11/12/2020 SEI/UFAC - 0160090 - Minuta de Resolução

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

MINUTA DE RESOLUÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 03, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2020 – Cap/UFAC

Dispõe sobre o sistema de avaliação no Colégio de Aplicação da UFAC

durante o período de aulas em caráter remoto emergencial.

O presidente do Conselho Escolar do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Acre – UFAC, no uso
de suas atribuições legais e de conformidade com a LDB 9394/96, e legislação em vigor, e considerando as
especificações estabelecidas nas Normativas para o Ensino Remoto Emergencial no âmbito do Ensino Básico,
do Cap/UFAC, durante a suspensão das atividades letivas presenciais em virtude da pandemia do Covid-19,
com decisão tomada em 09 de dezembro de 2020.

RESOLVE:

DA AVALIAÇÃO ESCOLAR DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DURANTE O ENSINO

REMOTO EMERGENCIAL (ERE)

CAPÍTULO I

DA AVALIAÇÃO ESCOLAR

Art.1º. A avaliação escolar deve ser entendida como um processo contínuo de obtenção de dados, informações,
análise e interpretação dos resultados das ações de ensino e aprendizagem, considerando as peculiaridades e
especificidades da disciplina, o tempo e as circunstâncias de aprendizagem dos alunos, em virtude da conjuntura
de implantação e desenvolvimento do ERE no CAp.

§1º Durante o ERE o processo avaliativo dos discentes da Educação Básica do CAp deverá priorizar as
peculiaridades de cada disciplina, as especificidades dos conteúdos, a demanda e o tempo de aprendizagem dos
discentes.

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§2º Levando em consideração o longo período de afastamento das atividades de ensino, cabe ao docente
escolher os instrumentos avaliativos adequados e tempo pertinente à avaliação.

CAPÍTULO II

DA VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR

Art.2º. A verificação do rendimento escolar levará em consideração durante o período do ERE a integração de
um processo avaliativo contínuo, que articule as dimensões diagnóstica, cumulativa, formativa e classificatória
(frente ao conjunto de atividades assíncronas e síncronas a serem desenvolvidas):

§1º A avaliação contínua e formativa dos/as alunos/as acontecerá mediante as habilidades e competências
definidas nos Planos de Curso, levando em consideração a flexibilidade e a remodelação destes para atender as
especificidades do ERE.

§2º No desenvolvimento do processo avaliativo serão considerados a revisão sistemática dos conteúdos e o
tempo diferenciado de aprendizagem de cada aluno, com suporte de atendimento em dia e horários definidos.

§3º Para cada segmento serão explicitados os princípios expressos no Art. 2º, de modo que possamos estabelecer
articulações entre as práticas avaliativas dos diferentes níveis, respeitadas as especificidades e a autonomia
dos/as professores/as.

§4º Durante o ERE os instrumentos de avaliação a serem utilizados, bem como seus critérios, poderão ser de
forma síncrona e/ou assíncrona a depender da escolha do/a professor/a, de acordo com a especificidade de cada
segmento e disciplina, levando em consideração os seguintes aspectos:

I – Priorizar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem, conforme a dinâmica e demanda do ERE no
CAp;

II – Os recursos tecnológicos disponíveis e acessíveis aos docentes e aos discentes para realização do ERE no
CAp;

III – O acesso aos recursos tecnológicos por parte dos discentes para realização do ERE;

IV – Avaliar os problemas com equipamentos e sinal da internet para viabilizar o ERE, sem prejuízos de
retenção aos discentes.

Art. 3º. Para fins de aprovação o Colégio de Aplicação adota a nota de qualidade 8 (oito); mas,
excepcionalmente, para o período do ERE a nota para a aprovação do aluno será 5 (cinco).

Educação Infantil (Pré-escolar II) e Ensino Fundamental I (1º ano)

Art. 4º. Para a Educação Infantil (Pré escolar II) a avaliação continuará tendo caráter diagnóstico e formativo,
considerando as especificidades desse nível e os campos de conhecimento que compõem o currículo dessa etapa
da educação.

Parágrafo único. Durante o ERE a avaliação se dará por meio de registros e análises da participação e
envolvimento dos alunos nas atividades propostas, em relatórios individuais descritivos nos quais os/as docentes
identificarão as habilidades desenvolvidas e as que estiverem em processo de construção.

Art. 5º. Para o Ensino Fundamental I (1º ano), enquanto início do processo de alfabetização, a avaliação também
permanecerá com seu caráter diagnóstico e formativo com foco nas habilidades que devem ser consolidadas,
aprofundadas e/ou introduzidas nesta série/ano, considerando os seguintes aspectos:

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§1º O acompanhamento do desenvolvimento das habilidades/competências dar-se-á de forma contínua durante

as atividades de ensino, podendo ser realizados diagnósticos de escrita, leitura, e matemática de forma virtual, a
depender do acesso à internet dos alunos; como também serem utilizados outros instrumentos avaliativos
exequíveis no contexto do ERE;

§2º Os registros, análises do/a professor/a e resultados de sondagens serão mensurados em relatório individual
descritivo.

Ensino Fundamental I (2º ao 5º ano)

Art. 6º. Para o Ensino Fundamental I (2º ao 5º ano), a verificação do rendimento escolar considerará os
conhecimentos que forem sendo trabalhados a partir das adequações dos planos de curso durante o período de
pandemia e suspensão das aulas presenciais:

§1º A avaliação diagnóstica acontecerá ao início da retomada do percurso de aprendizagem representando um

diagnóstico inicial do que os alunos já sabem sobre o assunto e sempre que forem sendo introduzidos novos
conteúdos para estudo, a fim de identificar o que os alunos já sabem sobre o que está sendo proposto.

§2º A avaliação formativa acontecerá durante todo o percurso, verificando os objetivos educacionais e conteúdos
propostos.

§3º A verificação da aprendizagem identificará o avanço nos estudos com prevalência dos aspectos qualitativos,
durante a realização das atividades propostas por cada professor, considerando:

I – Durante as atividades pedagógicas de caráter remoto serão levados em conta o contexto excepcional da
pandemia, a impossibilidade do ensino presencial e as necessidades e contextos das crianças e suas famílias;

II – As diferentes formas de interação e participação dos alunos;

III – A criação de materiais diversos, vinculados aos temas estudados, que serão escolhidos a critério de cada
professor.

IV – Outros instrumentos avaliativos exequíveis no contexto do ERE.

§4º A avaliação somativa, com caráter quantitativo e classificatório, será expressa em notas que variam de zero
(0) a dez (10) distribuídas da seguinte forma:

I – Da participação:

a. A realização das atividades propostas pelas professoras por meio das aulas assíncronas e/ou síncronas,
bem como a participação, e a assiduidade na entrega das atividades (até 5 pontos em cada disciplina);

II – Das atividades diversas:

a. Estudos dirigidos, realização de pesquisas, apresentações por meio de envio de vídeos e realização de
experimentos e outros, que poderão ser escolhidos a critério de cada professora, computarão o restante da
pontuação (5 pontos em cada disciplina);
b. A quantidade de instrumentos para computar os 5 pontos ficará a critério de cada professora, levando em
consideração as especificidades de cada disciplina.

Exclusivamente para o período de ERE teremos dois momentos de avaliação somativa/classificatória

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Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio

Art. 7º. Para o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio, a verificação do rendimento escolar,
expressas em notas de zero (0) a dez (10), será computada em avaliações bimestrais por disciplina:

§1º Cada docente deverá fazer a divisão de sua carga horária para computar o rendimento escolar que
corresponda às notas dos 4 bimestres, considerando o que já foi trabalhado, presencialmente;

§2º Caberá ao/à professor/a fazer a seleção dos critérios, conteúdos e orientações para verificação do rendimento
escolar devendo utilizar instrumentos avaliativos diversificados, no formato síncrono e/ou assíncrono,
observando o seguinte critério:

I – o processo avaliativo ficará a critério de cada professor/a conforme as peculiaridades do conteúdo, a

dinâmica desejada/observada no ensino remoto do CAp, bem como a demanda e o tempo de aprendizagem
dos/as estudantes.

CAPÍTULO III

DOS ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO

Art. 8º. A recuperação, como parte integrante do processo de avaliação da aprendizagem escolar deve ser
entendida como um direito do/a aluno/a que não conseguiu alcançar os objetivos de aprendizagem com os
métodos adotados pelos/as professores/as, em determinado tempo:

§1º Será realizada seguindo o princípio expresso no Art. 2º, de forma contínua e paralela:

I – Em paralelo ao desenvolvimento do diagnóstico;

II – No desenvolvimento das atividades síncronas e assíncronas;

III – Nas devolutivas das atividades aos alunos/as.

IV – Na realização de provas escritas e on-line.

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§2º A recuperação como parte do processo de avaliação seguirá os mesmos princípios expressos nesta resolução
para o processo avaliativo, obedecendo aos seguintes critérios:

I – O/a aluno/a que não atingir o mínimo de 10 (dez) pontos na soma dos 2 (dois) primeiros bimestres (1º e 2º),
será submetido a uma avaliação que será expressa em nota de 0 (zero) a 10 (dez).

II – Será garantido um período de estudos de recuperação paralela observadas as especificidades de cada

segmento.

III – A carga horária prevista para a recuperação será equivalente à 10% da carga horária semestral de cada
disciplina.

Educação Infantil (Pré-escolar II) e Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano)

Art. 9º. O processo de avaliação de recuperação dos alunos da Educação Infantil e 1º ano do Ensino
Fundamental I dar-se-á de forma diferenciada, considerando suas peculiaridades, para atender as necessidades
específicas de aprendizagem das crianças nestas etapas da Educação Básica.

Art. 10º. O/a aluno/a do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental I participará de dois momentos de avaliação de
recuperação:

I – Ao final do 2º bimestre;

II – Ao final do 4º bimestre;

III – Se o/a aluno/a não conseguir alcançar a média prevista para o ERE, quando da somatória de pontos ao final
do 1º e 2º bimestres, e do 3º e 4º bimestres, deverá ser submetido/a à avaliação de recuperação.

Art. 11º. Será garantido um período de estudos de recuperação paralela e caso, a nota atingida na avaliação de
recuperação seja superior a média dos dois bimestres, o/a aluno/a terá a nota atingida na recuperação, repetida
nos dois bimestres.

Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Médio

Art. 12º. A recuperação semestral será realizada por meio de planos de estudos com instrumento a ser definido
pelo/a professor/a, ao final do período destinado aos estudos de recuperação.

Art. 13º. Serão submetidos ao período de estudos de recuperação paralela os/as alunos/as que obtiverem notas
conforme o que segue:

I – soma das notas do 1º e do 2º bimestres, inferior a 10 (dez) pontos;

II – soma das notas do 3º e do 4º bimestres, inferior a 10 (dez) pontos.

§ 1º. O/a aluno/a considerado/a recuperado/a, cuja nota de recuperação semestral seja superior à média do
semestre, terá nova média semestral calculada de acordo com as seguintes fórmulas:

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Nova média do 1º semestre

(B1 + B2) + NOTA DE RECUPERAÇÃO

___________________________________________

Nova média do 2º semestre:

(B3 + B4) + NOTA DE RECUPERAÇÃO

___________________________________________

§2º. A flexibilização no processo de recuperação semestral, observada por cada docente, ao utilizar a prova
escrita e/ou instrumentos para aferir os conhecimentos aprendidos para computar 10 (dez) pontos.

§3º. A nova média de recuperação substituirá a média anterior, caso a nova média seja maior que a obtida
anteriormente, como forma de estimular que o/a aluno/a continue avançando no seu processo de aprendizagem.

CAPÍTULO IV

DA PROMOÇÃO DO ALUNO

Art. 14º. A promoção dar-se-á mediante a observância do Art. 2º, de acordo com os seguintes critérios:

I – Desenvolvimento e entrega das atividades propostas, considerando a flexibilidade de tempo, face às

diferentes realidades das famílias inerentes ao contexto de pandemia;

II – Frequência mínima de 75% da carga horária anual, contabilizada a partir da participação nas atividades
síncronas e assíncronas.

III – Será considerado apto para ingressar no ano letivo seguinte o aluno que participar das atividades propostas,
desde que alcance a nota mínima necessária considerando o que está estabelecido nos Art. 4º, 5º, 6º e 7º desta
resolução;

IV – Será considerado reprovado aquele/a aluno/a que não tiver realizado no mínimo 80% das atividades
propostas e não atingir a nota classificatória.

Art. 15º. Será submetido à exames de avaliação final os/as alunos/as que não atingirem a pontuação mínima de
20 pontos na soma de todos os bimestres.

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Educação Infantil (Pré-escolar II) e Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano)

Art. 16º. Os/as alunos/as da Educação Infantil (Pré-escolar II) e do Ensino Fundamental I (1º ano) serão
promovidos de forma automática, pois não há retenção nessas etapas da Educação Básica.

Art. 17º. Aquele/a aluno/a que não atingir o total de 20 pontos na soma dos quatro (04) bimestres será
submetido, obrigatoriamente, a uma avaliação final.

Parágrafo único. O/a aluno/a do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental I será aprovado/a por classificação se
obtiver na soma dos 4 (quatro) bimestres mais a 5ª NOTA dividido por 5 (cinco), a média 5,0 (cinco), conforme
fórmula a seguir:

(B1+B2+B3+B4+5ªN) /5=5

Art. 18º. Aquele/a aluno/a que não atingir o total de 25 pontos na soma dos quatro (04) bimestres mais a 5ª
NOTA estará reprovado.

Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Médio

Art. 19o. O processo de avaliação final aos alunos do Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano) e Médio obedecerá
aos critérios definidos no artigo 23o, parágrafo 2o, da Resolução Nº 01 de 19 de dezembro de 2014 do
CAp/UFAC.

MF = SNB + 3(NPF) = 5,0

_____________________________________

Onde: MF = média final;

SNB = soma das quatro (4) notas bimestrais; NPF = nota da prova final.

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 20º. Em virtude do contexto de pandemia diversas situações podem surgir e impedir a participação efetiva
dos/as discentes nas atividades propostas em cada disciplina. Para efeito de possíveis ajustes nas propostas de
trabalho escolar, caberá às famílias as seguintes situações:

I – Os pais e/ou responsáveis comunicarão eventuais problemas que levaram a não participação e não realização
das atividades propostas, sendo concedido um prazo maior para que nenhum/a aluno/a seja prejudicado/a;

II – Caberá aos/às discentes realizar todas as tarefas/atividades disponibilizadas pelos/as docentes na plataforma
de ensino, mantendo sempre contato com o/a docente a fim de esclarecer todas as dúvidas;

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III – O/a discente que apresentar qualquer dificuldade para o desenvolvimento das atividades síncronas e
assíncronas em virtude da pandemia deverá comunicar à equipe técnica pedagógica.

IV – O prazo para a apresentação de justificativa pelos responsáveis deverá ser de até 3 dias úteis para à equipe
técnica pedagógica e aos/às professores/as da turma/disciplina.

Parágrafo único. O/a docente e o/a discente que não apresentarem condições de saúde, econômicas ou de
acesso para a realização das atividades deverão apresentar justificativa a qualquer tempo a inviabilidade de
acompanhamento das atividades, sem nenhum ônus escolar, à equipe técnica pedagógica para os
encaminhamentos necessários.

Art. 21º. Esta resolução terá validade apenas enquanto durar o período de Ensino Remoto Emergencial.

Art. 22.º Os casos omissos nesta Resolução serão avaliados de acordo com a sua natureza na assembleia docente
e Conselho Escolar.

Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação.

Rio Branco, 11 de dezembro de 2020.

AURIO AZEVEDO DE OLIVEIRA

Presidente em exercício do Conselho Escolar e Diretor Substituto do Colégio de Aplicação/Ufac

Documento assinado eletronicamente por Aurio Azevedo de Oliveira, Diretor(a) Subs tuto(a), em
11/12/2020, às 12:04, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto
nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://sei.ufac.br/sei/valida_documento ou click

no link Verificar Autenticidade informando o código verificador 0160090 e o código CRC 00034D05.

Referência: Processo nº 23107.017079/2020-77 SEI nº 0160090

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