos seus
dependentes.
§ 4º Os concursos para inclusão nas corporações poderão ser realizados por entidades
públicas ou privadas, por meio de convênio ou contrato de prestação de serviços.
Seção II
Da Alimentação
Seção III
Do Uso de Uniformes
Art. 162 O uso de uniformes, com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como os
modelos, descrição, composição, peças, acessórios e outros dispositivos são
estabelecidos no Regulamento de Uniformes das corporações.
CAPÍTULO XVII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 165 O cônjuge do militar, sendo servidor do Estado, será transferido para a sede do
município onde estiver destacado, sem prejuízo de qualquer direito, e permanecerá à
disposição de órgão do serviço público estadual, desde que haja compatibilidade
funcional.
Art. 166 O militar, cujo cônjuge for transferido para outro município do Estado de Mato
Grosso, terá prioridade em ser também transferido para a mesma sede ou a mais
próxima, observada a existência de vagas na respectiva unidade militar.
Art. 167 O militar estadual da ativa que vier a falecer ou sofrer incapacidade definitiva e
for considerado inválido, impossibilitado total e permanente para qualquer trabalho em
razão de ação na atividade fim das instituições militares estaduais, fará jus a
indenização mediante seguro de danos pessoais, a ser contratado e custeado pelo
Estado de Mato Grosso.
Art. 168 O serviço voluntário previsto no art. 57, XXI, e sua remuneração, são
regulamentados por decreto do Poder Executivo.
Art. 170 O subsídio dos militares observará o disposto na legislação em vigor até que
seja editada nova legislação.
§ 2º A promoção de que trata o caput deste artigo somente se aplica aos praças que
ingressaram nas corporações militares até a vigência desta lei complementar.
§ 3º Aos sargentos promovidos por recompensa e/ou por ato de bravura fica garantida a
ascensão profissional dentro de seu quadro especial até a última graduação.
Art. 173 O quadro de músico militar das corporações militares do Estado de Mato
Grosso será composto por praças e oficiais combatentes designados pelo Comandante-
Geral da respectiva corporação.
Art. 176 Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Coronel
Oficiais Superiores Tenente-Coronel
Major
Círculo de Oficiais
PM/BM Oficial Intermediário Capitão
1º Tenente
Oficiais Subalternos
2º Tenente
Subtenente
1º Sargento
Subtenentes e Sargentos
Círculo de Praças 2º Sargento
PM/BM 3º Sargento
Cabo
Cabos e Soldados
Soldado
ANEXO II
ANEXO III
Alunos do Curso
Excepcionalmente ou em reuniões
de Formação de
Praças em sociais tem acesso ao círculo de
Sargentos
Situação Subtenentes e Sargentos
PM/BM.
Especial
Alunos do Curso
Freqüenta o Círculo de Cabos PM/BM de Formação de
e Soldados PM/BM Cabos PM/BM e
do Curso de
Formação de
Soldados PM/BM