His05 LR
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História 5ª classe
História
5ª classe
Mensagem Mensagem
ACTUALIZAÇÃO CURRICULAR
História
5.ª Classe
FICHA TÉCNICA
Título
História – 5.ª Classe
(Actualização Curricular)
Autores
Pedro Nsiangengo (coordenador)
Rebeca Santana
Rebeca Helena
Bento Kianzowa
Vita Couveia
Revisão
Rebeca Santana
Valéria de Gouveia Leite
Bento Kianzowa
Mensagem
Edição
Mensagem
Rua 1.º Congresso do MPLA, 36
Luanda
Tel.: 222 370 990
Fax.: 222 371 020
endereço electrónico: livrariamen-
sagembsnet.co.ao
Impressão e acabamentos
Damer - Gráficas S. A.
Ano de impressão
2018
Tiragem
Direitos Reservados
EDITORIAL
1
CRA: Constituição da República de Angola
Neste sentido, os novos materiais curriculares ora apresentados, são do-
cumentos indispensáveis para a organização e gestão do processo de
ensino-aprendizagem, esperando que estejam em conformidade com os
tempos, os espaços e as lógicas dos quotidianos escolares, as neces-
sidades sociais e educativas, os contextos e a diversidade cultural da
sociedade angolana.
Ministra da Educação
ADVERTÊNCIA
O Manual de História 5.a Classe que agora se coloca nas mãos dos nossos alunos
e professores está relacionado com a implementação da Reforma Curricular. Esta
constitui uma inovação do próprio sistema: isto é programas, manuais escola-
res, guias metodológicos, cadernos de actividades, sistema de avaliação, etc. Em
resumo, implica uma rectificação de grande parte dos materiais e documentos
pedagógicos segundo as linhas mestras traçadas e a implementar.
Tendo em vista atingir os objectivos definidos pelo novo sistema de ensino do
nosso país, concretamente no que concerne à disciplina de História - relativa-
mente à qual fomos chamados a participar na elaboração dos materiais pedagó-
gicos -, continuamos assim o projecto de reformulação dos manuais de acordo
com os programas das diferentes classes, desde as iniciais até às terminais.
Porém, como sabemos, para a elaboração de um manual escolar consistente e
bem reflectido não é suficiente um ano - por vezes, esse prazo pode prolongar-se
por vários anos.
Frente às necessidades que a Reforma impõe no nosso país, apresentamos um
novo Manual de História 5.a Classe. No que respeita à metodologia adoptada
para elaboração deste Manual, procedeu-se à recolha e análise de diferentes
textos ao nosso alcance.
Como é obvio, esforçámo-nos por elaborar um Manual didáctico de acordo com
os objectivos educacionais, por um lado, e as características etárias e psicológi-
cas dos alunos angolanos deste nível, por outro lado. Isto justifica a selecção dos
temas essenciais devido à necessidade de aprofundar o conteúdo do programa e
permitir aos alunos uma boa compreensão dos factos históricos.
Tentámos redigir um livro pedagogicamente actualizado, com um estilo afável e
acessível, dotado de ilustrações agradáveis não só para os alunos da 5.a classe
como também para qualquer estudioso e amante da história.
O manual está dividido em 8 temas, de acordo com o novo programa. Por sua vez,
cada um dos temas divide-se em subtemas. As figuras são numeradas em função
de cada tema, como habitual. Assim, por exemplo, da mesma forma como temos
a figura 5 do tema 1, teremos também a figura 5 do tema 5.
O tema 8 proporciona uma panorâmica actualizada sobre a Angola de hoje.
Finalmente, colocámos ao longo de todos os temas pequenos exercícios de ava-
liação formativa que, ao nosso entender, poderão ajudar o aluno a conseguir
uma melhor compreensão e assimilação dos conteúdos.
Os autores
ACTUALIZAÇÃO CURRICULAR
História
5.ª Classe
ÍNDICE
TEMA 1. O TEMPO 14
1.1. O correr do tempo 14
1.2. História e as vida das gerações 16
1.3. Como contamos o tempo 17
1.4. Aspectos comparativos da vida da geração do aluno e
seus ascendentes mais próximos 18
GLOSSÁRIO 100
BIBLIOGRAFIA 108
TEMA 1.
O TEMPO
ESTRUTURA DO TEMA
13
TEMA 1. O TEMPO
Cada dia que passa, notamos muitas modificações nas pessoas, nas coi-
sas e na própria natureza. Por exemplo, quando tu nasceste eras um
bébé, mas agora estás grande. O mesmo acontece com o teu irmãozinho:
a cada dia que passa, está mais bonitinho, mais espertinho e deixou de
ser o “bebezinho” que chorava quando tinha fome ou sede, ou quando es-
tava molhado. Poderíamos dar-te muito mais exemplos. Todos eles com-
provariam que as pessoas, as coisas e a natureza modificam-se à medida
que o tempo vai passando.
ESCLARECER
O que é o tempo?
O tempo é meio indefinido e homogéneo no qual se desenrolam
os acontecimentos sucessivos.
Por isso, com o correr do tempo tudo muda, tudo se modifica. Por exemplo,
em Luanda, no lugar onde podes ver hoje o Largo da Independência, es-
tava o aeroporto de Angola há muitos anos atrás. Com o passar do tempo,
foram construídos naquela zona várias edifícios públicos, como escolas,
Ministérios (o da Agricultura, o dos Antigo Combatentes, o da Educação, o
da Cultura, o da Juventude e Desportos e o das Relações Exteriores), as
sedes da Rádio Nacional e da T.P.A. e o quartel dos bombeiros.
14
1. 1. O correr do tempo
Quando vim morar em Luanda com os meus pais em 1926, eu tinha 5 anos.
Vivíamos nas barrocas da Maianga. Em 1926 não havia ainda ruas feitas,
havia alguns caminhos por onde as pessoas passavam e algumas ruas co-
meçaram a fazer-se. As casas eram todas de zinco e de madeira.
O bairro que hoje se chama Maculusso, era um antigo cemitério dos afri-
canos (angolanos), que os portugueses partiram e construíram o bairro
Maculusso.
? VÊ SE SABES...
1. Porque chamam a esse lugar Largo da Independência?
2. Porque chamam a esse bairro de Maculusso?
3. Como podemos saber como era o bairro Maculusso há alguns anos
atrás?
4. Na tua localidade conheces algum lugar que passou por várias modifi-
cações? Conta-nos.
15
1.2. A história e a vida das gerações
Todos nós temos uma história que pode ser conhecida e contada. Muitas
pessoas viveram factos que hoje te podem contar. Os nossos pais, assim
como todos os nossos familiares mais velhos do que nós, podem contarnos
como era a vida anos atrás, no tempo colonial. Nesse tempo ainda não
tinhas nascido. Era um tempo em que as crianças angolanas não tinham
quase direitos nenhuns: não havia ainda muitas escolas, hospitais e esses
serviços, não eram acessíveis à maior parte das crianças angolanas.
Na figura à tua direita podes ver uma senhora muito idosa, com muitas
rugas e o cabelo branco. Estas são as marcas do tempo que já viveu. Ela
nasceu antes de ti, dos teus pais, e até dos teus avós. Pode dizer-se que
pertence à geração dos teus bisavós. Mas a essa senhora muito velha da
fotografia, desde que nasceu até agora, aconteceram muitas coisas. Ela
mesma passou por várias modificações. Como ela já viveu muitos anos,
sabe muito sobre o tempo passado. Por isso, poderá contar-te muitas
coisas interessantes sobre a sua vida, a dos teus país e até a dos teus
avós. Esta é a tua história.
Fig. 4 Uma senhora
muito idosa.
16
1.3. Como contamos o tempo
Porém, como esses processos são pouco rigorosos, a maior parte dos
povos têm como ponto de referência o nascimento de Jesus Cristo (os
Árabes têm como ponto de referência a fuga de Maomé de Meca para
Medina em, 622 d.C.). A partir daí, datamos os acontecimentos dizendo
se ocorreram antes de Cristo ou depois de Cristo, e há quantos anos ou
há quantos séculos.
17
1.4. Aspectos comparativos da vida da geração
do aluno e seus ascendentes mais próximos
Mas se vives numa aldeia ou numa vila podes observar que existe uma
grande diferença entre elas e as grandes cidades. O movimento nas es-
tradas, caso a aldeia ou a vila esteja situada perto de uma, não é tão
intenso. Passam automóveis, camiões, motorizadas e bicicletas. Por todo
lado as pessoas escutam as notícias, a música e os relatos de futebol em
rádios de pilhas.
18
1.4. Aspectos comparativos da vida da geração
do aluno e seus ascendentes mais próximos
Fig. 7 Uma escola missionária no Chibuto. Fig.8 Trabalho nas minas de diamantes
(Lunda Norte).
19
1.4. Aspectos comparativos da vida da geração
do aluno e seus ascendentes mais próximos
Muitas pessoas perdiam os braços nas máquinas de algodão e de sisal. Regava-se o sisal,
batia-se na máquina e puxava-se. Se não se puxasse com força e rapidez o sisal, o braço
entrava com ele e cortava-se. Todo esse trabalho era feito com muita violência, pois era
vigiado por um capataz que batia muito. As pessoas estavam cansadas destas coisas.
Muita gente fugia para os países vizinhos: para República Democrático do Congo, ex-
Congo Leopoldville, República do Congo, ex-Congo Brazzaville, para a Zâmbia, en-
tãoRodésia do Norte, Zimbabwe, ex-Rodésia do Sul e Namibia, ex- Sudoeste Africano.
20
1.4. Aspectos comparativos da vida da geração
do aluno e seus ascendentes mais próximos
21
1.4. Aspectos comparativos da vida da geração
do aluno e seus ascendentes mais próximos
Para quem trabalhava nas fábricas, a vida era também muito difícil. Os
operários angolanos recebiam salários mais baixos do que os operários
portugueses, mesmo quando faziam as mesmas tarefas.
Durante o tempo colonial, muitos Fig. 14 Casa de fazendeiro, numa fazenda de co-
angolanos foram obrigados a dei- lonos em Angola
xar o país e ir para terras longín-
quas. Isto acontecia aos angola-
nos que cometiam delitos ou que
se recusavam a pagar impostos.
22
1.4. Aspectos comparativos da vida da geração
do aluno e seus ascendentes mais próximos
Com o tempo tudo foi melhorando, e muito do conforto com que vivemos
hoje deve-se a todas as maravilhas que a inteligência dos seres humanos
foi criando ao longo dos tempos.
? VÊ SE SABES...
23
24
TEMA 2.
A VIDA NO PASSADO E
NO PRESENTE
ESTRUTURA DO TEMA
2.1. A habitação
2.2. A alimentação
2.3. O vestuário
2.4. As comunicações
2.5. Os transportes
25
TEMA 2. A VIDA NO PASSADO E NO PRESENTE
2.1. Habitação
Como podes observar nas gravuras acima, existem vários tipos de habi-
tação no nosso país, e os materiais utilizados na sua construção variam
segundo a região e as condições existentes.
26
2.1. A habitação
Fig. 4 Casas de madeira Fig. 5 Casas de blocos e tijolos Fig. 6 Casas de betão e aço
? VÊ SE SABES...
Repara que não foi só a tua aldeia, bairro ou casa que sofreu alterações,
mas também outras localidades se modificaram no decorrer dos anos.
Pequenas vilas tornaram-se grandes cidades, outras tornaram-se gran-
des centros industriais. Hoje, nas cidades do nosso país (como Luanda,
Benguela, Huambo, Huíla e muitas outras) encontramos grandes prédios
e vivendas confortáveis. Nas zonas rurais ainda existem casas de adobe,
pau-a-pique e capim.
Nas figuras seguintes, podes ver como uma cidade pode mudar muito
com o passar do tempo.
Fig.7 A cidade de Luanda no século XIX. Fig.8 Nova vista da cidade de Luanda.
27
2.1. A habitação
2.2. A alimentação
28
2.2. A alimentação
mente produzido pela fricção de duas pedras, era conservado com muito
cuidado para que não se apagasse, pois era muito difícil obtê-lo. Muitas
vezes havia guerras entre tribos ou povos para a obtenção do fogo, pois
foi uma das maiores descobertas dos homens.
29
2.3. O vestuário
30
2.4. As comunicações
31
2.4. As comunicações
32
2.5. Os transportes
Os transportes terrestres
33
2.5. Os Transportes
Os transportes aquáticos
34
2.5. Os transportes
Fig.37 Um veleiro do final dos anos 1800. Fig.38 Um moderno barco de passageiros.
Os transportes aéreos
35
36
TEMA 3.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA
NOSSA LOCALIDADE
ESTRUTURA DO TEMA
37
TEMA 3. ASPECTOS HISTÓRICOS DA NOSSA LOCALIDADE
38
3.1. Monumentos e sítios
39
3.1. Monumentos e sítios
? VÊ SE SABES...
41
3.3. As vias de comunicação
Como a deslocação de um
local para o outro foi sempre
uma necessidade que o ho-
mem teve desde tempos re-
Fig. 14 Um atalho, ou picada.
motos, isso levou o homem a
abrir as vias de comunicação
nos lugares onde circulava em
benefício do seu bem-estar.
42
3.3. As vias de comunicação
43
3.3. As vias de comunicação
Fig. 22 O Caminho-de-Ferro
de Benguela.
44
3.4. Aspectos culturais da localidade
Porém, os nomes próprios (nomes das localidades, dos rios, das flores-
tas, das montanhas, dos sítios históricos e até das pessoas) têm um sig-
nificado por vezes difícil de explicar.
45
3.4. Aspectos culturais da localidade
Todos acreditavam que ele teria morrido durante o período turbulento que se seguiu à
independência do país. Era uma ilusão.
Passados três dias essa pessoa encontrou a freguesia de Mamarosa, e por sorte também
encontrou o senhor Amadeu da Graça, antigo dono da fazenda em Angola, ainda vivo.
Três dias depois o senhor Amadeu convidou essas pessoas para a casa dele e explicou-lhes
a origem do nome de Mamarosa de Angola, que, na verdade, não era de uma SEREIA
como o povo contava, mas o nome da freguesia portuguesa de onde tinham vindo os
fundadores dessa fazenda em Angola.
Fonte: P Nsiangengo
46
3.4. Aspectos culturais da localidade
? VÊ SE SABES...
As lendas e tradições
SABIAS QUE...
47
3.4. Aspectos culturais da localidade
A tradição oral foi sempre uma grande riqueza cultural. É uma cultura
verdadeira que abrange todos os aspectos da vida dos angolanos. As
lendas africanas têm uma grande importância cultural.
As principais línguas
As actividades
Já reparaste que cada região tem a sua importância cultural? Isto obser-
va-se através das suas actividades diárias.
48
3.4. Aspectos culturais da localidade
49
50
TEMA 4.
ESTRUTURA DO TEMA
51
TEMA 4. ANGOLA HÁ MUITOS, MUITOS ANOS
• Os Pigmeus
• Os Khoissan
• Os Vátuas e Kuisses
SABIAS QUE...
ESCLARECER...
52
4.1. Os primeiros habitante do actual território angolano
? VÊ SE SABES...
53
4.2. A chegada dos Bantu e a ocupação dos territórios actuais
4.2.1. Migrações
SABIAS QUE...
54
4.2. A chegada dos Bantu e a ocupação dos territórios actuais
55
4.2. A chegada dos Bantu e a ocupação dos territórios actuais
56
4.2. A chegada dos Bantu e a ocupação dos territórios actuais
57
4.2. A chegada dos Bantu e a ocupação dos territórios actuais
Cada uma das etnias referidas falava a sua língua materna, como
o Kimbundu, o Kikongo, o Nganguela, o Côkwe, o Cuanhama ou o
Oshiwambo.
? VÊ SE SABES ...
58
4.3. Os primeiros reinos
SABIAS QUE...
59
4.3. Os primeiros reinos
A agricultura e o artesanato
O comércio
60
4.3. Os primeiros reinos
As classes sociais
61
4.3. Os primeiros reinos
ESCLARECER ...
Além dessas seis províncias, havia reinos vizinhos tributários que paga-
vam impostos ao rei do Kongo. Os principais eram Ngola e Matamba, a
sul, e os reinos de Loango, Ngoyo e Kakongo, a norte.
62
4.3. Os primeiros reinos
A decadência do Reino do
Kongo começou depois da
Batalha de Ambuíla, em 1665,
altura em que o rei do Kongo,
Vita-a-Nkanga (Mani Mulaza),
conhecido por Dom Antônio I,
foi vencido pelos Portugueses,
já no período colonial.
63
4.3. Os primeiros reinos
? VÊ SE SABES ...
64
4.3. Os primeiros reinos
A agricultura e o artesanato
Os artesãos fabricavam
armas, cerâmica e outros
utensílios necessários à
vida das comunidades.
Fig. 25 Mulheres realizando trabalhos agrícolas.
65
4.3. Os primeiros reinos
? VÊ SE SABES ...
66
67
68
TEMA 5.
ESTRUTURA DO TEMA
69
TEMA 5. ANGOLA NA ERA DO TRÁFICO ESCRAVOS
Fig. 1 Mapa do mundo com as principais rotas comerciais do período entre 1600-1700.
70
5.1. A expansão marítima portuguesa
71
5.1. A expansão marítima portuguesa
72
5.1. A expansão marítima portuguesa
73
5.1. A expansão marítima portuguesa
Fig. 6 Gravura do interior de um barco negreiro, no qual eram transportados os escravos para a América.
74
5.1. A expansão marítima portuguesa
Fig.7
Escravos
africanos
trabalhando
num engenho
de açúcar
nas Antilhas
Francesas, em
meados dos
anos de 1600.
Fig.8
Mapa de 1640,
mostrando a
capitania de
Pemambuco
(Brasil) e os
escravos de
uma plantação
de açúcar.
75
5.1. A expansão marítima portuguesa
ESCLARECER
Fig. 9 Mapa mostrando como se desenrolava o comércio triangular entre a África, a América e a
Europa.
76
5.1. A expansão marítima portuguesa
• Consequências políticas
• Consequências económicas
• Consequências sociais
? ESCLARECER
77
5.2. A expansão progressiva dos portuguesa ao longo da costa
78
5.2. A expansão progressiva dos portuguesa ao longo da costa
79
80
TEMA 6.
A OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO
ESTRUTURA DO TEMA
81
TEMA 6. A OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO
Foi através desses fortes que os portugueses criaram uma linha ofensiva
e defensiva para as guerras de kuata-kuata e para o tráfico de escravos.
Portanto, o poder colonial exercia-se a partir dos presídios e dos fortes,
mas de uma forma instável, conforme os avanços e recuos da resistência.
82
6.1. As campanhas de ocupação efectiva
• a norte, até ao rio Mbridje, este limite estava oficialmente fixado pelos
Portugueses, embora algumas baías, como as de Ambriz e Ambrizete, e
a zona dos Dembos ainda não estivessem ocupadas pelas autoridades
portuguesas.
• a sul, o limite estava próximo do Tômbua (ex-Porto Alexandre).
• as fronteiras do Reino de Benguela iam desde o Planalto Central até
onde começava o estado de Kassanje e aos confins do Reino de Humbe.
83
6.1. As campanhas de ocupação efectiva
Até ao início dos anos de 1900, Portugal não tinha conseguido ainda ocu-
par efectivamente algumas regiões de Angola, em virtude da resistência
que as sociedades tradicionais ofereciam aos colonialistas.
84
6.2. A resistência à ocupação colonial
85
6.2. A resistência à ocupação colonial
86
6.2. A resistência à ocupação colonial
A partir desta data, Angola ficou sob o jugo colonial português até 11 de
Novembro de 1975, altura em que foi proclamada a independência.
87
6.2. A resistência à ocupação colonial
88
6.2. A resistência à ocupação colonial
89
6.2. A resistência à ocupação colonial
90
6.2. A resistência à ocupação colonial
91
6.2. A resistência à ocupação colonial
Fig. 10 A Fábrica de Tabacos Ultramarina, construída nos primeiros anos de 1900, em Luanda.
Foi criada uma taxa, ou imposto de trabalho, que servia para dar dinheiro
ao governo colonial, dificultando cada vez mais a vida dos camponeses e
92
6.2. A resistência à ocupação colonial
93
6.2. A resistência à ocupação colonial
94
6.2. A resistência à ocupação colonial
95
6.3. Manifestações contra as medidas da administração colonial
A razão principal foi sobretudo a falta de unidade, que deu origem à di-
visão das forças de resistência e, consequentemente, à dominação total
dos povos destes reinos e das sociedades tradicionais, que ficaram sob o
jugo e a exploração estrangeira. Porém, as experiências dos seus ante-
passados e de outros povos permitiram-lhes o emprego de novas tácticas
que conduziram à libertação da sua terra do jugo colonial.
A terceira razão foi a ambição pelo poder. Alguns dirigentes africanos, de-
sejosos de manter o poder, não se importaram de servir de intermediários
das intrigas fomentadas pelos Portugueses, uma vez que estes os ajuda-
riam a manter-se ou a conquistar o trono.
96
6.3. Manifestações contra as medidas da administração colonial
? VÊ SE SABES ...
97
98
TEMA 7.
ESTRUTURA DO TEMA
movimentos de libertação
7.3. A luta de libertação nacional
99
TEMA 7. A LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL
100
7.1 O desenvolvimento do nacionalismo
As associações culturais
101
7.1 O desenvolvimento do nacionalismo
102
7.2. As primeiras organizações nacionalistas,
e mais tarde movimentos de libertação
Fig. 5 Holden Roberto (de casaco claro) e outros dirigentes da UPA, em 1961.
103
7.2. As primeiras organizações nacionalistas,
e mais tarde movimentos de libertação
O Manifesto.
104
7.3. A luta armada de libertação nacional
Fig.8 Os líderes dos três principais Movimentos de Libertação Nacional de Angola (da esquerda
para a direita): Agostinho Neto (MPLA), Holden Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA).
Antecedentes
Baixa de Kassanje
105
7.3. A luta armada de libertação nacional
4 de Fevereiro de 1961
106
7.3. A luta armada de libertação nacional
107
7.3. A luta armada de libertação nacional
É neste contexto que Tomás Ferreira, coadjuvado por vários jovens che-
gados a Leopoldville, entre eles o destacado José Mendes de Carvalho
(Hoji-ya-Henda), iniciam clandestinamente a formação de um pequeno
grupo com o objectivo de darem continuidade à luta armada iniciada a 4
de Fevereiro. O MPLA envia grupos de militantes para Marrocos, Argé-
lia, Ghana e Checoslováquia, onde receberam formação militar. No seu
regresso, o MPLA opta pela constituição da orqanlzação militar que se
designou como Exército Popular de Libertação de Angola (EPLA).
108
7.3. A luta armada de libertação nacional
109
7.3. A luta armada de libertação nacional
O 25 de Abril de 1974
Por outro lado, a guerra provocava muitas despesas, isto é, muitos gastos
de dinheiro. Além disso, a guerra criava um mal-estar geral em Portugal,
cujos filhos morriam em Angola e cuja economia estava a suportar os es-
forços de guerra, criando sérias dificuldades ao povo.
110
7.3. A luta armada de libertação nacional
O 11 de Novembro de 1975
Para que fosse possível tão importante marco, muitos sacrifícios tiveram
que ser consentidos por milhares de filhos de Angola, que de Cabinda ao
Cunene e do Leste ao mar souberam interpretar os anseios mais profun-
dos e legítimos de todo um povo na luta pela dignidade e reconquista da
sua identidade cultural e política.
111
7.3. A luta armada de libertação nacional
Por isso, a luta de todo o povo angolano foi coroada por essa vitória de
elevado significado histórico, obtida a 11 de Novembro de 1975 com o
hastear da Bandeira Nacional no actual Largo da Independência, em
Luanda, perante a emoção e alegria de milhares de homens, mulheres
e crianças e o respeito e admiração das forças democráticas de todo
o mundo.
Fig. 16 A Bandeira Nacional a ser hasteada no Fig. 17 Dr. António Agostinho Neto, o primeiro
Largo da Independência. em 1975. Presidente da República de Angola.
112
7.3. A luta armada de libertação nacional
? VÊ SE SABES ...
113
114
Monumento ao Dr. António Agostinho Neto, na Praça da Independência - Luanda
TEMA 8.
AS CONQUISTA DA
INDEPENDÊNCIA
ESTRUTURA DO TEMA
8.1. O País
8.1.1. O território
8.1.2. O governo
8.1.3. Os símbolos
8.3.1. Agropecuária
8.3.2. Indústria
8.3.3. Outros sectores da economia
115
TEMA 8. AS CONQUISTAS DA INDEPENDÊNCIA
8.1. O País
8.1.1. O território
116
8.1. O País
Angola possui uma superfície de 1 246 700 km2. A extensão da sua fron-
teira terrestre é de 2500 km, e a linha costeira com o oceano Atlântico é
de 1600 km. O território está dividido administrativamente em 18 provín-
cias, que são:
117
8.1. O País
8.1.2. O governo
2 Ministério do Interior
118
8.1. O País
9 Ministério da Indústria
19 Ministério da Educação
20 Ministério da Saúde
23 Ministério da Cultura
27 Ministério do Comércio
28 Ministério do Ambiente
119
8.1. O País
8.1.3. Os símbolos
120
8.1. O País
121
8.1. O País
Angola Avante
Angola, avante
Revolução, pelo poder popular
Pátria unida, liberdade,
Um só povo, uma nação
Angola, avante
Revolução, pelo poder popular
Pátria unida, liberdade,
Um só povo, uma só nação.
Angola, avante
Revolução, pelo poder popular
Pátria unida, liberdade,
Um só povo, uma só nação.
ESCREVER
Escreve e canta o Hino Nacional de Angola
122
8.1. O País
? VÊ SE SABES ...
? VÊ SE SABES ...
123
8.1. O País
124
8.1. O País
Nota de 100 Kwanzas (frente e verso). Nota de 200 Kwanzas (frente e verso).
Nota de 100 Kwanzas (frente e verso). Nota de 1000 Kwanzas (frente e verso).
125
8.2. Cultura e desporto
126
8.2. Cultura e desporto
O prato típico dos angolanos no Norte, Este e Sul é o funge, que pode ser
de fuba de bombó ou de milho.
127
8.2. Cultura e desporto
128
8.3. Economia
8.3.1. Agropecuária
129
8.3. Economia
130
8.3. Economia
131
8.3. Economia
8.3.2. Indústria
Indústria extractiva
Actualmente, nas províncias das Lundas Norte e Sul, Malange e Bié ex-
ploram-se os diamantes. Na Huila e no Namibe, o granito preto e cin-
zento, mármore e outras rochas de embelezamento. Em Cabinda, Luan-
da e Zaire explora-se o petróleo. Também existem algumas pedreiras
em Luanda,Bengo, Benguela, Cabinda e Huila. Todas estas indústrias
contribuem para o desenvolvimento do país.
Indústria transformadora
132
8.3. Economia
• indústria alimentar;
• indústria têxtil e de confecções;
• indústria de bebidas;
• indústria de tabaco;
• indústria química;
• indústria de mobiliário metálico e
em madeira;
• indústria de materiais de cons-
trução e de instrumentos de trabalho
agrícola;
• indústria de montagem de meios
de transporte;
• indústria de construção civil e
naval
Fig.24 Fábrica da Cimangola, uma empresa de-
dicada à produção de cimento.
Nos últimos anos, com o fim da guerra civil, a política do Governo tem
estado ligada a projectos de desenvolvimento económico, como a
133
8.3. Economia
134
8.3. Economia
ANGOLA HOJE
V
Localização geográfica: África Austral
Área: 1 246 700 km 2
População: 25 000 000 habitantes
Capital: Luanda
Língua oficial: Portuguesa
Religião: Várias
VÊ SE SABES
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136
GLOSSÁRIO
BIBLIOGRAFIA
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GLOSSÁRIO
Angariador
Recrutador; pessoa que adquire algo.
Bandeira
Emblema que serve de distintivo a uma nação.
Bantu
Plural de “muntu”, que significa “homem”.
Causa
Motivo, razão, origem.
Colónia
Território ocupado e povoado por uma nação, situado geralmente
noutro continente.
Colonização
Estabelecer colónias; dominar ou subjugar outro povo.
Comércio triangular
Comércio marítimo que se fazia entre os três continentes: África,
América e Europa, assim designado por tomar num mapa a forma
de um triângulo.
Conferência
Reunião organizada para se tratar de assuntos particulares ou
públicos.
Consequência
Resultado natural, provável ou forçoso de um facto; efeito.
Cultura
Conjunto de costumes e tradições de um povo.
Desenvolvimento
Acto ou efeito de desenvolver; progresso; cultura intelectual.
Desporto
Exercício fisico regulado por normas mais ou menos definidas,
praticado individualmente ou em grupo.
138
Divisão Administrativa
Repartição de administração de um governo.
Escravatura
Comércio de escravos; escravidão.
Escravo
Pessoa que está sob a dependência absoluta de um senhor,
servo, cativo.
Expansão
Acto ou efeito de se expandir, alargamento, difusão.
Forte
Obra de fortificação; fortaleza; castelo.
Golpe de Estado
Acto de força pelo qual um governo é derrubado e substituído.
Governo
Acto ou efeito de governar; poder executivo, administração,
regime.
Hino Nacional
Canto de louvor a uma pátria.
Independência
Liberdade; autonomia.
Insígnia
Sinal distintivo de dignidade de função ou de nobreza, emblema,
medalha.
Instalação
Estabelecer-se, alojar-se, ir morar para. •
Instituição
Estabelecimento de utilidade pública; organização, fundação.
139
Invasão
Acto ou efeito de invadir; ocupar por meio de força;
entrar hostilmente.
Libertação Nacional
Tornar livre um determinado território; autonomizar.
Manifesto
Declaração pública em que se expõem os motivos que levaram à
prática de certos actos que interessam a uma colectividade.
MIA
Movimento pela Independência de Angola (1957).
Migração
Deslocação de um grupo ou grande multidão de um país
para outro.
MINA
Movimento para a Independência Nacional de Angola (1953).
Nação
Conjunto de indivíduos unidos por uma consciência
histórica, linguística e cultural comum.
Nacionalismo
Patriotismo; doutrina política que faz da nação um absoluto.
Nobreza
Fidalguia herdada ou doada pelo soberano; classe dos nobres.
Ocupação
Acta ou efeito de ocupar, posse.
Opressão cultural
Oprimir os hábitos e costumes que contribuem para a herança
social de um determinado povo, de uma comunidade.
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País
Território, Estado, Nação.
Penetração
Chegar ao interior, entrar, introduzir-se, ter ingerência.
PLUA
Partido de Luta Unida de Angola (1956).
Pombeiro
Aquele que atravessa os sertões negociando com os nativos.
Pré-colonial
Anterior à colonização.
Presídio
Guarnição de uma praça de guerra; prisão militar, reclusão
de criminosos.
Racismo
Doutrina que afirma a superioridade de determinadas raças e
assenta na alegada superioridade e direito de dominar ou
suprimir as outras.
Reino
Estado que tem um rei como soberano.
Repressão
Suster a acção; violentar, oprimir, castigar.
Resistência
Força com que um povo reage contra a acção do outro; reacção,
oposição, defesa.
Revolta
Rebelião contra a autoridade estabelecida; sublevação;
insurreição; levantamento; motim; sentimento de indignação.
141
Símbolo
Sinal representativo; emblema; imagem ou objecto material que
representa uma realidade visível.
Sistema político
Forma de um governo.
Território
Grande extensão de terra; área correspondente a uma
determinada jurisdição.
Tráfico
Troca de mercadorias, comércio, negócio.
Tumbu
Conjunto de aldeias (sanzalas).
Verme
Animal invertebrado, mole, geralmente formado por anéis e
semelhante a uma minhoca.
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BIBLIOGRAFIA
AFRONTAMENTOS - História de Angola, Porto Educação, s/d.
143
MED - História - 8.a classe, 1.° volume, 1976.
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