Conserto de Fontes (At) e (Atx) Chaveadas para Computadores

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CONSERTO DE FONTES

(AT) E (ATX) CHAVEADAS


PARA COMPUTADORES

Há alguns anos atrás, - na época


do XT - o conserto de fontes de
micro fazia parte da rotina de
qualquer técnico em informática.
Com a chegada do 286 e a
redução de tamanho e custo (e
qualidade) das fontes, a troca passou a ser comum, e
raramente se consertava elas. Assim foi durante um bom
tempo, até os dias atuais. Mas, hoje em dia a disparada do
valor do dólar fez com que o custo das fontes - a maioria
importada dos países asiáticos - subisse igualmente, o
que faz com que o conserto das fontes pifadas se torne
mais lucrativo que a troca. Muito dos que estão lendo
esse texto agora provavelmente tem guardada em algum
lugar uma pilha de fontes pifadas, e a esperança de algum
dia poder consertá-las e evitar a compra de fontes novas.
O objetivo desse artigo é ajudar aqueles que querem
consertar essas fontes, mas não tem a mínima idéia de
por onde começar.

UMA FERRAMENTA MUITO IMPORTANTE PARA SUA


SEGURANÇA

Antes de mexer nas fontes, seria interessante você


possuir aquela ferramenta importantíssima para qualquer
técnico que trabalha com coisas que se liga na tomada: a
lâmpada serie. A construção dela é simples, barata e
economizará muitos fusíveis, semicondutores, sem falar
nos estouros e fumacinhas. Para ter uma lâmpada serie na
bancada, simplesmente acrescente uma tomada universal
com uma lâmpada incandescente em série com o fio fase.
Neutro e terra são ligados normalmente na rede.

FONTE DE UM COMPUTADOR (AT)

Tudo bem, eu sei que o interesse maior é consertar


fontes ATX, por serem as mais usadas atualmente, e
também as que mais pifam, mas antes de partir para as
ATX vamos conhecer uma fonte AT. O circuito delas se
parece bastante, por isso o conhecimento do circuito da
fonte AT facilitará o entendimento das ATX, que em sua
maioria usam o mesmo circuito, com a adição de uma
fonte stand-by e um regulador de 3.3 volts.
Esse é o esquema de uma fonte (AT) das mais simples.

A partir de agora,vamos estudar cada estágio da


fonte, citando os possíveis defeitos ao longo do texto,
recomendamos que você pesquise na internet e consiga
esquemas bem legíveis para estudar mais a fundo.

ENTRADA DE TENSÃO, RETIFICADOR E FILTRO


Essa é a parte da entrada da fonte. A maioria das
fontes são exatamente igual nessa parte, e em alguns
casos não há o filtro de linha com bobinas e capacitores
na entrada. Como podemos ver, depois do fusível há um
termistor. Esse termistor é um NTC, que diminui a
resistência conforme a temperatura aumenta.
A utilidade dele nesse circuito é amenizar o pico de
corrente no momento em que se liga a fonte, para
nãodanificar os diodos, os capacitores ou a chave, que iria
deteriorar os contatos em pouco tempo devido ao
faiscamento. Após o termistor, há um filtro formado pelos
componentes T1, C1, C2, C3 e C4, que tem por função
evitar que o ruído gerado pelo chaveamento da fonte não
seja propagado pela rede elétrica. Além disso, o filtro
desvia para a terra os eventuais picos de tensão vindos da
rede, por isso é importante sempre instalar o fio terra, ou
na pior das hipóteses, ligálo ao neutro da rede. S1 é a
chave seletora 110/220 volts. Na posição 220 ela fica
aberta e não tem nenhuma função no circuito.
A tensão da rede será retificada e carregará os dois
capacitores em serie com cerca de 150 a 170 volts cada
um, conforme a rede. Com a chave na posição 110, o
retificador passará a funcionar como um dobrador de
tensão, fazendo com que igualmente cada capacitor se
carregue com 150 a 170 volts, numa rede de 110 volts.
Algumas fontes têm um circuito de comutação automática
com relé. Algumas fontes possuem em paralelo com os
capacitores eletrolíticos, (C5 e C6) um par de varistores,
que entram em curto caso a fonte receba uma tensão
acima do suportado, causando a queima do fusível e
protegendo o resto do circuito contra maiores danos.
Geralmente esses varis- tores ficam envolvidos em um
pedaço de luva termo-encolhivel.

DEFEITOS RELACIONADOS

O estágio de entrada da fonte não costuma


apresentar muitos defeitos, por ser um circuito bastan- te
simples. Entre os defeitos relacionados à entrada,
podemos citar:

Não liga, fusível queima quando é trocado: Ponte


retificadora em curto, capacitores do filtro de linha
em curto, varistores em curto. Também pode ser
causado por curto no circuito chaveador.

Não liga, fusível queimado, mas não torna a queimar


se for trocado: Termistor aberto, ou ponte
retificadora aberta.
Não consegue manter as tensões na saída
estabilizadas: Capacitores do dobrador de tensão
secos.

CIRCUITO CHAVEADOR

Aqui temos a área da fonte onde acontece boa parte


dos defeitos, sejam eles defeitos visíveis como a explosão
dos transistores, ou invisíveis, como a abertura dos
resistores de partida. Essa topologia de conversor com
dois transistores usada na maioria das fontes é conhecida
como "forward em meia ponte".
Veja imagem acima; O enrolamento que aparece no
lado direito do desenho é o primário do transformador
principal, e T2 o transformador de acoplamento.
Reparando-se na ligação do T2, notamos que o pino 6
dele é ligado em serie com o primário do transformador
principal, topologia essa que forma um circuito auto-
oscilante. Esse circuito oscila por conta própria até que a
tensão no secundário seja suficiente para alimentar o
circuito de controle e ele passe a controlar o chaveamento
dos transistores através do transformador T2. R3 e R6
são os resistores comumente chamados de resistores de
partida.
Eles servem para aplicar uma corrente mínima na
base dos 3 transistores, para que eles possam iniciar a
oscilação. O valor mais comum para eles é 330K. Q1 e Q2
são os transistores do circuito chaveador. Existem vários
transistores usados para essa função, sendo os mais
comuns:MJE13007, MJE13009, 2SC4242, NT407F,
2SC2335, 2SC3039, 2SC4106 e 2N6740. Eles chaveiam
alternadamente, numa freqüência de cerca de 60 a 70
kilohertz.

DEFEITOS RELACIONADOS

Como eu disse antes, essa é a área da fonte onde


acontece boa parte dos defeitos, e no caso das AT, a
maioria dos defeitos. São eles:

Fonte queimando fusível: Transistores em curto ou


com fuga. Na maioria dos casos de queima dos
transistores, os resistores e diodos ligados nas suas
bases também queimam.
Não liga, tem tensão nos capacitores do dobrador e
os transistores estão bons: Resistores de partida
abertos.

Às vezes liga, às vezes não: Um dos resistores


aberto.

Aquecimento excessivo dos transistores: Capacitores


de acoplamento (C7 e C8) secos. Mais provável de
acontecer em fontes muito velhas.

RETIFICAÇÃO E FILTRAGEM

Aqui temos a parte da saída da fonte, onde


raramente aparecem defeitos, salvo nos casos de
travamento da ventoinha. Veja imagem acima; No lado
esquerdo do desenho, temos os enrolamentos
secundários do transformador principal. Após ele, existem
os diodos retificadores das saídas de +5 e +12 volts
(esses diodos ficam no dissipador ), e alguns diodos
menores que retificam a tensão das saídas negativas. A
tensão pulsante que sai do transformador é maior que a
tensão das respectivas saídas.

Os pulsos nas saídas dos retifica- dores de 5 volts


têm uma amplitude media de 10 a 14 volts, e os das
saídas de 12 volts variam entre 24 e 28 volts. Aplicando
essa tensão de forma pulsada na bobina L1 e controlando
a largura dos pulsos, temos a regulação da tensão na
saída. L1 é a bobina toroidal que fica depois do dissipador
dos diodos.

Na verdade são varias bobinas enroladas no mes-


mo núcleo. Ela serve para armazenar a energia que o
transformador manda pulsadamente e entregá-la para os
capacitores. A razão de serem todas enrola- das sobre o
mesmo núcleo é manter a uniformidade das tensões nas
saídas, independentemente da corren- te que está sendo
exigida de cada uma delas. Se essa bobina queimar, é
preferível reaproveitar os semicondu- tores da fonte e
jogar o resto fora, pois os capacitores com certeza
também estarão imprestáveis devido a sobre-tensão que
sofreram. Além disso, é bastante difícil achar uma bobina
com as mesmas características da original, e se a bobina
substituída tiver alguma diferença nas relações de
espiras, as tensões na saída ficarão desiguais, podendo,
por exemplo, a saída de 12 volts ficarem com 16 volts. É
raro os diodos entrarem em curto; geralmente isso só
acontece quando eles não tem um bom contato térmico
com o dissipador, ou a fonte é submetida a curto.

Os resistores e capacitores cerâmicos ligados nos


diodos servem para suavizar a comutação deles,
diminuindo assim o stress da junção e aumentando a vida
útil deles. Os resistores em paralelo com as saídas servem
para fazer um mínimo de carga na saída da fonte, para ela
poder funcionar mesmo quando ligada fora da CPU.
Também ajudam as tensões das saídas de menor corrente
a não subirem demais, pois a corrente exigida delas é
inconstante e sempre baixa.

DEFEITOS RELACIONADOS

Fonte emite um "tic", mas não liga: Algum dos diodos


em curto.

Funcionamento instável e tensões altas nas saídas:


Bobina toroidal em curto.

Uma das saídas com tensão anormalmente baixa:


Capacitores dessa saída secos.

ALIMENTAÇÃO DO CIRCUITO DE CONTROLE


Esse circuito não chega a ser considerado um bloco,
mas é interessante falar nele devido aos defeitos que nele
aconte- cem envolvendo esses poucos componentes.A
alimentação do circuito de controle é retirada do
retificador da saída de 12 volts ( D23 ) nas fontes AT, e da
fonte stand - by nas fontes ATX. Como ele é ligado antes
da bobina toroidal, no mo - mento que a fonte for ligada e
o circuito auto - oscilante do primário começar a
funcionar, a tensão nele chegará a um valor suficiente
para fazer o circuito de controle começar a funcionar bem
antes que as tensões nas saídas cheguem aos seus
valores nominais.

DEFEITOS RELACIONADOS

Os únicos componentes que costumam apresentar


defeitos nessa área são os capacitores, e mais raramente
o resistor, que pode abrir caso o integrado do circuito de
controle entre em curto. Em todos os casos, a
alimentação do circuito de controle fica prejudicada,
podendo causar vários defeitos diferentes:

Não liga e fica emitindo um ruído.

Funciona fora do gabinete, mas ao conectar na CPU


não consegue partir.

Liga, mas a CPU não inicializa: Nesse caso, isso


acontece porque as tensões nas saídas estão abaixo
do normal e / ou o sinal de "power good" está
ausente.

Tensões baixas na saída, emissão de ruído e


superaquecimento dos transistores.

CIRCUITO DE CONTROLE
Aqui temos a parte mais com- plexa da fonte e
felizmente,com menor incidência de defeitos. Veja
imagem acima; Esse circuito controla o chaveamento dos
transistores do lado primário através do transforma- dor
de acoplamento T2,e geral- mente se baseia na tensão da
saída de +5 volts, para regular todas as saídas.

O integrado usado na maioria absoluta das fontes é


o TL494, que tem vários"clones" de outros fabricantes,
incluindo alguns com nomes bem diferentes, por exemplo:
Ka7500 ( Fairchild e outros), IRM302 ( Sharp ) e
M5TP494N (Mitsubishi ). Ele é alimentado pelo pino 12.
Os pulsos de controle saem dos pinos 8 e 11, que são os
coletores de dois transistores que ele possui
internamente, e os emissores são os pinos 9 e 10.

AQUI TEMOS O DIAGRAMA INTERNO DO TL494


Os transistores que controlam o chaveamento
através do trafinho são Q3e Q4. Na maioria das fontes se
usa o 2SC945, e mais raramente o 2SC1815. Ele pode e
“deve” ser substituído diretamen-te pelo BC639,encon-
trado mais facilmente nas lojas,e geralmen- te são mais
barato. Algumas fontes de alimentação chave - ada usam
um outro transistor comum o 2N2222.
O 2N2222, que tem a pinagem diferente, e pode ser
substituído pelo BC337, invertendo - se a posição dele em
relação ao original. Eles podem queimar quando os
transistores do primário queimam. Mesmo uma pequena
fuga neles impede a fonte de partir. Geralmente as
tensões de referência e controle são aplicadas nos pinos 1
e 2 do integrado. Os pinos 15 e 16 nem sempre são
usados, e quando são usados costumam ser ligados a
circuitos de proteção,como sensores de corrente ou
comparadores de sobretensão. O pino 4 é a entrada de
um comparador que serve para limitar o ciclo ativo.
Quanto maior a tensão nele, menor será a largura dos
pulsos na saída. Nas fontes ATX esse pino é bastante
usado para controlar o liga/desliga da fonte, pois quando
a tensão no pino 4 chega a cerca de 4 volts os pulsos na
saída do integrado cessam, desligando a fonte. Os pinos
5 e 6 são do oscilador interno, e pelos valores do resistor
e do capacitor ligado a eles se define a freqüência de
oscilação da fonte, geralmente cerca de 60.70 kilohertz.
O pino 14 é a saída de um regulador interno de 5 volts. Se
houver a tensão normal no pino 12 e o pino 14 estiver com
0 volts, muito provavelmente o integrado está com
defeito.

DEFEITOS RELACIONADOS

Transistores do lado primário queimados, foram


substituídos mas a fonte continua não funcionando:
Transistores Q3 e Q4 ou algum dos diodos com fuga.

Fonte não liga, ou fica com as tensões muito baixas


nas saídas: Integrado com defeito, ou resistor R15 (
geralmente de 1K5 / 1W ) aberto.

POWER GOOD
Aqui temos o circuito de power good, encarregado
de sinalizar para a placa mãe que as tensões estão dentro
da faixa acei- tável e que ela pode inicializar. Nas fontes
AT o power good é o fio laranja,e nas ATX geralmente é o
cinza. Esse circuito é usado como exemplo é alimentado
pela linha de 5 volts e simplesmente
inibe o sinal por algum tempo quando se liga a fonte.
Existem circuitos mais elaborados, como os que usam o
LM339, alguns com o Lm393, e algumas fontes chegam a
ter um inte- grado supervisor especial que monitora todas
as saídas e des- liga a fonte se alguma delas estiver fora
da faixa de tensão aceitável.

DEFEITOS RELACIONADOS
Fonte liga, e a CPU não inicializa, e as tensões estão
normais: Ausência do sinal de power good.

CPU não inicializa quando é ligada, mas inicializa


após se pressionar o "reset": Sinal de power good
sempre ativo, ou acionando antes que as tensões
estabilizem.

SENSOR DE CORRENTE
Esse circuito existe apenas em algumas fontes mais
elaboradas, e serve para limitar a largura dos pulsos nos
transistores do circuito chaveador, evitando que eles
queimem no caso de ser exigida da fonte uma corrente
maior do que ela pode fornecer. No canto direito superior
do desenho, temos o transformador T3, que tem o
primário ligado em série com o enrolamento primário do
transformador principal.
O sinal no secundário dele é retificado, filtrado,
passa por alguns resistores e é aplicado no pino 15 do
TL494, que como já vimos é a entrada de um dos
comparadores dele, que nesse caso é usado para a
proteção.

A SEGUIR ESTUDAREMOS AS FONTES ATX

Com a chegada dos últimos processadores da


família 486 e do barramento PCI, apareceu também a
tensão de 3.3volts, que mais tarde viraria um padrão de
mercado para a alimentação das memórias e do
barramento doprocessador, a tensão conhecida como "
VIO ". No começo, essa tensão era gerada na placa mãe,
por umregulador linear, a partir dos 5 volts da fonte. Com
a chegada dos processadores “Pentium” alimentados
com 3.3volts, surgiu a necessidade de um regulador com
maior capacidade de corrente, o que também exigia mais
espaçona placa. Alguns fabricantes de micros" de marca
", ( IBM, Compaq, HP e afins ), já haviam achado a solução
para esse problema : A própria fonte já tinhauma saída de
3.3 volts, eliminando a necessidade do regulador na placa
mãe. Alem disso, muitos desses “micros”tinham o recurso
de poderem ser desligados via software, coisa que até
então era impensável nos micros padrão AT.Ao mesmo
tempo, as placas mãe passaram a ter vários dispositivos
integrados nelas, eliminando a necessidade dasfamosas
placas controladoras.Portas seriais, paralelas, entrada de
joystick, e em alguns casos até mesmo som e vídeo
passarama fazer parte da placa.Como todo costume vira
lei, essa tendência virou o que hoje é conhecido como
padrão ATX.Conectores próximos e agrupados,
possibilidade de se ligar e desligar o computador via
software, e uma novafonte, com apenas um conector
encaixado na placa, para o alivio de todos aqueles que já
queimaram uma placamãe por terem invertido os
conectores da fonte.Bem, vamos para o que nos
interessa: como funciona uma fonte.

O QUE A FONTE ATX TEM QUE A AT NÃO TEM?


Como já analisamos os blocos comuns aos dois
tipos de fontes, vamos ver agora os circuitos adicionais
que a fonte ATXpossui. O controle do liga/desliga da fonte
ATX geralmente é feito no pino 4 (dead time control) do
TL494. A tensãonesse pino limita a largura dos pulsos na
saída à medida que aumenta.Se esse pino for levado a
uma tensão de cerca de 4 volts, o chaveamento é
totalmente inibido.Alguns circuitos mais raros desligam a
fonte desligando a alimentação do TL494.

FONTE STAND-BY
A fonte stand - by é o maior ponto de incidência de
dedefeitos em fontes ATX, por várias razões, entre elas o
fato de permanecer sempre ligada e ser um cir- cuito
delicado, se compa- ra do com a fonte principal.Como
podemos ver, ela é basicamente um circuito auto-
oscilante com apenas uma chave ativa, e com a oscilação
controlada pela tensão no capacitor C19. Existem algumas
variações. Como por exemplo o uso de um FET ao invés
de um transistor bipolar no lado primário. No lado secun-
dário, temos
dois diodos, sendo um ligado em um capacitor de filtro e
na entrada de um integrado 7805. A saída do 7805 é a
saída de 5volts stand-by da fonte (geralmente um fio
roxo), tensão que deve estar sempre presente,
independente do micro estar ligado ou não. A outra saída
é retificada pelo diodo D28 e é responsável por alimentar
o integrado de controle (o Tl494) com cerca de 24 volts.
O capacitor C19 é o maior causador de defeitos na fonte
stand - by, pois ele é continuamente subme- tido a ripple,
tendo a sua vida útil reduzida. A medida que ele seca, a
capacidade dele de reter carga diminui,
consequentemente reduzindo a tensão sobre ele e
fazendo com que a oscilação do transistor Q12 aumente,
aumentando também as tensões nas saídas da fonte
stand - by, o que em longo prazo causa vários defeitos,
como a explosão dos capacitores C23 e C21, queima do
integrado, queima dos resistores R13, R14 e R15, queima
dos transistores Q3 e Q4, e por fim a queima do próprio
transistor da fonte stand-by, que causa a queima do
fusível, ou de um resistor de 4,7ohms/2 watts que existe
em série com o primário do transformador em algumas
fontes. Devido a isso, muitas fontes novas pifam antes de
completar um ano de uso, algumas não durando nem seis
meses. Os que me conhecem, seja virtualmente ou
pessoalmente, já sabem o que vou dizer nesse momento :
A melhor solução possível para essa imperfeição no
projeto é a substituição do capacitor C19 por um
capacitor de tântalo de 10 uf / 25 volts. Pelo fato do
capacitor de tântalo ser quimicamente mais estável que o
eletrolítico e não usar eletrólito liquido, a vida útil dele é
praticamente infinita. Quanto ao valor, recomendo o 10uf
/25V por ser o mais facilmente encontrado no comércio,
mas se o transistor chaveador dessa fonte for bipolar,
pode ser usado um de 10 uF / 16v. Quem tiver capacitores
de tântalo diversos em sucata também pode usá-los,
guardando apenas com a ressalva de que a capacitância
mínima recomendada é 4,7uF, e a tensão mínima é 16
volts para uma fonte com transistor bipolar, e 25 volts
para um circuito com FET. Existem algumas fontes que
possuem um circuito de feedback com optoacoplador, e
não sofrem desse problema. Algumas também usam um
circuito chaveador mais elaborado ao invés do transistor,
como por exemplo o integrado TOP210.

DEFEITOS RELACIONADOS

Não liga - Resistor de partida aberto, transistor


chaveador queimado, primário do trafinho aberto
(raro, mas acontece), etc.

REGULADOR DE 3.3 VOLTS

Existem basicamente três métodos para se ter uma


saída de 3.3 volts numa fonte ATX, cada qual com suas
vantagens e desvantagens. O método mais comum é o
uso de um regulador linear alimentado pela saída de 5
volts, geralmente usando um FET de potencia (tipo o
IRFZ48, ou o MTP60N03). A tensão no gate do FET é
controlada por um TL431 ou equivalente, cuja entrada é
ligada através de um divisor resistivo na saída de 3.3
volts, onde também é ligado o source do FET. Esse tipo de
circuito tem a vantagem de ser simples e conseguir uma
boa regulação da tensão, e como desvantagem temos a
quantidade de calor gerada, visto que uma parte da
energia é " perdida " no FET, que a converte em calor. O
FET é preso no mesmo dissipador que os retificadores
das saídas de maior corrente, onde o fluxo de ar da
ventoinha consegue mantê-lo a uma temperatura
aceitável. Se o FET entrar em curto, o sintoma mais
comum é a fonte simplesmente desligar assim que for
ligada, devido ao acionamento de uma proteção contra
sobretensão nessa saída, proteção essa existente na
maioria das fontes. Um FET queimado pode ser
substituído pelo IRFZ44 ou algum outro de características
semelhantes.

O segundo método, um pouco mais raro, é simplesmente


ter um retificador, bobina e filtro indepen- dentes para a
saída de 3.3 volts. Nesse caso, ela é uma saída como
qualquer outra, passando inclu- sive pela bobina toroidal.
Esse método não dissipa calor como o regulador linear,
mas não existe uma regulagem efetiva dessa tensão,
podendo ela ficardemasiadamente alta ou baixa conforme
a fonte e placa mãe que estiverem sendo usadas. O
terceiro método é o mais eficiente, mas também o mais
complexo : o uso de um regulador chaveado. Nesse caso,
temos um FET controlado por um circuito PWM e uma
bobina, com um extremo ligado ao FET e um diodo ao
terra, e outro extremo ligado na saída de 3.3 volts. Em
muitos casos, a portadora de referencia para o
chaveamento desse FET é retira- da do próprio TL494,
sendo o circuito de controle do FET apenas um
comparador, que compara a por- tadora com o sinal vindo
de um amplificador de erro que monitora a tensão na
saída. É um circuito encontrado bastante em fontes IBM.
Algumas fontes tem um fio que traz a referência para a
regula- gem dessa tensão diretamente do conector de
saída, para garantir uma regulagem mais efetiva.

DEFEITOS RELACIONADOS

Liga e desliga - regulador em curto, fazendo que a


tensão suba demais e a proteção desligue a fonte.

Computador não inicializa - Regulador inoperante,


fazendo que a tensão nessa saída seja nula.

CONTROLE DE VELOCIDADE DA VENTOINHA

Algumas fontes - sejam elas AT ou ATX - possuem


um circuito que controla e velocidade da ventoinha, e traz
como vantagem a redução do ruído da ventoinha, visto
que ela vai girar com a velocidade ape- nas necessária
para manter a fonte numa temperatura aceitável,
acelerando quando for necessário. Como podemos ver, o
variação da resistência do termistor conforme a
temperatura vai variar a polarização na base do primeiro
transistor, quevaria a tensão na base do segun- do e
consequentemente a tensão que chega à ventoinha varia
junto, variando a velocidade dela. Algumas fontes mais
elaboradas, possuem um sensor de corrente para a
ventoinha que desligam a fonte no caso dela travar.
Algumas fontes também desligam - se a temperatura
subir demais. Geralmente esse termistor é preso no
mesmo dissi- pador dos retificadores, que é o que mais
esquenta quan- do a fonte é funciona com carga.

DEFEITOS RELACIONADOS

Por ser um circuito extremamente simples, o


controle de velocidade da ventoinha dificilmente
apresenta defeitos por conta própria. Na maioria dos
casos, a queima da ventoi- nha causa algum dano nesse
circuito.

Ventoinha queimada, foi substituída, mas não gira -


Tran- sistor driver de corrente aberto.

Não varia a velocidade - Transistor em curto.

OUTROS TIPOS DE FONTES

Alem das já conhecidas fontes AT e ATX, existem


outros tipos de fontes, sendo a maioria delas usadas em
micros específicos. Alguns exemplos são:
ATX12V

Também conhecida como fonte para Pentium IV, é


uma fonte ATX comum, apenas tem um conector de 4
pinos que é uma saída de 12 volts adicional, que a placa
mãe usa para alimentar os reguladores de tensão do
processador.

IBM (com 4 conectores de 6 pinos)

Essa fonte, usada em vários micros IBM, sendo os


mais conhecidos os Pentiuns da linha Aptiva e 300GL, é
uma fonte AT modificada, que possui dois conectores
comuns iguais aos da fonte AT e dois conectores
adicionais que fornecem 3.3 volts para a placa mãe e
placa árvore ( onde ficam os slots ). Alem disso, o liga -
desliga é controlado por um conector auxiliar de 3 pinos
ligado na placa mãe, que possui um terra, a saída +5V
stand-by (sempre ativa), e o pino PS-ON, que quando é
aterrado faz a fonte ligar.

COMPAQ ( anteriores ao padrão ATX ).

Algumas fontes dessa linha possuem a


particularidade de não terem um regulador de 3.3 volts,
mas sim de 3.4 ou 3.5, devido ao fato de alguns
processadores Pentium funcionarem com essas tensões.
Elas também possuem um retorno de terra e da saída de
3.x volts (geralmente fios branco e roxo), para uma melhor
regulagem dessa tensão. Se ela for ligada com esses fios
desligados, a falta de feedback faz a tensão subir demais
e a proteção contra sobretensão desliga a fonte, por isso
a maioria absoluta das fontes Compaq não liga fora do
gabinete, apenas tenta partir e desliga.

ATX DELL E COMPAQ

As fontes ATX usadas em alguns micros dessas


marcas possuem um conector ATX e um conector de 6
pinos igual ao das fontes AT, que também é ligado na
placa mãe. A pinagem do conector ATX é total- mente
diferente do padrão e não possui nenhum pino de 3.3
volts, tensão essa que é fornecida pelo conector auxiliar
de 6 pinos. Algumas fontes desse tipo não possuem a
saída de -5 volts.

PINAGENS DOS CONECTORES E CORES DOS FIOS

+5V - Vermelho
+12V - Amarelo, raramente laranja
+3.3V - Laranja, as vezes marrom
-12V - Azul
-5V - Branco
+5VSB - Roxo
PG - Laranja nas fontes AT, cinza nas fontes ATX
PS-ON - verde, eventualmente cinza

DOWNLOAD MANUAL EM PDF

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