Aula 4.
Aula 4.
Aula 4.
Organização da Colônia.......................................................................................3
Centralização da Administração colonial (Governo Geral)..................................5
Expansão Geográfica...........................................................................................7
A conquista do Sul, Tratado e limites e Guerras no Sul....................................12
Invasões Estrangeiras, período colonial............................................................13
Economia Colonial; ciclos do Pau-brasil, açúcar, gado, mineração e africanos
no Brasil..............................................................................................................17
Sedições e inconfidências, movimentos nativistas............................................22
Vida cultural na colônia.......................................................................................25
Corte no Rio de Janeiro e realizações politicos-social.......................................27
Independência, 1° reinado e Guerra Cisplatina.................................................28
Regência, Revoltas regenciais e atividades políticas........................................33
2° Reinado..........................................................................................................37
República da Espada..........................................................................................45
Republica velha..................................................................................................48
Era Vargas..........................................................................................................54
República Populista............................................................................................59
Governo militar...................................................................................................64
Nova República..................................................................................................66
Historia e Cultura Afro-brasileira........................................................................69
História e cultura dos povos indígenas brasileiros.............................................78
Bibliografia:.........................................................................................................81
2
Organização da Colônia.
Contexto geral:
3
possuidores mas não proprietarios – não podiam vender ou dividir a
Capitania -, com extensos poderes na esfera econômica e
administrativa e pagando a metropoli tributos pela exploração do pau-
brasil, metais preciosos e derivados de pesca.
(4)
E por fim, a organização da colonia feito por Capitanias Hereditarias teve
alguns problemas tais como: extensão de
terras, hostilidades dos indios, problema de
comunicação entre elas e o solo ruim para o (4)
As capitanias mais
cultivo de cana-de-açúcar, além destes importantes foram São
problemas esse sistema lançou as bases da Vicente e Pernambuco.
coçlonização, estimulando a formação dos
primeiros nucleos de povoamento:
São Vicente – 1532.
Pernambuco – 1534.
4
Porto Seguro – 1535.
Ilhéus – 1536.
Olinda – 1537.
Santos – 1545.
Centralização da Administração
colonial (Governo Geral). (5)
Por interesse
estratégicos sua
Esse sistema foi à interferência mais direta no localização esta num
processo de colonização do Brasil. – Governo ponto central da costa,
Geral existiu em conjunto com as Capitanias facilitando a
Hereditárias até 1759 –
comunicação com as
outras capitanias.
Com sua sede em Salvador na Bahia, esta
donatária tornou-se a primeira capital (5)
da
colônia em 1549, fundada por Tomé de Souza
(1° Governador Geral 1549 – 1553) que tinha
a missão de moralizar (através da
catequização dos índios com o jesuíta
Manuel de Nóbrega) e organizar (com o
Regimento dos Governadores).
5
3° Governador Geral - Mem de Sá (1558-1572), conselheiro do rei de Portugal
veio ao “Novo Mundo” (Brasil) para expulsar os franceses da Bahia da
Guanabara (Rio de Janeiro) –acabou com a Confederação dos Tamoios
(1554-1568), Foi um dos maiores conflitos de caráter de
resistência por parte dos nativos brasileiros (índios) do grupo
dos Tupinambás que envolviam os Tupiniquins, Aimorés e
Temiminós, ocorrido na região entre o litoral paulista e o sul
fluminense, hoje desde Bertioga até a cidade
de Cabo Frio-.
(6)
Chega com Tomé Assim, todos os Governadores Gerais inclusive os
de Souza em 1549, e três supracitados seguiram o Regimento do
alguns historiadores (6)
Governo Geral que definia o papel dos
acreditam que seja a
primeira constituição. governadores, ou seja, todos possuíam itens
relativos à defesa da terra contra ataques
estrangeiros, incentivo á busca de metais preciosos,
apoio a religião católica e a luta contra a resistência
indígena. E conforme estas diretrizes o darem-se o
inicio da burocratização na centralização administrativa, em
funções tais como:
Expansão Geográfica.
expulsar estrangeiros.
7
IV. Bandeiras – apresamento e prospecção.
V. Entradas – expedições financiadas pelo governo.
VI. Criação de gado (pecuária) – rebanhos de bovinos espalhando-se
para o interior da colônia.
8
objetivo de mapear o território e combater grupos indígenas que
ofereciam resistência (guerra justa). E sua composição era
basicamente por soldados portugueses e brasileiros a serviço das
províncias – atenção para o caráter militar -.
Bandeiras – expedições organizadas e financiadas por particulares que
saiam de São Paulo de Piratininga e São Vicente rumo às regiões
(9)
centro-oeste e sul do Brasil com objetivo de descobrir Minas e
capturar índios para escravizar e comercializa-los (10).
(9) (10)
Bandeira de Bandeira de
prospecção. apresamento.
9
negros fugitivos, prestando serviços à classe dominante colonial, em geral
partiam de Salvador, Recife e Olinda.
“os primeiros gados chega o Brasil em 1534 (com Ana Pimentel, esposa
de Martim Afonso de Sousa) na capitania de São Vicente, e em 1550,
Tomé de Sousa manda trazer um novo carregamento, desta vez chega a
Salvador e daí dispersando para Pernambuco e espalhando-se pelo
nordeste principalmente Maranhão e Piauí”.
Na segunda metade do século XVII, o grande lucro que a colônia gerava era
com a produção de açucareira, a qual os engenhos se estendiam pela área
litorânea e com a quantidade de bois localizada na costa – que destruíam os
canaviais e plantações de subsistência -.
10
ao litoral -. E sem alternativa, os criadores de gado passaram a ocupar as
terras interioranas.
11
do Sul), encontrando grande campinas favorável ao seu
desenvolvimento, assim fazendo nascer uma sociedade tipicamente
pastoril exemplo, as Estâncias, uma área de criação de gado
administrada de forma familiar (a maioria das vezes).
Portanto, até o final do sec.XVIII, a principal atividade econômica do sul
era a produção de couro e por volta de 1780, surgi a indústria do
Charque, impulsionando a economia, em contra partida o leite era
pouco comercializado em comparação a São Vicente, além do gado o
sul teve significativa importância na criação de cavalos e mulas (muares)
para comercialização com as regiões mineradoras.
OBS: - em todo período colonial, a criação de gado foi à única
atividade importante do sul da colônia -.
O sul do Brasil colônia por ser inóspito e, no período da expansão territorial não
apresentar grande interesse para empresa colonizadora lusitana, deixou
espaço para os castelhanos, pois o lado hispânico, a parte sul tinha grande
importância, pois dava acesso às valiosas minas incrustadas nas proximidades
do rio da Prata, juntamente com as missões jesuíticas e o bandeirismo de
apresamento, a coroa portuguesa resolve adentrar nesta região, fundando em
1689, a Colônia do Sacramento na intenção de criar uma base de operações
de contrabando na Bacia Platina que atendesse os interesses metropolitanos
(Portugal) e principalmente dos ingleses.
12
o interior do atual Uruguai. Assim, em 1750 foi assinado o Tratado de Madri
entre os representantes dos reis de Portugal e Espanha, determinando que
cada um desses reinos caberia a posse das terras que ocupavam, Sacramento
da Espanha, e Sete Povos da Missão de Portugal, consagrando o princípio do
uti possidetis, assim revogando o Tratado de Tordesilhas – e reconhecendo
a expansão portuguesa - .
13
novas terras, assim no princípio dos anos de 1500, o Brasil começa a receber
incursões de piratas e aventureiros que se limitam a furtos e pilhagens.
As invasões francesas, holandesas, inglesas são ocasionadas implícita ou
abertamente com o mesmo ideal lusitano de conquistar terras no novo
continente com a premissa de estabelecer colônias (salvo a Inglaterra).
Os Ingleses.
Nos primeiros 50 anos do século XVI, o Brasil (pré-colonial) recebe visita dos
britânicos e sua primeira tentativa conhecida é de 1530-1532, neste período os
ingleses fazem na costa brasileira três incursões. Com a intenção de
estabelecer comercio com as colônias portuguesas (Brasil e África- Guiné),
pois Londres já mantinha negócios com Portugal e seus ”tentáculos” comerciais
alcançaram as terras de além-mar, Sergio Buarque de Holanda confirma esta
dinâmica neste trecho, “a parti de 1497, data da primeira viagem de João
Caboto a serviço de Henrique VII, começam os ingleses a interessar-se
pela navegação no Oceano Atlântico, cujas águas serão aos poucos
sugadas por eles em todas suas extensões”.
E sob está conjuntura, William Hawkins um negociante, inglês dá inicio as
viagens para o Brasil (1530-1532), totalizando em três viagens, numa prática
amistosa de contato com os nativos (índios), tanto que, na sua segunda
viagem, o navegador inglês, retorna para Inglaterra com chefe indígena
para apresentar corte, assim, dando inicio a um intenso comércio de Pau-
Brasil, que dura 12 anos, pois de 1542 até 1581 não há mais noticias de
invasões inglesas na costa brasileira.
E após um ano da implementação da União Ibérica (1581), sob a chancela da
rainha Isabel, a Inglaterra retorna ao Brasil com o navio Minion de Londres,
com o intuito de mapear os acidentes geográficos e as regiões meridionais
(sul) brasileiras, em especial São Vicente para usar como base de
abastecimento das suas embarcações que cortavam o Sul do Atlântico em
direção ao Estreito de Magalhães.
Além disso, os ingleses mantinham outra frente de interesse, na região mais
rica que competia com a Vicentina, área meridional (norte) de Tordesilhas, “foi
palco de um fato curioso”, no ano de 1583, o navio inglês Royal Maerchant,
14
está finalizando as negociações em Olinda, e é apreendido pelo Almirante
espanhol Diogo Flores Valdez que confisca suas mercadorias.
Mas o desejo de participar das riquezas das Américas e diminuir o poderio
castelhano no Oceano Atlântico, faz a Inglaterra autorizar e promover a
pirataria e se lança ao Mar o capitão Frances Drake, com seu galeão Golden
Hind (Corça Dourada) - antes conhecido como o Pelicano-, sendo o primeiro
britânico a realizar a volta ao mundo em 1577-1580, OBS- “na verdade sendo
a 2°, pois a 1° foi realizada pelos espanhóis com Fernão de Magalhães
que não a completou”.
Então, nessa circunavegação global, “Draqueana”, veio abrir outras grandes
navegações como:
Eduardo Fenton 1582.
Cristopher Lister 1586.
Thomas Cavendish 1591.
Jemes Lancaster 1595.
Assim a maior colônia lusa (Brasil), no século XVI ocupou lugar de
destaque nos interesses mercantis e marítimos ingleses e ponto de apoio
na sua expansão do Atlântico Sul.
Os Franceses.
Na conjuntura do Tratado de Tordesilhas (1494), a França discorda sobre a
divisão do mundo entre Portugal e Espanha e defende o direito de Uti
possidetis. E através deste princípio do direito romano, os franceses se fazem
presentes nas praias brasileiras, em dois momentos:
15
expulsar os franceses e após cinco anos de combates o sobrinho do
Governador Geral, Estácio de Sá, expulsa os franceses e funda a
cidade do Rio de Janeiro (1565) pondo fim ao projeto França Antártica.
II. Em 1612, na extremidade norte da colônia lusitana, o Maranhão,
tentando estabelecer, a França Equinocial (1612-1615), invadindo a
província para construir, o Forte de São Luís com objetivo de participar
do lucrativo e novo mercado de exploração, agora em uma visão de
colônia de exploração, sendo liderado pelo general Daniel de La
Tuche.
Então, concluímos que neste período de invasões francesas, houve a fundação
de RJ e MA, assim se tornando importantes cidades no processo de
colonização brasileira.
Os holandeses.
As invasões holandesas decorrem no período de 30 anos (1624-1654). Assim
no ano de 1624, acontece à primeira tentativa de invasão holandesa na região
da Bahia, sendo palco de um intenso combate os castelhanos e lusitanos parte
em socorro aos baianos com a esquadra “Jornada dos Vassalos” (a maior
Armada do século XVI, enviada ao Hemisfério Sul, integrada por
52 navios, transportando quase 14.000 homens) em 1625.
E com passar de cinco anos (1630) os holandeses retornam, mais ao norte na
Capitania de Pernambuco, e no período de 05 anos (1630-1635) de intensos
combates entre colonos e holandeses nasce o Quilombo de Palmares.
E findando este período de combate estilo “terra arrasada” promovida pelos
colonos, os holandeses derrota os pernambucanos e nos anos de 1637 até
1644, Pernambuco é administrado pelo governador e comandante-chefe
Mauricio de Nassau, que desenvolve a economia açucareira no
Nordeste com métodos aperfeiçoados de cultivo da cana-de-açúcar e do fumo.
No Recife, foi responsável pela drenagem de terrenos, construção de canais,
diques, pontes, palácios (Palácio de Friburgo e Palácio da Boa Vista), jardins
(botânico e zoológico), o museu natural, o observatório astronômico e
organiza serviços públicos como o corpo de bombeiros e a coleta de lixo. Mas
em 1644 os holandeses são expulsos novamente na Batalha dos Guararapes,
que expressa um sentimento de nacionalismo. Mas a expulsão definitiva dos
16
holandeses começou em 1645, com a Insurreição Pernambucana que dura
quase dez anos, e em 1654, a Capitulação do Campo do Taborda, fixou os
termos e condições pelas quais os membros do Conselho Supremo do Recife
entregavam ao Mestre de Campo, General Francisco Barreto de Menezes,
Governador da Capitania de Pernambuco, a cidade Maurícia (Recife) e os
lugares que tinham ocupado ao Norte, dando fim a está invasão estrangeira.
18
- Africanos no Brasil.
19
Escravidão na África: era determinada pelas
necessidades dos grupos de parentesco, os
Escravidão nas Américas passou a ter base fenotípica
étnico-racial, ou seja, escravos tornaram-se
sinônimos de negros.
A cor da pele era um elemento fundamental para
identificar a condição do escravo e também para
estigmatizar e marcar a inferioridade racial.
O desenvolvimento da escravidão moderna esteve
vinculado com a expansão do capitalismo (5) no
mundo atlântico, o estabelecimento do tráfico de
escravos e os interesses econômicos dos impérios
coloniais ajudaram a criar sociedades escravistas nas
Américas, onde a cor da pele se tornou uma marca
fundamental de distinção social.
Escravidão na Europa tinham origem étnica e funções
variadas, podiam ser gregos, eslavos, egípcios, ingleses e
alemães. Trabalhavam como: artesões, soldados,
administradores, tutores ou criados, havendo muitas
chances dos seus filhos conseguirem a alforria ou ao
menos melhorarem gradualmente de condições.
Escravidão na África: era determinada pelas
necessidades dos grupos de parentesco, os
escravos em geral, eram soldados ou
Portanto, tanto
mulheres, muitas vezes concubinas dos lideres
na das comunidades. Europa quanto
na A tendência é que os filhos das escravas África a
ficassem livres, sendo incorporados à utilização
linhagem do grupo dominante.
mercantil dos
20
escravos era mais restrita a eles, não sendo amplamente utilizado para
produção e mercadorias, diferente das Américas.
O escravo também era muito difundido nas cidades e vilas colônias, tendo
maior mobilidade espacial (raramente controlados por um feitor), muitos
trabalhavam “ao ganho”, ofereciam seus serviços para quem o contratasse e
ao fim do dia entregavam aos seus senhores uma quantia previamente
estabelecida.
21
Antigos engenhos de açúcar,
As minas de ouro e diamantes,
A pecuária e
A produção de alimentos.
“... a terra parece que evapora tumultos; a água exala motins; o ouro toca
desaforos; destilam liberdades os ares; vomitam insolências as nuvens; influem
desordem os astros; o clima é tumba da paz e berço da rebelião; a natureza
anda inquieta consigo, e amotinada lá por dentro, é como no inferno...”.
(Governo a D. Lourenço de Almeida -1720-.).
Este trecho mostra o temor das autoridades no Brasil colônia no século XVIII.
Mas, esse medo tem inicio, com o fim da União Ibérica (1640). Pois no
processo colonizador português, à medida que se desenvolveu, evidenciou a
contradição entre interesses metropolitanos e coloniais. A coroa, setores
metropolitanos e seus representantes no Brasil visavam explorar ao máximo as
riquezas naturais ou produzidas (açúcar e ouro) em terras brasileiras.
22
Esses objetivos acabavam se chocando com os interesses dos colonos,
portugueses ou seus descendentes, que também queriam aproveitar dessas
riquezas. Desta forma, revoltando-se:
23
Revolta Filipe dos Santos ou Vila Rica (1720) ocorreu na região de
Minas Gerais durante o ciclo do ouro, contra aumento de impostos sobre
o produto (ouro).
Levante do Terço Velho (1728), em Salvador de cunho militar
seiscentos militares rebelou-se contra os baixos soldos pagos e
irregularidades do ouvidor-mor.
24
Conspiração dos Suassunas (1801), em Pernambuco, inspirados na
Guerra das Treze Colônias da América do Norte, a motivação foi a
diminuição da violência e repressão colonial, estimulado pela elite
pernambucana. – “bater em cachorro morto”. –
25
e Bahia, com uma língua diferente os colonos(nativos) falavam um
dialeto português/tupi, amplamente difundido nos séculos XVI e XVII –
o bandeirante Domingos Jorge Velho, apresentando-se ao
governador da Bahia para tratar do combate à Palmares, teve de
entender com a autoridade por meio de um interprete, por não
dominar o português. –
Esse bilinguismo só tem fim, através de determinação de Marques do
Pombal, impondo o português em toda a colônia.
Condicionamento da cultura colonial – existiam dois
referenciais: político e religioso. O primeiro era o absolutismo a
obediência a Deus e ao rei “com Deus e rei não brincar / é calar e
obedecer.”.
Já o religioso foram normas fixadas pelo Concilio de Trento,
estabelecendo o primado do sagrado sobre o leigo “proibimos sob
pena de excomunhão (...) que nenhuma pessoa secular – ainda que
seja douta e de letras – se intrometa a disputar em publico ou
particular sobre os mistérios de nossa Santa Fé e Religião Cristã.”,
juntamente com um saber literário controlado nas suas manifestações
filosóficas, teológicas e estéticas desde o sec. XVI por um tríplice
censura:
Eclesiástica – exercida pelo bispo.
Inquisitorial – controlada pelos dominicanos.
Régia – oficial, influencia dos jesuítas.
Literatura – as manifestações literárias no sec. XVI, foram limitadas
pela escassez de recursos, dificuldade na vida colonial, influencia
religiosa e assistência espiritual aos colonos.
Poemas, narrativas, gramáticas e catecismo obedeceram está ordem.
Arte – as construções mais importantes eram as capelas algumas
igrejas e colégios da companhia de Jesus, o Quinhentismo – engloba
manifestações como: literatura, pintura, arquitetura e musica. De
aspectos relevantes de atitudes tipicamente renascentistas, como a
valorização do humanismo, cultura antiga e individualismo. – os
26
poemas e peças teatrais eram utilizados com fins apologéticos e
didáticos para educação e a catequese -.
Arquitetura – era adaptada aos materiais da terra e às necessidades
de defesa dos moradores.
Logo, sob este cenário Portugal decide um ano após o acordo transferir-se
para sua maior colônia. E na sua chegada perpetrou seu primeiro ato político,
assinou um termo autorizando à abertura dos portos brasileiros as nações
amigas, em 1808 na Bahia – este documento demonstra a subordinação
passiva da coroa lusitana, sob os interesses britânicos em relação ao
mercado brasileiro -, dando inicio ao processo de rompimento do pacto
colonial.
27
alterações na extensão territorial com a anexação da Guina Francesa e Banda
oriental do Uruguai – este último decorrendo a Guerra Cisplatina* -, em
termos administrativos elevou o Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Santa
Catarina a capitanias autônomas e a criação das capitanias de Alagoas e de
Sergipe, em 1809. – na política econômica foi à criação do Banco do
Brasil, em 1808. -
28
Independência, 1° reinado e Guerra Cisplatina.
Deixando seu filho, Pedro, como príncipe regente do Brasil na crença que a
unidade da monarquia portuguesa seria restabelecida, mas essa solução
dinástica não correspondia à solução política.
29
1° reinado .
A historiografia identifica o 1° reinado em um intervelo temporal de nove anos
1822-1831, logo para entendermos esta fase da história brasileira precisamos
compreender a conjuntura da independência do Brasil, sendo um “arranjo
político entre as elites comerciais e agrárias”, segundo Prado Jr. Isto quer
dizer, na integra que o regime governamental brasileiro, a monarquia,
apenas mudou de mão, ou seja, “de pai para filho”, deixando de inserir
neste processo, o povo.
30
Este ultima ponto fez com que a assembleia constituinte ficasse conhecida
como a “Constituição da Mandioca”.
A reação:
D. Pedro recusou este projeto e com apoio das tropas imperiais, decretou o
fechamento da assembleia em 12/11/1823, prendendo e expulsando do país os
deputados contrários dentre eles José Bonifacio e seu irmãos Antonio Carlos e
Martim Francisco, entenderam desta forma que foi o primeiro passo para a
recolonização do Brasil, sendo o objetivo principal dos representantes do –
partido português -, que defendia o absolutismo lusitano e sustentava D.
Pedro esperando que fossem estabelecidos os antigos laços do Brasil
com Portugal.
E Pedro, usando de política partidária tenta acalmar os ânimos, nomeando
uma comissão de dez brasileiros natos para elaborar uma nova
constituição no prazo de 40 dias, e no dia 25/04/1824, D. Pedro outorga
(impõe) a nova constituição, com a máxima “façam uma constituição digna
do Brasil e de mim”, estabelecendo a existência de quatro poderes de
Estado:
Judiciário – magistrados nomeados diretamente pelo imperador.
Legislativo – mandatos de deputados de duração de três anos,
senadores com mandatos vitalícios escolhidos pelo imperador em listas
de candidatos mais votados.
Executivo – exercido pelo imperador e ministro de Estado.
Moderador – exclusivo do imperador “chefe-mestra de toda organização
política”.
Exemplificando, um poder ditatorial que excluía a grande maioria da população
como mulheres, escravos e índios, somando a isso ainda existia a condição
eleitoral a certos níveis de rendas – que a maior parte da população não
tinha – que para votar era preciso ter renda anual de 100 mil-reis. E para
ser candidatar a deputado teria que ter 400 mil-reis (nos dias de hoje
seriam 49,200 Reais) e senador 800 mil-reis.
Fazendo com que comerciantes garantisse participação na vida pública,
comparando-se em direitos aos grandes proprietários rurais.
31
A Magna-carta declarou o catolicismo religião oficial do Estado pelo regime de
Padroado – a igreja católica ficava submetida ao controle político do
imperador-.
Esta imposição provocou reações e a mais energética explodiu no nordeste no
mesmo ano da carta outorgada (1824), Confederação do Equador em
Pernambuco (1824) liderada por Cipriano Barata e Frei Caneca que defendiam
um regime republicano, com poder descentralizado e autonomia das
províncias.
Dando início uma sucessão de crises e por vários motivos, o fim do primeiro
reinado, foi por causa da queda da popularidade do imperador que reuniu
diversos grupos em oposição ao seu governo:
Fechamento da Assembleia Constituinte.
Imposição da Constituição de 1824.
Violência usada contra os rebeldes na Confederação do Equador.
Falência do Banco do Brasil, em 1829, revelando a crise econômica
do império.
32
mês de Abril do mesmo ano Pedro demitiu todos os brasileiros que não
obedeciam a suas ordens, fazendo outro ministério, só de portugueses
conservadores, Ministério dos Marqueses.
33
Restauradores (Caramurus) – defendia o absolutismo centralizador, o
retorno de Pedro I. E tinham como representantes: comerciantes
lusitanos, militares conservadores (alta patente) e altos funcionários
públicos.
Liberais exaltados (farroupilhas ou jurujubas) – defendia a
descentralização do poder, sistema federalista. Representantes:
profissionais liberais, pequenos comerciantes, pequenos funcionários
públicos e militares (baixa patente).
Liberais moderados (chimangos) – preservação da unidade territorial,
monarquia parlamentar, mantendo a ordem social no desejo de ampliar
o poder dos governadores provinciais.
As Regências:
34
políticos, suspensão parcial do poder moderador, mas mantendo as
estruturas políticas do império absolutista, durando até 1837.
.
Regência Trina permanente (1831-1835) - representada pelos
moderados, destaque ao padre Diogo Antonio Feijó nomeado ministro
da justiça e criador a Guarda Nacional em (1831-1922).
Ato Adicional de 1834, uma tentativa de harmonizar os conflitos
políticos, ou seja, a regência deixava de ser Trina para se tornar Uma
com mandato de quatro (04) anos.
Assembleias legislativas provinciais (acabou com o Conselho de
Estado instância que reunia os políticos mais conservadores).
- o Ato Adicional foi considerado um avanço liberal durante as
regências, sendo para alguns conservadores, considerado o
“código da anarquia”, porque concedia maior autonomia e
liberdade administrativa ás províncias brasileiras -.
Regência Una (1835-1840) – Diogo Antônio Feijó (1835-1837), a
primeira das duas regências unas, um progressista vence as eleições
enfrentando a oposição dos regressistas, acusado de não impor a ordem
no país com o inicio das rebeliões: Cabanagem (Pará) e a Farroupilha
(Rio Grande do Sul). Assim, renúncia o cargo por pressão da oposição e
seu sucessor Araujo Lima (1838-1840), impõem mais dureza nos
movimentos populares, logo está regência é o triunfo dos progressistas,
pois os governos das províncias perderam sua liberdade e ação
(representou o retrocesso das conquistas liberais alcançado com a
aprovação do Ato Adicional de 1834), montando o Ministério das
Capacidades composto por conservadores.
E criando a lei Interpretativa do Ato Adicional em 1840, que reduzia o
poder das províncias e subordinava os órgãos ao poder central.
35
Econômica – o Brasil resolve pagar indenização a Portugal em troca do
reconhecimento de sua independência no valor de dois milhões de
libras, juntamente despesas com operação militares para conter
rebeliões internas e conflitos externos e empréstimos com juros altos.
Social – descontentamento da população brasileira contra os
comerciantes portugueses que dominavam o comércio varejo.
Político – as províncias requerendo mais autonomia político-
administrativa, muitos políticos pregavam a separação do governo
central.
36
de mão-de-obra pecuária, o que deixou muitos desempregados,
sobretudo entre os mais pobres.
37
escravos de engenho decidiram se rebelar com a intenção de formar
uma Bahia Malê, que seria controlada por africanos, tendo à frente
representantes muçulmanos.
2° Reinado.
- Pois a grande preocupação dos políticos era chegar ao poder porque isso
significava obter prestigio e benefícios para si próprios e sua gente... –
Partindo, para uma visão social do 2° reinado, nos primeiros anos foram
extintos os últimos focos de resistência representados pelos praieiros de 1848,
a monarquia brasileira entrou em seu período de maturidade, quando todos
38
seus potenciais e contradições se desenvolveram ao máximo. E com liderança
governamental fortalecem-se os conservadores ligados aos interesses da nova
potência econômica do país, os cafeicultores do centro-sul.
Sob a direção de Marquês de Olinda, veio à dissolução da Câmara dos
Deputados. E a composição da “trindade saquarema”, auge dos
conservadores no poder.
Entre suas principais realizações estão à lei de terras, que regulamentou a
propriedade da terra em favor dos latifundiários, e a lei Eusébio de Queirós,
que extinguiu o tráfico negreiro, ambas de 1850.
Mas, os principais assuntos que preenchiam a pauta das sessões
parlamentares giravam em torno dos conflitos que eclodiam, na região platina e
das urgentes reformas administrativas que precisavam ser feitas, fazendo
Luzias e Saquaremas se aproximarem, em uma ideia de conciliação (1) das
oposições em favor do “progresso” do país.
Ideia muito atraente para o Imperador, significava na verdade a anulação das
oposições por meio da compra de suas lideranças com pequenas frações de
poder.
Entretanto, nem todos se renderam a essa tática e após as eleições de
1852(2) já se manifestava a dissidência parlamentar, composta em sua maioria
de políticos do Nordeste, que vinham perdendo cada vez mais espaço para os
do Sul. Mas até 1853 predominou a vitalidade conservadora. Suas maiores
realizações foram, além da lei de Terras e da lei Eusébio de Queirós, a política
na bacia do Prata, a elaboração do Código Comercial, a criação das províncias
do Amazonas e do Paraná, o incentivo à imigração - através do
assentamento de colônias e outros dispositivos, em consequência, sobretudo
da extinção do tráfico, se fizeram urgentes. Ligavam-se aos problemas da
escravidão, da vida judiciária, diplomática, financeira e da reorganização dos
serviços em bases mais racionais.
Tentativas de industrialização.
E com esta mudança do centro socioeconômico do nordeste para o centro sul,
acontece o “boom econômico”, da grande prosperidade gerada pela
exportação do café, a extinção do tráfico em 1850 provocou uma súbita
mudança na economia brasileira. Volumosas inversões de capitais antes
39
usados no tráfico transferiram-se para outras áreas, como a de serviços
urbanos, de crédito, estradas de ferro, etc., gerando uma onda de
“progressismo” que contagiou a todos.
A tarifa Alves Branco, de 1844 (3), que alterou a política tarifária com
medidas protecionistas, deu grande impulso nas receitas do país. A essa altura
o governo brasileiro se encontrava em grandes apuros, com sua economia
comprometida pelas agitações internas. Pesavam-lhe também suas leis
alfandegárias, criadas sob pressão para que a Inglaterra reconhecesse a
Independência brasileira, que mantinham as taxas de comércio internacional a
baixos níveis.
Sem o fundamental crédito estrangeiro, o governo viu-se obrigado a elevar
suas tarifas. Apesar de totalmente legítima, a ação não impediu fortes protestos
britânicos. Mas o sufoco econômico, aliado a um forte sentimento nacional
gerado pelas arbitrariedades inglesas contra o tráfico, impediu a eficácia dos
protestos, tendo o Brasil dobrado o valor sobre seus direitos de importação.
Depois desse primeiro desafogo, a extinção do tráfico fez difundir-se no país
uma verdadeira febre de reformas como: organização regular das agências
financeiras, o segundo Banco do Brasil, a primeira linha telegráfica no Rio de
Janeiro, Banco Real e Hipotecário, importante agente financeiro, a primeira
linha férrea na Baixada Fluminense, Em 1855, a segunda, ligando a Corte à
capital da Província de São Paulo (a Central do Brasil), o telégrafo.
Iniciava a essa altura uma avalanche de investimentos ingleses que, além do
crédito, introduziu mão de obra especializada, técnicos e tecnologia no país.
40
enquanto houvesse gente que atendesse os pré-requisitos
legais, o número de eleitores do império de cada paróquia era
limitado pelo número de fogos da freguesia.
Política externa.
E após o surto de industrialização se inicia a crise do 2° reinado, a parti de
1850, importantes acontecimentos que marcou as relações internacionais do
Brasil:
A Questão Christie 1863-65 - É o rompimento das relações diplomáticas entre
Brasil e Inglaterra, por causa do fim do trafico negreiro e a libertação dos
escravos e mais roubo da carga do Príncipe das Gales 1861, e a prisão dos
oficiais bêbados em 1862, assim William Christie exige uma indenização
astronômica pela carga do navio e a punição dos policiais que prenderam os
oficiais ingleses. Não sendo atendido em suas exigências, o embaixador
(William Christie) ordenou a prisão dos navios mercantes brasileiros, desta
forma, provocando revolta da população do Rio de Janeiro que ameaçavam
invadir a casa do embaixador e estabelecimentos comerciais de ingleses, logo
essas questões foram submetidas ao arbitramento internacional do rei da
Bélgica, Leopoldo I.
D. Pedro II resolveu pagar a indenização, fazendo o arbitramento ficar restrito
às exigências em soltar os prisioneiros, logo o rei belga se pronunciou a favor
do Brasil e com isso a Inglaterra tinha que se desculpar oficialmente por violar
o território brasileiro, entretanto isso não aconteceu, levando Pedro II, romper
relações diplomáticas e só sendo reatadas em 1865, quando Edward Thorton
(embaixador que tomou o lugar de Christie), apresentou desculpas oficias.
41
Questão Platina 1851-70 – 0 Brasil tinha interesses econômicos e políticos na
região platina, área de fronteira entre Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai,
logo se resumia em:
- Situação econômica.
A grande expansão econômica ocorrida no Brasil durante o século XIX não foi
um fato isolado, mas insere-se num fenômeno mundial que foi a integração dos
mercados e a incorporação da terra e do trabalho à economia mundial. A
produção especializou-se para atender às necessidades das atividades
comerciais e industriais. Desvinculou-se o homem da terra, onde produzia para
subsistência, e incorporou-lhe no mercado de trabalho assalariado.
E no Brasil, onde havia escravidão, as pressões internacionais para que se
abolisse esse regime de trabalho foram constantes desde o início do século e
só cessaram com a adoção total do trabalho assalariado. Mas, ainda por volta
de 1850, a regulamentação da propriedade da terra ainda não estava resolvida
e era urgente. A crescente procura pelo café impelia a cultura para as novas
fronteiras no interior, conforme se esgotavam as lavouras mais antigas. Até a
época da Independência, o acesso a terra era por meio de concessões reais
(sesmarias) ou pela ocupação clandestina, que era amplamente difundida e
quando o Brasil se torna um Estado ficou proibida a concessão de lotes de
terra, que passou a ser obtida apenas pela posse clandestina. Consumou-se
uma anarquia geral da propriedade rural, que se agigantava à medida que
crescia a necessidade de novas terras. Essa agitação, que estava diretamente
atrelada aos problemas do abastecimento de mão de obra, levou as elites
dirigentes do país a reavaliarem e legalizarem a propriedade rural e a força de
42
trabalho. Assim foi o tráfico abolido em 1850, dando o golpe fatal na
escravidão e dinamizando a economia. No mesmo ano, foram promulgadas a
Lei de Terras e o Código Comercial do Império, que consagraram o regime
da grande propriedade e coroavam a obra da construção do Estado Nacional
brasileiro.
E no período de 1865-1870, o custo da guerra deixou uma grande nódoa nas
finanças públicas do Brasil, entretanto essa mesma guerra também estimulou a
indústria brasileira como fábricas de produtos têxteis e o arsenal do Rio,
modernizando a infraestrutura do país, assim o recrutamento, o treinamento, o
fornecimento de vestuário, de armamentos e o transporte organizou ainda mais
o Estado brasileiro.
Assim o regime monárquico acabava vítima de transformações econômicas e
sociais a que não fora capaz de adequar-se. Instaurava-se um novo regime em
que não apenas novas instituições foram adotadas, mas também novas forças
sociais passaram a ter controle sobre o Estado, articulando um novo sistema
de dominação.
A questão dos escravos e os movimentos de abolição – em Maio de 1867,
D, Pedro II anunciou que após a guerra, seriam tomadas medidas para
emancipar os escravos brasileiros, assim estimulando discussão sobre a
reforma política no Brasil.
Desta forma, com o termino da Guerra do Paraguai cresceu no país a
campanha abolicionista, um movimento popular pela libertação dos escravos
que conquistou o apoio de vários setores da sociedade brasileira:
parlamentares, imprensa, militares, artistas e intelectuais.
O fim da escravidão atendia aos interesses dos industriais europeus, que
desejavam ampliar o mercado consumidor para seus produtos – o que seria
possível com o desenvolvimento do trabalho assalariado. Assim, o governo
promulgou nesse período duas leis que emanciparam parcelas da população
escrava do país.
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Sexagenários (1885) – declarava livres os escravos com mais de 65
anos. – e também seus donos da “inútil” obrigação de sustentar alguns raros
negros idosos... –
- Movimento Republicano.
Além, destes acontecimentos ocorrendo a parti de 1870, também foi criado o
Partido Republicano no RJ, uma união de segmentos civis e militares mediante
de disputas políticas entre os principais partidos (Saquarema e Luzias).
E uma das suas maiores contribuições foi o Manifesto Republicano que
defendia:
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E em consequência deste, novo “BOOM” de ideias foi criado em 1873, o
Partido Republicano Paulista (PRP) na convenção de Itu, apoiado por
cafeicultores de SP. – mostrando a força OLIGARQUICA que perdurou ao
longo de 1889-1930, Republica Velha -.
A oposição ao império faz efeito, tanto que o governo imperial apresentou uma
proposta à câmera dos deputados um programa de reformas políticas que
incluía:
Liberdade religiosa.
Liberdade de ensino.
Autonomia das províncias.
Mandato temporário para senadores.
Entretanto, esta tentativa não deu certo, pois a instituição, Monarquia, estava
falida nas Américas e em 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro da
Fonseca depõem o primeiro-ministro visconde de Ouro Preto e proclama a
República no Brasil, com apoio dos dois partidos republicanos (PR e PRP).
República da Espada.
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Governo provisório (1889-1891) e suas medidas:
Federalismo – as províncias brasileiras forma transformadas em
estados-membros da federação com a autonomia administrativa em
relação ao governo federal, a capital recebe o nome de Distrito Federal.
Fim do padroado – separação entre o Estado e a igreja.
Grande naturalização – todos os estrangeiros residentes no Brasil
seriam legalmente considerados cidadãos brasileiros.
Bandeira da república – criação de uma nova com o lema “Ordem e
Progresso” de origem positivista, que pregava amor por principio, à
ordem por base e o progresso por fim.
Assembleia constituinte – para elaborar a primeira constituição da
republica.
46
Voto – aberto para brasileiros com mais de 21 anos, exceto
analfabetos, mendigos, soldados, religiosos sujeitos à obediência
eclesiástica e mulheres.
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E para conquistar as camadas urbanas Floriano tomou medidas de cunho
popular: baixou o preço da carne e dos alugueis residenciais e aprovou
uma lei que previa construção de casas populares.
Mas, essas medidas não escondia seu lado autoritário, pois a oposição
convocava uma nova eleição como determinava a constituição, entretanto o
presidente permaneceu no poder e cumpriu o mandato. – devido sua maneira
energética de enfrentar seus adversários políticos, Floriano ficou conhecido como
Marechal de Ferro -.
Republica velha.
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A situação política se configurava no aumento de eleitores, decorrência do voto
aberto, não chegando a ultrapassar 3% da população, mas com interferência
dos chefes políticos (Coroneis) que concediam favores em troca de votos,
entretanto quando o eleitor não cumpria sua promessa de votar no candidato
indicado pelo Coronel, ficava sujeito à violência dos jagunços que trabalhavam
nas grandes fazendas, Voto do Cabresto, juntamente com fraudes eleitorais e
falsificação de documentos como: elevação da maior idade de menores,
certificação de afalbetização para analfabetos, titulo de eleitor para finados e
violação de urnas eleitorais.
49
realizados no exterior para ser estocado e vendido quando os preços
normalizassem.
50
operários sobre as condições de trabalho e organizado por anarcosindicalista
aliada à imprensa libertária e coordenada pelo Comitê de Defesa Proletária,
os grevistas reivindicavam aumento de salário, jornada de trabalho de oito
horas, direito de associação e liberdade dos grevistas presos. Logo, inspirado,
juntamente coma vitória comunista na Revolução Russa (1917), a fundação
do Partido Comunista (PCB), em 1922.
51
Cangaço (1875-1938) – a miséria, as injustiças dos coronéis-
fazendeiros, a fome e as secas gerou no nordeste á formação de
cangaceiros (grupos armados, que praticavam assaltos a fazendas e
cometiam assassinatos de pessoas) – na historiografia, o cangaço
é objeto de discussões entre a academia, pois para alguns, foi uma
forma de banditismo e criminalidade e para outros, uma forma de
contestação social -.
Revoltas no Rio de janeiro – na primeira metade do século XX
acontecem inconformidades na capital da República (Rio de Janeiro),
dentre as quais agitaram a cidade:
52
Tenentismo (1922 - 1924) – ainda de cunho militar, juntamente com o
descontentamento social contra as oligarquias, o clima de revolta atinge
as forças armadas e difundi-se entre os Tenentes.
Logo, o termo Tenentismo ficou conhecido como movimento político-
militar, que pretendia conquistar o poder através da luta armada e
promover reformas na Primeira República. E suas reivindicações
incluíam:
Moralização da administração pública.
Fim da corrupção eleitoral.
Voto secreto.
Justiça eleitoral confiável.
Defesa da economia nacional contra a exploração das empresas e
do capital estrangeiro.
Reforma da educação pública para que o ensino fosse gratuito e
obrigatório para todos os brasileiros.
O tenentismo tinha a simpatia da classe média, produtores rurais que
não pertenciam ao grupo que estava no poder e empresários.
Assim, em um intervalo de dois anos estoura duas revoltas:
Revolta do Forte de Copacabana (1922) – sendo a primeira revolta
tenentista, pois dezessete Tenentes e um civil decidiram impedir a posse
do presidente Arthur Bernardes, mas foram impedidos pelas forças
governamentais que eliminaram 16 revoltosos, o acontecido ficou
conhecido como “Os Dezoito do Forte” e as revoltas de 1924, que
dentro desta dinâmica tenentista ocorre novas rebeliões em Rio Grande
do Sul e São Paulo, liderada pelo general Isidoro Dias Lopes, tenente
Juarez Távora e Nilo Peçanha (político) e em 5 de Julho tem-se o inicio
da revolta, mas sendo debelado pelas forças governamentais.
Em consequência é formada a Coluna Paulista dissidente rebeldes que
seguiram para o sul e encontrando outra coluna militar, liderado por Luis
Carlos Prestes.
53
Coluna Prestes - foi à união dos militares de
São Paulo e Rio Grande do Sul, revoltosos de
1924, que decidiram percorrer todo o país
pedindo apoio popular para novas revoltas, logo
no intervalo de dois anos (1924-26) a Coluna
Prestes percorreu 12 estados brasileiros, e não
conseguindo provocar ameaça ao governo a Era Vargas.
tropa se desfez, pedindo asilo político na
Bolívia. O período “getulista” se inicia
em 1930, e divide-se em formas
de governo ou fases: Governo
Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937) e Governo
Ditatorial (1937- 1945).
54
Fazendo Getulio Vargas chegar ao poder, chefe do executivo, iniciando o
governo provisório (1930-1934).
57
Gerando propaganda política do governo,
apresentando Vargas como “Pai dos pobres”, ou
seja, Populismo.
inspirado na Carta Del Lavoro (Carta do Trabalhador) criada pelo fascismo
em 1943, estas leis sendo consolidadas nas Lei dos Trabalho (CLT).
58
República Populista.
Características: (*)
Populismo – um conjunto de praticas
Direito de voto – associadas a políticos no período de 1930-
secreto e universal
64, caracterizando a relação direta e não
institucionalizada entre o líder e as massas,
para maiores de 18
forte nacionalismo econômico, carisma
anos (exceto pessoal, clientelismo e frágil sistema
analfabetos e praças partidário.
das forças armadas). OBS: processo ocorrido na América latina
Direito trabalhista – no séc. XX.
com garantia
constitucional e
controle dos sindicatos
(herança
“Varguista”).
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Mandatos eletivos – presidente com cinco anos, deputados com quatro
anos e senadores com oito anos (sem reeleição).
Direitos aos cidadãos – liberdade de locomoção, pensamento, crença,
expressão e associação de classe.
Poderes - ao Legislativo, Executivo e Judiciário a atuação independente
e equilibrado.
60
No âmbito social tomou uma postura moralista, sendo seu primeiro
decreto a proibição da jogatina no território nacional.
61
E findando este período conturbado o governo entra no dinamismo,
modernização / desnacionalização e destacando o “anos dourados”
(conceito construído no momento de prosperidade nacional que
beneficiou a classe média, e difundida pelo radio usado pela grande parte
da população).
62
Com o apoio popular, Jânio não contava com as forças políticas, empresariado
e imprensa. E no segundo semestre de 1961, o presidente toma uma medida
inesperada, renuncia.
E sob acirrada disputa foi negociado uma solução, o vice assumiria o poder,
desde que fosse através do parlamentarismo, assim Goulart aceitou e tomou
posse, entretanto a emenda constitucional que estabelecia o parlamentarismo
previa um plebiscito realizado em 1963, que reuniu 10 milhões de votos para o
retorno do presidencialismo.
Reforma agrária;
Reforma educacional;
Reforma eleitoral;
Reforma tributária.
63
E limitando o envio de dólares das multinacionais para o exterior, Lei de
Remessa de Lucros. Que provocou oposição de grupos políticos ligados ao
empresariado e as multinacionais e em 31 de março de 1964, explode a
rebelião dos militares contra o governo.
Governo militar.
A historiografia classifica o período de 1964-85, como regime militar (ditadura
civil-miltar), sendo o Brasil governado por cinco (05) generais: Humberto de
Alencar Castelo Branco, Artur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici,
Ernesto Geisel e João Baptista de Oliveira Figueiredo.
Retirou-se do cargo por motivo de doença e o Brasil sendo governado por uma
junta militar composta por ministros do exercito, marinha e aeronáutica por dois
meses.
“milagre econômico” a economia cresceu altas taxas anuais com uma política
de arrocho salarial.
65
lideradas por Luis Inácio Lula da Silva. E os primeiros resultados da
redemocratização foram:
Nova República.
Foi uma síntese de aspirações em torno da cidadania, em detrimento do
fracasso do modelo político-econômico do regime militar, logo marcado pela
inflação elevada, divida externa alta e dividas públicas maiores que a
arrecadação (déficit público) que acarretou insatisfação social de setores
como: partidos políticos, igrejas, entidades cientificas, estudantes,
imprensa, sindicatos e associações empresariais.
66
A Aliança Democrática elege Tancredo Neves e José Sarney como vice.
67
- Collor (1990-92) – presidente eleito em votação direta, após a
redemocratização, sendo como primeiro ato, a economia com um novo plano
para conter a hiperinflação.
68
Em 1997, o congresso aprovou uma emenda constitucional permitindo a
reeleição para chefes dos executivos, assim FHC se reelege em 1998,
enfrentando uma serie de dificuldades.
69
(Minas, Jejes e Iorubas) da África ocidental. E através de uma simbiose os
africanos sequestrados se tornam “Malungos”, ou seja, companheiro de
mesma condição.
- Religiosidade.
70
Candomblé – praticas religiosas que remonta ao sec. XIX, de oferendas
aos ancestrais com processo de iniciação dos participantes e as
principais linhagens africanas são denominados Orixás e Voduns e se
comunicam com os devotos por meio da possessão.
Calundu - Existiu nos séculos XVII-XVIII, representava a prática do
curandereirismo, adivinhação e possessão, tendo sua origem na África
centro-ocidental, Banto.
Umbanda - Sua prática vem do séc. XX, no RJ, sendo religião afro-
brasileira, a união do Candomblé, Kardecismo, Catolicismo e rituais
indígenas.
71
Um dos recursos de luta contra a escravidão no Brasil eram as fugas,
quilombos, revoltas e suicídios.
O ato de fugir poderia ter diferentes significados nas sociedades escravista, tais
como:
- Quilombos e mocambos.
72
Igualdade entre etnias nas lutas de independência.
na década de 1880 têm inicio uma grande campanha política e popular para o
fim da escravidão com os escravizados, ampliando seus espaços de autonomia
a parti da constituição de 1824, sendo os direitos civis relacionados com o fim
do tráfico negreiro e uma serie de eventos ocorrendo no Brasil e no mundo:
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- As leis emancipacionistas:
Lei do Ventre Livre ou lei Rio Branco (1871) determinava que os filhos
de mulheres escravizadas nascidos a partir desta data ficariam livres, e
a criação de um fundo de emancipação para compra de alforria e
reconhecendo o direito do escravizado de juntar dinheiro independente
da vontade de seu dono, assim rompendo as políticas de domínio.
Lei Saraiva-Cotagipe ou Sexagenário (1885) – estabelecia liberdade
aos escravizados que tivessem mais de sessenta anos de idade e
normas para libertação gradual dos cativos, mediante indenização.
Esta última lei foi elaborada pelo gabinete liberal, presidido pelo Conselheiro
Saraiva, porém, só foi aprovada no senado quando o grupo conservador,
liderado pelo Barão de Cotegipe, voltou ao poder. Demonstrando a
artimanha do Estado para retardar a abolição, entretanto a “Confederação
Abolicionista” vem enfraquecendo a legitimidade escravocrata em todo o
país a exemplo disto, ha abolição decretada em 1884 nas províncias do
Amazonas e Ceará, e em 1887 a solicitação do Marechal Deodoro da
Fonseca ao governo imperial pedindo que o Exército não fosse convocado
para “caçar” os escravos fugidos e somando-se a isso ha manifestação
pública da Igreja Católica em favor da abolição.
A elite perde sua mão de obra escravizada e para manter sua hegemonia,
importam teorias raciais criadas da Europa e Estados Unidos, que chegam
ao país na 2° metade do séc. XIX, repercutindo no status de cidadão da
exorbitante quantidade de pessoas que viveram sob a condição de
“mercadorias”, escravos, desta maneira, o período de 1870-1930 as ideias
74
eram contrárias ao “status da pureza de sangue” em voga no quartel
colonial que associava o termo “raça” a religião em uma dinâmica de
descendência, fundamentada em interpretações oriundas da Bíblia, em uma
forma de estruturação das relações entre portugueses e africanos.
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Eleição de Monteiro Lopes (1909) primeiro deputado negro.
Revolta da Chibata (1910).
Times de futebol (Cravos vermelhos, São Geraldo e Onze Galos pretos).
Grupos carnavalescos.
- Cronologia:
76
1873 - Formação da Associação Beneficente Socorro Mutuo dos
Homens de Cor, na Corte (Rio de Janeiro).
1880-1888 - Fugas em massa de escravos, principalmente nas
áreas cafeeiras do Vale do Paraíba e do oeste paulista.
1884 - Abolição nas províncias do Ceará do Amazonas.
1886-1888 - Campanha abolicionista radical em varias cidades,
envolvendo comícios, periódicos e formação de quilombos
urbanos.
1888 - Abolição da escravidão em todo território nacional.
1888-1889 - Formação da Guarda Negra e mobilização da
população negra em varias cidades contra a propaganda
republicana e os ataques a Princesa Isabel e a Monarquia.
1903-1915 - Surgem vários periódicos, especialmente nas
cidades de São Paulo e Campinas.
1924 - Surge o jornal o Clarim d'Alvorada, criado por Jayme de
Aguiar e Jose Correia Leite.
1926 - Mobilização para a construção do monumento a "Mãe
Preta".
1928 - Campanha contra o decreto do governo paulista proibindo
o ingresso dos negros na Guarda Civil de São Paulo.
1929 - Fundação do Centro Cívico Palmares.
1931 - Surge a Frente Negra Brasileira, em 16/12.
1932 - Indicados pela Frente Negra, cerca de 200 negros
ingressam na Guarda Civil de São Paulo.
1932 - Mobilização da população negra, através da Legião Negra,
para participar da Revolução Constitucionalista de São Paulo.
1932 - Fundado o Clube Negro de Cultura Social.
1933 - Surge o periódico A voz da raça, porta-voz da Frente
Negra Brasileira.
1936 - A Frente Negra Brasileira obtém o registro como partido
político.
1937 - Fechamento da Frente Negra Brasileira na ditadura
Vargas.
77
1938 - Cinquentenário da abolição.
1943 – criação da UHC.
1944 – criação do TEM.
1945-46 – realização do I e II Convenção Nacional do Negro.
1978 – criação do MNU e lançamento da Carta aberta à
população, “Por uma autentica democracia racial”.
- O conceito.
b) Dinâmica demográfica.
- A origem.
- Os descendentes.
78
Concheiros – litoral das regiões sul e sudeste há 6000 anos, habitantes
dos sambaquis.
- Os guaranis.
Caiová(Kaiowá).
Chiriguano.
Embiá(Mbyá).
Nhadeva(Ñandeva).
- Integração.
O antropólogo Darcy Ribeiro, elaborou uma divisão dos grupos indígenas com
base, no contato com a sociedade, a partir das tribos que sobreviveiro.
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Grupos em contato permanente – que conservam certos elementos da
tradição ancestral, como língua, cultura material e outros.
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Bibliografia:
Cotrim Gilberto (História Global Brasil e Geral. 2005).
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