Ebook Tiposdeinvestimento Vol1

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TIPOS DE

INVESTIMENTO
VOLUME 1

APRENDA QUAIS SÃO E COMO FUNCIONAM


AS PRINCIPAIS FORMAS DE INVESTIR O
SEU DINHEIRO

TÍTULOS PÚBLICOS • CDB • FUNDOS DE INVESTIMENTO •


LCI/LCA • CARTEIRA ADMINISTRADA
O mercado financeiro é confuso e cheio de ar-
madilhas para quem está começando a aprender
sobre investimentos.

Por conta disso, é recomendado pesquisar


as características de cada tipo de investimento
como forma de auxiliar a tomada de decisão.

Neste e-book, compilamos a coletânea de arti-


gos “O que são e como funcionam”, um grande
sucesso do blog da Vérios, estando sempre entre
os mais lidos. Assim, você tem uma fonte confiá-
vel e prática de consulta sobre as características
básicas dos principais tipos de investimento.

Boa leitura!

Felipe Sotto-Maior
CEO e cofundador da Vérios

PRÓLOGO 2
Índice

Capítulos Página
1. Títulos públicos 04
2. CDBs 25
3. Fundos de investimento 43
4. LCI e LCA 60
5. Carteira administrada 73

SEÇÃO DA PAG 3
01

Títulos públicos:
o que são e como
funcionam
Os títulos públicos são ativos de renda fixa emi-
tidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida
pública nacional. Eles possuem diversas caracte-
rísticas que o investidor brasileiro adora, como a
grande previsibilidade de retorno, liquidez diária,
baixo custo, baixíssimo risco de crédito, e a solidez
de uma instituição enorme por trás.
Ainda assim, num país com 200 milhões de ha-
bitantes, dentre os quais 140 milhões possuem
contas bancárias ativas, o número de investidores
no Tesouro Direto é modesto (eram pouco mais
de 973 mil cadastrados em setembro de 2016, dos
quais cerca de 347 mil eram investidores ativos). É
uma pena, pois os títulos públicos podem propor-
cionar boa rentabilidade com excelente segurança,
mas poucas pessoas entendem como eles funcio-
nam.

200 milhões de habitantes

140 milhões bancarizados

0,97 milhão cadastrados

0,34 milhão de contas ativas

TÍTULOS PÚBLICOS 5
O que são títulos públicos

Os títulos públicos são ativos de renda fixa, ou


seja, seu rendimento pode ser dimensionado no
momento do investimento. Alguns desses títu-
los possuem baixíssima volatilidade, enquanto
outros podem apresentar oscilações de preço
ao longo do tempo. Isso porque a rentabilidade
pode ser dimensionada de várias de formas di-
ferentes, de acordo com o tipo de título, como
veremos mais adiante neste capítulo.
Os títulos públicos federais são emitidos pelo
Tesouro Nacional, que representa a disponibili-
dade financeira do governo federal brasileiro.
Ao comprar um título público, você empresta di-
nheiro para o governo brasileiro em troca do di-
reito de receber no futuro uma remuneração por
este empréstimo, ou seja, você receberá o que
emprestou mais os juros sobre esse empréstimo.
O principal caminho para investir em títulos pú-
blicos é o Tesouro Direto, o programa do Tesouro
Nacional desenvolvido em parceria com a BM&F

TÍTULOS PÚBLICOS 6
Bovespa para venda de títulos públicos federais
para pessoas físicas, por meio da internet. Em se-
tembro de 2016, os investimentos em papéis do
governo federal somavam R$ 36,6 bilhões.

TÍTULOS PÚBLICOS 7
Investimento livre de risco

Ao investir no Tesouro Direto, você opta pelo


tipo de investimento com o menor risco de cré-
dito da economia brasileira, pois os títulos públi-
cos são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.
Ou seja, não existe o risco de o emissor dos títu-
los declarar falência e não lhe pagar, como pode
ocorrer nos CDB, LCI e LCA, por exemplo1. Isso
faz com que o mercado se refira ao Tesouro Selic
(LFT) como o investimento livre de risco em nos-
sa economia.
Há, porém, outros tipos de riscos. Os títulos
prefixados e os títulos atrelados à inflação po-
dem apresentar volatilidade, enquanto os títulos
pós-fixados podem correr o risco de ficar abaixo
da inflação em alguns períodos (cenário impro-
vável para os títulos públicos, mas possível). Se
você não entender corretamente o funcionamen-

1 O prejuízo causado por uma eventual inadimplência em


CDB, LCI e LCA é reduzido quando o investimento é de até
R$ 250 mil por CPF por instituição, devido à garantia do
FGC.

TÍTULOS PÚBLICOS 8
to dos títulos públicos, pode até perder dinheiro
(clique aqui para saber mais sobre isso).
Para evitar esses riscos, o segredo é entender
exatamente como funciona cada tipo de título
público e ter consciência sobre quais são os seus
objetivos pessoais ao investir. Assim, você pode-
rá comprar os títulos adequados às suas neces-
sidades.

TÍTULOS PÚBLICOS 9
Tipos de títulos públicos

No Tesouro Direto você pode escolher entre


diversos tipos de títulos, que podem ser dividi-
dos entre dois grupos: prefixados e pós-fixados.
Prefixados são aqueles para os quais você
sabe exatamente a rentabilidade que irá receber
se mantiver o título até a data de vencimento.
Esses títulos são indicados se você acredita que
a taxa oferecida para o período (prefixada) será
maior que a Taxa Selic, a taxa de juros básica da
economia.
Por terem rentabilidade predefinida, seu ren-
dimento é nominal. Isso significa que é necessá-
rio descontar a inflação para obter o rendimento
real da aplicação.
Pós-fixados são aqueles cujo valor é corrigido
por um indexador. Assim, a rentabilidade da apli-
cação é composta pela Selic (taxa de juros) ou
por uma taxa predefinida no momento da com-
pra do título mais a variação do IPCA (índice de
inflação).

TÍTULOS PÚBLICOS 10
Antes de investir em títulos públicos, é impor-
tante entender cada tipo disponível. Por isso,
compilamos suas características, e já organiza-
mos tudo pela nova nomenclatura oficial.

TÍTULOS PÚBLICOS 11
Características dos títulos
oferecidos pelo Tesouro Direto

Tesouro prefixado (LTN)

Mantendo o título até o vencimento, você re-


ceberá mil reais para cada unidade do papel (se
você comprar uma fração de título, o recebimen-
to será proporcional ao percentual adquirido). A
diferença entre esse valor e o valor pago no mo-
mento da compra representa a rentabilidade do
título, por isso é possível saber com antecedên-
cia quanto será o ganho no período.
Caso necessite vender o título antecipada-
mente, o Tesouro Nacional pagará o seu valor
de mercado, de modo que a rentabilidade pode-
rá ser maior ou menor do que a contratada na
data da compra, dependendo do preço do título
no momento da venda. Por essa razão, recomen-
damos que você procure conciliar a data de ven-
cimento do título com o prazo desejado para o
investimento.

TÍTULOS PÚBLICOS 12
É um título adequado para uma posição de ex-
posição a juros pré-definidos.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais


(NTN-F)

A diferença em relação ao anterior é que esse


título faz pagamentos de juros ao investidor a
cada seis meses. Isso significa que o investidor
recebe, ao longo do período da aplicação, paga-
mentos semestrais que representam uma anteci-
pação da rentabilidade contratada.
Cabe destacar, adicionalmente, que há inci-
dência de imposto de renda (IR) sobre os rendi-
mentos semestrais, obedecendo a tabela regres-
siva que explicaremos abaixo. Isso faz com que
a tributação possa ficar um pouco mais salgada.
Aqui também vale o alerta para comprar títu-
los cuja data de vencimento seja compatível com
o prazo que você deseja para o investimento.
Caso necessite vender o título antecipadamente,
a rentabilidade poderá ser maior ou menor do

TÍTULOS PÚBLICOS 13
que a contratada na data da compra, dependen-
do do preço do título no momento da venda.
É um título adequado para uma posição de ex-
posição a juros pré-definidos.

Tesouro Selic (LFT)

A rentabilidade desse título é indexada à taxa


de juros básica da economia. O valor de mercado
do título possui volatilidade muito baixa, evitando
o risco de perdas no caso de venda antecipada.
Por essa razão, é considerado um título indicado
para um perfil mais conservador. É indicado tam-
bém para o investidor que não sabe exatamente
quando precisará resgatar seu investimento.
É um título adequado para uma posição de ex-
posição a juros que acompanhem a Taxa Selic.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

Esse título proporciona rentabilidade real ao


investidor, ou seja, garante o aumento do poder

TÍTULOS PÚBLICOS 14
de compra do seu dinheiro, pois o rendimento é
composto por duas parcelas: uma taxa de juros
prefixada e a variação da inflação (medida pelo
IPCA). Desse modo, independente da variação da
inflação, a rentabilidade total do título sempre
será superior a ela. A rentabilidade real, nesse
caso, é dada pela taxa de juros prefixada, contra-
tada no momento da compra do título.
Essa característica, aliada ao fato de esse títu-
lo possuir disponibilidades de vencimentos mais
longos, faz com que ele seja indicado para quem
deseja poupar para a aposentadoria, compra de
imóveis ou estudo dos filhos, dentre outros obje-
tivos de longo prazo.
O pagamento ocorre de uma só vez, na data
de vencimento do título. Caso necessite vender
o título antecipadamente, a rentabilidade pode-
rá ser maior ou menor do que a contratada na
data da compra, dependendo do preço do título
no momento da venda.
É um título adequado para uma posição de ex-
posição à inflação acrescida de um retorno real.

TÍTULOS PÚBLICOS 15
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

A diferença em relação ao anterior é que esse


título faz pagamentos de juros ao investidor a
cada seis meses. Isso significa que o investidor
recebe, ao longo do período da aplicação, paga-
mentos semestrais que representam uma anteci-
pação da rentabilidade contratada.
Cabe destacar, ainda, que há incidência de im-
posto de renda (IR) sobre os rendimentos semes-
trais, obedecendo a tabela regressiva que expli-
caremos abaixo. Isso faz com que a tributação
possa ficar um pouco mais salgada.
Aqui também vale o alerta para comprar títu-
los cuja data de vencimento seja compatível com
o prazo que você deseja para o investimento.
Caso necessite vender o título antecipadamente,
a rentabilidade poderá ser maior ou menor do
que a contratada na data da compra, dependen-
do do preço do título no momento da venda.
É um título adequado para uma posição de ex-
posição à inflação acrescida de um retorno real.

TÍTULOS PÚBLICOS 16
Liquidez dos títulos públicos

Desde março de 2015, os títulos públicos fe-


derais contam com liquidez diária. Caso o inves-
tidor não deseje aguardar o vencimento, o Te-
souro Nacional garante a recompra diária dos
títulos adquiridos no Tesouro Direto. Ou seja,
você poderá vender antecipadamente os títulos
ao Tesouro Nacional, todos os dias, a preços de
mercado.
A venda pode ser realizada pela internet, das
18h dos dias úteis às 5h do dia seguinte. Nos
fins de semana e feriados, a venda pode ocor-
rer a qualquer hora do dia. Em todos os casos, as
transações são concluídas com os preços de fe-
chamento de mercado e o pagamento da venda
ocorrerá no dia útil subsequente à venda.

TÍTULOS PÚBLICOS 17
Custos dos títulos públicos

Investir no Tesouro Direto é barato. Há basica-


mente duas taxas: uma cobrada pela BM&F Bo-
vespa, outra pela sua corretora. Sim, para inves-
tir no Tesouro Direto é necessário abrir conta em
uma corretora.
A BM&F Bovespa cobra uma taxa de custódia
de 0,30% a.a. sobre o valor dos títulos, referente
aos serviços de guarda dos títulos e às informa-
ções e movimentações dos saldos. Essa taxa é
igual em qualquer corretora.
A corretora pode pactuar as taxas diretamen-
te com seus clientes. Algumas corretoras cobram
taxas de transação (que incidem sobre os apor-
tes e resgates), mas o mais comum é cobrar ape-
nas uma taxa de administração. A taxa de admi-
nistração é um percentual do valor dos títulos,
aplicado anualmente.
De acordo com a lista no site do Tesouro Dire-
to, as taxas de administração podem variar de 0
a 2% ao ano, dependendo da corretora, do clien-

TÍTULOS PÚBLICOS 18
te e da negociação. Se você investe no Tesouro
Direto, é importante estar atento e fugir de cor-
retoras que cobram taxas elevadas. Isso é muito
importante porque, em investimentos, quanto
mais você paga, menos você tem.
Além disso, evite também as ofertas de se li-
vrar da taxa da BM&F Bovespa. Quando você
compra um título do Tesouro Direto, esse título
é registrado no serviço de custódia da BM&FBo-
vespa, chamado CBLC. O registro é feito em seu
nome, vinculado ao seu CPF. A corretora apare-
ce na CBLC apenas como a intermediária, e não
como proprietária dos títulos.
Assim, os títulos fazem parte do seu patrimô-
nio e não do patrimônio da corretora, o que lhe
dá segurança contra um eventual problema fi-
nanceiro ou fraude na corretora. Quando você
aceita uma oferta de retirar seus títulos da CBLC,
seu investimento pode ficar livre de taxas, mas
fica vulnerável a fraudes.

TÍTULOS PÚBLICOS 19
Tributação dos títulos
públicos

O Imposto de Renda (IR) incide sobre a ren-


tabilidade proporcionada pelos títulos, e seu pa-
gamento ocorre na venda, no recebimento dos
juros semestrais ou no vencimento do título.
Quanto mais tempo você mantiver o investimen-
to, menor é a alíquota de tributação, que vai de
22,5% a 15%. O investimento atinge a alíquota
mais baixa ao completar 720 dias (2 anos).
Esse incentivo para os investimentos de lon-
go prazo faz sentido para o governo, que ganha
mais previsibilidade e segurança no gerencia-
mento da dívida pública.
O investimento de curtíssimo prazo é desin-
centivado através da cobrança de IOF para apli-
cações inferiores a 30 dias.

TÍTULOS PÚBLICOS 20
Um erro comum: investir
apenas em títulos públicos

Vimos que os títulos públicos são os investi-


mentos com o menor risco de crédito no Brasil.
Por isso, muitos brasileiros sente-se seguros em
depositar todas as suas reservas financeiras em
títulos do Tesouro Direto, mas essa também não
é uma boa ideia.
Os títulos públicos permitem alguma diversifi-
cação, já que há tipos com exposições diferentes
como juros pré, juros pós e inflação. Mas essas
categorias sozinhas não são suficientes para uma
carteira verdadeiramente diversificada e prepa-
rada para enfrentar o desafio do longo prazo.
Uma poupança de longo prazo precisa de ativos
com maior potencial de valorização, com exposi-
ção à economia real, como as ações de empresas
negociadas em bolsa de valores.
A diversificação é uma regra de bolso para
qualquer decisão de investimento e deve ser
acompanhada de um processo de rebalancea-

TÍTULOS PÚBLICOS 21
mento disciplinado. A alocação somente em títu-
los públicos deixa pouca margem também para
que investidor se beneficie com o rebalancea-
mento regular da carteira.

TÍTULOS PÚBLICOS 22
Vantagens e desvantagens dos
títulos públicos

Vantagens

Segurança: é o investimento de menor risco de


crédito no Brasil e possui opções de baixíssima
volatilidadeAcesso: basta ter conta em uma cor-
retora para investir em títulos

Liquidez: os títulos são recomprados diariamen-


te pelo Tesouro Nacional

Previsibilidade: a rentabilidade é altamente pre-


visível nos títulos expostos a juros prefixados e
pós-fixados

Proteção contra a inflação: rentabilidade real


garantida acima do IPCA nos títulos expostos a
inflação

Geração de renda recorrente: os títulos com

TÍTULOS PÚBLICOS 23
pagamento semestral garantem um ganho para
o investidor mesmo em momentos adversos do
mercado

Custo: os custos de aquisição e manutenção são


muito inferiores à grande maioria dos investi-
mentos

Desvantagens

Dificuldade de escolha: as características de


cada título podem dificultar a seleção. É impor-
tante ter uma estratégia de investimento

Volatilidade do mercado: caso você resgate an-


tes do vencimento, pode pegar momentos ruins
do mercado

TÍTULOS PÚBLICOS 24
02

CDB:
o que é e como funciona
Uma das alternativas preferidas daqueles que
estão dando os primeiros passos nos investi-
mentos são os Certificados de Depósito Bancário
(CDBs), títulos de renda fixa do tipo crédito priva-
do, oferecidos por bancos.
A comodidade de aplicar pelo site do banco
onde você é correntista e resgatar os recursos
para sua conta fazem dos CDBs um destino po-
pular para investir a reserva de curto prazo2. No
entanto, se você está pensando em construir pa-
trimônio, concentrar em CDBs tem suas armadi-
lhas. Neste capítulo, você vai conhecer um pouco
mais sobre as características e funcionamento
dos CDBs enquanto opção de investimento, suas
vantagens e desvantagens.

2 No jargão da consultoria de investimentos, a reserva de


curto prazo é o dinheiro equivalente a cerca de três a seis
meses das suas despesas mensais, cujo objetivo é formar
um colchão de segurança para gastos ou situações impre-
vistas, como perda do emprego ou despesas hospitalares.
Também é conhecida como reserva para emergências.

CDB 26
Mas afinal, o que é o CDB e
como funciona

Na prática, investir em CDBs é emprestar seu


dinheiro para o banco.
Os bancos possuem operações comerciais de
empréstimos, como cheque especial, crédito di-
reto a correntistas e financiamento de automó-
veis, por exemplo. Para viabilizar essas operações
e atender aos clientes que precisam de crédito,
os bancos precisam tomar dinheiro emprestado
pagando juros.
Ao emitir CDBs, o banco funciona como um in-
termediário entre os investidores, que são uma
das fontes de captação do banco, e os tomadores
de empréstimo.

APORTE APORTE

TOMADOR DE
INVESTIDOR CDB BANCO EMPRÉSTIMO
CRÉDITO

JUROS ($) JUROS ($$$$)

CDB 27
Atualmente, o volume de investimentos em
CDBs no Brasil é de quase R$ 500 bilhões3, uma
cifra bastante expressiva.

3 Fonte: Boletim Cetip (dados de 3/9/2015)

CDB 28
Rentabilidade dos CDBs

A rentabilidade de um CDB é a taxa de juros


ou remuneração determinada na contratação do
investimento. Nesse aspecto, existem diferentes
tipos de CDBs:

CDBs pós-fixados, atrelado ao CDI

É o tipo mais comum, no qual o investidor re-


cebe um percentual da variação do CDI no perí-
odo.
Exemplo: Considere um CDB que ofereça re-
muneração de 90% do CDI ao ano. Se nesse pe-
ríodo o CDI for de 10%, a rentabilidade bruta do
CDB será de 9%. Assim, R$ 1.000 aplicados teriam
rendido R$ 90 em um ano.

CDBs indexados à inflação

São vinculados a um índice de preços, como o


IPCA, mais um acréscimo de juros prefixados. Ou

CDB 29
seja, além da manutenção do poder de compra
do seu dinheiro com a correção pela inflação, é
possível obter um ganho real no período.
Exemplo: Considere um CDB que remunere
IPCA + 4% ao ano. Se o IPCA no ano for de 5%,
uma rentabilidade bruta de 9% é esperada ao
final do período. Assim, quem investiu R$ 1.000
terá um ganho de R$ 90.

CDBs prefixados

Nesse caso, a taxa de juros é definida no mo-


mento da aplicação.
Exemplo: Considere um CDB que pague taxa
de juros de 9% ao ano (sem nenhum vínculo com
a Selic ou o CDI). Se você investir R$ 1.000 por um
ano, sua rentabilidade bruta será R$ 90.
O CDB pós-fixado é muito mais comum que
as outras modalidades, mas os bancos de varejo
frequentemente tentam vender CDBs da forma
mais vantajosa para si. Quando os juros estão
subindo, tornam-se mais frequentes as ofertas

CDB 30
do banco para vender CDB prefixado, travando a
rentabilidade em valores mais baixos; e quando
o juros estão caindo torna-se mais comum o ban-
co vender CDB pós-fixado, para poder reduzir a
remuneração do investidor junto com a queda
dos juros.

CDB 31
Liquidez

Muitos CDBs oferecem liquidez diária, ou seja,


permitem que você faça resgates em um dia útil.
No entanto, existem títulos com prazo de resgate
maior. Por isso, é importante estar atento à liqui-
dez na hora de contratar.
Se você contratar um CDB com liquidez de 90
dias e precisar resgatar antes do vencimento,
o banco pode exigir um deságio para efetuar a
operação, resultando em perda parcial ou total
da rentabilidade.

CDB 32
Custo dos CDBs

Diferentemente dos fundos de investimen-


to, que também são oferecidos pelo seu banco,
CDBs não têm taxa de administração e/ou de
performance. Isso significa que eles não têm cus-
to? Hmm, não.
Nos CDBs, o custo que você paga para investir
vem na forma de spread. Você reparou na ilus-
tração acima, em que o tomador de crédito paga
juros ao banco e o banco paga juros ao investi-
dor do CDB, certo? Talvez você também tenha re-
parado que a quantidade de cifrões é diferente.
Essa diferença não foi acidental.
De acordo com o Banco Central do Brasil4, o
spread médio cobrado pelos bancos nas opera-
ções com pessoas físicas em 2014 superava os 29
pontos percentuais.
Suponha que os bancos estavam pagando em

4 Banco Central do Brasil, Diretoria de Política Econômi-


ca, Departamento de Relacionamento com Investidores e
Estudos Especiais. Relatório “Juros e Spread Bancário – com
informações até março de 2014“

CDB 33
média 10% ao ano nos produtos de investimento.
Somar 29 pontos percentuais significa que eles
estariam cobrando mais de 39% ao ano nos pro-
dutos de crédito. Essa diferença (29 pontos per-
centuais) é o spread.
É por isso que o consultor financeiro Carl Ri-
chards diz que o investimento com a maior ren-
tabilidade geralmente é quitar suas dívidas, mas
essa é outra história.

CDB 34
Riscos e garantias dos CDBs

Como os CDBs são títulos que representam a


dívida de uma instituição financeira com o inves-
tidor, o risco mais relevante é de crédito, ou seja,
o risco de o banco quebrar. Uma boa maneira de
medir esse risco é avaliar a taxa de juros que ins-
tituição financeira promete pagar.
Os grandes bancos do varejo têm mais pene-
tração e conseguem captar dinheiro via CDBs
oferecendo rentabilidades mais modestas. Às
vezes oferecem algumas opções um pouco me-
lhores, vinculadas a prazos maiores de resgate, o
que afeta a liquidez do investimento.
Já bancos de menor porte, que não inspiram
tanta confiança, ou que estejam passando por
dificuldades financeiras, precisam pagar uma
remuneração maior para atrair o investidor. A
incerteza em relação ao investimento exige um
prêmio de risco maior.
Por isso, antes de tomar uma decisão de inves-
timento motivada pela promessa de uma renta-

CDB 35
bilidade excepcional, tente entender a situação
financeira do banco emissor.
Nessa hora você pode ter pensado: “Por que
se preocupar, se tem a garantia do FGC?”. Sim,
os CDBs são garantidos pelo Fundo Garantidor
de Créditos até o limite R$ 250 mil, por CPF e por
instituição financeira.
Mas, pense um pouco: comprar um investi-
mento arriscado, contando apenas com a garan-
tia, não parece uma estratégia muito saudável.
Além disso, a sua reserva para emergências não
deveria estar sujeita a um processo de falência
ou recuperação judicial do banco emissor, pois
esses eventos podem “travar” subitamente um
dinheiro que deveria estar sempre à sua dispo-
sição.

CDB 36
Quando aplicar em CDBs

O CDB é um produto simples de investimen-


to, adequado para investir recursos que serão
utilizados no curto prazo, como a reserva para
emergências, o valor destinado à compra de um
carro ou uma viagem no curto prazo, por exem-
plo. Entenda a diferença entre soluções simples
e sofisticadas de investimentos no artigo “Qual é
o melhor investimento hoje?”.
Se sua ideia é construir patrimônio para o lon-
go prazo tendo os CDBs como protagonistas da
sua carteira de investimentos, tenha ciência das
seguintes armadilhas:

Ausência de diversificação

Ao concentrar sua carteira com CDBs, você


deixa de aproveitar os benefícios da diversifica-
ção de investimentos.

CDB 37
Risco de concentração em crédito privado

CDBs são títulos de crédito privado, poden-


do estar sujeitos à inadimplência da instituição
emissora.

Menor rentabilidade no longo prazo

Os banco mais sólidos, onde o risco é menor,


oferecem rentabilidades muito baixas, aumen-
tando o spread bancário praticado.

CDB 38
Tributação dos CDBs

O Imposto de Renda (IR) incide sobre a renta-


bilidade do CDB por meio de alíquotas regres-
sivas, de acordo com o tempo de permanência
no investimento, conforme a tabela abaixo.

Prazo aproximado Alíquota de IR

até 6 meses 22,5%

de 6 meses a 1 ano 20%

de 1 a 2 anos 17,5%

acima de 2 anos 15%

Como o banco é responsável pela retenção


do imposto na fonte, quanto o CDB vence ou
você solicita o resgate antecipado, sua remu-
neração já é líquida de impostos. Geralmente,
o banco permite que você acompanhe o in-
vestimento sabendo o saldo bruto (antes dos
impostos) e o saldo líquido (já descontados os
impostos).

CDB 39
Se você mantiver o investimento por 30 dias
ou menos, também terá desconto de Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF) sobre seu
ganho financeiro.

CDB 40
Vantagens e desvantagens dos
CDBs

Vantagens

Conveniência: é possível fazer aportes e solicitar


resgates com facilidade pelo internet banking,
sem precisar fazer TEDs para outras contas. E,
dependendo do banco, é possível aplicar valores
bem pequenos (menos de mil reais)

Liquidez: boa parte dos CDBs disponíveis no


mercado oferecem liquidez diária. Se você preci-
sar resgatar, pode ter o dinheiro em sua conta no
mesmo dia ou no próximo dia útil

Garantia do FGC: até R$ 250 mil (principal + ju-


ros), por CPF e por instituição financeira, em caso
de quebra do banco

CDB 41
Desvantagens

Rentabilidade: bancos mais sólidos têm poder


de barganha para oferecer taxas de juros mais
baixas. Em alguns casos, cobranças extras por
resgates antecipados também podem minguar
seus ganhos

Tributação: quem mantém investimentos de


curto prazo no CDB é prejudicado pelas maiores
alíquotas de IR ao fazer resgates. Não tem como
fugir: quase todos os ativos de renda fixa fun-
cionam assim. Certifique-se de levar o imposto
em conta na hora de comparar as alternativas, e
também planeje suas necessidades de caixa para
tentar pegar as alíquotas menores

CDB 42
03

Fundos de investimento:
o que são e como
funcionam
Os fundos são um dos tipos de investimento
mais comuns no país. Em setembro de 2016, cer-
ca de R$ 3,3 trilhões estavam aplicados em fun-
dos5.
É possível que você seja um investidor de fun-
dos e, ainda assim, tenha alguma dúvida sobre
como eles funcionam. Leia este capítulo para en-
tender.

5 De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos


Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

FUNDOS 44
O que é um fundo de
investimento?

O fundo de investimento é um mecanismo que


reúne o dinheiro de diversas pessoas (chamadas
de cotistas) com o objetivo contratar um gestor
para cuidar do dinheiro ali investido. O objetivo fi-
nal dos cotistas é obter ganhos a partir da aplica-
ção no mercado financeiro.
Tecnicamente, diz-se que a figura é de um con-
domínio – e essa comparação ajuda muito a com-
preender sua estrutura. O fundo funciona de ma-
neira semelhante a um condomínio residencial,
onde cada condômino é dono de uma cota (um
apartamento) e paga a alguém (síndico ou admi-
nistrador) para administrar e coordenar as diversas
tarefas do condomínio (jardineiro, limpeza, portei-
ro, manutenção de elevadores e equipamentos de
academia, entre outros).
Assim como no condomínio residencial, o fundo
de investimento possui um regulamento, onde es-
tão estabelecidas as regras de funcionamento que

FUNDOS 45
se aplicam igualmente a todos os cotistas.
Ao comprar cotas de um determinado fundo, o
cotista aceita suas regras de funcionamento (apli-
cação, resgate, horários, custos, etc.), e passa a pa-
gar uma taxa de administração para que um admi-
nistrador coordene o funcionamento do fundo.
Graças a esta forma de investimento coletiva, é
possível aplicar em diversos tipos de produtos fi-
nanceiros, com diferentes graus de rentabilidade
e risco, sem precisar de grandes valores. E o mais
interessante: você terceiriza o trabalho de gestão
para um profissional.
Imagine morar numa casa, mas manter toda a
estrutura de um prédio: portaria 24h, piscina, jar-
dineiro, academia, elevadores, garagem, portões
automáticos. Há uma infinidade de rotinas a serem
cumpridas e problemas a serem resolvidos, e você
arcaria sozinho com o trabalho e os custos de tudo
isso. Num prédio bem administrado, você usufrui
dos benefícios sem ter tanto trabalho, e pagando
uma fração do custo, já que é tudo dividido com os
demais moradores.

FUNDOS 46
O gestor dos fundos

No fundo de investimento, os gestores são os


profissionais responsáveis por gerar rentabili-
dade e controlar o risco da carteira. Eles acom-
panham diariamente os recursos do fundo,
avaliando as opções existentes, cenários, acon-
tecimentos políticos e econômicos, e possuem
poderes para tomar decisões de investimento
com o dinheiro dos cotistas (respeitando sempre
o regulamento!).

Veja 4 itens que você deve analisar para desco-


brir bons fundos para investir

Então, quando você decide colocar dinheiro em


um fundo, o que você está fazendo é contratar o
gestor para tomar decisões a respeito de onde apli-
car o seu dinheiro, e para acompanhar diariamen-
te sua rentabilidade e risco. Por isso, a escolha do
gestor é um dos pontos mais importantes na hora
de aplicar em fundos de investimento.

FUNDOS 47
Estrutura de cotas dos fundos
de investimento

O fundo cria uma camada de separação en-


tre os cotistas (investidores) e os ativos (investi-
mentos comprados). Ao invés de comprar direta-
mente um ativo, você compra cotas do fundo, e
o fundo compra os ativos, seguindo a política de
investimento pré-definida.

FUNDOS
$
COTISTAS ATIVOS

A estrutura de cotas é bastante interessante.


É ela que possibilita que todos os cotistas de um
mesmo fundo tenham sempre a mesma rentabi-
lidade (dentro das mesmas datas), que o dinhei-
ro de um cotista não se misture com o dinheiro
de outro, e que ninguém seja prejudicado ou leve
vantagem sobre os demais cotistas.

FUNDOS 48
O número de cotas que você possui só muda
quando você investe, quando você resgata ou
quando ocorre o come-cotas. Investir equivale
a comprar cotas do fundo e resgatar equivale a
vendê-las. Durante todos os outros dias, a quan-
tidade de cotas que você possui fica estática, e o
que varia é o valor unitário das cotas. As varia-
ções de rentabilidade fazem esse valor aumentar
e diminuir, e é por isso que o seu saldo aumenta
e diminui sem mudar o número de cotas.

FUNDOS 49
Estratégia de investimento dos
fundos

Existem diversos tipos de fundos, como os que


investem em ações, em renda fixa e os multimer-
cados, por exemplo. Os aspectos estruturais de
funcionamento são os mesmos, mas cada um
tem uma diretriz de investimento própria, cha-
mada política de investimento. É essa política
que determina o tipo de investimento que você
está escolhendo.
Na prática, o investidor não precisa se preo-
cupar com as atividades do dia a dia do fundo,
apenas com a escolha do gestor e do fundo que
estejam alinhados às suas expectativas. Toda a
parte operacional fica a cargo de um grande ban-
co, inclusive o recolhimento de impostos. Porém,
é importante atentar também para os custos,
pois eles podem ter um impacto enorme na sua
rentabilidade.

FUNDOS 50
Tributação dos fundos de in-
vestimento

A tributação nos fundos de investimento é


simples. O fundo em si é isento de IR sobre os ga-
nhos que acumula, ou seja, o fundo não recolhe
IR quando vende um ativo para comprar outro. O
ganho das operações vai ficando acumulado na
valorização das cotas, e o fundo vai provisionan-
do o imposto que seria devido pelo cotista. Não
vou me alongar no tema, pois já temos um arti-
go com o panorama geral sobre a tributação nos
fundos de investimento e um artigo que detalha
o funcionamento do come-cotas. Vale a pena dar
uma olhada.

FUNDOS 51
Glossário dos fundos de
investimento

Aplicação mínima

Valor mínimo para o primeiro investimento no


fundo. Em geral, o valor mínimo exigido para a
primeira aplicação realizada no fundo é maior
que o valor mínimo para as aplicações seguintes.

Aporte

Quando o cotista investe recursos no fundo. O


cotista envia dinheiro e o fundo emite, em troca,
cotas em nome do cotista.

Benchmark

É um indicador que funciona como parâmetro


para a performance mínima do fundo. Alguns
fundos se propõem a acompanhar o CDI, outros
o Ibovespa, por exemplo.

FUNDOS 52
Come-cotas

Sistema de tributação aplicado a alguns tipos de


fundos de investimento. Clique aqui para enten-
der melhor como funciona o come-cotas.

Cotização

É o processo de troca de dinheiro por cotas ou


cotas por dinheiro. Na maioria dos fundos, a cotiza-
ção é diária, ou seja, existe apenas um valor de cota
para cada dia útil (os ETFs são um tipo de fundo
bastante diferente dos demais, e são exceção a
essa regra).

Investidor profissional

Pessoas naturais ou jurídicas que possuam in-


vestimentos financeiros em valor superior a dez
milhões de reais e declarem-se investidores profis-
sionais. Essa condição permite o acesso a investi-
mentos de ainda maior risco e/ou que requeiram

FUNDOS 53
conhecimento mais apurado do mercado6.

Investidor qualificado

Pessoas naturais ou jurídicas que possuam inves-


timentos financeiros em valor superior a um milhão
de reais e declarem-se qualificadas. Essa condição
permite o acesso a investimentos de maior risco e/
ou que requeiram conhecimento mais apurado do
mercado7.

Liquidez ou prazo de resgate

Prazo estabelecido para que os recursos solicita-


dos sejam depositados em conta. É a soma do prazo
de cotização de resgate com o prazo de liquidação de
resgate. Alguns fundos têm maior liquidez, com pra-
6 Conceito de acordo com as Instruções CVM 359 e 554,
que entram em vigor em 01/07/2015. Há outras hipóteses
de investidor profissional, que foram omitidas por não
serem relevantes para o investidor comum.
7 Conceito de acordo com as Instruções CVM 359 e 554,
que entram em vigor em 01/07/2015. Há outras hipóteses
de investidor qualificado, que foram omitidas por não se-
rem relevantes para o investidor comum.

FUNDOS 54
zos de resgate de um ou poucos dias. Outros inves-
tem os recursos em operações de prazo mais longo
e, por isso, determinam um prazo de resgate maior.

Movimentação mínima

Valor mínimo para realização de aportes e res-


gates.

Prazo de cotização

É a quantidade de dias que o fundo demora para


converter os aportes em cotas (prazo de cotização
de aporte) ou para converter cotas em dinheiro
(prazo de cotização de resgate). Geralmente é con-
tado em dias úteis.

Prazo de liquidação

É a quantidade de dias que o fundo demora, de-


pois da cotização, para depositar na conta corrente
do cotista o valor do resgate efetuado. Geralmente

FUNDOS 55
é contado em dias corridos.

Resgate

Quando o cotista retira recursos do fundo. Suas


cotas são eliminadas, e o fundo devolve dinheiro
para o cotista.

Taxa de administração

Taxa cobrada para remunerar as instituições en-


volvidas na gestão, administração e distribuição do
fundo. Normalmente é expressa na forma de um
percentual aplicado sobre o patrimônio.

Taxa de performance

Taxa cobrada para remunerar o gestor quando


o fundo apresenta bom resultado. É como se fos-
se um bônus pelo bom trabalho. Normalmente é
expressa na forma de percentual sobre os ganhos
que excederem o benchmark do fundo.

FUNDOS 56
Vantagens e desvantagens dos
fundos de investimento

Vantagens

Gestão profissional: Profissionais especializa-


dos dedicados em tempo integral à gestão dos
recursos de forma mais eficiente

Diluição de riscos e custos: Os custos operacio-


nais e administrativos são divididos entre todos
os investidores que aplicam no fundo

Alinhamento de interesses: O gestor do fun-


do é remunerado pelas taxas de administração
e performance. Apesar de não ser um modelo
perfeito, ele tem mais alinhamento aos interes-
ses do cliente que um gerente de banco ou uma
recomendação de corretora

Diversificação: Por ter valores mínimos de en-


trada geralmente baixos, fundos permitem mon-

FUNDOS 57
tar uma carteira diversificada a partir da alocação
em estratégias diversas, com diferentes níveis de
risco e retorno

Desvantagens

Custos: Para manter a estrutura operacional, há


cobrança de taxa de administração. Esse é um
dos principais pontos de atenção, já que taxas
elevadas minguam a rentabilidade de um fundo

Dificuldade de realocação: A cada realocação,


o dinheiro precisa circular pela conta corrente
do cotista, que precisa tomar uma nova decisão
(para onde enviar o dinheiro?), o que causa des-
gaste, retrabalho e custos. A aplicação mínima e
prazos de resgate dos fundos também dificultam
o processo. Isso faz com que muitos investidores
“invistam e esqueçam”, abandonando a discipli-
na de rebalancear

Cadastro: Os fundos possuem uma estrutura de

FUNDOS 58
controle rígida e são extremamente regulamen-
tados, sendo exigido um cadastro um pouco ex-
tenso e novas assinaturas a cada fundo

Falta de transparência: Apesar de todos os es-


forços do regulador, a figura ainda tem pouca
transparência. Há informações disponíveis no
site da CVM sobre as carteiras, mas não são cla-
ras e acessíveis para o investidor comum, por
isso você fica sem saber exatamente onde está
investindo

FUNDOS 59
04

LCI e LCA:
o que são e como funcionam
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Le-
tras de Crédito Imobiliário (LCI) estão entre os
produtos de investimento mais procurados pe-
los investidores brasileiros. Trata-se de títulos de
renda fixa emitidos por bancos e garantidos por
empréstimos concedidos ao setor imobiliário ou
do agronegócio.
Neste capítulo, vamos explicar o porquê dessa
popularidade recente, os riscos e garantias en-
volvidos e as vantagens e desvantagens desse
tipo de investimento.

LCI e LCA 61
A popularidade das LCI e LCA

Nos últimos três anos, o fluxo de investimen-


tos em LCI e LCA aumentou bastante. É a bola da
vez, podemos até dizer que foi o investimento da
moda no ano passado. Quatro fatores contribuí-
ram para a popularidade dessas letras:

1. Aumento da taxa de juros de 7,25% para


14,25% a.a.;
2. Isenção de Imposto de Renda (IR);
3. Elevação da garantia do Fundo Garantidor
de Créditos (FGC) de R$ 70 mil para R$ 250 mil;
4. Instabilidade do mercado.

LCI e LCA 62
Como funcionam as LCI e LCA

A compra das letras pode ser feita através de


corretoras ou bancos. O Banco do Brasil e a Caixa
Econômica Federal se destacam como grandes
emissores desses títulos, pois possuem as maio-
res carteiras de clientes do setor do agronegócio
e imobiliário do país, respectivamente.
Na teoria, funciona assim: os recursos que
você investe são captados pelas tesourarias dos
bancos emissores e emprestados a agentes do
mercado que tenham negócios no ramo imobi-
liário e no agronegócio. Porém, na prática, você
não tem como saber exatamente onde o seu di-
nheiro está lastreado.
Ao serem emitidas, as LCI e LCA devem ser
vinculadas ao CPF do investidor e registradas na
Central de Custódia e Liquidação Financeira de
Títulos (Cetip).

LCI e LCA 63
Rentabilidade das LCI e LCA

A rentabilidade das letras pode ser prefixada,


pós-fixada ou híbrida. O tipo mais comum são
as LCI e LCA pós-fixadas, indexadas ao CDI. Por
exemplo, uma LCI com prazo de 361 dias e remu-
neração de 90% do CDI.
Na modalidade prefixada, já se sabe de ante-
mão qual será o retorno ao final do período de
investimento. E na modalidade híbrida, a remu-
neração é composta por um indicador pós-fixado
(por exemplo, IPCA) acrescido de juros prefixa-
dos.
Em geral, quanto maior o prazo do investi-
mento e o volume financeiro investido, maiores
são as rentabilidades prometidas.

LCI e LCA 64
Garantias

As LCI são lastreadas por créditos imobiliários


garantidos por hipoteca ou por alienação fiduci-
ária de coisa imóvel. Elas podem contar com ga-
rantia adicional da instituição financeira, emisso-
ra do crédito. Mas não é obrigatória.
Elas poderão ser garantidas por um ou mais
créditos imobiliários, mas a soma do principal
das LCI emitidas não poderão exceder o valor to-
tal dos créditos imobiliários em poder da institui-
ção emitente.
As LCA seguem uma metodologia parecida. A
diferença é que no lugar de créditos imobiliários
estamos falando de créditos agrícolas. A emissão
delas não poderá exceder o valor total dos direi-
tos creditórios do agronegócio a eles vinculados.
Elas conferem direito de penhor sobre os direitos
creditórios e também podem contar com garantias
adicionais, livremente negociadas entre as partes.
Na prática, o investidor fica de olho mesmo é no
“colchão” de R$ 250 mil do FGC.

LCI e LCA 65
Como funciona a garantia do
FGC

Se o banco emissor da LCA ou LCI vier a ser


liquidado, por insolvência ou fraude, os inves-
tidores têm o direito de recorrer ao FGC para o
ressarcimento.
Observe que a garantia de R$ 250 mil do FGC
engloba o valor investido e a rentabilidade. As-
sim, a rentabilidade esperada, somada ao princi-
pal investido, não deve superar esse valor.
Outro ponto importante é que a garantia é por
CPF e por instituição financeira. Por exemplo, se
você tiver duas letras de crédito, cada uma no va-
lor R$ 150 mil, emitidas pela mesma instituição
financeira, você terá no mínimo R$ 50 mil não co-
bertos pelo FGC.
No site do FGC, estão disponíveis os procedi-
mentos para pagamento de investimentos ga-
rantidos. Também é possível consultar o prazo
de pagamento das garantias de bancos que fo-
ram liquidados.

LCI e LCA 66
O risco de crédito

O aumento da taxa básica de juros, que tem


por objetivo conter a inflação, acaba freando a
demanda por bens e serviços. Como a atividade
econômica já está fraca, o aumento dos juros im-
pactam diretamente no custo do dinheiro para as
empresas (inclusive agrícolas e imobiliárias) se
financiarem. Para o consumidor, fica mais caro
também, o que retrai o consumo e e a aquisição
de novos empréstimos.
Mas o investidor está feliz e satisfeito com o
aumento da rentabilidade, afinal, com o aumen-
to dos juros, ela vem melhorando de forma gra-
dativa. É aí que mora o perigo.
Os grandes bancos de varejo como Caixa e
Banco do Brasil tendem a oferecer menores re-
munerações para LCI e LCA. Isso porque a equi-
pe comercial trabalha para aumentar ao máximo
o seu spread (entenda como isso funciona neste
artigo sobre conflito de interesses).
Já nas corretoras, a briga é por centésimos de

LCI e LCA 67
rentabilidade. Pequenos bancos e instituições
financeiras brigam pelo acesso a esse capital. É
aí que mora um dos principais problemas dessa
onda das LCI e LCA: o risco de crédito das ins-
tituições emissoras dos títulos. Elas são as mais
vulneráveis em momentos de crise.
A garantia do FGC estimula a escolha pelas
rentabilidades mais altas, colocando em segun-
do plano o risco de crédito de bancos menores.
O risco de crédito acaba passando batido na
maior parte das vezes. Embora a decisão sobre
qual LCI ou LCA comprar não seja simples, a ga-
rantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) fa-
cilita esse processo: quase sempre, o investidor
acaba optando pelo investimento que oferece
maior rentabilidade.
Nunca é demais repetir: para construir seu pa-
trimônio com segurança, muito mais importante
que buscar investimentos que prometam maior
rentabilidade é diversificar seus investimentos
em diferentes classes de ativos e reduzir os cus-
tos que você paga para investir.

LCI e LCA 68
Liquidez das LCI e LCA

Uma desvantagem desse investimento é a fal-


ta de liquidez. Caso a aplicação seja resgatada
antes do prazo acordado, a rentabilidade do pe-
ríodo poderá ser perdida, dependendo das con-
dições do título.
Um exemplo: você compra uma LCA com pra-
zo de dois anos. No 14º mês, surge um imprevis-
to e você precisa resgatar o investimento. Toda
a rentabilidade acumulada no período poderá ir
para o ralo. Bom para o banco, que ficou com o
seu dinheiro esse tempo todo, sem pagar nada
de juros.
Para evitar essa situação, é importante que
sua reserva de emergências esteja aplicada em
produtos com liquidez.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) recen-
temente ampliou o prazo mínimo de emissão
das letras para 90 dias, diminuindo ainda mais as
condições de liquidez.

LCI e LCA 69
Incentivo tributário

Para pessoas físicas, os investimentos em LCA


e LCI são incentivados pelo governo: não há inci-
dência de Imposto de Renda sobre a operação.

LCI e LCA 70
Vantagens e desvantagens das
LCIs e LCAs

Vantagens

Isenção de IR: por ser um investimento incenti-


vado, não há cobrança de Imposto de Renda

Garantia do FGC até R$ 250 mil, por CPF e por


instituição financeira

Previsibilidade da rentabilidade, no caso das le-


tras prefixadas

Desvantagens

Necessidade de renovação periódica do investi-


mento

Displicência na avaliação de risco de crédito e se-


leção do ativo, pelo fato de ser um produto ga-
rantido pelo FGC

LCI e LCA 71
Sem liquidez: o resgate antecipado pode zerar
toda a rentabilidade do período

Prazo do FGC: em caso de execução da garantia,


é preciso aguardar o prazo dos trâmites do Fun-
do para recebimento

LCI e LCA 72
05

Carteira administrada:
o que é e como funciona
A carteira administrada é um serviço de gestão
de investimentos no qual você, o investidor, con-
trata um gestor para cuidar especificamente dos
seus recursos, desde a estratégia de alocação até
o rebalanceamento, passando pela escolha, com-
pra e venda de cada ativo que compõe a carteira.
É um serviço completo, em que você deixa todo o
trabalho nas mãos da equipe de gestão.
Contratar a administração de sua carteira de
investimento nada mais é do que contratar um
gestor profissional para cuidar do seu dinheiro.
Porém, você quase nunca vê a administração de
carteiras prestada na sua forma mais pura e dire-
ta, que é a carteira administrada.
Isso ocorre porque o mercado financeiro bra-
sileiro se desenvolveu em cima da venda de
produtos, como fundos de investimento (que já
embutem o serviço de gestão), CDBs, LCIs, LCAs
entre outros. Ao contrário das demais opções de
investimento que vemos no mercado, a carteira
administrada não é um produto, mas sim um ser-
viço, uma solução de investimento em que uma

CARTEIRA ADM. 74
equipe analisa o patrimônio do investidor como
um todo, não de forma fragmentada.
Isso faz também com que a maioria dos inves-
tidores enfrente certa dificuldade para entender
a carteira administrada na primeira vez que to-
mam contato com o nome, porque é difícil de
compará-la com as alternativas disponíveis.
A carteira administrada é um serviço, não um
produto:

PRODUTOS
AÇÕES FUNDOS DE
LCI CONSULTORIA
INVESTIMENTO
DEBÊNTURES
CARTEIRA
CDB CLUBES DE
TÍTULOS ADMINISTRADA
LCA INVESTIMENTO
PÚBLICOS
SERVIÇOS

O gráfico acima ajuda a entender essa dinâ-


mica. No conjunto do lado esquerdo temos pro-
dutos simples, que você compra. Do lado direito,
temos serviços prestados por especialistas, que
você contrata. No meio existem os produtos que
incluem gestão.

CARTEIRA ADM. 75
A consultoria, como vimos num artigo ante-
rior, consiste num serviço de diagnóstico e orien-
tação. Já a carteira administrada, que pode tam-
bém incluir as etapas de diagnóstico e orientação,
é principalmente um serviço de execução: o gestor
não apenas lhe diz o que fazer, ele tem sua autori-
zação para gerir os recursos em seu nome.
Do ponto de vista da estrutura jurídica do inves-
timento, a carteira administrada é semelhante a
abrir uma conta na corretora e investir sozinho. Do
ponto de vista da gestão profissional, é semelhante
a ter um fundo de investimento exclusivo.

CARTEIRA ADM. 76
Como funciona a carteira
administrada

Na prática, você precisa de três coisas para ter


uma carteira administrada:

1. Uma conta aberta em seu nome em uma


corretora, pra onde você envia os recursos;
2. Um contrato com o gestor de recursos, que
estabelece a política de investimento8;
3. Uma procuração, que geralmente vem junto
do contrato, autorizando o gestor a comprar e

8 De acordo com a nova regulamentação da CVM, que


entrará em vigor a partir de 04/01/2016, o contrato deve
conter, no mínimo:
– a política de investimentos a ser adotada;
– descrição detalhada da remuneração cobrada pelos ser-
viços;
– os riscos inerentes às operações que se pretende realizar
na carteira;
– o conteúdo e a periodicidade das informações a serem
prestadas ao cliente; e
– informações sobre outras atividades que o gestor exerça
e os potenciais conflitos de interesse – existentes entre tais
atividades e a administração da carteira administrada.

CARTEIRA ADM. 77
vender ativos na sua conta, dentro dos limites
previstos no contrato.

Em termos gerais, é uma estrutura muito pa-


recida com dos fundos de investimento. Em am-
bas, você delega a administração dos recursos a
um profissional, que deve seguir a política de in-
vestimento previamente aprovada por você.
Uma vantagem desse modelo é que, na cartei-
ra administrada, você geralmente tem acesso a
informações mais detalhadas sobre composição
da carteira, operações realizadas, custos envolvi-
dos etc.
Na carteira administrada, cada cliente tem
uma conta própria e cada ativo é comprado di-
retamente em seu nome. É como se você geren-
ciasse sua conta na corretora sozinho, mas em
vez disso você contrata um profissional para fa-
zê-lo.

CARTEIRA ADM. 78
Quais investimentos posso ter
numa carteira administrada?

Qualquer tipo de investimento que você possa


comprar sozinho pode também entrar na com-
posição da sua carteira administrada, isso só de-
pende do acordo firmado entre o gestor e o in-
vestidor.
O contrato deve prever quais ativos serão per-
mitidos e quais outros limites serão aplicáveis.
Assim, o poder do gestor está limitado a comprar
e vender ativos com o dinheiro que você decide
investir na carteira, dentro dos limites da política
de investimento estabelecida em contrato.

CARTEIRA ADM. 79
Custos

Para ter sua própria carteira administrada, o


investidor paga uma taxa de gestão contratada
diretamente com o gestor ao fechar o contrato,
podendo haver ainda taxa de performance. Além
disso, os custos com a corretora e com os ativos
correm por sua conta (custódia, corretagem, etc).
Algumas pessoas acham que isso faz com que
a carteira administrada seja mais cara, por exem-
plo, que os fundos. Na verdade, os custos com os
ativos e com a corretora também estão presen-
tes em fundos e clubes de investimento. A dife-
rença é que, na carteira, você consegue vê-los,
pois são cobrados na sua conta. A verdade é que,
dependendo das taxas de gestão e performance
cobradas e da política de investimento, qualquer
uma das duas opções pode se mostrar mais one-
rosa.

CARTEIRA ADM. 80
Liquidez

Assim como os custos, o prazo de resgate da


carteira administrada também dependerá dos
ativos que a compõem. O investidor pode con-
tratar com o gestor algumas condições que favo-
reçam a liquidez como, por exemplo, exigir que
pelo menos 50% da carteira fique em ativos que
possam ser resgatados em até 15 dias, ou não
admitir ativos com liquidez de mais de 90 dias.

CARTEIRA ADM. 81
Tributação

A cobrança de Imposto de Renda (IR) da cartei-


ra administrada não é realizada de forma global.
Cada ativo dentro da carteira é tributado indivi-
dualmente, de acordo com suas próprias regras
e alíquotas. Alguns ativos, como títulos públicos,
contam com retenção do imposto na fonte. Ou-
tros ativos podem demandar o recolhimento de
uma guia mensal de IR.
Dependendo da sua estratégia de investimen-
to, isso pode ser um problema. Por exemplo, se
você costuma girar muito a carteira (vendendo
e comprando ativos com frequência), provavel-
mente terá a cobrança de IR todos os meses; o
que se torna um fardo, pois é uma rotina buro-
crática adicional. Já se a sua estratégia é de man-
ter as posições e rebalancear apenas eventual-
mente, a guia de IR não se torna um problema
tão grande.

CARTEIRA ADM. 82
Como investir em uma carteira
administrada

Tradicionalmente, a carteira administrada era


oferecida por bancos de investimento, correto-
ras, casas de gestão e family offices como uma
ferramenta para clientes de patrimônio elevado
que queriam investir de forma personalizada e
exclusiva.
Como na maioria das situações trata-se de um
serviço de gestão totalmente manual e individu-
alizado, o acesso costuma ser restrito àqueles
que possam investir pelo menos alguns milhões
na carteira. Algumas instituições chegam a exigir
patrimônio mínimo de R$ 20 milhões e dois anos
de prazo mínimo de permanência.
A Vérios mudou essa realidade no Brasil, ofe-
recendo um serviço de carteira administrada
com de alta qualidade e baixo custo, fazendo a
gestão automatizada. Conheça.
Essa mudança começou há alguns anos nos
Estados Unidos e na Europa, onde o acesso a ser-

CARTEIRA ADM. 83
viços de carteira administrada (managed portfo-
lios) foi democratizado graças à tecnologia, que
possibilita fazer cálculos de alocação com mais
agilidade e automatizar processos operacionais
das transações.
Lá fora, esse serviço de administração de car-
teira apoiado pela tecnologia recebeu o nome de
automated investment service, e foi apelidado de
robo-advisor.

CARTEIRA ADM. 84
Vantagens e desvantagens da
carteira administrada

Vantagens

Serviço completo: a equipe de gestão não ape-


nas define a política de investimento, como tam-
bém realiza a compra e venda de ativos e o reba-
lanceamento da carteira

Transparência: você sabe exatamente em que


está investindo

Gestão profissional: a tomada de decisão de in-


vestimento fica nas mãos de um gestor de recur-
sos qualificado

Sem intermediários: os ativos da carteira são


comprados diretamente em seu nome e CPF, ao
contrário dos fundos, onde você investe em cotas

Customização: a estrutura personalizada da car-

CARTEIRA ADM. 85
teira permite políticas de investimento alinhadas
ao perfil e objetivo do investidor. No serviço de
investimento automatizado, a customização é
limitada devido ao uso de metodologias de alo-
cação otimizadas. Assim, para orientar melhor
o cliente e evitar a compra de ativos com custos
elevado, são ofertadas carteiras pré-definidas,
que variam em função do apetite do investidor
ao risco

Desvantagens

Burocracia: nem todos os ativos contam com re-


tenção de IR na fonte. Dependendo dos investi-
mentos da carteira, pode ser necessário recolher
uma guia mensal de IR

Compensação de IR: a compensação de IR en-


tre ganhos e perdas é mais restrita na carteira
administrada, pois você só consegue compensar
entre produtos do mesmo tipo

CARTEIRA ADM. 86
Perdido com tantos tipos de
investimento?

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