55CBC0074

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 15

FUNDAÇÕES DE POSTES DE CONCRETO – ESTUDO DE CASO

FOUNDATIONS OF CONCRETE POLES - CASE STUDY

Crysthian Purcino Bernardes Azevedo (1); Christiano Rodrigues Valadares Meireles (2); Danilo
Souza (3); Kathleen Mary Ferreira Santana (4);

(1) Professor Doutor, Escola de Engenharia e Arquitetura FUMEC/Adonai Engenharia Ltda


(2) Arquiteto e Engenheiro Civil, Adonai Engenharia Ltda
(3) Engenheiro Civil, Adonai Engenharia Ltda
(4) Graduanda em Engenharia Civil PUC-MG, Adonai Engenharia Ltda

Resumo
Na engenharia de fundações voltada para linhas de transmissão é bastante conhecida a formulação para
engastamento de postes que prevê um comprimento de 10% da altura mais 60 centímetros. No presente
artigo será avaliado um empreendimento que não foi construído nestes critérios e foram executados com
engastamentos inferiores. Serão apresentados os problemas e as soluções de reforço adotadas, mas a
maior contribuição técnica deste artigo será o estudo dos valores reais de engastamento necessários
utilizando as formulações da metodologia de Sulzberger. Isto objetiva demonstrar que a formulação
empírica adotada na norma ABNT NBR 8451 fornece valores acima de valores encontrados utilizando
metodologias mais precisas de cálculo. Para análise de resultados reais serão verificados os cálculos de
engastamentos pela metodologia de Sulzberger comparativamente à formulação da norma para um caso de
real de uma linha de transmissão construída no interior do estado da Bahia. Com este trabalho os autores
esperam contribuir para uma nova visão da formulação a ser empregada fornecendo subsídios numéricos
para um futura revisão desta norma.

Palavras-chave: Postes; Fundações;

Abstract
In foundation engineering oriented transmission lines is well known to the formulation cantilever poles providing a
length of over 10% of the height 60 cm. In the present article shall be assessed a venture that was not built on these
criteria and were executed with engastamentos below. Will present the problems and the solutions adopted to
strengthen, but most technical contribution of this paper is the study of the actual values of cantilever using the
formulations of the necessary methodology Sulzberger. It aims to demonstrate that the empirical formulation adopted
in 8451 provides ABNT NBR values above values found using more precise methods of calculation. For analysis of
actual results will be verified by calculations engastamentos Sulzberger methodology compared to the standard
formulation for a real case of a transmission line built in the state of Bahia. With this work the authors hope to
contribute to a new vision of the formulation to be used for a numerical providing subsidies future revision of this
standard.

Keywords: Poles; Foundations;

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 1


1 Introdução

A alta competitividade entre as diversas alternativas energéticas sustentáveis implica na


necessidade de minimizar os custos de geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica. Dentro deste contexto, o aumento das distâncias entre os pontos de geração e
distribuição, aliado ao fato de que o custo das fundações de linhas de transmissão (LTs)
pode chegar a 50% do custo total das mesmas, vê-se que estes componentes têm um
papel de destaque.

A despeito da necessidade da otimização do projeto de fundações, esta se depara com


inúmeros desafios, a saber: (i) a identificação das incertezas associadas às diversas
variáveis que afetam o comportamento das fundações de LTs; (ii) consolidação de
metodologia para determinação da capacidade de carga das fundações; (iii) tratamento
adequado das incertezas que afetam o comportamento das fundações de LTs a partir dos
conceitos e métodos da confiabilidade estrutural.

As variáveis que afetam o comportamento das fundações de LTs são, dentre outras, as
propriedades mecânicas dos solos, os métodos de ensaios e análise de resultados, os
modelos de comportamento, a interação solo-estrutura, etc. Associadas a estas variáveis
existem incertezas cuja identificação é importante. Estas incertezas podem ser
classificadas como: físicas, estatísticas, de modelagem, erro humano, de avaliação,
fenomenológicas e de medição.

As normas técnicas têm evoluído no sentido de oferecer um melhor tratamento a estas


incertezas associadas às variáveis envolvidas. Tais normas vêm passando
gradativamente do formato das tensões admissíveis (métodos determinísticos) para o
método dos estados limites (métodos semi-probabilísticos). Especificamente para as
fundações de LTs não existem normas nacionais e nem internacionais. Nacionalmente, a
norma brasileira de fundações ABNT NBR 6122:2010 – Projeto e Execução de
Fundações é utilizada como base. Internacionalmente, são mais utilizados e conhecidos
dois procedimentos de projeto para LT’s: a IEC 60826:2003 - Design Criteria of Overhead
Transmission Lines em escala mundial e o ASCE Manual 74:1991 - Guidelines for
Electrical Transmission Line Structural Loading mais conhecido e aplicado na América do
Norte (EUA). Tanto o IEC 60826:2003 quanto o ASCE Manual 74:1991 consideram as
teorias de projetos de sistemas, ou seja, a LT é considerada um sistema completo em
série. Porém, estes procedimentos apresentam pouca informação relativa ao projeto de
fundações. Para fundações de postes a NBR 8451:2011 fazem menção a uma fórmula
empírica que pode às vezes estar a favor da segurança mas dependendo do contexto
(argilas muito moles, turfas) estar aquém da segurança desejada.

O objetivo principal deste trabalho é apresentar um estudo dos valores reais de


engastamento necessários utilizando as formulações da metodologia de Sulzberger. Isto
objetiva demonstrar que a formulação empírica adotada na norma ABNT NBR 8451
fornece valores acima de valores encontrados utilizando metodologias mais precisas de
ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 2
cálculo. Para análise de resultados reais serão verificados os cálculos de engastamentos
pela metodologia de Sulzberger comparativamente à formulação da norma para um caso
de real de uma linha de transmissão construída no interior do estado da Bahia.

2 Justificativa

O foco principal deste trabalho é analisar a aleatoriedade das variáveis resistência a partir
dos valores de norma e de um cálculo utilizando a metodologia de Sulzberger.

Um problema vivido na engenharia de fundações é a falta de unanimidade normativa. Não


há uma metodologia universal de projeto de fundações, pois em cada país, e até dentro
de um mesmo país, existem conceitos que não são unânimes para a comunidade técnica.
No caso específico do Brasil ainda não existe uma norma para fundações de LTs, sendo
que os parâmetros utilizados provem de uma norma que não leva em consideração as
especificidades do projeto de LTs.

A inércia da evolução deste assunto na engenharia de fundações se dá basicamente, pelo


excesso de conservadorismo, motivado pela grande responsabilidade envolvida e pelo
custo proporcionalmente baixo da fundação em relação às superestruturas. Porém,
importante destacar que para fundações de LTs isto muda, pois as fundações podem em
certos casos compor até 50% do custo total do empreendimento.

No campo da confiabilidade, a engenharia geotécnica é a que menos se desenvolveu em


relação às outras engenharias (mecânica, estrutural, aeronáutica, etc). Esta dificuldade na
evolução está vinculada à variabilidade dos sistemas e dos materiais estudados na
geotecnia. Entretanto, é nesta área que se utiliza uma variável importante na avaliação
dos ensaios in situ: a escala de flutuação, variável espacial de determinada propriedade
envolvida no projeto.

Ainda é pouca a bibliografia sobre confiabilidade em fundação. O que mais se encontra


são estudos sobre confiabilidade em fundações de edificações. Este fato é um grande
motivador para este passo inicial de pesquisa em confiabilidade de fundações de LTs.

3 O empreendimento analisado

O empreendimento em questão se trata de uma linha de transmissão de 34,5kV que faz a


transmissão da energia produzida pelos aero geradores até a subestação de 69kV da
área 1A do parque eólico da Renova, próximo ao município de Morrinhos BA.

Trata-se de uma área com presença maciça de afloramento rochoso, o que fez com que
vários postes desta linha fossem implantados com o engastamento insuficiente de acordo
com a norma brasileira (ABNT NBR 8451). (Figuras 1a e 1b)

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 3


Figuras 1a e 1b – Postes localizados em área com presença maciça de rocha

As soluções inicialmente propostas para a solução deste problema se mostraram


extremamente onerosas e pouco práticas, como a injeção de calda de cimento em pontos
adjacentes à estrutura (Figura 2).

Figura 2– Solução de injeção de calda de cimento


ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 4
Em virtude do conservadorismo predominante no setor e do desconhecimento geral das
metodologias de cálculo mais precisas, optou-se por atingir o engastamento proposto pela
norma brasileira pelo uso de método explosivo.

Para se minimizar os danos colaterais inerentes a esta proposta, o explosivo utilizado foi o
nitrato de amônio (NH4NO3), aplicado em perfurações feitas no na rocha no fundo da cava
dos postes e abafando a cava com terra. (Figuras 3a e 3b)

Figuras 3a e 3b – Preparo do material para as detonações

Apesar de se procurar minimizar ao máximo os danos colaterais, o solo adjacente a cava


ficou completamente fraturado, tornando-se incapaz de suportar os esforços gerados pelo
poste. Teve de se utilizar manilha de concreto preenchida com solo cimento na proporção
de 1:8 em volume como forma de dar estabilidade a esta estrutura. (Figuras 4a e 4b)

É de se destacar o aumento dos custos envolvidos, ocasionados pelos danos colaterais


desta solução, como acréscimo da manilha de concreto e o trabalho de compactação da
região com solo cimento, além dos riscos a segurança.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 5


Figuras 4a e 4b - Situação da cava após a detonação e utilização de manilha de concreto

A solução mais simples proposta (utilização de reforço em solo-cimento e concreto), foi


utilizada em somente um destes casos em função do trecho linha de transmissão do
parque passar por uma rede já energizada da COELBA, o que impossibilitou a descida
dos cabos deste poste. (Figuras 5, 6a e 6b)

Figuras 5 – Solução simples em solo cimento

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 6


Figuras 6a e 6b – poste reforçado com solo cimento

Para as estruturas que estavam localizadas em regiões de aterro e na passagem de


água, foram propostas outras soluções, como a construção de canaletas de drenagem e
proteção da base do poste e o encamisamento dos postes em aterro. (Figuras 7, 8, 9a e
9b).

Figuras 7 – Solução 1 para postes localizados em passagem de água

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 7


Figuras 8 – Solução 2 para postes situados em aterro (saia ou crista de talude)

Figuras 9a e 9b – soluções executadas para postes em passagem de água e aterro

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 8


4 Cálculos pela metodologia de Sulzberger
O método de Sulzberger apresenta formulações que consideram a interação
solo/estrutura em que uma parcela do momento resistente é atribuída à resistência lateral
do solo somada à estabilização promovida pela base. Assim admite-se que para
pequenos deslocamentos, o terreno se comporte elasticamente em torno do bloco nele
engastado devido ao índice de compressibilidade do terreno (coeficiente de recalque).
Também é admitida uma variação linear para o coeficiente de recalque em terrenos
uniformes em função da profundidade, sendo nulo na superfície e com aumento gradual
em profundidade.

São avaliadas as condições de deslocamento e estabilidade por meio das equações de


verificação da estabilidade que traçam correlações entre a resistência do solo e a
geometria da estrutura, bem como os esforços atuantes na seção.

Notações:

B= dimensão da base
P= profundidade do tubulão
b= face do bloco perpendicular ao esforço Z.
c= face do bloco paralelo ao esforço Z.
l= afloramento do bloco
t= profundidade da fundação
= tensão admissível
= coeficiente de compressibilidade lateral do solo
= peso específico do concreto
= resistência característica do concreto à compressão.
= resistência característica do aço à tração.
= módulo de elasticidade do concreto
= coeficiente de minoração da resistência do concreto
= coeficiente de minoração da resistência do aço
G= carga de compressão
M= momento na origem do sistema
Z = carga horizontal
X= Profundidade a partir do topo do terreno ao longo da fundação
h= Altura do poste
COB= cobrimento da armadura
FS= fator de segurança
= Momento Resistente total da formulação básica

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 9


4.2 – Equações de Verificação da Estabilidade
Deslocamentos Momentos Resistentes
Topo: Lateral:

Onde:

(eq. 4.2.1) eq. 4.2.2


Base: Base:

Onde:
(eq. 4.2.3) (eq. 4.2.4)
Momento Atuante Condições de Estabilidade

(eq. 4.2.6)
(eq. 4.2.5)
Ângulo de giro da fundação

Onde:
(eq. 4.2.7)
Pressões externas desenvolvidas ao longo da fundação

(eq. 4.2.8)

Esforços solicitantes externos


Cortante:

(eq. 4.2.9)
Momento:

(eq. 4.2.10)

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 10


4.3 – Casos geral para verificação de resistência à inclinação
O momento de reação do terreno se torna mais preciso à medida que é dividida em partes
a dimensão t, de acordo com as respectivas resistências do solo (Figura 10).

Para obter o momento resistente total, é considerado um esforço Z aplicado na estrutura


acima do solo que gera uma rotação α, conforme figura 10 a seguir. Esse esforço
promove na faixa , com distância do eixo de rotação do conjunto, um deslocamento
dado por e simultaneamente uma reação que é possivelmente calculada
através da fórmula , na qual é o coeficiente de compressibilidade lateral
do solo na faixa. Tem-se então o momento resistente . De maneira
análoga são mensurados os momentos equivalentes de cada faixa comprimida,
resultando no momento total de reação:

Figura 10 – Esquema de solicitação e reação do bloco de fundação

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 11


4.4 Verificação da resistência devido ao atrito bloco-solo:

A determinação da resistência por meio do atrito entre bloco-solo apresenta limitações, já


que a mesma é correlacionada com diversos parâmetros, como índices de
compressibilidade lateral do solo, o estado de deslocamento e coeficiente de atrito solo-
estrutura. A relação destes determina a altura do eixo de rotação (Figura 11). Caso não
haja deslocamento o eixo de rotação se situa no nível da base do bloco e se eleva à
medida que o atrito entre a base e o terreno é vencido. Para o caso do bloco de base
retangular temos o instante em que o atrito entre a base do bloco e do terreno é superado
passando então a deslocar o eixo de rotação. Esse deslocamento é dado por:

Figura 11 – Esforços de atrito e reação do solo

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 12


4.3 – Estudo de Caso

A seguir serão apresentados detalhadamente os cálculos dos engastamentos necessários


pelo método de Sulzberger para o poste 1/9 da área A1.1 e todos os resultados dos
cálculos dos engastamentos dos demais postes são apresentados na Tabela 1 –
Engastamentos segundo o Método de Sulzberger.

O terreno local é da categoria VI da metodologia e portanto, Ct = 8kgf/cm3 e Cb =


10kgf/cm³, z a 12 metros acima do solo igual a 1000kgf. O peso do poste é de 1730kgf.
Levando em consideração as cargas de cabos e demais dispositivos, 4000kgf.

Para um bloco sem alargamento de base e tg = 0,01, a expressão para Mb fica
aproximadamente Mb = (0,36 a 0,44 aG). O valor mais baixo se entende para um terreno
de baixo coeficiente de recalque, o valor mais alto para um coeficiente mais elevado. Para
o presente caso, adota-se 0,4. Com este valor pode-se calcular em primeira aproximação
o momento Mb de tais fundações, sendo:

Mb = 0,4 x 4000 x 100 = 160.000 kgf.cm


Mk = 1000 [1200] = 1.200.000 kgf.cm
Ms = Mk - Mb = 1.200.000 – 160.000 = 1.040.000 kgf.cm
ms = [1.040.000/(100 x 100)] = 104,00 kgf.m

No ábaco, a obliqua que corresponde ao coeficiente 8 kgf/cm3, a 1,80 metros de


profundidade, até sua interseção com a curva mais próxima do valor 104,00, pode-se ler a
profundidade procurado ao nível desta interseção. Portanto, em primeira interseção
teremos então t = 158 cm.

Todos os valores calculados por esta metodologia serão apresentados na Tabela 1 a


seguir.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 13


TORRE POSTE SITUAÇÃO DE
SITUAÇÃO DE PESO POSTE ENGASTAMENTO
ENGASTAMENTO
Carga ENGASTAMENTO (CARGA VERTICAL) NBR 8451 OBSERVAÇÃO
POR SULZBERGER
Sequencial Número Altura (m) Horizontal Fabricante (cm) (kgf) (cm)
(cm)
(kgf)
1 1/9 12 1000 ROCHA -57 1730 158 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
2 1/11 12 1500 ROCHA -55 1930 150 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
3 2/14 12 600 BAHIA -56 1200 141 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
4 0/4 12 600 BAHIA -56 1200 141 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
5 1/16 12 400 BAHIA -67 1200 135 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
6 2/1 12 1000 ROCHA -64 1730 158 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
7 2/2 12 1500 BAHIA -63 1500 154 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
8 2/3 12 1500 BAHIA -90 1500 154 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
9 2/4 14 1000 HITZ -76 2160 163 200 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
10 2/5 14 1000 HITZ -98 2160 163 200 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
11 2/6 12 400 BAHIA -54 1200 135 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
12 2/10 12 1500 BAHIA -63 1500 154 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
13 1/2 12 600 BAHIA -48 1200 135 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
14 0/2 12 1000 HITZ -65 1730 158 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
15 0/3 12 1000 HITZ -72 1730 158 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
16 0/4 14 1000 HITZ -50 2160 163 200 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
17 0/5 12 1500 HITZ -70 1930 150 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
18 2/5 14 1000 HITZ -51 2160 163 200 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
19 4/8 16 1000 ROCHA -50 2790 177 220 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
20 0/2 12 600 BAHIA -62 1200 135 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
Tabela 1 – Comparativo de situação de Engastamento

21 1/4 12 1500 HITZ -63 1930 150 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
22 1/7 18 1000 HITZ -69 3620 198 240 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
23 2/4 12 1000 HITZ -47 1730 158 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
24 2/6 12 1000 HITZ -48 1730 158 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444
25 2/8 12 1000 HITZ -60 1730 158 180 Recuperar conforme documento 1HBR24500194-444

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074


14
5 Sumário e conclusões
Na engenharia de fundações voltada para linhas de transmissão é bastante conhecida a
formulação para engastamento de postes que prevê um comprimento de 10% da altura
mais 60 centímetros (NBR 84151). No presente artigo foi avaliado um empreendimento
que não foi construído nestes critérios e foram executados com engastamentos inferiores.
Aqui neste trabalho foram apresentados os problemas e as soluções de reforço adotadas,
mas a maior contribuição técnica deste artigo será o estudo dos valores reais de
engastamento necessários utilizando as formulações da metodologia de Sulzberger. Isto
objetiva demonstrar que a formulação empírica adotada na norma ABNT NBR 8451
fornece valores acima de valores encontrados utilizando metodologias mais precisas de
cálculo. Para análise de resultados reais foram verificados os cálculos de engastamentos
pela metodologia de Sulzberger comparativamente à formulação da norma para um caso
de real de uma linha de transmissão construída no interior do estado da Bahia. Com este
trabalho os autores esperam ter contribuído para uma nova visão da formulação a ser
empregada fornecendo subsídios numéricos para um futura revisão desta norma.

6 Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8451: POSTES DE
CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO PARA REDES DE DISTRIBUIÇÃO E DE
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. Rio de Janeiro, 2011.

MACIEJEWISK, T.. Cálculo de fundaciones para líneas de transmisión de energia


eléctrica eon el método de Sulzberger. REVISTA ELETROTECNICA. Buenos Aires,
Argentina, 59-69, 1964.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC0074 15

Você também pode gostar