Se Gredos

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SEGREDOS

DE
IFÁ
Igbalê Ayé NI Aba Õlá

GOSTARIA DE DIZER A VOCÊS ALGO SOBRE ESTA CERIMÔNIA.

Nós seres humanos somos formados de uma massa física chamada


matéria. O que nos ajuda a existir é o espírito e é este espírito que
vamos alimentar e vamos trabalhar a partir de agora, pois acreditamos
que nós seres humanos, por falta de desenvolvermos esta
espiritualidade, temos perdido capacidade e poder, pois trocamos
poder espiritual por poder material.

Deveria ser o contrário, para ter poder material, temos que ter poder
espiritual, que se traduzirá na força que cada um deve ter para mover
a enorme pedra que é sua vida. Este será nosso objetivo aqui durante
estes três dias, onde lhes digo, será necessária muita concentração
de todos.

Começaremos mojubando (que quer dizer louvando, invocando os


nossos ancestrais) familiares que nos encaminharam na Terra e para
à Terra, que são nossos avós, pais e mães, que nos guardaram e
imploraram por nossa existência e nosso sucesso na vida.

A estas espiritualidades desencarnadas é que devemos pedir nosso


sucesso, devemos comunicar nossos anseios e desejos. Convém
dizer que o mundo e a natureza que nos criou têm um regulamento no
qual acreditamos e tratamos de preservar, através de nossos ORIXÁS
e entidades benéficas. Exemplos: As árvores têm sua espiritualidade.
As águas e matas também. Os animais idem. Por que só o homem é
essa força material que deseja estar a todo o momento fora desse
contexto? Somos fracos sim e vulneráveis, devemos nos espiritualizar
e contar com estas forças ocultas para podermos vencer a inveja, a
discórdia, a soberba, a fofoca e todos os outros males da
humanidade.

Para começarmos esta cerimônia, gostaria de dizer que a nós


BABALAWÓS, sacerdotes desta religião, nos cabe chamar os
ORIXÁS e entidades benéficas. Vocês devem estar cientes que
devem pedir e ficar concentrados nesses momentos, rogando aos
ORIXÁS durante esses três dias, pois se não o fazem, tudo isso não
terá êxito.

Caberá a vocês a partir de agora e durante esses três dias de


cerimônias, ou mesmo fora delas, estarem concentrados e fazerem
uma reflexão de suas vidas, observando onde supostamente vocês
podem ter errado, pedindo a esses ORIXÁS que os ajudem a acertar
a partir de agora, traçando uma trajetória nova na vida de vocês, para
que possam ser felizes e realizar o que vocês desejarem.
Gostaríamos que vocês lembrassem disso toda vez que forem
chamados para a sequência de cerimônias que se seguirão até o
encerramento.

Nós BABALAWÓS desejamos que ORUNMILÁ e todos os ORIXÁS os


abençoem e realizem todos os seus desejos, como tem realizado os
nossos.

CONCEITOS DOS MANDAMENTOS DE IFÁ

Muitos andam pela vida sem rumo e acabam indo buscar os


conselhos de IFÁ. Este era o caso dos nossos ancestrais que
buscaram cobrar de IFÁ a promessa feita por OLODUMARÉ (DEUS),
que dava a eles uma vida longa.

Assim IFÁ advertiu:

1 – Não digam o que não saibam

2 – Não façam ritos que não saibam fazer

3 – Não enganem as pessoas


4 – Não conduzam as pessoas a uma vida falsa

5 – Não queiram ser o que não são

6 – Não sejam orgulhosos e egocêntricos

7 – Não busquem os conselhos de IFÁ com más intenções e


falsidades

8 – Não rompam (não mudem) ou revelem os ritos sagrados


fazendo mal-uso deles

9 – Não sujem os objetos sagrados com as impurezas dos


homens, busquem nos ritos sagrados somente coisas boas

10 – Os templos devem ser lugares puros, onde a sujeira do


caráter humano deve ser lavada

11 – Não desrespeitem ou inferiorizem àqueles que têm


maior dificuldade de assimilar conhecimentos ou
deficiências no caráter, ajude-os a mudar

12 – Não desrespeitem os mais velhos, a sabedoria está


com eles, a vida os fez aprender

13 – Não desrespeitem as linhas de condutas morais

14 – Nunca traiam a confiança de seu semelhante

15 – Nunca revelem segredos que lhe foram confiados, falar


pouco e somente o necessário demonstra sabedoria
16 – Respeitem os que possuem cargos de
responsabilidade maior, o BABALAWÓ é um pai, portanto, é
devido grande respeito aos pais

Mas, os ancestrais não cumpriram as determinações de DEUS


trazidas e mostradas por ORUNMILÁ. DEUS então usou os ORIXÁS
para advertirem o homem, mas não obtém sucesso. O homem não
ouve conselhos.

Mesmo assim, em erro, o homem ainda acusa ORUNMILÁ, mais uma


vez não reconhecendo seus próprios erros. O homem tem esse
costume de culpar os outros por seus atos errados.

Diante de tais atitudes, DEUS fica desobrigado de cumprir sua palavra


com o homem, permitindo então que este morra idoso e venha
renascer jovem, para que uma nova caminhada de aprendizado se
inicie em outra vida, em outro lugar e quem sabe assim nessa nova
etapa o homem aprenda os mandamentos de IFÁ, pondo um fim a
esse ciclo sofrido.

Assim se repetirão esses ciclos, até que homem aprenda a mudar,


tornando-se um EGUNGUN AGBÁ (ancestral ilustre) que recebe
funções mais importantes no ORUN (no mundo espiritual).

EBÓ (SACRIFÍCIOS)

A vida diária de um ser humano está cheia de “sacrifícios”. Para se


obter algo, há a necessidade de se fazer elevados sacrifícios, a
pessoa tem de dar algo em troca, a vida é uma troca.

Você almeja, trabalha e recebe. Por exemplo, se uma pessoa precisa


de dinheiro ela terá de fazer um investimento. Esse investimento será
um pouco de dinheiro para obter algo mediante sua capacidade
intelectual, ou terá que estudar muito para ter uma carreira e ser bem
remunerada, o que significa muita dedicação e tempo, que poderia ser
utilizado em uma diversão, ou em outra coisa qualquer.

Se uma pessoa deseja uma casa própria, ela terá que pagar uma
soma considerável, muito mais que uma pessoa que aluga um imóvel,
por sua vez terá que cuidar da casa e fazer suas manutenções. No
final ela viverá numa prosperidade. Se não fizer essas manutenções e
deixar para um caso emergencial, poderia lhe trazer muitas dívidas,
deixando de suprir outras necessidades, investir em algum negócio,
etc., enquanto que se prevenindo, não teria preocupações futuras.

A mesma coisa acontece no caso de ter um ou mais filhos. Já quem


não os têm, não terá preocupação nenhuma com custos adicionais,
porém não terá auxílio em sua velhice. Para ter auxílio em sua
velhice, você terá que sacrificar tempo e dinheiro, mas no final
desfrutará do respaldo familiar.

Resumindo, para você obter algo, terá de sacrificar alguma coisa. Isso
será tempo, algum dinheiro, saúde, tranquilidade, etc.

Como diz um ditado popular: “O destino de uma pessoa é conclusivo”,


seu ORI poderá evitar ou superar todos os obstáculos existentes,
aumentando ou reduzindo os graus de consequências que lhe
acompanham. Poderá variar o espaço de tempo em vitórias ou
derrotas, e os fracassos poderiam ser suavizados se tivesse um bom
ORI, através da harmonia e compreensão, entendimento e sabedoria,
caso contrário levaria uma vida de infelicidade e muita frustração.
Para se ter um bom ORI com prosperidade em seu destino, a este
não lhe cabem fazer somente os sacrifícios anteriormente
mencionados, como ainda teriam de fazer sacrifícios espirituais,
quando teriam a sua própria escolha auxiliares, repartindo seus
sacrifícios com um ORIXÁ e o ancestral, assim como também apoiar-
se na obediência dos tabus e proibições que eles determinam. Para
realizar este tipo de sacrifício, dependerá do grau de complexidade do
destino indicado. Com os sacrifícios para as Divindades e Ancestrais,
poderíamos evitar esses tipos de problemas que fiz referências,
superando assim os obstáculos e obtendo assim maiores benefícios
de maior durabilidade em curto prazo.

Esses sacrifícios religiosos basicamente são chamados de EBÓS.


Existem vários tipos de EBÓS, mas suas composições só são obtidas
através do ORÁCULO de IFÁ e considerável conhecimento. Na
maioria das vezes todos os EBÓS são entregues a EXÚ
(ELEGBARA), a outros ORIXÁS e ANCESTRAIS, mas OLÓFIN é
quem recebe a maior parte desses EBÓS (sacrifícios). Já quando um
EBÓ é executado diretamente no ORI, este tem a função de conexão
com OLÓFIN sem qualquer necessidade de intercessor, assim
propiciando naturalmente o alinhamento do ORI com seu próprio
destino, numa conexão direta com sua origem, OLÓFIN (DEUS).

Quando o sacrifício é realizado, o nosso Criador libera uma força


peculiar que é chamada de ORIXÁ (um tipo de auxiliar) e algumas
vezes há a necessidade de acionar os ancestrais da pessoa, a fim de
propiciar ajuda no destino de um indivíduo. Portanto, tudo isso é feito
exclusivamente através de seu próprio ORI, que nada mais é do que
uma personificação do próprio OLÓFIN (DEUS), dessa forma se faz
um culto direto ao próprio OLÓFIN chamado também de ELEDÁ
(DEUS, O CRIADOR).

Através do EBÓ (sacrifício = meio de sobrevivência), podemos alterar


os estágios de tempo do destino. Como? Pegamos este exemplo: A
mulher “X” teria um destino composto assim: Após nascer, sua vida
transcorreria sem nenhum tipo de problema até que, aos dezoito
anos, ela quebra sua perna, casa-se aos vinte e cinco anos, se
divorcia, casa-se novamente aos quarenta e se divorcia três anos
mais tarde e resolve se casar de novo aos cinquenta anos. Mais tarde,
aos oitenta, ganha na loteria. Ela resolveu ir até um sacerdote para
consultar o Oráculo de IFÁ e perguntou o que fazer? Os ODÚS
disseram:

Deveria fazer sacrifícios. Se fizesse seus sacrifícios prescritos, tudo


seria diferente, adiando os problemas e antecipando os benefícios. Ou
seja, aos 18 sua perna não se quebraria, isso seria adiado para os 80,
inclusive poderia ser suavizado, até mesmo a um simples
deslocamento de osso, mas de qualquer forma isso aconteceria de
qualquer maneira, até consideravelmente, mas jamais apagado.

Então a mulher “X” não ganharia na loteria aos 80, o que aconteceria
aos 30 anos, claro que se isso não estivesse em seu destino, ela não
ganharia nada. Veja bem que é só por meio de EBÓ que se pode
apressar (adiantar) para obter alguma coisa boa na vida. A primeira
coisa a fazer seria procurar um Sacerdote, pois é para isso que eles
existem. Há coisas que não podem ser forçosamente integradas ao
destino e isso é uma coisa que deveria ser explicada de uma forma
bem clara aos adeptos da religião, a fim de evitar frustrações de
desejos e caprichos que não podem ser obtidos e também aquelas
coisas que não se encontram inclusas em seu destino.

Nesse caso citado acima, a mulher teve em seu destino três


casamentos, que em parte seriam inalteráveis se ela pudesse diminuir
o espaço e perda de tempo. Ela se casaria aos vinte e cinco e se
divorciaria no mesmo ano. Ela se casaria aos vinte e seis e se
divorciaria aos vinte e sete e alcançaria a felicidade que lhe foi
conferida no terceiro matrimônio aos vinte e sete anos, uma boa
diferença, ou talvez pudesse ainda diminuir as duas fases de fracasso
a dois simples namoros bem rápidos, antes de chegar ao terceiro
casamento sério e permanente. Então valeria à pena executar os
sacrifícios ao seu ORI/ORIXÁ e ANCESTRAIS ao invés de suportar os
sofrimentos, frustrações e lamentações.

A forma de diferenciar os sacrifícios rituais, estes se definem em


termo YORUBÁ como EBÓS, ADIMÚ e ETUTU. EBÓS são os
sacrifícios que incluem animais e outros apetrechos, enquanto que
ADIMÚS são oferendas adicionais após IRUBÓ (sacrifício animal), ou
primeira oferenda de forma única, como uma simples oferenda. Já
ETUTU é um tipo de sacrifício com finalidade de apaziguar as forças
primitivas ou espíritos dos antepassados.

IKOFÁ E AWOFAKAN NI ORUNMILÁ

QUEM É ORUNMILÁ?

ORUNMILÁ é a divindade da adivinhação e sabedoria no Panteão da


religião YORUBÁ. É o testemunho de DEUS (OLODUMARÉ) quando
este idealizou e construiu o universo. ORUNMILÁ conhece por
excelência o destino de todos os seres viventes, como se originaram,
como estão e como terminarão.

Recebendo ou consultando ORUNMILÁ, as pessoas podem conhecer


seu destino, tanto no mundo físico como no espiritual, saber quais são
as dificuldades que lhe ameaçarão e como livrar-se delas através de
sacrifícios, entre outras coisas.

NOMES DE ORUNMILÁ

ORUNMILÁ – ORUNLA – ORULA – ELERI IKPIN ODE

O ILEKE (colar ou fio de conta) e o IDÉ (pulseira) de ORUNMILÁ é


verde e amarelo e deve ser colocado somente por um sacerdote de
IFÁ. Isso significa o pacto que fez ORUNMILÁ com IKÚ (a morte) para
que não tocasse em seus filhos sem que ORUNMILÁ autorizasse,
opinasse, ditasse que o seu destino na Terra havia terminado.

NOTA: Quando se rompe o IDÉ (a pulseira) deve-se procurar seu


Padrinho de IFÁ, pois pode estar correndo perigo, até mesmo de
morte.

A RELAÇÃO COM ORUNMILÁ

Não pense que IFÁ é uma religião universal em busca de paroquianos


e convertidos. Os centros de IFÁ são os reencarnados dos seguidores
originais de ORUNMILÁ e seus ODÚS e OMOLUS (OMO ODÚS) que
vieram do ORUN (mundo espiritual). Todos podem e devem conhecer
ORUNMILÁ, entretanto, nem todos podem se tornar seguidores de
ORUNMILÁ como Sacerdotes (BABALAWÓS), a menos que sejam
escolhidos especificamente. ORUNMILÁ mostrará o caminho a
homens e mulheres a fim de que sua vida na Terra seja a mais feliz
possível e que possa cumprir a missão que lhe foi encomendada no
seu regresso à Terra. ORUNMILÁ não busca convencer alguém a
pertencer a IFÁ, de fato muitas pessoas vêm a ele quando tem
problemas difíceis e que parecem insuperáveis.

No caso de ser Sacerdote, se uma pessoa é afortunada nesse


sentido, terá um meio de saber que está destinada a ser uma
seguidora de ORUNMILÁ e então será um BABALAWÓ.

Uma vez que uma pessoa é escolhida como seguidora, deve fazer um
esforço para segui-lo fervorosamente. Posso lhes assegurar que
ORUNMILÁ não gosta de BABALAWÓS ou sacerdotes imperfeitos,
preguiçosos, com vícios, com vidas desorganizadas. Para ser um
AWÓ NI ORUNMILÁ ou Sacerdote de ORUNMILÁ, tem de ser um
homem cabal, justo, cavalheiro, respeitoso, ser comedido em suas
opiniões, paciente, consciencioso, estudioso dos ensinamentos de IFÁ
e praticante, perseverante e humilde, além do que ser apontado por
ORUNMNILÁ.

Tudo isso deve ser avaliado pelos ODÚS de MÃO DE ORUNMILÁ


(iniciação em IFÁ) e em sua coroação de ORIXÁ ou no lavatório do
ORIXÁ e se seu ORIXÁ lhe conceder este privilégio de passar às
Terras de IFÁ.

Como um feito importante, a Cerimônia de MÃO DE ORUNMILÁ nos


indica, entre outras coisas, qual é o caminho de uma pessoa em
relação à religião e qual é o ORIXÁ TUTELAR da pessoa.

A importância de fazer as Cerimônias de MÃO DE ORUNMILÁ aos


recém-nascidos ou crianças, é para que seus pais saibam qual
caminho a criança seguirá na vida e também como orientá-los para
que sejam pessoas de bem.

Quarenta dias depois de nascida uma criança, os AWÓS se reúnem


para ler a vida dela. O ODÚ que é revelado para esta criança na
Cerimônia é o mesmo que mais tarde será usado para orientá-lo na
vida.

Quando nesta cerimônia os ODÚS de IFÁ indicarem aos pais que


essa criança vai abandoná-los prematuramente (ABIKÚS), o que o
ODÚ está indicando quase que invariavelmente, é que se terá que
fazer IFÁ (cerimônia de BABALAWÓ) muito cedo nesse menino, como
contraposição a uma morte intempestiva.

Em contrapartida, quando uma pessoa adulta se encontra com


problemas sérios (enfermidades, perdas, tragédias, etc.) no
transcorrer de sua vida, se esta pessoa for um AWÓ em potencial,
ORUNMILÁ revelará ou fará com que seu ORIXÁ revele o caminho,
porque muitas vezes a pessoa está experimentando essas
dificuldades por não ter descoberto ainda o seu ORIXÁ, seu ODÚ e/ou
sua vocação sacerdotal.

O QUE É UM BABALAWÓ?

BABALAWÓ é o pai dos segredos, que é a tradução literal em


YORUBÁ. É um sacerdote de IFÁ (ORUNMILÁ) na Terra que tenha
passado pela consagração deste como sacerdote de IFÁ.

COMO SE SAÚDA A UM BABALAWÓ, OLUWÓ, AWÓ


Se for seu Padrinho: Oluwó Iboru, Oluwó Iboya, Oluwó Ibosheshe Se
for seu Ojugbona: Ojugbona Iboru, Ojugbona Iboya, Ojugbona
Ibosheshe

Se for qualquer outro Awó: Awó Iboru, Awó Iboya, Awó Ibosheshe

O QUE É UMA APETEBI NI ORUNMILÁ?

As mulheres ao receber seu IKOFÁ FUN NI ORUNMILÁ, se


transformam em APETEBI NI ORUNMILÁ, que significa que são
esposas dele. A saudação dos BABALAWÓS e AWÓS para com elas
é: Apetebi Iboru, Apetebi Iboya, Apetebi Ibosheshe.

A responsabilidade que assumem é de que deverão estar à


disposição para qualquer cerimônia de IFÁ que tenha seus padrinhos
para auxiliá-los.

O QUE ACONTECE DEPOIS DA CERIMÔNIA DE IKOFÁ OU MÃO


DE ORUNMILÁ

Segundo o costume de IFÁ, é recebido pelos iniciados as orientações


necessárias sobre o seu ODÚ no momento de seu ITÁ (leitura do seu
destino). É recomendado os ebós, cerimônias a serem realizadas que
deverão ser feitas o quanto antes possível, para que o positivo que
tenha nos ODÚS se realize e o negativo se afaste o mais rápido
possível. Isso é muitíssimo importante, pois não pense que por haver
recebido ORUNMILÁ e os guerreiros que tudo já estará bem, pois não
é bem assim.
Essa religião consiste em consultas, cerimônias e sacrifícios
constantes para que nossa vida na Terra seja o mais feliz possível.
Portanto, pergunte a seu padrinho o que deve se fazer para resolver
tudo o que foi indicado por ORUNMILÁ no seu ITÁ.

DIA DE ORUNMILÁ

Em quatro de outubro, dia de São Francisco de Assis, você deverá


comparecer à casa de seu Padrinho para pedir a bênção, saúde, paz,
tranquilidade. Você também deverá dias ou semanas antes ligar para
seu Padrinho para saber o que você poderá levar para a festa de
ORUNMILÁ, dando sua contribuição sempre dentro de suas
possibilidades.

INICIAÇÃO DE IKOFÁ E AWOFAKAN

O QUE SE DEVE SABER PARA CUIDAR DE ORUNMILÁ E DOS


GUERREIROS

Cumprimento a todas as pessoas iniciadas entre si, exceto ao


padrinho:

IBORU IBOYA IBOSHESHE

Para cumprimentar a ORUNMILÁ:

ORUNMILÁ IBORU, ORUNMILÁ IBOYA, ORUNMILÁ IBOSHESHE


Deve-se sempre colocar a testa no chão e depois de feita a saudação,
beija-se o chão ou a esteira.

COMO TRATAR ORUNMILÁ

Coloca-se o Igbá (sopeira de Orunmilá) sobre uma esteira estendida


no chão. Em um prato coloca-se dendê e em outro mel. Com a palma
da mão esquerda espalmada, se pega um pouco de azeite de dendê e
na mão direita um pouco de mel.

Pegam-se os adele (Ikins, sementes de dendezeiro) IFÁ entre as


mãos, esfrega-se com cuidado para que fiquem untados de dendê e
mel, enquanto vai se bafejando sobre eles e falando sobre suas
necessidades. Isso deve ser feito aos domingos, mantido resguardo
de sexo na noite anterior.

Se durante a cerimônia cair algum adele no chão, deve-se pegar com


a boca e juntá-los aos demais.

O pó existente no envelope de papel que fica guardado dentro do Igbá


de Orunmilá só deverá ser usado em situação de extrema
necessidade, misturando-o na água do banho ou esfregando-o nas
mãos, enquanto se faz os pedidos.

Também se pode comer, já que esse pó é totalmente comestível e


também misturá-lo na água para beber, lembrando que uma vez o pó
se acabe, não haverá como repor, pois, esse pó de axé é de sua
iniciação em Ifá.

OFERECIMENTO À ORUNMILÁ
A Orunmilá se pode oferecer peixes defumados ou quaisquer assados
como se fosse para comer, presunto, frutas, doces, bifes frescos
passados no mel ou no dendê, sempre em números de dois, tendo
que provar um pedacinho antes na presença dele, isso deve ser feito
com qualquer alimento oferecido à Orunmilá. Nunca oferecer bananas
e uvas a ele.

COMO TRATAR DOS GUERREIROS

Os Guerreiros devem ser saudados de pé. Devemos nos dirigir a eles


sempre de frente e de pé para pedir ou para falar de nossas
dificuldades, porque é para eles, EXÚ (ELEGBARA), OGUN E
OXÓSSI que pedimos tudo o que desejamos.

EXÚ (ELEGBARA) deve ser tratado sempre antes dos demais


ORIXÁS.

NOÇÕES INICIAIS DE IFÁ

A relação padrinho e afilhado.

Ao longo da história da humanidade as diferentes “Religiões” que tem


existido, em especial nas ocidentais, tem deixado uma espécie de
dissabor a muitos dos seus seguidores, devido a fatores humanos
que, tradicionalmente tem corrompido sua essência, transformando
um instrumento de orientação em instrumento de poder e
manipulação. Por essa razão, para uma grande parte da população, o
termo “Religião” lhe causa certo incômodo.

OLODUMARÉ-OLÓFIN (DEUS), através de seus profetas, nos deu


conhecimento para nos guiar pelos caminhos corretos de nosso
destino em forma de estrada. Esses conhecimentos, interpretados de
múltiplas formas ao longo dos séculos, são o que chamamos
“Religião” e essas religiões foram feitas para o benefício do homem e
não para sua escravidão. Em palavras Jesus: “Não foi feito o homem
para o sábado, se não o sábado para o homem”.

Cada sacerdote, BABALAWÓS, marcam as pautas e a direção de sua


família espiritual, dá seu próprio exemplo de vida e como ser humano,
também comete seus próprios erros.

É muito importante administrar com consciência e com moral esses


erros, pois a melhor forma de orientar um povo não é com palavras e
sim com exemplos, onde a inveja e a desonestidade não podem ter
guarita.

Quando um casal decide responsavelmente trazer uma criança ao


mundo, adquire consciente ou inconscientemente várias obrigações
contratuais, resumidas nos seguintes pontos:

1. Ajudá-lo a comer até que possa valer-se por si mesmo;


2. Ajudá-lo a caminhar até que possa valer-se por si mesmo;
3. Ajudá-lo a cultivar-se espiritual e intelectualmente até que
possa valer-se por si mesmo, e;
4. Continuar impulsionando-o com a experiência até o final de
nossos dias.

Isso, de igual modo, serve para aqueles pais adotivos e também para
aqueles pais “por acidente” e o coloco entre aspas, pois o “acidente”
falando espiritualmente, não existe. Nosso destino está pautado e se
nos desviamos, a responsabilidade é exclusivamente nossa e não de
um “acidente”.
COMO FILHOS TAMBÉM TEMOS NOSSA OBRIGAÇÕES

1. Respeitar a palavra e a atitude de quem nos deram a vida


física, pois com ela encontramos a oportunidade de cumprir
nosso destino.
2. Ser agradecido com tudo o que adicionalmente “a vida” nos
tem brindado.
3. Velar por eles quando já não possam valer-se por si mesmos.
Este contrato é também válido para definir o que, em teoria,
deveria ser a relação padrinho-afilhado, porque é importante
que ao nos aproximarmos desta “Religião” e para evitarmos
decepções, sintamos afinidades de conceitos e metas com
quem serão nossos guias espirituais.
Como Aleyó (não iniciado), você pode interagir com o
Sacerdote (Babalawó), avaliar sua moral e seus
conhecimentos.

Como padrinho é conveniente expor as regras da casa desde o


princípio para não incorrer em faltas com os ORIXÁS, já que a casa
de um Sacerdote é seu Templo, sua energia radica ali com força e
sua presença não admite intoxicação e um comportamento
inadequado.

Ainda assim, logo depois de seguirmos esses passos, todavia


encontramos inconvenientes e é importante recordar que nós seres
humanos sempre podemos nos equivocar, porém nem OLÓFIN, nem
os ORIXÁS são responsáveis pelos nossos erros. Eles estão sempre
por perto para ajudar em nosso caminho, mesmo que
temporariamente tenhamos escolhido o equívoco e são os mesmos
aqui e em outro lugar, nessa religião ou em qualquer outra, pois todos
somos parte do mesmo criador.

O SACRIFÍCIO

Desde o começo do mundo uma das coisas que traz mais


controvérsia é o sacrifício. Alguns o catalogam como um evento brutal
e desmedido.

Vocês sabiam que por muito séculos a humanidade em diferentes


crenças e culturas rendiam cultos a seus deuses com sacrifícios
humanos? IFÁ também se refere a esses eventos onde narra que em
certas ocasiões se tratou de sacrificar uma donzela em um evento
tradicional de um povo e resultou que esta era filha de ORUNMILÁ e,
por isso, este teve que mediar e por conta de sua intervenção, esse
sacrifício humano foi abolido, já que em um acordo com os deuses,
trocou-se a donzela pelo carneiro (IRETE MEJI).

Dentro da fé YORUBÁ e sua dinâmica, se incluem sacrifícios animais,


isto se faz com o propósito de mediar entre o destino e aqueles
sucessos que não chegam.

Dentro desta cerimônia se guardam uma série de elementos dos


quais muitos nem sequer conhecemos, como por exemplo: Vivemos
em um mundo onde estamos irradiados de campos eletromagnéticos
e que ao mesmo tempo interatuamos entre si, o sangue possui
energia própria a qual se usa como complemento para satisfazer
aquele vazio de energias existentes em nossa vida cotidiana.

Em outras palavras, imagine uma bateria de carro que uma vez que
se descarregue ou baixe sua voltagem, é imperativo que se carregue
e é esta a função do sacrifício. IFÁ nos conta que no começo de
muitas civilizações estas chegaram a banhar-se de sangue, com o fim
de estimular sua força.

Em nossa religião se sacrificam animais para dar conhecimento aos


ORIXÁS das situações que apresentam as diferentes pessoas que
oferecem estes sacrifícios e estes os ajudam a resolvê-las.

Os OLUWÓS além de realizarem os sacrifícios, também são


encarregados de fazer outras cerimônias associadas a estes
sacrifícios como, por exemplo, a apresentação das partes dos animais
aos orixás e no final desenvolver a cerimônia do FIFETO, para a
finalização do sacrifício, junto ao ORIXÁ OGUN.

1. NOTA: Gostaria de dizer que esses sacrifícios na maioria das


vezes são dados o sangue para os ORIXÁS, porém a carne é
comida pelas pessoas da comunidade, visto que não existe
nenhum intuito perverso de matar por matar, pois comeremos esta
carne assim como quando compramos no açougue ou aviários das
cidades onde vivemos. O desconhecimento de muitos leva a este
conceito ruidoso de que isso é por maldade.

A INTERPRETAÇÃO DO ORÁCULO

Existe uma marcada influência em nossas vidas por conta dos


decretos negativos e positivos que em torno de nós predigam. Há
2000 anos, Jesus dizia: “Se pedes a essa montanha que se mova e o
faça com fé, ela se moverá”. Isso nos dá uma ideia do poder que
nosso desejo, nosso pensamento e nossas palavras podem gerar
para fazer o bem ou o mal.

Isso significa então que temos que resignarmos e levar uma vida
cheia de obstáculos? Provavelmente não. Como primeiro passo,
somos capazes de assimilar que este poder também reside em nosso
interior para decretar:

“Vou triunfar” – “As lanças de meus inimigos nunca poderão me


alcançar ou jamais, jamais, jamais, me darei por vencido”.

Então por que apesar de todos os dias eu repetir, não consigo superar
esses obstáculos? Este seria o segundo passo através do qual
necessitamos analisar todas as circunstâncias que influenciam em
nossa vida presente.

QUAL O KARMA QUE TRAZEMOS AO NASCER?

Desafortunadamente, nossas lembranças sobre quem fomos, o que


viemos realizar e quais são nossas dúvidas pendentes, são apagadas
da memória no momento de nascer. Isso faz ser mais difícil alcançar a
estabilidade, pois andamos na vida como cegos, tropeçando muitas
vezes na mesma pedra até que aprendemos com nossos erros.

QUAIS SÃO NOSSAS DÍVIDAS NO PRESENTE?

Tudo na vida tem preço. Existe um Pataki (história ou parábola) de


IFÁ que diz: “Tem quem queira ficar sem um olho para ver o seu
inimigo cego”. O que temos pedido para nossos semelhantes, amigos
e inimigos que temos que pagar?
CONTRA O QUE E QUEM ESTAMOS LUTANDO?

A interpretação do Oráculo feita por um Babalawó (Sacerdote de IFÁ,


pai do segredo), deve ir além do simples esclarecimento dos
problemas queixados pelo consultado e de soluções para salvá-lo, em
caso de perigo para sua integridade ou a de sua família.

O AXÉ (energia) empregado pelo Sacerdote que interpreta os Odús


do Oráculo quando fala ao consultado, produz uma sensação de bem-
estar, de alívio e coloca o consultado em contato direto com a energia
do criador. Por esta razão são muitas as pessoas que choram ou
sorriem durante a consulta, sentindo que não estão tão sós como elas
acreditavam, encontrando um remanso em seu caminho que ajuda a
seguir para frente, a ser paciente para com aquilo que não podem
trocar instantaneamente e a ser perseverante para triunfar naquilo que
sim podemos trocar.

OS ORIXÁS

Os ORIXÁS são os emissários de OLODUMARÉ, o Deus Onipotente.


Eles governam as forças da natureza e os assuntos da humanidade.
Reconhecem-se a si mesmos e são reconhecidos através de seus
diferentes números e cores, os quais são suas marcas e cada um tem
coisas que gostam de receber como oferendas ou presentes. Em
conformidade, nós fazemos nossas oferendas da forma que eles
estão acostumados, como sempre as têm recebido, para que assim
eles reconheçam nossas oferendas e venham em nosso auxílio.
Compreende-se melhor os ORIXÁS observando as forças da
Natureza, as quais eles governam. Por exemplo, pode-se aprender
muito sobre OXUM e seus filhos estudando os rios e riachos que ela
governa e observando que apesar dela sempre fluir em direção a sua
irmã YEMANJÁ (o mar), ele o faz dentro da sua própria rota indireta.
Também se pode observar como o ruído do riacho ou o ruído das
inundações repentinas que refletem suas trocas de estado de ânimo.
À medida que se observam os ORIXÁS trabalhando no mundo e em
nossas próprias vidas, se alcança um melhor entendimento sobre eles
e sua forma de ser. Se são complexos, não serão mais complexos
que outros seres viventes como você e eu.

EXÚ (ELEGBARA)

EXÚ é o dono dos caminhos e portas nesse mundo. Ele é o


depositário do AXÉ, as suas cores são vermelha e preta e codificam
sua natureza contraditória. Em particular, EXÚ se ergue na
encruzilhada entre os humanos e o divino, pois ele é o mensageiro
entre os dois mundos. Nesse papel não é surpreendente que tenha
uma relação muito estreita com o ORIXÁ do destino, ORUNMILÁ.
Nada pode ser feito em nenhum dos dois mundos sem sua permissão.
A EXÚ sempre se faz sacrifícios propiciatórios e ele é chamado antes
de qualquer outro ORIXÁ, pois é ele quem abre as portas do mundo e
abre nossos caminhos na vida.

OGUN
OGUN é o Deus do ferro, da guerra e dos trabalhadores em geral. É o
dono de toda a tecnologia e como esta tecnologia faz parte de sua
natureza, é quase sempre utilizada primeiro em guerras. Assim como
EXÚ (ELEGBARA), abre os caminhos e é OGUN quem limpa os
caminhos com seu facão. OGUN se reconhece e é reconhecido pelo
número 7 e suas cores são o verde e preto.

OXÓSSI

OXÓSSI é o terceiro membro do grupo dos ORIXÁS conhecidos como


guerreiros e é recebido junto com EXÚ (ELEGBARA), OGUN e OZUN
para proteger os iniciados e assim abrir e limpar os seus caminhos.
OXÓSSI é o caçador e o explorador dentre os ORIXÁS. É um ORIXÁ
filho de YEMANJÁ e patrono (protetor) dos que têm problemas com a
justiça. Mago, adivinho, guerreiro, caçador e pescador. Seu número é
3 e seus múltiplos. Saúda-se ao invocá-lo por OXOSSI ODE MATA.
Suas cores são o azul marinho (cristal) e o mel (cristal).

Abaixo segue uma história ou Pataki sobre o porquê OGUN e


OXÓSSI moram juntos em IFÁ.

PATAKI

OXÓSSI era o melhor dos caçadores e sua flecha não falhava nunca.
Ainda assim, naquela época nunca conseguia chegar até sua presa,
porque a espessura dos matos e árvores na floresta o impediam.
Desesperado, foi consultar ORUNMILÁ que o aconselhou que fizesse
um EBÓ (sacrifício). OXÓSSI e OGUN eram inimigos, porém OGUN
tinha problemas similares aos de OXÓSSI. Ninguém era capaz de
limpar os caminhos e fazer trilhas na floresta com mais rapidez que
ele, mas nunca conseguia matar sua caças, porque escapavam com o
barulho de seu facão. Então ele também foi consultar ORUNMILÁ e
recebeu instrução de fazer um EBÓ.

Foi assim que ambos os rivais foram para a floresta para cumprir com
seus EBÓS. Sem se dar conta, OXÓSSI deixou seu EBÓ cair em
cima de OGUN, que estava encostado em um tronco. Tiveram uma
discussão forte, porém OXÓSSI desculpou-se e sentou para
conversar. Começou a contar seus problemas. Enquanto falava, ao
longe passou um veado. Rapidamente como um raio, OXÓSSI se
levantou e atirou uma flecha que atravessou o pescoço do animal,
matando-o.

“Está vendo aí”, suspirou OXÓSSI, “eu não posso pegá-lo”. Então
OGUN pegou seu facão e em menos tempo que um galo pudesse
cantar, abriu um caminho até onde estava o veado. Ambos muito
contentes chegaram até o animal e o compartilharam. A partir daí
perceberam e concordaram de como eram necessários um para o
outro e que separados não eram nada. Por isso, fizeram um pacto na
frente de ORUNMILÁ. Desde então, OXÓSSI, o caçador, sempre
anda com OGUN, o dono dos ferros.

OZUN

OZUN é um ORIXÁ que atua como mensageiro de OBATALÁ e de


OLÓFIN. ORUNMILÁ apoia-se nele para ter os poderes da
adivinhação e o conhecimento real e transcendente.

É o vigilante da cabeça dos que acreditam nesta religião. Não tem


ILEKE (fio de conta). Não é ORIXÁ de possessão e sim de irradiação.
Não incorpora nem se assenta na cabeça de ninguém. Recebe-se
junto com os ORIXÁS guerreiros (EXÚ (ELEGBARA), OGUN,
OXÓSSI). Acompanha os guerreiros. Representa a própria vida. Seu
número é o 8, 16 e 24.

PARA SAUDAR OS GUERREIROS

EXÚ (ELEGBARA): Alaroyé aki loyú bara barabá

Eshú boru boru, eshú bi

Eshú boshishe, eshú bara Barakinkeno.

OGUN: Ogun chiviriki Alá aluo, Kobu Kobu

Oké babá, mi sin birikí kualó

Tó ni guá osun du ro gago la agó ilé.

OXÓSSI: Oxóssi Odé Mata ata mata

Si du ro oni duro mata.

OZUN: Ozún tumó bebé mi obá gbogbo Olófin.

FRASES

Ogun Agbe óóó

(Ogun nos guarde são e salvos).

Oba Agbe Awá

(Que o rei nos proteja).


Odukpé ó

(Agradecido)

Eku óboó ò ilé oshaínle

(Que seja bem-vindo à casa de Obatalá).

Ifá Ni L’Órun

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